Professional Documents
Culture Documents
PERÍCIA MÉDICA
FEDERAL
Volume 1
Isenção de
carência
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................................ 4
1 ABDOME AGUDO CIRÚRGICO .......................................................................................................................................... 6
2 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (FORMA AGUDA) ......................................................................................... 8
3 CARDIOPATIA GRAVE ........................................................................................................................................................ 11
4 CEGUEIRA ............................................................................................................................................................................. 25
5 CONTAMINAÇÃO POR RADIAÇÃO, COM BASE EM CONCLUSÃO DA MEDICINA ESPECIALIZADA ..... 27
6 DOENÇA DE PARKINSON ...............................................................................................................................................30
7 ESCLEROSE MÚLTIPLA ..................................................................................................................................................... 31
8 ESPONDILITE ANQUILOSANTE .................................................................................................................................... 32
9 ESTADO AVANÇADO DA DOENÇA DE PAGET (OSTEÍTE DEFORMANTE) .................................................... 35
10 HANSENÍASE...................................................................................................................................................................... 37
11 HEPATOPATIA GRAVE .................................................................................................................................................... 39
12 NEFROPATIA GRAVE ...................................................................................................................................................... 42
13 NEOPLASIA MALIGNA..................................................................................................................................................... 45
14 PARALISIA IRREVERSÍVEL E INCAPACITANTE ..................................................................................................... 47
15 SÍNDROME DA DEFICIÊNCIA IMUNOLÓGICA ADQUIRIDA (AIDS)...................................................................49
16 TRANSTORNO MENTAL GRAVE, DESDE QUE ESTEJA CURSANDO COM ALIENAÇÃO MENTAL ...... 53
17 TUBERCULOSE ATIVA ..................................................................................................................................................... 56
INTRODUÇÃO
O Manual Técnico da Perícia Médica Federal – volume 1 tem por objetivo orientar tecnicamente os
peritos médicos sobre as doenças e afecções especificadas nos diplomas legais para isenção do
período de carência, conforme determina o art. 3º da Portaria Interministerial MTPS/MS nº 22, de 31
de agosto de 2022.
Consta no art. 24 da Lei n° 8.213/91 que “Período de carência é o número mínimo de contribuições
mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do
transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências”.
O art. 26 da mesma lei dispõe que:
4
4
§ 1º Para fins de aplicação desta Portaria, considera-se:
I - quadro clínico de evolução aguda: doença ou afecção de instalação súbita,
excluindo-se os episódios agudos de doenças crônicas; e
II - critério de gravidade: risco iminente de morte ou de perda da função de órgão
ou sistema que requer cuidado de natureza clínica ou cirúrgica, podendo
apresentar instabilidade das funções vitais e necessidade de substituição
artificial de funções.
§ 2º As doenças e afecções listadas nesta Portaria isentam o segurado do
cumprimento da carência, se iniciadas após a filiação ao RGPS.
Art. 2º As doenças ou afecções listadas a seguir excluem a exigência de carência
para a concessão dos benefícios auxílio por incapacidade temporária e
aposentadoria por incapacidade permanente aos segurados do RGPS:
I - tuberculose ativa;
II - hanseníase;
III - transtorno mental grave, desde que esteja cursando com alienação mental;
IV - neoplasia maligna;
V - cegueira;
VI - paralisia irreversível e incapacitante;
VII - cardiopatia grave;
VIII - doença de Parkinson;
IX - espondilite anquilosante;
X - nefropatia grave;
XI - estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
XII - síndrome da deficiência imunológica adquirida (Aids);
XIII - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina
especializada;
XIV - hepatopatia grave;
XV - esclerose múltipla;
XVI - acidente vascular encefálico (agudo); e
XVII - abdome agudo cirúrgico.
Parágrafo único. As doenças e afecções listadas nos incisos XVI e XVII do caput
serão enquadradas como isentas de carência quando apresentarem quadro de
evolução aguda e atenderem a critérios de gravidade.
Art. 3º Os procedimentos técnicos a serem considerados para comprovação das
doenças e afecções listadas no art. 2º como isentas de carência serão dispostos
e atualizados em manual específico a ser publicado pela Subsecretaria da Perícia
Médica Federal da Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e
Previdência, no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de publicação desta
Portaria.
Art. 4º Fica revogada a Portaria Interministerial MPAS/MS nº 2.998, de 23 de
agosto de 2001.
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor no dia 3 de outubro de 2022.
Ressalta-se que, além das doenças elencadas, também isentam de carência os acidentes de
qualquer natureza ou causa e doenças profissionais ou do trabalho.
5
5
1 ABDOME AGUDO CIRÚRGICO
1.1 CONCEITUAÇÃO
Abdome agudo é uma síndrome clínica caracterizada por dor na região abdominal, de origem não
traumática, com início súbito e de intensidade variável, mas, geralmente, intensa e/ou progressiva,
que pode estar associada ou não, a outros sintomas.
Abdome agudo cirúrgico é o abdome agudo que evoluiu com a necessidade de intervenção cirúrgica.
1.2 CLASSIFICAÇÃO
A classificação usada na atualidade considera cinco tipos de abdome agudo, de acordo com o fator
desencadeante:
6
6
1.3 CRITÉRIOS TÉCNICOS DE ENQUADRAMENTO
A Perícia Médica Federal isentará de carência todos os casos de abdome agudo cirúrgico,
independentemente da classificação.
OBSERVAÇÕES
ATENÇÃO
O CID principal a ser considerado deverá ser relacionado ao abdome agudo cirúrgico, e não
necessariamente à doença de base.
A data de início da doença (DID) e a data de início da incapacidade (DII) deverão estar
relacionadas ao evento agudo.
EXEMPLOS
Periciado isento de carência por apendicite aguda (abdome agudo cirúrgico), CID principal K35,
CID secundário Z54.0.
Periciado isento de carência por hérnia umbilical estrangulada (abdome agudo cirúrgico), CID
principal K42.1, CID secundário Z54.0. A DID e a DII deverão estar relacionadas ao evento
estrangulamento, e não a um eventual diagnóstico inicial de hérnia, sem complicações.
7
7
2 ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO (AGUDO)
2.1 CONCEITUAÇÃO
O termo ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) é mais atual e tem sido proposto por
reconhecer outras estruturas encefálicas (cérebro, cerebelo e tronco) que podem ser acometidas pela
lesão. Ocorre que essa doença cerebrovascular ainda é amplamente denominada, tanto na literatura
científica como em publicações oficiais, pelo termo acidente vascular cerebral. Por essa razão, os
termos AVC e AVE serão tratados como equivalentes neste manual.
8
8
2.2 CLASSIFICAÇÃO
São identificados dois tipos principais de acidente vascular cerebral: isquêmico e hemorrágico:
A Perícia Médica Federal isentará de carência todos os casos de acidente vascular encefálico
agudos.
