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Principios Basicos de Injecao/Ignicao Eletronica Giga Treinamento Assistencial INDICE Introdugao A mistura ar e combustivel - 3 O Sistema de Ignigao 5 A Central Eletrénica Os sensores ----- Sensor de rotacdo e PMS Sensor de fase --~ Medidor de massa de ar Sensor de temperatura Sensor de posigao da borboleta Sonda lambda -. Sensor de velocidade Sensor de detonagao -—~ Sensor de pressao absoluta Interruptor inercial Os atuadores ~ Atuador de marcha lenta As bobinas Orelé O variador de fase -- Eletroinjetores - O Sistema de alimentagao Sistema de controle do motor - Estratégias de funcionamento Controle da injecao --- Controle da mistura -~ Controle da detonagao - Controle da ignigao -—~ Controle Cut-off -—~ Controle da recirculagao dos vapores de combustivel Funcionamento a plena carga ----~ Corregao baroméetrica -- Protegao contra o excesso de giros Partida do motor a frio --- Funcionamento em aceleragao ~ Funcionamento em desaceleragao Controle da fungao de bloqueio da partida do motor (Fiat Code)------- Circuito antievaporagao e de recuperagao dos vapores de combustivel- Circuito de recirculagao dos gases provenientes do carter do motor (blow-by): Referéncia- SRSESE Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica INTRODUCAO Sistema de injegdo/ignicao eletrdnica 6 um dos grandes beneficios que a tecnologia proporciona ao mundo automotivo. Diante do alto indice de poluicao do meio ambiente, os fabricantes de veiculos automotivos tiveram que se adequar & nova legislacdo com o objetivo de diminuir o teor de impurezas langado na atmostera. Sendo assim, retiraram antigos projetos das gavetas dando vida ao sonho de se produzir veiculos com gerenciamento do motor por um computador de forma inteligente e eficaz. Iniciou-se 0 novo ciclo na era automotiva, ou seja, 0 ciclo ‘onde a eletrénica caminha junto com a mecanica. Nesta apostila vocé encontraré conceitos basicos e os principios fundamentais de funcionamento desse sistema. Aproveite! Principios Basicos de Injecao/Ignicao eletrénica A MISTURA AR E COMBUSTIVEL A mistura ideal para 0 funcionamento do motor e que proporciona menor emissao de poluentes é de 1 seja, 14,0 kg de ar por 1 kg de gasolina (pura). Essa mistura é chamada de ideal ou estequiométrica e varia para cada tipo de combustivel. Para uma gasolina com cerca de 22% de 4lcool a relagdo muda para 13,28:1. Para 0 alcool anidro, temos uma relagao de aproximadamente 8:1. O sistema de gerenciamento elatrénico do motor trabalha para manter a mistura sempre estequiomeétrica. 4. = ___{ar/ combustivel) __ {ar / comb. estequiométrico) Se for menor que um (lambda < 1) a mistura sera rica (mais combustivel e menos ar) e se for maior que um (lambda > 1) a mistura ser pobre (mais ar e menos combustivel). A equacdo abaixo representa a teacdo de oxidac3o do combustivel durante 0 processo de combustéo. (equacio ideal ou estequiométrica) A (HC + 02 = CO, + 0) Onde: HC - Combustivel a ser queimado Qp - Oxigénio €0z - Didxido de carbono HzO - Agua 4 - indica que a reagéo sé ir ocorrer se houver fonte de calor Para sabermos se a mistura esta ideal, basta dividirmos a quantidade de mistura aspirada pela quantidade de mistura necessaria para que se tenha relagao ideal ou estequiométrica. Esta relagdo é conhecida como fator lambda, e é representada pela letra grega lambda (2). Se o resultado for igual a um (lambda = 1) a mistura sera estequiométrica (ideal). mistura estequiométrica (ideal) 2.< 1: mistura rica (mais combustivel e menos ar) 2.> 1: mistura pobre (mais ar e menos combustivel) Principios Basicos de Injegao/Ignic¢ao eletrénica Os principais gases produzidos pela combustao da gasolina séo: H30) Vapor d'égua C03 Didxido de carbono 6 Monéxido de carbono HyCy Hidrocarbonetos NOX Oxidos de Nitrogénio Hg Hidrogénio Hg Metano "SOX Oxido de enxofre 3 Oxigénio O monéxido de carbono, o éxido de nitrogénio e os hidrocarbonetos sao fases poluentes que se apresentam em maior quantidade e, por isso, devem ser controlados. Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica Para iniciar nossa explicagao é importante que vocé saiba que injegdo/ignicao eletrénica é um sistema onde, tanto a injegdo do combustivel quanto a igni¢do (centelhamento da vela) so controlados por uma central eletrénica, da qual falaremos mais detalhadamente no préximo capitulo. Esta central esta conectada a sensores e atuadores, os quais seréo estudados oportunamente. O SISTEMA DE IGNICAO Os componentes do sistema de ignigéo séo: 1- Bateria 2- Cabos de velas 3 - Velas de ignigao 4- Bobina de ignigao (transformador de ignicao) 5 - Central de ignicdo/injegao (com médulo de poténcia para as bobinas, incorporado ou nao, dependendo do sistema). 6 - Comutador de ignigao 7 - Fusivel de protecdo 8 - Relé do sistema de ignicéo Principios Basicos de Inje¢ao/Ignicao eletrénica Nos motores a gasolina, a combustao da mistura are combustivel s6 ocorre| porque um elemento atua sobre a mesma. E a centelha, produzida nas velas de ignigéo que inflama a mistura. As velas de ignicao funcionam sob severas condigdes na cémara de combustao do motor. Além de altas temperaturas, estio expostas a mudancas bruscas de pressdo, as vibragdes mecénicas e a corroséo eletroquimica. (eerivs Neleielele¥) Nos sistemas de igni¢ao mais novos, as velas de igni¢do estado ligadas diretamente duas a duas (cilindros 1-4 e 2-3) por meio de cabos de alta tensao no secundario da bobina Nos sistemas de igni¢ao tradicionais, 0s cabos de vela ainda se encontram conectados ao distribuidor. E bom saber que existem sistemas de injecdo eletrénica operando com sistema de igni¢do que ainda possuem distribuidor. Principios