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CURSO DE MEDICINA

Prof. Dr. Olavo Egídio Alioto


olavofisio@gmail.com
AUMENTO DA EXCITABILIDADE UTERINA PRÓXIMA AO
TERMO
Parto significa nascimento do bebê.

Perto do fim de gravidez, o útero torna-se progressivamente mais excitável,


até que, finalmente, desenvolve contrações rítmicas tão fortes que o bebê é
expelido.

A causa exata do aumento da atividade do útero não é conhecida, mas


pelo menos duas categorias principais de eventos levam às contrações
intensas, responsáveis pelo parto:
(1) mudanças hormonais progressivas que aumentam a excitabilidade
da musculatura uterina; e
(2) mudanças mecânicas progressivas.
FATORES HORMONAIS QUE
AUMENTAM A
CONTRATILIDADE UTERINA
ESTROGÊNIOS X PROGESTERONA

Progesterona = inibição da contratilidade uterina durante


a gravidez.
Estrogênios = aumenta o grau de contratilidade uterina.

Até 7° mês = produção alta de progesterona e estrogênios.

7°mês = ↑ secreção de estrogênio e progesterona mantém-


se constante (ou até ↓).

Produção estrogênio-progesterona aumenta o suficiente


até o fim da gravidez para ser pelo parcialmente
responsável pelo aumento da contratilidade uterina.
OCITOCINA
Secretado pela neuro-hipófise.
Função: contração uterina.

Razões para se acreditar que a ocitocina pode ser


importante para aumentar a contratilidade do útero
próximo ao termo:
•A musculatura uterina aumenta seus receptores de
ocitocina;
•A secreção de ocitocina pela neuro-hipófise é,
consideravelmente, maior no momento do parto.
•A irritação ou a dilatação do colo uterino pode causar
um reflexo neurogênico, através dos núcleos
paraventricular e supraóptico do hipotálamo, o que faz
com que a neuro-hipófise aumente sua secreção de
ocitocina.

hipófise do feto secreta ocitocina.


adrenais do feto secreta cortisol. Ajudam no início do trabalho de
membranas fetais liberam prostaglandinas parto. São liberadas pelo útero
quando este é estimulado pelo
estrogênio, e atuam diminuindo os
níveis de progesterona e no preparo
↑ excitação uterina. do colo do útero e da pelve materna
para o parto
HORMÔNIO LIBERADOR DE CORTISOL FETAL
CORTICOTROFINA (CRH)
• ↑ CRH placentário;
• ↑ CRH placentário;
• concentração elevada de CRH no feto → ↑
• concentração elevada de CRH no feto → ACTH do feto → cortisol e DHEAS fetal →
↑ corticotrofina (ACTH) do feto:
elevação da produção de estrogênio pela
• ↑ cortisol e DHEAS placenta:
(dehidroepiandrosterona) fetal →
elevação da produção de • cortisol importante para a maturação
estrogênio pela placenta; pulmonar (surfactante);

• ↑ cortisol fetal → feedback positivo • estradiol efeito uterino;


na placenta (CRH).
• CORTISOL FETAL → “GATILHO”;
• CRH promove contração do miométrio;
• PLACENTA COMO POSSÍVEL “RELÓGIO“
• CRH sensibiliza o miométrio à ocitocina e PARA O NASCIMENTO.
prostaglandinas.
•produzido pelo corpo lúteo e pela placenta.
•“distensionamento/amolecimento das
articulações pélvicas e das suas cápsulas
articulares”.
•flexibilidade necessária para o parto.
•remodelamento do tecido conjuntivo, o que
diminui a união dos ossos da pelve e alarga
o canal de passagem do feto. Tem ação
importante no útero, por distendê-lo a medida
que o bebê cresce.
FATORES MECÂNICOS QUE
AUMENTAM A
CONTRATILIDADE UTERINA
FATORES MECÂNICOS
Distensão da musculatura uterina.
A simples distensão de órgãos de musculatura lisa geralmente aumenta sua contratilidade.
Além disso, a distensão intermitente, como ocorre repetidamente no útero, por causa dos
movimentos fetais, também pode provocar a contração dos músculos lisos. (relação
nascimento/tempo de gêmeos)

Distensão ou irritação do colo uterino.


Há razões para se acreditar que a distensão e a irritação do colo uterino sejam
particularmente importantes para desencadear contrações uterinas. Por exemplo, os obstetras
frequentemente induzem o parto rompendo as membranas, para que a cabeça do bebê
distenda o colo uterino com mais força do que o normal, ou irritando-o de outras maneiras.

Sugere-se que a distensão ou a irritação de terminais sensoriais no colo uterino provoque


contrações uterinas reflexas, mas o efeito poderia também ser resultante simplesmente da
pura e simples transmissão miogênica de sinais do colo ao corpo uterino.

↑ contratilidade uterina
FATORES MECÂNICOS
falsas contrações de parto.
descritas pela primeira vez
em 1872 pelo ginecologista in
glês John Braxton Hicks.
Essas contrações começam
a acontecer por volta da 20°
semana de gestação.
FEEDBACK POSITIVO
TRABALHO DE PARTO
TRABALHO DE PARTO
1˚ estágio do parto:
-contrações regulares;
-terminando com a dilatação completa da cérvice.

2˚ estágio do parto:
-expulsão do bebê;
-contrações fortes do miométrio.

3˚ estágio do parto:
-expulsão da placenta e membranas;
-as contrações uterinas que separam a placenta
da parede uterina.
DESCOLAMENTO PLACENTÁRIO
• 10 a 45 minutos após o nascimento do bebê, o útero continua a se contrair, diminuindo cada vez mais
de tamanho, causando o efeito de cisalhamento entre as paredes uterinas e placentárias, separando, assim, a
placenta de sua implantação local.
• O deslocamento da placenta abre os sinusoides placentários e causa sangramento. A quantidade de
sangue limita-se, em média, a 350 mℓ pelo seguinte mecanismo:
• •As fibras musculares lisas da musculatura uterina estão dispostas em grupos de oito ao redor dos vasos
sanguíneos, onde eles atravessam a parede uterina
• •Portanto, a contração do útero, após o parto do bebê, contrai os vasos que antes proviam sangue à placenta.
• •Além disso, acredita-se que as prostaglandinas vasoconstritoras, formadas no local do descolamento
placentário, causem mais espasmo nos vasos sanguíneos.
INVOLUÇÃO UTERINA / CESÁREA

ÚTERO INVOLUI ENTRE 4 A 5 SEMANAS


APÓS O PARTO

SUPRESSÃO DE GONADOTROPINA E
HORMÔNIOS OVARIANOS

AUTÓLISE UTERINA - SECREÇÃO


VAGINAL “LÓQUIO“ POR CERCA DE 40
DIAS
PROLACTINA
-estrogênio e a progesterona = inibem secreção de leite.
- prolactina = promove a secreção do leite.

-GH, o cortisol, PTH e a insulina são necessários para fornecer aminoácidos, ácidos
graxos, glicose e cálcio, fundamentais para a formação do leite.
OCITOCINA

O leite é secretado continuamente nos alvéolos das


mamas, mas não flui facilmente dos alvéolos para o
sistema ductal e, portanto, não vaza continuamente
pelos mamilos.

Em vez disso, o leite deve ser ejetado dos alvéolos


para os ductos, antes que o bebê possa obtê-lo.

Essa ejeção é causada por um reflexo combinado


neurogênico e hormonal, que envolve o hormônio
neuro-hipofisário ocitocina.

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