OBSERVAÇÕES
9
9
ATENÇÃO
NÃO serão isentas de carência por acidente vascular encefálico (agudo) as seguintes
condições:
c) Hemorragia subdural;
d) Hemorragia epidural;
e) Intoxicação;
10
10
3 CARDIOPATIA GRAVE
3.1 CONCEITUAÇÃO
a) GRAU I: pacientes com doença cardíaca sem limitação da atividade física. A atividade física
normal não provoca sintomas de fadiga acentuada, nem palpitações, nem dispneias, nem
angina de peito, nem sinais e sintomas de baixo fluxo cerebral;
b) GRAU II: pacientes com doenças cardíacas com leve limitação da atividade física. Estes
pacientes sentem-se bem em repouso, porém os grandes esforços provocam fadiga,
dispneia, palpitações ou angina de peito;
c) GRAU III: pacientes com doença cardíaca com nítida limitação da atividade física. Estes
pacientes sentem-se bem em repouso, embora acusem fadiga, dispneia, palpitações ou
angina de peito quando efetuam pequenos esforços;
11
11
d) GRAU IV: pacientes com doença cardíaca que os impossibilita de qualquer atividade física.
Estes pacientes, mesmo em repouso, apresentam dispneia, palpitações, fadiga ou angina
de peito.
As pessoas com doença cardíaca não identificável com os meios de diagnósticos citados, podem ser
utilizados outros exames e métodos complementares, como biópsia miocárdica.
CARDIOPATIA ISQUÊMICA
a) Angina classes III e IV da CCS (Canadian Cardiovascular Society),
QUADRO CLÍNICO
apesar da terapêutica máxima adequadamente usada;
12
12
b) Manifestações clínicas de insuficiência cardíaca, associada à
isquemia aguda nas formas crônicas, a presença de disfunção
ventricular progressiva;
c) Arritmias graves associadas ao quadro anginoso, principalmente do
tipo ventricular (salvas de extra-sístoles, taquicardia ventricular não
sustentada ou sustentada, devem-se associar dados do ECG e
Holter).
• Zona elétrica inativa (localização e magnitude);
• Alterações isquêmicas de ST-T (segmento ST permanentemente
elevado configurando possível aneurisma ventricular);
ELETROCARDIOGRAMA • Distúrbios da condução atrioventricular e intraventricular (QRS
(repouso) maior que 120 ms);
• Hipertrofia ventricular esquerda, de grande magnitude;
• Fibrilação atrial crônica;
• Arritmias ventriculares complexas (associar com dados do Holter).
• Cardiomegalia (com índice cardiotorácico superior a 0,5);
RADIOGRAFIA DE
• Congestão venocapilar pulmonar;
TÓRAX
• Derrame pleural bilateral ou unilateral importante.
• Limitação da capacidade funcional (<5 MET);
• Angina em carga baixa (<5MET);
• Infradesnível do segmento ST: precoce (carga baixa), acentuada
(>3mm), morfologia horizontal ou descendente, múltiplas
derivações, duração prolongada (>6 min no período de
recuperação);
• Supradesnível de ST, sobretudo em área não relacionada a infarto
TESTE ERGOMÉTRICO prévio;
• Comportamento anormal da pressão arterial diastólica (variação de
PD>30mmHg);
• Insuficiência cronotrópica (elevação inadequada da frequência
cardíaca, descartado o uso de drogas que possam afetar o
cronotropismo);
• Sinais de disfunção ventricular esquerda associada ao esforço;
• Arritmias ventriculares complexas, durante ou pós-esforço.
• Defeitos de perfusão múltiplos ou áreas extensas (áreas
hipocaptantes definitivas ou transitórias);
• Dilatação da cavidade ventricular esquerda ao esforço;
CINTILOGRAFIA
• Hipercaptação pulmonar;
MIOCÁRDICA
• Fração de ejeção (FE) em repouso menor ou esforço 0,40 (valor
ASSOCIADA AO TESTE
específico para o método);
ERGOMÉTRICO
• Comportamento anormal da FE ao exercício (variação da FE menor
que 5%);
• Motilidade parietal regional ou global anormal.
13
13
CINTILOGRAFIA
MIOCÁRDICA
• Interpretação semelhante à definida para a cintilografia com teste
ASSOCIADA A
ergométrico.
DIPIRIDAMOL E
OUTROS FÁRMACOS
• Fração de ejeção menor a 0,40 (valor específico para o método);
• Alterações segmentares significativas ou de vários segmentos que
alteram a contratilidade ventricular global;
ECOCARDIOGRAMA EM • Dilatação das câmaras esquerdas, especialmente se associada à
REPOUSO hipertrofia ventricular esquerda;
• Complicações associadas: disfunção dos músculos papilares,
insuficiência mitral, comunicação interventricular, pseudo-
aneurismas, aneurismas, trombos intracavitários.
• Aparecimento de alterações de contratilidade segmentar
inexistente no Eco em repouso;
ECOCARDIOGRAMA • Anormalidades em dois segmentos da parede ventricular induzidas
ASSOCIADO A ESFORÇO com doses baixas de dobutamina;
OU PROCEDIMENTOS • Resposta inotrópica inadequada ao uso de drogas
FARMACOLÓGICOS cardioestimulantes;
• Comportamento anormal da FE ao exercício (variação da FE menor
que 5%).
• Alterações isquêmicas dinâmicas (ST-T) associadas ou não à dor
anginosa, com ou sem sintomas de disfunção ventricular esquerda;
• Isquemia miocárdica silenciosa;
ELETROCARDIOGRAFIA • Arritmias ventriculares complexas, transitórias ou não;
DINÂMICA (HOLTER) • Fibrilação atrial ou flutter associados à isquemia;
• Distúrbios de condução atrioventricular e intraventricular
relacionados à isquemia (bloqueios de ramos induzidos pelo
esforço físico).
• Lesão de tronco de coronária esquerda maior que 50%;
• Lesões triarteriais moderadas a importantes (maiores que 70% do
terço proximal ou médio);
• Lesões bi ou uniarteriais menores que 70% com grande massa
miocárdica em risco;
• Lesões ateromatosas extensas e difusas, sem viabilidade de
CINECORONAROVENTR
correção cirúrgica ou por intervenção percutânea;
ICULOGRAFIA
• Fração de ejeção menor que 0,40;
• Hipertrofia e dilatação ventricular esquerdas;
• Áreas significantes de acinesia, hipocinesia e discinesia;
• Aneurisma de ventrículo esquerdo;
• Complicações mecânicas: insuficiência mitral, comunicação
interventricular.
FATORES DE RISCO E • Idade maior que 70 anos;
CONDIÇÕES • Hipertensão arterial sistêmica;
ASSOCIADAS • Diabetes mellitus;
14
14
• Hipercolesterolemia familiar;
• Vasculopatia aterosclerótica importante em outros territórios
(central, periférico).
• Cintilografia com Tálio/PET com FDG/RNM para pesquisa de
viabilidade e demarcação de necrose (a extensão de necrose é
marca de gravidade);
• Disfunção ventricular esquerda (áreas de acinesia, hipocinesia e
PÓS-INFARTO DO
discinesia);
MIOCÁRDIO
• Isquemia à distância (em outra área que não a do infarto);
• Arritmias ventriculares complexas;
• Idade avançada (acima de 70 anos);
• Comorbidades associadas.