Basicos de Injecao/Ignigao eletrénica © momento em que a vela deve co nduzir a centelha para a ignicao é muito importante, pois se a centelha ocorrer muito antes do pistao atingir o ponto ideal, pode ocorrer 0 que chamamos de detonagao ou “batida de pino". Esse fendmeno ocorre a partir de uma queima rapida e espontanea de parte da mistura quando submetida a pressoes € temperaturas crescentes. O centelhamento é produzido nos pares de velas, contudo, somente uma centelha sera aproveitada para a queima do combustivel, pois a outra nao encontraré no cilindro a mistura necessaria para queimar, mas sim os gases em fase de descarga. Principios Basicos de Injegao/Ignic¢ao eletrénica As principais causss da detonagio séo: * combustivel adulterado; *taxa de compressao muito alta *mistura pobre; * ponto de ignicao muito avancado; *mistura nao homogénes; * baixa octanagem do combustivel; * carga excessiva no motor a baixa rotagao; * depdsito de carvao na cabega dos pistoes etc. Outro fendmeno que pode ocorrer 6 a pré-ignicao, ou seja, a queima da mistura por fonte de calor néo controlada antes de ocorrer a centelha da vela. Quanto mais se eleva a temperatura na camara de combustao, mais cedo pode ocorrer a pré-ignigéo diminuindo consideravelmente a poténcia do motor. Principios Basicos de Injecao/Ignicao eletrénica As principais causas da pré-igni¢do sao: * depésitos de carvao incandescentes; * velas excessivamente quentes; * combustivel adulterado; * pontos quentes na cdémara de combustao etc. A ignigaéo é controlada pela central eletrénica que, em fungao das informagées recebidas dos sensores, monitora e corrige o avango da ignigao. Quando ocorrem os fend menos da detonagao e da pré-ignigao, existe na central uma estratégia de correo do avango da ignicdo para que @ detonacdo ou a pré-ignigao deixem de existir. Vejamos quem é essa central eletrénica e o que mais ela pode fazer! Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica A CENTRAL ELETRONICA A central eletrénica é um computador e pode receber outros nomes como E.C.U., E.C.M., calculador de combustivel e também centralina, E considerada o cérebro de todo o mecanismo, pois gerencia todo o sistema, além de ativar rotinas de autodiagndsticos e simulagao dos sinais dos sensores (recovery). A central esta em condi¢ao de processar uma grande quantidade de informagoes. (parametros) que sao importantes para a dosagem de ar e combustivel. A central verifica continuamente os sinais dos sensores e corrige os valores comparando-os com os limites permitidos para cada um. Se os limites forem superados, o sistema reconhece a avaria acendendo uma lampada indicativa no painel (luz espia). Principios Basicos de Injecao/Igni¢ao eletrénica A central faz 0 reconhecimento dos sinais de vérios sensores e monitora varias fungdes. 2e Legenda dos componentes 1-Contral eletrdnica de injegiovignicso 2-Sensor taquimétrico 3.Velocimetra*hodémetro: 4Conta-gitos 5-Sonsor de pressao absolute E-Sontor de rotag5es @ PMS. 7-Comutador da ignigh 8 Rolé duplo ‘9-Eletrobomba de combustivel 10-Sensor de posicso da borbolets “e@ @ a 11-Sensor de temperatura do ar 12-Atuador da marcha lanta do motor 13¢Eletroinjetores 16-Limpada pileto de defeito no sistema de injogio 17-Tomade de diagnose 18-Bobinas 19-Velas de igni 20-Compressor do conciclonador de ar 21-Sonda lambda 22-Sensor ce temperatura do liquide de arrefecimento do motor £23-Conteal eletronica Fiat CODE 26-Sensor de detonacao Mas 0 que sao sensores e atuadores @ para que servem? Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica OS SENSORES Os sensores sao dispositivos eletroeletronicos capazes de transformar um sinal proveniente do motor em sinal elétrico para a central. Esse sinal informa a central como esta © funcionamento do motor. Vejamos alguns sensores e suas fungées: Sensor de rotacéo e PMS (Ponto Morto Superior) A fungdo desses sensores é informar a rotacao do motor e a referéncia do ponto morto superior dos pistes. O sensor esta localizado sobre a roda dentada e seu sinal é enviado segundo as oscilagoes provocadas no momento em que os dentes da roda fénica, passam pelo sensor. Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica Principio de funcionamento O sensor é constituido de um estojo tubular (1) dentro do qual ha um ima permanente (3) e uma bobina (2). O fluxo magnético criado pelo ima sofre, devido a passagem dos dentes da roda fénica (7), oscilagdes derivadas da variacao do entreferro. Estas oscilagées induzem uma forca eletromotriz na bobina (2), em cujas extremidades se manifesta uma tensao alternada (5). O valor de pico da tensdo na saida do sensor depende, entre outros fatores, da distancia entre o sensor e o dente (entreferro). Na roda fénica (7) existem sessenta dentes, dois dos quais so removidos para criar uma referéncia (4). O passo da roda corresponde, entao, a um angulo de 6° (360° divididos por 60 dentes). O ponto de sincronismo (6) é reconhecido no final do primeiro dente logo depois do espaco dos dois dentes que faltam. * Quando os cilindros 1 e 4 se encontram no PMS, o 20° dente da roda fénica se encontra sob o sensor. * Quando os cilindros 2 e 3 se encontram no PMS, o 50° dente se encontra sob 0 sensor. Obs.: a localizagao e a quantidade de dentes da roda fénica podem variar conforme 0 sistema de injegao/ignicao. Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica Forma de onda obtida usando 0 osciloscépio do Examiner MEDIDA DE TENSAO Selegao Fim da Escala: 20.0 Volts Selegao Base Tempo: 2 segundos hl eo DT Han | silt i rT | st Pee * Sinal medido entre os terminais 1 e 2 do sensor. * Este sensor nao recebe tensao da central de injegao. * Este sensor gera tensao alternada para a central de injecdo. * Em caso de falha neste sensor, o motor nao ira funcionar. Principios Basicos de Injegao/Igni¢gao eletrénica Sensor de fase Sua fungao é informar a referéncia de fase do 1° cilindro para determinar 0 momento de injegao e /ou ignic&o (sequencial). O sinal enviado a central eletrénica é gerado por um sensor de efeito Hall (2) montado junto a polia (1) de comando da arvore de comando de valvulas no lado da admissao. Obs.: a localizagdo do sensor pode variar conforme o sistema utilizado. Este sensor podera ter seu funcionamento baseado na inducéo de tensao, ou no principio Hall. Principio de funcionamento de um sensor Hal Uma camada semicondutora percorrida por corrente elétrica, imersa num campo magnético normal (linhas de forga perpendiculares a diregdo da corrente) gera nas lades uma diferenca de potencial, conhecida como tensao de Hall. Se a intensidade da corrente permanece constante, a tensdo gerada depende somente da intensidade do campo magnético; assim, é necessario que a intensidade do campo magnético varie periodicamente para obter um sinal elétrico modulado, cuja freqliéncia é proporcional a velocidade com a qual muda o campo magnético. Para obter esta mudanga, o sensor é passado através de um anel metalico (parte interna da polia) provido com uma série de aberturas. No seu movimento, a parte metélica do anel cobre o sensor, bloqueando 0 campo magnético e provocando, assim, uma redugao do nivel na saida. Ao contrario, quando estiver junto a abertura, portanto com 0 campo magnético presente, o sensor gera um nivel de sinal alto na saida. Aalternancia dos sinais depende da seqiiéncia das aberturas. Forma de onda gerada pelo sensor Hall Terai Tensdo Hall Vy=Rily.B d lanela soars (nial alta) ; Vue tensdo Hall R = constante Hall corrente de controle (Gerada por uma fonte externa ao sensor) B = campo magnético d = espessura do condutor Tempo (5) dbanela tecrede Inve! bain 6 Principios Ba ‘os de Injegao/Ignicao eletré: Medidor de massa de ar Esse sensor, também conhecido como medidor do fluxo de ar, ou debimetro, mede a massa de ar admitida pelo motor. O medidor é do tipo a “membrana aquecida”, e seu funcionamento se baseia numa membrana aquecida interposta num canal de medida, através do qual flui o ar que entra no motor. A membrana 6 mantida a uma temperatura constante (aproximadamente 120°C além da temperatura do ar admitido) pela resisténcia de aquecimento colocada em contato com este. 3 A massa de ar que atravessa o canal de medida retira calor da membrana. Para que a membrana se mantenha a temperatura constante, uma certa corrente deve passar pela resisténcia. Esta corrente é medida por uma ponte de wheatstone. A corrente é proporcional & massa de ar que flui. O instrumento mede diretamente a massa de ar (nao 0 volume), o que elimina problemas de temperatura, altitude, pressao etc. CO funcionamento correto do medidor depende do estado do filtro de ar, que deveré ser submetido a controles freqiientes. Principio de funcionamento A ponte de Wheatstone (associaco dos resistores R3, R2, Rs, Rt + R1) estd em equilibrio quando Rs se encontra a cerca de 120°C acima da temperatura do ar. O ar que atravessa_a membrana subtrai calor a0 TYTY resistor Rs e, desse modo, a ponte se PAS * pino 1 - Massa equilibra. pino 2 - Massa de referencia ping 3 - Alimentacdo 12V pino 4 - Sinal de medida Esta situagao 6 evidenciada por IC1, que AsAr comanda, de maneira proporcional ao desequilibrio da ponte, o transistor T1. Desta forma, T1 permite mais passagem de corrente a RH, de maneira a aquecer Rs, restabelecendo o equilibrio de ponte. O circuito IC2 mede a corrente que atravessa RH. Essa corrente permite manter a ponte em equilibrio e 6, de fato, proporcional a massa de ar que atravessa 0 medidor do fluxo de ar. s Basicos de Injegao/Ignicao eletrénica Sensor de temperatura Esse sensor tem a fungao de informar a temperatura do ar ou do liquido de arrefecimento do motor, a central de injegao/ignigao. Quando aumer lemperatura do liquido de refrigeragao do motor, a resisténcia do sensor que é construido com material tipo NTC (coeficiente de temperatura negativa) diminui. E a partir dessa variagao de resisténcia/tensao que a central pode fazer a leitura de temperatura. Obs.: ¢ importantissimo manter o sistema de arrefecimento sempre limpo e com at (etilenoglicol), a fim de prevenir possi erros de leitura e defeitos no sensor. 's Basicos de Injecao/Ignicao eletrénica Sensor de posicdo da borboleta Esse sensor possui um potenciémetro alimentado. pela central e sua fungdo é identificar a posigao angular A-(-) da borboleta aceleradora. B— (+) C= (s) Forma de onda obtida usando o osciloscépio do Examiner MEDIDA DE RESISTENCIA Selegdo Fim da Escala: 1 K Ohm Selecdo Base Tempo: § segundos * Sinal medido entre os terminais A e C do sensor. * Do ponto A ao ponto B, a borboleta de aceleracao esta sendo aberta. * Do ponto B ao ponto C, temos uma queda no valor de resisténcia, por atingirmos o final de curso do potenciémetro. Do ponto C ao ponto D, a borboleta aceleradora permanece totalmente aberta. © Do ponto D ao ponto E, a borboleta voltou ao repouso. * Devemos observar que nado houve descontinuidade na forma de onda gerada, logo o sensor apresenta boas condicées de funcionamento. Principios Basicos de Injecao/Igni¢ao eletrénica Sonda lambda A sonda lambda esté localizada antes do conversor catalitico e tem como fungao medir 0 contetido de oxigénio nos gases de descarga e informar central para que a central possa corrigir a quantidade de combustivel injetado. Nos veiculos Fiat, a sonda lambda pode apresentar 3 ou 4 cabos elétricos. Obs.: alguns sistemas (veiculos importados) possuem duas sondas lambda para controle do catalizador. * Lembre-se que velas de ignigdo, cabos de vela, falsa entrada de ar, catalisador, eletroinjetores, bobina de ignigdo, sensores defeituosos ou motor queimando dleo de forma irregular podem causar mau funcionamento da sonda lambda. Sonda lambda de 4 cabos: * branco: (+) resisténcia de aquecimento: i de aquecimento preto: sinal para central * cinza: negativo (aterramento) Sonda lambda de 3 cabos: * branco: (+) resisténcia de aquecimento * branco: (-) resistencia de aquecimento * preto: sinal para central + 0 aterramento éfeito pelo corpo do sensor Forma de onda obtida usando o osciloscopio MEDIDA DE TENSAO Selegao Fim da Escala: 2.0 Volts Selecdo Base Tempo: § segundos * Tensdo de saida entre os cabos preto e cinza: ~50mV a ~950 mV < 450 mV: mistura pobre (2 > 1) 450 mV: valor objetivo de trabalho (A = 1) > 450 mV: mistura rica (4 < 1) Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica Sensor de velocidade (taquimétrico) = E 0 sensor que informa a velocidade do veiculo. Esta colocado na saida do diferencial. E um sensor Hall que recebe tensdo de 12 volts. v Sensor de detonacdo Esse sensor identifica o fendmeno de detonagao e informa a central , para que a mesma possa atrasar 0 avango de ignigao até que o fendmeno desapareca. Depois, restabelece gradualmente o avango. O elemento sensivel contido na pega de plastico (1) 6 composto de uma ponte de resistancias (wheatstone) serigrafadas numa plaquinha de ceramica muito fina (diafragma) de forma circular, montada na parte inferior de um suporte. O diafragma separa duas cdmaras: na camara inferior lacrada foi criado 0 vacuo, e a superior se comunica diretamente com o coletor de admisséo através de uma tubulacao de borracha, O sinal (de natureza piezoresistiva) que deriva da deformacao sofrida pela membrana, antes de ser enviade a central de injecao, 6 amplificado por um circuito eletrénico (5} contido no mesmo suporte que aloja a membrana cerdmica. Com o motor dosligado, 0 diafragma se deforma, em fungao do valor da presséo atmosférica. Assim, com a chave desligada, se obtém a informagao exata de referéncia da altitude. O motor em funcionamento gera uma depressao, que causa uma agao mecanica do diafragma do sensor, 0 qual se deforma, fazendo variar 0 valor das resisténcias (4). Uma vez que a alimentagao é mantida rigorosamente constante pela central eletrénica (5 V), quando se varia o valor das resisténcias, a tensao de saida varia proporcionalmente & depressao existente no coletor de admisséo, de acordo com o diagrama (3) indicado na figura ao lado. os de Injecao/Ignicao eletrénica Sensor de pressdo absoluta Esse sensor tem como fungao informar as variagdes de presséo existentes no coletor de admissao e a pressdo atmosférica local, para calculo da massa de ar admitida. 260 © 127,5 475.5 787.5 mm a 5 ‘esietencia Principios Basicos de Injecao/Ignicao eletrénica INTERRUPTOR INERCIAL O sistema de alimentagao 6 equipado também com o interruptor inercial que cumpre a fungao de desativar a eletrobomba de combustivel, evitando vazamentos e mantendo a seguranga em casos de colisao do veiculo. Com todos esses sensores informando as condigées de funcionamento do motor, a central age através dos atuadores do sistema quando & necessario fazer alguma corregao. 2 Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica OS ATUADORES Os atuadores sao dispositivos que, comandados pela central, so capazes de influenciar 0 funcionamento do motor. Vojamos sobre alguns atuadoros do sistema: Atuador de marcha lenta O atuador de marcha lenta possui um motor de passo ou, em alguns sistemas, um motor de corrente continua. Esse atuador limita uma quantidade do ar de maneira a manter a rotacao constante de marcha lenta durante a fase de aquecimento do motor, nos momentos em que sao ligados os acessérios elétricos do veiculo, em desaceleracao. 1 Para realizar esse procedimento, a central HER @ 022 dade deo onus polo necessita basicamente das informacoes ‘atuador (varidvol) dos sensores de RPM, de temperatura do liquido de arrefecimento do motor @ HII Q = Cuantidade do araue nessa pela ogicdo da borboleta. borboleta (constante) Forma de onda obtida usando o osciloscépio MEDIDA DE TENSAO Selecao Fim da Escala: 20.0 Volts Selecao Base Tempo: 1 Minuto ament 3 ps Principios Basicos de Injegao/Ignicao eletrénica O relé 0 relé é um interruptor no qual os contatos s40 acionados por meio do campo magnético criado pela bobina. Alguns sistemas de injegdo possuem um relé secundario e um principal, outros apenas um relé duplo. Dentre as fungdes que o relé desempenha no sistema de injegao/ignicao esta a alimentacao da eletrobomba de combustivel. As bobinas As bobinas sao constituidas de dois enrolamentos sendo o primario, baixa tensao, @ 0 secundario que gera a alta tensao para as velas. As bobinas cumprem a fungao de transformar um nivel de tensao baixo em outro mais alto. No caso da ignigéo, sao as bobinas, comandadas pela central que, através de seus enrolamentos primario (baixa tens4o) e secundario (alta tensao), produziréo o centelhamento nas velas. Variador de fase O variador de fase é um dispositivo que equipa alguns veiculos FIAT que necessitam de um bom desempenho no que se refere poténcia a regimes elevados e ao bom torque a baixos regimes. Ele esta localizado na extremidade da arvore comando de valvulas. Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica Para atuar no veriador de fase, a central recebe os sinais dos sensores de rotagao e do medidor de massa de ar e temperatura do liquido de arrefecimento. A fungao do variador de fase é atuar na arvore comando de valvules antecipando o momento da abertura das valvulas de admissao em fungdo da carga e da rotaegao solicitada pelo motor. Localizados no tubo distribuidor, os eletroinjetores cumprem a fungao de injeter, sob pressdo, 0 combustivel na camara de combustao. Sao controlados pela central, que determina o tempo de abertura do injetor e o momento da injegao. Por exemplo, se a injegao for seqtencial, os jetores seguirio a ordem de injecdo 1-3-4-2 (para motores de 4 cilindros. Para que o combustivel chegue até os eletroinjetores ¢ necessario que tenha um sistema de alimentagao eficiente, e é dele que vamos falar agora! ae Treinamento Assistencial Principios Basicos de Injegao/Ignicao eletrénica O SISTEMA DE ALIMENTACAO O sistema de alimentagao é constituido basicamente de tanque, eletrobomba e filtro de combustivel, além do regulador de pressao, eletroinjetores e tubo distribuidor de combustivel. No sistema de alimentagao antigo tinhamos o carburador que preparava e fornecia a mistura ar/combustivel para os regimes de trabalho do motor. O carburador, ao longo de sua existéncia, sofreu varias modificagdes para melhorar sua eficiéncia, contudo nao foram suficientes para se adequar as exigéncias da legislagao ambiental. Principios Basicos de Injegao/Ignicao eletrénica O corpo de borboleta sera diferente para cada tipo de sistema, ou seja, SPI ou MPI. Mas quais so 0s tipos de sistemas e como funcionam? No sistema de ignigao e injegao eletrénica, o carburador foi substituido por um componente parecido chamado corpo de borboleta. “arafuso de regulagem e limitador da borboleta {0 lacre no dove ser violado) 2-Alavancas para abertura da borboleta 3 ‘ago do tubo de envio do liquide de arrefecimento do motor cago do tubo de recirculagdo e recuperagio dos vapores provenientes do cérter 5:Fixaco do tubo de retorno do liquido de arrefeciamento do motor 6-Atuador de marcha lenta 7-Sensor da posigso ds borboleta O sistema single point injection & (s.p.i.) é a injegao de ponto unico onde ha somente um eletroinjetor localizado no corpo de borboleta, ‘Kesitencia 2 Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica (m.p.i.) é a injecdo de pontos miultiplos onde ha um eletroinjetor para cada cilindro. Os eletroinjetores estao localizados no cabecote do motor e nao no corpo de borboleta. Esses sistemas podem se apresentar como: Semi-seqiiencial onde a injegao de combustivel ocorre simultaneamente em dois cilindros. Seqiiencial-fasado onde a injeco de combustivel ocorre conforme a ordem de ignigdo que é indicada pelo sensor de fase. Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica Full-group onde a injecdo de combustivel ocorre simultaneamente em todos os cilindros. Dentre as principais modificages, desde o sistema carburado, podemos citar ainda a eletrobomba de combustivel em substituigao & bomba mecénica. A pressao da linha 6 de 1,0 bar, 1,5 bar ou 3,0 bar dependendo do sistema. Essa mudanga de bomba provocou é necessidade de um componente para regular a pressdo e também mudangas nos filtros de combustiveis, que agora deveriam trabalhar sob alta pressao. Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica ® Pe | Regulodor do prosabo do ‘Tomada do retorne do combuetivel combustivel 2-Tomada de entrada do combustivel 3-Suporte dos injetores @ tube dietribuidor de ‘combustivel 4 Membrana com vitvula de dofiuxo S.Mola de regulagom ELigacso 20 coletor de admixsio TVaivula de dofluxe 8-Corpo metéico 0 tubo distribuidor de combustivel permite a montagem dos eletroinjetores e distribui o combustivel com pressio uniforme para os mesmos. Cumpre também a fungao de acumulador, pois o volume em relagao quantidade injetada no motor é grande o suficiente para atenuar as oscilagdes de pressao. O sistema 4: muito, com varios componentes eletrénicos que detectam as variagées ocorridas no motor e as enviam a central eletrénica que determina novos valores de funcionamento, principalmente sobre a mistura ar e combustivel. Principios Basicos de Inje¢gao/Igni¢ao eletrénica Com a utilizacgao dos sensor a central consegue captar os mais importantes valores de funcionamento (parametros) do motor como: * rotagdo do motor; * posicao dos pistées em relago a0 PMS do cilindro; * temperatura do ar aspirado e do liquido de arrefecimento; * posigdo angular da borboleta; * relacdo da mistura; * pressdo no coletor; * tensao na bateria; * presenca de detonacao; * velocidade do veiculo etc. Principios Basicos de Inje¢ao/Ignicao eletrénica A central decodifica os sinais de chegada dos sensores, consulta os mapas memorizados e aplica os parémetros necessarios para comandar a igni¢ao, 0 tempo de injecdo, e quantidade de ar para a marcha lenta etc. A central eletrdnica deve gerenciar © tempo de injecdo de forma que a relacao ar-combustivel esteja sempre dentro do velor ideal. (estequiométrico) Acentral reconhece o sinal do sensor de pressdo absoluta, de temperatura do ar, rotagao do motor e da posigao da borboleta aceleradora. A partir do mapa memorizado e, segundo a ralacdo desejada, faz as correcdes conforme algumas estratégias em ralacdo as condicbes de funcionamento do motor. Vejamos quais sao essas estratégia: Principios Basicos de Injegao/Ignicao eletrénica Controle da jecdio As estratégias de controle da injegao tm 0 objetivo de fornecer ao motor a quantidade de combustivel correta e no momento certo, em fungao das condigées do motor. A quantidade de ar aspirado por cada cilindro, para cada ciclo do motor, depende, além da densidade do ar aspirado, da cilindrada unitaria e também da eficiéncia volumétrica. A densidade do ar é calculada em fungao da pressao absoluta e da temperatura, ambas detectadas no coletor de admissao. A eficiéncia