You are on page 1of 398

Memorex PF (Agente) - Rodada 01

1
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão disponibilizadas
na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 12/02
Rodada 03 16/02
Rodada 04 23/02
Rodada 05 02/03
Rodada 06 09/03

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

2
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 13
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 17
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 30
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 39
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 47
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 56
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 62
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 64

3
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PARA FACILITAR...
⇨ Coerência: Relação de ideias, lógica textual, ausência de contradição.

⇨ Sentido do texto/Semântica: Significado das palavras.

⇨ Morfologia: Estrutura, Forma e classificação das palavras. Classificadas como


substantivos, artigos, adjetivos, verbos, pronomes, advérbios, preposição, numeral,
conjunção, interjeição.

⇨ Sintaxe: Função das palavras, o que a palavra faz dentro de cada frase, oração, período.
Sujeito, Predicado, adjunto adverbial, complemento do verbo, complemento nominal.
DICA 02

DICIONÁRIO DAS PALAVRAS-CHAVE NO ENUNCIADO (COMANDO) DAS QUESTÕES


DE LÍNGUA PORTUGUESA

ASSOCIAR (relacionar)  Estabelecer uma correspondência


(ligação entre os elementos). UNIR IDEIAS QUE APRESENTEM
TRAÇOS COMUNS.
CARACTERIZAR  Distinguir aspectos, assinalar traços, pôr em
evidência os elementos de destaque.
COMENTAR (discutir)  Expressar opiniões, posicionar-se com
argumentação, desenvolver um assunto com desenvoltura.
CONTRAPOR (confrontar)  Expressar as diferenças, mostrar
traços diferenciados , pontos adversos.
DETERMINAR  Afirmar com clareza, distinguir com exatidão os
elementos.
ESTABELECER PARALELO  Organizar elementos (ideias) com
base em diferenças ou semelhanças, conforme a natureza do
assunto abordado.
EXEMPLIFICAR  Citar, mencionar com exemplos, interpretar
com palavras de quem escreve, basear-se no texto.
EXPLICAR  Expor com clareza as intenções, motivos, razões
(porquês), objetivos e até causas acerca de um assunto.

DICA 03

ERROS COMUNS NAS ASSERTIVAS – COMO ELIMINÁ-LAS?


- Extrapolam o texto, ACRÉSCIMO de informações alheias ao texto.
-Limitam o texto, CARÊNCIA de informações essenciais.
- NÃO ABORDAM o texto!
- CONTRADIZEM o texto.
- Emitem JUÍZO DE VALOR DIVERSO do autor → parcialidade!

4
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 04

*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES FALSAS quando:


1. Generaliza;
2. Extrapola;
3. Tom desprezível junto ao raciocínio do autor do texto em tela.
*São CONSIDERADAS AFIRMAÇÕES VERDADEIRAS quando:
1. Especifica o pensamento, usando pronomes demonstrativos;
2. Literalidade, usando sinônimos;
3. Geralmente a afirmação condiz com a conclusão do texto, ou seja, o último parágrafo.
DICA 05
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:


* Comece sempre pelo COMANDO DA QUESTÃO.
* NUNCA LEIA O TEXTO SEM ANTES VER O QUE A QUESTÃO PEDE.
* Na leitura atente-se no que foi pedido e tente extrair o máximo da parte do texto que
foi pedido na questão.
DICA 06
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:


* Volte ao texto sempre que necessário, NUNCA DEDUZA SEM TER A INFORMAÇÃO NO
TEXTO, evite opiniões pessoais, se atente apenas nas informações que o texto passa.
Porém sempre com uma leitura dirigida.
* Tente ver nas RESPOSTAS DE OUTRAS QUESTÕES que dizem a mesma coisa (com
palavras diferentes). Veja SE BATE COM O QUE VOCÊ ACHA COMO CORRETO.
DICA 07
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
IDENTIFICAR CONFORME A LEITURA: uma relação de esclarecimento, se existe uma
IDEIA DE RESUMO, EXPLICAÇÃO, EXEMPLIFICAÇÃO, DESCRIÇÃO, ENUMERAÇÃO,
OPOSIÇÃO OU CONCLUSÃO.
Se a questão pedir o TEMA OU IDEIA CENTRAL (principal): deve-se EXAMINAR COM
ATENÇÃO A INTRODUÇÃO E/OU CONCLUSÃO, pois nesses que contará a informação.
DICA 08
DIFERENCIAÇÃO ENTRE:
COMPREENSÃO: Significado de Algo. Modo concreto. Está no texto de modo explícito.
INTERPRETAÇÃO: Algo subentendido de modo lógico. De forma implícita.

5
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 09

HOMONÍMIA
→ consiste em palavras que possuem o mesmo som e/ou mesma grafia.
→ divide-se em:
- Homófonas: palavras que possuem a mesma pronúncia.
- Homógrafas: palavras que possuem a mesma grafia.
*Homógrafas heterofônicas: mesma grafia e pronúncia diferente:

Ex.: DESTE (PRONOME) X DESTE (VERBO)

*Homófonas heterográficas: Na língua oral, necessitam estar contextualizadas:

Ex.: HÁ (VERBO) x a (preposição/artigo)

*Homônimos perfeitos: palavras IDÊNTICAS na grafia e no som, PORÉM COM


SIGNIFICADOS DIFERENTES.

Ex.: MANGA!

Eu amo manga (fruta)

A manga da blusa está molhada (parte da roupa)

Ex.2: caminho → substantivo / caminho → verbo

Ex.3: cedo → verbo / cedo → advérbio

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

... Gramaticalmente, são consideradas homógrafas palavras que têm a mesma grafia, mas
sentidos diferentes. São exemplos disso as palavras “sessão” (ℓ.2) e cessão.
E AÍ? ESTÁ... ERRADO! SÃO HOMÓFONAS = PALAVRAS COM A MESMA PRONÚNCIA!
Muita atenção em sua prova!
DICA 10

PARONÍMIA
→ consiste em palavras PARECIDAS no som e na grafia, entretanto com SIGNIFICADOS
DIFERENTES!

Ex.: Eminente (importante) ≠ Iminente (próximo)

Questão: “O temporal estava eminente, não demoraria mais...” ERRADO! O correto


seria IMINENTE!
DICA 11

Homônimos e Parônimos

*Alguns exemplos:

6
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

Expectador (aquele que tem Espectador (aquele que assiste)


esperança, que espera, que tem
expectativa)
Tachar (censurar, notar defeito em) Taxar (estabelecer o preço ou o
imposto)
Concerto (sessão musical) Conserto (reparo)
Incipiente (principiante) Insipiente (ignorante)
Cerrar (fechar) Serrar (cortar)
Cheque (ordem de pagamento) Xeque (incidente no jogo de xadrez,
contratempo)
Espiar (espreitar) Expiar (sofrer pena ou castigo)

DICA 12

SOBRE O USO DOS DOIS PONTOS:


Os dois-pontos marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída.
* Introduzir uma citação;
* Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração
subordinada substantiva apositiva;
* Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou
seja, a saber, como etc.
* Marcar uma pausa entre orações coordenadas;
* Marcar a invocação em correspondências.
DICA 13

A VÍRGULA é utilizada para:

* marcar inversões

* separar termos coordenados (em enumeração)

* Marcar elipse do verbo. Ex.: Eu prefiro arroz; ele, feijão.


ATENÇÃO! QUESTÃO DE PROVA: QUEM MARCA A ELIPSE DO VERBO É A VÍRGULA E
NÃO O PONTO E VÍRGULA, OK? NÃO CAIAM NESSA PEGADINHA!

* Isolar vocativo

* Isolar aposto (termo de natureza explicativa) e pode ser isolado também por
travessões, parênteses ou por dois pontos.
* Isolar expressões de natureza explicativa (ou seja, isto é, ou melhor, vale dizer, quer
dizer etc.) Ex.: O Brasil é um país rico, ou seja, dispõe de muitos recursos naturais.

7
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 14

O "E" DEPOIS DE VÍRGULA pode ocorrer pelos seguintes casos:

* Determinando sujeitos diferentes.

Ex.: os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.

* Ter função diferente de adição.

Ex.: Estudou muito, e ainda assim não passou no concurso.

* Usar para dar ênfase na repetição.

Ex.: e chora, e ri, e grita.


DICA 15

SINAIS DE PONTUAÇÃO

→ RETICÊNCIAS ...
São usadas para indicar: supressão de um trecho, interrupção na fala, ou dar ideia de
continuidade ao segmento.
→ PARÊNTESES ( )
São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples
indicações. Isolar informações acessórias as quais não se encaixam na sequência lógica
do enunciado.  ISOLAR REFLEXÃO, COMENTÁRIO, EXPLICAÇÃO PARALELA.
Ex.: Em dezembro (nos EUA talvez seja o mês mais frio do ano), acendem-se lareiras nas
casas dos americanos.
→ TRAVESSÃO

* Indica a fala de um personagem no discurso direto.

Ex.: Mariana disse:

– Amigo, preciso pedir-lhe algo.

* Isola um comentário no texto (sentença interferente).

Ex.: Aquela pessoa – eu já havia falado isso – acabou de mostrar que tem péssimo caráter.

* Isola um aposto na sentença.

Minha prima – a dona da loja – ligou para você.

* Reforçar a parte final de um enunciado:

Ex.: Para passar no concurso você deve estudar muito – muito mesmo!

8
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 16

CASOS PROIBIDOS DO USO DA VÍRGULA

1- Não se usa vírgula entre sujeito e predicado. Termo pode vir intercalado entre
vírgulas, entre o sujeito e predicado.

Ex.: Quem ama não trai.


sujeito predicado

Ex.: As pessoas, que vivem em função do trabalho, não são felizes. → altera o
sentido.

CUIDADO!!! *com vírgula → todas as pessoas → generaliza


*sem vírgula → restritiva é uma parte

2- Não se usa vírgula entre o verbo e seu complemento.

Ex.: Informaram aos funcionários o ocorrido naquela ocasião.


VTDI OI OD Adj. adv.

3- Não se separa por vírgula o nome de seu complemento, nem o nome de seu
adjunto.

Ex.: Um belo dia de calor escaldante (adj. Adn.) é frequente em países de clima
tropical.

Ex.2: A crítica do diretor aos funcionários foi vista como produtiva.


Substantivo adj. Adn. CN
Abstrato
DICA 17

PONTO E VÍRGULA
Notavelmente, o ponto e vírgula sugere uma pausa mais longa – encontra-se entre
a vírgula (pequena pausa) e o ponto final (pausa final).
É usado, dentre suas principais funções:
* Para separar itens em uma enumeração. Muito comum nas legislações estudadas, não
é?! Também receitas, livros didáticos, manuais de instrução, dentre outros.
Ex.: “Art. 1º da CR/88. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.”

9
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

* Na OMISSÃO DE VERBOS. EXPLICANDO... Nesse caso específico a omissão do verbo


é marcada por uma vírgula, havendo pausa, anterior ao sujeito, esta será exatamente
marcada pelo ponto e vírgula. VISUALIZANDO... Ex.: Eu prefiro museu; ele (sujeito
anterior à pausa), (vírgula que substitui o verbo) teatro.  Eu prefiro museu; ele,
teatro.
* Em casos de USO EXCESSIVO DA VÍRGULA EM PERÍODO LONGO. Nesta situação o
ponto e vírgula será utilizado para separar as orações no período e a vírgula as outras
pausas que aparecerem no meio das orações.

DICA 18

ADJUNTOS ADVERBIAS DESLOCADOS:

*CURTA EXTENSÃO → Vírgula facultativa. (Até 2 palavras) Ex.: Minutos depois,


chega o funcionário do banco com outra chave digital.

*LONGA EXTENSÃO → Vírgula obrigatória. (3 ou mais palavras) Ex.: Na reunião


de ontem, os deputados federais aprovaram a lei.

DICA 19
DITONGO (esclarecimento necessário ao tópico de acentuação gráfica. Ideia: otimizar o
tempo do candidato)

→ Conceito: Encontro de uma vogal


e uma semivogal (ou vice-versa)
numa mesma sílaba. Encontro de
duas vogais “juntas” na mesma
sílaba.
DITONGO
→ Ditongo crescente: hipótese na
qual a semivogal (“i” e “u”) vem
antes da vogal.

Ex.: His-tó-ria, sé-rie, qua-se.

→ Ditongo decrescente: Quando a


vogal vem antes da semivogal.
Ex.: cai-xa, pai, per-deu.

10
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 20
* São ACENTUADOS:
→ monossílabos tônicos terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) +
terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s), ói (s)

Ex.: já, pés, nós, céu, méis, dói.

→ oxítonas (palavras que apresentam a sílaba tônica na ÚLTIMA sílaba) terminados em:
a, e, o (seguidos ou não de “s”) + terminados nos ditongos abertos: éi (s), éu (s),
ói (s) + terminadas em: em e ens.

ATENÇÃO! Alguns verbos, ao se combinarem com pronomes oblíquos, criam formas


oxítonas ou monossilábicas que, portanto, devem ser acentuadas, pois acabam por assumir
terminações contidas nas aludidas regras acima.

Habitar + a = habitá-la
Jogar + o = jogá-lo
Escrever + la = escrevê-la

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: BNB Prova: CESPE - 2018 - BNB - Analista
Bancário)
... “Os vocábulos “trás”, “é” e “nós” recebem acento gráfico em obediência à mesma regra
de acentuação.”
... CERTO OU ERRADO? CERTOOOO! O QUE FOI DITO ACIMA? Os monossílabos tônicos
terminados em: a, e, o (seguidos ou não de “s”) SÃO ACENTUADOS!
DICA 21
* São ACENTUADAS:
→ paroxítonas (palavras cuja sílaba tônica é a PENÚLTIMA) terminadas em: L, I, R, N,
UM, US, X, Ã (s), ÃO (s), PS, ON (s), ditongo (Crescente, decrescente)

Ex.: amável, pólen, cadáver, tríceps, órfão, ímã, vírus, táxi, próton, bônus,
fórum, Itália (ditongo), etc.

* TODAS as paroxítonas são acentuadas, EXCETO as terminadas em – a, -e, -o,


(s), éu, éi, ói, em, ens:

Logo, não são acentuadas: polens, item, voo, creem, ideia, assembleia, etc.

ATENÇÃO! NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS PAROXÍTONAS QUE CONTENHAM


DITONGO ABERTO! Ex.: ideia, estreia, assembleia, heroico, paranoico. (NOVO ACORDO
ORTOGRÁFICO)

11
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

ATENÇÃO2! NÃO SE EMPREGA MAIS O ACENTO NAS PAROXÍTONAS


TERMINANADAS EM “OO”. Ex.: voo, abençoo, enjoo.
DICA 22
TODAS as PROPAROXÍTONAS (Palavras cuja sílaba tônica é a ANTEPENÚLTIMA) são
ACENTUADAS!

Ex.: médico, ínterim, ímprobo, física, matemática, lúdico, ártico, etc.

DICA 23
* No caso de HIATO (encontro de vogais em sílabas diferentes, portanto pronunciados
separadamente), acentuam-se o “I” e “U”, quando representam a sua segunda vogal
tônica, DESDE DE QUE ESTEJAM SOZINHOS OU ACOMPANHADOS DE “S”, além de
DESACOMPANHADOS DE “R”, “M”, “NH” e “Z”.

Ex.: sa-í-da, ba-la-ús-tre, sa-ú-de, etc.

→ JU – IZ (seguido de Z, não se acentua!) x JU – Í - ZES


DICA 24
ACENTOS DIFERENCIAIS
*pôr (verbo)
*pôde (passado)
*têm (plural)
*vêm (plural)
*fôrma (facultativo)

DICA 25

PALAVRAS QUE NÃO SÃO MAIS ASSINALADAS COM O ACENTO GRÁFICO:

PARA (VERBO) PARA (PREPOSIÇÃO)

PELA (VERBO E SUSTANTIVO) PELA (a união da preposição com o


artigo)

PELO (VERBO) PELO (SUBSTANTIVO)

POLO (EXTREMIDADE) POLO (FILHOTE DE GAVIÃO ou a


união antiga e popular de “por” e
“lo”)

PERA (SUBSTANTIVO) PERA (PREPOSIÇÃO ARCAICA que


significa “para”)

ENFIM, PARA FACILITAR: SÓ LEMBRAR QUE NÃO SÃO MAIS ACENTUADAS


CONFORME O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO!

12
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Teoria da Contabilidade

A Contabilidade é uma ciência social aplicada concebida para captar, registrar, acumular,
resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e
econômicas de qualquer entidade.
A Contabilidade prática diz respeito a escrituração e registros das operações de uma
entidade em livros mantidos para essa finalidade.
Já a Contabilidade teórica estabelece princípios e regras de conduta a serem seguidos
pelos profissionais para aprimorar e uniformizar os procedimentos contábeis.
DICA 27

Contabilidade: Objeto, Objetivo, Finalidade e Campo de Aplicação

A Contabilidade é uma ciência social e possui alguns aspectos fundamentais que não
podem ser confundidos:
→ Objeto: Patrimônio das entidades.
→ Objetivo: Controlar o patrimônio.
→ Finalidade: Fornecer informações contábeis aos usuários.
→ Campo de Aplicação: Aziendas (entidades econômico-administrativas), com ou sem
fins lucrativos.
OBS: A CESPE algumas vezes considera objetivo e finalidade como sinônimos.
DICA 28

Ciclo Contábil

O ciclo contábil são os procedimentos usados para identificar, classificar, mensurar e


registrar as informações contábeis de uma empresa. O ciclo contábil possui cinco fases:
captação, reconhecimento, processo de acumulação, sumarização e evidenciação.
→ Captação: Colher dados que afetam o patrimônio da entidade (análise de documentos).
→ Reconhecimento: Questionar os atos e fatos contábeis e decidir se devem ser
reconhecidos ou não.
→ Processo de acumulação: Organizar e estruturar os dados reconhecidos.
→ Sumarização: Transformar os dados em informações úteis.
→ Evidenciação: Divulgar as informações contábeis aos usuários.
DICA 29

Atos e Fatos Administrativos

Atos administrativos: São atos de gestão, que não provocam alterações no patrimônio
da entidade. Ex: planejamento operacional, elaboração de parecer, etc.

13
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

Fatos Administrativos (ou Contábeis): São fatos que provocam alterações em elementos
do patrimônio ou do resultado. Ex: compra de veículo, pagamento de impostos. Os fatos
administrativos podem ser: permutativos, modificativos ou mistos.

DICA 30

Fatos Permutativos para o CESPE

A banca CESPE trata fatos administrativos que aumentam ou diminuem o PL, mas não
envolvem contas de Resultado como fatos permutativos. É um entendimento diferente
de outras bancas, portanto, muita atenção.

Veja alguns exemplos:

Integralização de Capital

D- Caixa (Ativo Circulante)

C- Capital Social a Integralizar (PL)

Distribuição de Lucros

D- Lucros Acumulados (PL)

C- Dividendos a Pagar (Passivo Circulante)

DICA 31

LIVRO CAIXA

O livro caixa é responsável por escriturar operações que envolvem pagamento e


recebimento de dinheiro. Neste, é informado o histórico completo das operações e deve
ser escriturado quase simultaneamente com as operações, diferente da conta “Caixa” no
Razão, que não apresenta maiores informações sobre o histórico da transação como o livro
caixa.
DICA 32

REGIME DE COMPETÊNCIA E REGIME DE CAIXA


De acordo com o regime de competência de exercícios, as receitas e as despesas são
consideradas em função do seu fato gerador e não em função do recebimento da receita ou
pagamento da despesa, em dinheiro.
As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando se tenham
sido recebidas efetivamente ou não. Da mesma forma, as despesas de um exercício são
aquelas incorridas nesse período, não importando se tenham sido pagas ou não.
Já no regime de caixa são consideradas as receitas e despesas do exercício que foram
efetivamente recebidas e pagas dentro deste período.
DICA 33

Fórmulas de Lançamento
A fórmula de lançamento é definida pelo número de contas debitadas ou creditadas.

Lançamento de 1ª Fórmula
1 conta debitada e 1 conta creditada.

14
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

Exemplo: Pagamento de duplicata na data de vencimento.


D- Bancos (Ativo Circulante)
C- Duplicatas a pagar (Passivo Circulante)

Lançamento de 2ª Fórmula
1 conta debitada e 2 ou mais contas creditadas.
Exemplo: Compra de veículo de R$50.000,00 sendo 50% à vista, e 50% em 60 dias.
D- Veículos (Ativo Imobilizado): 50.000,00
C- Bancos (Ativo Circulante): 25.000,00
C- Contas a pagar (Passivo Circulante): 25.000,00

Lançamento de 3ª Fórmula
2 ou mais contas debitadas e 1 conta creditada.
Exemplo: Pagamento de fornecedores em atraso (com juros).
D- Fornecedores (Passivo Circulante)
D- Juros passivos (Resultado)
C- Bancos (Ativo Circulante)

Lançamento de 4ª Fórmula
2 ou mais contas debitadas e 2 ou mais contas creditadas.
Exemplo: Compra de máquinas e móveis com pagamento em dinheiro e cheque.
D- Máquinas (Ativo Imobilizado)
D- Móveis (Ativo Imobilizado)
C- Caixa (Ativo Circulante)
C- Bancos (Ativo Circulante)
DICA 34

Formalidades Exigidas na Escrituração do LIVRO DIÁRIO


A escrituração do Livro Diário exige que se cumpram formalidades extrínsecas (relativas
à forma) e intrínsecas (relativas ao conteúdo):
Formalidades Extrínsecas:
→ Ser encadernado com páginas numeradas;
→ ser registrado na Junta Comercial do Estado ou Cartório de Registro de Títulos e
Documentos;
→ ser rubricado em todas as páginas por funcionário da Junta ou Cartório;

15
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

→ possuir Termo de Abertura e Encerramento, assinados por Contabilista responsável.


Formalidades Intrínsecas:
→ Registros em ordem cronológica;
→ não podem possuir borrões, rasuras ou emendas;
→ não são permitidos espaços em branco, ocupação de margens ou entrelinhas;
→ devem seguir método uniforme de escrituração do início ao fim.
DICA 35

Afirmações gerais sobre regime de competência, regime de caixa e livros


contábeis
No regime de competência, as receitas são reconhecidas quando são ganhas, mesmo
que não recebidas. Em outras palavras, as receitas são reconhecidas no momento em que
são geradas (ganhas) e as despesas são reconhecidas no momento em que são incorridas,
independentemente de ocorrer ou não a movimentação de recursos financeiros.
De acordo com o regime de caixa as receitas e as despesas são consideradas em função
dos recebimentos ou dos pagamentos.
No lançamento em livro diário deve-se descrever o valor do débito e do crédito e não
o saldo da conta.
No livro razão, o confronto dos créditos e dos débitos denomina-se saldo. É um livro de
registro da conta, ou seja, é a representação gráfica da conta (cada conta é uma página do
livro).

16
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

ESTATÍSTICA

DICA 36

Amostragem Probabilística x Não Probabilística

→ Na amostragem probabilística, não há interferência do responsável na seleção da


amostra (imparcialidade). Há como calcular a probabilidade de cada elemento da população
pertencer a amostra.

→ Na amostragem não probabilística, há parcialidade do responsável, também é


chamada de amostra determinística.

→ O ideal é que, pelas características do tipo de amostra, você consiga determinar se ela é
probabilística ou não. De qualquer forma os exemplos são:

✓ Probabilística: amostragem aleatória simples, por estratos, por conglomerados e


sistemática.

✓ Não Probabilística: amostragem por conveniência, julgamento e cotas.

→ Há situações em que o ideal é uma amostragem Probabilística, e outras em que se encaixa


melhor uma amostra Não Probabilística.

DICA 37

Teoria da Estimação

→ A estimação é uma técnica utilizada para determinar estimativas de parâmetros


populacionais. Neste método, utiliza-se dados amostrais para prever valores de
parâmetros populacionais que ainda não são conhecidos.

✓ ESTIMAÇÃO PONTUAL

• Nesta estimação o parâmetro populacional é obtido através de um único número. Este


número tende a ser bem próximo do verdadeiro valor do parâmetro.
• Existem dois tipos de estimação de um parâmetro populacional: estimação por ponto e
a estimação por intervalo.
• Como é uma estimativa baseada em um único ponto, não é possível julgar a magnitude
do erro que podemos estar cometendo.

✓ ESTIMAÇÃO POR INTERVALO

• Essa estimativa busca determinar um intervalo que possua o valor do parâmetro


populacional, obtendo através desta uma margem de segurança razoável, onde é
possível julgar se estamos ou não cometendo um erro de amostragem.

✓ INTERVALO DE CONFIANÇA

• Na estimativa por intervalo de confiança é possível determinar dois limites para a


amostragem populacional, ou seja, temos aqui uma margem de erro conhecida.
• Quando a margem de erro é baixa, temos que o nível de confiança daquela pesquisa ou
amostra é alto. Caso a margem de erro seja alta, a confiança tende a ser menor.
• Geralmente esses intervalos de confiança são expressos assim: (1 – a), onde a é o grau
de desconfiança.

17
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

• Encontramos em nosso dia a dia, desta forma α = grau de desconfiança, nível de


incerteza ou nível de significância. 1-α = coeficiente de confiança ou nível de
confiabilidade;

DICA 38

Teste de Hipóteses

→ O teste de Hipótese é utilizado no dia a dia para a tomada de decisões. Quando estamos
diante de um teste de hipóteses, devemos examinar as duas possibilidades possíveis
que fará com que se aceite ou rejeite uma alegação sobre determinada população de acordo
com as evidências obtidas por uma amostra de dados.

→ Dentro do teste de hipóteses temos as hipóteses estatísticas, o qual podemos definir


como uma suposição de um parâmetro populacional, ou seja, iremos pegar uma amostra e
buscar os parâmetros daquela amostra. Iremos calcular através da amostra se esta hipótese
deve ser aceita ou rejeitada.

→ Para testarmos um parâmetro populacional, teremos uma hipótese que seja falsa e outra
que seja verdadeira. Essas duas hipóteses são chamadas de hipótese nula e hipótese
alternativa.

DICA 39

RAMOS DA ESTATÍSTICA

A Estatística se divide em dois ramos principais:

a) Estatística Descritiva (ou Dedutiva): tem por objetivo descrever um conjunto de


dados, resumindo as suas informações principais.

Fazem parte deste ramo tanto as técnicas para coletar os dados (técnicas de
amostragem) quanto as técnicas para o cálculo dos principais parâmetros
(características) daquele grupo de dados coletados.

Também fazem parte deste ramo da Estatística as técnicas para a apresentação de dados
em tabelas e gráficos, bem como o cálculo de medidas utilizadas para resumir estes dados
(média, moda, mediana, desvio padrão, etc.).

b) Estatística Inferencial (ou Indutiva): tem por objetivo inferir/induzir, a partir das
informações de um conjunto de dados (amostra), informações sobre um conjunto mais
amplo (população).

A teoria da Probabilidade faz parte deste ramo, pois nela o nosso objetivo é, a partir do
conhecimento de um fenômeno (ex.: lançamento de um dado), inferir possíveis resultados
para a ocorrência de um determinado evento. Também fazem parte da estatística inferencial
os testes de hipóteses, que visam obter conclusões sobre uma população a partir da análise
de um subconjunto desta (amostra).

DICA 40

CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DE ESTATÍSTICA

- População: é o conjunto de todas as entidades sob estudo.

- Censo: quando efetuamos o censo de uma população, analisamos todos os indivíduos que
compõem aquela população.

18
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

- Amostra: em muitos casos é inviável, custoso ou desnecessário, observar um por um dos


membros de uma determinada população.

- Variável: é um atributo ou característica (ex: sexo, altura, salário etc.) dos elementos de
uma população que pretendemos avaliar.

- Observação: trata-se do valor que a variável assume para um determinado membro da


população.

19
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

LEI Nº. 11.343/06 (DROGAS) – inclusões trazidas pelo pacote anticrime

Art. 28. Quem ADQUIRIR, GUARDAR, TIVER EM DEPÓSITO, TRANSPORTAR OU


TROUXER CONSIGO, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo
com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I - ADVERTÊNCIA sobre os efeitos das drogas;

II – PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE; (prazo máximo aplicação


da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência).

III - MEDIDA EDUCATIVA de comparecimento a programa ou curso educativo.


(prazo máximo aplicação da pena: 5 meses, ou 10 meses (reincidência).

***PRESCRIÇÃO: 2 ANOS (imposição e execução das penas), aplicando-se as


causas de interrupção previstas no CP.

***AGENTE QUE SE RECUSA INJUSTIFICADAMENTE A CUMPRIR AS


MEDIDAS DO ART. 28: o juiz PODE submetê-lo, sucessivamente, a admoestação
verbal e multa.

§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal,


SEMEIA, CULTIVA OU COLHE PLANTAS destinadas à preparação de pequena
quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz


atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições
em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à
conduta e aos antecedentes do agente.

DICA 42

ATENÇÃO! O STF possui o entendimento que o art. 28 da Lei de Drogas DESPENALIZOU


a posse de drogas para uso pessoal. Contudo, as condutas previstas no dispositivo não
deixaram de ser criminosas. (Recurso Extraordinário 430.105-9-RJ)

DICA 43

TRÁFICO DE DROGAS PRIVILEGIADO

→ É privilegiado o tráfico quando o agente é primário, tem bons antecedentes, não se


dedica às atividades criminosas e não integra organização criminosa. Nessa hipótese,
descrita no art. 33, § 4º, da Lei de Drogas, a pena do réu será reduzida de 1/6 a 2/3.

OBS.1: “Atividades criminosas” mencionadas no artigo acima indicado não precisam estar
relacionadas com o tráfico de drogas.

OBS.2: O STF, em sede de controle difuso, declarou inconstitucional a vedação da


conversão da pena do tráfico privilegiado em penas restritivas de direitos (Habeas

20
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

Corpus nº 97.256/RS). E, com isso, o Senado editou a Resolução nº 5/2012: “Art. 1º É


suspensa a execução da expressão "vedada a conversão em penas restritivas de direitos" do
§ 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal nos autos do Habeas Corpus nº 97.256/RS”.

DICA 44

- TRÁFICO INTERESTADUAL

Súmula 587, STJ: Para a incidência da majorante prevista no artigo 40, V, da Lei
11.343/06, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da
federação, SENDO SUFICIENTE A DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DA INTENÇÃO DE
REALIZAR O TRÁFICO INTERESTADUAL.

- TRÁFICO TRANSNACIONAL

Súmula 607, STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei
11.343/06) se configura com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que
não consumada a transposição de fronteiras.

DICA 45

INTERNAÇÃO (LEI DE DROGAS) – NOVIDADE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME

VOLUNTÁRIA - aquela que se dá com o consentimento do


dependente de drogas;

- deverá ser precedida de declaração escrita


da pessoa solicitante de que optou por este
regime de tratamento;

- seu término dar-se-á por determinação do


médico responsável ou por solicitação
escrita da pessoa que deseja interromper o
tratamento.

INVOLUNTÁRIA - aquela que se dá, sem o consentimento do


dependente, a pedido de familiar ou do
responsável legal OU, NA ABSOLUTA FALTA
DESTE, de servidor público da área de
saúde, da assistência social ou dos órgãos
públicos integrantes do Sisnad, com
exceção de servidores da área de
segurança pública, que constate a existência
de motivos que justifiquem a medida;

21
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

- deve ser realizada após a formalização


da decisão por médico responsável;

II - será indicada depois da avaliação


sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso
e na hipótese comprovada da
impossibilidade de utilização de outras
alternativas terapêuticas previstas na rede
de atenção à saúde;

III - perdurará apenas pelo tempo


necessário à desintoxicação, no prazo
máximo de 90 (noventa) dias, tendo seu
término determinado pelo médico responsável;

IV - a família ou o representante legal


poderá, a qualquer tempo, requerer ao
médico a interrupção do tratamento.

DICA 46

DA INVESTIGAÇÃO NO CRIME DE DROGAS – PRISÃO EM FLAGRANTE

• Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará,


imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e
quatro) horas.

• Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da


materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
idônea.

• O perito que subscrever o laudo não ficará impedido de participar da elaboração


do laudo definitivo.

• Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez) dias,


certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a destruição
das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do laudo
definitivo.

• A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente


no prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade
sanitária.
DICA 47

CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (drogas)


INDICIADO PRESO Prazo de 30 (trinta) dias
INDICIADO SOLTO Prazo de 90 (trinta) dias

22
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 48

É ISENTO DE PENA o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito,


proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou
da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, INTEIRAMENTE
INCAPAZ DE ENTENDER O CARÁTER ILÍCITO DO FATO OU DE DETERMINAR-SE DE
ACORDO COM ESSE ENTENDIMENTO. (art. 45)

DICA 49

LEIS PENAIS NO TEMPO – LEI DE DROGAS

Em relação a sucessão de leis penais no tempo (art. 5º,XL, CF), foi consolidado pelo STJ na
súmula 501 o entendimento de que não se admite a combinação da antiga Lei nº
6.368/76 com o privilégio contido no §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006, que
prevê sobre o crime de tráfico.

Art. 33 (...) § 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão
ser reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.

Súmula 501 STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o
resultado da incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que
o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis.

Neste caso, o magistrado deve analisar casualmente para definir qual das leis é mais
vantajosa ao acusado.

DICA 50

AGENTE POLICIAL DISFARÇADO – PACOTE ANTICRIME

Segundo o art. 33, §1º, IV:

Art. 33 (...) § 1º Nas mesmas penas incorre quem:

IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à


preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal
ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)

A conduta do policial disfarçado deve ser analisada com cuidado e precedida de elementos
prévios de investigação. Em muitos casos o agente policial induz o agente a praticar o crime,
logo não haverá crime pelo fato de um flagrante ter sido provocado, aplicando-se aí a
súmula 145 do STF:

“Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua
consumação”.

Portanto, para a descaracterização do crime do agente policial disfarçado devem estar


presentes os seguintes requisitos:

23
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

➢ O policial tem que ser o agente provocador; e


➢ Elementos prévios de informação.

DICA 51

INDUZIR, INSTIGAR OU AUXILIAR ALGUÉM AO USO INDEVIDO DE DROGA

 O art. 33, §2º da Lei de Drogas traz o tipo penal de induzir, instigar ou auxiliar alguém
ao uso indevido de droga.

Induzir significa criar uma ideia que até então era inexistente, instigar significa fomentar
uma ideia já existente, já auxiliar significa promover a ajuda, criar os meios.

***O STF ao analisar a ADPF 187/DF entendeu que a manifestação da marcha da


maconha não configura o tipo penal mencionado, mas constitui o direito de livre exercício
de direito de reunião e exposição do pensamento. Nada obstante, para que estes
movimentos sejam realizados deve haver:

➢ Reunião pacífica e sem armas, previamente notificada a autoridade, sem


incitação à violência;
➢ Não pode haver incitação, incentivo ou estímulo ao consumo de entorpecentes;
➢ Não pode haver consumo de entorpecente, apenas manifestação do
pensamento; e
➢ Não podem participar crianças e adolescente.

DICA 52

CONDUÇÃO DE EMBARCAÇÃO OU AERONAVE APÓS O CONSUMO DE DROGAS

Segundo o art. 39 da Lei de Drogas é crime “conduzir embarcação ou aeronave após o


consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo,


cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena
privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos)
dias-multa”.

Neste sentido, configura-se crime quando o agente expõe um terceiro ao perigo. A


autocolocação em risco, após o consumo de drogas, não é passível de punição.

As penas previstas são de privação de liberdade, apreensão do veículo, cassação da


habilitação ou proibição de obtê-la e multa.

DICA 53

ART. 44 - LEI DE DROGAS

O art. 44 da Lei de drogas prevê que “os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34
a 37 desta Lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade
provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.

Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento
condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao
reincidente específico”.

24
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

MUITA ATENÇÃO! O STF declarou inconstitucional o trecho do artigo “vedada a conversão


de suas penas em restritivas de direitos”. Em atenção ao princípio da individuação da pena
entendeu-se que pode haver SIM conversão da pena em restritivas de direito, bem
como o regime inicial fechado NÃO é obrigatório.

DICA 54

LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO

VAMOS COMEÇAR COM ALGUNS CONCEITOS ESCLARECEDORES!

➢ Migrante: Deslocamento dentro de um espaço geográfico;


➢ Imigrante: Estrangeiro ou Apátrida que está no Brasil por tempo definitivo
➢ Emigrante: Brasileiro que vai para o exterior
➢ Apátrida: Não tem nacionalidade reconhecida por ninguém
➢ Residente fronteiriço: Mora no exterior, mas em região de fronteira
➢ Visitante: Passeando

DICA 55

DOS PRINCÍPIOS E GARANTIAS

Art. 3º, da Lei nº. 13.445/17. A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes
princípios e diretrizes:

I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos;

II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de


discriminação;

III - não criminalização da migração;

IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a


pessoa foi admitida em território nacional;

V - promoção de entrada regular e de regularização documental;

VI - acolhida humanitária;

VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e


tecnológico do Brasil;

VIII - garantia do direito à reunião familiar;

IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares;

X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;

XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens


públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário
e seguridade social;

25
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do


migrante;

XIII - diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias e


promoção da participação cidadã do migrante;

XIV - fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da


América Latina, mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de
pessoas;

XV - cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de


movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do
migrante;

XVI - integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas


públicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço;

XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente


migrante;

XVIII - observância ao disposto em tratado;

XIX - proteção ao brasileiro no exterior;

XX - migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienáveis de


todas as pessoas;

XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos


termos da lei; e

XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.

DICA 56

Art. 4º, da Lei nº. 13.445/17. Ao migrante é garantida no território nacional, em


condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados:

I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos;

II - direito à liberdade de circulação em território nacional;

III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos,
familiares e dependentes;

IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos;

V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro


país, observada a legislação aplicável;

26
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

VI - direito de reunião para fins pacíficos;

VII - direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos;

VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos
termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;

IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos;

X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da


condição migratória;

XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação


das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da
condição migratória;

XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência
econômica, na forma de regulamento;

XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados


pessoais do migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ;

XIV - direito a abertura de conta bancária;

XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto


pendente pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de
transformação de visto em autorização de residência; e

XVI - direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para
fins de regularização migratória.

§ 1º Os direitos e as garantias previstos nesta Lei serão exercidos em observância ao


disposto na Constituição Federal, independentemente da situação migratória, observado o
disposto no § 4º deste artigo, e não excluem outros decorrentes de tratado de que o Brasil
seja parte.

DICA 57

DA ENTRADA E DA SAÍDA NO TERRITÓRIO NACIONAL

Art. 39, da Lei nº. 13.445/17. O viajante deverá permanecer em área de fiscalização até
que seu documento de viagem tenha sido verificado, salvo os casos previstos em lei.

Art. 40, da Lei nº. 13.445/17. Poderá ser autorizada a ADMISSÃO EXCEPCIONAL NO
PAÍS de pessoa que se encontre em uma das seguintes condições, desde que esteja de
posse de documento de viagem válido:

I - não possua visto;

II - seja titular de visto emitido com erro ou omissão;

27
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

III - tenha perdido a condição de residente por ter permanecido ausente do País na
forma especificada em regulamento e detenha as condições objetivas para a concessão de
nova autorização de residência;

IV - (VETADO); ou

V - seja criança ou adolescente desacompanhado de responsável legal e sem


autorização expressa para viajar desacompanhado, independentemente do
documento de viagem que portar, hipótese em que haverá imediato encaminhamento ao
Conselho Tutelar ou, em caso de necessidade, a instituição indicada pela autoridade
competente.

Parágrafo único. Regulamento poderá dispor sobre outras hipóteses excepcionais de


admissão, observados os princípios e as diretrizes desta Lei.

Art. 41. A entrada condicional, em território nacional, de pessoa que não preencha os
requisitos de admissão poderá ser autorizada mediante a assinatura, pelo
transportador ou por seu agente, de termo de compromisso de custear as
despesas com a permanência e com as providências para a repatriação do viajante.

DICA 58

DESEMBARQUE PERMITIDO POR MOTIVO DE FORÇA MAIOR

Art. 42, da Lei nº. 13.445/17. O tripulante ou o passageiro que, por motivo de força
maior, for obrigado a interromper a viagem em território nacional poderá ter seu
desembarque permitido mediante termo de responsabilidade pelas despesas
decorrentes do transbordo.

ATENÇÃO! Mesmo não preenchendo os requisitos de admissão, o passageiro ou tripulante


poderá ter entrada autorizada. É o caso por exemplo, de uma pessoa que está sobrevoando
o território nacional e sofre um ataque cardíaco.

DICA 59

MEDIDAS SANITÁRIAS

Art. 43, da Lei nº. 13.445/17. A autoridade responsável pela fiscalização contribuirá para a
aplicação de medidas sanitárias em consonância com o Regulamento Sanitário
Internacional e com outras disposições pertinentes.


FIQUEM ATENTOS a este dispositivo, tendo haja vista a pandemia do coronavírus.

DICA 60

IMPEDIMENTOS DE INGRESSO

Art. 45, da Lei nº. 13.445/17. PODERÁ ser impedida de ingressar no País, após entrevista
individual e mediante ato fundamentado, a pessoa:

I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da expulsão vigorarem;

28
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de


genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos
termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998,
promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002;

III - condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível
de extradição segundo a lei brasileira;

IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por
compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional;

V - que apresente documento de viagem que:

a) não seja válido para o Brasil;

b) esteja com o prazo de validade vencido; ou

c) esteja com rasura ou indício de falsificação;

VI - que não apresente documento de viagem ou documento de identidade, quando


admitido;

VII - cuja razão da viagem não seja condizente com o visto ou com o motivo
alegado para a isenção de visto;

VIII - que tenha, comprovadamente, fraudado documentação ou prestado informação


falsa por ocasião da solicitação de visto; ou

IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na


Constituição Federal.