CARDIOPATIA HIPERTENSIVA
A definição de cardiopatia grave na doença hipertensiva não depende exclusivamente dos níveis
tensionais, mas da concomitância de lesões em órgãos-alvo: rins, coração, cérebro, retina e artérias
periféricas. Em alguns casos, um ou mais órgãos-alvo podem estar envolvidos, sem que o coração o
esteja. Nesses casos, não se trata de cardiopatia hipertensiva, mas de hipertensão arterial complicada. O
comprometimento do coração na hipertensão arterial é que identifica a cardiopatia hipertensiva.
a) Hipertrofia ventricular esquerda detectada pelo ECG (com
alterações da repolarização ventricular) ou ecocardiograma (com
massa ventricular esquerda acima de 163 g/m em homens e 121
A GRAVIDADE CLÍNICA
g/m em mulheres), que não regride com o tratamento;
É CARACTERIZADA
b) Disfunção ventricular esquerda sistólica, com fração de ejeção
PELA PRESENÇA DAS
menor a 0,40;
SEGUINTES CONDIÇÕES
c) Arritmias supraventriculares e ventriculares complexas relacionadas
à hipertensão arterial;
d) Cardiopatia isquêmica grave associada.
A CARDIOPATIA a) Cérebro: isquemia cerebral transitória, acidente vascular cerebral
HIPERTENSIVA É isquêmico ou hemorrágico;
AGRAVADA, AINDA, b) Rins: caracterizado por creatinina maior que 3mg/dl ou clearence
PELO de creatinina menor que 30 ml/min, presença de albuminúria
COMPROMETIMENTO e/ou sinais de insuficiência renal crônica (redução do tamanho dos
DE OUTROS ÓRGÃOS- rins, disfunção plaquetária, anemia crônica, distúrbio do equilíbrio
ALVO, COMO ácido-básico, hiperazotemia);
15
15
DISCRIMINADO A c) Artérias periféricas: aneurisma e/ou dissecção da aorta, trombose
SEGUIR arterial periférica, estenose de carótida maior que 70%,
assintomática e menor que 50%, com sintomas;
d) Retina: hemorragias, exudato e papiledema, especialmente quando
não regridem com tratamento adequado.
MIOCARDIOPATIAS
A gravidade é caracterizada pela presença de um ou mais fatores abaixo:
a) Paciente sintomático, especialmente com história de síncope,
angina, insuficiência cardíaca e embolia sistêmica;
b) Diagnóstico na infância (baixa idade);
c) Hipertrofia moderada ou severa, com alterações isquêmicas de ST–
T;
d) Cardiomegalia;
e) Disfunção ventricular esquerda sistólica com FE abaixo de 40%;
HIPERTRÓFICAS
f) Fibrilação atrial;
g) Síndrome de Wolff - Parkinson – White associada;
h) Arritmias ventriculares complexas;
i) Regurgitação mitral importante;
j) Doença arterial coronária grave associada;
k) Forma obstrutiva com gradiente de via de saída maior que 50
mmHg;
l) Perfil citogenético de alto risco.
A gravidade é caracterizada pela presença de um ou mais fatores abaixo:
a) Histórias de fenômenos tromboembólicos;
b) Cardiomegalia importante;
c) Ritmo de galope (B3);
d) Insuficiência cardíaca classe funcional III e IV;
DILATADAS (PRIMÁRIAS e) Fração de ejeção menor que 0.40;
OU SECUNDÁRIAS) f) Fibrilação atrial;
g) Arritmias ventriculares complexas;
h) Distúrbios da condução intraventricular, com complexos QRS
maior que 120 ms;
i) Presença de assincronia ventricular demonstrada por
ecocardiograma com Doppler tissular.
A gravidade é caracterizada pela presença de um ou mais fatores abaixo:
a) História de fenômenos tromboembólicos;
RESTRITIVAS b) Cardiomegalia acentuada;
(ENDOMIOCARDIOFIBR c) Insuficiência cardíaca classe funcional III e IV;
OSE, FIBROELASTOSE) d) Envolvimento do ventrículo direito;
e) Fibrose miocárdica acentuada;
a) Regurgitação mitral e/ou tricúspide importante.
A gravidade é caracterizada pela presença de um ou mais fatores abaixo:
CARDIOPATIA
a) História de síncope e/ou fenômenos tromboembólicos;
CHAGÁSICA CRÔNICA
b) Cardiomegalia acentuada;
16
16
c) Insuficiência cardíaca classe funcional III e IV;
d) Fibrilação atrial;
e) Arritmias ventriculares complexas;
f) Bloqueio bi ou trifascicular sintomático;
a) Bloqueio atrioventricular total.
ARRITMIAS CARDÍACAS
Constituem características de maior gravidade:
DISFUNÇÃO DO NÓ Sintomática, com comprovada correlação sintomas/arritmia, e,
SINUSAL especialmente em presença de síndrome bradi-taquiarritmia.
• Bloqueio atrioventricular (BAV) do 2º grau, tipo Mobitz II;
• BAV total: sintomático; com resposta cronotrópica inadequada ao
BRADARRITMIAS esforço; com cardiomegalia progressiva; com insuficiência cardíaca.
• Fibrilação atrial com resposta ventricular baixa;
• Bloqueios de ramo (direito ou esquerdo), de alto grau.
• Taquicardias ventriculares sintomáticas (claudicação cerebral e/ou
comprometimento hemodinâmico), de qualquer etiologia;
• Taquicardias supraventriculares sintomáticas (claudicação cerebral,
TAQUIARRITMIAS
comprometimento hemodinâmico, taquicardiomiopatia,
fenômenos tromboembólicos), de qualquer etiologia e
desencadeadas por qualquer mecanismo.
SÍNDROME DE
PREEXCITAÇÃO Com alto risco de morte súbita, determinado por estudos invasivos
VENTRICULAR
PESSOAS EM USO DE
Antibradicardia ou antitaquicardia, cuja capacidade funcional se mantém
MARCAPASSO
limitada pela cardiopatia subjacente.
CARDÍACO DEFINITIVO
17
17
• Pressão sistólica em artéria pulmonar, calculada a partir das
pressões do VD e AD, maior que 60 mmHg;
• Insuficiência tricúspide importante;
• Inversão do fluxo venoso na sístole atrial.
