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Sistema digestório: estruturas e órgãos

acessórios

APRESENTAÇÃO

O fígado é uma volumosa glândula responsável pela síntese e transformação de diversas


substâncias. Dentre suas funções estão, por exemplo, transformar glicogênio em glicose e
secretar a bile, que é armazenada na vesícula biliar, órgão em formato de pêra, capaz de guardar
até 50 ml de bile.

O pâncreas é um glândula situada posteriormente ao estômago, responsável pela segregação do


suco pancreático, insulina e glucagon.

Nesta Unidade de Aprendizagem, vamos identificar as respectivas estruturas, regiões e


segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas, relacionando suas respectivas funções e
abordando as patologias relacionadas a esses órgãos.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar as respectivas estruturas, regiões e segmentos do fígado, da vesícula biliar e do


pâncreas.
• Relacionar as características anatômicas e suas respectivas funções.
• Justificar as consequências anatomofisiológicas de patologias relacionadas ao fígado, à
vesícula biliar e ao pâncreas.

DESAFIO

Você faz parte da equipe de saúde que atendeu, na unidade de pronto atendimento de um
hospital, um homem de 52 anos, obeso, fumante ativo e que bebe socialmente.

Ele chegou ao hospital com os seguintes sintomas:


Os exames laboratoriais mostraram que o hematócrito e a ureia estão alterados, e a amilase e as
lipases séricas mostraram-se aumentadas.

O paciente refere ter histórico prévio de cálculo biliar, tratado com medicamentos.

Para auxiliá-lo a entender seu quadro clínico, responda:

1 - Qual o possível diagnóstico do paciente?


2 - Quais as possíveis causas de seu problema? Como ele acontece?
3 - Qual a possível evolução do quadro?

INFOGRÁFICO

Quando a concentração da bile aumenta em grande proporção, acontece a colelitíase, que


desenvolve cristais de sais minerais insolúveis que acumulam dentro da vesícula biliar. Esses
cristais são chamados cálculos biliares e, se pequenos, são excretados sem que haja algum
sintoma. Entretanto, se maiores, podem obstruir o ducto cístico ou colédoco, causando uma
condição denominada colecistite aguda, necessitando intervenção cirúrgica em alguns casos.
No infográfico a seguir, você conhecerá a definição dos cálculos biliares e da colecistite aguda,
suas características e indicações de tratamento.
CONTEÚDO DO LIVRO

O fígado e a vesícula biliar são os órgãos responsáveis, respectivamente, pela secreção e


armazenamento da bile em nosso organismo. O fígado também executa outras funções
importantes, como transformar glicogênio em glicose. Já o pâncreas é a glândula que segrega
insulina, glucagon e suco pancreático.

Para identificar as estruturas, regiões e segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas,


buscando caracterizar suas respectivas funções e patologias, realize a leitura do capítulo Sistema
digestório: estruturas e órgãos acessórios, da obra Anatomia, base teórica desta Unidade de
Aprendizagem.

Boa leitura!
ANATOMIA

Kamile Pavani
Sistema digestório:
estruturas e órgãos
digestórios
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Identificar as respectivas estruturas, regiões e segmentos do fígado,


da vesícula biliar e do pâncreas;
 Relacionar as características anatômicas do fígado e do pâncreas com
suas respectivas funções;
 Justificar as consequências anatomofisiológicas de patologias rela-
cionadas ao fígado, à vesícula biliar e ao pâncreas.

Introdução
Neste capítulo, você vai identificar as respectivas estruturas, regiões e
segmentos do fígado, da vesícula biliar e do pâncreas, buscando rela-
cionar suas respectivas funções. Também serão abordadas as patologias
relacionadas ao fígado, à vesícula biliar e ao pâncreas.