volumétrica é 0 parametro referente ao coeficiente de enchimento dos cilindros, detectado com base em experimentos feitos no motor em todo. © campo de funcionamento, e depois memorizados na central eletronica. Estabolecida a quantidade de ar aspirado, o sistema deve fornecer a quantidade de combustivel em fungao da relacao de mistura desejada. Ha sistemas que ndo utilizam o valor de pressao absoluta, estes sistemas trabalham com um sensor (debimetro) que envia diretamente um sinal que corresponde & quantidade de ar aspirado. : Principios Basicos de Injecao/Ignicao eletrénica A fase de distribuigdo, que é 0 instante final do processo de injecdo, consta num mapa memorizado na central eletrénica e varia em fungao do regime do motor e da pressao no coletor de admissao. Na distribuigdo, a central comanda a atuagao dos eletroinjetores, por um tempo estritamente necessario para formar a mistura ar-combustivel mais proxima da relagao estequiométrica. O combustivel é injetado diretamente no coletor, perto das vdlvulas de admissao, com a pressao especifica para o tipo de sistema usado. A relagao estequiométrica é obtida uti- lizando uma sonda lambda. Essa sonda, através de uma andlise constante da quantidade de oxigénio presente nos gases de escapamento, informa a central que, com base nos dados nela memorizados, ¢ capaz de corrigir tempo real a relagdo da mistura, se esta nao for a estequiométrica. Controle da relacgdo da mistura (controle em realimentagao) Se 0 motor trabalha com a mistura ideal (lambda = 1) temos baixa emissio de gases, alto torque, alta poténcia e baixo consumo, Porém, em determinados momentos do funcionamento do motor é exigida uma mistura rica, como na fase fria. Principios Basicos de Inje¢ao/Ignicao eletrénica Autoadaptagéo A central eletronica possui a fungdo de autoadaptagao da mistura, que permite memorizar os desvios entre © mapeamento de base e as corregoes impostas pela sonda lambda que podem aparecer de maneira persistente durante 0 funcionamento. Estes desvios, devido ao envelhecimento dos componentes do sistema e do proprio motor, sao memorizados permanentemente, permitindo a adaptagao do funcionamento do sistema as progressivas alteragdes do motor e dos componentes em relagao as caracteristices do motor quando este ainda estava novo. Uma outra fungéo de autoadaptacéo corrige a abertura do atuador de marcha lenta do motor durante a fase de marcha lenta, com base nas variacgdes ocorridas devido as infiltragdes de ar no corpo de borboleta e ao envelhecimento natural do motor. Este tipo de correcao se perde quando a bateria ou a central sao desligadas. 8 Controle da detonagao Nos motores ciclo Otto, a central confronta os sinais enviados pelo sensor de detonacao com o valor limite preestabelecido, Assim que a detonacao 6 detectada, a central reduz 0 avanco de ignicao até desaparecer o fendmeno. Controle da ignigaéo E necessario que se faca o controle do avango da ignicao. Sabemos que 0 momento certo para que ocorra a centelha varia em fungdo da carga a que esta submetido o motor, mas a ignigéo deve acontecer antes do pistdo atingir o PMS {Ponto Morto Superior) para que a combustao completa ocorra no ponto de maxima compressao. O circuito de ignicdo é de descarga indutiva do tipo estatico, nao possuindo distribuidor de alta tensao. Os modulos de poténcia podem estar situados dentro da central eletrénica de injecdo/ignicao ou fora dela, conforme o sistema. Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica O sistema possui duas bobinas com saida dupla de alta tensao, reunidas num Unico invdlucro e ligadas diretamente as velas. O circuito primario de cada bobina é ligado ao relé de poténcia, e sao alimentadas pela tensao de bateria e ligadas aos terminais da central eletrénica para a ligacdo a massa. Apos a partida do motor, a central controla ‘© avanco base levantado por um mapeamento especifico, em fungao da rotacéo do motor e do valor de pressao absoluta medida no coletor de admissao. Esse valor de avango ¢ corrigido em funcao das temperaturas do liquido de arrefecimento e do ar aspirado. Além disso, © valor do angulo de avanco esta sujeito a corregao na fase de partide, nos regimes transilérios de aceleracao e desaceleragio, ‘em condicées de cut-off e para estabilizar as rotagoes em marcha lenta. Para o correto funcionamento, a central deve reconhecer um quadro de sinais como 0 ilustrado abaixo. pms . ena) | fre | A- Sinai do sensor de rotacdes do motor a B - Comando de poténcia Corronte que circula no circuito E - primario de uma bobins . 8 - Avanco da ignigao reterido ao PMS dos cilindros Principios Basicos de Injecao/Igni¢ao eletrénica A central controla tanto o avango da centelha para os cilindros em relagdo ao PMS quanto 0 tempo de condugao necessario para que a bobina ermazene energia, comandando, de forma alternada, os dois estagios de poténcia que permitem a circulagao da corrente nos enrolamentos primarios das bobinas por um tempo suficiente para garantir a corrente nominal. Quando a central interrompe 0 comando de um dos dois estagios de poténcia, a passagem de corrente é interrompida, gerando um aumento da tenso no circuito secundério, por indugao (até 30 kV sem carga). Esquema funcional da igni¢So 1-Sensor de rotagoes do motor e RIMS. 2-Rode fOnica. 2-Quadro de sinal levantado pela roda fanica (60-2) dentes. (Os PMS. correspondem aos dentes 20 ¢ 60. 