MUITA ATENÇÃO AO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO ESTUDADO!!!

Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça,
religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política.

29
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

Teoria da culpa civil – teoria da responsabilidade subjetiva

Após a superação da distinção entre os atos de império e de gestão para fins de


responsabilização do Estado, emergiu a teoria da culpa civil, ou da responsabilidade
subjetiva.

Por essa teoria, a responsabilidade do Estado dependia da comprovação de dolo ou,


pelo menos, a culpa na conduta do agente estatal. Assim, a responsabilização do
Estado, isto é, o dever de indenizar danos causados a terceiros, dependia da comprovação
de dolo ou culpa (negligência, imprudência ou imperícia), cabendo ao particular
prejudicado o ônus de comprovar a existências desses elementos subjetivos.

DICA 62

Teoria da culpa administrativa

A teoria da culpa administrativa, também conhecida como culpa do serviço ou culpa


anônima (faute du servisse) é a primeira teoria publicista, representando a transição
entre a doutrina subjetiva da culpa civil e a responsabilidade objetiva adotada atualmente
na maioria dos países ocidentais.

Por essa teoria, a culpa é do serviço e não do agente, por isso que a responsabilidade do
Estado independe da culpa subjetiva do agente. A culpa administrativa se aplica em
três situações:

a) o serviço não existiu ou não funcionou, quando deveria funcionar;


b) o serviço funcionou mal; ou
c) o serviço atrasou.

Em qualquer uma dessas situações, ocorrerá a culpa do serviço (culpa administrativa,


culpa anônima), implicando a responsabilização do Estado independentemente de
qualquer culpa do agente.

DICA 63

Teoria do risco administrativo

Pela teoria do risco, basta a relação entre o comportamento estatal e o dano sofrido
pelo administrado para que surja a responsabilidade civil do Estado, desde que o
particular não tenha concorrido para o dano. Ela representa o fundamento da
responsabilidade objetiva ou sem culpa do Estado.

Essa teoria surge de dois aspectos:

a) a atividade estatal gera um potencial risco para os administrados;

b) é necessário repartir tanto os benefícios da atuação estatal quanto os encargos


suportados por alguns, pelos danos decorrentes dessa atuação (solidariedade social).

30
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

Dessa forma, se um particular for prejudicado pela atuação estatal, os danos decorrentes
deverão ser compartilhados por toda a sociedade, justificando o direito à indenização
custeada pelo Estado.

Nesse caso, não é preciso cogitar se o serviço funcionou, se funcionou mal, se demorou ou
se não existiu, uma vez que se presume culpa da Administração. Além disso, não se
questiona se houve culpa ou dolo do agente, se o comportamento foi lícito ou ilícito, se o
serviço funcionou bem ou mal. Basta que seja evidenciado o nexo de causalidade entre o
comportamento estatal e o dano sofrido pelo terceiro para se configurar a responsabilidade
civil do Estado.

Pode-se dizer ainda que se exige a presença de três requisitos para gerar a
responsabilidade do Estado:

a) dano;
b) conduta administrativa – fato do serviço; e
c) nexo causal.

DICA 64

Critérios definidores da competência

A norma define a competência dos agentes públicos segundo alguns critérios de distribuição
e organização, quais sejam:

→ Matéria: a competência é definida segundo a especificidade da função a ser exercida.

Exemplo: na esfera federal, cada Ministério possui competência para tratar de determinada
matéria (saúde, educação, cultura, economia etc.).

→ Hierarquia: as competências são escalonadas de acordo com seu nível de complexidade


e responsabilidade. Assim, por esse critério, as competências mais complexas e de maior
responsabilidade são atribuídas aos agentes de plano hierárquico mais elevado.

→ Lugar: a competência é distribuída entre órgãos localizados em pontos territoriais


distintos. Inspira-se na necessidade de descentralização ou desconcentração territorial das
atividades administrativas.

Exemplo: determinadas competências da Receita Federal são desempenhadas por


Superintendências espalhadas nos Estados-membros.

→ Tempo: a competência é conferida por determinado período.

Exemplo: a competência do servidor público tem início a partir da investidura legal e


término com o fim do exercício da função pública.

→ Fracionamento: a competência é distribuída por diversos órgãos ou agentes, cuja


manifestação é imprescindível para a completa formação do ato. Trata-se dos chamados
atos complexos.

Exemplo: a redução de alíquotas de IPI para alguns refrigerantes depende da aprovação


do Ministério da Agricultura e do Ministério da Fazenda.

31
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 65

A doutrina ensina que o elemento competência apresenta as seguintes características:

→ É de exercício obrigatório: trata-se de um poder-dever do agente público, não sendo


exercido por sua livre conveniência, mas sim para a satisfação do interesse público.

→ É irrenunciável: em respeito ao princípio da indisponibilidade do interesse público,


o administrador atua em nome e interesse da coletividade, não podendo renunciar àquilo
que não lhe pertence. Todavia, a irrenunciabilidade não impede que a Administração Pública
transfira a execução de uma tarefa, isto é, delegue o exercício da competência para fazer
algo. A delegação, de toda sorte, implica transferir apenas o exercício, eis que a titularidade
da competência continua a pertencer a seu ‘proprietário’ (autoridade delegante).

→ É intransferível ou inderrogável: não se admite transação de competência, ou seja, a


competência não pode ser transmitida por mero acordo entre as partes. Uma vez fixada
em norma expressa, a competência deve ser rigidamente observada por todos. Mesmo
quando se permite a delegação, é preciso um ato formal que registre a prática. Essa
característica também decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público.

→ É imodificável por mera vontade do agente: só quem pode modificar competência


primária é a lei ou a Constituição.

→ É imprescritível: mesmo quando não utilizada, não importa por quanto tempo, o agente
continuará sendo competente, ou seja, ele não perderá sua competência simplesmente pelo
fato de não utilizá-la.

→ É improrrogável: o fato de um órgão ou agente incompetente praticar um ato não faz


com que ele passe a ser considerado competente. Em outras palavras, o mero decurso do
tempo não muda a incompetência em competência. Para a alteração da competência,
registre-se, é necessária a edição de norma que especifique quem agora passa a dispor da
competência.

→ Pode ser delegada ou avocada, desde que não haja impedimento legal.

DICA 66

Vícios de objeto

Como visto, o objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. Ocorrerá vício
do objeto quando este for:

→ Proibido pela lei; por exemplo, um Município que desaproprie bem imóvel da União.

→ Com conteúdo diverso do previsto na lei para aquela situação; por exemplo, a
autoridade aplica a pena de suspensão, quando cabível a advertência; a autoridade
suspende servidor por 120 dias, quando a lei prevê que a suspensão será por, no máximo,
90 dias.

→ Impossível, porque os efeitos pretendidos são irrealizáveis, de fato ou de direito; por


exemplo, a nomeação para um cargo inexistente; a instalação de antena de concessionária
em terreno pantanoso; a desapropriação de terras produtivas pela União para fins de
Reforma Agrária.

32
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

→ Imoral; por exemplo, a emissão de parecer sob encomenda, contrário ao entendimento


de quem o elabora.

→ Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo, ao lugar; por exemplo,


desapropriação de bem não definido com precisão.

O vício de objeto é insanável, ou seja, invariavelmente acarreta a nulidade do ato.

DICA 67

Para atingir seus objetivos, o poder de polícia é exercido por meio de três técnicas
diferentes, chamadas também de técnicas de ordenação:

1. Técnica de informação
2. Técnica de condicionamento
3. Técnica sancionatória

Pela técnica de informação, o Poder Público atua exigindo que o cidadão e as empresas
prestem informação sobre si próprios.

Na técnica de condicionamento, o Estado coloca uma série de exigências para que a


pessoa possa exercer sua atividade.

Já na técnica sancionatória, o Poder Público atua punindo, aplicando sanções àqueles que
tenham descumprido alguma exigência, seja ela de prestar informação (técnica de
informação) ou de atender alguma condição (técnica de condicionamento).

DICA 68

O exercício do poder de polícia pode se dar de três formas distintas:

→ Preventiva: disposições genéricas que regulamentam comportamentos (ex.: portarias


ou regulamentos que regulam horários de estabelecimentos em determinada localidade);

→ Repressiva: prática de atos que visam desfazer a situação de desobediência à lei (ex.:
apreensão de revistas pornográficas em exposição em local impróprio); e

→ Fiscalizadora: previne eventuais lesões a normas ou direitos (ex.: vistoria de veículos).

DICA 69

→ Jurisprudência do STF
Segundo o STF, os Municípios têm competência para exigir dos bancos a instalação de
detectores de metal e vidros a prova de balas. Os mesmos entes são competentes para
regular o horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais (Ag Reg 793.441).

→ Jurisprudência do STJ
Segundo o STJ, a competência para fixação do horário bancário de atendimento ao
público é de competência da União (Súmula 19).

33
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 70

Ciclo de Polícia

Segundo a doutrina, a função de polícia é exercida em quatro fases: ordem de polícia,


consentimento de polícia, fiscalização de polícia e sanção de polícia.

1. Ordem de Polícia: É o estabelecimento de normas que obrigam as pessoas a fazer ou


deixar de fazer algo em função do interesse público.

2. Consentimento de polícia: É o ato administrativo que permite ao Poder Público usar


da propriedade privada ou ao particular exercer alguma atividade. Obviamente, nem sempre
o particular precisa de consentimento para realizar uma atividade, o que faz com que essa
fase nem sempre ocorra.

3. Fiscalização de polícia: É o ato de verificar se as ordens de polícia estão sendo


obedecidas e se as atividades para as quais o particular recebeu consentimento estão
regulares.

4. Sanção de polícia: É a efetiva punição, em caso de descumprimento das ordens de


polícia. Obviamente, tal fase só ocorrerá se o particular descumprir a ordem de polícia.

DICA 71

ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA

→DISCRICIONARIEDADE
→AUTOEXECUTORIEDADE
→COERCIBILIDADE

OBS.1: O Poder de polícia NÃO é sempre discricionário; algumas vezes a atuação de


polícia é vinculada, na hipótese em que a lei já houver estabelecido a única solução possível
para o caso concreto.

OBS.2: O atributo da AUTOEXECUTORIEDADE pode se dividir em dois:

1) EXIGIBILIDADE: prerrogativa de a administração pública utilizar MEIOS INDIRETOS


de coação. Ex.: Aplicação de multa.
2) EXECUTORIEDADE: possibilidade de a administração realizar diretamente a execução
forçada da medida que ela impôs ao administrado – ou seja, MEIOS DIRETOS de coação.
Ex.: Dissolução de reunião, apreensão de mercadorias, interdição de uma fábrica.

DICA 72

PRESCRIÇÃO no PODER DE POLÍCIA

PRESCREVE em CINCO ANOS a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e


indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor,
contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado.

*Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de TRÊS


ANOS, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou
mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da
responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.

34
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

*Quando o fato objeto de a ação punitiva da Administração também constituir crime, a


prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.

DICA 73

Atributos do Ato Administrativo

A presunção de legitimidade e veracidade acompanha todos os atos estatais, quer


imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados, e decorre
da própria ideia de “Poder” que permite ao Estado assumir posição de supremacia perante
os particulares.

Um dos efeitos da presunção de legitimidade e veracidade é o de permitir que o ato


administrativo opere efeitos imediatamente, vinculando os administrados por ele
atingidos desde a sua edição. Isso permite que a Administração exerça suas atribuições com
agilidade, afinal, é o interesse público que está em jogo.

Essa agilidade não existiria caso a Administração dependesse de manifestação prévia do


Poder Judiciário toda vez que editasse seus atos.

DICA 74

Atributos do Ato Administrativo

Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros,


independentemente da sua concordância, criando obrigações ou impondo
restrições.

A imperatividade decorre do chamado “poder extroverso”, que é prerrogativa dada ao


Poder Público de impor, de modo unilateral, obrigações a terceiros, inclusive a sujeitos
que estão fora do âmbito interno administrativo, criando obrigações que extravasam
a esfera jurídica do Estado. O atributo da imperatividade decorre diretamente do princípio
da supremacia do interesse público sobre o particular.

Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro, a imperatividade não existe em todos os atos
administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações ou restrições.

DICA 75

Atributos do Ato Administrativo

A doutrina desdobra a autoexecutoriedade em dois outros atributos: a exigibilidade e a


executoriedade.

A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o


comando imperativo do ato. Graças à exigibilidade, a Administração pode usar meios
indiretos de coação para que suas decisões sejam cumpridas, como, por exemplo, a
aplicação de multas ou de outras penalidades administrativas impostas em caso de
descumprimento do ato. Veja que, nesse caso, a coação é indireta: o sujeito cumpre a
imposição do Poder Público porque tem receio de ser multado.

Já a executoriedade seria a possibilidade de a Administração, ela própria, praticar o ato,


ou de compelir, direta e materialmente, o administrado a praticá-lo (coação material). Na

35
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

executoriedade, a Administração emprega meios diretos de coerção, compelindo


materialmente o administrado a fazer alguma coisa, utilizando-se inclusive da força.

DICA 76

O poder Regulamentar é o poder que detém o chefe do executivo para editar atos
administrativos normativos. Tais atos precisam ter caráter geral e abstrato.
Caso esses regulamentos sejam publicados por outras autoridades, que não os chefes do
executivo, estaríamos diante do poder normativo.

O poder normativo acaba sendo um conceito mais amplo, que engloba a emissão de todos
os atos normativos, menos os originados do chefe do executivo. Quando o ato é de
origem do chefe do executivo estamos diante do poder regulamentar.

DICA 77

Regulamentos Executivos

Também chamados de decretos regulamentares, correspondem aos regulamentos de


caráter geral e abstrato que possibilitem o fiel cumprimento da lei, de acordo com o art.
84, IV da CF/88, abaixo reproduzido:

“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República(...) IV - sancionar, promulgar


e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel
execução;(...)”

DICA 78

Regulamentos Autorizados

Também chamados de regulamentos delegados, são atos normativos expedidos pelos


órgãos e entidades da Administração cuja competência foi delegada pelo Poder Legislativo.

A delegação de competência ocorre por meio do fenômeno de deslegalização, no qual o


Legislador delega, por meio de leis, a atribuição de normatizar certas matérias aos órgãos
e entidades da Administração Pública.

DICA 79

A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a administração


pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos.

DICA 80

Finalidade

→ Resultado pretendido pela Administração com a prática do ato administrativo.

→ Finalidade genérica (satisfação do interesse público) e específica (própria de cada ato


= objeto)

→ Decorre do princípio da impessoalidade.

→ Vicio de finalidade: desvio de finalidade (insanável, ato deve ser anulado).

36
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 81

ELEMENTOS (Com Fi For M Ob) ATRIBUTOS (PATI) do ato


administrativo
ELEMENTOS: partes do ato ATRIBUTOS: características do ato
COMpetência: poder atribuído Presunção de legitimidade:
conformidade do ato com a ordem jurídica
e veracidade dos fatos (sempre existe).
FInalidade: interesse público Autoexecutoriedade: permite que a
(resultado mediato) Administração atue independente de
autorização judicial
FORma: como o ato vem ao mundo Tipicidade: vem sempre definido em lei.
Motivo: pressupostos de fato e de Imperatividade: faz com que o
direito destinatário deva obediência ao ato,
independente de concordância.
OBjeto: conteúdo (resultado imediato)

DICA 82

Diferença entre objeto natural e objeto acidental

O objeto do ato administrativo pode ser natural ou acidental.

Objeto natural é o efeito jurídico que o ato produz, sem necessidade de expressa menção;
ele decorre da própria natureza do ato, tal como definido na lei.

Objeto acidental é o efeito jurídico que o ato produz em decorrência de cláusulas


acessórias que ampliam ou restringem o alcance do objeto natural; compreende o encargo
ou modo, o termo e a condição, também chamados, como visto anteriormente, de
elementos acidentais do ato administrativo.

DICA 83

Responsabilidade civil por ato legislativo

Em regra, o Estado não responde civilmente pela atividade legislativa, uma vez que
esta se insere no legítimo poder de império. Assim, se a atividade legislativa ocorrer dentro
dos parâmetros normais, ainda que traga obrigações ou restrinja direitos, não há que se
falar em dever de indenizar.

No entanto, existem três hipóteses que o Estado poderá ser responsabilizado civilmente
pelo exercício da atividade legislativa, são elas:

a) edição de lei inconstitucional;


b) edição de leis de efeitos concretos;
c) omissão legislativa.

DICA 84

Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado pela morte de detento


sob sua custódia é objetiva, com base na teoria do risco administrativo, em caso de
inobservância do seu dever constitucional específico de proteção, tanto para as condutas
estatais comissivas quanto para as omissivas.

37
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 85

Agente de fato é um gênero que designa formas de investidura na função pública com
alguma irregularidade ou excepcionalidade. Ela se subdivide em:

→ agente putativo: aquele que teve uma irregularidade na investidura no cargo, emprego
ou função, mas a sua situação tem aparência de legalidade. Ocorre quando, por exemplo,
um servidor não prestou concurso para um cargo em que isso era necessário, ou não
preenche os requisitos, mas mesmo assim está exercendo o cargo, ou quando exerce as
funções mesmo estando suspenso ou tendo vencido o prazo de sua contratação ou já passou
a idade limite da aposentadoria compulsória;

→ agente necessário: é aquele que é investido em situação de extrema emergência, como


um médico que é “convocado” pelo comandante dos Bombeiros ao passar na frente de um
prédio que acabou de desabar.

38
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Súmula Vinculante nº 11 do STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência
e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por
parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão
ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

Mnemônico:

Perigo à integridade física própria ou alheia;


Resistência;
Fundado receio de fuga.

DICA 87

HABEAS CORPUS
Caráter preventivo ou Sim
repressivo
Finalidade Proteger a liberdade de locomoção
Legitimados ativos Qualquer pessoa física ou jurídica, nacional ou
estrangeira. Só pode ser impetrado a favor de pessoa
natural, jamais de pessoa jurídica.
Legitimados passivos Autoridade pública e pessoa privada
Natureza Penal
Isenção de custas Sim
Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e
“periculum in mora”
Observações Penas de multa, de suspensão de direitos políticos, bem
como disciplinares não resultam em cerceamento da
liberdade de locomoção. Por isso, não cabe “habeas
corpus” para impugná-las

DICA 88

MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL


Caráter preventivo ou Sim
repressivo
Finalidade Proteger direito líquido e certo, não amparado por “habeas
corpus” ou “habeas data”
Legitimados ativos Todas as pessoas físicas ou jurídicas, as universalidades
reconhecidas por lei como detentoras de capacidade
processual, alguns órgãos públicos e o Ministério Público
Legitimados passivos Poder público e particulares no exercício da função pública
Natureza Civil
Isento de custas Não
Medida liminar Possível, com pressupostos “fumus boni juris” e “periculum
in mora”, mas há exceções

39
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 89
O mandado de injunção visa solucionar um caso concreto. São, portanto, três
pressupostos para o seu cabimento:

a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática propriamente


dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza impositiva;

b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de exercício de


um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania
e à cidadania;

c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora


(retardamento abusivo na regulamentação legislativa).

E quando é que descabe mandado de injunção? Segundo a jurisprudência do STF, nas


seguintes situações:

a) Não cabe mandado de injunção se já houver norma regulamentadora do direito


constitucional, mesmo que esta seja defeituosa. Ora, se já existe norma regulamentadora,
não faz sentido falar-se em mandado de injunção, que tem como pressuposto a ausência
de regulamentação de norma constitucional.

b) Não cabe mandado de injunção se faltar norma regulamentadora de direito


infraconstitucional. O mandado de injunção somente repara falta de regulamentação de
direito previsto na Constituição Federal. A ausência de regulamentação de uma lei não dá
ensejo à utilização do mandado de injunção.

c) Não cabe mandado de injunção diante da falta de regulamentação de medida


provisória ainda não convertida em lei pelo Congresso Nacional. O mandado de injunção
tem como um de seus pressupostos a ausência de regulamentação de direito constitucional.

d) Não cabe mandado de injunção se não houver obrigatoriedade de regulamentação


do direito constitucional, mas mera faculdade.

Grave assim:
Não cabe mandado de injunção:

a) Se já houver norma regulamentadora


b) Se faltar norma regulamentadora de direito infraconstitucional
c) Se faltar regulamentação de medida provisória ainda não convertida em lei pelo
Congresso Nacionalidade
d) Se não houver obrigatoriedade de regulamentação

DICA 90
Exceções, nas quais a jurisdição é condicionada, ou seja, somente é possível acionar o
Poder Judiciário depois de prévio requerimento administrativo:

a) habeas data: um requisito para que seja ajuizado o habeas data é a negativa ou omissão
da Administração Pública em relação a pedido administrativo de acesso a informações
pessoais ou de retificação de dados.

40
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

b) controvérsias desportivas: o art. 217, § 1º, da CF/88, determina que "o Poder
Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após
esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

c) reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante pela Administração


Pública: o art. 7º, § 1º, da Lei nº 11.417/2006, dispõe que "contra omissão ou ato da
administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias
administrativas".

A reclamação é ação utilizada para levar ao STF caso de descumprimento de enunciado de


Súmula Vinculante (art. 103-A, §3º). Segundo o STF, a reclamação está situada no âmbito
do direito de petição (e não no direito de ação); portanto, entende-se que sua natureza
jurídica não é a de um recurso, de uma ação e nem de um incidente processual.

d) requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer ao Poder


Judiciário para que lhe conceda um benefício previdenciário, faz-se necessário o prévio
requerimento administrativo ao INSS. Sem o prévio requerimento administrativo, não
haverá interesse de agir do segurado.

DICA 91

Os direitos políticos podem ser POSITIVOS ou NEGATIVOS.

POSITIVOS se subdividem em ativos ou passivos. Eles habilitam a participação do


cidadão no processo eleitoral, votando ou sendo votado.

Por direitos políticos ativos (ou capacidade eleitoral ativa) se entende a possibilidade de o
cidadão de participar diretamente do processo eleitoral, por meio do voto, seja em eleições,
seja em plebiscitos ou em referendos (direito de votar).

Já os direitos políticos passivos (capacidade eleitoral passiva) guardariam ligação com a


elegibilidade da pessoa, o direito de ser votado.

Por outro lado, os direitos políticos NEGATIVOS contemplam as hipóteses de


inelegibilidade (absoluta e relativa), e os casos de perda ou suspensão de direitos
políticos. De antemão, já adianto a você que não é permitida cassação de direitos
políticos.

DICA 92

Súmula Vinculante 18

A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a


inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

Art. 14. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes


consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato
eletivo e candidato à reeleição.

41
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 93

DIFERENÇA DE TRATAMENTO ENTRE CHEFES DO PODER EXECUTIVO E


PARLAMENTARES

Presidente da República, Deputado, Senador e


Governador e prefeito (além dos vereador
respectivos vices)

Possibilidade de Somente uma vez para o Não há limitações. Podem


reeleição período subsequente. ser reeleitos quantas vezes
quiserem/conseguirem
Para concorrer a Deverá renunciar ao mandato até Não há necessidade de se
CARGO DIVERSO seis meses antes do pleito. É a afastar do cargo.
chamada desincompatibilização.

Para concorrer ao Não há a necessidade de se afastar. Não há necessidade de se


MESMO CARGO afastar do cargo.

Restrições à Cônjuge, companheiro e os parentes Não há proibição de


candidatura consanguíneos ou afins, até o 2º parentes concorrerem.
de parentes na grau, inclusive por adoção, são
mesma base inelegíveis, salvo se já titulares de
territorial mandato eletivo e candidatos à
reeleição. É a chamada
inelegibilidade reflexa.

DICA 94
- Direitos políticos: conjunto de normas legais permanentes que regulamenta o direito
democrático de participação do povo no Governo, diretamente ou por seus representantes.
Os direitos políticos consistem, portanto, na disciplina dos meios necessários ao exercício
da soberania popular.

- Sufrágio: é o direito público subjetivo de eleger um representante político (capacidade


eleitoral ativa) e/ou de ser eleito como representante político (capacidade eleitoral passiva),
o que em palavras simples representa o direito de votar e/ou ser votado.

- O Brasil adota o sufrágio universal, pois confere o exercício do sufrágio a todos os cidadãos,
independentemente do sexo, de condições financeiras ou de nascimento, de escolaridade
ou de qualquer outra capacidade especial.

- Soberania popular: é a soma da vontade de todos os cidadãos que confere legitimidade


aos representantes eleitos a quem são delegadas as funções de governo.

- Voto: é a materialização da vontade do cidadão eleitor manifestada através da escolha


de seus representantes políticos.

DICA 95
O recall é um meio de participação popular direta em que os cidadãos dizem se estão
ou não satisfeitos com o mandato de certo representante eleito. No caso de a desaprovação

42
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

ser comprovada nas urnas, o mandatário é destituído de seu cargo. Não existe no
ordenamento pátrio.

DICA 96
De acordo com a doutrina, o sufrágio pode ser de dois tipos:

a) Universal: quando o direito de votar é concedido a todos os nacionais,


independentemente de condições econômicas, culturais, sociais ou outras condições
especiais. Os critérios para se determinar a capacidade de votar e de ser votado são não-
discriminatórios. A Constituição Federal de 1988 consagra o sufrágio universal,
assegurando o direito de votar e de ser votado a todos os nacionais que cumpram
requisitos de alistabilidade e de elegibilidade.

b) Restrito (qualificativo): quando o direito de votar depende do preenchimento de


algumas condições especiais, sendo atribuído a apenas uma parcela dos nacionais. O
sufrágio restrito pode ser censitário, quando depender do preenchimento de condições
econômicas (renda, bens, etc.) ou capacitário, quando exigir que o indivíduo apresente
alguma característica especial (ser alfabetizado, por exemplo).

DICA 97
Para que o partido político receba os recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao
rádio e televisão, ele precisará ter um número mínimo de votos nas eleições para a
Câmara dos Deputados OU um número mínimo de Deputados Federais eleitos.

São critérios alternativos, ou seja, basta que o partido político cumpra um deles e
receberá os recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e televisão.

Quais são esses critérios?

a) Número mínimo de votos válidos: Nas eleições para a Câmara dos Deputados, o
partido político deverá ter, no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos
1/3 (um terço) das unidades da federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos
votos válidos em cada uma delas.

b) Número mínimo de Deputados Federais eleitos: irão cumprir cláusula de barreira


aqueles partidos que tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais
distribuídos em pelo menos 1/3 (um terço) das unidades da federação.

DICA 98
A titularidade dos direitos dos direitos políticos pertence exclusivamente aos cidadãos. Eles
são adquiridos através do alistamento eleitoral.

Ao alistar-se, o indivíduo passa a gozar de capacidade eleitoral ativa que viabiliza o exercício
do direito subjetivo público de eleger seus representantes, participando (via representação)
do processo político e das ações governamentais.

Alistamento eleitoral, portanto, é o ato por meio do qual o indivíduo habilita-se ao


pleno exercício da cidadania, inscrevendo-se como eleitor perante Justiça Eleitoral.

É o que o torna apto a exercer a capacidade eleitoral ativa.

43
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

No Brasil, tanto o alistamento eleitoral quanto o voto são obrigatórios para os


brasileiros alfabetizados maiores de dezoito e menores de setenta anos (art. 14, § 1º,
I, CF/88). Por outro lado, o alistamento e o voto são facultativos para os analfabetos,
os maiores de setenta anos e os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos
de idade.

DICA 99

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;

O critério territorial determina que será brasileiro nato o indivíduo que nascer no
território nacional, independentemente da nacionalidade dos seus pais. Deste
modo, como regra, qualquer pessoa nascida em nosso território, pouco importando se os
pais são nacionais ou estrangeiros, será considerada brasileira nata.

Este critério não traz uma regra absoluta! Ou seja, nem todos os nascidos em nosso
território serão brasileiros natos! Por que não? Ora, porque o critério territorial comporta
uma exceção, não sendo aplicado no seguinte caso: se o indivíduo nascer em nosso
território, mas for filho de (ambos) pais estrangeiros e qualquer deles (ou ambos) estiver
no Brasil a serviço do país de origem, ele não receberá a nossa nacionalidade originária.

ATENÇÃO: a não incidência do critério territorial depende da presença de dois requisitos


que são cumulativos (os dois devem estar presentes):

1- os dois pais devem ser estrangeiros; E

2- qualquer um deles, ou ambos, deve estar na República Federativa do Brasil a serviço do


país de origem (e não a serviço de uma empresa privada, ou por interesses pessoais).

DICA 100

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer


deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

Veja que a alínea “b” da nossa Constituição estabelece que serão brasileiros natos os
nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer um deles
esteja no exterior a serviço da República Federativa do Brasil.

O texto constitucional abraçou, nesta alínea, o critério sanguíneo associado ao critério


funcional: um dos pais (ou ambos) será brasileiro, e qualquer um deles (ou ambos) deverá
estar no estrangeiro a serviço da República Federativa do Brasil – o que significa
desempenhar uma função ou prestar um serviço público de natureza diplomática,
administrativa ou consular, a quaisquer dos órgãos da administração centralizada ou
descentralizada da União, dos Estados-membros, dos Municípios ou do Distrito Federal.

44
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 101

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira;

Nesta 1ª parte da alínea “c”, determinou nosso texto constitucional que será brasileira nata
a criança que nasce no estrangeiro, filha de pai ou/e mãe brasileiros, desde que seja
registrada em repartição consular brasileira competente (associação do critério
sanguíneo + registro).

Neste caso, um dos pais (ou ambos) tem a nacionalidade brasileira, mas não está no exterior
a serviço da República Federativa do Brasil: deve então registrar a criança em repartição
consular competente para que ela adquira nossa nacionalidade nata.

Muito cuidado com questões que digam que a criança nascida no exterior, filha de pai
brasileiro/mão brasileira (ou ambos brasileiros), registrada em repartição consular
competente é brasileira naturalizada. Não, não é. É nata! Pois preenche os requisitos
para adquirir nossa nacionalidade primária.

DICA 102

Naturalização extraordinária (ou quinzenária)

Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil


há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram
a nacionalidade brasileira.

Da leitura do artigo, você deve ter observado que a naturalização extraordinária só será
obtida pelo indivíduo que, possuindo capacidade civil, observar 3 condições:

1) residência ininterrupta no território nacional por mais de quinze anos;


2) ausência de condenação penal e
3) apresentação do requerimento de naturalização.

Perceba que os 3 requisitos são cumulativos (não alternativos), ou seja, todos devem
ser cumpridos para que o indivíduo possa se naturalizar: não adianta cumprir só um deles!

DICA 103

O art. 222 da CF/88 estabelece algumas restrições referentes ao direito de propriedade


de empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora de sons e imagens.

Seguindo a lógica de que “quem tem informação tem poder”, nossa Constituição prevê que
só poderão ser proprietários desse tipo de empresa os brasileiros natos ou então os que
estejam naturalizados há mais de 10 anos.

45
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

E tem mais: se essa empresa for uma sociedade, no mínimo 70% do capital total e
votante deverá pertencer aos brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos.

DICA 104

Naturalização ordinária: pela via ordinária poderão se naturalizar brasileiros:

1) os estrangeiros (ou apátridas) que cumprirem os requisitos da Lei nova de Migração (Lei
nº 13.445/2017);

2) os indivíduos originários de países de língua portuguesa desde que, possuidores de


capacidade civil, tenham residência ininterrupta por um ano e idoneidade moral;

Vale destacar que não se pode falar em direito público subjetivo à obtenção da naturalização
ordinária.

Naturalização extraordinária: pela via extraordinária o indivíduo poderá se naturalizar


se respeitar os seguintes requisitos:

1) possuir residência ininterrupta no território nacional por mais de quinze anos;


2) não tiver sido condenado penalmente e
3) apresentar o requerimento de naturalização.

Há direito público subjetivo à obtenção da naturalização extraordinária, o que significa


que se os requisitos forem corretamente preenchidos a naturalização será concedida.

DICA 105

PERDA DO DIREITO DE NACIONALIDADE

A perda da nacionalidade brasileira só poderá ocorrer nas duas hipóteses previstas na


Constituição da República:

Perda-punição - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que tiver


cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional.

Perda-mudança - Pode-se dizer que ocorrerá quando o indivíduo, voluntariamente,


adquirir outra nacionalidade. Entretanto, existem exceções à ideia central de que a
aquisição de nova nacionalidade ocasionará a perda da nacionalidade brasileira, pois um
brasileiro pode adquirir outra nacionalidade sem perdê-la, bastando, para tanto, que
referida aquisição importe:

1) em recebimento de nacionalidade primária por Estado estrangeiro, ou


2) seja fruto de imposição do Estado estrangeiro no qual o brasileiro reside, como condição
para que ele possa permanecer no território ou para exercer direitos civis.

46
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL


- Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF e art. 1 CP): não há crime sem lei anterior que o defina,
não há pena sem prévia cominação.
- Reserva legal: somente a lei, EM SENTINDO ESTRITO, pode tipificar condutas e
cominar penas. É proibida a cominação de crime com base nos costumes ou por analogia,
quando em desfavor do réu. ATENÇÃO! Prevalece entendimento no STF (RE 254818-
PR) que medida provisória pode ser usada para tratar de matéria penal, desde que seja
favorável ao réu. EX.: Descriminalização de conduta).
- Anterioridade: a norma penal que piora a situação do réu deve ser anterior ao fato
praticado, ou seja, a norma penal que seja mais gravosa somente pode ser aplicada aos
crimes praticados a partir da data de sua vigência.
- Taxatividade: trata-se de um dos corolários do princípio da legalidade, preconizando que
a lei penal deve ser clara, precisa e determinada, NÃO CABENDO INCRIMINAÇÕES
VAGAS OU GENÉRICAS. ATENÇÃO! São admitidos os tipos penais abertos, consiste em
espécie de lei que depende de um completo valorativo feito na maioria das vezes pelo
magistrado, intérprete da lei, em função de permissão legal. Ex.: Tipos penais culposos -
em que o legislador não prevê todas as possibilidades de comportamentos negligentes -
cabendo ao juiz a análise do caso concreto.
DICA 107

- Individualização da Pena: determina que o juiz analise as especificidades do fato e do


autor do fato durante o processo dosimétrico.
- Pessoalidade, Personalidade ou da Intranscendência: assevera que a pena não
passará da pessoa do condenado
- Alteridade (lesividade): assevera que, para haver crime, a conduta humana deve
colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a incriminação de atitudes que
não excedam o âmbito do próprio autor. Ou seja, o sujeito não pode ser punido por
causar mal a si próprio.
- Insignificância (bagatela): afasta a tipicidade material de fatos criminosos, ao definir
que não haverá crime sem ofensa significativa ao bem tutelado.
OBS.: BAGATELA PRÓPRIA (implica na atipicidade material de condutas causadoras de
danos ou de perigos ínfimos) X BAGATELA IMPRÓPRIA (desnecessidade da pena)
ATENÇÃO! A jurisprudência, reiteradamente, não reconhece a bagatela imprópria,
afirmando que, se o fato é formal e materialmente típico, há crime. (TJ/RS, Oitava Câmara
Criminal, Apelação Crime Nº 70076016484, Rel. Naele Ochoa Piazzeta, julgado em
31/01/2018) e (AgRg no REsp 1602827/MS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA
TURMA, julgado em 20/10/2016, DJe 09/11/2016)
DICA 108

- Adequação social: serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a


tipificação criminal de condutas consideradas socialmente adequadas. Ex.: mãe que
fura a orelha da filha recém-nascida, o que não deixa de ser "lesão corporal", todavia aceita
por se tratar de ato cultural da nossa sociedade.

47
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

- Ofensividade: não é suficiente que o fato seja formalmente típico para a configuração do
delito, necessário também que ele seja capaz de ofender (lesão ou ameaça de lesão), de
modo GRAVE, o bem jurídico tutelado.
- Fragmentariedade: o direito penal somente tutele uma pequena fração dos bens
jurídicos protegidos, operando nas hipóteses em que se verificar lesão ou ameaça de lesão
mais intensa aos bens de MAIOR RELEVÂNCIA. Quer dizer que somente bens jurídicos de
GRANDE RELEVÂNCIA SOCIAL devem ser tutelados.

- Subsidiariedade: como o nome o D. Penal é uma ferramenta subsidiária, tão somente


deve ser usado quando os demais ramos do Direito não conseguirem tutelar com
satisfação o bem jurídico que se almeja proteger.
DICA 109

- Principio da Retroatividade da lei penal benéfica: a lei penal QUE BENEFICIAR o


réu retroagirá para regular as condutas anteriores a sua vigência. (art. 2º, p. único
+ art 5º , XL ,CF).
Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer
o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença
condenatória transitada em julgado.

Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

OBS.: A retroatividade da lei penal benéfica NÃO respeita a coisa julgada (relativização
da coisa julgada). Se sobrevier norma beneficiando o réu, o próprio Juiz da Vara de
Execução poderá aplicá-la.
OBS.2: Súmula 611, STF: “Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao
juízo das execuções a aplicação de lei mais benigna.”
DICA 110

APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO -ALGUNS CONCEITOS QUE


MERECEM ATENÇÃO:

NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA: Em suma, trata-se de uma nova lei


que passa a criminalizar conduta até aquele momento atípica, ou
seja, não existia a previsão da conduta como crime. Há retroativa? Não.
Irá produzir efeitos tão somente aos fatos futuros com fundamento no
princípio da anterioridade da lei penal.

NOVATIO LEGIS IN PEJUS: Trata-se de uma inovação legislativa


MAIS GRAVE do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei é mais
grave do que a atual. Há retroativa? Não. Irá produzir efeitos tão
somente aos fatos futuros com fundamento no princípio da anterioridade da
lei penal.

NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: Trata-se de uma inovação legislativa


MAIS BENÉFICA do do que a até então em vigor. Em suma, a nova lei

48
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

é mais benéfica do que a atual. Há retroativa? Sim!!! A nova legislação


será aplicada aos fatos praticados antes de sua entrada em vigor.

ABOLITIO CRIMINIS: Há DESCRIMINALIZAÇÃO da conduta pela


nova lei. SENDO BENÉFICA, HÁ RETROATIVIDADE (eficácia
retroativa) !!! Será aplicada aos fatos praticados ANTES de sua
entrada em vigor, que não poderão mais ser punidos, além de gerar a
extinção da punibilidade do agente. Ex.: antigo crime de adultério.

OBS.1: A ABOLITIO CRIMINIS apesar de cessar a pena e os efeitos penais da condenação,


não impede os efeitos extrapenais da condenação. Ex.: A foi condenado pelo crime
de adultério. Todavia, lei nova surge e descriminaliza a conduta. A será solto, cessando a
pena imposta e a condenação pelo crime de adultério não poderá ser considerada para fins
de reincidência (exemplo de efeitos da condenação). Conduto, se foi condenado à reparação
do dano causado à vítima (efeito extrapenal da condenação), DEVERÁ REPARÁ-LO!
DICA 111
LEI EXCEPCIONAL OU TEMPORÁRIA
“Art. 3º, CP - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigência.”
É importante o candidato se atentar em sua prova que as leis excepcionais e
temporária são criadas para vigorar apenas em determinado período, devido a
razões excepcionais e, por isso, ainda que saia do mundo jurídico - revogação
natural - não gerará abolitio criminis. Nesse sentido, aqueles que tiverem praticado o
crime durante sua vigência deverão responder pela conduta praticada.
Ex. de prova: “Em virtude da seca que assola o país, considere a hipótese em que seja
promulgada uma lei federal ordinária que estabeleça como crime o desperdício doloso ou
culposo de água tratada, no período compreendido entre 01 de novembro de 2014 e
01 de março de 2015. Em virtude do encerramento da estiagem e volta à normalidade,
não houve necessidade de edição de nova lei ou alteração no prazo estabelecido na citada
legislação. Nessa hipótese, o indivíduo a que em 02 de março de 2015 estiver sendo
acusado em um processo criminal por ter praticado o referido crime de
“desperdício de água tratada”, durante o período de vigência da lei, R: poderá ser
condenado pelo crime de “desperdício de água tratada” ainda que o período indicado na lei
que previu essa conduta esteja encerrado.
DICA 112

REGRA NO D. PENAL: TEORIA DA ATIVIDADE: é aplicada a lei penal que ocorre no


momento da ação.
EXCEÇÃO: EXTRA-ATIVIDADE da Lei Penal, que se divide em:
*Retroatividade: Fatos ocorridos antes da sua entrada em vigor. Ex.: Agente cometeu
crime e a lei MAIS BENÉFICA não existia, a retroatividade retroage e alcança o fato
ocorrido.
*Ultra-atividade: Fatos ocorridos depois da revogação da lei. Quer dizer que a lei,
mesmo que revogada, deve ser aplicada ao caso concreto se FOR MAIS BENÉFICA
e o agente cometeu o fato sob seu império.

49
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

ATENÇÃO! Em todos os casos, a lei só retroage para beneficiar o réu.


DICA 113

● Súmula 711, STF: A lei penal MAIS GRAVE aplica-se ao crime continuado ou
ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou
da permanência.
● Crime permanente: a consumação se prolonga no tempo + o agente controla
sua permanência, tendo o domínio sobre a consumação do delito. Ex.: crime de usurpação
de função pública.
● Crime continuado: configura-se crime continuado quando o agente, mediante
mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, e
pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes,
devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro (artigo 71 do
CP).
● Ex.: Agente da PF passa a receber um pagamento de um advogado por várias
ocasiões, caracterizando corrupção passiva. Nesta hipótese, será aplicado o crime de
corrupção passiva como se ele tivesse cometido um único crime. Mas e se surgisse uma lei
que aumentasse a pena durante o cometimento de um dos atos pelo analista? Será aplicada
a última lei segundo entendimento sumulado, ainda que mais prejudicial.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: CGE – CE)


... “A lei penal mais benéfica aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, ainda
que ocorra superveniência de lei penal mais gravosa ao longo da atividade delitiva.” VOCÊS
AGORA JÁ SABEM RESPONDER... ERRADOOOO!
DICA 114

TEMPO DO CRIME TEORIA DA ATIVIDADE (ART. 4º, CP): “Considera-se praticado


o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado”.

