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(wamara brasileira do Livro, SP, Brasil) Oliveira, Djalma de Pinho Rebougas de, slausmento estratégico : conceitos, metodologia e préticas / Djalma de Pinko Rebouras de Oliveira. ~ 28. ed. - So Paulo : Atlas, 2010. Inclui Glossério de termos técnicos, Bibliografia, ISBN 978-85-224.6077.9 Scanned with CamScanner 1.4 FILOSOFIAS DO PLANEJAMENTO De acordo com Ackoff (1974, p. 4), existem trés tipos de filosofias de,» nejamento dominantes, sendo que a maioria dos processos de planejamen; envolve uma mistura dos trés tipos, embora possa haver predomindncia um deles. Scanned with CamScanner 14.1 Filosofia da satisfagdo 1m minimo de sal Eta filosofia designa os esforgos para se aleanar 0" tr as ¢ fazer facdo, mas nao necessariamente para excedé-Lo, sen¢ a ‘uanto possivel”. “suficientemente bem”, mas no necessariamente “tao bem q +h lapos. ae - O nivel que define a satisfagio é 0 que o tomador de decisoes toa fixar e, frequentemente, é 0 minimo necessario. : — jetivos fac- 0 processo de planejamento comeca pela determinagao dos a tives, resultantes de uma sistemética de consenso politico entre os varios tros de poder da empresa. Tais objetivos poderdo ser de desempenho a i titativos ou qualitativos); mas serdo em pequeno ntimero, porque seria dificil estabelecer um grande niimero de objetivos e, também, porque isto geraria inevitdvel conflito entre os diversos objetivos da empresa. Nessas condigées, restario apenas os objetivos aceitveis, no sentido de serem os que encontrargo a menor resistencia & sua implementacao; e os ob- Jetivos aceitos poderio, inclusive, nao ser os mais adequados & empresa. © planejador que segue essa filosofia acaba nao se afastando muito das préticas correntes da empresa. As estruturas organizacionais das empresas nao so alteradas porque podem ser encontradas muitas resistencias e, em consequencia, os planos serao timidos em termos de recursos. Assim, néio serao procuradas alternativas, isto &, muitas oportunidades interessantes dei- xam de ser exploradas. A preocupagao basica dessa filosofia est4 no aspecto financeiro, sendo dada grande énfase a0 orcamento e a suas projegdes. Nao é dada grande importancia aos demais aspectos do planejamento de recursos — humanos, tecnoldgicos, equipamentos, materiais, servicos etc. -, porque esta subenten. dido que, com suficiente quantidade de recursos monetirios, o restante pode ser obtido; e, normalmente, é feita apenas uma projecéo para o futuro, sendo ignoradas as possibilidades de outras alternativas. Essa filosofia é, normalmente, utilizada em empresas cuja preocupagio maior é com a sobrevivéncia do que com o crescimento e 0 desenvolvimento, © ganho em termos de aprendizado no processo de planejar & pequeno, Pois, nao indo a fundo no estudo das principais variéveis, néo se adquirem conhecimentos adequados sobre elas e sobre o sistema que se esté planejando, A grande vantagem dessa filosofia é que o processo de planejar pode ser realizado em pouco tempo, custa pouco e exige menor capacitagio técnica, Nesse sentido, tal filosofia pode ser muito util quando a empresa i aprendizado do processo de planejar. Scanned with CamScanner 12 Panameno fxd? 142 Filosofia da otim fo € fei : " co planejamento ndo ¢ feito apenas ssc fst ifn 1 fae to Bem quanto posi emente ber viticas e estatisticas, de m, algo suicien ojo de técnicas mater 1delos ase pela utizagdo de Cry as quis contribuem para a otimizacsa,¢Siny, ined pests Oe ch de problemas ede deces nag cess de plana vos so formulados em terms quanto Nesse caso, 06 OBITS comum ~ monetitia ~ € combinadog <> Pig sio reduces 4 pla de desempenko. Isto porque o planejador gin Uy medida geral € arm pjetivos nio quantificéveis, Porque eles pode tende a ignoar 0: ho a sr otimizado. O planejador procyrg 29s incorprados em tanejamento através de modelos matemiicos qty {ote dats, isto 6, procurase otimizar o processo decisério, seri, Tentase que essa flosoia de planejamento tornou-se amp dion ° A eenvolvimento da informatica e da tecnologia da ing Ut bem como de modelos de andise empresaral que foram elaboragn™ {res da pesquisa operacional outras éreas. @ Isto porque os modelos disponiveis so aplicéveis a algumas partes da prea, nfo resolvendo todos os problemas e, nessas condig&es,o panes” ‘timizador tende a ignorar os aspectos que ele néo pode modelar,tais ae os inerentes aos recursos humanos e & estrutura organizacional da em” Enretano, foram desenvolvidos modelos muito iteis para as decir’ empresas, tais como tamanho e localizagio da fabrica, logistica, substitgr de equipamentos etc. » Substitugég Os executivos devem estar atentos ao fato de que mesmo o m Jomatemitico pode ser sabotado por resisténcias ativas ou prepiong psc aged eo ue nao foram motivados para o plano. A este 143 Filosofia da adaptagéo Ea flo, que al ‘ presenta ass eines ieee denominada