4-Sucessio dos sinais em forma de anca quacrads de amplitude constonte, S-Médulo de poténcis de comando da ignigio [dentro da contral eletrSnica) 6-Bobinas de ign! Tels de ignigdo. As velas dos cilindros 1-4 e 2-3 sao ligadas diretamente por meio de cabos de alta tensio, de duas em duas, aos terminais do circuito secundario da bobina e a ligacdo entre elas pode ser considerada em série, pois o cabegote do motor efetua a unido das mesmas. Assim, a energia acumulada pela bobina se descarrega quase exclusivamente nos eletrodos da vela situada no cilindro em compressao, permitindo a igni¢éo da mistura. A outra centelha nao é utilizada, pois no encontra mistura para ser queimada no cilindro, mes somente gas em fase de escapamento. 1-Sonsor de rotagbes 0 PM.S. 2 3-Bateria 4-Comutador ¢e ignicio 5-Velas 6-Bobinas de ignicho 7-Redé duplo 8-Central eletrénica de inegdo/ignicho 9-Fusivel de protegao do sistema de injegeorignigso Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica Controle Cut-off Outro controle que deve ser feito pela central € o cut-off (corte de combustivel). Quando a central reconhece a posigdo da borboleta como fechada (marcha lenta, através do sinal do sensor de posigao da borboleta) e a rotacao do motor ja tenha superado cerca de 1600 rpm, ela empobrece a mistura através da reducdo da quantidade de combustivel ou ate mesmo 0 seu corte, O avanco da ignigao se mantém fixo. O reconhecimento da borboleta em posigao aberta ou a rotagao abaixo de aproximadamente 1400 rpm reativa novamente a injegdo de combustivel. Para rotagées muito altas, ocorre o cut-off mesmo com a borboleta ndo totalmente fechada, mes com a presséo relativamente baixa no coletor de admissao (cut-off parcial). Controle da recirculagao dos vapores de combustivel Os vapores de combustivel podem ser reaproveitados para serem queimados no motor, através de um filtro de carvao ativado (canister). A central 6 que comanda a quantidade de vapor aspirado e as emissdes. Esse controle é feito em funcao da rotagéo, da carga do motor e do tempo de injecao. ‘Treinamento » Assistencial Principios Basicos de Injegao/Ignicao eletrénica Funcionamento a plena carga Nesta condigéo, a central aumenta o tempo de injecdo para obter poténcia maxima solicitada pelo motor. So os sensores de posicao da borboleta e pressao absoluta que indicam a necessidade de aumento do tempo de injegao. Correcdo barométrica Como sabemos, a presso altitude. Essa variagao tem influéncia no motor e solicita uma correcao a cada mudanga, atualizando a cada partida do motor e em determinadaes condigées de posi¢ao da borboleta e do minimo de giros. Protecao contra excesso de giros Quendo a rotagdo do motor comege a se aproximar do valor maximo permitido, a central reconhece essa situagao e atua de modo a reduzir os tempos de injegdo. Assim que os valores retornam ao normal, a acao 6 desativada, Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica Partida do motor a ‘io Nesta condigao ha um empobrecimento natural da mistura por cause da mé turbuléncia das particulas de combustivel nas baixes temperaturas. Quando o motor esta funcionando em baixas temperaturas, a evaporagao é reduzida e ocorrem condensagdes nas paredes internas do coletor de admissao. 90% 90% Tilmsee) Tilmseed OFF Além disso, © dleo lubrificante em baixas temperaturas aumenta @ resisténcia a rotacao dos orgaos mecanicos do motor. A central reconhece esta condigao e corrige o tempo de injego com base no sinal do sensor de temperatura do liquido de arrefecimento. Principios Basicos de Injecao/Igni¢gao eletrénica Funcionamento em aceleracéo Nesta fase, a central aumenta adequadamente a quantidade de combustivel exigide pelo motor {a fim de obter 0 torque maximo), em fungao dos sinais provenientes dos ‘seguintes componentes: * potencidmetro da borboleta; * sensor de pressio absolut: * sensor de rotacdes e PMS. c 1 A- Tempo de injegao normal B - Reabertura do olotroinjetor (extra pulse) 3 © - Tompo de injegiio com enriquecimento) Off. Motor com rotacho estabilizada ‘On - Motor em fase trans er © tempo "bese" de injegdo 6 multiplicado por um coeficiente em funcéo da temperatura do liquido de arrefecimento do motor, da velocidade de abertura da borboleta aceleradora e do aumento da pressao no coletor de admissao. Se a variacdo brusca do tempo de injecao for calculada quando 0 eletroinjetor ja estiver fechado, a central eletrénica reebre o eletroinjetor (extra pulse), pare que a mistura seja compensada com a maxima rapidez. As proximas injecdes de combustivel ja seréo aumentadas com base nos coeficientes citados acima. Funcionamento em desaceleracao Nesta fase, a central reconhece o sinal do potenciémetro da borboleta ¢ atua diminuindo © tempo de abertura dos eletroinjetores. Quando o motor ja estd em baixa rotagao (dash-pot), a central diminui a quantidade de ar @ atenua a variagdo de torque fornecido. 2 Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica Controle da fungaéo de bloqueio da partida do motor (Fiat Code) Esta fungao é realizeda devido a presenca da central eletronica do Fiat Code, capaz de comunicar-se com a central de injegao e ignigao, e de uma chave eletronica provida de um transmissor proprio para enviar um cédigo de reconhecimento. Sempre que a chave for girada para a posicao STOP, o sistema Fiat Code desativa completamente a central eletronica de injegao e ignigao. Colocando a chave de ignicdio na posic¢ao MAR, acontece a seguinte seqiiéncia de operacées: 1-a central eletrénica de injegao (cuja memoria contém um cédigo secreto) solicita da central eletrénica Fiat Code o cédigo secreto para desativar 0 bloqueio das fungées; 2-a central eletrénica Fiat Code responde enviando 0 cédigo secreto depois de ter recebido o codigo de reconhecimento transmitido pela propria chave de ignicéo; 3-0 reconhecimento do cédigo secroto permite que se desative o bloqueio da central eletrénica de injecdo e ignicao e que esta funcione normalmente. Principios Basicos de Injecgao/Ignicao eletrénica CIRCUITO ANTIEVAPORACAO E DE RECUPERAGAO DOS VAPORES DE COMBUSTIVEL O principal objetivo do sistema antievaporativo 6 controlar a vazao dos vapores de combustivel do reservat6rio nao permitindo que poluam a atmosfera, 1-Prato 2 3Mo's 4-Tubo de saida 5-Mola 6-Tubo de entrada O controle das emissées de poluentes é, a cada dia, mais rigoroso e necessério, principalmente nos grandes centros urbanos onde aumentam as pessoas que sofrem com 0s efeitos da poluigao. A industria automotiva, preocupada com isso, tem investido em tecnologias que diminuem a emissdo de gases na atmosfera. 