LUGAR DO CRIME TEORIA DA UBIQUIDADE (ART. 6º, CP): “Considera-se praticado


o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. ”

OBS.: Quando estivermos diante de uma situação em que envolve o Brasil e um outro país,
tanto o lugar onde se pratica a conduta quanto o lugar do resultado são considerados
como local do crime.

OBS.2: LUGAR DO CRIME = UBIGUIDADE


TEMPO DO CRIME = ATIVIDADE (= TEORIA DA AÇÃO)
LUTA!

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova: CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial
de Justiça – Avaliador)

50
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

... Com relação ao tempo e ao lugar do crime, o Código Penal brasileiro adotou,
respectivamente, as teorias do(a): AGORA FICOU FÁCIL! RESPOSTA  atividade e da
ubiquidade.
DICA 115
NÃO CONFUNDA EM SUA PROVA!

Art. 6º, CP Art. 70, caput, CPP

Adotou a Teoria da UBIQUIDADE Adotou a Teoria do RESULTADO

*Considera-se praticado o crime no *A competência será, de regra,


lugar:
- determinada pelo lugar em que
- em que ocorreu a ação ou se consumar a infração,
omissão, no todo ou em parte,
- ou, no caso de tentativa, pelo
- bem como onde se produziu ou lugar em que for praticado o
deveria produzir-se o resultado. último ato de execução.

Regra destinada a solucionar a Regra destinada a solucionar a


competência na hipótese de delitos competência na hipótese de crimes
que envolvam o território de dois envolvendo o território o
ou mais países (conflito território de duas ou mais
internacional de jurisdição) comarcas (ou seções judiciárias)
DENTRO DO BRASIL (conflito
interno de competência
territorial)

Definirá se o Brasil terá a Definirá qual o juízo competente no


competência para julgar o caso na caso de crimes plurilocais.
hipótese de crimes à distância.

DICA 116
ATENÇÃO! EXCEÇÃO AO ART. 70, CPP! Posição do STJ e STF:
Nos crimes contra a vida, a competência será determinada pela TEORIA DA ATIVIDADE.
Dessa forma, no caso de crimes contra a vida (DOLOSOS OU CULPOSOS), se os atos de
execução ocorreram em um lugar e a consumação se deu em outro  a competência para
o julgamento do fato será do local onde foi praticada a conduta (local da
execução).

JUSTIFICATIVA: “(...) é justamente no local da ação que se encontram as


melhores provas (testemunhas, perícia etc.), pouco interessando onde se dá a
morte da vítima. Para efeito de condução de uma mais apurada fase probatória,
não teria cabimento desprezar-se o foro do lugar onde a ação desenvolveu-se
somente para acolher a teoria do resultado. Exemplo de ilogicidade seria o autor
ter dado vários tiros ou produzido toda a série de atos executórios para ceifar a

51
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

vida de alguém em determinada cidade, mas, unicamente pelo fato da vítima ter-
se tratado em hospital de Comarca diversa, onde faleceu, deslocar-se o foro
competente para esta última. As provas teriam que ser coletadas por precatória,
o que empobreceria a formação do convencimento do juiz.” (Nucci, Guilherme de
Souza, Código de Processo Penal Comentado. 8ª ed., São Paulo: RT, 2008, p. 210).
DICA 117
ATENÇÃO! Nos CRIMES CONEXOS, NÃO SE APLICA A TEORIA DA UBIQUIDADE,
devendo cada crime ser julgado pela legislação penal do país em que for cometido.
DICA 118
A TEORIA DA UBIQUIDADE, além dos crimes conexos, também, não se aplica nos
seguintes casos:

*CRIMES PLURILOCAIS: consistem naqueles que envolvem duas ou mais


comarcas/seções judiciárias dentro do país. Regra: aplicação art. 70, CPP. Exceção:
Homicídio Culposo ou Doloso (STJ e STF) – Teoria da Atividade.

*INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: art. 63 da Lei 9.099/1995 -


adotou a teoria da atividade: “A competência do Juizado será determinada pelo lugar em
que foi praticada a infração penal. ”

*CRIMES FALIMENTARES: Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido


decretada a falência, concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de
recuperação extrajudicial, conhecer da ação penal pelos crimes falimentares (art. 183, Lei
11.101/2005).

*ATOS INFRACIONAIS: “Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do


lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção. ”
(art. 147, § 1.º, ECA).
DICA 119
ATENÇÃO! Essa expressão pode cair em sua prova!

CRIME À DISTÂNCIA (OU DE ESPAÇO MÁXIMO): é o crime que envolve o território de


dois países. A ação ou omissão ocorre em um país e o resultado, em outro. Ou seja, são
aqueles em que conduta e resultado ocorrem em países diversos. Ex.: tráfico de drogas
provenientes de Assunção (Paraguai) com destino a Manaus (Brasil).
DICA 120

PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE MITIGADA OU TEMPERADA

*Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito


internacional, ao crime cometido no território nacional. Como são admitidas algumas
exceções, aplica-se a teoria da territorialidade mitigada ou temperada.

*TERRITÓRIO BRASILEIRO: mar territorial, espaço aéreo e subsolo.


*TERRITÓRIO BRASILEIRO POR EXTENSÃO: navios e aeronaves públicas brasileiras,
onde quer que se encontrem e navios e aeronaves particulares, que se encontrem no espaço
aéreo ou em alto-mar.

INDO MAIS FUNDO... Artigo 17 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito
do Mar (assinada pelo Brasil): Direito de passagem inofensiva - Salvo disposição em

52
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

contrário da presente Convenção, os navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral,


gozarão do direito de passagem inofensiva pelo mar territorial. A Doutrina sustenta que se
um crime for praticado a bordo de uma embarcação amparada pela “passagem inocente”,
não será aplicável a lei brasileira a este crime, desde que o crime em questão não afete em
nada interesse jurídico nacional e o brasil não seja o país de destino.
DICA 121

EXTRATERRITORIALIDADE - crimes que mesmo cometidos fora do Brasil, sujeitam-


se às leis brasileiras.

EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA → Crimes cometidos:

*contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;


*contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público;
*contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
*de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil (p. da justiça
universal);
OBS.: O AGENTE É PUNIDO SEGUNDO A LEI BRASILEIRA, AINDA QUE ABSOLVIDO
OU CONDENADO NO ESTRANGEIRO.
DICA 122

EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA → Crimes:

*que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;


*praticados por brasileiro;
*praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

CONDIÇÕES CONCOMITANTES (REUNIDAS):

*entrar o agente no território nacional;


*ser o fato punível também no país em que foi praticado;
*estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
*não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
*não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar
extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
***** TAMBÉM SE APLICA A LEI BRASILEIRA AO CRIME cometido por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições traçadas anteriormente e as
seguintes: (alguns doutrinadores a chamam de extraterritorialidade
hipercondicionada)
*não foi pedida ou foi negada a extradição;

53
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

*houve requisição do Ministro da Justiça.


DICA 123

CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS


Ocorre quando duas normas aparentemente incriminadoras são aplicáveis a uma mesma
conduta e ao mesmo tempo. Ou seja, mesma conduta desafia dois tipos penais.
Ex.: art. 121 CP (crime de homicídio) x art. 123 CP (infanticídio) = ambos são crimes
de homicídio, conduto o artigo 123 é norma especial.
*PREVALECERÁ o princípio da PROIBIÇÃO DO NON BIS IN IDEM, já que um fato não
pode desafiar dois tipos penais diversos, sendo proibida dupla punição por um mesmo
fato.
DICA 124

PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

Princípio da - Norma especial afasta aplicação de norma


Especialidade geral.

-Especial é a norma que possui elementos que a


individualiza, independentemente da gravidade
do crime.

- Ex.: art. 121 e 126 – o crime de infanticídio


prevalece sobre a mãe que, sob o estado puerperal,
mata o filho após o parto.

Princípio da - Norma primária afasta a aplicação da norma


Subsidiariedade subsidiária.

- Primária é a norma que prevê uma violação


mais ampla e grave aos bens jurídicos tutelados.
Pode ser aplicado de forma EXPRESSA e TÁCITA:

*EXPRESSA: quando o próprio tipo penal se declara


subsidiário. Ex.: art. 132 CP: crime de perigo a vida
ou a saúde, com detenção de 3 meses a 1 ano, SE O
FATO NÃO CONSTITUIR CRIME MAIS GRAVE.

*TÁCITA: um tipo penal serve como causa de


aumento, qualificadora, ou elemento constitutivo de
outro. Ex.: art. 163 (crime de dano) x art. 155, § 4º, I
(crime de furto qualificado por rompimento de
obstáculo). Pois bem, no crime de furto houve crime
de dano ao romper obstáculo (que é causa de
aumento de pena), mas o artigo 163 será aplicado

54
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

somente de forma subsidiária, ou seja, se o ato


praticado não for mais gravoso.

DICA 125

PRINCÍPIOS UTILIZADOS NO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS

Princípio da Em suma, a conduta que serve como meio de


Consunção (ou preparação, execução ou mero exaurimento de
absorção) outra, é por esta absorvida. Se aplica,
principalmente, quando uma conduta delituosa serve
como meio para praticar outra.

ANTEFATO IMPUNÍVEL = quando um crime serve


de preparação para outrem. Ex.: art. 155 CP (furto)
+ art. 150 (invasão de domicílio). O crime de invasão
de domicilio será o delito meio, e será absorvido pelo
crime de furto – SÚMULA 17 STJ (crime de
falsificação documento publico é absorvido pelo crime
de estelionato se for mero meio para o segundo
crime).

PÓS-FATO IMPUNÍVEL – agente pratica uma


segunda conduta violando o mesmo bem jurídico
para obter vantagem que queria com a primeira
conduta. Neste caso, o agente viola o bem jurídico
com a primeira conduta, e a segunda é mera
conseqüência. Ex.: art 289 CP (falsificar moeda) +
art. 289, § 1º, CP (uso de moeda falsa) = responderá
apenas pelo crime de falsificação.

Princípio da Nos tipos penais mistos alternativos (os que


Alternatividade possuem vários núcleos que descrevem a
conduta), a prática de vários núcleos no mesmo
contexto, gera crime ÚNICO.

Ex.: tráfico de drogas = possui diversos núcleos:


traficar, fabricar, repassar, transportar, possuir, etc
(...). Nessa lógica, aquele que fabrica e transporta
responde por um único crime.

55
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
SÚMULA VINCULANTE Nº 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, JÁ DOCUMENTADOS em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao
exercício do direito de defesa.

ATENÇÃO! Fiquem atentos e não caiam na pegadinha, o acesso do defensor será aos
elementos de prova JÁ DOCUMENTADOS, aqueles que ainda não foram, como exemplo:
uma hipótese de interceptação telefônica não juntada ao IP, não serão objeto de acesso,
sobretudo para não prejudicar a eficiência da medida.
DICA 127
ATENÇÃO!
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE OU CONVENIÊNCIA
→ Nos crimes de AÇÃO PRIVADA, a autoridade policial somente poderá proceder a
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
DICA 128
IMPORTANTE!
O DELEGADO DE POLÍCIA NÃO PODE DETERMINAR ARQUIVAMENTO DE INQUÉRITO
POLICIAL!
NÃO IMPORTA se existiam excludentes de ilicitude.
Essa regra NÃO TEM EXCEÇÃO!

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR ENVOLVENDO O DELEGADO DE POLÍCIA...

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPC-PA)


... Na condução do inquérito policial, o Delegado de Polícia, sempre pautando suas ações
pela legalidade, também se sujeita ao Princípio da Discricionariedade, que possui como
característica possibilitar ao Delegado de Polícia: a definição do rumo das investigações.


ATENÇÃO! Aprofundando... Há de se ressalvar, contudo, que, alguns tribunais, possuem
entendimento que algumas diligências devem ser “obrigatoriamente” realizadas, cite-se
como exemplo o exame de corpo de delito, nos crimes que deixam vestígio, bem como a
oitiva do investigado. Existem, inclusive, julgados do STJ nesse sentido, como exemplo: HC
69.405 do STJ. SE A QUESTÃO NÃO COBRAR, VAMOS PELA REGRA, OK? SEMPRE USE
ESSE RACIOCÍNIO EM SUA PROVA!
DICA 129

- Art. 6º, CPP. Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade
policial deverá:

I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e


conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;

56
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados


pelos peritos criminais;

III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e


suas circunstâncias;

IV - ouvir o ofendido;

V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no


Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por
duas testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;

VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a


quaisquer outras perícias;

VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se


possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;

IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual,


familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois
do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a
apreciação do seu temperamento e caráter.

X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se


possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos
cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa.

 OLHEM COMO FOI COBRADO PELA BANCA CESPE:

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE - 2019 - TJ-BA –
Conciliador) Em regra, a apreensão de objetos na fase inquisitorial não depende de
autorização judicial. CORRETO!
DICA 130
O ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL embasado no princípio da
insignificância faz coisa julgada material, o que impede seu desarquivamento diante
do surgimento de novas provas.
ATENÇÃO! É certo dizer que o inquérito policial é DISPENSÁVEL para a promoção da ação
penal desde que a denúncia esteja minimamente consubstanciada nos elementos exigidos
em lei ≠ denúncia NÃO PODE VIR desacompanhada de um mínimo de prova do fato e da
autoria (JUSTA CAUSA).

DICA 131
PARA A INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL, bastam indícios suficientes da
existência do crime, sendo dispensável, nesse primeiro momento, prova da materialidade
do delito ou de sua autoria. ***INCLUSIVE ESSA DICA É QUESTÃO ATUAL DA BANCA
CESPE!

57
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 132
A sentença de arquivamento de IP NÃO faz coisa julgada material em regra (art. 18,
CPP). Excepcionalmente, poderá fazer coisa julgada quando a sentença for fundada
em:

*Atipicidade: faz coisa julgada material.

*Excludente de culpabilidade: faz coisa julgada material.

*Extinção da punibilidade: faz coisa julgada material (exceção: certidão de óbito


falsa).

*Excludente de ilicitude: DIVERGÊNCIA= STF: faz coisa julgada formal / STJ: faz coisa
julgada material.

*COISA JULGADA FORMAL: O arquivamento do inquérito NÃO afasta a possibilidade de


reabertura do IP, desde que colhidas novas provas do delito.

*COISA JULGADA MATERIAL: AINDA QUE SURJAM NOVAS PROVAS, não há


possibilidade de reabertura do IP.

DICA 133
O entendimento da doutrina majoritária e dos tribunais superiores é no sentido de que a
DENÚNCIA ANÔNIMA sobre fato grave de necessária repressão imediata NÃO é
suficiente para embasar, por si só, a instauração de inquérito policial para rápida
formulação de pedido de quebra de sigilo e de interceptação telefônica. Todavia,
podem, a informação apócrifa não inibe e nem prejudica a prévia coleta de elementos
de informação dos fatos delituosos (STF, Inquérito 1.957-PR) com vistas a apurar
a veracidade dos dados nela contidos

“As notícias anônimas não autorizam, por si sós, a propositura de ação penal ou mesmo, na
fase de investigação preliminar, o emprego de métodos invasivos de investigação, como
interceptação telefônica ou busca e apreensão.” (STF, 1ª Turma, HC 106152/MS, Rel. Min.
Rosa Weber)

DICA 134
E – escrito

I- inquisitivo
D- dispensável
O- oficial
S- sigiloso
O- oficioso

OFICIALIDADE

Enquanto a OFICIOSIDADE está relacionada com o dever da autoridade de agir de ofício


(sem provocação), a OFICIALIDADE está relacionada com a RESPONSABILIDADE sobre
o inquérito policial.
Por força da OFICIALIDADE, dizemos que o inquérito policial é de responsabilidade de um
órgão oficial do Estado, especificamente a POLÍCIA JUDICIÁRIA!

58
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 135
Lei nº. 13.964/2019 – NOVIDADE! (PACOTE ANTICRIME)

Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144, CF


(polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias
militares e corpos de bombeiros militares, polícias penais federal, estaduais e distrital)
figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares
e demais procedimentos extrajudiciais, CUJO OBJETO FOR A INVESTIGAÇÃO DE
FATOS RELACIONADOS AO USO DA FORÇA LETAL PRATICADOS NO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL, DE FORMA CONSUMADA OU TENTADA, incluindo as situações
dispostas no art. 23 do CP (estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de
dever legal ou no exercício regular de direito), o indiciado poderá constituir defensor:

= Para referidos casos, o investigado deverá ser citado da instauração do


procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48
(quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação.

= Esgotado o prazo de 48h com ausência de nomeação de defensor pelo


investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a
instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos
fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor
para a representação do investigado.

= Referidas disposições se aplicam aos servidores militares vinculados às FORÇAS


ARMADAS desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a
Garantia da Lei e da Ordem

DICA 136
PRAZOS PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL

REGRA GERAL: réu preso 10 dias, réu solto 30 dias.

Inquérito Policial Federal: réu preso 15 + 15 dias, réu solto 30 dias.

Inquérito Policial Militar: réu preso 20 dias, réu solto 40 + 20 dias.

Lei de drogas: réu preso 30 + 30 dias, réu solto 90 + 90 dias.

Crimes contra a Economia Popular: réu preso 10 dias, réu solto 10 dias.

ATENÇÃO! TRATANDO-SE de CRIMES HEDIONDOS, tendo sido decretada a prisão


temporária, o prazo para a conclusão do IP passa a ser de 60 dias. Justifica-se, pois, a
prisão temporária em caso de crime hediondo tem o prazo de 30 dias,
prorrogáveis por mais 30 dias. Como a prisão temporária cabe tão somente durante
a fase de investigação, isso faz com que, consequentemente, o prazo para a conclusão
do IP acompanhe o prazo da prisão temporária.

59
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 137
PESSOAL, BASTANTE ATENÇÃO! *****

A REGRA GERAL PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL COMO JÁ DITO NO


MATERIAL É: réu preso 10 dias, réu solto 30 dias.

OBSERVE-SE O ART. 10 DO CPP:

“Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando
estiver solto, mediante fiança ou sem ela.”

OCORRE QUE COM O PACOTE ANTICRIME SURGIU O SEGUINTE ARTIGO 3-B, §2º, CPP –
QUE TRATA DO JUIZ DAS GARANTIAS E ENCONTRA-SE SUSPENSO CONFORME
LIMINAR PROFERIDA NA ADI Nº. 6298!

“§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação


da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração
do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não
for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.”
DICA 138
Como o IP (inquérito policial) é um procedimento que não possui contraditório pleno e ampla
defesa, o valor probante dos elementos de convicção colhidos nessa fase de
investigação é RELATIVO.

CONTUDO, o Juiz pode utilizar as provas colhidas no IP para fundamentar sua decisão,
PORÉM NÃO PODE BASEAR SUA DECISÃO APENAS NAS PROVAS OBTIDAS NO
DECORRER DO IP. Olha o que dispõe o art. 155, do Código de Processo Penal (CPP):

Art. 155, CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação,
ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas


as restrições estabelecidas na lei civil.

DICA 139
INDICAMENTO:

Em suma: trata-se de ato técnico-jurídico (fundamentado) no qual a autoridade policial


indica/aponta alguma pessoa como “provável” infrator, ou seja, imputa a alguém, no
inquérito policial, a prática da infração penal investigada.

ATENÇÃO! É ATO PRIVATIVO DO DELEGADO DE POLÍCIA!

§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado,


mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas
circunstâncias. (Art. 2º, §6º da Lei 12.830/13)

60
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 140

NOTITIA CRIMINIS – EM SUMA, TRATA-SE DA SITUAÇÃO EM QUE A


AUTORIDADE POLICIAL TOMA CONHECIMENTO DE UM FATO DELITUOSO.

Notitia criminis de cognição IMEDIATA: Hipótese em que a autoridade policial


toma ciência do fato delituoso em consequência de suas atividades
rotineiras.

Notitia criminis de cognição MEDIATA: Hipótese em que a autoridade policial


toma ciência do fato delituoso por meio de um expediente formal, como
exemplo a requisição do MP com o intuito de instauração do IP.

Notitia criminis de cognição COERCITIVA: Hipótese em que a autoridade policial


toma ciência do fato delituoso tendo em vista a prisão em flagrante do
suspeito.

DICA BÔNUS

DELATIO CRIMINIS (TAMBÉM FORMA DE NOTITIA CRIMINIS),


CLASSIFICA-SE COMO:

Delatio criminis SIMPLES: trata-se da comunicação feita à autoridade policial por


qualquer pessoa do povo (art. 5º, §3º do CPP).

Delatio criminis POSTULATÓRIA: trata-se da comunicação feita pelo próprio


ofendido nos casos de crimes de ação penal pública condicionada ou ação
penal privada, nas quais ele já pede a instauração do IP.

Delatio criminis INQUALIFICADA: trata-se da famosa “denúncia anônima”; a


comunicação do fato feita à autoridade policial por qualquer do povo, porém
ausente a identificação do comunicante. RELEMBRANDO QUE... Nessas
situações, os delegados de polícia não deverão proceder, imediatamente, à
instauração do IP. Mas, primeiramente, devem verificar a procedência da
denúncia e, caso haja realmente notícia do crime, instaurar o IP.

61
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

- Principais métodos de resolução de questões sobre argumentação

- questões que fornecem as premissas e solicitam as conclusões de um argumento: para


obter as conclusões é preciso assumir que todas as premissas são verdadeiras. Assim:

- se as premissas possuem proposições categóricas (todo/algum/nenhum) podemos


utilizar diagramas lógicos;

- se uma das premissas é uma proposição simples: começar analisando-a, e com ela partir
para deixar as demais verdadeiras também;

- se todas as premissas são compostas e as alternativas de resposta (conclusões) são


proposições simples: “chutar” o valor lógico de alguma proposição simples que compõe as
premissas, e com isso tentar forçar todas as premissas a ficarem verdadeiras, analisando
se não há falha lógica;

- se todas as premissas são compostas e as alternativas de resposta (conclusões) também:


efetuar o teste de validade, forçando cada possível conclusão a ser F, e com isso tentar
forçar todas as premissas a serem V. Se isso for possível, aquela alternativa NÃO é uma
conclusão. Também é possível tentar “emendar” todas as premissas, em especial se forem
condicionais, utilizando também as suas contrapositivas.

DICA 142

Proposições categóricas podem ser tratadas com diagramas lógicos

- Todo A é B: “todos os elementos do conjunto A são também do conjunto B”, isto é, A


está contido em B.

- Nenhum A é B: nenhum elemento de A é também de B, isto é, os dois conjuntos são


totalmente distintos (disjuntos)

- Algum A é B: algum elemento de A é também elemento de B

- Algum A não é B: existem elementos de A que não são de B

DICA 143

Questões de Associações Lógicas

IDENTIFICAR:

1 – listagem de diversos elementos distintos (neste caso, irmãs, cursos e locais);

2 – solicitação para que você associe os elementos entre si (neste caso, o enunciado quer
saber o curso e o local de férias de uma das irmãs);

3 – presença de informações adicionais para realizar as associações.

62
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

RESOLVER:

1 – montar uma tabela que relacione todas as possibilidades de associações entre os


elementos;

2 – analisar as informações adicionais visando “cortar” associações que vão contra as


informações e “marcar” associações de acordo com o que foi determinado no enunciado

DICA 144

Questões de Verdades e Mentiras

IDENTIFICAR:

- são apresentadas frases que podem ser verdadeiras ou mentirosas,

- não sabemos QUAIS são verdadeiras e quais são mentirosas, apenas QUANTAS.

RESOLVER:

- encontrar um par de informações contraditórias;

- dentro do par, uma informação é V e a outra é F;

- analisar as informações FORA do par.

DICA 145

Questões de Calendários

- semana tem 7 dias. Ela começa em um dia (ex.: quarta) e termina no dia “anterior” (terça
seguinte).

- anos “normais” tem 365 dias, sendo que o mês de fevereiro tem 28 dias.

- nos anos bissextos, temos 29 dias em fevereiro, o que resulta em 366 dias no total.
Os anos bissextos ocorrem de 4 em 4 anos, sempre nos anos que são múltiplos de 4;

Anos “normais” (365 dias) → o primeiro dia é igual ao último (ex.: se 01/jan foi segunda,
31/dez será segunda)

Anos bissextos (366 dias) → o último dia o subsequente do primeiro (ex.: se 01/jan foi
segunda, 31/dez é terça)

63
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

INFORMÁTICA

DICA 146

Uma rede de computadores pode ser definida como uma estrutura de computadores
e dispositivos conectados através de um sistema de comunicação com o objetivo de
compartilharem informações e recursos entre si. As redes permitem, portanto, a troca de
informações e recursos entre as pessoas conectadas através de um canal de comunicação.

Uma rede pode facilitar:

▪ O compartilhamento de impressoras e outros dispositivos de hardware.


▪ O compartilhamento de documentos, aplicativos e outros produtos digitais.
▪ A replicação de dados para backup.
▪ A comunicação e a vídeo conferência.

DICA 147

Os enlaces são os meios de transmissão por onde trafegam os dados sendo trocados na
rede. O meio de transmissão pode ser guiado (com fio) ou não guiado (sem fio ou
wireless). Os meios de transmissão guiados mais comuns são par trançado, cabo coaxial
e fibra óptica. Os meios de transmissão não guiados são atmosfera, água e espaço.

DICA 148

Técnicas de pesquisa comuns:

Pesquisar em redes sociais


Coloque @ antes de uma palavra para pesquisar em redes sociais. Por exemplo:
@Instagram.

Pesquisar um preço
Coloque $ antes de um número. Por exemplo: câmera $400.

Pesquisar hashtags
Coloque # antes de uma palavra. Por exemplo: #concurso

Excluir palavras da pesquisa


Coloque - antes de uma palavra que você queira deixar de fora. Por exemplo, velocidade do
jaguar -carro

Pesquisar uma correspondência exata


Coloque uma palavra ou frase entre aspas. Por exemplo, "maior animal já conhecido".

Pesquisar caracteres curinga ou palavras desconhecidas


Coloque um * na palavra ou frase onde você deseja deixar um marcador. Por exemplo,
"maior * do mundo".

Pesquisar dentro de um intervalo de números


Coloque .. entre dois números. Por exemplo, câmera $50..$100.

Combinar pesquisas
Coloque "OR" entre cada consulta de pesquisa. Por exemplo, maratona OR corrida.

64
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

Pesquisar um site específico


Coloque "site:" antes de um site ou domínio. Por exemplo, site:youtube.com ou site:.gov.

Pesquisar sites relacionados


Coloque "related:" antes de um endereço da Web que você já conhece. Por exemplo,
related:time.com.

DICA 149

A Intranet é um tipo de rede local (LAN) cujo acesso é restrito a usuários


autorizados, normalmente integrantes da organização que gerencia a rede.

A intranet é uma rede de computadores que segue a arquitetura TCP/IP, assim como
a Internet. A sua peculiaridade é que somente pessoas autorizadas podem acessar os
serviços providos por esse tipo de rede. Seu acesso é privado e restrito. Essas pessoas
são normalmente membros da organização privada que gerencia a rede. Outras pessoas
podem obter o acesso se for de interesse da organização.

DICA 150

A extranet seria uma extensão da intranet. Funciona igualmente como a intranet, porém
sua principal característica é a possibilidade de acesso via internet, ou seja, de qualquer
lugar do mundo você pode acessar os dados de sua empresa. A ideia de uma extranet é
melhorar a comunicação entre os funcionários e parceiros além de acumular uma base de
conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.

Via de regra, o acesso a extranet é realizado mediante o uso de credenciais (login e


senha) ou por meio da criação de um Rede Privada Virtual (VPN), pela qual o usuário
recebe um endereço IP dentro da Intranet da empresa, mesmo estando fora dela.

DICA 151

FTP (File Transfer Protocol): Servidores FTP são computadores na internet ou rede local,
aos quais os usuários podem estar autorizados a utilizar para armazenar arquivos.
Procedimentos tais como excluir, mover, copiar e renomear objetos são operacionalizados
por servidores FTP, que atua na camada de aplicação.

SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): Protocolo utilizado por clientes de email para
enviar mensagens ao provedor.

NNTP (Network News Transfer Protocol): É o protocolo utilizado nos recursos de grupos
de discussão e através dele, seus conteúdos são acessados por seus usuários.

DICA 152

As redes metropolitanas (MANs) são aquelas instaladas em grandes cidades de regiões


metropolitanas, para a interconexão de um grupo grande de usuários.

As redes LAN (Local Area Network) interligam computadores presentes dentro de


um mesmo espaço físico.

65
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 153

Sentido das transmissões nas redes

As informações que trafegam nas redes podem caminhar em somente um sentido ou em


diferentes sentidos. Com base no sentido das informações, podemos falar em redes simplex,
half-duplex ou full duplex:

▪ Simplex: as informações trafegam de modo unidirecional, isto é, os dados são


transmitidos em um sentido único do transmissor para o receptor. As transmissões de
TV e rádio utilizam transmissão Simplex.

▪ Half-Duplex: uma conexão half-duplex permite a transmissão de informações em dois


sentidos, porém em um sentido de cada vez. Os walkie-talkies são exemplos de
dispositivos que operam com half-duplex.

▪ Full-Duplex: é o modo de transmissão bidirecional simultâneo. Assim, cada


extremidade da linha pode emitir e receber ao mesmo tempo, o que significa que a banda
concorrida está dividida por dois para cada sentido de emissão dos dados. As redes de
telefonia e as redes de computadores são exemplos de redes que geralmente operam com
base em full-duplex.

DICA 154

Topologias de rede

A topologia de uma rede trata-se da forma como estão organizados os dispositivos na


rede, da maneira como estão interconectados uns aos outros.

Inicialmente vale mencionar que podemos falar em topologia física ou lógica:

▪ Topologia Física: mapeia a posição dos ativos de rede juntamente com o percurso
físico dos cabos (mesmo que desabilitados) que os interligam.

▪ Topologia Lógica: mapeia o efetivo percurso da informação através da rede. Canais


desabilitados não são considerados por esta topologia.

DICA 155

Principais topologias de rede

Ponto a ponto

•União direta entre os dispositivos.


•Cada nó funciona tanto como cliente quanto como servidor.

Barramento

•Nós conectados diretamente ao meio de transmissão linear, ou barramento.


•Todos os dispositivos "escutam" o barramento.
•Quanto maior o número de dispositivos, pior o desempenho.

Anel

•Nós conectados em uma estrutura completamente fechada.

66
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

•Transmissão simplex.
•Os dispositivos recebeme e retransmistem os dados (placas de redes ativas).

Estrela

•Presença de um nó central, a qual todos os demais estão conectados.


•Permite o broadcast, que é o envio de mensagens para todos os receptores ao mesmo
tempo.

Árvore ou hierárquica

•Dividida em níveis, em que o nível mais alto, está ligado a vários módulos do nível inferior
da hierarquia.

Malha

•Nós conectados uns aos outros, ponto a ponto, podendo haver várias conexões entre eles
formando uma malha.
•As informações podem navegar na rede seguindo rotas diversas.

Híbrida

•Composição de outras topologias.

DICA 156

Uma rede WiFi é uma rede local sem fio, em que os usuários transmitem/recebem
pacotes para/de um ponto de acesso que, por sua vez, é conectado à Internet com fio.

Um usuário de uma rede sem fio geralmente deve estar no espaço de alguns metros
do ponto de acesso. A rede Wi-Fi é baseada no padrão IEEE 802.11, que fornece uma
taxa de transmissão compartilhada de até 54 Mbps.

DICA 157

O WiMAX ou padrão IEEE 802.16 funciona indepentemente de uma rede de telefonia


celular e promete velocidades de 5 a 10 Mbps a distâncias superiores a dez quilômetros.

DICA 158

O acesso à Internet a cabo utiliza-se da infraestrutura de televisão a cabo existente da


empresa de TV a cabo. Essas redes de acesso necessitam de modems especiais, que
dividem a rede em dois canais: um para transmissão (downstream) e um de recebimento
(upstream). O cabo coaxial é utilizado para o nó da fibra ótica até a residência.

DICA 159

O Modelo OSI (Open Systems Interconnection) é o modelo proposto pela ISO


(International Organization for Standardization) como padrão para a comunicação entre
diversos tipos de sistemas e equipamentos, garantindo a comunicação fim-a-fim.

Utilizando o Modelo OSI é possível realizar comunicação entre máquinas distintas e


definir diretivas genéricas para a elaboração de redes de computadores independente
da tecnologia utilizada, sejam essas redes de curta, média ou longa distância.

67
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

O Modelo OSI é composto por sete camadas, sendo que cada uma delas realizam
determinadas funções. As camadas são: Aplicação (Application), Apresentação
(Presentation), Sessão (Session), Transporte (Transport), Rede (Network), Dados (Data
Link) e Física (Physical).

DICA 160

O HTTP (HyperText Transfer Protocol) é um protocolo de camada de aplicação da


Web que utiliza por padrão a porta 80. O HTTP é utilizado para sistemas de informação de
hipermídia, distribuídos e colaborativos, sendo a base para a comunicação de dados da
World Wide Web.

O HTTP é o protocolo para a troca ou transferência de hipertexto.


Hipertexto é o texto estruturado que utiliza ligações lógicas (hiperlinks) – entre nós
contendo texto.

DICA 161

O HTTPS (Hyper Text Transfer Protocol Secure) é uma implementação do protocolo


HTTP sobre uma camada adicional de segurança que utiliza o protocolo SSL/TLS.

Essa camada adicional permite que os dados sejam transmitidos por meio de uma conexão
criptografada e que se verifique a autenticidade do servidor e do cliente por meio de
certificados digitais. A porta TCP usada por norma para o protocolo HTTPS é a 443.

DICA 162

FIQUE ATENTO(A)!

O Windows possui um Firewall nativo. Sua finalidade é filtrar dados que entram e que
saem de um computador e impedir que o sistema seja acessado por pessoas não
autorizadas.

*O Firewall é sim um RECURSO DE SEGURANÇA muito importante, mas não é uma


ferramenta que resolva todos os problemas de segurança.

ATENÇÃO! O Firewall não detecta vírus e outros softwares maliciosos, essa seria a
função de um antivírus. O antivírus nativo do Windows 10 chama-se Windows Defender.

DICA 163

Por padrão, arquivos excluídos são enviados para a lixeira do Windows. Existem 4 casos
que são exceções, ou seja, nesses 4 casos os arquivos excluídos não são enviados para a
lixeira e SÃO EXCLUÍDOS DEFINITIVAMENTE DO COMPUTADOR.

Os 4 casos são:

1. Arquivos excluídos através da combinação SHIFT + Delete


2. Arquivos excluídos de mídias removíveis ou locais da rede
3. Programas desinstalados
4. Arquivos que possuem tamanho maior do que a capacidade de
armazenamento da lixeira.

68
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 01

DICA 164

Bitlocker to go é um recurso nativo do Windows 10 e que permite que um usuário


criptografe o conteúdo de suas mídias removíveis para evitar que esse conteúdo seja
acessado por pessoas não-autorizadas.

DICA 165

O LINUX é um sistema operacional com um considerável número de utilizadores. Mesmo


assim, o Windows ainda é utilizado na maioria esmagadora dos computadores.

Isso se deve ao fato de, além de ser um sistema mais antigo, o Windows possui uma
interface gráfica muito intuitiva, fácil de usar. Já o Linux, em seus primeiros anos de vida,
exigia que o usuário executasse tarefas por meio da digitação de comandos e isso fez
com que ele fosse alvo de um certo preconceito. Hoje em dia o Linux pode ser usado
em modo texto ou modo gráfico.

69
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

1
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 02. As outras 04 rodadas serão disponibilizadas
na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 16/02
Rodada 04 23/02
Rodada 05 02/03
Rodada 06 09/03

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

2
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 14
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 18
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 20
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 28
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 37
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 46
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 54
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 61
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 63

3
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
*Derivados de TER/VIR → recebem acento agudo no singular e circunflexo no plural:

Ele detém Ele obtém Ele intervém


Eles detêm Eles obtêm Eles intervêm

*crer, dar, ler, ver e derivados perderam o acento gráfico no plural:

Ele crê Ele vê


Eles creem Eles veem

DICA 02

ALGUNS CASOS - USO DO HÍFEN


1. Prefixo + vogal idêntica → COM HÍFEN. Ex.: anti-inflamatório, micro-ondas.

2. Prefixo + vogal distinta → JUNTO. Ex.: autoestima, antiaéreo.

3. CO/RE + vogal idêntica ou distinta → JUNTO. Ex.: coexistência, coordenar, reavaliar,


reescrever.

4. SUPER
HIPER H/R → COM HÍFEN. Ex.: Inter-racial, Super-Homem.
INTER

5. CONTRA H/A → COM HÍFEN. Ex.: Contra-ataque.

6. SUB/SOB + H/B/R → COM HÍFEN. Ex.: sob-roda, sub-reino.

7. RECÉM
AQUÉM SEMPRE COM HÍFEN! Ex.: recém-casado, além-mar.
ALÉM
BEM

8. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR R → DUPLICA-SE O R! Ex.: corréu,


contrarrazões.

9. PREFIXO + RADICAL INICIADO POR S → DUPLICA-SE O S! Ex.: ultrassom, minissaia.

10. CIRCUM/PAN + VOGAL, M ou N → COM HÍFEN! Ex.: pan-americano, circum-navegação.

11. Dias da semana e espécies de animais e plantas MANTIVERAM O HÍFEN. Ex.: bem-
me-quer, bem-te-vi, segunda-feira.

4
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 03

ATENÇÃO! Se a palavra seguinte começar COM R OU S, terá que DOBRAR A LETRA e


NÃO COLOCAR HÍFEN!
Ex.: autorretrato, autossuficiente, antissocial...
DICA 04

SUBSTANTIVO NOMEIAM lugares, objetos, pessoas,


animais, ações, estados ou qualidades
tomadas como seres (ex.: bondade,
feiura).

ADJETIVOS MODIFICA o substantivo. Exprime modo


de ser, aparência ou qualidade.

ARTIGOS DETERMINA OU GENERALIZA o


substantivo. Indicando-lhe o gênero e o
número.

NUMERAIS ENUMERAM, ordenam as coisas.

PRONOMES ACOMPANHAM ou SUBSTITUEM os


nomes.

VERBOS Expressam AÇÃO, ESTADOS OU


FENÔMENOS.

ADVÉRVIOS MODIFICAM verbos, adjetivos ou outros


advérbios.

PALAVRAS DENOTATIVAS ALTERAM o sentido de uma outra palavra


ou da oração.

PREPOSIÇÕES LIGAM dois termos da oração,


subordinando-os. É palavra INVARIÁVEL.

CONJUNÇÕES UNEM termos de uma oração ou orações.


É palavra INVARIÁVEL. Podem ser
coordenativas ou subordinativas.

INTERJEIÇÕES EXPRIMEM emoção, sensação, estado de


espírito. É palavra INVARIÁVEL. Ex.:
Viva! Uau! Nossa! (“frases resumidas”)

5
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 05
ADVERBIALIZAÇÃO DO ADJETIVO
- Nada mais é do que tornar um adjetivo em advérbio sem o sufixo “mente”.
Ex.: Ela fala rápido. (rápido é adjetivo, mas na frase é advérbio, pois exprime o modo como
ela fala)

 QUESTÃO CESPE PARA ILUSTRAR!

Em prova... (CESPE/AGU/TÉCNICO). Os norte-americanos, com todos os problemas de


suas finanças, mantêm a dianteira nos investimentos em desenvolvimento tecnológico: no
governo Obama, decidiram recuperar a autonomia energética, investindo pesadamente no
desenvolvimento de novas modalidades de energia. P: O vocábulo pesado pode ser
empregado no lugar de “pesadamente”, sem que isso acarrete prejuízo ao sentido
e à correção gramatical. R: CORRETO, justifica-se pela adverbialização do adjetivo.
DICA 06
COLOCAÇÃO PRONOMINAL

Próclise Pronome oblíquo átono ANTES DO


VERBO. Ex.: Sempre o admirei.

Mesóclise Pronome oblíquo átono no MEIO DO


VERBO. Ex.: Mostrar-lhe-ei todos os
animais. Ex.2: Contar-lhe-ia tudo.

É USADA NO FUTURO DO
PRESENTE E NO FUTURO DO
PRETÉRITO! DICA: “EI” e “IA”.
APENAS NESSES DOIS TEMPOS
VERBAIS.

Ênclise Pronome oblíquo átono DEPOIS DO


VERBO. Ex.: Diga-me tudo.

DICA 07
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

Sentido Negativo: Ele não se


importa com a mãe.

Advérbios: Ele sempre nos


prejudicou.

Pronomes Demonstrativos
neutros: Aquilo me comoveu muito.

6
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

PALAVRAS ATRATIVAS Pronomes Indefinidos. Ex.: Tudo


se acaba nesse mundo.

Pronomes Relativos. Ex.: Guarda a


rosa que te dei.

Conjunções Subordinadas. Ex.:


Quando se aborreceu saiu.

Conjunção coordenada aditiva


“mas também”. Ex.: Não só falou
alto mas também me xingou muito.

Conjunções coordenadas
alternativas. Ex.: Ora se irrita, ora
se espanta.

 QUEREM UMA QUESTÃO FRESQUINHAS DA BANCA CESPE?!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE /
CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da
Informação e Proteção de Dados)

...

(...) “espaço” é o que se pode percorrer em certo tempo, e que “tempo” é o que se precisa
para percorrê-lo.