Estruturas, regiões e segmentos do fígado,


da vesícula biliar e do pâncreas
O fígado é o maior órgão metabólico e o segundo maior órgão do corpo humano,
representando cerca de 2,5% do peso de um adulto. É o único órgão que pode
regenerar-se. Apresenta uma face diafragmática convexa e uma face visceral
levemente côncava. A face diafragmática é lisa, enquanto que a face visceral
tem inúmeras fissuras e impressões por contato com outros órgãos. A face
diafragmática do fígado é recoberta por peritônio visceral, exceto na área nua
do fígado, onde está em contato direto com o diafragma. A face visceral do
fígado é recoberta por peritônio, exceto na fossa da vesícula biliar e na porta do
2 Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios

fígado (onde os vasos, o plexo nervoso hepático e os ductos hepáticos entram e


saem). A face visceral tem relação direta com o lado direito da porção anterior
do estômago (áreas gástrica e pilórica), a parte superior do duodeno (área
duodenal), o omento menor (estende-se até a fissura do ligamento venoso), a
vesícula biliar, a flexura direita do colo e colo transverso direito (área cólica),
o rim e a área suprarrenal direita (área renal e suprarrenal).
Em sua superfície, o fígado se divide em dois lobos anatômicos e dois
lobos acessórios pelas reflexões de peritônio em sua superfície. Estes “lobos”
superficiais não são lobos verdadeiros e têm apenas relação secundária com
a arquitetura interna do órgão. O plano definido pela fixação do ligamento
falciforme e fissura sagital esquerda separa o lobo direito (grande) do lobo
esquerdo (muito menor). Na face visceral, as fissuras sagitais e a porta do
fígado transversa demarcam dois lobos acessórios: lobo quadrado (ântero-
-inferior) e lobo caudado (póstero-superior) (Figura 1).

Figura 1. (a) Vista anterior do fígado e (b) vista inferior.


Fonte: Vanputte et al. (2016, p. 884).
Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios 3

Sob o ponto de vista funcional, apesar de não ser distintamente demarcado,


o fígado possui, em seu interior, lobos porta direito e esquerdo, independentes
e cada um recebendo seu próprio ramo primário da artéria hepática e da veia
porta e sendo drenado por seu próprio ducto hepático. O lobo caudado pode
ser considerado um terceiro lobo porta, pois sua vascularização é indepen-
dente da bifurcação da tríade portal e é drenado por uma ou duas pequenas
veias hepáticas, entrando diretamente na porção distal da veia cava inferior.
O fígado pode ser subdividido em oito segmentos hepáticos cirurgicamente
ressecáveis, servidos independentemente por um ramo secundário ou terciário
da tríade portal.
O fígado possui um suprimento sanguíneo duplo – uma fonte venosa
dominante e uma arterial menor. A veia porta é responsável por 75% do san-
gue drenado para o fígado. O sangue porta sustenta o parênquima hepático,
levando, além de oxigênio, praticamente todos os nutrientes absorvidos pelo
trato gastrointestinal; possui 40% mais oxigênio do que o sangue venoso que
retorna para o coração. O sangue da artéria hepática irriga estruturas não
parenquimatosas, particularmente ductos biliares intra-hepáticos.
A veia porta é formada pela veia mesentérica superior e esplênica. A artéria
hepática comum, ramo do tronco celíaco, divide-se em artéria gastroduodenal
e artéria hepática própria. Na porta do fígado, a artéria hepática própria e a
veia porta se dividem em ramos direito e esquerdo.
O fígado também é o maior produtor de linfa do corpo humano; sua face
visceral drena por via abdominal, enquanto sua face diafragmática drena por
via torácica.
O fígado produz bile continuamente e a armazena na vesícula biliar, que
a libera na presença de gordura no duodeno. A bile emulsifica a gordura para
que o intestino possa absorvê-la.
Os hepatócitos secretam bile pelos canalículos biliares, que drenam para
os ductos biliares interlobulares e, então, para os ductos biliares coletores da
tríade portal intra-hepática. Estes se fundem, formando os ductos hepáticos
direito e esquerdo, que se unem, formando o ducto hepático comum que, ao
receber no lado direito o ducto cístico, forma o ducto colédoco.
O colédoco desce posteriormente, onde, ao entrar em contato com o ducto
pancreático, abre-se no duodeno, formando a ampola hepatopancreática na
papila maior do duodeno. Na extremidade distal do ducto colédoco, há um
espessamento muscular circunferencial que forma o esfíncter do ducto colédoco
que, quando contraído, leva a bile a refluir de volta para a vesícula biliar, onde
é concentrada e armazenada.
4 Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios

A vesícula biliar de formato piriforme está situada na face visceral do


fígado, na junção das partes direita e esquerda. Em sua posição natural, a
vesícula biliar está situada anteriormente ao duodeno. Pode ser dividida em
três partes: fundo (extremidade larga do órgão), corpo (toca a face visceral
do fígado, o colo transverso e a face superior do duodeno) e colo (estreito e
afilado, orientado para a porta do fígado, faz uma curva em S, unindo-se
ao ducto cístico). O ducto cístico une o colo da vesícula ao ducto hepático
comum (Figura 2).

Figura 2. Sistema de ductos no pâncreas.


Fonte: Vanputte et al. (2016, p. 885).
Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios 5

O pâncreas é uma glândula anexa do sistema digestório, alongada, retrope-


ritoneal e transversa na parede posterior do abdômen, posterior ao estômago,
entre o duodeno e o baço. O pâncreas produz secreção exócrina (suco pan-
creático), que chega ao duodeno por meio dos ductos pancreáticos principal
e acessório, e secreções endócrinas (glucagon e insulina), que chegam ao
sangue. O pâncreas é dividido anatomicamente em quatro partes: cabeça,
colo, corpo e cauda.
A cabeça do pâncreas é a porção circundada pelo duodeno, à direita dos
vasos mesentéricos superiores. O processo uncinado, uma projeção da porção
inferior da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente para a esquerda. O
ducto colédoco, em seu trajeto até o duodeno, está situado na face póstero-
-superior da cabeça ou incrustado em sua substância. O colo do pâncreas está
situado sobre os vasos mesentéricos superiores. Sua face anterior, coberta por
peritônio, está situada junto ao piloro do estômago.
O corpo do pâncreas está à esquerda dos vasos mesentéricos superiores,
passando sobre a aorta. Sua face anterior é coberta por peritônio e forma parte
do leito do estômago. A face posterior é desprovida de peritônio. A cauda do
pâncreas está situada anteriormente ao rim esquerdo; é relativamente móvel e
passa entre as camadas do ligamento esplenorrenal com os vasos esplênicos.
O ducto pancreático principal se inicia na cauda e atravessa o parênquima
até a cabeça do pâncreas, voltando-se inferiormente e unindo-se ao ducto colé-
doco, formando a ampola hepatopancreática (de Vater), que se abre na porção
descendente do duodeno. Em um quarto das pessoas, os ductos se abrem no
duodeno separadamente. Três esfíncteres de músculo liso controlam o fluxo
de bile e de suco pancreático para o duodeno: esfíncter do ducto pancreático,
esfíncter do ducto colédoco e esfíncter da ampola hepatopancreática (de Oddi).
A porção exócrina do pâncreas raramente causa problemas clínicos; entre-
tanto, o diabetes envolvendo o pâncreas endócrino é cada vez mais comum.
A Figura 3 apresenta uma visão geral do sistema e a descrição dos processos
em cada componente.
6 Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios

Figura 3. Componentes do trato digestório.


Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 657).