planejamento inovativo, * basea-se na suposig lo esté nos phed*0 f© Ue © principal valor do planejamento esses planos. Esta 68405, mas no processo de elaboracio Jamentos nas empresas (ver mela basica e cldssica dos plane- * supe que a mai ‘S40 1.2); corre da falta de evan adninssidade atual de planejamento de- istrativa e de controles, e que os pI Scanned with CamScanner Concise plceameso ede sens 13 fissionais das empresas sfo os responsdveis pela maioria das confu- s6es que o planejamento tenta eliminar ou evitar; e que «+ oconhecimento do futuro pode ser clasificado em tr8stipos: certeza, incerteza e ignordncia, visto que cada uma dessas situagdes requer ‘um tipo diferente de planejamento, comprometimento, contingéncia ou adaptacio. ‘A filosofia de adaptagio, também chamada homeostase, procura equili- brio ~ interno e externo — da empresa, apés ocorréncia de uma mudanga. 0 desequifbrio pode vir a reduzir a eficiéncia do sistema-empresa de modo efe- tivo; dai a necessidade de restabelecer o estado de equilfbrio, Nesta situacdo, a empresa pode adotar diferentes respostas aos estimulos externos. A resposta pode ser passiva, em que o sistema muda seu compor- tamento de modo defasado, adotando as solugGes normais para o estimulo, tais como mais economia de material, dispensa de pessoal etc. A resposta ainda pode ser antecipatéria ou adaptativa, quando hd preocupacio por parte da empresa em procurar antecipar as mudancas do seu ambiente externo ¢/ ou adaptar-se a esses novos estados. Finalmente, pode adotar uma resposta autoestimulada, em que ha preocupagio constante pela busca de novas opor- tunidades para crescimento e/ou expansao da empresa (Ackoff, 1974, p. 12). ‘A-cmpresa deve responder, adequadamente, as mudancas externas, pois estas so as principais responsdveis por seus problemas internos. E valido que o executivo, quando estiver trabalhando com a fungio plane- Jjamento, estabeleca qual filosofia a ser adotada, tendo em vista a adequacio entre a situacdo atual e o processo de planejamento. Na realidade, essas filosofias de atuacdo aparecem como consequéncia do tipo de objetivos que os execuitivos formulam para as empresas. Entretanto, a filosofia da otimizacio visualiza a maximizagdo do lucro para a empresa, tendo como base o sistema de pregos dos seus produtos € servigos e o nivel de tecnologia aplicada na empresa. E esta no tem sido a situacio mais vivel para as empresas, pois, basicamente, elas tendem a obter resultados satisfatérios e néo étimos. Ver consideragdes a respeito do lucro como objetivo empresarial na segio 5.8. Do ponto de vista do processo do planejamento, a hipétese de que a em- presa deva fixar seus objetivos em niveis satisfat6rios, em vez de 6timos, tem ‘as seguintes implicag6es (Boucinhas, 1972, p. 16): fi ii ai uiltiplos objetivos, sejam_ + toma possivel a incorporagao, ao plano, de miiltipl 5, se Gamat qualitativa, ou quantitativa. © tratamento de miltiplos bjetivos, na hipétese de otimizaglo,é extremamente complexo sea em virtude das dificuldades na_quantificagao de certos objetivos, Scanned with CamScanner 114 planejamento Eatatgieo + Reboucs ai trados na transformacao de ob. seja em fungéo dos problemas encont s 0 de o Je crnaudplos em uma snica varivel representativa do sistema; e A 6ti requer 0 uso de : obtencdo de resultados étimos requ oe matendtcns de natureza analtca. A impossibilidade dere. modelos matematicos de natur é rash presentar, em um modelo, todo o sistema empresarial tem impedido ‘a adogio da filosofia de otimizagdo no planejamento das empresas ‘como tm todo, apesar de esta filosofia jé estar sendo usada no planeja- mento de alguns de seus subsistemas, partes, dreas ou departamentos. Como decorréncia dessas duas implicagdes apresentadas, pode-se consi- derar que a estratégia de obtencio de resultados satisfat6rios parece ser a que melhor descreve a prdtica de planejamento das empresas, seja porque com- porta a existéncia de objetivos milltiplos, quantificdveis ou nao, seja porque nao requer a utilizac4o de modelos matematicos sofisticados, de dificil espe- cificagéo, no atual estagio de desenvolvimento dos sistemas de informacées gerenciais e da propria pesquisa operacional. Scanned with CamScanner . As empresas que vocé conhece utilizam a Teoria de Sistemas em seu pro: cesso de planejamento? Explicar como. 2. Debater os niveis e os tipos de planejamento e sua aplicacdo nas empresas. Debater a utilizacdo dos principios gerais e especificos do planejamento em uma empresa de seu conhecimento. Debater as trés filosofias do planejamento para uma empresa do seu co- nhecimento. Identificar e debater as partes do planejamento e estabelecer, com justifi- cativas, uma hierarquia entre estas partes. Debater os tipos e niveis de planejamento e suas importancias para as empresas. Scanned with CamScanner

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