QUESTÃO: A próclise observada em “se pode percorrer” e “se precisa”, no segundo período
do segundo parágrafo do texto, é opcional, de modo que o emprego da ênclise nesses dois
casos também seria correto: pode-se percorrer e precisa-se, respectivamente. E ENTÃO?
ERRADOOOO! E qual a justificativa? Ambos os casos tratam de uso OBRIGATÓRIO DA
PRÓCLISE, pois o pronome relativo “que” (negritado) é PALAVRA ATRATIVA.

DICA 08
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

FRASES Interrogativas: Quem me chamou?

Exclamativas: Como te chamam!

Optativas (exprimem desejo):

Raios o partam!

7
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 09
USO OBRIGATÓRIO DA PRÓCLISE

Gerúndio precedido de preposição


“em”: Em se tratando dela, não
hesite.
VERBOS
Infinitivo flexionado precedido de
preposição. Ex.: As ordens eram
para nos levaram até você.

OBS.: O infinitivo impessoal é


livre, pode ser colocado antes ou
depois do verbo.

DICA 10
O futuro do pretérito e o futuro do presente NÃO ACEITAM ÊNCLISE.
Ex.: Eu contarei-lhe tudo. ERRADO!
Pode ser: Eu lhe contarei tudo. (próclise)
Ou:
Eu contar-lhe-ei tudo. (ênclise)
ATENÇÃO! SE EXISTIR PALAVRA ATRATIVA, A PRÓCLISE SERÁ OBRIGATÓRIA.
Ex.: Eu não lhe contarei tudo.
DICA 11
PARTICÍPIO não aceita ênclise! E, atenção, não podemos começar oração com
pronomes oblíquos, portanto será caso de ÊNCLISE, próclise estaria errado! Veja-se:
Ex.: Levado-a ao pai. (Particípio não aceita ênclise)
Ex.2: Provou ser bom /, nos mostrando o caminho. (Caso de ênclise, mostrando-nos, já
que não podemos começar oração com pronomes oblíquos)
(1ª oração) (2ª oração)
DICA 12
ADVÉRBIO COM VÍRGULA: A ÊNCLISE TORNA-SE OBRIGATÓRIA!
Ex.: Aqui se trabalha muito. (CORRETO)
Palavra Atrativa (advérbio)
Já com o uso da vírgula:
Ex.: Aqui, trabalha-se muito. (CORRETO)
DICA 13
COLOCAÇÃO PRONOMIAL EM LOCUÇÕS VERBAIS
* Verbo auxiliar + verbo principal no INFINITIVO ou no GERÚNDIO

8
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

O pronome é colocado depois do auxiliar OU depois do principal que está no infinitivo


ou no gerúndio.
Ex.: Quero-lhe dizer uma coisa.
Ex.2: Quero dizer-lhe uma coisa.
Na existência de PALAVRAS ATRATIVAS, o pronome é colocado perto da palavra
atrativa OU depois do principal no infinitivo ou gerúndio.
Ex.: Não lhe vinha dizendo tudo.
Ex.2: Não vinha dizendo-lhe tudo.

RESUMO:

- É possível próclise em relação ao


auxiliar. Ex.: se conseguiu livrar
(observar se não é início de
período!)

- É possível ênclise em relação ao


auxiliar. Ex.: conseguiu-se livrar.

- É possível próclise em relação ao


principal. Ex.: Conseguiu se livrar.

- É possível ênclise em relação ao


principal. Ex.: Conseguiu livrar-se.

DICA 14

VERBOS DE LIGAÇÃO: ligam o sujeito a um predicativo do sujeito. Para o verbo ser


de ligação, é necessário estar na lista e ter predicativo do sujeito

OBS1: (se não tiver sujeito, não tem verbo de ligação, não pode ser sujeito inexistente. O
sujeito deve ser existente→ determinado ou indeterminado → Ex.: Era-se feliz no passado)
OBS2: o verbo de ligação tem que ter sujeito e predicativo do sujeito.
OBS3: o verbo de ligação pode vir seguido de adjuntos adverbiais e não admite
OBJETO DIRETO (OD), nem OBJETO INDIRETO (OI).

Ex.: Ela está feliz.


SUJEITO: ela.
PREDICATIVO (característica): feliz (variável) → predicativo do sujeito
VERBO “ESTÁ”

 Verbo de ligação (liga sujeito ao predicativo), para identificá-lo se deve analisar:

*lista de verbos de ligação:

ser,
estar,
permanecer,

9
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

ficar,
continuar,
tornar-se,
parecer,
viver (no sentido de estar),
andar (no sentido de estar),
virar (no sentindo de tornar-se)

*são verbos de ligação quando acompanhados de predicativo do sujeito.

DICA 15

VERBOS INTRANSITIVOS:

 não apresentam objeto direto (OD) e nem objeto indireto (OI).

 Podem vir seguidos de adjuntos adverbiais e/ou predicativos.

 Nem sempre apresentam sentido completo.

Ex.1: Os rapazes estavam na sala de espera.

sujeito VI adjunto adverbial de lugar

Ex2.: Ocorreu um acidente no local.

VI sujeito adjunto adverbial de lugar.

Dica rápida sobre sujeito: 1) Tentou colocar sujeito desinencial (ele, nós) e viu que
não é o caso. 2) Verificou se é algum caso de sujeito inexistente e viu que não se trata 
CONCLUSÃO: o sujeito está expresso na frase “um acidente ocorreu”.

DICA 16

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS (VTD):

 Exigem complemento verbal sem necessidade de preposição, admitem as perguntas


ALGO ou ALGUÉM.

 Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos.

Ex.: Considerou a decisão justa naquele momento


VTD OI pred. Obj. ad. adj.

SUJEITO: Ele (sujeito elíptico, desinencial, oculto).


ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO: naquele momento.
PREDICATIVO DO OBJETO: justa.
PERGUNTA: Quem considera, CONSIDERA ALGO! No caso acima, considera “a decisão”.

10
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

Ex2.: Mudança implica progresso


VTD
SUJEITO: Mudança.
ADJ. ADV: não tem no exemplo.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: Implica algo.

(***MUITA ATENÇÃO!!! implicar no sentido de acarretar não tem preposição)
DICA 17

VERBOS TRANSITIVOS INDIRETOS VTI:

 Exigem complemento verbal que se liga ao verbo por meio de preposição;


 OBS.: ocasionalmente, a preposição ficará subentendida.
 Admitem adjuntos adverbiais e/ou predicativos
 Admitem as perguntas: algo ou alguém? Precedidas de preposição (***principais
preposições: a, de, em, para, com, por, sobre)

Ex1.: Pensava no futuro


VTI OI

SUJEITO: eu (sujeito elíptico, desinencial, oculto).


ADJ. ADVERBIAL: não tem no exemplo.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: Quem pensa, pensa em alguma coisa → VTI

Ex2. Não me interessa essa explicação


ad.adv OI VTI sujeito

SUJEITO: essa explicação


ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO: Não.
PREDICATIVO: não tem no exemplo.
PERGUNTA: isso interessa você, ou isso interessa A você? R: A VOCÊ → VTI → a
preposição está subentendida. ATENÇÃO!
DICA 18

VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO


 Em suma, possuem conteúdo e EXIGE DOIS COMPLETOS:
 Um com PREPOSIÇÃO OBRIGATÓRIA;
 Outro SEM PREPOSIÇÃO.

Ex.: Luiza ofereceu um presente à Júlia.

- “um presente” → Objeto direto (OD)


- “À Júlia” → Objetivo indireto (OI)
DICA 19

OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO

TOME NOTA! Ex.: Ao avarento, nada lhe satisfaz.

11
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

OI OI PLEONÁSTICO
EXPLICANDO.... O verbo “satisfazer” é transitivo indireto. No exemplo, como se nota há
dois objetos diretos.
- “Ao avarento” → Objeto indireto.
- “lhe” → Objeto indireto pleonástico.
DICA 20

OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO

TOME NOTA! Em certos casos, o objeto direto (OD) costuma vir regido de preposição.
Isso acontece:

COM VERBOS QUE EXPRIMEM CONFIANÇA: Ex.: Amo a Deus.

POR NECESSIDADE DE CLAREZA: Ex.: O sapo matou à rã.


Explicando... se tirarmos a preposição, o sentido fica ambíguo: não
se sabe se foi o sapo que matou a rã ou foi a rã que matou o sapo.

PARA DAR REALCE AO OD: Ex.: O soldado sacou da espada.

QUANDO VEM ANTECIPADO (É OBRIGATÓRIO): Ex.: A Abel


matou Caim.

DICA 21

 ATENÇÃO! Quando o objeto direto (OD) preposicionado for constituído pelos pronomes
oblíquos tônicos (mim, ti, ele, ela, vós, eles, elas) é obrigatório o uso da preposição!
Ex.: Eu ofendi Mauro. (ofender → transitivo direto) / Eu ofendi a ele.
DICA 22

TOME NOTA! Os pronomes oblíquos: o, a, os, as, são sempre objetos diretos. Já os
pronomes oblíquos: lhe e lhes são sempre objetos indiretos. Por sua vez, os demais
pronomes oblíquos (me, te, se, nos, vos) são ora objeto direto, ora objeto indireto,
dependendo sempre da predicação verbal.
DICA 23

PREPOSIÇÃO
* Consiste em uma palavra que liga dois termos da oração, subordinando-os.
* A preposição estabelece várias relações entre tais termos. Veja-se:
Ex.1: Chegou de ônibus. (meio)
Ex.2: Chegou de Belém. (origem)

12
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

Ex.3: Chegou com Júlia. (companhia)


Ex.4: Chegou sem Júlia. (ausência)
Ex.5: Chegou por Júlia. (causa)
DICA 24

LOCUÇÃO PREPOSITIVA
* Conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de preposição. Exs.: acerca
de, abaixo de, a fim de que, ao lado de, através de, em vez de, de acordo com, para com,
junto a, acima de, dentro de, em redor de, graças a, por causa de, a respeito de, embaixo
de.

DICA 25

 O termo que antecede a preposição é chamado regente.


 O termo que sucede a preposição é chamado regido.
Ex.: Chegou de carro.
regente preposição regido
DICA BÔNUS

CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES

ESSENCIAIS: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para,
perante, por, sem, sob, sobre, trás.
ACIDENTAIS: (podem funcionar como preposições, embora não sejam). Ex.:
conforme, consoante, durante, exceto, salvo, mediante etc.  A encomenda
apenas será entregue mediante pagamento.

13
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Classificação das Contas


São contas instáveis aquelas que podem apresentar saldo tanto devedor quanto
credor. Ex:
→ Resultado do Exercício (PL)
→ Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL)
→ Ajustes Acumulados de Conversão (PL)

DICA 27

Conceito e funções de contas

Conta é o nome técnico que identifica cada componente do patrimônio (bens, direitos
e obrigações ou patrimônio líquido) e cada elemento de resultado (despesas e receitas).

A função da conta é representar a variação patrimonial que um fato promove no


patrimônio de uma empresa. Todo fato mensurável em dinheiro é representado por uma
conta. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa (como compras,
vendas, pagamentos ou recebimentos) são registrados pela contabilidade em contas
próprias.

Toda movimentação de dinheiro, por exemplo, é registrada em uma conta denominada


Caixa. Os objetos comercializados pela entidade são registrados em uma conta denomina
Mercadorias/Estoques, e assim por diante.

DICA 28

Teoria Personalista de classificação de contas:

Para a escola personalista, o entendimento para a forma de classificação e interpretação


das contas é que podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas
relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em termos de débito
e crédito.

Todos os débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas responsabilidades,
enquanto todos os créditos representam seus direitos em relação ao titular do Patrimônio.

Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza da relação jurídica que
essas pessoas mantêm com o titular do Patrimônio.

Na Teoria personalista, temos três tipos de contas (pessoas):

a) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do patrimônio líquido e suas


variações, como receitas e despesas. São, portanto, contas dos proprietários: Capital
social, Receita de vendas, Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas,
Devoluções de vendas, Receitas financeiras, Reserva legal, etc.

b) Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas) a quem a entidade confia a


guarda os bens (Ativo), ou seja, que representam os bens. São, portanto, contas dos
agentes consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc.

14
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

c) Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que representam as contas de


direitos (Ativo) ou obrigações (Passivo). São terceiros, que se situam na posição de
devedor ou credor da entidade. São, portanto, contas dos agentes correspondentes as
contas em que a entidade mantém esse tipo de relação jurídica, como por exemplo, Clientes
e Fornecedores. Os clientes devem à empresa o valor correspondente a suas compras a
prazo e os fornecedores são credores da empresa em relação às vendas a prazo que a esta
foram feitas. Daí resulta que Clientes é conta devedora e Fornecedores é conta credora.

DICA 29

Teoria Materialista de classificação de contas:

A escola materialista defende que as contas representam entradas e saídas de valores,


tratando-se de uma relação material em que a conta só deve existir enquanto houver
também o elemento material por ela representado.

Neste sentido, as contas dividem-se em:

a) Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das
obrigações da entidade, ou seja, Ativo e Passivo Exigível.

b) Diferenciais (ou Derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das


receitas e das despesas da entidade.

DICA 30

Teoria Patrimonialista de classificação de contas:

Segundo a teoria patrimonialista o objeto de estudo da ciência contábil é o Patrimônio de


uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este patrimônio e apurar o
resultado das empresas.

Estas contas se classificam da seguinte forma:

a) Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo),
das obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido (PL) da entidade.

b) Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da


entidade.

DICA 31

Livro Razão
O livro razão tem por finalidade informar a movimentação de cada conta escriturada
no livro Diário, seguindo a mesma ordem cronológica que o Livro Diário.
No Razão será demonstrado em cada folha o movimento de uma determinada conta,
sempre trazendo o seu saldo inicial, a movimentação do período e o saldo final,
sendo devedor ou credor.
Para este livro, não existe nenhuma formalidade básica, seja para a sua escrituração
ou para o seu registro.
Para a legislação comercial, ele não é um livro obrigatório para as empresas, sendo um
livro facultativo. Já para os contribuintes do imposto de renda na modalidade Lucro Real
ele é obrigatório.

15
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 32

Livro Diário
Todos os registros de fatos ocorridos em uma entidade, no decorrer de um exercício, devem
ser escriturados no Livro Diário.
Sendo um dos livros obrigatórios para efeitos de registros e posteriores fiscalizações pelos
órgãos competentes, o Livro Diário deve seguir algumas formalidades para ser escriturado
conforme a seguir.
No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização,
clareza e referência ao documento comprovante, todas as operações ocorridas, e
quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.
Por ser de registro obrigatório em órgão público, o livro Diário deve apresentar termo
de abertura e termo de encerramento, onde, dentre outras informações, devem constar
as assinaturas do contabilista e do titular ou de representante legal da entidade.
A escrituração deve conter, no mínimo:
→ Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu.
→ Conta devedora.
→ Conta credora.
→ Histórico que represente a essência econômica da transação.
→ Valor do registro contábil.
→ Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram
um mesmo lançamento contábil.
DICA 33

Escrituração – Conceitos
A lei 6.404/76 é criteriosa ao definir o conceito de escrituração. De acordo com o art. 177:
Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com
obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de
contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis
uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de
competência.
§ 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou
critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses
efeitos.
§ 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem
qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas
nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que
constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou
critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a
elaboração de outras demonstrações financeiras.
Neste sentido, a escrituração não é flexível e não possui métodos e critérios
variáveis, mas sim uniforme.

16
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 34

Folha de Pagamento

Salário Bruto inclui:

→ salário básico (despesa da empresa);

→ horas extra (despesa da empresa);

→ gratificações (despesa da empresa);

→ salário família (despesa do governo);

→ salário maternidade (despesa do governo);

Além do salário bruto a empresa deve recolher FGTS e Contribuição


Previdenciária Patronal.

São despesas do empregado, que a empresa retém do salário: Imposto de


Renda Retido na Fonte e Contribuição Previdenciária do Empregado.

DICA 35

Ativos intangíveis

Os chamados "ativos intangíveis" são aqueles que não têm existência física. Como
exemplos de intangíveis: os direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão
ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, direitos autorais adquiridos, softwares
e o fundo de comércio adquirido.

Trata-se de um desmembramento do ativo imobilizado, que, a partir da vigência da Lei


11.638/2007, passa a contar apenas com bens corpóreos de uso permanente.

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 04, um Ativo Intangível pode ser assim considerado
quando:

→ For separável, ou seja, capaz de ser separado ou dividido da empresa, podendo ser
negociado, vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado;

→ Resultar de direitos contratuais ou de outros direitos legais;

→ For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo


sejam gerados em favor da entidade;

→ Puder ter seu custo mensurado com segurança.

Os ativos intangíveis não são depreciados, mas sim amortizados. A amortização é a


redução do valor aplicado na aquisição de ativos intangíveis, de duração limitada ou
de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.

Segundo o Pronunciamento CPC 04 a amortização inicia-se no momento em que o ativo


estiver disponível para uso e encerra-se na data em que o ativo é classificado como
mantido para venda ou na data em que ele é baixado (o que ocorrer primeiro).

17
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

ESTATÍSTICA

DICA 36

Moda

→ A moda é definida como sendo aquele valor ou valores que ocorrem com maior
frequência em um rol.

→ Baseado neste contexto, um conjunto de valores pode apresentar mais de uma moda.
Nesse caso, dizemos ser plurimodal (ou polimodal), caso contrário, será unimodal
(apenas uma moda), ou ainda, amodal (quando todos os valores das variáveis em
estudo apresentarem uma mesma frequência).

→ Moda para Dados Não-Agrupados:

✓ Para a identificação da moda em um conjunto ordenado de valores não agrupados em


classe, basta verificar, no conjunto, aquele valor que aparece com maior frequência.

→ Moda para Dados Agrupados Sem Intervalos de Classe:

✓ Quando os dados estiverem dispostos em uma tabela com frequências, não agrupados
em classes, a localização da moda é imediata, bastando para isso, verificar na tabela, qual
o valor associado à maior frequência.

DICA 37

Variáveis Aleatórias

- Variável aleatória (v.a.) é uma variável que é associada a uma distribuição de


probabilidade. Ela pode assumir valores de uma maneira completamente aleatória, ou seja,
não temos como prever o seu resultado. Por outro lado, podemos associar valores de
probabilidade a cada um dos possíveis resultados.

- Uma variável aleatória discreta pode assumir apenas certos valores, usualmente
números racionais, e resultam basicamente de contagens.

- Uma variável aleatória contínua é aquela que resulta de uma medida e pode assumir
qualquer valor dentro de um dado intervalo.

DICA 38

A distribuição normal (também conhecida como Distribuição de Gauss ou Distribuição


Gaussiana).

→ A distribuição normal pode ser usada como aproximação para muitos tipos de
distribuições em grandes amostras.

→ A distribuição N(0,1) de média 0 e variância 1 é muito importante e recebe um nome


especial: distribuição normal padrão ou distribuição normal reduzida.

DICA 39

Tipos de Amostragem

✓ Aleatória Simples: elementos são "escolhidos" ao acaso, a probabilidade de um ser


escolhido é a mesma dos outros. Ex.: sorteio dos números da mega-sena.

18
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

✓ Por Estratificação: analisa-se a população dividindo-a em subconjuntos (estratos) com


elementos homogêneos, de cada estrato são retiradas amostras aleatórias simples.

✓ Por Conglomerados: parece, mas não é igual a por estratificação. Aqui também
dividimos a população em subconjuntos, mas os elementos dos subconjuntos não mais se
parecem entre si, a homogeneidade se dá entre um subconjunto e outro. Ex. Se a população
é formada pelos vários funcionários de 5 fábricas de celulares. A amostragem "pegaria" os
funcionários de uma dessas fábricas.

DICA 40

Tipos de Amostragem

✓ Sistemática: os elementos são colocados em alguma espécie de "ordem" e selecionam-


se elementos a cada "x".

✓ Por Conveniência: não há critério na seleção dos elementos, selecionam-se os mais


"fáceis".

✓ Por Julgamento: o elemento é escolhido por alguma razão.

✓ Por cotas: a proporcionalidade entre os "tipos" de elementos na amostra é mantida em


relação às da população. a diferença para amostragem estratificada é que os elementos não
são selecionados por uma amostragem aleatória simples.

19
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

LEI Nº 13.445/2017 – LEI DE MIGRAÇÃO

MEDIDAS DE RETIRADA COMPULSÓRIA

Art. 47, da Lei nº. 13.445/17. A repatriação, a deportação e a expulsão serão feitas
para o país de nacionalidade ou de procedência do migrante ou do visitante, ou
para outro que o aceite, em observância aos tratados dos quais o Brasil seja parte.

Art. 48, da Lei nº. 13.445/17. Nos casos de deportação ou expulsão, o chefe da unidade
da Polícia Federal poderá representar perante o juízo federal, respeitados, nos
procedimentos judiciais, os direitos à ampla defesa e ao devido processo legal.

DICA 42

REPATRIAÇÃO

Art. 49, da Lei nº. 13.445/17. A repatriação consiste em medida administrativa de


devolução de pessoa em situação de impedimento ao país de procedência ou de
nacionalidade.

§ 1º Será feita imediata comunicação do ato fundamentado de repatriação à empresa


transportadora e à autoridade consular do país de procedência ou de nacionalidade do
migrante ou do visitante, ou a quem o representa.

§ 2º A Defensoria Pública da União será notificada, preferencialmente por via


eletrônica, no caso do § 4º deste artigo ou quando a repatriação imediata não seja
possível.

§ 3º Condições específicas de repatriação podem ser definidas por regulamento ou tratado,


observados os princípios e as garantias previstos nesta Lei.

MUITA ATENÇÃO AO § 4º!!!

§ 4º Não será aplicada medida de repatriação à pessoa em situação de refúgio ou de


apatridia, de fato ou de direito, ao menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou
separado de sua família, exceto nos casos em que se demonstrar favorável para a
garantia de seus direitos ou para a reintegração a sua família de origem, ou a quem
necessite de acolhimento humanitário, nem, em qualquer caso, medida de devolução
para país ou região que possa apresentar risco à vida, à integridade pessoal ou à liberdade
da pessoa.

DICA 43

DEPORTAÇÃO

Art. 50, da Lei nº. 13.445/17. A deportação é medida decorrente de procedimento


administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa que se encontre em
situação migratória irregular em território nacional.

20
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

§ 1º A deportação será precedida de notificação pessoal ao deportando, da qual


constem, expressamente, as irregularidades verificadas e prazo para a regularização
não inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual período, por
despacho fundamentado e mediante compromisso de a pessoa manter atualizadas suas
informações domiciliares.

§ 2º A notificação prevista no § 1º não impede a livre circulação em território nacional,


devendo o deportando informar seu domicílio e suas atividades.

§ 3º Vencido o prazo do § 1º sem que se regularize a situação migratória, a deportação


poderá ser executada.

§ 4º A deportação NÃO EXCLUI eventuais direitos adquiridos em relações contratuais ou


decorrentes da lei brasileira.

§ 5º A saída voluntária de pessoa notificada para deixar o País equivale ao cumprimento da


notificação de deportação para todos os fins.

§ 6º O prazo previsto no § 1º poderá ser reduzido nos casos que se enquadrem no inciso
IX do art. 45.

DICA 44

Art. 51, da Lei nº. 13.445/17. Os procedimentos conducentes à deportação devem


respeitar o contraditório e a ampla defesa e a garantia de recurso com efeito
suspensivo.

§ 1º A Defensoria Pública da União deverá ser notificada, preferencialmente por meio


eletrônico, para prestação de assistência ao deportando em todos os procedimentos
administrativos de deportação.

§ 2º A ausência de manifestação da Defensoria Pública da União, desde que prévia e


devidamente notificada, não impedirá a efetivação da medida de deportação.

DICA 45

Art. 52, da Lei nº. 13.445/17. Em se tratando de apátrida, o procedimento de


deportação DEPENDERÁ DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DA AUTORIDADE
COMPETENTE.

DICA 46

Art. 53, da Lei nº. 13.445/17. Não se procederá à deportação se a medida configurar
extradição não admitida pela legislação brasileira.

DICA 47

EXPULSÃO

Art. 54, da Lei nº. 13.445/17. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada
compulsória de migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o
impedimento de reingresso por prazo determinado.

21
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

§ 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença transitada em julgado


relativa à prática de:

I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de


agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de
1998, promulgado pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ; ou

II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade, consideradas a


gravidade e as possibilidades de ressocialização em território nacional.

§ 2º Caberá à autoridade competente resolver sobre a expulsão, a duração do impedimento


de reingresso e a suspensão ou a revogação dos efeitos da expulsão, observado o disposto
nesta Lei.

§ 3º O processamento da expulsão em caso de crime comum não prejudicará a progressão


de regime, o cumprimento da pena, a suspensão condicional do processo, a comutação da
pena ou a concessão de pena alternativa, de indulto coletivo ou individual, de anistia ou de
quaisquer benefícios concedidos em igualdade de condições ao nacional brasileiro.

§ 4º O prazo de vigência da medida de impedimento vinculada aos efeitos da


expulsão será proporcional ao prazo total da pena aplicada e NUNCA SERÁ
SUPERIOR ao dobro de seu tempo.

DICA 48

Art. 55, da Lei nº. 13.445/17. Não se procederá à expulsão quando:

I - a medida configurar extradição inadmitida pela legislação brasileira;

II - o expulsando:

a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou
socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela;

b) tiver cônjuge ou companheiro residente no Brasil, sem discriminação alguma,


reconhecido judicial ou legalmente;

c) tiver ingressado no Brasil até os 12 (doze) anos de idade, residindo desde então
no País;

d) for pessoa com mais de 70 (setenta) anos que resida no País há mais de 10
(dez) anos, considerados a gravidade e o fundamento da expulsão.

DICA 49

Art. 58, da Lei nº. 13.445/17. No processo de expulsão serão garantidos o contraditório
e a ampla defesa.

§ 1º A Defensoria Pública da União será notificada da instauração de processo de


expulsão, se não houver defensor constituído.

§ 2º Caberá pedido de reconsideração da decisão sobre a expulsão no prazo de 10


(dez) dias, a contar da notificação pessoal do expulsando.

22
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 50

Art. 60, da Lei nº. 13.445/17. A existência de processo de expulsão não impede a
saída voluntária do expulsando do País. MUITA ATENÇÃO!

DICA 51

LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS)

NÃO ESQUECER!

>> A responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais É POSSÍVEL;


INDEPENDENTEMENTE da responsabilização da pessoa física que agia em seu nome.

>> As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e


penalmente conforme o disposto na Lei de Crimes Ambientais = nos casos em que a
infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou
de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

ATENÇÃO! A responsabilidade das pessoas jurídicas NÃO EXCLUI a das pessoas físicas,
autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

ATENLÇÂO2! Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua


personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade
do meio ambiente.

DICA 52

As penas aplicáveis - isolada, cumulativa ou alternativamente - às PESSOAS


JURÍDICAS são:

MULTA X X

> A suspensão de
atividades será
aplicada quando estas
I - suspensão parcial não estiverem
ou total de atividades; obedecendo às
disposições legais ou
II - interdição regulamentares,
temporária de relativas à proteção do
estabelecimento, obra ou meio ambiente.
RESTRITIVAS DE DIREITOS
atividade;
> A interdição será
III - proibição de aplicada quando o
contratar com o Poder estabelecimento, obra
Público, bem como dele ou atividade estiver
obter subsídios, funcionando sem a
subvenções ou doações. devida autorização, ou
em desacordo com a
concedida, ou com

23
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

violação de disposição
legal ou regulamentar.

A proibição de
contratar com o Poder
Público e dele obter
subsídios, subvenções
ou doações não
poderá exceder o
prazo de dez anos.

I - custeio de
programas e de projetos
ambientais;
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À
COMUNIDADE II - execução de
obras de recuperação de X
áreas degradadas;

III - manutenção de
espaços públicos;

IV - contribuições a
entidades ambientais ou
culturais públicas.

DICA 53

A PESSOA JURÍDICA constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de


permitir, facilitar ou ocultar a prática de CRIME AMBIENTAL terá decretada sua
LIQUIDAÇÃO FORÇADA = seu patrimônio será considerado instrumento do crime e
como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.

DICA 54

Nos CRIMES AMBIENTAIS, a SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA PODE SER


APLICADA nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior A
TRÊS ANOS.

DICA 55

NOS CRIMES AMBIENTAIS:

*Para IMPOSIÇÃO E GRADAÇÃO DA PENALIDADE, a autoridade competente observará:

I - a GRAVIDADE DO FATO, tendo em vista os motivos da infração e suas


consequências para a saúde pública e para o meio ambiente;

II - os ANTECEDENTES DO INFRATOR quanto ao cumprimento da legislação de


interesse ambiental;

24
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

III - a SITUAÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR, no caso de multa.

OBS.: Nos crimes ambientais a ação penal é PÚBLICA INCONDICIONADA.

DICA 56

São CIRCUNSTÂNCIAS QUE AGRAVAM A PENA NOS CRIMES AMBIENTAIS, quando


não constituem ou qualificam o crime:

I - REINCIDÊNCIA nos crimes de natureza ambiental;

II - ter o agente cometido a infração:

a) para obter vantagem pecuniária;

b) coagindo outrem para a execução material da infração;

c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o


meio ambiente;

d) concorrendo para danos à propriedade alheia;

e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato


do Poder Público, a regime especial de uso;

f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;

g) em período de defeso à fauna;

h) em DOMINGOS OU FERIADOS;

i) à NOITE;

j) em épocas de seca ou inundações;

l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;

m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;

n) mediante fraude ou abuso de confiança;

o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização


ambiental;

p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por


verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;

q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das


autoridades competentes;

25
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

DICA 57

Na lei de CRIMES AMBIENTAIS, as penas restritivas de direito são:

I - prestação de serviços à comunidade;

II - interdição temporária de direitos;

III - suspensão parcial ou total de atividades;

IV - prestação pecuniária;

V - recolhimento domiciliar.

OBS.: LEMBRAR QUE NO CASO DE PESSOA JURÍDICA AS PENAS RESTRITIVAS DE


DIREITOS ESTÃO ESPECIFICADAS DISTINTAMENTE! NÃO CONFUNDIR E CAIR NESSA
PEGADINHA!

OBS.2: NOS CRIMES AMBIENTAIS, a PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA consiste no


pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social, de
importância, fixada pelo juiz, NÃO INFERIOR A UM SALÁRIO MÍNIMO NEM
SUPERIOR A TREZENTOS E SESSENTA (360) SALÁRIOS MÍNIMOS. O valor pago será
deduzido do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.

DICA 58

*NÃO É CRIME O ABATE DE ANIMAL, quando realizado:

1. em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua


família; (Algumas bancas já cobraram inclusive animais em extinção,
haja vista que a legislação não faz essa ressalva)

2. para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou


destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado
pela autoridade competente;

3. por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão
competente.

DICA 59

LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS)

Nos CRIMES CONTRA A FLORA, a pena é aumentada de um sexto a um terço se:

I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou


a modificação do regime climático;

II - o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes;

26
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

b) no período de formação de vegetações;

c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a


ameaça ocorra somente no local da infração;

d) em época de seca ou inundação;

e) durante a noite, em domingo ou feriado.

DICA 60

LEI Nº. 9.605/98 (CRIMES AMBIENTAIS)

CRIME DE POLUIÇÃO – Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais
que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, OU que provoquem a
mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa.

*Se o crime é culposo (ATENÇÃO! ADMITE MODALIDADE CULPOSA):

Pena - detenção, de seis meses a um ano, E multa.

*Se o crime:

I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que


momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos
à saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do


abastecimento público de água de uma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou


detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências
estabelecidas em leis ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

ATENÇÃO! Incorre nas mesmas penas previstas acima (Pena - reclusão, de um a cinco
anos) quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente,
medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental GRAVE ou
IRREVERSÍVEL.

27
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

A criação e extinção de órgãos da Administração Indireta se dá através de LEI EM SENTIDO


FORMAL.

*Poder Executivo → iniciativa de lei cabe ao chefe desse poder (art. 61, §1º, inciso II, alínea
“e”);
*Poder Judiciário → iniciativa de lei cabe ao STF, aos Tribunais Superiores e aos TJs,
conforme o caso, nos termos da CF, art. 96, inciso II, alíneas “c” e “d”;
*Poder Legislativo → ATENÇÃO! Segundo José dos Santos Carvalho Filho, pela
interpretação do art. 51, IV e XIII, da CF/88, a criação e a extinção de seus órgãos, bem
como as normas sobre sua organização e funcionamento não dependem de lei, não depende
de lei, mas tão somente de atos administrativos praticados pelas respectivas Casas.

ATENÇÃO! É recomendável que o candidato se atente pela regra geral: NECESSIDADE DE


LEI EM SENTIDO FORMAL para criação e extinção. Todavia, se o examinador abordar de
modo expresso o caso específico do Poder Legislativo, recomenda-se o entendimento do
aludido autor.

DICA 62

As fundações públicas são criadas pelo Estado por meio de patrimônio público, já as
privadas são criadas por uma pessoa privada, a partir de patrimônio privado.

DICA 63

Não se considera a publicidade como elemento de formação do ato administrativo


(elemento de validade do ato administrativo). É, na verdade, um requisito de eficácia, ou
seja, o permite a produzir seus efeitos esperados.

DICA 64

SEM X EP

EP SEM
Foro processual Justiça Federal Justiça Estadual
(regra) (regra)
Forma societária Qualquer forma Sempre S.A
Capital 100% público Público + privado,
OBS: é possível a com a maioria do
participação de PJ de capital votando
direito privado, que público.
seja integrante da
administração
indireta.

*Lei das Estatais (Lei n. 13.303/2016)

→ Empresa pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com


criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente
detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios (admite a

28
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

participação de outras PJ de direito público interno bem como de entidades da


Adm. indireta).

→ Sociedade de economia mista: entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações
com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios ou a entidade da administração indireta.

DICA 65

As autarquias e as fundações públicas de direito público (também denominadas


fundações autárquicas ou autarquia fundacional) adquirem a personalidade jurídica
com a vigência da LEI DE CRIAÇÃO. Logo, não há que se falar em registro do ato
constitutivo.
DICA 66

ATENÇÃO! Os atos praticados pelos administradores de uma sociedade de economia mista,


nesta qualidade, podem ter natureza de ato administrativo, a exemplo de decisões
indeferindo requerimento de informações, formulado por particular, sobre os serviços
públicos prestados pela empresa.

DICA 67

REGULAMENTO AUTORIZADO: são atos normativos que complementam, em especial,


matérias de natureza técnica (discricionariedade técnica); equiparam-se às normas
penais em branco do D. Penal. Carecem de prévia autorização legal para que sejam
editados. Ex.: regulamentos técnicos expedidos pela Anatel.

DICA 68

Classificações dos atos administrativos

● Quanto ao grau de liberdade em sua prática: atos vinculados e atos discricionários;

● Quanto aos destinatários do ato: atos gerais e individuais;

● Quanto à situação de terceiros: atos internos e externos;

● Quanto à formação de vontade: atos simples, complexos e compostos;

● Quanto às prerrogativas com que atua a Administração: atos de império, de gestão


e de expediente;

● Quanto aos efeitos: atos constitutivos, extintivos, modificativos e declaratórios;

● Quanto aos requisitos de validade: atos válidos, nulos, anuláveis e inexistentes;

● Quanto à exequibilidade: atos perfeitos, eficazes, pendentes e consumados.

DICA 69

A discricionariedade também existe quando a lei usa, na descrição do motivo que enseja a
prática do ato administrativo, conceitos jurídicos indeterminados, isto é, expressões de
significado vago, impreciso, tais como “insubordinação grave”, “conduta escandalosa”,
“boa-fé”, “moralidade pública” e outras do gênero.

29
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

Ressalte-se que os conceitos jurídicos indeterminados geralmente possuem zonas de


certeza positivas e negativas, nas quais é possível afirmar, de forma inequívoca, se
determinado fato se enquadra ou não no conceito; assim, nas zonas de certeza não há
discricionariedade. Com efeito, a liberdade do administrador está restrita às
chamadas “zonas cinzentas”, nas quais o conceito jurídico indeterminado permite mais
de uma interpretação legítima.

DICA 70

Os atos gerais são dotados de “generalidade e abstração” ou, em outras palavras, de


“normatividade”. Por isso, também são chamados de atos abstratos, impróprios ou
normativos.

Exemplos de atos gerais: regulamentos, instruções normativas, portarias, circulares,


resoluções, dentre outros.

O conteúdo dos atos gerais é sempre discricionário, limitado, porém, pelo conteúdo
da lei. Ora, se a lei admite regulamentação, por óbvio a Administração tem certa margem
de liberdade para definir as melhores formas de dar cumprimento aos comandos legais; o
ato normativo não pode, contudo, ir além do que a lei prevê.

Uma vez que seu conteúdo é discricionário, os atos gerais podem ser revogados a
qualquer tempo, respeitados os direitos adquiridos durante a sua vigência.

DICA 71

Os atos individuais são os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto. Regulam
situações concretas e destinam-se a pessoas específicas. Por isso também são chamados
de atos concretos ou próprios.

Exemplos de atos individuais: nomeação, exoneração, tombamento, decretos de


desapropriação, autorização, licença etc.

Detalhe importante é que o ato individual pode ter um único destinatário (ato singular)
ou diversos destinatários (ato plúrimo). O que caracteriza o ato individual é o fato de
seus destinatários serem certos e determinados.

DICA 72

Atos internos e externos

Nos atos internos, os efeitos do ato atingem apenas os agentes e órgãos da entidade que
o editou.

Exemplos de atos internos: portaria de remoção de um servidor; ordens de serviço em


geral; portaria de criação de um grupo de trabalho; designação de servidor para participar
de um curso etc.

Nos atos externos, os efeitos do ato alcançam os administrados em geral, os contratantes


e, em certos casos, os próprios servidores.

Ressalte-se que os atos externos podem ser destinados tanto aos particulares quanto à
própria Administração; o que os distingue é o fato de produzirem efeitos fora da
repartição que os originou.

30
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

Exemplos de atos externos: atos normativos, nomeação de aprovados em um concurso


público, multas aplicadas a empresas contratadas pela Administração, editais de licitação
etc.

DICA 73

Atos simples, complexos e compostos

● Atos simples são os que decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou


colegiado.

● Atos complexos são os que decorrem de duas ou mais manifestações de vontade


autônomas, provenientes de órgãos diversos (há um ato único).

● Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade
de um é instrumental em relação à do outro (existem dois atos).

DICA 74

Ato válido, nulo, anulável e inexistente

O ato válido é aquele que respeitou, em sua formação, todos os requisitos legais relativos
aos elementos competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Por outras palavras, é o ato
que não tem qualquer vício, qualquer ilegalidade.

O ato nulo é aquele com vício insanável em um dos seus elementos constitutivos. Por
exemplo, o ato com motivo inexistente, o ato com objeto não previsto em lei e o ato
praticado com desvio de finalidade.

Ressalte-se que os atos nulos são atos ilegais ou ilegítimos e, por isso, não podem ser
convalidados; ao contrário, devem ser anulados. Lembrando que o administrado não pode
se negar a dar cumprimento ao ato nulo até que a nulidade seja reconhecida e declarada
pela Administração ou pelo Judiciário (atributo da presunção de legitimidade dos atos
administrativos).

O ato anulável é o que apresenta defeito sanável, ou seja, passível de convalidação pela
própria Administração. São sanáveis os vícios de competência quanto à pessoa (e não
quanto à matéria), exceto se se tratar de competência exclusiva, e o vício de forma, a
menos que se trate de forma exigida pela lei como condição essencial à validade do ato.

O ato inexistente é aquele que apenas possui aparência de ato administrativo, mas, na
verdade, possui algum defeito capital que o impede de produzir efeitos no mundo jurídico.

DICA 75

Ato perfeito, eficaz, pendente e consumado

- Ato perfeito é aquele que já concluiu todas as etapas da sua formação.

- Ato eficaz é o ato perfeito que já está apto a produzir efeitos, não dependendo de nenhum
evento posterior, como termo, condição, aprovação, autorização etc.

- Ato pendente é o ato perfeito que ainda depende de algum evento posterior para produzir
efeitos.

31
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

- Ato consumado ou exaurido é o que já produziu todos os efeitos que estava apto a
produzir.

DICA 76

O ato administrativo pode ser:

→ Perfeito, válido e eficaz: quando cumpriu seu ciclo de formação (perfeito), encontra-
se em conformidade com a ordem jurídica (válido) e disponível para a produção dos efeitos
que lhe são típicos (eficaz);

→ Perfeito, inválido e eficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, o ato, ainda que
contrário à ordem jurídica (inválido, portanto), encontra-se produzindo os efeitos que lhe
são inerentes.

→ Perfeito, válido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, encontra-se em


consonância com a ordem jurídica, contudo, ainda não se encontra disponível para a
produção dos efeitos que lhe são próprios, por depender de um termo inicial ou de uma
condição suspensiva, ou autorização, aprovação ou homologação.

→ Perfeito, inválido e ineficaz: quando, cumprido o ciclo de formação, o ato encontra-se


em desconformidade com a ordem jurídica, ao tempo que não pode produzir seus efeitos
por se encontrar na dependência de algum evento futuro necessário a produção de seus
efeitos.

DICA 77

Espécies de atos administrativos

Atos normativos são os atos com efeitos gerais e abstratos, e, bem por isso, atingem
todos aqueles que se situam em idêntica situação jurídica (não têm destinatários
determinados).

Os atos normativos não podem ser objeto de impugnação direta por meio de recursos
administrativos ou ação judicial ordinária. Em outras palavras, o administrado não pode
entrar com um recurso administrativo ou com uma ação ordinária na Justiça para requerer
a anulação de um ato normativo; o que ele pode fazer é pedir a anulação dos efeitos
provocados pelo ato sobre a sua situação particular, mas não a invalidação do ato em si.