• Dilatação do tronco da artéria pulmonar;
• Dilatação do ventrículo direito;
• Dilatação do átrio direito;
ESTUDO
• Pressão na artéria pulmonar maior que 60 mmHg;
HEMODINÂMICO
• Pressão no átrio direito maior que 15 mmHg;
• Insuficiência pulmonar;
• Insuficiência tricúspide.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Consideram-se graves as cardiopatias congênitas que apresentam:
• Crises hipoxêmicas;
DO PONTO DE VISTA • Insuficiência cardíaca (classes III e IV);
CLÍNICO • Hemoptises, pela presença de circulação colateral brônquica;
• Arritmias de difícil controle e potencialmente malignas;
• Doença arterial pulmonar;
• Necrose miocárdica, por doença coronária ou origem anômala das
artérias coronárias;
• Drenagem anômala total infracardíaca ou origem das artérias
coronárias;
• Drenagem anômala total infracardíaca ou com obstruções severas
da conexão das veias pulmonares com as sistêmicas;
• Hipotrofia ventricular direita;
DO PONTO DE VISTA
• Agenesias valvares (pulmonar e aórtica);
ANATÔMICO
• Hipoplasia ou atresia de valvas pulmonares, aórtica e mitral;
• Hipoplasia ou atresia do coração esquerdo;
• Estenose mitral;
• Transposição das grandes artérias com hiper-resistência pulmonar
ou ausência de comunicações;
• Ventrículos únicos com atresias valvares;
• Ectopias cardíacas com alterações múltiplas;
• Cardiopatias complexas.
• Sobrecargas diastólicas ventriculares associadas à
hipocontratilidade ventricular acentuada, com manifestações
clínicas;
• Sobrecargas sistólicas ventriculares com hipertrofia importante e
DO PONTO DE VISTA desproporcionada ou com miocardioesclerose e manifestações
ANATOMOFUNCIONAL clínicas;
• Cardiopatias hipertróficas acentuadas, com manifestações clínicas;
• Nas formas crônicas com defeitos corrigidos, a presença de ICE,
ICD ou ICC e seus achados clínicos (enteropatia perdedora de
proteínas, ascite refratária, cirrose cardíaca).
18
18
VALVULOPATIAS
INSUFICIÊNCIA MITRAL
• Insuficiência cardíaca classes funcionais III e IV;
• Frêmito sistólico palpável na região da ponta;
• Primeira bulha inaudível ou acentuadamente hipofonética, (no foco
mitral);
• Sopro holossistólico, no foco mitral, de intensidade > 3/6, com
QUADRO CLÍNICO
irradiação em faixa ou círculo;
• Segunda bulha hiperfonética, no foco pulmonar;
• Desdobramento amplo e constante da segunda bulha, no foco
pulmonar;
• Insuficiência mitral aguda associada ou não a processo isquêmico.
• Sinais progressivos de sobrecarga atrial e ventricular esquerdas
ELETROCARDIOGRAMA com alterações da repolarização ventricular;
• Fibrilação atrial;
• Aumento acentuado da área cardíaca, com predominância das
cavidades esquerdas;
ESTUDO RADIOLÓGICO
• Sinais de congestão venocapilar pulmonar;
• Sinais de hipertensão pulmonar;
ECOCARDIOGRAMA • Presença de jato regurgitante, de grande magnitude;
• Comprometimento progressivo da função ventricular sistólica;
• Aumento significativo do diâmetro sistólico do ventrículo
esquerdo;
• Inversão do fluxo sistólico, em veia pulmonar;
• Sinais de hipertensão pulmonar;
• Onda V com valor maior que 3 vezes, em relação à média do
capilar pulmonar;
HEMODINÂMICA E • Opacificação do átrio esquerdo igual ou superior que a do
ANGIOGRAFIA ventrículo esquerdo: graus III e IV da classificação de Sellers;
• Fração de regurgitação maior que 60% (FR = volume de
regurgitação/volume sistólico total).
ESTENOSE MITRAL
• História de comissurotomia mitral prévia;
• Fenômenos tromboembólicos;
• Insuficiência cardíaca classes funcionais III e IV;
• Episódios de edema pulmonar agudo;
• Escarros hemoptóicos;
QUADRO CLÍNICO
• Fibrilação atrial;
• Estalido de abertura da valva mitral precoce;
• Impulsão sistólica de ventrículo direito
• Segunda bulha hiperfonética no foco pulmonar;
• Sinais de insuficiência tricúspide.
• Fibrilação atrial;
ELETROCARDIOGRAMA
• Sinais de sobrecarga de câmaras direitas.
19
19
ESTUDO RADIOLÓGICO • Inversão do padrão vascular pulmonar;
• Sinais de hipertensão arteriolar pulmonar;
• Sinais de hipertensão venocapilar pulmonar.
• Área valvar maior que 1,0 cm²;
• Tempo de 1/2 pressão maior que 200 ms;
• Gradiente transvalvar mitral médio maior que 15 mmHg;
ECOCARDIOGRAMA
• Sinais de hipertensão pulmonar (pressão sistólica da artéria
pulmonar maior que 50 mmHg);
• Presença de trombo no átrio esquerdo.
• Área valvar menor que 1,0 cm2;
• Gradiente diastólico mitral médio maior que 15 mmHg;
HEMODINÂMICA • Pressão média de capilar pulmonar ou de átrio esquerdo maior que
20 mmHg;
• Pressão sistólica de artéria pulmonar maior que 50 mmHg.
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
• Insuficiência cardíaca classes funcionais III e IV;
• Manifestações de baixo débito cerebral (tontura, lipotímia,
síncope);
• Síndrome de Marfan associada;
• Presença de galope ventricular (B3);
QUADRO CLÍNICO
• Sopro de Austin-Flint, na ponta;
• Ictus hipercinético, deslocado externamente;
• Pressão diastólica próxima à zero;
• Queda progressiva da pressão arterial sistólica;
• Presença de aneurisma do seio de Valsalva.
• Sinais de sobrecarga ventricular esquerda, com onda T negativa,
em precordiais esquerdas;
ELETROCARDIOGRAMA
• Sinais de sobrecarga atrial esquerda;
• Fibrilição atrial.
• Aumento importante da área cardíaca com franco predomínio de
ventrículo esquerdo (aspecto em "bota");
ESTUDO RADIOLÓGICO • Dilatação da aorta ascendente, da croça e do segmento
descendente;
• Dilatação do átrio esquerdo.
• Jato regurgitante Ao/VE largo e extenso);
• Fluxo reverso holodiastólico da aorta descendente;
• Abertura valvar mitral, ocorrendo somente com a sístole atrial;
ECOCARDIOGRAMA • Piora progressiva dos parâmetros da função sistólica ventricular
esquerda;
• Queda da fração de ejeção ao ecocardiograma de esforço, abaixo
de 40%.
CINTILOGRAFIA
• Comportamento anormal da fração de ejeção, abaixo de 40%.
MIOCÁRDICA
HEMODINÂMICA E • Baixa pressão diastólica da aorta, tendendo à equalização das
ANGIOGRAFIA pressões diastólicas aorto-ventriculares;
20
20
• Pressão diastólica final do ventrículo esquerdo (Pd2 VE) elevada
(maior que 20 mmHg);
• Opacificação igual ou mais densa do ventrículo esquerdo em
comparação com a aorta, durante aortografia (Graus III e IV de
Sellers);
• Fração de regurgitação maior que 60%.