A hepatite é uma inflamação do fígado, causada por vírus, medicamentos e substâncias


químicas, incluindo o álcool.
 Hepatite A: é um tipo infeccioso, provocada pelo vírus da hepatite A; sua trans-
missão se dá por contaminação fecal de alimentos, roupas, brinquedos, louças e
assim por diante (via fecal-oral). Sua lesão hepática não é duradoura.
 Hepatite B: é provocada pelo vírus da hepatite B; sua disseminação é basicamente
por contato sexual e contaminação de seringas e equipamentos de transfusão.
Também se dissemina por meio de saliva e lágrimas. Esse tipo de hepatite produz
uma inflamação hepática crônica. Já existem vacinas para a hepatite B, exigidas
para os trabalhadores da área de saúde.
 Hepatite C: é causada pelo vírus da hepatite C, clinicamente semelhante ao da
hepatite B; sua transmissão acontece por transfusão de sangue, causando, na
maioria dos casos, cirrose e câncer de fígado.
Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios 7

 Hepatite D: é provocada pelo vírus da hepatite D; sua transmissão é como a da


hepatite B. A pessoa precisa estar infectada com hepatite B para contrair a hepatite
D. Esse tipo de vírus resulta em lesão hepática grave e apresenta uma alta taxa de
mortalidade, maior do que a da hepatite B, em virtude da infecção com o vírus
da hepatite B.
 Hepatite E: é causada pelo vírus da hepatite E; sua disseminação é como a da
hepatite A. Apesar de não causar doença hepática crônica, esse tipo de vírus é
responsável por uma alta incidência de morte em mulheres grávidas.

Características anatômicas do fígado e do


pâncreas com suas respectivas funções
O fígado tem importantes funções digestórias e excretoras, estocando e proces-
sando os nutrientes; sintetiza novas moléculas e degrada compostos químicos
tóxicos. A bile não contém enzimas digestivas, é apenas um emulsificante
para gorduras. A bile também é composta por produtos da excreção, como os
pigmentos biliares, sendo um destes a bilirrubina, que resulta da quebra da
hemoglobina. A bile também é composta por colesterol, lipídeos, hormônios
lipossolúveis e lecitina.
Os hepatócitos removem o açúcar do sangue, estocando-o na forma de
glicogênio, podendo também estocar lipídeos, vitaminas (A, B12, D, E e K),
cobre e ferro. Essa função de estocar acontece por um curto período, sendo
que a quantidade de material estocado nos hepatócitos (o seu tamanho) varia
durante o dia. O fígado também pode converter alguns nutrientes em outros.
As secreções exócrinas do pâncreas, conhecidas como suco pancreático,
apresentam um componente aquoso e um componente enzimático, sendo que
o suco pancreático é liberado no intestino delgado pelos ductos pancreáticos,
onde ele atua na digestão. Tanto mecanismos neurais quanto hormonais con-
trolam as secreções exócrinas do pâncreas.
A parte endócrina do pâncreas consiste em ilhotas pancreáticas, ou ilhotas
de Langerhans, que produzem insulina e glucagon. Estes são muito importantes
no controle dos níveis sanguíneos de nutrientes, como glicose e aminoácidos,
e somatostatina, que regula a secreção de insulina e glucagon, podendo inibir
o hormônio do crescimento.
O pâncreas e o fígado atuam em conjunto no metabolismo da glicose. A
insulina estimula a neoglicogênese (formação de glicogênio e abastecimento
do mesmo no fígado), enquanto que o glucagon estimula a glicogenólise
(metabolismo do glicogênio em glicose).
8 Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios

Cálculos biliares: quando a bile se encontra com insuficiência de sais biliares ou de


lecitina ou excesso de colesterol, este último pode cristalizar e formar cálculos biliares.
Conforme o aumento do tamanho e quantidade, esses cálculos provocam a obstrução
mínima ou completa do fluxo de bile proveniente da vesícula biliar para o duodeno.
O tratamento é baseado em uso de medicamentos que dissolvem os cálculos biliares,
litotripsia (terapia por ondas de choque) ou cirurgia. Em caso de histórico de cálculos
biliares, ou quando os fármacos e litotripsia não são opções, indica-se a colecistectomia
(remoção da vesícula biliar e de seu conteúdo).