DICA 78

Principais atos normativos

Decretos: são atos resultantes da manifestação de vontade dos chefes do Executivo


(Presidente da República, Governadores e Prefeitos). Os decretos podem ser gerais ou
individuais.

Regulamentos: são atos normativos que especificam, detalham, explicam os


mandamentos da lei. Destinam-se à atuação externa (normatividade em relação aos
particulares). São postos em vigência, em regra, por Decretos do Poder Executivo.

Instruções normativas: são atos normativos expedidos pelos Ministros de Estado para a
execução das leis, decretos ou regulamentos.

32
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

Regimentos: são atos administrativos normativos de atuação interna, dado que se


destinam a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas.
Derivam também do poder hierárquico da Administração, já que visam à organização
interna de seus órgãos.

Resoluções: são atos, normativos ou individuais, emanados de autoridades de elevado


escalão administrativo como, por exemplo, Ministros e Secretários de Estado ou Município,
ou de algumas pessoas administrativas ligadas ao Governo.

Deliberações: são atos oriundos, em regra, de órgãos colegiados, como conselhos,


comissões, tribunais administrativos etc. Normalmente, representam a vontade majoritária
de seus componentes. Quando normativas, são atos gerais (normativos); quando
decisórias, são atos individuais.

DICA 79

Principais espécies de atos negociais

Licença: ato administrativo vinculado e definitivo, cuja função é conferir direitos ao


particular que preencheu todos os requisitos legais. Trata-se de um direito subjetivo;
portanto, não pode ser negado pela Administração.

Autorização: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração Pública


possibilita ao particular o exercício de alguma atividade material de predominante interesse
dele e que, sem esse consentimento, seria legalmente proibida (autorização como ato de
polícia), ou a prestação de serviço público não exclusivo do Estado (autorização de serviço
público), ou, ainda, a utilização de um bem público (autorização de uso).

Permissão: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração faculta


ao particular o uso de bem público. Ressalte-se que a permissão, enquanto ato
administrativo, refere-se apenas ao uso de bem público; caso se refira à delegação de
serviços públicos, a permissão deve ser formalizada mediante um “contrato de adesão”,
precedido de licitação (ou seja, não constitui um ato administrativo).

DICA 80

Os atos punitivos são aqueles que impõem sanções administrativas aos que descumprirem
normas legais ou administrativas. Podem ser de ordem interna ou externa.

Os atos punitivos internos têm como destinatários os servidores públicos. São exemplos
as penalidades disciplinares, como a advertência, suspensão, demissão.

Já os atos punitivos externos têm como destinatários os particulares que pratiquem


infrações administrativas em geral. São exemplos as sanções aplicadas aos particulares
contratados pela Administração Pública, previstas na Lei de Licitações e Contratos, bem
como as penalidades aplicadas no âmbito da atividade de polícia administrativa (interdição
de atividades, destruição de alimentos, substâncias ou objetos imprestáveis, nocivos ao
consumo ou, ainda, proibidos em lei etc.).

33
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 81

Um ato administrativo extingue-se por:

→ Cumprimento de seus efeitos (extinção natural), por exemplo, o gozo de férias pelo
servidor, a execução da ordem de demolição de uma casa, a chegada do termo final do ato
etc.

→ Desaparecimento do sujeito (extinção subjetiva) ou do objeto (extinção


objetiva), por exemplo, a concessão de licença para tratar de interesse particular a servidor
que, posteriormente, vem a falecer (extinção subjetiva); a permissão para uso de bem
público que vem a ser destruído por catástrofe natural (extinção objetiva).

→ Retirada, que abrange:

● Revogação, em que a retirada se dá por razões de conveniência e


oportunidade;

● Anulação ou invalidação, por razões de legalidade;

● Cassação, em que a retirada ocorre pelo descumprimento de condição


fundamental para que o ato pudesse ser mantido, por exemplo, ultrapassar o
número máximo de infrações de trânsito permitido em um ano, fazendo com
que o infrator tenha sua habilitação cassada.

● Caducidade, em que a retirada se dá porque uma norma jurídica posterior


tornou inviável a permanência da situação antes permitida pelo ato. O exemplo
dado é a caducidade de permissão para explorar parque de diversões em local
que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível com aquele
tipo de uso.

● Contraposição, que se dá pela edição posterior de ato cujos efeitos se


contrapõem ao anteriormente emitido. É o caso da exoneração de servidor, que
tem efeitos contrapostos à nomeação.

● Renúncia, pela qual se extinguem os efeitos do ato porque o próprio


beneficiário abriu mão de uma vantagem de que desfrutava. É o caso, por
exemplo, do servidor inativo que abre mão da aposentadoria para reassumir
cargo na Administração.

DICA 82

Não são passíveis de revogação os atos:

→ exauridos ou consumados: afinal, o efeito da revogação é não retroativo, para o futuro;


como o ato já não tem mais efeitos a produzir, a sua revogação não faz sentido;

→ vinculados: haja vista que a revogação tem por fundamento razões de conveniência e
de oportunidade, inexistentes nos atos vinculados;

→ que geraram direitos adquiridos: é uma garantia constitucional (CF, art. 5º, XXXVI);
se nem a lei pode prejudicar um direito adquirido, muito menos o poderia um juízo de
conveniência e oportunidade;

34
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

→ integrantes de um procedimento administrativo: porque a prática do ato sucessivo


acarreta a preclusão do ato anterior, ou seja, ocorre a preclusão administrativa em relação
à etapa anterior, tornando incabível uma nova apreciação do ato anterior quanto ao seu
mérito;

→ meros atos administrativos: como são os atestados, os pareceres e as certidões,


porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela lei;

→ complexos: uma vez que tais atos são formados pela conjugação de vontades
autônomas de órgãos diversos, e, com isso, a vontade de um dos órgãos não pode desfazer
o ato; e

→ quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato (ex: o ato foi


objeto de recurso administrativo cuja apreciação compete a instância superior; nesse caso,
a autoridade que praticou o ato recorrido não mais poderá revogá-lo, pois sua competência
no processo já se exauriu).

DICA 83

ATO ADMINISTRATIVO

REVOGAÇÃO ANULAÇÃO CONVALIDAÇÃO

Natureza do Legalidade e
controle De mérito (sem legitimidade Legalidade e
vício) (vícios insanáveis) legitimidade
(vícios sanáveis)

Eficácia Ex nunc (não Ex tunc (retroage) Ex tunc (retroage)


retroage)

Competência Administração Administração e Administração


Judiciário

Atos
Incidência discricionários Atos vinculados e Atos vinculados e
(não existe discricionários discricionários
revogação de ato
vinculado)

A anulação de ato
Natureza do A revogação é um com vício insanável é A convalidação é um
desfazimento ato discricionário. um ato vinculado. A ato discricionário
anulação de ato com (pode-se optar pela
vício sanável passível anulação do ato).
de convalidação é
um ato discricionário.

35
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 84

A convalidação produz efeitos retroativos (ex tunc), de tal modo que os efeitos
produzidos pelo ato enquanto ainda apresentava o vício passam a ser considerados válidos,
não passíveis de desconstituição. Essa possibilidade de aproveitamento dos atos com vícios
sanáveis é que representa a grande vantagem da convalidação em relação à anulação, pois
gera economia de procedimentos e segurança jurídica.

Ressalte-se que a convalidação não é controle de mérito, e sim de legalidade, incidente


sobre os vícios sanáveis nos elementos competência e forma. Assim, tanto atos
vinculados como discricionários podem ser convalidados.

DICA 85

Súmula Vinculante nº 3 do STF

Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a


ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo
que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

36
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86

Diferenças entre o Mandado Injunção e a Ação Direta de Inconstitucionalidade

Mandado de Injunção Ação Direta de


Inconstitucionalidade por
Omissão
Objeto Exercício dos direitos e Norma constitucional ainda não
liberdades constitucionais e das plenamente efetiva em razão de
prerrogativas inerentes à omissão total ou parcial de
nacionalidade, à soberania e à qualquer dos Poderes ou órgãos
cidadania ainda não integrados administrativos (mais amplo)
(mais restrito)
Via de controle Controle difuso de Controle concentrado de
Constitucionalidade constitucionalidade
Legitimação Mandado de injunção - o Presidente da República;
ativa individual: - a Mesa do Senado Federal;
- Pessoa física ou jurídica titular - a Mesa da Câmara dos
dos direitos e liberdades Deputados;
Mandado de injunção - a Mesa de Assembleia
coletivo: Legislativa;
- Partido político com - o Governador de Estado;
representação no Congresso - a Mesa de Assembleia Legislativa
Nacional; ou da Câmara Legislativa do
- Organização sindical e Distrito Federal;
entidade de classe; - o Governador de Estado ou do
- Associação que esteja Distrito Federal;
constituída há pelo menos 1 - o Procurador-Geral da República;
ano. - o Conselho Federal da Ordem
dos Advogados do Brasil;
- partido político com
representação no Congresso
Nacional;
- confederação sindical ou
entidade
de classe de âmbito nacional.
Competência STF, STJ e TJs STF e TJs
Efeitos da Mandamental e Constitutiva Mandamental
decisão

DICA 87
O HC 93.050/RJ do STF:

''Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da Constituição da República,
o conceito normativo de "casa" revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer
compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade (CP, art. 150, § 4º, III), compreende, observada essa específica limitação espacial
(área interna não acessível ao público), os escritórios profissionais, inclusive os de
contabilidade''.

37
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 88
O princípio da razoabilidade destaca-se como importante instrumento de controle da
atividade legislativa, bem como na aplicação no exercício da discricionariedade
administrativa, servindo como garantia da legitimidade da ação administrativa, evitando-se
a prática de atos arbitrários e com desvio de finalidade.

Quanto aos aspectos do princípio da razoabilidade, podem ser apontadas a adequação,


a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito.

A adequação refere-se à aferição da eficácia do meio escolhido em alcançar o fim público


objetivado, enquanto a necessidade traduz-se na escolha do melhor meio, menos oneroso
e prejudicial aos administrados, e, por fim, a proporcionalidade, que quer significar
equilíbrio entre os meios e os fins públicos a serem alcançados.

Se, por um lado, a atividade discricionária se submete ao binômio da conveniência e da


oportunidade, há situações discrepantes que autorizam a anulação dos atos por
arbitrariedade, enfim, por falta de razoabilidade. Por exemplo: a exigência de pesagem
de botijões de gás no momento da compra não é adequada à finalidade de garantir que o
consumidor pague exatamente pela quantidade de gás existente no botijão, bem como a
concessão de adicional de férias para aposentados.

Como esclarece Gilmar Mendes, não basta verificar se as restrições estabelecidas foram
baixadas com observância dos requisitos formais previstos na Constituição. Cumpre
indagar, também, se as condições impostas pelo legislador não se revelariam incompatíveis
com o princípio da proporcionalidade (adequação, necessidade, razoabilidade).

DICA 89
A liberdade de locomoção no território nacional em tempo de paz e a liberdade de
reunião encontram-se expressamente consagradas pelo art.5º, XV e XVI, da Constituição
Federal como um direito fundamental do indivíduo:
''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer


pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao


público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente''.

Ambas as prerrogativas constitucionais são passíveis de limitações pois o Constituinte


Originário previu, expressamente, que a durante a vigência do estado de sítio o direito de
locomoção sofrerá restrições e direito de reunião será suspenso. Neste sentido, o
art.139, I, II e IV, da Constituição Federal.

''Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:

I - obrigação de permanência em localidade determinada;


II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
IV - suspensão da liberdade de reunião''.

38
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 90
O direito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem encontra-
se estampado pelo art.5º, X, da Constituição Federal:

''Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua
violação''.

A doutrina autorizada entende que a proteção deste dispositivo constitucional ''refere-se a


pessoas físicas quanto a pessoas jurídicas, abrangendo, inclusive, à necessária
proteção à própria imagem frente aos meios de comunicação em massa (televisão, rádio,
jornais, revistas etc.) (DE MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. Atlas.p.62).

Assim sendo, as pessoas jurídicas, por exemplo, poderão ter sua honra objetiva abalada em
razão de protesto indevido de título cambial, podendo neste caso, requerer indenização pelo
dano extra-patrimonial causado à sua imagem.

Vai neste sentido, a súmula 227 do STJ:

Súmula 227: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

DICA 91
"Não obstante, em determinadas circunstâncias, caso o cumprimento do mandado judicial,
iniciado no período diurno, ultrapasse o limite constitucional como na hipótese de uma
ação de grande complexidade concluída logo após anoitecer não será razoável considerar
as provas obtidas como sendo ilícitas. A admissibilidade do prolongamento da ação após o
ocaso (desaparecimento do sol no horizonte) deve ser analisada de acordo com as
circunstâncias do caso concreto."

(NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 3ed. São Paulo: Método, 2009. p. 411).

DICA 92
É INVIOLÁVEL o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas (a REGRA é o sigilo).
↳ EXCEÇÃO
↦ Sigilo das COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS: A QUEBRA será PERMITIDA
(por ORDEM JUDICIAL) nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL ou INSTRUÇÃO PROCESSUAL PENAL.

DICA 93
O Estado de Direito é o Estado submetido ao império da Lei, votada em um parlamento,
com representantes eleitos ou não. É o Estado submetido à vontade da norma e não do
governante. Por isso, se diz que o princípio da legalidade para o Poder Público é mais restrito
do que o princípio da legalidade em geral, para o cidadão (art. 5º, II, CF):

Art. 5º.....
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

39
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

Diz-se que a Administração, além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, somente
pode agir segundo a lei (a atividade administrativa não pode ser contra legem nem praeter
legem, mas apenas secundum legem).

Os atos eventualmente praticados em desobediência a tais parâmetros são atos inválidos e


podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo
Poder Judiciário.

Já o Estado Democrático de Direito é aquele no qual os verdadeiros detentores do Poder


Político são os cidadãos, os eleitores que elegem os representantes que irão estabelecer o
Direito ao qual o Estado e seus Poderes deverão se submeter. Representa a necessidade de
se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões
políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista
e livre, com uma democracia participativa efetiva.

DICA 94
Os direitos fundamentais são normas de conteúdo declaratório, ou seja, os direitos
fundamentais são os bens protegidos constitucionalmente.

Enquanto as garantias são meios que têm como objetivo assegurar (proteger/tutelar)
o exercício desses direitos.

Como exemplos de direitos fundamentais podemos citar o direito à vida, à propriedade, à


informação, entre outros. Em relação as garantias fundamentais, citamos como exemplo o
mandado de segurança, o habeas data e o habeas corpus, que são instrumentos utilizados
para garantir o exercício dos direitos fundamentais.

DICA 95
Diferença entre o princípio da legalidade e o princípio da reserva legal.

O princípio da legalidade se apresenta quando a Carta Magna utiliza a palavra “lei” em


um sentido mais amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, mas todo e
qualquer ato normativo estatal (incluindo atos infralegais) que obedeça às formalidades que
lhe são próprias e contenha uma regra jurídica.

Já o princípio da reserva legal é evidenciado quando a Constituição exige expressamente


que determinada matéria seja regulada por lei formal ou atos com força de lei (como
decretos autônomos, por exemplo). O vocábulo "lei" é, aqui, usado em sentido mais restrito.

A reserva legal pode ser classificada como absoluta ou relativa.

Na reserva legal absoluta, a norma constitucional exige, para sua integral


regulamentação, a edição de lei formal, entendida como ato normativo emanado do
Congresso Nacional e elaborado de acordo com o processo legislativo previsto pela
Constituição.

Na reserva legal relativa, por sua vez, apesar de a Constituição exigir lei formal, esta
permite que a lei fixe apenas parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que
poderá complementá-la por ato infralegal, respeitados os limites estabelecidos pela
legislação.

A doutrina também afirma que a reserva legal pode ser classificada como simples ou
qualificada.

40
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

A reserva legal simples é aquela que exige lei formal para dispor sobre determinada
matéria, mas não especifica qual o conteúdo ou a finalidade do ato. Haverá, portanto,
maior liberdade para o legislador.

A reserva legal qualificada, por sua vez, além de exigir lei formal para dispor sobre
determinada matéria, já define, previamente, o conteúdo da lei e a finalidade do ato.

DICA 96
O Brasil é um Estado laico ou secular, isto é, que não possui religião oficial. Perceba
que Estado laico não é o mesmo que Estado ateu, ou que proíbe o exercício de qualquer
culto, como o eram os regimes totalitários comunistas.

Estado laico é o Estado que não tem religião oficial, mas que assegura a liberdade de
crença e de convicção religiosa.

Estado confessional é o que reconhece determinada denominação religiosa como religião


oficial do Estado. Estado teocrático é aquele cujas normas políticas, civis e mesmo
jurídicas são submetidas a regras religiosas, como ocorre em alguns Estados islâmicos.

O Brasil teve um Estado confessional, por exemplo, até a vigência da Constituição Imperial
de 1824, que em seu art. 5º, estabelecia:

Art. 5: A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas
as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casa para
isso destinadas, sem fórma alguma exterior de Templo.

DICA 97
Com relação às formas de gravação e captação de sons e comunicações, o Prof. Luiz Flávio
Gomes (Interceptação Telefônica, ed. Revista dos Tribunais) fez a seguinte classificação:

a) Gravação ambiental: gravação de comunicação ambiente, feita por um dos


interlocutores sem o conhecimento da outra parte;

b) Interceptação ambiental: captação de comunicação ambiente, feita por terceiro, sem


a ciência dos comunicadores.

c) Escuta ambiental: captação de comunicação ambiente, realizada por terceiro, com o


conhecimento de um dos comunicadores e sem conhecimento da outra parte;

d) Gravação telefônica: gravação da comunicação telefônica realizada por um dos


interlocutores sem o conhecimento do outro;

f) Interceptação telefônica: também chamada de interceptação em sentido estrito, é a


captação da comunicação telefônica feita por um terceiro, sem a ciência dos comunicadores;

e) Escuta telefônica: captação de comunicação telefônica por terceiro, com conhecimento


de um dos comunicadores, e sem conhecimento da outra parte.

Todas essas modalidades exigem requisição judicial para sua execução, à exceção da
escuta ambiental e da gravação telefônica realizadas em defesa própria, e feita por um dos
interlocutores ou por terceiros, sem conhecimento do outro interlocutor. O Supremo
Tribunal Federal firmou posicionamento, em sede de repercussão geral, segundo o qual

41
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

é lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem
conhecimento do outro (RE 583937 QO-RG, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento
em 19/11/2009).

O STF considera como excludente de ilicitude, a gravação feita por um dos interlocutores,
sem conhecimento do outro, para o exercício de defesa contra chantagem, ameaça ou
outra prática criminosa a que o interessado esteja submetido. Tal gravação ou
interceptação poderá ser feita inclusive por terceiro, a pedido do interessado:

"Ementa: habeas corpus. Prova. Licitude. Gravação de telefonema por interlocutor. É lícita
a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, ou com sua autorização,
sem ciência do outro, quando há investida criminosa deste último. É inconsistente e fere o
senso comum falar-se em violação do direito à privacidade quando interlocutor grava
diálogo com sequestradores, estelionatários ou qualquer tipo de chantagista. Ordem
indeferida" (HC 75.338/RJ - Rel. Ministro Nelson Jobim - DJ 25/09/1998).

DICA 98
Segundo o STF, a exigência de depósito ou arrolamento prévio de bens e direitos como
condição de admissibilidade de recurso administrativo constitui obstáculo sério (e
intransponível, para consideráveis parcelas da população) ao exercício do direito de petição
(CF, art. 5º, XXXIV), além de caracterizar ofensa ao princípio do contraditório (CF, art. 5º,
LV). Nesse sentido editou a seguinte Súmula Vinculante:

Súmula Vinculante 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios


de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Entretanto, de acordo com o STF, o direito de petição não poderá ser utilizado como
sucedâneo (substituto) da ação penal, o que implicaria usurpação de atribuição institucional
do Ministério Público, e nem torna apto o interessado a postular em juízo, em nome próprio.

DICA 99
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos seguintes termos: (...)”

Interpretação dada pela doutrina e pelo STF ao caput do art. 5º, que reconhece que todas
as pessoas, inclusive os estrangeiros sem domicílio no Brasil (ou os apátridas), são
possuidoras de todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação da
dignidade.

Fique atento, entretanto, a um detalhe: nem todos os direitos do art. 5º são aplicáveis
a todas as pessoas. Podemos trazer como exemplo a ação popular, prevista no art. 5º,
LXXIII, que é uma garantia constitucional que admite como autor apenas os cidadãos
brasileiros. Portanto, um estrangeiro não poderia manejar essa ação, pois só um cidadão
(um nacional no exercício dos seus direitos políticos) é legitimado para propor uma ação
popular.

DICA 100
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Universalidade - Esta característica aponta a existência de um núcleo mínimo de direitos


que deve estar presente em todo lugar e para todas as pessoas, independentemente da

42
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

condição jurídica, ou do local onde se encontra o sujeito – uma vez que a mera condição de
ser humano é suficiente para a titularização desse conjunto básico.

Historicidade - Os direitos fundamentais são proclamados em certa época, podem


desaparecer em outras ou serem modificados com o passar do tempo, apresentam-se como
um corpo de prerrogativas que somente fazem sentido se contextualizadas num
determinado período histórico.

Indivisibilidade - Essa característica revela que não podemos compartimentalizar os


direitos fundamentais, seja na tarefa interpretativa, seja na de aplicação às circunstâncias
concretas. Isso porque tais direitos formam um sistema harmônico, coerente e indissociável.

Imprescritibilidade, inalienabilidade - Essa característica nos lembra que os direitos


fundamentais não são passíveis de alienação, deles não se pode dispor, tampouco
prescrevem.

Relatividade - Como todos os direitos são relativos, eventualmente podem ter seu âmbito
de incidência reduzido e ceder (em prol de outros) em casos concretos específicos. Nestas
hipóteses, de aparente confronto e incompatibilidade entre os diferentes direitos, caberá ao
intérprete decidir qual deverá prevalecer, sempre tendo em conta a regra da máxima
observância dos direitos fundamentais envolvidos, conjugando-a com a sua mínima
restrição.

Inviolabilidade - Esta característica confirma a impossibilidade de desrespeito aos direitos


fundamentais por determinação infraconstitucional ou por atos de autoridade, sob pena de
responsabilização civil, administrativa e criminal.

Complementaridade - Direitos fundamentais não são interpretados isoladamente, de


maneira estanque; ao contrário, devem ser conjugados, reconhecendo-se que compõem
um sistema único – pensado pelo legislador com o fito de assegurar a máxima proteção ao
valor “dignidade da pessoa humana”.

Efetividade - A atuação dos Poderes Públicos deve se pautar (sempre) na necessidade de


se efetivar os direitos e garantais institucionalizados, inclusive por meio da utilização de
mecanismos coercitivos, se necessário for.

DICA 101
Por não possuírem caráter patrimonial, os direitos fundamentais são considerados
indisponíveis, vale dizer, insuscetíveis de renúncia absoluta. Contudo, é juridicamente
permitida ao autor a limitação voluntária ao exercício de certos direitos fundamentais.
Ex.: em reality shows, os participantes dispõem temporariamente do seu direito à
intimidade e à vida privada.

DICA 102
Caso o brasileiro nato perca a sua nacionalidade pela aquisição voluntária de outra
nacionalidade, ele estará sujeito à extradição. Perceba que, nesse caso, ele não se
enquadra mais na condição de brasileiro nato.

Por sua vez, o brasileiro naturalizado (que é aquele que nasceu estrangeiro e se tornou
brasileiro), poderá ser extraditado. No entanto, isso somente será possível em duas
situações:

43
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

a) no caso de crime comum, praticado antes da naturalização. Perceba que existe,


aqui, uma limitação temporal. Se o crime comum tiver sido cometido após a naturalização,
o indivíduo não poderá ser extraditado; a extradição somente será possível caso o crime
seja anterior à aquisição da nacionalidade brasileira pelo indivíduo.

b) em caso de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e


drogas afins. Nessa situação, não há qualquer limite temporal. O envolvimento com tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins dará ensejo à extradição quer ele tenha ocorrido
antes ou após a naturalização.

DICA 103
Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado: Essa hipótese
de privação é considerada como sendo de perda dos direitos políticos. Vai atingir apenas
o brasileiro naturalizado (nunca o nato!) que tenha sido condenado definitivamente por
uma sentença judicial em razão da prática de atividade nociva ao interesse nacional.

Como o art. 12, § 4º determina que será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
que tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional, é fácil entender a razão de termos a perda dos
direitos políticos nesse cenário.

Se o indivíduo deixa de ser brasileiro, porque sua naturalização foi cancelada, ele passará
à condição de estrangeiro ou apátrida, perdendo, por isso seus direitos políticos.

O examinador tentará lhe confundir dizendo que a perda dos direitos políticos neste caso
pode ser declarada por ato administrativo, todavia ela só pode ser determinada por
sentença judicial definitiva.

DICA 104
São cargos privativos de brasileiro nato, nos termos do art. 12, § 3º, da CF:

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;


II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.

Cuidado. Os cargos de brasileiro nato incluem os oficiais da carreira diplomática. O Ministro


de Estado das Relações Exteriores não necessariamente será da carreira diplomática,
pois é de livre nomeação e exoneração pela Presidente da República. Outras pegadinhas
relativas a esse tópico:

i) os Ministros do Superior Tribunal Militar não precisam ser todos brasileiros natos,
mas só aqueles oriundos das Forças Armadas (art. 123, CF);

ii) o Presidente do Congresso Nacional deve ser brasileiro nato, pois é o Presidente do
Senado Federal (art. 57, § 5º, CF);

44
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

iii) O Presidente do Conselho Nacional de Justiça é brasileiro nato, pois é o Presidente do


STF (art. 103-B, I, CF);

iv) O Presidente e Vice-Presidente do TSE são brasileiros natos, pois são oriundos do STF
(art. 119, I, "a", CF);

DICA 105
Como regra geral para a outorga da nacionalidade originária, o Brasil adota o critério
do ius solis, ou critério da territorialidade, admitindo, porém, em algumas situações, o
critério do ius sanguinis (origem sanguínea).

BRASILEIRO NATO

Como regra geral prevista no art. 12, I, o Brasil, país de imigração, adotou o critério do ius
solis. Essa regra, porém, é atenuada em diversas situações, ou “temperada” por outros
critérios, como veremos.

■ ius solis (art. 12, I, “a”): qualquer pessoa que nascer no território brasileiro (República
Federativa do Brasil), mesmo que seja filho de pais estrangeiros.

■ ius sanguinis + serviço do Brasil (art. 12, I, “b”): e se o nascimento se der fora do
Brasil? Serão considerados brasileiros natos os que, mesmo tendo nascido no estrangeiro,
sejam filhos de pai ou mãe brasileiros e qualquer deles (o pai, a mãe, ou ambos) esteja a
serviço da República Federativa do Brasil (administração direta ou indireta);

■ ius sanguinis + registro (art. 12, I, “c”, primeira parte): e se o nascimento não
ocorrer no Brasil, filhos de pai brasileiro ou de mãe brasileira (natos ou naturalizados) e os
pais não estiverem a serviço do país? Nesse caso, corrigindo a imperfeição trazida pela ECR
n. 3/94, a EC n. 54/2007 (fruto de conversão da denominada “PEC dos brasileirinhos
apátridas”), resgatando a regra anterior, estabeleceu a possibilidade de aquisição da
nacionalidade brasileira originária pelo simples ato de registro em repartição
brasileira competente e, assim, resolvendo um grave problema dos apátridas;

■ ius sanguinis + opção confirmativa (art. 12, I, “c”, segunda parte): outra
possibilidade de aquisição da nacionalidade brasileira, mantida pela EC n. 54/2007, dá-se
quando o filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira (natos ou naturalizados), que não
estejam a serviço do Brasil, vier a residir no Brasil e optar, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
Trata-se da chamada nacionalidade potestativa, uma vez que a aquisição depende da
exclusiva vontade do filho.

45
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

FURTO

Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia MÓVEL:

Pena - reclusão, de UM A QUATRO ANOS, e multa.

> EQUIPARA-SE À COISA MÓVEL a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.

>A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o REPOUSO NOTURNO.

ATENÇÃO! A doutrina e jurisprudência são pacíficas no sentido de que a causa de


aumento do repouso noturno é aplicada, INDEPENDENTEMENTE, de o local estar
habitado e de as vítimas não estarem dormindo.

>Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, OU APLICAR
SOMENTE A PENA DE MULTA. (FURTO PRIVILEGIADO)

DICA 107
FURTO QUALIFICADO
A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
- com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
- com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
- com emprego de chave falsa;
- mediante concurso de duas ou mais pessoas.
• A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se houver emprego
de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
• A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor
que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
• A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos se a subtração for de semovente
domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes no local da
subtração.
• A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) anos e multa, se a subtração for de
substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego.

DICA 108
FURTO DE COISA COMUM
Subtrair o CONDÔMINO, CO-HERDEIRO OU SÓCIO, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

46
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

- Somente se procede mediante representação.


- Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a
que tem direito o agente.
DICA 109
ROUBO PRÓPRIO (Art. 157, "caput", CP)
Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade
de resistência:
Pena - reclusão, de QUATRO A DEZ ANOS, e multa.
DICA 110
ROUBO IMPRÓPRIO (Art 157, § 1º, CP)
Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
detenção da coisa para si ou para terceiro.
>Nesta modalidade, a violência ou grave ameaça é praticada APÓS A SUBTRAÇÃO DA
COISA, como instrumento de garantir a impunidade do crime ou assegurar o seu
proveito. Ex.: Paulo subtrai um celular de uma loja, o que até o momento configuraria o
crime de furto (não houve emprego de violência ou grave ameaça). Ocorre que ao sair do
estabelecimento é abordado por seguranças e, na tentativa de escapar, os agride e foge
com o aparelho. Logo, empregou violência, garantindo a detenção do bem e sua
impunidade.
DICA 111
ATENÇÃO PARA ESSA NOVA CAUSA DE AUMENTO DE PENA NO CRIME DE ROUBO –
LEI 13.964, de 2019 – PACOTE ANTICRIME
*Se a violência ou grave ameaça é exercida com EMPREGO DE ARMA DE FOGO DE USO
RESTRITO OU PROIBIDO, aplica-se EM DOBRO a pena prevista no caput do artigo 157,
CP (Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa).
DICA 112

Crime de Extorsão (art.158, CP)

Caso o agente constranja a vítima, TENTATIVA


porém ela não faz o que foi
exigido. (INFORMATIVO 502, STJ)

Caso o agente constranja a vítima e CONSUMADO


ela faz o que foi exigido, contudo
ele não alcança a vantagem Súmula 96, STJ: O crime de extorsão
econômica pretendida. consuma-se independentemente da obtenção
da vantagem indevida.

Caso o agente constranja a vítima + CONSUMADO


ela faz o que foi exigido + ele

47
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

alcança a vantagem econômica Consiste em crime FORMAL (de consumação


pretendida. antecipada ou resultado cortado). Explique-se:
A extorsão se consuma no momento em que a
vítima, após sofrer a violência ou grave
ameaça, pratica o comportamento desejado
pelo criminoso. ATENÇÃO! A obtenção da
vantagem econômica é mero exaurimento
do delito!

DICA 113

ESTELIONATO

Art. 171, CP - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita (crime material), em
prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil,
OU qualquer outro meio fraudulento:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de
réis.

→ ELEMENTO SUBJETIVO: Não se pune a forma culposa. Ademais, a regra no CP é o dolo,


para ser punível de forma culposa deve vir ESCRITO no tipo.

→ FINALIDADE ESPECIAL DE AGIR: obtenção de vantagem ilícita em detrimento de


outrem.

→ ESTELIONATO PRIVILEGIADO: mesma regra do furto: “Se o criminoso é primário, e


é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de
detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. ”

→ ESTELIONATO CONTRA IDOSO (60 anos ou mais): a pena será aplicada em DOBRO.
DICA 114

ESTELIONATO E LEI 13.964, de 2019 (PACOTE ANTICRIME)


→ A ação era pública incondicionada.
→ NOVA REGRA: Diante da inclusão do §5º no art. 171, as ações PROCEDEM MEDIANTE
REPRESENTAÇÃO, salvo se a vítima for:
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou
IV - maior de 70 anos de idade ou incapaz.

REGRA GERAL (NOVA): AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À


REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO.
EXCEÇÕES (incisos I a IV): AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.

48
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 115

APROPRIAÇÃO INDÉBITA

Art. 168, CP - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa.

***Aumento de pena

§ 1º - A pena é AUMENTADA de um terço, quando o agente recebeu a coisa:

I - em depósito necessário;

II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante,


testamenteiro ou depositário judicial;

III - em razão de ofício, emprego ou profissão.

DICA 116

APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA

Art. 168-A, CP. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas


dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, E multa.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:

I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência


social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros
ou arrecadada do público;

II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado


despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de
serviços;

III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores


já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social.

§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, ESPONTANEAMENTE, declara, confessa e


efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as
informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou
regulamento, antes do início da ação fiscal.

§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena OU aplicar somente a de multa se


o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:

I – tenha promovido, APÓS O INÍCIO DA AÇÃO FISCAL E ANTES DE OFERECIDA


A DENÚNCIA, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou

49
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior


àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.

§ 4o A faculdade prevista no § 3o deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento


de contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele
estabelecido, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Perito Criminal Federal - Área 1)
“Durante um ano e cinco meses, a empresa L&X recolheu as contribuições previdenciárias
de seus empregados, mas não as repassou à previdência social, o que caracterizou o crime
de apropriação indébita previdenciária. Nessa situação, se os representantes legais da
empresa L&X, espontaneamente, confessarem e efetuarem o pagamento das contribuições
antes do início da ação fiscal, ficará extinta a punibilidade.” E agora? Matamos a questão!
ELA ESTÁ CORRETA! JUSTIFICATIVA: art. 168-A, § 2º, do CP.
DICA 117

DANO

Art. 163, CP - DESTRUIR, INUTILIZAR OU DETERIORAR coisa alheia:

Pena - detenção, de um a seis meses, OU multa.


DICA 118

DANO QUALIFICADO

Art. 163, CP - Parágrafo único - Se o crime é cometido:

I - com violência à pessoa ou grave ameaça;

II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não


constitui crime mais grave

III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Distrito Federal, de Município


ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista
ou empresa concessionária de serviços públicos;

IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, E multa, além da pena correspondente
à violência.***

50
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 119

RECEPTAÇÃO

Art. 180, CP - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito


próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro,
de boa-fé, a adquira, receba ou oculte:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, E multa.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Agente de Polícia Federal)

... Depois de ADQUIRIR um revólver calibre 38, que sabia ser produto de crime, José
passou a portá-lo municiado, sem autorização e em desacordo com determinação legal. O
comportamento suspeito de José levou-o a ser abordado em operação policial de rotina.
Sem a autorização de porte de arma de fogo, José foi conduzido à delegacia, onde foi
instaurado inquérito policial...

PERGUNTA: A receptação praticada por José consumou-se a partir do momento em que ele
adquiriu o armamento. E AÍ?! CORRETOOOOOO! DENTRE OS VERBOS QUE SE
ENCONTRAM NO TIPO RECEPTAÇÃO ESTÁ O EXPOSTO NA QUESTÃO “ADQUIRIR”!
ATENTEM-SE AOS VERBOS CONSTANTES NO TIPO PENAL!

DICA 120

ESCUSA ABSOLUTÓRIA – Causa pessoal de isenção de pena

São isentos de pena qualquer um que cometer crime contra o patrimônio em desfavor
de:

→ cônjuge, na constância da sociedade conjugal;


→ ascendente ou descendente.

NÃO SE APLICA:

→ se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave


ameaça ou violência à pessoa;

→ ao estranho que participa do crime.

→ se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta)


anos.

DICA 121

Os crimes contra o patrimônio são CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA


INCONDICIONADA (REGRA). Somente se procede mediante representação, se o
crime cometido em prejuízo:

51
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;

II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;

III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

DICA 122

SÚMULA 567, STJ - Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou


por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não
torna impossível a configuração do crime de furto.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Delegado de Polícia Federal)
... “Sílvio, maior e capaz, entrou em uma loja que vende aparelhos celulares, com o
propósito de furtar algum aparelho. A loja possui sistema de vigilância eletrônica que
monitora as ações das pessoas, além de diversos agentes de segurança. Sílvio colocou um
aparelho no bolso e, ao tentar sair do local, um dos seguranças o deteve e chamou a polícia.
Nessa situação, está configurado o crime impossível por ineficácia absoluta do meio, uma
vez que não havia qualquer chance de Sílvio furtar o objeto sem que fosse notado.” AGORA
NÃO ERRAMOS MAIS! RESPOSTA: ERRADO!
DICA 123

VAMOS APROVEITAR E FIXAR O CONCEITO DE CRIME IMPOSSÍVEL!


CRIME IMPOSSÍVEL
Art. 17, CP. Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
OBS.: O Código Penal brasileiro adotou a TEORIA OBJETIVA TEMPERADA OU
INTERMEDIÁRIA para a caracterização do crime impossível, em razão da inidoneidade do
objeto ou do meio para a prática do crime. Logo, a ineficácia do meio e a impropriedade do
objeto devem ser ABSOLUTAS para que não ocorra punição. Sendo relativas, pune-se o
delito por tentativa.

*Meios ou objetos RELATIVAMENTE INIDÔNEOS - CRIME TENTADO.

*Meios ou objetos ABSOLUTAMENTE INIDÔNEOS - CRIME IMPOSSÍVEL.

52
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 124

SÚMULA 582, STJ - CONSUMA-SE O CRIME DE ROUBO com a inversão da posse do


bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo
e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada,
sendo PRESCINDÍVEL a posse mansa e pacífica ou desvigiada.

DICA 125

FIQUEM ATENTOS!!!
*Caso uma pessoa efetue uma ligação clandestina no poste de energia elétrica – o
conhecido “GATO”  COMETEU CRIME DE FURTO MEDIANTE FRAUDE.
*Caso uma pessoa adultere o medidor de energia, para que não marque corretamente o
consumo e diminua o seu consumo  COMETEU O CRIME DE ESTELIONATO.

INFORMATIVO 648 DO STJ: Adulterar o sistema de medição da energia


elétrica para pagar menos que o devido: estelionato (não é furto).

53
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
TEORIA GERAL DAS PROVAS

*Segundo o conceito GERAL, a prova é tudo aquilo apresentado ao juiz com objetivo de
convencê-lo quando do proferimento da sentença.

*Por sua vez, a doutrina entende que o conceito de prova possui três vertentes:

a) Ato de provar: É a fase probatória, isto é o procedimento em que se vai


verificar a exatidão dos fatos alegados para buscar o convencimento do juiz;
b) Meio de prova: Instrumento utilizado para demonstrar a verdade de algo,
como a prova testemunhal;
c) Resultado: O que se extrai do procedimento probatório e que resulta no
convencimento do juiz.

*A prova a ser produzida deve ser legítima (formalidades processuais) bem como legal
(em conformidade com a Lei).

DICA 127

SISTEMA DE APRECIAÇÃO DA PROVA

*O sistema de apreciação de prova adotado no Brasil é o Sistema de Persuasão Racional


(ou livre convencimento motivado). Neste sistema, o magistrado tem ampla liberdade
na valoração dos elementos probatórios, que, no entanto, devem ser analisados e
fundamentados para explicitar a motivação para a sentença de mérito.

*O sistema de prova tarifada NÃO É ADMITIDO pelo sistema processual brasileiro. Neste,
há uma hierarquia de provas, em que o valor de cada prova já é predeterminado.

*Do mesmo modo, o sistema da íntima convicção também NÃO É ADMITIDO, tendo-se
em vista que o juiz decide de forma livre, não necessitando fundamentar sua decisão e nem
está adstrito a um critério predefinido de provas. Ou seja, o juiz decide com total liberdade.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 -
PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de Instrução)

“O juiz detém discricionariedade quanto à valoração dos elementos probatórios, porém é


limitado à obrigatoriedade de motivação de sua decisão, com base em dados e critérios
objetivos.” R: CORRETO!

54
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 128

ESCLARECENDO... PROVA TARIFADA (sistema legal de provas):

*Trata-se de um sistema hierarquizado, no qual O VALOR DE CADA PROVA JÁ SE


ENCONTRA PREDEFINIDO. Não existe, assim, uma valoração individualizada pelo
julgador. Ex.: a confissão nesse sistema é vista como prova absoluta e irrefutável; somente
com ela pode-se fundamental uma eventual condenação. Logo, é errado dizer que no Brasil
existe supremacia da confissão do réu como meio de prova; pois o sistema acusatório
adotado no nosso país OBSERVA COMO REGRA o sistema do livre convencimento
motivado ou persuasão racional do juiz.

DICA 129

ATENÇÃ0! EXCEÇÕES NO CPP AS QUAIS SE APLICAM A PROVA TARIFADA:

✓ Art. 62, CPP: “No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de
óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta a punibilidade.”
✓ Art. 155, p. único, CPP: Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação
da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas. Parágrafo único. Somente quanto ao estado
das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil.

EXPLICAÇÃO: Nessas duas situações, o Julgador está vinculado ao texto legal, não
podendo admitir, como prova dos casos narrados, elementos outros que não aqueles
determinados na legislação.

DICA 130

DESTINATÁRIOS DA PROVA

O destinatário imediato é o JUIZ, já o destinatário mediato são as PARTES.

DICA 131

ÔNUS DA PROVA

O ônus da prova é daquele que alega!

O juiz não possui ônus da prova, isto é, o dever de provar alguma coisa. No entanto, tendo-
se em vista o princípio da verdade real, o juiz tem iniciativa probatória, ou seja, pode
mandar produzir provas.