ESTENOSE AÓRTICA
• Sintomas de baixo débito cerebral (tontura, lipotímia, síncope);
• Angina de peito;
• Presença de terceira bulha;
• Insuficiência cardíaca;
QUADRO CLÍNICO
• Pressão arterial diferencial reduzida;
• Pico tardio de intensidade máxima do sopro;
• Desdobramento paradoxal da segunda bulha;
• Fibrilação atrial.
• Sinais de sobrecarga ventricular esquerda importante, com
infradesnivelamento de ST e onda T negativa, em precordiais
esquerdas;
ELETROCARDIOGRAMA • Sobrecarga atrial esquerda;
• Fibrilação atrial;
• Arritmias ventriculares complexas;
• Bloqueio atrioventricular total.
• Área valvar menor que 0,75 cm²;
• Gradiente médio de pressão transvalvar aórtica maior que 50
ECOCARDIOGRAMA mmHg;
• Gradiente máximo maior que 70 mmHg;
• Sinais de hipocinesia ventricular esquerda;
• Área valvar menor que 0,75 cm²;
HEMODINÂMICA • Hipocinesia ventricular esquerda;
• Coronariopatia associada.
• Visto que a implantação de uma prótese valvar mantém certo grau
CASOS SUBMETIDOS A de obstrução, embora com gradiente menor, há a manutenção da
TRATAMENTO condição fisiopatológica. Nesses casos o enquadramento em
CIRÚRGICO Cardiopatia Grave dependerá do grau de comprometimento
clínico-funcional do indivíduo.
PROLAPSO VALVAR MITRAL
a) História familiar de morte súbita;
b) História de síncope;
c) Fenômenos trombo-embólicos;
d) Síndrome de Marfan associada;
CARACTERIZADO POR e) Arritmias ventriculares complexas;
f) Fibrilação atrial;
g) Disfunção ventricular esquerda;
h) Regurgitação mitral importante;
i) Prolapso valvar tricúspide associado;
21
21
j) Cardiomegalia (aumento de câmaras esquerdas);
k) Rotura de cordoalhas tendíneas.
PESSOAS EM USO DE PRÓTESE CARDÍACA
a) Presença de hemólise com necessidade de hemoterapia;
b) Sinais de disfunção protética aguda ou crônica;
NAS SEGUINTES
c) História de endocardite pregressa ou atual; e
SITUAÇÕES
d) Presença de gradiente não funcional, acarretando disfunção/
dilatação ventricular.
PERICARDITES
Podem ser consideradas graves nas situações de extrema restrição do enchimento ventricular por
inflamação crônica. As restrições pericárdicas devem-se às pericardites por tuberculose e por radiação.
A GRAVIDADE É
DETERMINADA POR
a) Congestão circulatória periférica;
ACHADOS CLÍNICOS
b) Pulso paradoxal;
ASSOCIADOS AO
c) Turgência jugular;
QUADRO DE
d) Refluxo hepato-jugular; e
RESTRIÇÃO
e) Hepatomegalia.
VENTRICULAR, TAIS
COMO
DOENÇAS DA AORTA
As doenças da aorta, principalmente em sua porção torácica, são patologias com morbi-mortalidade
elevada e tanto o tratamento clínico quanto o cirúrgico ainda estão associados a elevadas taxas de
mortalidade.
A gravidade é dada por:
a) Diâmetro maior que 5.5 cm na porção ascendente da aorta;
b) Diâmetro maior que 6 cm na porção descendente da aorta;
c) Com qualquer diâmetro associado a sintomas por compressão de
estruturas vizinhas (dor, rouquidão, dispnéia);
ANEURISMA DE AORTA
d) Diâmetro maior que 5 cm nas pessoas com síndrome de Marfan ou
TORÁCICA
válvula aórtica bicúspide;
e) Diâmetro maior que 4 cm nas pessoas com válvula aórtica
bicúspide, que necessitem de correção cirúrgica da valvopatia;
f) Aneurismas de aorta de rápida progressão, história familiar de
dissecção ou estados hipermetabólicos (gestação).
Caracterizada por:
• Dissecção aguda de aorta (menos de quinze dias entre os sintomas
e o diagnóstico) envolvendo porção ascendente (Tipo A - Stanford),
com ou sem envolvimento da válvula aórtica;
• Dissecção aguda de aorta (Tipo B - Stanford), associada a
DISSECÇÃO DA AORTA comprometimento de órgão alvo, ruptura ou iminência de ruptura
(formação sacular), extensão retrógrada e nas pessoas com
síndrome de Marfan;
• Dissecção não aguda da aorta associada com envolvimento de
órgão alvo, sintomas recorrentes, progressão retrógrada ou
anterógrada da lesão intimal já pré-estabelecida.
22
22
• Os hematomas intramurais da aorta apresentam prognóstico
HEMATOMA DE AORTA semelhante aos da dissecção clássica de aorta e aqueles
localizados na porção proximal da aorta são de pior prognóstico.
TUMORES CARDÍACOS
• Deverão ser adotados os parâmetros exigidos para o
TUMORES MALIGNOS
enquadramento de neoplasia maligna.
TUMORES BENIGNOS • Com alterações funcionais irreversíveis.
23
23
De modo geral, podem ser consideradas como cardiopatia grave as seguintes condições clínicas:
24
24
4 CEGUEIRA
4.1 CONCEITUAÇÃO
CEGUEIRA LEGAL é uma condição em que a acuidade visual é igual ou menor que 20/200 e/ou o
campo visual igual ou menor que 20 graus no melhor olho e com a melhor correção.
4.2 CLASSIFICAÇÃO
VISÃO CENTRAL
Grau de
comprometimento Acuidade visual com a melhor correção visual possível
visual
Visão do pior olho igual ou
Visão do melhor olho inferior a
melhor que
1 20/70 ou 0,3 20/200 ou 0,1
2 20/200 ou 0,1 20/400 ou 0,5
20/1.200 ou 0,02 ou
3 20/400 ou 0,05 capacidade de contar dedos a 1
metro
20/1.200 ou 0,02 ou capacidade de
4 Percepção de luz
contar dedos a 1 metro
5 Ausência da percepção da luz
25
25
CAMPO VISUAL
Grau de
comprometimento Acuidade visual com a melhor correção visual possível
visual
1 Campo visual, no melhor olho, entre 20º e 10º
2 Campo visual, no melhor olho, entre 10º e 5º
3 Campo visual, no melhor olho, menor que 5º
Para uniformizar e facilitar a classificação quanto aos graus de perda da acuidade visual, a Perícia
Médica Federal adotará as escalas Snellen e Decimal na avaliação da acuidade visual:
1) Amaurose;
2) Situações equivalentes à cegueira discriminadas abaixo:
a. Os casos de visão subnormal, nos limites previstos neste manual, não susceptíveis
de correção óptica, nem capazes de serem beneficiados por tratamento médico-
cirúrgico (graus 1 a 5);
b. Os casos de redução muito acentuada e irreversível do campo visual (visão tubular),
comprovados por campimetria, independente do grau de acuidade visual central
(grau 1 a 3).