Consequências anatomofisiológicas de
patologias relacionadas ao fígado, à vesícula
biliar e ao pâncreas
Dentre as patologias que acometem o fígado, citamos a hepatite, em seus
variados tipos; a cirrose, que pode ser consequência de hepatite ou alcoolismo;
e neoplasias. Nas patologias relacionas ao pâncreas, citamos pancreatite,
neoplasias e diabete. A vesícula biliar e seus ductos podem ser acometidos
por cálculos biliares e neoplasia.
A hepatite é uma inflamação aguda no fígado que pode vir a cronificar-
-se de acordo com seu tipo. Essa inflamação do fígado causa morte celular
e substituição por tecido de cicatrização; quando não tratada, pode causar
perda da função hepática, evoluindo para morte do paciente; os sintomas
comuns incluem náusea, dor abdominal, febre, calafrios, mal-estar e icterícia.
A hepatite pode ser causada por sete vírus diferentes.
A cirrose é o dano ou morte dos hepatócitos, caracterizada pela sua
substituição por tecido conectivo, resultando na diminuição da função do fígado
e na interferência sobre o fluxo sanguíneo para o fígado; é uma consequência
comum do alcoolismo.
O câncer de pâncreas ocorre com mais frequência nos homens, com idade
acima de 50 anos. São poucos os sintomas associados à doença antes que o
distúrbio atinja um estágio avançado e, geralmente, ele acaba sendo diagnos-
ticado quando já espalhado para outras partes do corpo, como linfonodos,
fígado ou pulmões. É quase sempre fatal, sendo a quarta causa mais comum
de morte por câncer nos Estados Unidos. Esse tipo de câncer está associado ao
consumo de alimentos gordurosos, alcoolismo, fatores genéticos, tabagismo
e pancreatite crônica.
Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios 9

A pancreatite é uma inflamação do pâncreas devido à obstrução do ducto


pancreático, podendo ser causada por infecções bacterianas ou virais, ou ainda
por reações a drogas. Pode ser aguda ou crônica.
A colelitíase é uma inflmação na vesícula biliar ou no ducto, causada pela
presença de cálculos na vesícula biliar.

Este vídeo aborda o tema transplante de fígado e suas


particularidades. Acesse o link a seguir.

https://goo.gl/5zY8q1

Os testes de função hepática são testes de sangue que determinam a presença de


determinadas substâncias químicas (enzimas e proteínas) liberadas pelos hepatócitos.
Esses testes são usados para avaliar e monitorar doenças ou lesões no fígado. Dentre as
causas comuns do número elevado de enzimas do fígado estão: uso de medicamentos
anti-inflamatórios não esteroides e de medicamentos que reduzem o colesterol,
antibióticos e substâncias como álcool. Até mesmo o diabetes e outras infecções
(hepatite viral e mononucleose), cálculos biliares, tumores do fígado, entre outros,
estão relacionados a alterações no número de enzimas do fígado.
Esses testes são muito usados na prática para definir e tratar as doenças de base.
É importante salientar que, em diversos casos, não são usados somente esses testes
para diagnosticar a patologia do paciente, sendo necessários outros marcadores
sanguíneos, exames físicos e de imagem.
10 Sistema digestório: estruturas e órgãos digestórios

MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia humana. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2009.
VANPUTTE, C. L. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016.