Neste caso, o juiz tem iniciativa probatória:

➢ De ofício, ou seja, no processo judicial; e


➢ No inquérito (antes do início da ação penal), desde que haja necessidade,
adequação e proporcionalidade da medida.

Um exemplo da possibilidade de iniciativa probatória antes do início da ação penal, seria a


interceptação telefônica, haja vista a urgência e relevância da prova, pois pode ser que
futuramente este meio de prova não seja mais possível e relevante.

55
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

Art. 156, CPP. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado
ao juiz de ofício:

I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas


consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e
proporcionalidade da medida;

II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de


diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.

DICA 132

PRINCÍPIO DA BUSCA PELA VERDADE REAL

Este princípio pressupõe que o objetivo da prova é auxiliar o magistrado na busca pela
verdade real. Tanto é assim que o juiz “ex officio” pode determinar a produção de provas,
não devendo ser um mero expectador passivo do processo.

Em que pese o aludido princípio, a doutrina costuma criticar o termo verdade real, vez que
é impossível chegar a uma verdade real, mas apenas processual. A verdade real é o que
aconteceu de verdade no passado, já a verdade processual é aquela que foi construída
ao longo do processo.

DICA 133

OBJETOS DE PROVA E DISPENSA PROBATÓRIA

O OBJETO DAS PROVAS são os fatos ocorridos, já os OBJETOS DE PROVA é tudo aquilo
que precisa ser provado.

Em relação àquilo em que a prova é dispensada, podemos citar:

➢ Direito Federal, Estadual e Municipal local: O juiz tem o dever funcional de


conhecer o direito federal e, portanto, não é necessário provar que uma lei federal
exista. Com relação ao direito Estadual e Municipal do local de sua comarca, o juiz
é obrigado a conhecer não necessitando de provas.
➢ Fatos notórios: aquilo que é nacionalmente conhecido não precisa ser provado,
como por exemplo, um dia de feriado, a localização de algum lugar em uma cidade,
entre outros;
➢ Fatos axiomáticos: fatos autoexplicativos e intuitivos não precisam ser provados.
Ex.: quando uma pessoa é vítima de um homicídio por decapitação, isso não precisa
ser provado;
➢ Presunção legal absoluta: observação de algo à luz da legislação e que não
comportam prova em contrário, como a menoridade penal.
➢ Fatos inúteis: São fatos irrelevantes para a persecução penal.

ATENÇÃO!

Os fatos incontroversos, isto é, aqueles aceitos expressa ou tacitamente pela parte


contrária precisam ser provados. Assim como o direito consuetudinário e o direito
alienígena.

56
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

A presunção relativa (“júris tantum”), são aquelas que podem ser desfeitas pela prova
em contrário, ou seja, admitem contraprova. Assim como a presunção “hominus” admite
prova em contrário.

Independem de prova no Processo Penal:


* Fatos impossíveis;
* Fatos intuitivos;
* Fatos com presunção legal absoluta;
* Fatos irrelevantes;
* Verdades sabidas.
DICA 134

CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS

➢ Quanto ao objeto:

- Direto: O objeto já fala por si, como por exemplo, uma faca ensanguentada.

- Indireto: Trata-se de indícios e presunções, ou seja, fatos que possuem ligação com
o crime.

➢ Quanto à forma/aparência:

- Testemunhal

- Documental

- Material

➢ Quanto ao valor (grau de certeza):

- Certeza plena: Imprime juízo de certeza quanto aos fatos ocorridos.

- Certeza não plena: São indícios de materialidade do fato criminoso.

➢ Quanto ao sujeito:

- Real: Objeto do crime.

- Pessoal: Testemunha.

➢ Quanto a previsão legal:

- Provas nominadas: Os meios de produção da prova estão previstos em lei.

- Provas inominadas: Os meios de produção não estão previstos em lei.

57
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 135

CLASSIFICAÇÃO DE PROVAS QUANTO A LEGALIDADE

- Provas ilícitas: Provas que vão contra princípios constitucionais, bem como a legislação
penal. A violação de domicílio, por exemplo, para se obter uma prova é uma prova ilícita.

- Provas ilegítimas: São aquelas que ferem conteúdo formar, ofendem o direito processual
penal e a legislação processual penal extravagante. Não submeter a testemunha ao
juramento é uma prova ilegítima.

“Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas


ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais”.

 Neste sentido, as provas ilícitas são desentranhadas e destruídas do processo, a


partir de decisão judicial fundamentada e facultada a presença das partes.

“§ 3º reclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será


inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente”.

ATENÇÃO!

O pacote anticrime incluiu o §5º ao art. 157 entendendo que “O juiz que conhecer do
conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão”.

O magistrado que toma conhecimento de prova ilícita fica impedido de atuar no processo,
vez que ele pode não agir com imparcialidade.


CONTUDOOOOOO! ESSE ARTIGO ENCONTRA-SE com sua eficácia suspensa por
meio de liminar proferida pelo Ministro Luiz Fux no bojo da ADI nº. 6298 em
22/01/2020.
DICA 136

UTILIZAÇÃO DE PROVAS ILÍCITAS

1. Teoria da proporcionalidade: Segundo esta teoria, tendo em vista o direito


fundamental à liberdade, o uso de uma prova ilícita em favor do réu, isto é para absolvê-
lo, PODE ser utilizada.

A teoria dos frutos da árvore envenenada entende que as provas lícitas que se originam
de provas ilícitas também devem ser retiradas do processo, salvo se em benefício do
réu.

Art. 157 CPP: § 1o São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.

2. Teoria da descoberta inevitável: Esta teoria entende que, INDEPENDENTEMENTE,


de a prova ser derivada de uma prova ilícita, ela seria deflagrada através de tramites típicos
e lícitos de uma investigação.

58
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

3. Teoria da prova obtida por fonte independente: Se existirem outras provas no


processo, que são independentes da ilícita, admite-se utilizar a prova derivada da ilícita.

***Isto está previsto no §2° do art. 157 do CPP: “§ 2o Considera-se fonte independente
aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou
instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova”.

DICA 137

PROVA EMPRESTADA

*A prova emprestada é aquela produzida em outro processo, e por economia processual,


celeridade e uniformidade pode servir de prova em outro.

➢ As partes têm que ser as mesmas;


➢ Mesmos fatos;
➢ Nova oportunidade para o contraditório e ampla defesa;
➢ A prova emprestada tem que ser lícita.

ATENÇÃO! O STJ entende que não há necessidade de serem exatamente as mesmas


partes, mas sim o mesmo réu.

DICA 138

INFORMATIVO 960, STF

No tocante à condução coercitiva, prevê o CPP:

“Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou


qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar
conduzi-lo à sua presença. ”

*O STF DECLAROU QUE A EXPRESSÃO “PARA O INTERROGATÓRIO”, PREVISTA NO


ART. 260 DO CPP, NÃO FOI RECEPCIONADA PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

*Logo, caso seja determinada a condução coercitiva de investigados ou de réus


para interrogatório, referida conduta poderá ensejar: • a responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade • a ilicitude das provas obtidas
• a responsabilidade civil do Estado.

DICA 139

O depoimento de policial em juízo é dotado de fé pública, TODAVIA NÃO É exceção


de prova tarifada dentro do sistema adotado no processo penal brasileiro da persuasão
racional do juiz. OU SEJA, POSSUI PRESUNÇÃO RELATIVA DE VERACIDADE,
ADMITINDO PROVA EM CONTRÁRIO.

DICA 140

Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se


beneficiarem o réu.

59
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

→ A Doutrina e Jurisprudência têm admitido, excepcionalmente, a utilização de provas


ilícitas em benefício do réu, NOTADAMENTE QUANDO SE TRATAR DA ÚNICA FORMA
DE O RÉU PROVAR SUA INOCÊNCIA, EVITANDO-SE, ASSIM, UMA CONDENAÇÃO
INJUSTA.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AM)

“Provas obtidas por meios ilícitos podem excepcionalmente ser admitidas se beneficiarem o
réu.” CORRETÍSSIMOOOO!

60
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

É muito comum que o "se..., então...” apareça representado por outras expressões da
língua portuguesa. Por exemplo:

“Sempre que vou ao cinema, vejo um filme” é o mesmo que “Se vou ao cinema, então vejo
filme”.

“Penso, logo existo” é o mesmo que que “Se penso, então existo”.

“Quando vou à praia, bebo” é o mesmo que “Se vou à praia, então bebo”.

“Todo recifense é pernambucano” é o mesmo que “Se uma pessoa é recifense, então ela é
pernambucana”.

“A, pois B” é o mesmo que “Se B, então A”.

DICA 142

RESUMO DOS CONECTIVOS

DICA 143

Conjunção p ∧ q - As duas proposições p, q devem ser verdadeiras

Disjunção Inclusiva p ∨ q - Ao menos uma das proposições p, q deve ser verdadeira. Não
pode ocorrer o caso de as duas serem falsas.

Disjunção Exclusiva p ∨ q - Apenas uma das proposições pode ser verdadeira. A


proposição composta será falsa se os dois componentes forem verdadeiros ou se os dois
componentes forem falsos.

Condicional p → q - Não pode acontecer o caso de o antecedente ser verdadeiro e o


consequente ser falso. Ou seja, não pode acontecer V(p)=V e V(q)=F. Em uma linguagem
informal, dizemos que não pode acontecer VF, nesta ordem.

Bicondicional p ⇔ q - Os valores lógicos das duas proposições devem ser iguais. Ou as


duas são verdadeiras, ou as duas são falsas.

61
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 144

Quando uma proposição composta não pode ser verdadeira, ou seja, quando uma
proposição composta é falsa em todas as linhas de sua tabela-verdade, ela é chamada de
CONTRADIÇÃO.

Se a proposição não é tautologia nem é contradição, é chamada de CONTINGÊNCIA. No


caso, se a proposição pode assumir valores V ou F a depender dos valores das proposições
componentes, a proposição é chamada de contingência.

DICA 145

Principais equivalências

p → q ⇔ ~q → ~p
p → q ⇔ ~p ∨ q
p ∨ q ⇔ ~p → q

62
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

INFORMÁTICA

DICA 146

A barra de navegação ou de endereços é o principal componente de um navegador,


pois é através dela que o usuário pode visualizar ou acessar uma determinada URL.
Nos navegadores modernos, a barra de navegação também permite realizar a busca
através de um motor de busca que pode ser o Google, Bing, Yahoo ou outro.

Com essa funcionalidade, o usuário não precisa necessariamente saber a URL da página
que quer acessar, mas pode utilizar os mecanismos de busca para encontrar a página
que deseja.

DICA 147

Bloqueador de Pop-ups

Alguns sites quando abertos abrem uma janela auxiliar chamada popup.

Normalmente trazem propagandas ou alguma informação extra. Como muitas vezes


esses pop-ups podem trazer conteúdo malicioso e muitos usuários consideram muito
os pop-ups muito incômodos, foram desenvolvidas ferramentas bloqueadoras de
pop-ups nos navegadores. Essas ferramentas impedem que os sites consigam
abrir os pop-ups e avisam ao usuário que ele foi bloqueado.

DICA 148

O gerenciador de downloads permite que arquivos de download sejam abertos


automaticamente, ou salvos diretamente no disco. É possível pausar um download
e continuar em outro momento, escolher uma pasta padrão para que os arquivos sejam
gravados. O atalho CTRL + J pode ser utilizado para abrir o gerenciador de downloads.

DICA 149

O recurso de navegação privativa permite que o usuário acesse conteúdos na Internet


sem que sejam salvos dados pessoais, histórico de navegação, cookies, pesquisas, lista
de downloads e arquivos temporários.

DICA 150

Um Cookie é um arquivo de texto, com informações sobre os acessos do usuário


a um dado site. A maioria dos sites armazenam informações básicas, como
endereços IP e preferências sobre idiomas, cores etc. Este pequeno arquivo ficará
armazenado em seu computador até que perca sua validade.

Enquanto o cookie estiver salvo em seu PC, toda vez que você digitar o endereço do
site, o seu navegador irá enviar este arquivo para o site que você está conectado. Desta
maneira, as suas configurações serão aplicadas de maneira automática.

DICA 151

Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre uma guia do programa de navegação
Google Chrome opção “Fixar Guia”, ao ser escolhida, coloca a guia no canto superior

63
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

esquerdo da janela. Essa função serve para manter a guia aberta sempre que você
abrir o Chrome (acesso direto). Essa é uma boa função para e-mail e outros sites
importantes que necessitam de uma checagem contínua.

Essa opção pode ser acessada clicando-se com o botão direito na guia desejada.

DICA 152

Na linha de endereço do Chrome podemos digitar diretamente alguns caminhos para


acessar alguns recursos como em:

▪ chrome://history/ acessa o histórico de navegação


▪ chrome://downloads/ acessa o gerenciador de downloads.
▪ chrome://settings/ acessa as configurações do navegador.
▪ chrome://bookmarks/ acessa os favoritos.
▪ chrome://extensions/ acessa as extensões.

DICA 153

Pocket: permite que salve páginas e vídeos no Pocket com apenas um clique. O Pocket
remove conteúdo desnecessário e salva as páginas de uma forma limpa, com
visualização livre de distrações e lhe permite acessá-los de qualquer lugar através do
aplicativo do Pocket.

DICA 154

Firefox Sync

O Sync conecta todos os dispositivos de um usuário que utiliza o Firefox. Por


exemplo: O usuário utiliza o Firefox em dois computadores e no celular. Através do
Sync, é possível obter informações de histórico, senhas, favoritos e outras
preferências sincronizadas entre todos os dispositivos. Isso pode ser interessante
ao usuário que, por exemplo, precise acessar no trabalho um site que ele já acessou no
seu computador de casa.
Assim, esse site estará no histórico de navegação também do computador do trabalho
desse usuário.

DICA 155

Por padrão, o Mozilla Firefox guarda os arquivos de downloads na pasta padrão de


downloads do usuário. No Windows 8, essa pasta fica em C:\Usuários, em uma
subpasta como nome do usuário e em Downloads, logo: C:\Usuários\<nome de
usuário>\Downloads.

DICA 156

Uma senha é uma combinação de caracteres que serve como mecanismo de autenticação
de um usuário.

- Existem senhas fortes e senhas fracas.

- SENHAS FORTES são aquelas que são difíceis de serem decifradas. Uma senha forte é
formada pelo maior número de dígitos possível e mistura letras (maiúsculas e
minúsculas), números e símbolos especiais.

64
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

DICA 157

MALWARE

É o nome que se dá a todo e qualquer software que possua finalidades maliciosas =


Vírus, Worms, Spywares... todos esses são exemplos de Malwares.

ATENÇÃO! TODO VÍRUS É UM MALWARE, MAS NEM TODO MALWARE É UM VÍRUS.


****Os malwares são amplamente cobrados em provas de concursos públicos. Você
precisa conhecer:

➢ Vírus
➢ Worm
➢ Trojan horse
➢ Spyware
➢ Keylogger
➢ Backdoor
➢ Rootkit
➢ Adware
➢ Sniffer
➢ Hijack

Existem muitos outros malwares, mas esses são os mais citados em provas de concursos
públicos.

DICA 158

CRIPTOGRAFIA

É um SISTEMA DE CODIFICAÇÃO DE CARACTERES QUE IMPEDE QUE UMA


INFORMAÇÃO SEJA ACESSADA POR PESSOAS NÃO AUTORIZADAS.

-Uma comunicação só poderá ser considerada segura se as informações passarem por


processo de criptografia.

- Existem basicamente dois tipos de criptografia: simétrica e assimétrica. Essa


classificação leva em conta o número de chaves que são usadas para cifrar e decifrar as
mensagens.

DICA 159

BIOMETRIA

É UM PROCESSO NO QUAL AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E COMPORTAMENTAIS


DE UMA PESSOA SÃO UTILIZADAS PARA IDENTIFICÁ-LAS UNICAMENTE.
- A biometria é uma das maneiras mais eficientes de autenticar a identidade de um
usuário. A identificação pode ser feita através do escaneamento de veias, olhos,
impressão digital, mãos, etc.

DICA 160

Normalmente, para entrar em um sistema, o usuário precisa fornecer login e senha.

65
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

*A senha é um mecanismo de autenticação. Para que se tenha ainda mais segurança


na proteção das informações de um usuário, muitos sistemas já utilizam a autenticação
de dois fatores. Ao inserir sua senha, o sistema envia uma outra senha ou pede uma outra
confirmação ao usuário e isso pode ser feito utilizando sua conta de e-mail, seu smartphone,
etc. Consegue perceber? São dois fatores de autenticação.

DICA 161

Um vírus é um programa que, QUANDO EXECUTADO, danifica arquivos e outros


programas do computador.

Entra em ação quando, e somente quando, é executado.

OLHA A DICA: Assim como um vírus orgânico, o vírus de computador necessita de


um sistema ou programa hospedeiro para se propagar. A propagação é feita
embutindo cópias de si em outros arquivos e programas instalados no computador
infectado.

DICA 162

Um CAVALO DE TROIA é um programa que pode ser recebido como “presente” na forma
de um Cartão Virtual, um protetor de telas, etc.

- Além de executar a função para qual inicialmente foi projetado, esse programa pode
executar uma outra ação maliciosa como a instalação de um Keylogger ou Spyware
para o roubo de informações ou senhas, por exemplo.

DICA 163

Sabe-se que A DEFESA MAIS EFICIENTE CONTRA VÍRUS É O ANTIVÍRUS.

- Esses softwares analisam os arquivos do computador afim de detectar e eliminar aqueles


que estejam infectados. Você precisa ter um antivírus instalado, mas não mais do
que um.

ATENÇÃO! Caso você instale dois ou mais antivírus, eles podem conflitar entre si e
deixar o sistema vulnerável. Além disso, haverá um consumo excessivo de recursos do
computador.

DICA 164

Princípios da Segurança da Informação

• Confidencialidade: é a garantia de que os dados serão acessados apenas por


usuários autorizados. Geralmente, restringindo o acesso.

• Integridade: é a garantia de que a mensagem não foi alterada durante a


transmissão, ou seja, é a garantia da exatidão e completeza da informação.

• Disponibilidade: é a garantia de que um sistema estará sempre disponível a


qualquer momento para solicitações.

• Autenticidade: é a garantia de que os dados fornecidos são verdadeiros ou que o


usuário é o usuário legítimo.

66
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 02

• Não Repúdio (Irretratabilidade): é a garantia de que uma pessoa não consiga


negar um ato ou documento de sua autoria.

Essa garantia é condição necessária para a validade jurídica de documentos e transações


digitais. Só se pode garantir o não repúdio quando houver Autenticidade e Integridade (ou
seja, quando for possível determinar quem mandou a mensagem e quando for possível
garantir que a mensagem não foi alterada).

DICA 165

Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBScript e JavaScript, e recebido


ao acessar uma página Web ou por e-mail, como um arquivo anexo ou como parte do
próprio e-mail escrito em formato HTML.

Pode ser automaticamente executado, dependendo da configuração do navegador Web e


do programa leitor de e-mails do usuário.

67
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

1
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 03. As outras 03 rodadas serão disponibilizadas
na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 23/02
Rodada 05 02/03
Rodada 06 09/03

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

2
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 17
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 22
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 23
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 32
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 38
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 46
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 58
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 63
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 64

3
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
TEXTO DISSERTATIVO

* Processo em que o emissor BUSCA DEFENDER UMA IDEIA, transmite conhecimento,


relata, discorre sobre determinado assunto e argumenta;
* sua ESTRUTURA é dividida em TRÊS PARTES FUNDAMENTAIS: TESE (introdução),
ANTÍTESE (desenvolvimento) e NOVA TESE (conclusão).
* Define o modelo básico para apresentar uma tese (ideia, tema, assunto), EXPLORAR
ARGUMENTOS CONTRA E A FAVOR (antítese) e, por fim, sugerir uma nova tese, ou seja,
uma nova ideia para concluir sua fundamentação.
* Os TEXTOS DISSERTATIVOS-ARGUMENTATIVOS, além de ser um texto opinativo,
BUSCAM PERSUADIR O LEITOR.
DICA 02
ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO

INTRODUÇÃO: é o parágrafo que abre a discussão ou simplesmente EXPÕE A


INFORMAÇÃO PRINCIPAL. Também chamada de "Tese", nesse momento, o mais
importante é EXPOR A IDEIA CENTRAL SOBRE O TEMA DE MANEIRA CLARA.
Importante lembrar que a Introdução é a parte MAIS IMPORTANTE DO TEXTO e por isso
deve conter a informações que logo serão desenvolvidas.
DESENVOLVIMENTO: Nessa parte do texto é que se DESENVOLVE A ARGUMENTAÇÃO
POR MEIO DE OPINIÕES, DADOS, LEVANTAMENTOS, ESTATÍSTICAS, FATOS E
EXEMPLOS SOBRE O TEMA, a fim de que sua tese (ideia central) seja defendida com
propriedade.
CONCLUSÃO: é o fechamento da informação, seja ela crítica ou não. Muitas vezes iniciadas
com elementos como “PORTANTO”, “EM SUMA”, “ENFIM”, ETC. Nela há normalmente
a RATIFICAÇÃO, CONFIRMAÇÃO DA TESE, tomando por base os argumentos dos
parágrafos anteriores.
DICA 03
TIPOS DE DISSERTAÇÃO

Existem DOIS TIPOS DE DISSERTAÇÃO:


TEXTO DISSERTATIVO OPINATIVO-ARGUMENTATIVO: Nessa modalidade, a intenção
é persuadir o leitor, CONVENCÊ-LO DE SUA TESE (ideia central) a partir de coerente
ARGUMENTAÇÃO, EXEMPLOS, FATOS.
TEXTO DISSERTATIVO EXPOSITIVO: Com o INTUITO DE INFORMAR E ESCLARECER,
o texto dissertativo-expositivo é caracterizado por utilizar uma LINGUAGEM CLARA E
OBJETIVA. O AUTOR adota a postura de “PORTA-VOZ” de uma opinião. Ex.: “Locução
adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo,
caracterizando um substantivo.”

4
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 04
RECURSOS ARGUMENTATIVOS

- ARGUMENTO DE AUTORIDADE:
* É construído com base em uma AFIRMAÇÃO DE SABER NOTÓRIO, de conhecimento
público.
* É uma forma de GARANTIR A CREDIBILIDADE DA AUTORIDADE citada no texto.

- ARGUMENTO DE CONSENSO:
NÃO PRECISA DE PROVAS, pois seu conteúdo é aceito como verdade dentro de um grupo
ou espaço sociocultural.
DICA 05
TEXTO NARRATIVO

* Existência de um ENREDO, do qual se DESENVOLVEM AS AÇÕES das personagens,


marcadas pelo TEMPO E PELO ESPAÇO;
* Narrar é CONTAR UMA HISTÓRIA, baseando-se na ótica do narrador, sobre uma ou
mais ações de um personagem, numa sequência temporal e em um determinado LUGAR;
* A história pode ser IMAGINÁRIA (FICÇÃO) OU REAL (FATO);
* Pode ser contada por alguém que é o PIVÔ DA HISTÓRIA (narrador personagem), ou
por alguém que está TESTEMUNHANDO AS AÇÕES (narrador-observador);
* Sua estrutura básica é: APRESENTAÇÃO, DESENVOLVIMENTO, CLÍMAX E
DESFECHO.
* Predomínio verbal: pretérito perfeito e mais-que-perfeito indicativo.
* Utiliza-se muito VERBOS e ADVÉRBIOS.

OBS.: Mnmemônico:
A NARRAÇÃO TEM O PENTE!
Personagens
Espaço
Narrador
Tempo
Enredo
DICA 06
TEXTO DESCRITIVO

* Expõe APRECIAÇÕES E OBSERVAÇÕES, induzindo o leitor a IMAGINAR O ESPAÇO,


O TEMPO, O COSTUME E TUDO QUE AMBIENTA A HISTÓRIA;
O AUTOR adota uma POSTURA DE OBSERVADOR.
* Enfatiza o ESTÁTICO;

5
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

* É um retrato, um recorte de uma paisagem, uma ação, um costume;


* Indica aspectos, características, DETALHES SINGULARES E PORMENORES, seja de um
objeto, lugar, pessoa ou fato;

* Há no texto MUITOS ADJETIVOS, juntamente com a ENUMERAÇÃO DE


SUBSTANTIVOS E VERBOS (Obs.: predomínio verbal → presente do indicativo e/ou
pretérito imperfeito do indicativo)

* Pode ser um complemento de qualquer tipo de texto (e de gênero).

* Geralmente, referida tipologia acompanha a narração para descrever o lugar, os


personagens.

DICA 07
DESCRIÇÃO OBJETIVA

* Transmite de FORMA IMPARCIAL as características de algo;


* Se limita aos fatos da forma mais OBJETIVA possível.

Ex.: "A ilha é pequena e pacata. Lá todas as pessoas se conhecem. O que há na ilha se
resume em praticamente algumas lojas, uma escola, uma igreja e uma praça."
X
DESCRIÇÃO SUBJETIVA
* Transmite a OPINIÃO DO DESCRITOR;
* Por esse motivo, é corrente o USO DE ADJETIVOS.

Ex.: "A bonita ilha é pequena e pacata. Lá todas as pessoas se conhecem. O que há na ilha
se resume em praticamente algumas poucas lojas, uma escola muito boa, uma igreja
lindíssima e uma praça muito florida."
DICA 08
TEXTO INJUNTIVO OU INSTRUCIONAL

* Pauta-se na EXPLICAÇÃO e no MÉTODO para a CONCRETIZAÇÃO DE UMA AÇÃO,


indicando o procedimento para se realizar algo. Ex.: bula de remédio, receita de bolo,
manual de instruções, etc..

* NÃO HÁ A FINALIDADE DE CONVENCER O LEITOR POR MEIO DE ARGUMENTOS.

* Linguagem SIMPLES e OBJETIVA.

* Um recurso linguístico marcante e recorrente desse tipo de texto é a utilização dos verbos
no imperativo, em seu sentido de indicar "ORDEM", por exemplo:

➢ Na receita de bolo: “misture todos os ingredientes”;


➢ Na bula de remédio: “tome duas cápsulas por dia”;
➢ No manual de instruções: “aperte a tecla amarela”;

6
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

➢ Nas propagandas: “vista essa camisa”.

DICA 09
TEXTO LITERÁRIO:

* Linguagem pessoal, CHEIA DE EMOÇÕES e com emprego de lirismo e valores do


emissor;
* Há o emprego da SUBJETIVIDADE;
* Emprego da linguagem multidisciplinar e cheia de CONOTAÇÕES;
* Linguagem POÉTICA, LÍRICA, expressa com objetivos estéticos na recriação da
realidade ou criação de uma realidade intangível, somente literária;
* Primor da EXPRESSÃO;
* Funções POÉTICA da linguagem.

EXEMPLO:

O BICHO

VI ONTEM um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira).
DICA 10
TEXTO NÃO LITERÁRIO

* Uso da LINGUAGEM IMPESSOAL, OBJETIVA em linha reta;


* Linguagem DENOTATIVA;
* Representação da realidade TANGÍVEL;
* Atenção, PRIORIDADE À INFORMAÇÃO.

EXEMPLO: um livro de biologia ou trecho de uma reportagem qualquer.


DICA 11
DENOTAÇÃO X CONOTAÇÃO
* As palavras podem ser utilizadas no SENTIDO LITERAL ou FIGURATIVO. Portanto,
dividem-se em denotativas e conotativas.
→ DENOTAÇÃO: é a palavra utilizada em seu sentido literal. DENOTAÇÃO =
DICIONÁRIO.

7
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Ex.: O Leão é uma fera.


→ CONOTAÇÃO: é a palavra utilizada em seu sentido figurado.
Ex.: Ele é fera em matemática.

 E COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU?!

... “Os termos “ninho” (v.2) e “safra” (v.35) foram empregados em sentido denotativo e
correspondem, respectivamente, ao local e à época de nascimento dos meninos’
( ) Certo
(X) Errado
Vamos lá...
* NINHO:
Na da questão: local;
No dicionário: “estrutura construída pelas aves, na qual é feita a postura e a incubação
dos ovos ...”;
CONCLUSÃO: SENTIDO CONOTATIVO!
* SAFRA:
Na da questão: época de nascimento dos meninos;
No dicionário: “conjunto dos produtos agrícolas de um ano; colheita.”;
CONCLUSÃO: SENTIDO CONOTATIVO!
DICA 12

VERBOS TÊM:
*3 MODOS INDICATIVO (fato concreto, certo e real) Ex.: Ele chegou.
SUBJUNTIVO (fato duvidoso, incerto, hipotético) Ex.: Se eu fosse você.
IMPERATIVO (ordem, conselho, pedido) Ex.: Cale a boca!

*3 TEMPOS PASSADO
PRESENTE
FUTURO

8
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

*3 FORMAS NOMINAIS GERÚNDIO Ex.: O Atleta cruzou sorrindo a linha de chegada.


PARTICÍPIO Ex.: O senador tem um papel destacado no
Congresso.
INFINITIVO Ex.: Fez-se noite em meu viver.
DICA 13

MODOS DO INDICATIVO:

* PRESENTE DO INDICATIVO: antes do verbo colocar HOJE. Ex.: (HOJE) Eu canto,


sinto, sou (...)

* PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO: colocar ONTEM antes do verbo. Ex.:


(ONTEM) Eu cantei.

* PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO: antes do verbo colocar


ANTIGAMENTE. Palavras terminadas em (VA) e (IA); verbos terminados em
(NHA) tinha ou vinha, por exemplo; ERA/ERAM. Ex.: (ANTIGAMENTE) Eu cantava.

* PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO INDICATIVO: verbos terminados em (RA).


Ex.: Eu cantara.

* FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO: antes do verbo colocar AMANHÃ.


Ex.: Ex.: (AMANHÃ) Eu cantarei.

* FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO: colocar ATÉ. Verbos terminados em


(RIA) e (RIE).
Ex.:
(ATÉ) Eu cantaria - terminado com “RIA”

DICA 14

MODO INDICATIVO
TEMPO CARGA SEMÂNTICA

PRESENTE DO INDICATIVO É EMPREGADO:

• Indicar fato que ocorre no momento


da fala (presente momentâneo).
Ex.: Eu estou aqui.
• Indicar fato habitual (presente
habitual). Ex.: Não bebo, mas
fumo.

9
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

• Expressar ações e estados


permanentes, conceitos filosóficos,
científicos ou religiosos (presente
durativo). Ex.: O homem é mortal.
• Narrar fato histórico, ideia que ele
estivesse acontecendo no momento
da fala. (presente histórico). Ex.:
Napoleão invade e ataca a Rússia.

PRETÉRITO PERFEITO DO Fato concluído pontual (acontece uma


INDICATIVO vez só e acabou; INDICA UM FATO
CONCLUÍDO NO PASSADO)
Ex.: Saí ontem cedo.

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO Anterioridade em relação a outro fato,


DO INDICATIVO ação que ocorreu antes de outra ação
já passada.
Ex.: Quando cheguei, o trem já partira.

PRETÉRITO IMPERFEITO DO - Ação inacabada no passado:


INDICATIVO Emprega-se para apresentar fato como
anterior ao momento atual, todavia não
concluído no passado referido.

(Ex. Eu lia o livro quando você chegou →


Estou lendo ainda)

- Ação continuidade no passado:


Fatos que aconteciam frequentemente no
passado.
(Ex. Ela lia Machado de Assis na infância
→Ela lia sempre) → AÇÃO FREQUENTE
NO PASSADO!

- Tempo indefinido (Ex. era uma vez...


Ex. ela amava a vida)

FUTURO DO PRESENTE DO - Coisas que digo hoje com intenções


INDICATIVO futuras.
→ PREVISIBILIDADE, FATOS CERTOS e
PROVÁVEIS
Ex.: Amanhã, sairei cedo.

FUTURO DO PRETÉRITO DO - Indica futuro dentro do passado,


INDICATIVO frequentemente o fato passado é
dependente do primeiro e inclui condição,
Incerteza, DÚVIDA, hipótese em relação

10
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

a um fato passado. Ex.: Eu chegaria se


houvesse bom tempo.

- isenção de responsabilidade autoral


(toda isenção é hipótese) (ex. a mulher,
que teria matado o marido, foi presa
ontem) → discurso polifônico.
OBS.: nem toda hipótese vai gerar
isenção.

- Possibilidade (possibilidade plausível →


dá uma olhada no argumento)

- Pode ser usado para indicar polidez ou


Hipótese. Ex.: Ela me ajudaria com o
dever?
Ex.: Ela seria uma boa mãe, se tivesse
filhos.

DICA 15

SUBJUNTIVO
- Indica uma ação subordinada a outra, e
Presente do subjuntivo → que se desenvolve no momento atual.
(Dica de Conjugação: “QUE”, Traduz DÚVIDA, POSSIBILIDADE,
“TALVEZ”) SUPOSIÇÃO.

- Indica, ainda, frases isoladas que


manifestam desejos.

Ex.: Espero que realize seu sonho.


Ex.2: Talvez ele possa vir.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo - Ação passada, porém posterior,


(OS verbos terminam em SSE) dependente de outra já passada.
(Dica de Conjugação: “SE”)
-DÚVIDA

-POSSIBILIDADE

-CONECTOR

Ex.: Não foi possível impedir que o fogo


chegasse à floresta.

Futuro do Subjuntivo (R) + - Ação futura dependente de outra


conectivo também futura.

11
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

(Dica de Conjugação: “SE” ou


“QUANDO”) -DÚVIDA

-POSSIBILIDADE

-CONECTOR

Ex.: Se for possível, iremos até lá.

DICA 16

Verbos no PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO podem ser


substituídos pela forma composta desse tempo verbal, que se constitui pela junção DOS
VERBOS AUXILIARES “TER” OU “HAVER” NO PRETÉRITO IMPERFEITO DO
INDICATIVO + PARTICÍPIO DO VERBO PRINCIPAL:
>>> “TINHA” OU “HAVIA” + PARTICÍPIO
Ex.: INVERTERA = TINHA/HAVIA INVERTIDO.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE!!!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2019 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Professor de Educação Básica
– Português)
... A substituição da forma verbal “apanhara” pela locução tinha apanhado acarretaria
INCORREÇÃO gramatical ao texto.


LEIAM COM ATENÇÃO O ENUNCIADO PARA NÃO PERDER UMA QUESTÃO... A ASSERTIVA
FALA EM ACARRETAR “INCORREIÇÃO” ... OK?!
( ) Certo
(X) Errado
Não gera INCORREIÇÃO, continua correto conforme a nossa dica.
APANHARA = TINHA APANHADO.
DICA 17

O tempo verbal que MARCA FATO QUE OCORRE REPETIDAMENTE NO PASSADO E


QUE SE PROLONGA ATÉ O PRESENTE CONSISTE no pretérito perfeito composto do
indicativo.
>>> PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO INDICATIVO = “TER” OU “HAVER” NO
PRESENTE DO INDICATIVO + PARTICÍPIO
Ex.: Tenho largado.

12
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 18

MODOS DO IMPERATIVO (não se conjuga a 1ª pessoa do singular):


* IMPERATIVO AFIRMATIVO: a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa do plural
são retiradas do presente do indicativo, suprimindo-se o (S) final. As demais pessoas são
exatamente as mesmas do presente do subjuntivo;
* IMPERATIVO NEGATIVO: todas as pessoas são exatamente as mesmas do presente do
subjuntivo.
DICA 19

“SE” – PARTÍCULA APASSIVADORA


Não SE espera de uma mãe decisões diferentes dessas. → ERRADA
PA VTD SUJEITO PACIENTE no plural
Não se ESPERAM de uma mãe decisões diferentes dessas. → CORRETA
OBS.: Transitividade do verbo espera: quem espera, espera algo → VTD
SE→ PARTICULA APASSIVADORA
Decisões diferentes dessas (SUJEITO PACIENTE) não são esperadas.

→ SE → partícula apassivadora → sempre que o sujeito for


paciente e o verbo for transitivo direito ou verbo transitivo
direto e indireto → o verbo concordará com o sujeito
paciente.*

EX: Negociaram-se os valores do contrato.

VTD PA SUJEITO PACIENTE

OBS.: se há PA não há OD → OD vira o sujeito paciente!

DICA 20

“SE” – ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO


Tratam-SE de aspectos literários relevantes. → ERRADA
TRATA-SE de aspectos literários relevantes → CORRETA
OBS.: Transitividade do verbo trata: quem trata, trata de → VTI
SE→ Índice de indeterminação do sujeito → REGRA: o verbo obrigatoriamente fica na
3a pessoa do singular.

13
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 21
VOZ ATIVA X VOZ PASSIVA

- DA VOZ ATIVA PARA A PASSIVA: altera o sentido, mas não altera gramaticalmente
(vice e versa).

- DA VOZ PASSIVA ANALÍTICA PARA PASSIVA SINTÉTICA: não altera nem o sentindo
e nem a gramática.
- Relação existente entre o verbo e o seu sujeito.

*** Para passar da VOZ ativa para VOZ passiva → tem que ter OD (VTD ou VTDI)

OD = OBJETO DIRETO
VTD = VERBO TRANSITIVO DIREITO
VTDI = VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO
VL = VERBO DE LIGAÇÃO
DICA 22

1- Voz Ativa 2- Voz Passiva 3- Voz Reflexiva

Voz passiva analítica: O menino se cortou.


sujeito OD VTD
O menino pulou o muro pronome reflexivo
Sujeito VTD OD
O muro foi pulado pelo → O menino cortou a si
→Sujeito (menino) pratica menino. mesmo. (pratica/sofre)
a ação sujeito locução verbal
Obs.: para ser voz reflexiva
→Sujeito (muro) sofreu tem que ter pronome
ação reflexivo. Todo pronome
reflexivo tem função
Voz passiva sintética: sintática de OD ou OI

Pulou-se o muro. →(VTD/VTI/VTDI)


PA Sujeito
PA: Se “partícula
apassivadora!
→ (VTD ou VTDI)

Não dá para passar


Ela é linda. para voz passiva!
Suj. VL (verbo de
ligação)

Não dá para passar


para voz passiva!
O dólar caiu.
Sujeito VI

14
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Não dá para passar


para voz passiva!
Gosto de você.
(eu) VTI OI
Suj.

OBS.: Observe-se que a voz passiva sintética é equivalente à voz passiva analítica.
Ex.: Vendem-se carros <=> os carros são vendidos.
*”Carros” é o sujeito paciente.

 QUESTÃO FRESQUINHA DA BANCA CESPE!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-CE Prova: CESPE - 2020 - MPE-CE -
Técnico Ministerial)
... O termo “Desenvolveram-se” (l.5) poderia ser substituído pela locução Foram
desenvolvidos, sem prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto.
(X) Certo
( ) Errado
E aí?! Trata-se da voz passiva sintética, que como visto acima, é marcada pela
partícula apassivadora “SE”. Vamos lá de dica dentro de dica, quer ter certeza para
não errar em sua prova?! Vamos transpor para a voz passiva analítica  Meios
técnicos foram desenvolvidos.
DICA 23
HIPERÔNIMO

* Prefixo HIPER = GENERALIZAÇÃO.


* Consiste em uma palavra eu apresenta SIGNIFICADO/CONTEÚDO MAIS
ABRANGENTE.
Ex.: Fruta, legume, doença.
DICA 24
HIPÔNIMO

* Prefixo HIPO = ESPECIFICAÇÃO.


* Consiste em uma palavra eu apresenta SIGNIFICADO/CONTEÚDO MAIS
ESPECÍFICO.
Ex.: Banana, chuchu, caxumba.
DICA 25
RELAÇÃO HIPERÔNIMO E HIPÔNIMO

→ Fruta (sentido mais geral) é hiperônimo de banana (sentido mais específico).


→ Legume (sentido mais geral) é hiperônimo de chuchu (sentido mais específico).
→ Doença (sentido mais geral) é hiperônimo de caxumba (sentido mais específico)

15
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

OBS.: Em textos – “Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela


seca. São pessoas famintas, maltrapilhas, destruídas. ” Conclui-se, então, que, a palavra
“pessoas” é um hiperônimo da palavra “refugiados”, já que “pessoas” apresenta um
significado mais abrangente que seu hipônimo “refugiados”.

 E... Já foi cobrado pela banca CESPE, não podemos deixar passar!

(Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRE-PI Prova: CESPE - 2016 - TRE-PI -
Analista Judiciário – Taquigrafia)

... A palavra “sigla” (l.24) é um hipônimo da palavra “reduções” (l.23) e um hiperônimo da


palavra “siglema” (l.25). GABARITO: CERTO! JUSTIFICATIVA: “SIGLAS” É MAIS
ESPECÍFICO do que “REDUÇÕES” (hipônimo). Por sua vez, “SIGLAS” é MAIS
ABRANGENTE do que “SIGLEMA” (hiperônimo). Siglema, como bem refere o texto
da questão, trata-se de uma sigla que possui caráter de palavra (p.ex.,
PETROBRAS).

Aqui vai uma observação, analisem sempre o texto relacionado.

16
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Contabilidade: Usuários

De acordo com a Estrutura Conceitual Básica, os principais usuários são investidores,


credores por empréstimos e outros credores, existentes. No entanto, a administração da
entidade e outras partes, como reguladores, governo e o público em geral, também são
considerados usuários.

O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras


sobre a entidade que reporta que sejam úteis para os principais usuários na tomada de
decisões referente à oferta de recursos à entidade. Contudo, relatórios financeiros para fins
gerais não fornecem nem podem fornecer todas as informações de que necessitam.
Usuários primários individuais têm necessidades e desejos de informação diferentes e
possivelmente conflitantes.

DICA 27

Componentes do patrimônio

Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma entidade


avaliado em moeda. Abrange tudo aquilo que a entidade possui (bens e direitos) e tudo
aquilo que deve (obrigações).