26
26
5 CONTAMINAÇÃO POR RADIAÇÃO,
COM BASE EM CONCLUSÃO DA
MEDICINA ESPECIALIZADA
5.1 CONCEITUAÇÃO
Radiação ionizante é a transferência de energia suficiente para arrancar os elétrons de sua órbita,
resultando na criação de átomos carregados denominados íons. A radiação ionizante é emitida por
substâncias radioativas (radioisótopos), como o urânio, o rádio e o plutônio, mas pode ser
igualmente produzida por dispositivos, como aparelhos de raios-X e de radioterapia.
As lesões teciduais decorrentes da contaminação por radiações ionizantes variam de acordo com a
quantidade de radiação, a extensão da exposição, o tipo de radiação e a parte do corpo que foi
exposta. Grandes doses de radiação ionizante podem causar doença aguda, reduzindo a produção
de células sanguíneas; danificando o trato digestivo, o coração e os vasos sanguíneos (sistema
cardiovascular), o cérebro e a pele, bem como podem aumentar o risco de câncer.
27
27
TIPO DE RADIAÇÃO CÂNCER EM HUMANOS
Glândula salivar, esôfago, estômago, cólon, pulmão, ossos, mama, bexiga,
RAIO X E RAIOS GAMA
rim, pele, cérebro e sistema nervoso central, tireoide e leucemia
PARTÍCULAS ALFA Pulmão e leucemia
PARTÍCULAS BETA Tireoide, leucemia, glândula salivar, osso e sarcoma
28
28
DIAGNÓSTICO
A Perícia Médica Federal isentará de carência por contaminação por radiação os seguintes casos:
a) Síndrome cutânea da radiação graus I e II, DESDE QUE gerem condição incapacitante;
b) Síndrome cutânea da radiação graus III e IV;
c) Síndrome aguda da radiação, DESDE QUE gere condição incapacitante.
d) Manifestações clínicas similares à síndrome aguda da radiação, mas decorrentes de
exposição crônica, DESDE QUE gere condição incapacitante.
OBSERVAÇÃO
ATENÇÃO
NÃO serão isentas de carência as lesões incapacitantes decorrentes de IRRADIAÇÃO.
29
29
6 DOENÇA DE PARKINSON
6.1 CONCEITUAÇÃO
A doença de Parkinson é uma doença crônica e degenerativa caracterizada pela perda contínua de
neurônios dopaminérgicos na parte compacta da substância negra do mesencéfalo, resultando na
depleção de dopamina na via nigroestriatal.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
A Perícia Médica Federal isentará de carência as pessoas com qualquer das formas clínicas da
Doença de Parkinson ou do Parkinsonismo Secundário.
OBSERVAÇÃO
30
30
7 ESCLEROSE MÚLTIPLA
7.1 CONCEITUAÇÃO
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
De início insidioso, a doença se caracteriza por queixas e achados de disfunção do sistema nervoso
central, com remissões e exacerbações frequentes. Os sintomas podem ser graves ou parecer tão
triviais que o indivíduo pode não procurar assistência médica por meses ou anos.
O diagnóstico diferencial deve ser feito com seringomielia, esclerose lateral amiotrófica, sífilis, artrite
da coluna cervical, tumores do cérebro, ataxias hereditárias e malformações do cérebro e da medula.
A Perícia Médica Federal isentará de carência todos os indivíduos com esclerose múltipla que
apresentarem sinais e sintomas incapacitantes.
31
31
8 ESPONDILITE ANQUILOSANTE
8.1 CONCEITUAÇÃO
A espondilite anquilosante é uma doença reumática inflamatória crônica, que acomete a coluna
vertebral, podendo evoluir com rigidez e limitação funcional progressiva do esqueleto axial. Faz parte
e é a principal representante do grupo de doenças típicas das espondiloartrites, denominação atual
das espondiloartropatias soronegativas (ausência de fator reumatóide).
As manifestações clínicas da espondilite anquilosante podem ser divididas em três grupos principais:
32
32
ENVOLVIMENTO PULMONAR: ocorre fibrose de lobos superiores em menos
de 1% dos pacientes e diminuição da expansibilidade torácica;
LESÕES NEUROLÓGICAS: fraturas, subluxação atlantoaxial ou ossificação do
ligamento longitudinal posterior, causando mielopatia compressiva e
síndrome da cauda equina;
ENVOLVIMENTO DO TRATO URINÁRIO: nefropatia por IgA, amiloidose
secundária e prostatite crônica.
ATENÇÃO: Com exceção do comprometimento ocular, as outras
manifestações não ocorrem com frequência.
8.2 CLASSIFICAÇÃO
• Dor lombar de mais de três meses de duração que melhora com a realização de exercício e
não alivia em repouso;
• Limitação da coluna lombar nos planos frontal e sagital;
• Expansibilidade torácica diminuída (corrigida para idade e sexo).
Não existe nenhuma prova laboratorial patognomônica para espondilite anquilosante. As provas de
atividade inflamatórias PCR e VHS habitualmente estão elevadas na doença em atividade e o HLA-
33
33
B27 é positivo em 90% dos casos, está associado a pior prognóstico, incidência familiar, recorrência
de uveíte anterior e sua ausência não exclui o diagnóstico.
A Perícia Médica Federal isentará de carência todos os indivíduos com espondilite anquilosante.
OBSERVAÇÕES
ATENÇÃO
A espondilite anquilosante não deve ser confundida com as artropatias degenerativas da
coluna vertebral, também conhecidas como artroses, osteoartrites ou artrites hipertróficas,
as quais acarretam maior ou menor limitação dos movimentos da coluna pelo
comprometimento das formações extra-articulares, mas não determinam anquilose.
34
34
9 ESTADO AVANÇADO DA DOENÇA
DE PAGET (OSTEÍTE DEFORMANTE)
9.1 CONCEITUAÇÃO
A doença de Paget óssea (DPO), também conhecida como osteíte deformante, é uma doença óssea
hipermetabólica que acomete um (monostótica) ou mais (poliostótica) ossos e se caracteriza por
áreas de reabsorção óssea aumentada mediada por osteoclastos, seguida de reparo ósseo
osteoblástico desorganizado.
35
35
Ao analisar o diagnóstico, a Perícia Médica Federal deverá considerar a extensão das deformidades
e partes ósseas atingidas, o tipo de complicação que determinou a incapacidade e os exames
subsidiários que comprovam o diagnóstico como:
OBSERVAÇÕES
ATENÇÃO
NÃO serão isentas de carência as seguintes condições:
b) As formas oligossintomáticas.
36
36
10 HANSENÍASE
10.1 CONCEITUAÇÃO
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
REAÇÕES HANSÊNICAS
As reações hansênicas são definidas como fenômenos agudos, potencialmente incapacitantes e que
ocorrem antes, durante ou após o tratamento da hanseníase (infecção). Podem ocorrer por até cinco
anos (aproximadamente) do tratamento adequado.
37
37
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
A baciloscopia (esfregaço intradérmico raspado de pele) deve ser utilizada como exame
complementar para a classificação dos casos como paucibacilar ou multibacilar. A baciloscopia
positiva classifica o caso como multibacilar, independentemente do número de lesões.