Leituras recomendadas
GOSS, C.M. Gray anatomia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
HANKIN, M. H.; MORSE, D. E.; BENNETT-CLARKE, C. A. Anatomia clínica: uma abordagem
por estudos de casos. Porto Alegre: AMGH, 2015. 432 p.
MEIRELLES JÚNIOR, R. F. et al. Transplante de fígado: história, resultados e perspectivas.
Einstein, São Paulo, v. 13, n. 1, p.149-52, 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/
pdf/eins/v13n1/pt_1679-4508-eins-13-1-149.pdf>. Acesso em: 19 out. 2017.
MOORE, K.L; DALLEY, A.F. Anatomia orientada para clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 2007.
PACHECO, L. Transplante de fígado no Brasil. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões,
Rio de Janeiro, v. 43, n. 4, p. 223-224, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/
rcbc/v43n4/pt_0100-6991-rcbc-43-04-00223.pdf>.Acesso em: 19 out. 2017.
PUTZ, R.; PABST, R. Atlas de anatomia SOBOTTA. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
SUA SAÚDE NA REDE – SPDM. Tudo o que você precisa saber sobre o Transplante de
Fígado. YouTube, 2014. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=H_h3j4E-
ALGE>. Acesso em: 19 out. 2017.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia.
10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR

O fígado é responsável por metabolizar a bilirrubina, realizando sua captação, conjugação e


excreção.

Em condições normais, a bilirrubina não conjugada é rapidamente metabolizada pelo fígado e


eliminada. Entretanto, em caso de aumento de bilirrubina, acontece uma patologia denominada
icterícia.

No vídeo da Dica do Professor a seguir, você poderá conhecer melhor as características e


diagnósticos dessa doença.

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EXERCÍCIOS

1) Paciente masculino, 55 anos, apresenta perda ponderal de 10 kg em 2 meses, icterícia,


colúria, prurido e aumento de bilirrubina total às custas de conjugada.

Com base no quadro clínico, qual o provável diagnóstico?

A) Hemólise.

B) Hepatite.

C) Hepatocarcinoma.

D) Adenocarcinoma de cauda de pâncreas.

E) Neoplasia periampular.

2) A glicogenólise tem participação de quais estruturas acessórias do sistema digestório?


A) Vias biliares.

B) Pâncreas.

C) Vesícula biliar.

D) Fígado.

E) Intestino delgado.

3) A tríade portal é formada por quais estruturas?

A) Artéria hepática comum, veia porta e vesícula biliar.

B) Ducto colédoco, ducto cístico e ducto pancreático.

C) Artéria hepática própria, ducto colédoco e veia porta.

D) Ducto hepático comum, veia cava inferior e ducto cístico.

E) Esfincter da ampola de Váter, esfincter de Oddi e esfincter do ducto pancreático.

4) Qual exame deve ser solicitado na suspeita de hepatite D?

A) HBsAg.

B) Anti-HCV.
C) Anti-HIV.

D) HBeAg.

E) Amilase e lipase.

5) Qual a maior causa de colestase extra-hepática?

A) Coledocolitíase.

B) Neoplasia periampular.

C) Neoplasia de cabeça de pâncreas.

D) Cirrose.

E) Hipertensão portal.

NA PRÁTICA

Em casos de pacientes cirróticos, onde há fibrose e obstrução da veia porta no fígado, ocorre um
aumento de pressão na veia porta e em suas tributárias.

A grande quantidade de sangue que flui do sistema porta para o sistema sistêmico produz veias
varicoses, especialmente na porção distal do esôfago. Essas varizes esofágicas podem se romper,
levando a hemorragia digestiva de alta gravidade e, por vezes, fatal.

O diagnóstico se baseia em sintomas e resultados de anamnese e exame físico, podendo ser


complementado com ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância
magnética (RM) ou biópsia hepática.
SAIBA MAIS

Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do
professor:

Transplante de fígado no Brasil

Acompanhe o editorial a seguir, no qual é discutido o transplante de fígado no Brasil, citando os


primeiros casos e trazendo dados atuais sobre esse procedimento nos hospitais do país.

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Transplante de fígado: história, resultados e perspectivas

O seguinte artigo revisa a história e apresenta os resultados recentes do transplante de fígado no


Brasil e no mundo, juntamente de seus tópicos controversos e perspectivas.

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Icterícia no recém-nascido com idade gestacional maior ou igual a 35 semanas

O documento a seguir trata, com detalhes, da icterícia neonatal, investigando diagnósticos e


analisando tratamentos.

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