Os bens e direitos constituem a parte positiva do Patrimônio, chamada Ativo (Patrimônio


Bruto).

→ Bens: Tudo aquilo que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro
sendo utilizado na realização do objetivo principal de seu proprietário. Podem ser
classificados em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens Intangíveis.
→ Direitos: São os direitos que a empresa tem de receber e irão gerar benefícios presentes
ou futuros. É o poder de exigir alguma coisa seja por uma venda à prazo ou um aluguel a
receber, ou uma duplicata a receber, entre outros.
As obrigações representam a parte negativa do Patrimônio, chamada Passivo. São as
dívidas e valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física). São exemplos de
obrigações os salários a pagar, os aluguéis a pagar, as contas a pagar, fornecedores ou
duplicatas a pagar, impostos a pagar, etc.
O Patrimônio Líquido também faz parte do passivo (obrigações), e contém o direito dos
acionistas, sócios da empresa em relação ao patrimônio da pessoa jurídica. Este ;representa
a riqueza efetiva da pessoa jurídica, pois trata-se da diferença entre valores do ativo e
do passivo de uma entidade em determinado momento (PL = A – P).
Em resumo, os bens, direitos e obrigações podem ser chamados de componentes
patrimoniais, sendo o patrimônio representado da seguinte forma:
PATRIMÔNIO

Ativo Passivo
Obrigações
Bens e Direitos Patrimônio Líquido

17
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 28

Equação fundamental do patrimônio

A Equação patrimonial é uma representação quantitativa do patrimônio de uma


empresa. Traz um retrato sobre o estado do patrimônio da entidade e pode ser obtido
através da seguinte fórmula:

Ativos (A) = Passivos (P) + Patrimônio Líquido (PL)

A fórmula representada acima indica uma situação de normalidade da empresa, pois o


conjuntos de bens e direitos supera as obrigações (há PL positivo). É uma situação
favorável, positiva ou superavitária.

Não obstante, dependendo dos valores que assumem os ativos, passivos e patrimônio
líquido se extraem outras interpretações dessa equação:

→ Ativo = Patrimônio Líquido (Passivo = 0)

Neste caso, não há obrigações com terceiros, o que ocorre na abertura das empresas.

→ Ativo = Passivo (PL = 0)

O Patrimônio Líquido é nulo, quando ativos e passivos possuem o mesmo valor, o que
demonstra que todo o ativo da empresa está sendo financiado com recursos de terceiros.
Trata-se de uma situação líquida nula ou inexistente.

→ Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo

Neste caso, a empresa se encontra em estado de insolvência, ou seja, o ativo não é


suficiente para liquidar todas as dívidas. Para eliminar o déficit, deve-se aumentar o PL com
o acréscimo de capital por parte dos proprietários. Esta situação é denominada de Passivo
a Descoberto. É uma situação desfavorável, negativa ou deficitária.

DICA 29

Patrimônio Líquido

O Patrimônio Líquido é o resultado da diferença entre os valores do ativo e do passivo


de uma entidade.

O grupo de contas de constitui o patrimônio líquido podem ser as seguintes:

→ Capital Social: valor da contrapartida do titular, sócios ou acionistas de um


empreendimento, para início e manutenção da empresa;

→ Reservas de capital: são valores recebidos pela empresa e que não se referem ao
resultado, por não estarem atrelados à produção ou entrega de serviços ou bens do negócio;

→ Ajustes de avaliação patrimonial: é o resultado da avaliação dos bens de acordo com


o cálculo de seu valor justo;

→ Reservas de Lucros: são contas construídas a partir de lucros da empresa, para atender
a diferentes finalidades;

→ Ações de tesouraria: são ações emitidas por uma empresa e depois recompradas pela
mesma companhia, no mercado;

18
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

→ Lucros ou prejuízos acumulados: são a soma dos resultados positivos/negativos nas


Demonstrações de Resultados dos Exercícios de uma empresa desde a sua constituição.

DICA 30

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS


A essência do método das partidas dobradas parte do pressuposto de que “não há débito
sem crédito correspondente”. O registro de um débito em uma ou mais contas de uma
operação financeira deve sempre corresponder a um crédito equivalente em uma ou mais
contas.
A título de exemplo, se a empresa adquire um veículo no valor de R$45.000,00 à vista
através do banco, haverá um débito na conta denominada “veículo” (conta do ativo) e um
crédito na conta denominada “banco” (conta do passivo) da seguinte forma:

Veículo
Débito Crédito (aumento do ativo da empresa)

$45.000

Banco
Débito Crédito (aumento do passivo da empresa)

$45.000

Portanto, sempre que ocorre um fato, dois ou mais elementos do patrimônio são alterados
equivalentemente, permitindo-se equilíbrio constante.
DICA 31

CONTAS
As operações financeiras de uma empresa ocasionam diversos aumentos e diminuições no
ativo, no passivo e no patrimônio líquido. Estes aumentos e diminuições são registrados
em contas, conforme modelo abaixo:
(Título da conta)

Data Operações Débito Crédito D/C Saldo

Em linhas gerais, a conta possui a data do lançamento da ocorrência do fato que alterou
o valor do componente patrimonial, a operação que decorreu aquela conta, a indicação do
valor que será acrescido e/ou diminuído do saldo da conta (débito/crédito), a indicação
da natureza do saldo (devedor e credor - D/C) e o saldo, que representa a diferença
entre o somatório do débito e o somatório do crédito.
O conjunto de todas as contas que registram a história das movimentações do ativo, do
passivo e do patrimônio líquido são registradas em um livro denominado Razão.

19
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 32

CONTAS
As contas de ativo e de despesas serão debitadas sempre que for necessário aumentar os
seus saldos, e serão creditadas quando a intenção for diminuí-los. Já as contas de passivo
e de receitas seguem mecanismo inverso.
Nesse sentido:
Ativo: Devedora - aumenta Débito e diminui Crédito - Patrimonial

Passivo: Credora - aumenta Crédito e diminui Débito - Patrimonial

PL: Credora - aumenta Crédito e diminui Débito - Patrimonial

Receita: Credora - aumenta Crédito e diminui Débito - Resultado

Despesa: Devedora - aumenta Débito e diminui Crédito – Resultado


DICA 33

Contabilização de juros

Quando houver compra de mercadorias, mas o comprador pagar em atraso, incorrendo


em juros, o fornecedor deve reconhecer o pagamento a débito em caixa, depois extinguir
a obrigação do comprador na conta clientes através de um lançamento a crédito. Por último,
deve-se reconhecer a receita dos juros, uma vez que ele pagou em atraso, derivando assim
em duas contrapartidas para o pagamento da seguinte forma:

D- Caixa

C- Clientes

C- Receita de Juros ou Juros Ativos.

A alteração de dois ou mais elementos do patrimônio deriva do método das partidas


dobradas permitindo assim equilíbrio constante.

DICA 34

ICMS e IPI recuperáveis

Quando houver aquisição de mercadorias para revenda e de insumos da produção industrial


(matérias-primas, materiais intermediários e embalagens) a empresa pagará IPI e ICMS.
Não obstante, o pagamento destes não deve integrar o respectivo custo da empresa,
podendo ser recuperável mediante crédito nos livros fiscais pertinentes.

Em outras palavras, O IPI e o ICMS são impostos indiretos, e o consumidor final é que
suporta a carga tributária, embora não seja designado pela lei como contribuinte desses
impostos. Portando as empresas repassam o valor destes impostos no custo das
mercadorias produzidas.

20
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Uma forma de contabilizar os impostos recuperáveis pagos na aquisição de mercadorias e


insumos da produção é o registro, por ocasião da aquisição desses bens, em contas próprias,
classificáveis no ativo circulante, intituladas “IPI a Recuperar” e "ICMS a Recuperar”.

A título de exemplo, a realização de uma compra de mercadorias a prazo, no valor total de


R$ 500 mil, cujo ICMS corresponda a R$ 90 mil, resultará em um aumento de R$ 500 mil
no ativo total da entidade, da seguinte maneira:

D- mercadorias: 410.000

D- ICMS a recuperar: 90.000

C- mercadorias a pagar 500.000

DICA 35

Registro de correção monetária

Para registrar a correção monetária pós-fixada referente a empréstimo anteriormente


contratado, por ocasião do vencimento da referida obrigação, será adequado o
lançamento a débito da conta variação monetária passiva e a crédito da conta
empréstimo a pagar.

D - Variação monetária passiva

C - Empréstimos a pagar (P)

Nos contratos de empréstimos, financiamentos, debêntures ou direitos creditórios, podem


ser estipuladas regras para atualização dos valores, com a utilização de índices específicos,
como o IGP-M ou outro índice de inflação, ou ainda pela cotação de moeda estrangeira,
como o dólar (neste caso, utiliza-se o termo "variações cambiais").

As variações monetárias constituem-se em receita ou despesa, devendo ser


contabilizadas pelo regime de competência.

As variações monetárias passivas serão registradas contabilmente na própria


conta que registra o empréstimo ou financiamento, tendo como contrapartida uma
conta de despesa operacional.

As variações monetárias ativas (ganhos) serão registradas a débito da conta que originou
o ganho e a crédito de uma conta de receita operacional.

21
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

ESTATÍSTICA

DICA 36

TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM

Chamamos de técnicas de amostragem aquelas técnicas utilizadas para selecionar, dentre


os indivíduos de uma população, aqueles que farão parte de nossa amostra, sobre a
qual calcularemos os dados estatísticos de nosso interesse.

DICA 37

Amostragem aleatória simples

Uma primeira forma de amostragem probabilística é a escolha aleatória dos indivíduos da


população que farão parte da amostra (em uma lista, por exemplo).

Trata-se da amostragem aleatória (ou casual) simples. Esta amostragem pode ser feita com
reposição (onde um mesmo indivíduo pode ser escolhido mais de uma vez para a amostra)
ou sem reposição (onde cada indivíduo só pode ser escolhido uma vez).

DICA 38

Amostragem sistemática

Uma outra forma de escolher os indivíduos que farão parte da amostra é utilizando a
amostragem sistemática. Tendo a lista de todos os indivíduos em mãos, e algumas
características destes indivíduos, podemos criar um critério para a escolha dos
selecionados.

DICA 39

Amostragem por conglomerados (agrupamentos)

Ao invés de criar um sistema de escolha, como fizemos na amostragem sistemática,


podemos decidir analisar subgrupos inteiros da população. Trata-se da amostragem
por conglomerados (ou agrupamentos).

DICA 40

Amostragem estratificada

Em alguns casos, podemos dividir a população em estratos, que são subconjuntos da


população compostos por indivíduos com algumas semelhanças entre si.

A diferença entre estratos e conglomerados é que, nos estratos, os indivíduos devem ter
alguma característica em comum que os torna mais semelhantes, enquanto os
conglomerados são meros agrupamentos com base em um critério qualquer. Os
estratos também devem ser mutuamente exclusivos, para que cada indivíduo participe de
apenas 1 estrato.

22
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

Comete CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE:

Submeter o preso a interrogatório policial DURANTE O PERÍODO DE REPOUSO


NOTURNO, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente
assistido, consentir em prestar declarações:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, E multa.

DICA 42

Comete CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE:

Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição


hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha
ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua
apuração:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, E multa, além da pena


correspondente à violência.

DICA 43

CRIMES DE TORTURA (LEI Nº 9.455/1997)

LEMBRAR QUE ... A CF/88 estabelece que o crime de tortura é inafiançável e


insuscetível de graça ou anistia, porém não é imprescritível.

* Assim também estabelece o § 6º da referida lei: O crime de tortura é inafiançável e


insuscetível de graça ou anistia.

DICA 44

Constitui CRIME DE TORTURA:

I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-


lhe sofrimento físico ou mental:

a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de


terceira pessoa; (TORTURA-PROVA  crime comum)

b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (TORTURA-CRIME 


crime comum)

c) em razão de discriminação racial ou religiosa; (TORTURA-RACISMO OU


DISCRIMINATÓRIA  crime comum)

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de


violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar
castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. (TORTURA-CASTIGO  crime
próprio, pois só é cometido por quem está com a guarda, poder ou autoridade
sobre a vítima)

23
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida


de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não
previsto em lei ou não resultante de medida legal.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-
las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos. (TORTURA-
OMISSÃO)

§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de


reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis
anos. (TORTURA QUALIFICADA)

 NÃO CAIR NA PEGADINHA!!! A LESÃO CORPORAL LEVE NÃO QUALIFICA A


TORTUTA!

 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF
- Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 2ª Prova)

... Se um policial rodoviário federal, com o objetivo de obter confissão de uma pessoa
que tenha sido flagrada cometendo infração, praticar intencionalmente algum ato para
causar sofrimento mental a essa pessoa, essa conduta poderá ser caracterizada como
tortura.” PELA DICA VOCÊS JÁ GABARITAM A QUESTÃO... RACIOCINAR E
ACERTAR... ESTÁ CERTO, analisem o art. 1º, inc. I, “a”, da lei em questão (que está
logo acima).

DICA 45

No CRIME DE TORTURA:

AUMENTA-SE a pena de um sexto até um terço:

I - se o crime é cometido por agente público;

II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência,


adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;

III - se o crime é cometido mediante seqüestro.

 Quanto ao AGENTE PÚBLICO, a condenação acarretará a perda do cargo, função ou


emprego público e a interdição para seu exercício pelo DOBRO DO PRAZO DA PENA
APLICADA.

24
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2018 - STJ - Analista
Judiciário – Judiciária)

“A condenação pela prática de crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou


emprego público e a interdição para o seu exercício por prazo igual ao da pena aplicada.” E
AÍ GALERA? ERRADOOOO! Não é por prazo igual ao da pena aplicada, LEIAM
ACIMA: pelo DOBRO DO PRAZO DA PENA APLICADA.

VAMOS DE MACETE UM TANTO QUE HILÁRIO (constrangedor...)?! ... Quando “fulano”


tortura alguém fisicamente, apenas lembrem-se que: O TORTURADOR DOBRA O
“CARA” DE “PORRADA”.

DICA 46

O condenado por crime previsto na Lei de Tortura, salvo na hipótese de tortura-


omissão, INICIARÁ O CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME FECHADO.

DICA 47

O disposto na Lei de Tortura aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido
em território nacional, sendo:

 A vítima brasileira ou;

 Encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

DICA 48

LEI Nº 10.826/2003 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO

Considerações gerais

➢ O bem jurídico tutelado é a incolumidade pública.


➢ O objeto material: arma, acessório e munição.
➢ Trata-se de um crime de perigo abstrato, vez que não há necessidade de
ocorrência de uma lesão efetiva.

DICA 49

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

Art. 12, da Lei nº 10.826/2003. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local
de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”.

Para entender o crime previsto no art. 12, importante citar o art. 5º do referido diploma
legal. Segundo o art. 5º, para se ter o porte de arma, o sujeito deve possuir registro de
arma de fogo. Neste caso, o proprietário deve manter a arma de foto exclusivamente:

25
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

➢ no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses; ou


➢ no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.


OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

✓ Aos residentes em área rural considera-se residência ou domicílio toda a extensão


do respectivo imóvel rural.
✓ A área urbana compreende qualquer local da extensão da residência, como
garagem, jardim etc.
✓ Para comprovação da titularidade do estabelecimento ou empresa é analisado o
contrato social.

DICA 50

ARMA DESMUNICIADA E DESMONTADA

➢ Arma desmuniciada:

- Se a perícia constatar que a arma estava apta para produzir disparos, haverá o
crime;

- Se a perícia constatar que a arma estava inapta para produzir disparos, não haverá
o crime, pois trata-se de um crime impossível.

 E A BANCA CESPE JÁ COBROU!!!

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF -
Defensor Público)
... O porte de arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, ainda que a arma esteja desmuniciada ou comprovadamente inapta
a realizar disparos, configura delito de porte ilegal de arma de fogo.


PRESTEM ATENÇÃO NOS NOSSOS GRIFOS E GABARITE A QUESTÃO!
GABARITO: ERRADOOOO!

➢ Arma desmontada:

- Se a arma é fácil de ser montada haverá crime;

- Se a arma é difícil de ser montada, não haverá crime.

26
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 51

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

No caso de condutas que não sejam capazes de colocar em risco o bem jurídico
tutelado, os Tribunais têm aplicado o princípio da insignificância. Podemos citar o caso de
uma pessoa que mantem uma munição dentro de sua residência.

DICA 52

ARMA COM REGISTRO VENCIDO

O proprietário de arma de fogo que possuía o registo, mas não renova, e mantem ou
possui em depósito a arma, não comete crime, mas sim uma infração administrativa.

ATENÇÃO! O STJ aplicou este entendimento no HC 587834 em 20/08/2020!

FIQUEM MAIS ATENTOS! Por sua vez, já no caso do porte de arma sem nenhum
registro, HAVERÁ CRIME.

DICA 53

OMISSÃO DE CAUTELA

Art. 13, da Lei nº 10.826/2003. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir
que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de


empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência
policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio
de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte
quatro) horas depois de ocorrido o fato.

*Em relação ao caput:

➢ é considerado um crime culposo;


➢ o objeto material do crime é somente arma de fogo;
➢ é crime próprio; e
➢ os sujeitos passivos são o menor de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência
mental.

*Em relação ao parágrafo único:

➢ é considerado crime de omissão dolosa;


➢ os sujeitos ativos próprios deixam de registrar ocorrência e de comunicar à Polícia
Federal;
➢ O objeto material são armas de foto, acessório e munição;
➢ Prazo para consumação de 24 horas.

27
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 54

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

Art. 14, da Lei nº 10.826/2003. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização
e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, E multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente”.

Trata-se de um crime doloso, no qual o agente pratica um ou mais núcleos previstos no


caput sem ter posse ou propriedade de arma

ATENÇÃO!!!

Conforme entendimento do STJ, se a arma é utilizada, exclusivamente, para matar,


haverá absorção do crime fim, isto é, o crime será de homicídio. No entanto, se for
possível separar os contextos haverá concurso material.

***O STF declarou o parágrafo único inconstitucional, podendo haver fiança e, com isso,
liberdade provisória.

DICA 55

ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI Nº 10.826/2003)

* O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito


da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional.

* Suas atribuições relacionam-se basicamente com o registro e controle das informações


sobre as armar de fogo existentes no país (art. 2º) e ATENÇÃO! As disposições referentes
ao Sinarm NÃO ALCANÇAM as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem
como as demais que constem dos seus registros próprios.

 DICA PARA SE VISUALIZAR E NÃO ESQUECER A SEGUINTE DIFERENÇA:


- ANDANDO ARMADO NO CARRO OU NA CINTURA – “EXTRA MUROS”  PORTE.

- ARMA NA SUA CASA OU NO SEU TRABALHO – “INTRA MUROS”  POSSE.

DICA 56

AO SINARM COMPETE:

I – Identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante


cadastro;

28
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

II – Cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País;

III – Cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações


expedidas pela Polícia Federal;

IV – Cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e


outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as
decorrentes de fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de
valores;

V – Identificar as modificações que alterem as características ou o


funcionamento de arma de fogo;

VI – Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;

VII – Cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a


procedimentos policiais e judiciais;

VIII – Cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder


licença para exercer a atividade;

IX – Cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas,


exportadores e importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e
munições;

X – Cadastrar a identificação do cano da arma, as características das


impressões de raiamento e de microestriamento de projétil disparado,
conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante;

XI – Informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito


Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo nos
respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado para
consulta.

DICA 57

É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente.

* O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela Polícia Federal e será
PRECEDIDO de autorização do Sinarm.

29
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

ATENÇÃO! As armas de fogo de uso restrito serão registradas no Comando do Exército, na


forma do regulamento da Lei do Desarmamento - lei nº 10.826/2003.

*  TOME NOTA! O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o


território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente
no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no
seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa.

*  TOME NOTA! Aos residentes em área rural, considera-se residência ou domicílio


toda a extensão do respectivo imóvel rural.

DICA 58

CAÇADOR DE SUBSISTÊNCIA

Aos residentes em áreas rurais, maiores de 25 (vinte e cinco) anos que comprovem
depender do emprego de arma de fogo para prover sua subsistência alimentar
familiar será concedido pela Polícia Federal o porte de arma de fogo, na categoria
caçador para subsistência, de uma arma de uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou
2 (dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a 16 (dezesseis), desde que
o interessado comprove a efetiva necessidade em requerimento ao qual deverão ser
anexados os seguintes documentos:

I - documento de identificação pessoal;

II - comprovante de residência em área rural; e

III - atestado de bons antecedentes.

ATENÇÃO! O caçador para subsistência que der outro uso à sua arma de fogo,
independentemente de outras tipificações penais, responderá, conforme o caso, por
porte ilegal ou por disparo de arma de fogo de uso permitido.

DICA 59

DISPARO DE ARMA DE FOGO

Art. 15, da Lei nº 10.826/2003. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar
habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa
conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável”.

➢ Neste caso, a conduta é dolosa, basta que o agente faça um disparo ou acione a
munição em local habitado ou em via pública, não importando se a arma tem registro.
➢ Havendo crime contra a vida, com o disparo de arma de fogo, o crime fim absorve o
crime meio.
➢ O parágrafo único foi considerado inconstitucional, podendo haver fiança a liberdade
provisória.

30
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 60

NOVA REDAÇÃO DADA PELO PACOTE ANTICRIME

Art. 16, da Lei nº 10.826/2003. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:

I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma


de fogo ou artefato;

II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a


arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo
induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;

III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário,


sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;

IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração,


marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo,


acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e

VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de


qualquer forma, munição ou explosivo.

§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de


fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

ATENÇÃO! COM PACOTE ANTICRIME (Lei nº. 13.964/19), o crime de posse ou porte
ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO (§ 2º do art. 16) passou a ser hediondo, bem
como os crimes de comércio ilegal de armas de fogo e de tráfico internacional de
arma de fogo, acessório ou munição.  LEMBRANDO... logo, são crimes
inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia.

31
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

A atividade administrativa do Estado é desempenhada pelos seguintes sujeitos: Órgãos


públicos (não há personalidade jurídica), entidades públicas (há personalidade jurídica)
e agentes públicos.
DICA 62

- Centralização: Dá-se na hipótese em que o Estado presta os serviços por meio de seus
órgãos e agentes integrantes da Administração direta, nessa mira, presta os serviços por
meio de seus órgãos e agentes integrantes da Administração direta (composta das pessoas
políticas, já que essas são as únicas que recebem competências diretamente da CF/88 para
prestar serviço público à sociedade). Assim, fala-se que o serviço é prestado de forma
centralizada.

- Descentralização: Aqui a ideia subjacente é a eficiência. Segundo Segundo Maria Zylvia


Zanella Di Pietro, a descentralização é a distribuição de competências de uma para outra
pessoa, física ou jurídica. A Doutrina a divide em: descentralização por outorga, por
serviços, técnica ou funcional; descentralização por delegação ou colaboração;
descentralização territorial ou geográfica.

- DescOncentração: criação de Orgãos. Ocorre, EXCLUSIVAMENTE, dentro de uma mesma


pessoa jurídica. Trata-se de uma técnica administrativa de distribuição interna de
competências. Lembrem-se que aqui há relação de hierarquia entre os órgãos
resultantes.

DICA 63

- Descentralização por outorga, por serviços, técnica ou funcional:

*Exigência de lei (em sentido formal) para criar OU autorizar a criação de outra entidade;
*Dá origem a Administração Indireta (Autarquia, FP, EP e SEM);
*Transfere a Titularidade do serviço.

OBS.: Não existe hierarquia ou subordinação entre as pessoas envolvidas, mas apenas
vinculação. Nesta esteira, o órgão central presta a tutela (administrativa), supervisão
(ministerial) ou controle finalístico sobre o exercício da atividade por parte do ente
descentralizado, nos termos ditados pela lei.

DICA 64

Teoria do Órgão: aceita pela doutrina hoje, também denominada como teoria da
imputação volitiva, que foi cunhada pelo alemão Otto Gierke. Em suma, a vontade dos
órgãos e seus agentes é imputada diretamente à pessoa jurídica a qual o agente é vinculado.
Nessa mira, como exemplo, Policial Civil, é vinculado ao estado do Maranhão ou outro da
Federação. Logo, um ato praticado por um policial civil é imputado ao estado que esteja
vinculado.

32
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 65

- Descentralização por delegação ou colaboração:

*Ato administrativo → autorização de serviço (precariedade)


*Contrato Administrativo → concessão ou permissão (prazo determinado)

DICA 66

EXCEÇÕES que reconhecem a capacidade processual de determinados órgãos públicos


autônomos e independentes:

*A jurisprudência admite a capacidade processual de determinados órgãos públicos


autônomos e independentes para a impetração de mandado de segurança na defesa de suas
prerrogativas e competências (apenas nesse tipo de caso), quando violadas por ato de outro
órgão.

*O Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 82, inciso III, estabelece serem
legitimados para promover a liquidação e execução de indenização “as entidades e órgãos
da administração pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este Código”.

DICA 67

Principais diferenças entre as entidades da Administração Indireta

- Finalidade: as autarquias são criadas para o desempenho de atividades típicas de


Estado; as fundações públicas, para o exercício de atividades de utilidade pública; e as
empresas públicas e sociedades de economia mista, para a exploração de atividades
econômicas.
- Natureza jurídica das entidades: as autarquias são pessoas jurídicas de direito
público; as empresas públicas e sociedades de economia mista são pessoas
jurídicas de direito privado; no tocante às fundações podem ser tanto de direito público
quanto de direito privado.

- Criação e instituição das entidades: A CF/88, art. 37, inciso XIX, dispõe que a criação
de autarquias (por serem pessoas de direito público) se dá mediante lei específica, ao
contrário do que acontece com as sociedades de economia mista e empresas públicas (por
serem pessoas de direito privado), que necessitam de uma lei que autorize a sua instituição.

DICA 68

ATENÇÃO! Tanto as fundações públicas de direito público (também denominados de


“fundações autárquicas” ou “autarquias fundacionais”) quanto as fundações públicas de
direito privado não possuem finalidade lucrativa.

DICA 69

Na ADI 2. 794, o STF já decidiu no sentido de que o Ministério Público Federal deve
realizar o velamento das fundações federais de direito público. Nessa esteira, cabe ao
MP o controle de todas as fundações, sejam as privadas ou as públicas (de direito público e
de direito privada), sendo competente para velar pelas fundações estaduais e municipais, o
MP do estado-membro em que se encontrem; pelas fundações distritais, o MPDFT; e pelas
fundações federais (independentemente da localização), o MPF.

33
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 70

- Descentralização Territorial ou Geográfica:

*a União cria uma pessoa jurídica com limites territoriais determinados e competências
administrativas genéricas. Não possuem capacidade política, tão somente capacidade
administrativa genérica (art. 18, § 2º, da CF/88).

DICA 71

As SEM e EP são as únicas entidades da Administração Indireta que podem explorar


atividade econômica, caso sejam exploradoras de atividade econômica, se submetem
precipuamente ao regime jurídico de direito privado e próprio das empresas privadas (art.
173, § 1º, inciso II da CF).

DICA 72

O ato administrativo não é privilégio do Poder Executivo: o Legislativo e o Judiciário,


assim como o Tribunal de Contas e o Ministério Público, também editam atos
administrativos. E fazem isso quando exercem sua função administrativa, ou, no jargão
da Administração, suas “atividades-meio”.

DICA 73

A ausência de manifestação da administração em situações em que deve pronunciar-se,


conhecida como silêncio administrativo, não é considerada pela doutrina majoritária
como um ato administrativo.

Afinal, uma das características que definem o ato administrativo é justamente a declaração
de vontade, isto é, a exteriorização do pensamento.

DICA 74

O conceito de agente público é detalhado na Lei Nº 8.429/92 e pode ser definido como todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato,
cargo, emprego ou função pública.

DICA 75

Agentes Administrativos

Aqui estão a maioria dos agentes públicos. Atuam na Administração Pública ocupando
cargos, empregos e funções públicas com vínculo hierárquico e recebendo remuneração
para isso. Podemos citar, como exemplo, os servidores e empregados públicos.

Agentes Políticos

Esses são os agentes públicos que fazem parte da cúpula da Administração Pública.
São aqueles que definem as políticas públicas a serem implementadas pelo Poder Público e
realizam a supervisão e direção superior de tais políticas.

Agentes Honoríficos

São cidadãos chamados a colaborarem temporariamente com o Poder Público, por


meio da prestação de serviços específicos. Não possuem vínculo com a Administração

34
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Pública e normalmente atuam sem remuneração. Podemos citar os mesários que atuam nas
eleições, como exemplo.

Agentes Delegados

São particulares que exercem atividades por sua própria conta e risco, mas que
podem ter impacto na população, sendo fiscalizados pelo Poder Público. Aqui temos por
exemplo os delegatários de serviços públicos e os leiloeiros.

Agentes Credenciados

São aqueles que recebem a incumbência de representar a Administração Pública em


determinados eventos ou atividades. Podemos citar um professor universitário que
representa o Brasil em certo congresso.

DICA 76

Investidura em cargo/emprego público - Em regra depende de: Concurso Público de


Provas e Concurso Público de Provas e Títulos, salvo para cargos em comissão.

Com relação ao uso de títulos nos concursos públicos, tal possibilidade só se justifica para
cargos/empregos que dependam de especial conhecimento técnico ou científico.
Segundo o STF, deve haver também uma relação lógica entre os títulos aceitos como fatos
de pontuação e as atribuições dos cargos/agentes e a natureza do cargo – nada justifica
a exigência de títulos para cargos de atribuição genérica. Além disso, a pontuação
atribuída deve ser razoável, sob pena de afronta aos princípios da proporcionalidade e
razoabilidade.

DICA 77

Exceções à regra de Concurso Público

→ Cargos em Comissão

O acesso a cargo ou emprego público tem como regra a necessidade de concurso público.
Tal diretriz é excepcionada no caso de cargos em comissão, que são de livre nomeação e
exoneração da autoridade competente, tendo como fundamento o poder discricionário.

→ Agentes Comunitários

Outra exceção é o caso dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, que
podem ser contratados mediante “processo seletivo público”, de acordo com a natureza
e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação (art. 198,
§4º).

→ Contratação por tempo determinado

A contratação por tempo determinado também é tratada na CF/88 como exceção à regra
de concurso público.

35
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 78

Aos brasileiros é concedido o livre acesso aos cargos/empregos/funções públicas, atendidos


os requisitos estabelecidos em lei.

No caso do estrangeiro, é usada a expressão “na forma da lei”. Isso significa que tem que
existir uma lei prevendo a possibilidade de acesso aos estrangeiros para que só então, se
todos os requisitos forem atendidos (como os brasileiros), os estrangeiros tenham acesso
aos cargos/empregos/funções públicas.

É uma norma de eficácia limitada, o que significa que para que essa parte da CF/88
relativa aos estrangeiros seja aplicável é necessária a edição prévia de uma lei que preveja
tal fato.

DICA 79

Súmula 683 do STF

O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º,
XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido.

DICA 80

As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,


atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e
atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de
informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

DICA 81

Não pode a Administração Pública impedir o acesso a cargos/empregos públicos baseada no


conceito de “inidoneidade moral” ou “ausência de bons antecedentes”, caso se trate
de inquérito ou ação penal sem trânsito em julgado. Tal situação, segundo do STF, seria
uma afronta ao princípio da presunção da inocência.

DICA 82

Súmula Vinculante 44
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.

Requisitos para a exigência de testes psicotécnicos:

→ Previsão em lei;
→ Previsão no edital (específico para concursos federais);
→ Uso de critérios objetivos e de reconhecido caráter técnico; e
→ Possibilidade de recurso.

36
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 83

JURISPRUDÊNCIA STF

→ Salário Mínimo: Com relação à garantia de salário mínimo, o STF entende que a garantia
se refere à remuneração e não ao vencimento básico;

→ Horas-extras: A Corte Maior entende que o inciso referente às horas-extras


(remuneração extraordinária) não depende de regulamentação, sendo de eficácia plena – o
Poder público deve garantir seu pleno exercício independente da ausência de lei
regulamentadora;

→ Conversão de férias em dinheiro: Os servidores que porventura ainda tenham direito


a férias e que não possam gozá-las devem receber tais benefícios na forma de dinheiro,
independente de previsão legal. Isso vale inclusive para o adicional de 1/3; e

→ Estabilidade da gestante: Se aplica aos agentes públicos o descrito no art. 10º do


ADCT da CF/88, segundo o qual fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da
empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. Isso
vale, inclusive, para as ocupantes de cargos em comissão.

DICA 84

Durante o prazo de validade do concurso o candidato aprovado dentro do número de


vagas indicadas no edital tem direito subjetivo de ser nomeado.

O STF ampliou tal entendimento para os candidatos que não foram aprovados dentro das
vagas, mas que devido à desistência de outros candidatos acabam se enquadrando dentro
das vagas.

Em casos excepcionais, provocados por circunstâncias supervenientes à publicação do


edital, é aceitável que a Administração Pública deixe de nomear os agentes públicos, quando
deverá motivar tal decisão que estará sujeita ao controle do Judiciário.

DICA 85

As empresas públicas e sociedades de economia mista autônomas (que não recebem


nenhum recurso do governo) não estão sujeitas ao teto constitucional.

37
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Historicamente, os direitos fundamentais de primeira dimensão pressupõem dever de
abstenção pelo Estado, ao contrário dos direitos fundamentais de segunda dimensão, que
exigem, para sua concretização, prestações estatais positivas.

DICA 87
Gerações (dimensões) de direitos fundamentais

Primeira geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revoluções Liberais do século XVIII;


2) São direitos que visavam impor restrições ao poder absoluto do Estado;
3) São direitos civis (ligados ao valor liberdade) e políticos (que viabilizaram a participação
das pessoas na vida política do Estado);
4) Tais direitos são marcadamente de caráter negativo, pois impõem um dever de
abstenção do Estado, impedindo a intromissão indevida na vida dos indivíduos.

Segunda geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revolução Industrial do século XIX;


2) Exigiam a atuação (um fazer) do Estado para melhorar as condições das classes menos
favorecidas;
3) Instituíram direitos sociais (ligados ao valor igualdade);
4) Tais direitos são de caráter positivo, pois impõem um dever de atuação do Estado para
garantir direitos básicos e as condições mínimas de igualdade para todos.

Terceira geração

1) Nasceram no contexto histórico do pós-Segunda Guerra Mundial (segunda metade do


século XX);
2) Resultaram da reflexão da comunidade internacional a respeito do saldo lamentável dos
conflitos do século XX e da necessidade de proteger as gerações futuras;
3) Instituíram direitos difusos ou metaindividuais (ligados ao valor fraternidade ou
solidariedade);
4) Tais direitos não são titularizados por uma pessoa ou um grupo de pessoas determinado,
mas por toda a coletividade.

Quarta geração

É representada pelos direitos à democracia, à informação e ao pluralismo, resultado da


globalização política. Esse grupo de direitos abarca também os referentes à biotecnologia,
à bioética e à regularização da engenharia genética, sendo fruto dos avanços tecnológicos
e da globalização da informação.

Quinta geração

Abarca o direito à paz, necessário à boa convivência humana e para a própria conservação
da nossa espécie.

38
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 88
Aplicabilidade das normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais

Regra - A Constituição brasileira dispõe, no § 1º do art. 5º, que “as normas definidoras dos
direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata”. Isto significa dizer que, via de
regra, as normas constitucionais que enunciam os direitos fundamentais não dependem
de atuação legislativa para que tenham eficácia.

Exceção - A Constituição poderá exigir norma regulamentadora para que certos direitos
fundamentais possam ser plenamente exercidos, isto é, para que eles possam produzir
todos os seus efeitos essenciais.

DICA 89
Eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas (eficácia horizontal e
diagonal)

Eficácia vertical - Os direitos fundamentais são aplicáveis em uma relação entre os


particulares e o Poder Público.

Eficácia horizontal - Os direitos fundamentais são aplicáveis nas relações privadas (entre
particulares).

• Eficácia indireta e mediata: a aplicação dos direitos fundamentais nas relações


particulares somente pode se dar por meio da produção de leis infraconstitucionais.

• Eficácia direta e imediata: os Direitos fundamentais estariam aptos a vincular de


modo imediato os agentes particulares, sendo desnecessária a intermediação
legislativa.

Eficácia diagonal - Os direitos fundamentais incidem nas relações entre particulares que
não estão em situação simétrica, isto é, naqueles casos em que um dos polos da relação
jurídica se encontra em condição de hipossuficiência, de flagrante desigualdade fática.

DICA 90
O habeas corpus é remédio constitucional a ser impetrado sempre que alguém sofrer ou
se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por
ilegalidade ou abuso de poder (art. 5º, LXVIII, CF). O HC pode ser:

1) repressivo (liberatório), para reparar ofensa ocorrida ao direito de locomoção; ou


seja, o indivíduo já teve desrespeitado o seu direito de livre locomoção, por cerceamento
ilegal de autoridade pública ou dirigente de estabelecimento coletivo de caráter público
(hospital, restaurante, instituição bancária, estabelecimento de ensino).

2) preventivo (salvo-conduto), para prevenir a ofensa, quando haja fundado receio de


constrangimento ilegal à liberdade de locomoção, e importa de expedição de salvo-conduto.

3) profilático (potencial constrangimento) para suspender atos processuais ou


impugnar medidas que possam importar em prisão, tais como quebra de sigilo bancário e
fiscal, quebra de sigilo telefônico, busca e apreensão etc.

39
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

4) suspensivo: defendido por alguns autores, naqueles casos em que já existe um


constrangimento ilegal, mas a pessoa ainda não foi presa, caso em que se expede
um contramando de prisão.

Ademais, o habeas corpus é cabível não só contra ofensa direta, mas também frente
à ofensa indireta ao direito de locomoção. A ofensa indireta ocorre quando o ato
impugnado poderá resultar em procedimento que, no final, resulte na reclusão do
impetrante.

DICA 91
Ações afirmativas são mecanismos que visam viabilizar uma isonomia material em
detrimento de uma isonomia formal por meio do incremento de oportunidades para
determinados segmentos.

Lembre-se que a isonomia pode ser lida em uma perspectiva formal (que é a igualdade
perante a lei) e material (que é a igualdade na lei).

As ações afirmativas visam realizar a igualdade material, oportunizando aos que foram
menos favorecidos (por critérios sociais, econômicos, culturais, biológicos) o acesso aos
meios que reduzam ou compensem as dificuldades enfrentadas, de forma que possam ser
sanadas as distorções que os colocaram em posição desigual diante dos demais integrantes
da sociedade.

DICA 92
Em 2018, na ADI 4275, o STF reconheceu às pessoas transgêneros o direito a alteração,
no assento de registro civil, de nome e gênero, ainda que não realizado procedimento
cirúrgico de transgenitalização ou de redesignação sexual.

DICA 93
A regra em nossa Constituição é a vedação de distinções criadas por motivo de sexo, idade,
cor ou estado civil. No entanto, desde a EC nº 19/1998, temos em nosso texto, no art.
39, § 3º, CF/88, a possibilidade de o legislador infraconstitucional estabelecer em lei
requisitos diferenciados de admissão em concursos públicos quando a natureza do cargo
exigir.

É, portanto, constitucionalmente legítima a previsão em edital de requisitos diferenciados


de admissão desde que duas regras sejam satisfeitas: 1) deve haver previsão legal
definindo quais são os critérios; 2) a previsão deve ser razoável, afinal, de acordo com o
STF, a distinção só será constitucionalmente legítima quando justificada pela natureza das
atribuições dos cargos a serem preenchidos.

DICA 94
De acordo com o STF, é constitucional a previsão de limites de idade em concursos públicos,
quando justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido (Súmula
683 – “O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art.
7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do
cargo a ser preenchido”).

40
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 95
Súmula Vinculante nº 11→ Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte
do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão
ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

DICA 96
A liberdade de manifestação de pensamento, ainda que seja garantida pelo texto
constitucional em seu art. 5º, IV, somente poderá ser exercida se de forma não anônima.

Isso porque, eventualmente, no exercício dessa faculdade, o sujeito poderá agir


abusivamente e ferir direitos de outrem (honra ou imagem, por exemplo), ou até mesmo
cometer um ilícito penal, casos em que sua identidade será imprescindível para viabilizar a
responsabilização aplicável à hipótese.

DICA 97
Sacrifício de animais em cultos de religiões de matriz africana

Em março de 2019, por maioria, o Plenário do STF considerou constitucional lei estadual
de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício
ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana.

Como sabemos, a religião desempenha papel importante em vários aspectos da vida da


comunidade, e essa centralidade está consagrada no art. 5º, VI, da Constituição. É, pois,
dever do Estado Brasileiro proteger as manifestações das culturas populares indígenas e
afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional (art.
215, § 1º, da CF/88).

Por isso, nossa Corte Suprema entendeu não ter havido (por parte da lei) violação aos
princípios da laicidade e da igualdade. A proteção legal às religiões de matriz africana
não representa um privilégio, mas sim um mecanismo de assegurar a liberdade religiosa,
mantida a laicidade do Estado.

Como em seu art. 3º nossa Constituição promete uma sociedade livre de preconceitos, entre
os quais o religioso, a cultura afro-brasileira tem merecido maior atenção do Estado, por
conta de sua estigmatização (fruto de preconceito estrutural). A proibição do sacrifício
negaria a própria essência da pluralidade cultural, com a consequente imposição de
determinada visão de mundo.

DICA 98
Espécies de ensino religioso:

> Não confessional: voltado à exposição das diversas religiões; visão neutra, descritiva
do que seja cada religião, não especificando os dogmas de cada uma.

> Confessional: transmite os princípios e dogmas de uma determinada religião. Ex.: aula
sobre catolicismo; sobre espiritismo; sobre budismo... O aluno escolhe a aula que gostaria
de assistir.