10.2 CLASSIFICAÇÃO
A Perícia Médica Federal isentará de carência as pessoas com qualquer forma clínica da hanseníase
e os acometidos por reações hansênicas.
38
38
11 HEPATOPATIA GRAVE
11.1 CONCEITUAÇÃO
São consideradas hepatopatias graves aquelas de evolução aguda, subaguda ou crônica que
acarretem insuficiência hepática, determinando incapacidade para o trabalho e/ou risco de morte
e/ou que tenham evoluído para o óbito.
1) Emagrecimento;
2) Icterícia;
3) Ascite;
4) Edemas periféricos;
QUADRO CLÍNICO
5) Fenômenos hemorrágicos;
6) Alterações cutâneomucosas sugestivas: aranhas vasculares, eritema
palmar, queda de pelos, sufusões hemorrágicas, mucosas hipocoradas; e
7) Alterações neuropsiquiátricas de encefalopatia hepática.
1) ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS:
a) Pancitopenia (completa ou parcial); anemia, leucopenia e
trombocitopenia; e
b) Distúrbios da coagulação: hipoprotrombinemia e queda dos fatores
da coagulação (V, VII, fibrinogênio);
2) Alterações bioquímicas:
QUADRO a) Hipoglicemia predominante;
LABORATORIAL b) Hipocolesterolemia; e
c) Hiponatremia;
3) Testes de avaliação hepática alterados:
a) Retenção de bilirrubinas;
b) Transaminases elevadas;
c) Fosfatase alcalina e gama-GT elevadas; e
d) Albumina reduzida.
Nos exames de imagem são observadas as seguintes alterações:
1) ULTRASSONOGRAFIA: alterações estruturais do fígado e baço, ascite,
dilatação das veias do sistema porta;
2) TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSONÂNCIA NUCLEAR
EXAMES DE IMAGEM MAGNÉTICA ABDOMINAL: alterações dependentes da doença primária;
3) ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA: presença de varizes esofagianas e de
gastropatia hipertensiva; e
4) CINTILOGRAFIA HEPÁTICA: redução da captação hepática, forma
heterogênea, com aumento da captação esplênica e na medula óssea.
39
39
São causas das hepatopatias graves:
11.2 CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DE CHILD-PUGH
DADOS CLÍNICOS E
1 PONTO 2 PONTOS 3 PONTOS
LABORATORIAIS
Encefalopatia (grau) Ausente 1-2 3-4
Discreta (ou Ao menos moderada
Ascite Ausente controlada com apesar do uso de
diuréticos) diuréticos
Tempo de protrombina
(segundos além do <4 4-6 >6
controle)
Ou INR < 1.7 1.7-2.3 > 2.3
OU atividade > 50% 40-50% < 40%
Albumina (EFP) (g/dL) > 3.5 2.8-3.5 < 2.8
Bilirrubinas (mg/dL) <2 2-3 >3
40
40
11.3 CRITÉRIOS TÉCNICOS DE ENQUADRAMENTO
OBSERVAÇÕES
ATENÇÃO
As hepatopatias classificadas na classe A de Child-Pugh não são consideradas graves e,
portanto, NÃO serão isentas de carência.
41
41
12 NEFROPATIA GRAVE
12.1 CONCEITUAÇÃO
São consideradas nefropatias graves as patologias de evolução aguda, subaguda ou crônica que
acarretem insuficiência renal, determinando incapacidade para o trabalho e/ou risco de morte
prematura ou que rapidamente evoluírem para o óbito.
As nefropatias graves são caracterizadas por manifestações clínicas e alterações nos exames
complementares:
42
42
12.2 CLASSIFICAÇÃO
43
43
Os principais grupos de patologias que cursam com insuficiência renal e são capazes de produzir
nefropatias graves são:
OBSERVAÇÕES
44
44
13 NEOPLASIA MALIGNA
13.1 CONCEITUAÇÃO
Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, cujas células, entre outros mecanismos
fisiopatológicos, tendem à autonomia na replicação e à falha dos mecanismos de apoptose. As
neoplasias podem ser benignas ou malignas (câncer).
Câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o
crescimento desordenado de células que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos. As neoplasias
malignas ou tumores malignos manifestam um maior grau de autonomia e são capazes de invadir
tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento e causar a morte do
hospedeiro.
O diagnóstico e a extensão da neoplasia maligna podem ser determinados pelos seguintes meios
propedêuticos:
45
45
13.2 CRITÉRIOS TÉCNICOS DE ENQUADRAMENTO
A Perícia Médica Federal isentará de carência todas as neoplasias malignas, incluindo recidivas
e/ou metástases.
ATENÇÃO
O enquadramento da isenção de carência independe do prognóstico da neoplasia maligna.
OBSERVAÇÕES
Exemplo: Periciado isento de carência por adenocarcinoma do pulmão esquerdo (neoplasia maligna).
46
46
14 PARALISIA IRREVERSÍVEL E
INCAPACITANTE
14.1 CONCEITUAÇÃO
A abolição das funções sensoriais, na ausência de lesões orgânicas das vias nervosas, caracteriza a
paralisia funcional.
14.2 CLASSIFICAÇÃO
47
47
Também são consideradas paralisias, para fins de enquadramento de isenção de carência:
OBSERVAÇÕES
ATENÇÃO
Não se equiparam a paralisia as lesões osteomusculoarticulares envolvendo a coluna
vertebral.
A paralisia de um músculo ou grupo de músculos não apresenta, por si só, motivo para
enquadramento em paralisia irreversível e incapacitante, pois muitas vezes não configura
incapacidade. Por definição, é preciso que, depois de esgotadas todas as medidas
terapêuticas disponíveis, seja considerada irreversível e incapacite para o exercício das
atividades inerentes ao cargo ou das atividades rotineiras, no caso de segurados filiados
como facultativos.
48
48
15 SÍNDROME DA DEFICIÊNCIA
IMUNOLÓGICA ADQUIRIDA (AIDS)
15.1 CONCEITUAÇÃO
A síndrome da deficiência imunológica adquirida (Aids) é a manifestação mais grave da infecção pelo
vírus da imunodeficiência humana (HIV), caracterizando-se por apresentar uma severa
imunodeficiência, manifestada pelo aparecimento de doenças oportunistas.
DIAGNÓSTICO
Os quadros abaixo sintetizam os critérios atualmente utilizados para definição de casos de Aids em
indivíduos com 13 anos de idade ou mais.
49
49
n) Nefropatia ou cardiomiopatia sintomática associada ao HIV;
o) Neurotoxoplasmose;
p) Pneumonia bacteriana recorrente (dois ou mais episódios em um ano);
q) Pneumonia por Pneumocystis jirovecii;
r) Reativação de doença de Chagas (meningoencefalite e/ou miocardite);
s) Sarcoma de Kaposi;
t) Septicemia recorrente por Salmonella não-thyphi;
u) Síndrome consumptiva associada ao HIV (perda involuntária de mais de 10% do peso habitual)
associada à diarreia crônica (dois ou mais episódios por dia, com duração ≥ 1 mês) ou fadiga crônica
e febre (≥ 1 mês);
v) Tuberculose extrapulmonar.