1-Filtro de carvao ativado 2-Contral eletrénice de injecdciignicdo 3-Valvula flutuantes 4-Valvula de seguranca 5-Vélvule muttifuncional ©-Separador dos vepores de combustivel 7-Tanque do combustivel &-Eletrovélvula interceptadors dos vapores de combustivel 9Entrada para aspiragao dos vapores no coletor Se a pressio dentro do tanque aumenta, as valvulas de 2 Seguranga abrem e o excesso de pressao escapa para fora. Principios Basicos de Injecao/Ignicao eletrénica Estas valvulas podem permitir a passagem de parte dos vapores de combustivel para um filtro de carvao ativado chamado canister, e a outra parte para o reservatorio de expansao, onde vao condensar e voltar para o tanque. Quando os vapores chegam ao canister ficam retidos e somente o ar puro é langado na atmosfera através de um respiro. Os vapores de combustivel podem, segundo condigées estabelecidas pela central eletrénica, ser utilizados pelo motor quando este funciona em regime acelerado. No momento da partida do motor o canister esta fechado para que nao enriqueca demais a mistura. 1-Bocal 2Saide ‘2 Filtro de papel 4-Filtro de carvao S-Entrada EDivisso 7-Molas Principios Basicos de Injegao/Igni¢ao eletrénica CIRCUITO DE RECIRCULACAO DOS GASES PROVENIENTES DO CARTER DO MOTOR (BLOW-BY) Aemissao de poluentes pode ocorrer, também pelo cérter do motor. Como sabemos, os gases nocivos podem originar-se por evaporacao do dleo lubrificante no carter ou podem também passar pelos anéis do pistao. Para que estes gases nao sejam langados na atmosfera, existe um sistema de recirculagao (blow-by) que os envia direto para serem reaproveitados na camara de combustao. 1-Tubulagao de ligacao a0 coletor 2-Furo calibrado no coletor 3-Tubulacéo de ligagdo 20 filtro de ar 4Fittro, S-Tubulacio de ligagdo 90 chrtor Os gases de descarga (NOx) sao, também, muito nocivos para o ser humano e os indices langados na atmosfera devem ser reduzidos. A reducdo é feita fazendo com que uma parte dos gases de descarga retorne a admissao e seja novamente queimada juntamente com a nova mistura. O sistema para controle do Nox é conhecido como sistema EGR. Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica 1-Tubulacio de vacuo 2-Tubo de entrada dos gases de descarga 3-Tubo de envio dos gases de descarga a vilvula moduledora 4-Ligogée dos gases de descarga com 0 colator de admissdo, O dispositive chamado EGR é constituido de uma valvula pneumitica ligada 20 coletor de admissao, O vacuo na tubulagao (1) 6 controlade por uma valvula moduladora. == b Em alguns veiculos a EGR é uma eletrovélvula controlada pela central, que tem assim, como compati funcionamento do motor com ° minimo de emissdo de NOx. A Fiat vem acompanhando a evolugao da injecao eletrénica utilizando em seus veiculos diferentes sistemas. A seguir, vocé poderé identificar o sisteme de injegdolignigao referente a cada veiculo. Para consultar os esquemas elétricos & testes dos componentes de cada sisteme, consulte a apostila . “SISTEMAS DE INJECAO/IGNICAO - ESQUEMAS ELETRICOS E COMPONENTES”. ” Principios Basicos de Injegao/Ignigao eletrénica Tabela Veiculos X Sistemas de injegado/ignicao Na tabela abaixo vocé pode ver os diferentes sistemas de injegao e ignigao utilizados pela Fiat, relacionados aos veiculos dos quais fazem parte. couPE ELBA 1.5/1.6 i.e. - AG FIORINO 1.5/1.6 i.e. - VG FIORINO 1.5/ mpi- G FIORINO Pick-Up 1.6 mpi -G PALIO 16V 1.5 mpi -G PALIO 16V 1.6 mpi-G PALIO 16 i.e. PREMIO 1.5/1.6. €. - AG SIENA 16V 1.6 mpi -G SIENA 1.6 i.e. TEMPRA 2.0 i.e. - A/G TEMPRA 16V -G TEMPRA 16V -G TEMPRA 2.0 mpi Turbo - G TEMPRA SW SLX 20. ¢.-G TIPO 1.6i.e.-G TIPO 2.0SLX - G TIPO 1.6 mpi-G TIPO 2.0 16V-G UNO 1.0i.e.-G UNO MILLE ELETRONIC - G UNO 1.5 ie. A/G UNO 1.6 mpi-G MAREA (ASPIRADO) MAREA (TURBO) MAREA 1.8 16V / BRAVA HGT MAREA 2.4 20V PALIO 1.08V. PALIO 1.0 16V/ 1.3 16V PALIO 1.6 16V MAGNET! MARELLI - IAW-P8 BOS MAGNETI MARELLI - SPI G6/G7 MAGNETI MARELLI - SPI G6/G7 MAGNETI MARELLI - AW-1G7 BOSCH MOTRONIC M1.6.4 MAGNETI MARELLI - IAW-1G7 MAGNETI MARELL - IAW-1AB. MAGNETI MARELLI - SPI-G7 MAGNET! MARELLI - SPI G6/G7 MAGNETI MARELLI - IAW-1AB MAGNETI MARELLI - SPI-G7 MAGNET! MARELLI - SPI-G7 MAGNETI MARELLI - G7 25 MAGNET! MARELL - IAW-P8 4V3 BOSCH MOTRONIC M1,5.2 MAGNETI MARELLI - [AW-P8 4U3 BOSCH MONOMOTRONIC M1.7 MAGNETI MARELLI - IAW-P8 4U3 BOSCH MOTRONIC M1.5.4 MAGNETI MARELLI - |AW-P8 403 MAGNETI MARELLI - |AM-G7.11 MAGNET! MARELLI - MICROPLEX MAGNET! MARELLI - SPI-G6/G7 BOSCH MOTRONIC M1.5.4 BOSCH MOTRONIC 2.10.4 BOSCH MOTRONIC 2.10.4 HITACHI - M-159° BOSCH ME 3.1 MAGNETI MARELLI - AW-59FB BOSCH ME 7.3H4 MAGNET! MARELLI - |AW-49FB. COPYRIGHT BY FIAT AUTOMOVEIS S.A. IMPRESSO NO BRASIL REPRODUCAO PERMITIDA SOMENTE COM A AUTORIZACAO ESCRITA DA FIAT AUTOMOVEIS S.A. E CITACAO DA FONTE Os dados contidos nesta publicacao sao fornecidos a titulo indicativo e poderdo ficar desatualizados em conseqiiéncia das modificagées feitaspelo fabricante, a qualquer momento, por razoes de natureza técnica ou comercial. 60352701 - 11/2002 LE re

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