50
50
Tosse persistente associada ou não a qualquer pneumonia (exceto
TOSSE tuberculose) ou pneumonite, determinadas radiologicamente ou 2
por qualquer outro método diagnóstico.
CANDIDOSE ORAL: inspeção macroscópica de placas brancas
CANDIDOSE ORAL OU removíveis em base eritematosa ou pela inspeção microscópica de
5
LEUCOPLASIA PILOSA material obtido da mucosa oral com achados característicos;
LEUCOPLASIA PILOSA: placas brancas não removíveis na língua.
Confusão mental, demência, diminuição do nível de consciência,
DISFUNÇÃO DO convulsões, encefalite, meningites de qualquer etiologia conhecida
SISTEMA NERVOSO (exceto por Cryptococcus neoformans) ou desconhecida, mielites 5
CENTRAL e/ou testes cerebelares anormais, excluídas as disfunções
originadas por causas externas.
HERPES-ZOSTER EM Lesões dermatológicas em diferentes fases de evolução,
INDIVÍDUO COM ATÉ precedidas e/ou acompanhadas por dor, acometendo um ou mais 5
60 ANOS DE IDADE dermátomos.
TUBERCULOSE Tuberculose de linfonodos com localização única, pleural,
PULMONAR, PLEURAL pulmonar não especificada ou cavitária, diagnosticada por padrão
OU DE LINFONODOS radiológico específico, inspeção microscópica (histologia ou 5
LOCALIZADOS EM citologia), cultura ou detecção de antígeno em material obtido
UMA ÚNICA REGIÃO diretamente do tecido afetado ou de fluidos desse tecido.
Tuberculose de linfonodos localizados em mais de uma cadeia,
disseminada, atípica ou extrapulmonar, diagnosticada por padrão
OUTRAS FORMAS DE radiológico específico (miliar, infiltrado intersticial, não cavitário)
10
TUBERCULOSE e/ou inspeção microscópica (histologia ou citologia), pesquisa
direta, cultura ou detecção de antígeno em material obtido
diretamente do tecido afetado ou de fluidos desse tecido.
Diagnóstico definitivo (inspeção microscópica: histologia ou
citologia) ou presuntivo (reconhecimento macroscópico de
SARCOMA DE KAPOSI 10
nódulos, tumorações e/ou placas eritematosas/violáceas
características na pele e/ou mucosas).
51
51
15.2 CRITÉRIOS TÉCNICOS DE ENQUADRAMENTO
A Perícia Médica Federal isentará de carência todos os casos de Aids enquadrados em qualquer um
dos critérios mencionados acima.
ATENÇÃO
Ressalta-se que a presença de teste sorológico positivo para HIV, sem caracterização de
Aids não constitui condição isenta de carência.
52
52
16 TRANSTORNO MENTAL GRAVE,
DESDE QUE ESTEJA CURSANDO
COM ALIENAÇÃO MENTAL
16.1 CONCEITUAÇÃO
Considera-se alienação mental todo caso de distúrbio mental ou neuromental grave e persistente
no qual, esgotados os meios habituais de tratamento, haja alteração completa ou considerável da
personalidade, comprometendo gravemente os juízos de valor e realidade, destruindo a
autodeterminação do pragmatismo e tornando o indivíduo total e permanentemente
impossibilitado para qualquer trabalho.
QUADRO CLÍNICO
A Perícia Médica Federal deverá identificar nos quadros clínicos de alienação mental os seguintes
elementos:
A alienação mental pode ser identificada no curso de qualquer transtorno psiquiátrico desde que,
em seu estágio evolutivo, estejam satisfeitas todas as condições abaixo discriminadas:
53
53
c) Seja refratária aos meios habituais de tratamento;
d) Provoque alteração completa ou considerável da personalidade;
e) Comprometa gravemente os juízos de valor e realidade, com destruição da
autodeterminação e do pragmatismo;
f) Torne o paciente total e permanentemente inválido para qualquer trabalho;
a) Psicoterapia;
b) Psicofarmacoterapia;
c) Terapêutica biológica (eletroconvulsoterapia, insulinoterapia, etc.).
As seguintes situações, satisfeitos os itens “d”, “e” e “f” das condições discriminadas acima, cursam
necessariamente com alienação mental:
a) Demência;
b) Psicoses esquizofrênicas;
c) Transtorno delirante persistente;
d) Retardo mental profundo ou grave.
54
54
f) Autismo infantil ou atípico;
g) Síndrome de Rett.
A Perícia Médica Federal isentará de carência todos os casos de transtorno mental grave que
estejam cursando com alienação mental, conforme critérios mencionados acima.
OBSERVAÇÕES
Exemplo: Periciado isento de carência por transtorno afetivo bipolar grave com sintomas psicóticos,
cursando com alienação mental (transtorno mental grave, cursando com alienação mental).
ATENÇÃO
A alienação mental não deve ser confundida com os quadros de reações psíquicas isoladas,
intercorrências psicorreativas e distúrbios orgânicos subjacentes, dos quais sejam simples
epifenômenos;
55
55
17 TUBERCULOSE ATIVA
17.1 CONCEITUAÇÃO
A tuberculose pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo
Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M.
pinnipedi e M. caprae.
Em saúde pública, a espécie mais importante é a M. tuberculosis, conhecida também como bacilo
de Koch (BK) e, desse modo, a tuberculose é frequentemente conceituada como “uma doença
infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium Tuberculosis ou bacilo de Koch, de evolução aguda
ou crônica, de notificação compulsória”.
Tuberculose ativa ocorre quando o indivíduo apresenta:
APRESENTAÇÕES CLÍNICAS
QUADRO CLÍNICO
56
56
EMPIEMA PLEURAL TUBERCULOSO: consequência da ruptura de uma
cavidade tuberculosa para o espaço pleural, ocorrendo, muitas vezes, um
pneumotórax secundário à fístula broncopleural;
TUBERCULOSE GANGLIONAR PERIFÉRICA: cursa com aumento
subagudo, indolor e assimétrico das cadeias ganglionares cervicais anterior
e posterior, além da supraclavicular;
TUBERCULOSE MENINGOENCEFÁLICA: cursa com cefaleia holocraniana
com acometimento de pares cranianos;
TUBERCULOSE PERICÁRDICA: apresenta dor torácica, tosse seca e
dispneia;
TUBERCULOSE ÓSSEA: atinge mais a coluna vertebral e as articulações
coxofemoral e do joelho apresentando-se com a tríade dor lombar, dor à
palpação local e sudorese noturna.
DIAGNÓSTICO
57
57
b) As principais alterações sugestivas de tuberculose ativa na
tomografia computadorizada de tórax são: cavidades de paredes
espessas, nódulos, consolidações, espessamento de paredes
brônquicas, aspecto de “árvore em brotamento”, massas e
bronquiectasias.
ATENÇÃO
NÃO serão isentas de carência as seguintes condições:
58
58