41
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

> Interconfessional: não são explicados os princípios e dogmas de uma determinada


religião; são ensinados os princípios comuns às várias religiões.

DICA 99
A doutrina destaca os elementos que compõem o direito de reunião, veja só:

1) elemento subjetivo: o direito de reunião pressupõe um conjunto de pessoas, não


fazendo sentido falarmos em reuniões individuais;

2) elemento formal: a reunião deve ser minimamente coordenada, exigindo-se a prévia


convocação e a consciência da participação dos componentes. A reunião nunca é, pois, uma
aglomeração espontânea de pessoas num determinado lugar: é um evento planejado, que
foi convocado previamente, em que as pessoas que ali estão o fazem justamente para
integrar o encontro;

3) elemento teleológico: os integrantes da reunião devem comungar de uma mesma


finalidade (fim comum), seja de cunho político, religioso, artístico ou filosófico;

4) elemento temporal: o agrupamento não pode apresentar laços duradouros, caso


contrário haveria a configuração de uma associação. A reunião deve ser, portanto, um
evento momentâneo, passageiro;

5) elemento objetivo: para ser constitucionalmente legítima a reunião deverá ser pacífica
e sem armas. Não pode haver conflitos físicos nem violência (a não ser que esta seja
externa, sendo ocasionada por pessoas estranhas ao agrupamento);

6) elemento espacial: há que haver um local delimitado, uma área específica para a
reunião acontecer, mesmo naquelas situações mais dinâmicas que se caracterizam pela
situação de deslocamento em vias públicas (passeatas, por exemplo).

A Constituição Federal impõe, ainda, duas condicionantes para que haja um exercício
genuíno e lícito do direito:

1) o aviso prévio e
2) a não frustração de outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local.

Sobre eles, entendo necessário comentar o seguinte:

1) sabemos que o exercício do direito de reunião independe de autorização do Poder Público.


Todavia, quando a reunião for acontecer em locais públicos, ela não pode ser iniciada sem
que se tenha avisado previamente a autoridade competente.

DICA 100
Inviolabilidade domiciliar

- O lar é o local em que a vida privada doméstica será exercida com plena liberdade e
autonomia, de modo inacessível às intromissões alheias.

- O conceito de “domicílio”, em âmbito constitucional é significativamente mais amplo que


na esfera civil.

- O termo “casa” engloba:

42
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

1) qualquer compartimento habitado (casa, apartamento, a barraca de camping, o trailer);

2) qualquer aposento ocupado de habitação coletiva (quarto de hotel, motel ou pensão);

3) qualquer compartimento não aberto ao público onde alguém (pessoa física ou jurídica)
exerce uma atividade ou profissão (escritórios profissionais – como os consultórios médicos
e odontológicos, os escritórios dos advogados).

- Segundo nossa Constituição, excetuando-se a hipótese de consentimento do morador, a


entrada de um estranho em local considerado “casa” somente poderá ocorrer:

* em hipótese de flagrante delito;


* em caso de desastre;
* para prestar socorro;
* ou, durante o dia, por determinação judicial.

DICA 101
Direito de Propriedade

Limitações ao direito de propriedade

Desapropriação

- Transferência compulsória. Ocorrerá por necessidade ou utilidade pública. O Estado toma


para si, ou transfere para terceiro, bens particulares.

- Há o pagamento de justa e prévia indenização em dinheiro.

Requisição

- Forma de intervenção pública no direito de propriedade em situações emergenciais, em


que há iminente perigo público e a autoridade competente precisa usar temporariamente
uma propriedade particular.

- Não há perda da propriedade.

- Indenização sempre posterior e somente se houver dano.

Expropriação ou confisco

- Supressão punitiva.

- Não há direito à indenização.

- Ocorrerá em razão de culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou em razão da exploração


de trabalho escravo.

DICA 102
É muito comum que a banca examinadora tente confundir você quanto às finalidades do
direito de petição e do direito de obter certidão.

1) O direito de petição tem como finalidades a defesa de direitos e a defesa contra


ilegalidade ou abuso de poder.

43
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

2) O direito à obtenção de certidões tem como finalidades a defesa de direitos e o


esclarecimento de situações de interesse pessoal. Ele não serve para esclarecimento de
interesse de terceiros.

Como se vê, ambos servem para a defesa de direitos. Entretanto, a petição também é usada
contra ilegalidade ou abuso de poder, enquanto as certidões têm como segunda
aplicação possível o esclarecimento de situações de interesse pessoal.

DICA 103
O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada são institutos que
surgiram como instrumentos de segurança jurídica, impedindo que as leis retroagissem para
prejudicar situações jurídicas consolidadas. Eles representam, portanto, a garantia da
irretroatividade das leis, que, todavia, não é absoluta.

O Estado não é impedido de criar leis retroativas; estas serão permitidas, mas apenas se
beneficiarem os indivíduos, impondo-lhes situação mais favorável do que a que existia
sob a vigência da lei anterior. Segundo o STF, “o princípio insculpido no inciso XXXVI do art.
5º da Constituição não impede a edição, pelo Estado, de norma retroativa (lei ou decreto),
em benefício do particular”.

DICA 104
Conceitos de direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada.

a) Direito adquirido é aquele que já se incorporou ao patrimônio do particular, uma vez


que já foram cumpridos todos os requisitos aquisitivos exigidos pela lei então vigente. É o
que ocorre se você cumprir todos os requisitos para se aposentar sob a vigência de uma lei
X. Depois de cumpridas as condições de aposentadoria, mesmo que seja criada lei Y com
requisitos mais gravosos, você terá direito adquirido a se aposentar.

O direito adquirido difere da “expectativa de direito”, que não é alcançada pela proteção do
art. 5º, inciso XXXVI. Suponha que a lei atual, ao dispor sobre os requisitos para
aposentadoria, lhe garanta o direito de se aposentar daqui a 5 anos. Hoje, você ainda não
cumpre os requisitos necessários para se aposentar; no entanto, daqui a 5 anos os terá
todos reunidos. Caso amanhã seja editada uma nova lei, que imponha requisitos mais
difíceis para a aposentadoria, fazendo com que você só possa se aposentar daqui a 10 anos,
ela não estará ferindo seu direito.

Veja: você ainda não tinha direito adquirido à aposentadoria (ainda não havia cumprido os
requisitos necessários para tanto), mas mera expectativa de direito.

b) Ato jurídico perfeito é aquele que reúne todos os elementos constitutivos exigidos pela
lei 14; é o ato já consumado pela lei vigente ao tempo em que se efetuou.15 Tome-se como
exemplo um contrato celebrado hoje, na vigência de uma lei X.

c) Coisa julgada compreende a decisão judicial da qual não cabe mais recurso.

DICA 105
O asilo político, que é um dos princípios do Brasil nas relações internacionais (art. 4º, X),
consiste no acolhimento de estrangeiro por um Estado que não seja o seu, em virtude de
perseguição política por seu próprio país ou por terceiro. Segundo o STF, não há
incompatibilidade absoluta entre o instituto do asilo e o da extradição passiva.

44
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Isso porque a Corte não está vinculada ao juízo formulado pelo Poder Executivo na
concessão do asilo político.42 Em outras palavras, mesmo que o Poder Executivo conceda
asilo político a um estrangeiro, o STF poderá, a posteriori, autorizar a extradição.

Quanto ao refúgio, trata-se de instituto mais geral do que o asilo político, que será
reconhecido a indivíduo em razão de fundados temores de perseguição (por motivos de
raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas).

45
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

CRITÉRIO MATERIAL, FORMAL E ANALÍTICO DE CRIME

 Já foi cobrado pela banca CESPE!

*A doutrina considera 3 elementos para o conceito de crime. O critério formal, material


e analítico.

➢ Material: O crime é toda ação ou omissão que causa lesão ao bem


jurídico penalmente tutelado. Trata-se de conceito pré-jurídico, isto
é, tudo aquilo que contraria os interesses da sociedade em sua essência
e o direito penal reprime.

➢ Formal: Conceito legal de crime, isto é, aquilo que está


consubstanciado nas normas penais. O conceito legal de crime está
disposto no art. 1º da Lei e Introdução ao Código Penal: “Art 1º
Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão
ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou
cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal
a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa,
ou ambas, alternativa ou cumulativamente”.

➢ Analítico: Teoria mais aceita pela maioria da doutrina, a teoria


tripartite considera o crime como um fato típico, ilícito e culpável.

ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Policial Rodoviário Federal/2013)

... Com relação aos princípios, institutos e dispositivos da parte geral do Código Penal (CP),
julgue o item seguinte.

O ordenamento jurídico brasileiro prevê a possibilidade de ocorrência de tipicidade sem


antijuridicidade, assim como de antijuridicidade sem culpabilidade.

(X) Certo
( ) Errado

A questão acima leva em consideração a teoria tripartite do crime, ou seja, um fato pode
ser típico, mas não ilícito, bem como ilícito, mas não culpável. Isto porque esta teoria é
estabelecida como se fosse uma “escada”, em que primeiro vem a tipicidade, depois a
ilicitude e depois a culpabilidade. Todos esses elementos precisam estar presentes
para que haja um crime e cada um é pressuposto do seu antecessor.

46
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 107

FATO TÍPICO

 Já foi cobrado pela banca CESPE!

- O fato típico é o fato jurídico que atenta contra um bem jurídico e, por tal razão,
cria-se um tipo penal.

- O tipo penal é a descrição em Lei de uma conduta criminosa + a cominação de


uma pena.

- Os elementos do fato típico são: CONDUTA, RESULTADO, NEXO CAUSAL e


TIPICIDADE.

*Dessa forma, a partir de uma determinada conduta humana, que vise a um resultado -
o qual o sistema jurídico não quer que você pratique - há um lapso temporal entre ambos
caracterizado pelo nexo causal (explique-se melhor: nexo causal  ligação entre a
conduta praticada e a consequência), que decorre assim na tipicidade (explica-se
melhor: Tipicidade é, em suma, a relação de subsunção entre um comportamento e o tipo
legal descrito como crime).

ANALISEM A QUESTÃO e ENTENDAM ILUSTRATIVAMENTE...

ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Agente de Polícia Federal/2009)

Quanto a tipicidade, ilicitude, culpabilidade e punibilidade, julgue o item a seguir. São


elementos do fato típico: conduta, resultado, nexo de causalidade, tipicidade e
culpabilidade, de forma que, ausente qualquer dos elementos, a conduta será atípica

para o direito penal, mas poderá ser valorada pelos outros ramos do direito, podendo
configurar, por exemplo, ilícito administrativo.

( ) Certo

(x) Errado

A questão está errada, pois a culpabilidade não é elemento do fato típico.

DICA 108

FATO TÍPICO – CONDUTA

Conduta é o comportamento humano comissivo (ação) ou omissivo dirigido a um fim e


realizado de maneira consciente e voluntária (conduta penalmente relevante).

47
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 109

ATIPICIDADE – COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL

 JÁ FOI COBRADO PELA BANCA CESPE!

*A coação física irresistível é aquela em que a pessoa pratica uma conduta involuntária,
sem vontade de causar o tipo penal, isto é, o autor não tem controle do ato praticado.

Decorrendo esta de AUSÊNCIA DE CONDUTA, caracteriza-se a ATIPICIDADE.

ANALISEM A QUESTÃO...

*Por exemplo, “A”, deliberadamente, empurra “B”, que cai em cima de “C”, causando-lhe
lesão corporal. Nesse caso, “B” não responderá pelo crime, já que sua conduta foi
involuntária.

CESPE - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2/2018)

Considerando-se o conceito analítico de crime, exclui-se a conduta quando

a) presente coação moral irresistível.

b) presentes caso fortuito e força maior. É A RESPOSTA!

c) presente doença mental do agente da conduta.

d) presente coação física, seja resistível, seja irresistível.

e) presente embriaguez preordenada.

DICA 110

COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL

 JÁ FOI COBRADO PELA BANCA CESPE!

*A coação moral irresistível diferentemente da coação física repercute sobre a moral da


pessoa e não fisicamente. Neste caso repercute-se na CULPABILIDADE do autor e não
na tipicidade.

48
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Nos casos em que ocorre coação moral irresistível há inexigibilidade de conduta diversa,
excluindo a culpabilidade.

É o caso, por exemplo, do bandido que para fazer com que o gerente do banco entregue o
dinheiro do cofre promete realizar algum mal a ele ou ao seu familiar, o que leva ao coagido
a se submeter à vontade do bandido, ou seja, não se pode exigir que o gerente, nessa
situação, aja de maneira diversa.

ANALISEM A QUESTÃO...

(CESPE - 2004 - Polícia Federal - Agente Federal da Polícia Federal - Nacional)

A coação física e a coação moral irresistíveis afastam a própria ação, não respondendo o
agente pelo crime. Em tais casos, responderá pelo crime o coator.

( ) Certo

(x) Errado

Cuidado para não confundir coação moral irresistível com coação física irresistível!
Coação FISICA exclui o fato típico, pois exclui a própria conduta, já a Coação MORAL exclui
a culpabilidade excluindo a exigibilidade de conduta diversa.

VAMOS FIXAR...

COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL (Exclusão do fato típico)

É também conhecida como vis absoluta. EXCLUI A CONDUTA, por completa ausência de
vontade do agente coagido. ATENÇÃO! A COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL É CAUSA DE
EXCLUSÃO DO FATO TÍPICO. LADO OUTRO, A COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL É
CAUSA DE EXCLUSÃO DA CULPABILIDADE.
Vamos ao exemplo... Luiz segura o braço de André e o obriga a atirar em Maria.
André não teve dolo e nem culpa, logo, não teve conduta por parte de André!

49
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 111

RESULTADO NATURALÍSTICO E RESULTADO JURÍDICO


*O resultado, um dos elementos do fato típico, se subdivide entre RESULTADO
NATURALÍSTICO e RESULTADO JURÍDICO.

*O resultado naturalístico causa modificação do mundo externo, como por exemplo, o


crime de homicídio em que o resultado é a morte. No entanto, nem sempre vai ocorrer essa
modificação do mundo externo. Neste caso, ocorre da mesma forma uma lesão a um bem
jurídico ocasionado, porém, somente no resultado jurídico.

* Visualizem: No crime de violação de domicílio (art. 150 do CP), não ocorre resultado
naturalístico, OCORRE RESULTADO NORMATIVO, que consiste na lesão ao bem jurídico
inviolabilidade domiciliar, bem como à privacidade do morador.

DICA 112

CLASSIFICAÇÃO DE CRIMES
*A classificação de crime leva em consideração a relação entre o resultado naturalístico
e a consumação do crime.

***Pode ser classificado em:

➢ Material
➢ Formal
➢ Mera conduta

DICA 113

CRIME MATERIAL
No crime material: É necessário para a consumação do crime o resultado
naturalístico. O crime de homicídio é considerado material, já que no art. 121 do CP a
previsão de resultado naturalístico (morte) e tal condição é necessária para a consumação
do crime.

50
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 114

CRIME FORMAL
No crime formal NÃO é necessário para a consumação do crime um resultado
naturalístico, mesmo havendo previsão no tipo penal do crime. O crime de extorsão, por
exemplo, é consumado INDEPENDENTEMENTE de o autor receber efetivamente uma
vantagem indevida.

DICA 115

CRIME DE MERA CONDUTA


O crime de mera conduta é aquele em que não há previsão no tipo penal de um
resultado naturalístico, isto é, o crime estará consumado com a prática da conduta.
No crime de violação de domicílio basta que o agente adentre na residência sem autorização.

 JÁ FOI COBRADO PELA BANCA CESPE!


ANALISEM A QUESTÃO...

(CEBRASPE (CESPE) - Auditor (SEFAZ AL)/2002) À luz do direito penal, julgue o item que
se segue.
São elementos do fato típico: conduta dolosa ou culposa; resultado, mesmo nos crimes de
mera conduta; nexo causal entre a conduta e o evento.
( ) Certo
(x) Errado
DICA 116

TEORIAS DO DOLO

O dolo está presente quando o agente quer produzir o


resultado. Depende de intenção DIRETA. Não cabe
TEORIA DA VONTADE
o dolo eventual.

O dolo está presente quando existe previsão


subjetiva do resultado. Basta que o agente
preveja o resultado para estar agindo
TEORIA DA dolosamente. Ex.: João saiu de uma boate
REPRESENTAÇÃO completamente embriagado, pega o veículo e percebe
que pode causar um acidente. É o suficiente para
configurar o dolo, mesmo que ele não tenha a intenção
de matar/machucar alguém.

Existe o dolo quando o agente prevê


subjetivamente o resultado e aceita o risco da sua
TEORIA DO
ocorrência (dolo eventual). É necessário que o agente
ASSENTIMENTO
aceite o risco de produzir o resultado. É possível
diferenciar o dolo eventual da culpa consciente (art. 18,
I, CP).

51
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

*O Brasil adotou a teoria da vontade + teoria do assentimento (dolo direto e dolo


indireto).
DICA 117

ESPÉCIES DE DOLO
Dolo direto: Teoria da vontade.
DOLO DIRETO DE 1º GRAU: ocorre quando o agente quer DIRETAMENTE a produção do
resultado. Ex.: A quer matar B e dispara dois tiros em sua cabeça.
DOLO DIRETO DE 2º GRAU: ocorre quando o agente NÃO QUER DIRETAMENTE A
PRODUÇÃO DO RESULTADO, porém aceita sua produção como consequência necessária
de sua conduta. Não há RISCO, mas sim CERTEZA. Ex.: João quer matar Roberto por
meio de um explosivo colocado em um avião. Existem 200 pessoas neste avião, logo, João
tem a consciência de que ao explodi-lo, matará Roberto, além das 199 pessoas daquele
avião, como consequência de sua conduta. Em conclusão: No assassinato de Roberto, João
agiu com dolo direto de 1º grau, e no assassinato das 199 pessoas agiu com dolo direto de
2º grau.
DICA 118

ESPÉCIES DE DOLO
Dolo Indireto: Teoria do assentimento.
DOLO EVENTUAL: o agente prevê possível resultado e ACEITA O RISCO de produzi-lo.
Encontra-se na aceitação do risco, da probabilidade. Ex.: João dirige carro após se
embriagar, sabendo que pode matar alguém e, ainda assim, decide dirigir sob efeito de
álcool. É um risco, ele pode ou não matar/machucar alguém, mas não há certeza nisso e
ele não se importa.
DOLO ALTERNATIVO: ocorre quando o agente prevê uma PLURALIDADE DE
POSSÍVEIS RESULTADOS, e mantém a sua conduta, com vontade direta de produzir
qualquer um deles. Ex.: João lança um artefato explosivo contra a multidão, sabendo que
pode matar alguém, machucar, lesionar permanentemente, destruir bens materiais, etc.
DICA 119

OBS.: Consoante art. 18, p. único, CP, a responsabilidade criminal, via de regra, depende
de comportamento doloso. Só se pune por dolo, em regra. Todo crime depende de vontade
consciente. Só se pune por culpa caso o tipo penal permita!
*Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime doloso

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;


Crime culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou


imperícia.

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por
fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

52
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 120

CRIME CULPOSO
Crime praticado sem intenção. É a inobservância de um dever de cuidado, que gera
um resultado indesejado, porém, objetivamente previsível. Ex.: Avanço de um sinal na cor
amarela e atropelamento de uma pessoa – inobservância do dever de cuidado.
*Imprudência: descumprimento ativo do dever de cuidado. É fazer o que não se deve,
está ligada a uma AÇÃO. Ex.: avanço do sinal amarelo.
*Negligência: ligada a OMISSÃO. Descumprimento passivo do dever de cuidado. É não
fazer o que se deve. Ex.: o caso da criança que perdeu o braço ao enfiá-lo na jaula do tigre.
O pai foi negligente com a criança, pois deveria cuidar dela e impedir que ela chegasse perto
da jaula do felino. O pai deixou de fazer aquilo que tem obrigação legal de fazer: cuidar do
filho (omissão).
*Imperícia: falta de habilidade de quem exerce arte, ofício ou profissão. Ausência de
perícia. Ex.: médico que esquece uma gaze dentro de um paciente, no qual realizou uma
cirurgia.
DICA 121

ELEMENTOS DA CULPA
*Resultado material indesejado
*Previsibilidade objetiva - o resultado culposo deve ser previsível para a consciência
média da sociedade. Deve ser objetivamente previsível. Ex.: Roberto encontra-se em um
prédio na área central de BH. Se ele arremessa uma cadeira da janela em direção a uma
caçamba de lixo é objetivamente previsível que ele pode acertar alguém, mesmo que ele
não queira. Mas se ele estiver em sua fazenda e arremessa a cadeira da janela, um acidente
é totalmente imprevisível (este fato será mero acidente).
DICA 122

ESPÉCIES DE CULPA
CULPA INCONSCIENTE: o agente não conseguiu prever o resultado, embora ele
seja previsível. Ex.: Uma equipe de seguranças de um parque esquece de vistoriar uma
trava de segurança de um brinquedo e uma criança cai dele – o resultado é previsível, mas
a equipe não o previu.
CULPA CONSCIENTE: prevê o resultado, MAS ACREDITA QUE ELE NÃO IRÁ
OCORRER. Ex.: Avanço do sinal vermelho de madrugada. Sabe-se que o resultado pode
ocorrer, mas acredita que não irá ocorrer.
ATENÇÃO! Culpa consciente x dolo eventual = dolo eventual prevê o possível
resultado e assume o seu risco. Na culpa consciente prevê o resultado, mas crê
que ele não irá ocorrer, logo, não assume risco!

53
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 123

CRIME PRETERDOLOSO
CRIME PRETERDOLOSO caracteriza-se quando o agente pratica uma conduta dolosa,
menos grave, porém obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido, na forma
culposa.

● CRIME PRETERDOLOSO = dolo na conduta + culpa no resultado mais


gravoso. Crimes preterdolosos precisam de previsão legal. Ex: art. 129, § 3º, CP
= lesão corporal seguida de morte. A morte é resultado culposo.

 QUESTÃO DA BANCA CESPE PARA ILUSTRAR...

“Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do qual decorre
um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo resultado posterior, é
necessário que este seja previsível.” CERTO OU ERRADO? ESSA VOCÊS NÃO PODEM
ERRAR! ESTÁ CORRETA!

DICA 124

- Agente pratica a conduta delituosa, entretanto por


CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIS A SUA VONTADE, o
resultado não ocorre.

- Responde pelo crime, com redução de pena de 1/3 a


2/3.

TENTATIVA ESPÉCIES DE TENTATIVA:

Branca/Incruenta: O agente não conseguiu nem mesmo


atingir o objeto pretendido. Ex.: Ao atirar, as balas se
desviaram da vítima.

Vermelha/Cruenta: O agente conseguiu atingir o objeto,


mas não conseguiu consumar o delito. Ex.: A bala
somente perfurou o braço da vítima.

Tentativa Perfeita/acabada/"Crime falho": O agente


ESGOTA toda a execução conforme planejado (caminho
executório do crime), exaure suas potencialidades lesivas,
porém, o crime não se consuma. A conduta, nesse caso,
de modo objetivo, atingiria o resultado lesivo – a ação
possui EFETIVA POTENCIALIDADE LESIVA! Mas não se
consuma, por circunstâncias alheias a sua vontade.

QUER UM EXEMPLO DE COMO FOI COBRADO PELA


IADES?! Vejam logo abaixo!

54
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

- O agente DÁ INÍCIO à prática da conduta delituosa,


todavia se arrepende, e, com isso, CESSA a atividade
DESISTÊNCIA
criminosa (sem óbice para continuar) e o resultado não
VOLUNTÁRIA
ocorre.

– Responde tão somente pelos atos já praticados; o “dolo


inicial” é desconsiderado. Nesse sentido, o agente é
punido apenas pelos danos efetivamente causados.

- O agente DÁ INÍCIO à prática da ação delituosa,


completando a execução da conduta. Contudo, se
arrepende e toma as providencias cabíveis para que o
ARREPENDIMENTO resultado inicialmente pretendido não ocorre e, nesse
EFICAZ caso, o resultado NÃO OCORRE.

(resipiscência) – Responde tão somente pelos atos já praticados; o “dolo


inicial” é desconsiderado. Nesse sentido, o agente é
punido apenas pelos danos efetivamente causados.

- O agente COMPLETA o ciclo da ação delituosa e o


resultado OCORRE. Mas, após, arrepende-se e tenta
ARREPENDIMENTO
reparar os danos causados OU restitui a coisa.
POSTERIOR
- ATENÇÃO! NÃO é admitido nos crimes cometidos
com violência ou grave ameaça à pessoa. SÓ tem
validade antes do recebimento da denúncia ou da
queixa-crime.

- Pena reduzida de 1/3 a 2/3.

55
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 125

CAUSAS GENÉRICAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE

Estado de Necessidade Legítima Defesa Estrito Cumprimento do


Dever Legal ou Exercício
regular de Direito

Considera-se em estado de Entende-se em Cumprimento do dever


necessidade quem pratica o legítima defesa quem, legal: acontece na hipótese
fato para salvar de perigo usando em que o agente pratica fato
atual, que não provocou por moderadamente dos típico, mas o faz em
sua vontade, nem podia de meios necessários, cumprimento a um dever
outro modo evitar, direito repele injusta previsto em lei. ATENÇÃO!
próprio ou alheio, cujo agressão, atual ou Há comunicabilidade, ou
sacrifício, nas circunstâncias, iminente, a direito seja, se houver colaboração
não era razoável exigir-se. seu ou de outrem. de um agente com aquele
que está no estrito
ATENÇÃO – LEI
cumprimento de um dever
13.964/19 (PACOTE
Se bem sacrificado era de legal, a ele estender-se-á
ANTICRIME)
valor maior que o bem essa causa de exclusão de
INCLUSÃO DO
protegido - A conduta é ilicitude.
SEGUINTE:
ilícita, mas a diminuição de
- NÃO ESQUECER QUE o
pena de um a dois terços. Observados os
particular também pode agir
requisitos CITADOS
no estrito cumprimento de
ACIMA, considera-se
um dever legal!
Requisitos: também em legítima
defesa o agente de
- Situação não criada segurança pública
voluntariamente pelo agente - Exercício regular de
que repele agressão
+ Perigo atual: O agente não Direito: Ocorre quando o
ou risco de agressão
pode ter o dever jurídico agente pratica fato típico,
a vítima mantida
de impedir o resultado - porém o faz amparado no
refém durante a
Bem jurídico sacrificado deve exercício de um direito seu. O
prática de crimes.
ser de valor igual ou exemplo clássico trazido
inferior ao bem protegido Requisitos: pela doutrina é o do
- O agente responde (dolosa LUTADOR DE BOXE. Aqui,
- Agressão Injusta,
ou culposamente) pelos os excessos também são
atual (está
excessos. punidos (dolosa ou
acontecendo) ou
culposamente)
iminente (prestes a
acontecer) + contra
DIREITO PRÓPRIO
OU ALHEIO + Reação
PROPORCIONAL (caso
contrário será punido
pelos excessos; culposa
ou dolosamente).

56
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

- ATENÇÃO! NÃO
CABE LEGÍTIMA
DEFESA REAL EM
FACE DE LEGÍTIMA
DEFESA REAL. Ex.: A
tenta assaltar B, B age
em legítima defesa
contra agressão injusta
de A, A que é o
assaltante não pode
também alegar Legítima
defesa contra B, pois
somente B sofre
agressão injusta.

57
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
PRISÃO EM FLAGRANTE

Considera-se em FLAGRANTE DELITO quem:

I - está cometendo a infração penal;

II - acaba de cometê-la;

III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por


qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;

IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

ATENÇÃO! Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes


deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

ATENÇÃO2! Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito


enquanto não cessar a permanência.

DICA 127
PRISÃO EM FLAGRANTE - LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

>>>Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte


e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria
Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá,
fundamentadamente:

I - relaxar a prisão ilegal; ou

II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os


requisitos constantes do art. 312 do CPP, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou

III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. <<< ATENÇÃO!

DICA 128
PRISÃO EM FLAGRANTE - LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

*Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa
armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a
liberdade provisória, COM OU SEM medidas cautelares.

*Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em
ESTADO DE NECESSIDADE, LEGITIMA DEFESA, EM ESTRITO CUMPRIMENTO DE
DEVER LEGAL OU NO EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO, poderá, fundamentadamente,

58
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a


todos os atos processuais, sob pena de revogação.

*A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de
custódia no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão
responderá ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENALMENTE pela omissão.

*Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo de até 24 (vinte e


quatro) horas após a realização da prisão, a não realização de audiência de custódia
sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela
autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de
prisão preventiva. (art. 310, §4º, CPP)


ATENÇÃO CANDIDATO! O REFERIDO ART. 310, §4º, CPP (ILEGALIDADE DA PRISÃO
PELA NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA NO PRAZO DE 24 HORAS)
ESTÁ COM EFICÁCIA SUSPENSA DIANTE DA LIMINAR PROFERIDA PELO MINISTRO
LUIZ FUX NO BOJO DA ADI Nº. 6298 EM 22/01/2020.

DICA 129
A prisão em flagrante do autor de CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
À REPRESENTAÇÃO NÃO SUBSTITUI a necessidade de manifestação do ofendido para
instauração de inquérito policial.

*Art. 5º, §4º, CPP. O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de
representação, não poderá sem ela ser iniciado.

DICA 130

MODALIDADES DE FLAGRANTE

1) FLAGRANTE PRÓPRIO, PROPRIAMENTE DITO, VERDADEIRO (ART. 302,


INCS. I E II, DO CPP): Consiste na circunstância em que o indivíduo que está
cometendo a infração penal (inc. I) ou acaba de cometê-la (inc. II). O inc. II
descreve uma situação na qual o agente foi pego “com a mão na massa”, o que
quer dizer que ele acabou de cometer o crime e restou surpreendido no cenário do
fato.

2) FLAGRANTE IMPRÓPRIO, “QUASE REAL”, IMPERFEITO, IRREAL (ART.


302, INC. III, DO CPP): PALAVRA-CHAVE PARA A PROVA: PERSEGUIÇÃO!
Nessa situação, há uma perseguição pelas autoridades policiais; o agente não é
encontrado por elas, DE IMEDIATO, no local do fato. Há uma busca que termina na
prisão do agente. Nos dizeres do CPP é “perseguido, logo após, pela autoridade,
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da
infração”. Ex.: PM recebe a notícia da ocorrência de um roubo, vai até o local
mencionado, dá início à perseguição pelos arredores do local do fato e, ao fim,
captura o suposto agente.

59
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

3) Flagrante presumido, assimilado, ficto (art. 302, inc. IV, do CPP): Nessa
modalidade PRESTEM ATENÇÃO NA PROVA! NÃO HÁ PERSEGUIÇÃO! DICA
PARA NÃO CONFUNDIR COM O FLAGRANTE IMPRÓPRIO!
Nos dizeres do CPP: O AGENTE “é encontrado, logo depois, COM INSTRUMENTOS,
ARMAS, OBJETOS OU PAPÉIS QUE FAÇAM PRESUMIR SER ELE AUTOR DA
INFRAÇÃO”.

DICA 131

MODALIDADES ESPECIAIS DE FLAGRANTE

1) FLAGRANTE ESPERADO: É MODALIDADE VÁLIDA! Trata-se da situação na


qual as autoridades policiais ficam cientes de que será praticado um delito. Assim,
desloca-se até o local no qual este ocorrerá. Dado início aos atos executórios e,
mesmo havendo a consumação, as autoridades procedem à prisão em flagrante.

2) FLAGRANTE PREPARADO OU PROVOCADO: Nessa hipótese, existe uma


instigação da autoridade criminal para que o agente cometa o crime. Há a figura do
agente provocador que cria a situação e o faz cometer o delito. Ora, se a figura que
efetua a prisão é a mesma que cria as circunstâncias para causá-la; a consumação
do delito é IMPOSSÍVEL (configurando-se, assim, crime impossível). SÚMULA 145
DO STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna
impossível a sua consumação. LOGO NÃO É VÁLIDO!

MUITA ATENÇÃO! DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA vêm aceitando referida


modalidade na hipótese em o agente provocar tão somente instiga o indivíduo à
prática do crime com o intuito de prendê-lo por CRIME DIVERSO.
VISUALIZANDO... Exemplo muito comum é o caso de a autoridade policial
comprar droga de um traficante. No ato da compra, o prende, porém não pela
venda em si (crime impossível), mas pela conduta anterior que é “ter consigo para
venda” substância entorpecente. Nessas situações, justifica-se o flagrante
preparado, haja vista ter sido a instigação e preparação meios para que o delito já
consumado fosse descoberto!

3) FLAGRANTE FORJADO (ARMADO): É ILEGAL! ILÍCITO! Como o próprio


nome já indica consiste naquele armado, realizado com o intuito de incriminar
pessoa inocente.
é aquele armado, realizado para incriminar pessoa inocente. Nele, o infrator é o
agente que forja o delito. Ex.: ex-marido que insere drogas nos pertences do ex-
mulher, acionando a polícia para prendê-la em flagrante por tráfico de drogas, para
com isso se vingar da separação.

DICA 132
ATENÇÃO! A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impede a
decretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza. Todavia, IMPEDE
A PRISÃO EM FLAGRANTE!

60
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 133
Durante o procedimento de lavratura do auto de prisão em flagrante pela autoridade policial
competente, o condutor responsável pela prisão e condução do preso É O PRIMEIRO A
SER OUVIDO!
Art. 304, CPP: Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e
colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o
acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o
auto.
DICA 134
Na falta ou no impedimento do escrivão, QUALQUER PESSOA designada pela
autoridade lavrará o auto de prisão, depois de prestado o compromisso legal.
DICA 135

ACAREAÇÃO  consiste, resumidamente, em colocar cara a cara duas pessoas que


prestaram informações DIVERGENTES! Trata-se, SIM, de um modo de “constranger”
aquele que mentiu a se retratar sobre a informação errada que repassou.

A acareação será admitida:

1) entre acusados;
2) entre acusado e testemunha;
3) entre testemunhas;
4) entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida;
5) e entre as pessoas ofendidas.


REQUISITO: sempre que DIVERGIREM, em suas declarações, sobre fatos ou
circunstâncias relevantes.

*Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências,


reduzindo-se a termo o ato de acareação.

 COMO SEMPRE DIZEMOS, ATÉ NA BANCA CESPE “LETRA DE LEI” É


FUNDAMENTAL!!!
(Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP Prova: VUNESP - 2018 - PC-SP - Investigador de
Polícia)
... “A “acareação” é meio de prova expressamente previsto em lei, mas não se a admite
entre acusados, sendo possível, apenas, entre testemunhas.”
SEM MAIS DELONGAS, ERRADO! OLHEM O ITEM “1” DA DICA.
DICA 136

NÃO ESQUEÇAM! A acareação é instrumento probatória que pode ocorrer tanto na fase
de investigação quanto na fase processual.

61
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 137

Art. 230, CPP. Se ausente alguma testemunha, cujas declarações divirjam das de outra,
que esteja presente, a esta se darão a conhecer os pontos da divergência,
consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordância,
expedir-se-á precatória à autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente,
transcrevendo-se as declarações desta e as da testemunha presente, nos pontos em que
divergirem, bem como o texto do referido auto, a fim de que se complete a diligência,
ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha
presente. ESTA DILIGÊNCIA SÓ SE REALIZARÁ QUANDO NÃO IMPORTE DEMORA
PREJUDICIAL AO PROCESSO E O JUIZ A ENTENDA CONVENIENTE.

MACETE: DIVERGÊNCIA “CHAMA” A ACAREAÇÃO!

DICA 138
SÚMULA 74, STJ: Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu
requer prova por documento hábil.

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE... Nos termos de entendimento sumulado do STJ, para


efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu prescinde de prova documental
hábil. R: ERRADOOOOOOO! Não é prescindível, É NECESSÁRIO!
DICA 139
DOCUMENTO PÚBLICO que comprove determinado fato delituoso sob investigação e que
seja apreendido no cumprimento de mandado de prisão FUNCIONARÁ COMO MEIO DE
PROVA, enquanto o MANDADO DE BUSCA SERÁ CARACTERIZADO COMO MEIO DE
OBTENÇÃO DE FONTES MATERIAIS DE PROVA.

DICA 140
SÚMULA Nº 444, STJ: É VEDADA a utilização de inquéritos policiais e ações penais
em curso para AGRAVAR a pena-base.

62
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

Princípio do Terceiro Excluído = Uma preposição será V ou F, não podendo assumir um


3o valor lógico.

Representação:

Exemplo: Ou este homem é José ou não é José.

DICA 142

Princípio da Não Contradição = Uma preposição será V ou F não podendo assumir os 2


valores simultaneamente.

Representação:

Exemplo: Não ("a terra é redonda" e "a terra não é redonda")

DICA 143

Proposição Lógica é uma frase declarativa, de modo que transmite pensamentos de


sentido completo e exprime julgamentos a respeito de determinadas informações, que serão
analisadas quanto à sua veracidade.

Dessa forma, são exemplos de proposições:

1. Brasília é a capital do Brasil;


2. Campina Grande é a Rainha da Borborema;
3. A raiz quadrada de dois é um número irracional;
4. Todos os homens são mortais.

DICA 144

Não são proposições lógicas:

▪ Frases exclamativas: “Meu Deus!”


▪ Frases interrogativas: “Você me ama?”
▪ Frases imperativas: “Não estude para passar, mas até passar!”
▪ Frases sem verbo: “O mundo dos concursos públicos.”
▪ Frases abertas: “x + 1 = 7”; “Ela é a melhor esposa do mundo.”
▪ Frases paradoxais: “Só sei que nada sei.”

DICA 145

Valor lógico é o resultado do julgamento que fazemos a respeito de uma proposição lógica,
que pode ser ou verdadeiro ou falso, mas não ambos.

Por exemplo, a frase “A seleção brasileira foi tetracampeã mundial na copa de 1994” é uma
proposição lógica cujo valor lógico é verdadeiro, pois o seu conteúdo condiz com a
realidade dos fatos. Por outro lado, o valor lógico da sentença “O número 12 é ímpar”
é falso, já que a sua afirmação está incorreta.

63
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

INFORMÁTICA

DICA 146

A Computação em nuvem (cloud computing) é um modelo que permite um acesso,


via rede, a recursos de computação configuráveis (exemplos: redes, servidores,
armazenamento de dados, aplicações e serviços em geral). Este acesso tem a característica
de ser onipresente, conveniente e sob demanda. Tais recursos podem ser rapidamente
providos e liberados com mínimo esforço de gerenciamento e mínima interação com o
provedor de serviço.

A Computação em nuvem se aplica a utilização de memórias de computadores


servidores compartilhados e interligados por meio da rede (Internet), permitindo que
aplicações sejam acessadas remotamente, de forma online, sem a necessidade de
instalação de programas no computador do usuário. Além disso, é muito utilizada para
armazenamento de dados em drivers virtuais.

DICA 147

A maioria dos serviços de computação em nuvem se divide em três amplas categorias:


IaaS (infraestrutura como serviço), PaaS (plataforma como serviço) e SaaS
(software como serviço). Às vezes, eles são denominados pilha de computação em
nuvem, pois são compilados um sobre o outro.

IaaS (Infraestrutura como serviço): categoria mais básica de serviços de computação


em nuvem. Com IaaS, você aluga infraestrutura de TI, servidores e VMs (máquinas
virtuais), armazenamento, redes e sistemas operacionais, de um provedor de nuvem em
uma base pré-paga.

PaaS (plataforma como serviço): serviços de computação em nuvem que fornecem um


ambiente sob demanda para desenvolvimento, teste, fornecimento e gerenciamento
de aplicativos de software.

SaaS (software como serviço): método para fornecer aplicativos de software pela
Internet, sob demanda e, normalmente, em uma base de assinaturas.

DICA 148

Protocolo é o conjunto de regras sobre o modo como se dará a comunicação entre as


partes envolvidas e não um programa especializado. Por exemplo, temos o protocolo
HTTP, FTP, POP e IMAP.

Um protocolo não é específico para um sistema operacional.

DICA 149

O switch é o equipamento que deve ser utilizado para distribuir o sinal de internet para
todos os computadores da rede. Ele opera também na camada 2 do OSI. Pense em
cada porta do switch como uma bridge multiporta extremamente rápida (comutação em
hardware). Ele pode filtrar/encaminhar/inundar quadros baseados no endereço de
destino de cada frame e pode rodar em modo full duplex.

64
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 150

DIFERENÇA ENTRE VÍRUS E WORM

VIRUS

* É um programa (ou parte de um programa) que se anexa a um arquivo de programa


qualquer.

* Propaga-se inserindo cópias de si mesmo e se tornando parte de outros programas e


arquivos.

* Depende da execução do programa ou arquivo hospedeiro para ser ativado.

WORM

* Programa

* NÃO embute cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos. Propaga-se


automaticamente pelas redes, enviando copias de si mesmo de computador para
computador

* NÃO necessita ser explicitamente executado para se propagar. Basta que se tenha
execução direta de suas cópias ou a exploração automática de vulnerabilidades existentes
em programas instalados em computadores.

DICA 151

Nobreak é um estabilizador que possui uma bateria para manter energizado os


equipamentos por um período de tempo que pode variar de acordo com o modelo do
Nobreak. Com isso ele gera a disponibilidade do sistema e a segurança aos
computadores.

DICA 152

Não confundir Firewall com Antivírus. São ferramentas distintas que operam juntas em
um sistema de defesa, mas não fazem a mesma coisa.

Antivírus age com um banco de dados de malwares. Ao analisar o sistema, e um deles for
detectado, o antivírus tentará eliminá-lo.

O Firewall, mecanismo que auxilia na proteção de um computador, permite ou impede que


pacotes IP, TCP e UDP possam entrar ou sair da interface de rede do computador.

DICA 153

Cloud backup: este tipo de serviço é muito utilizado por empresas, pois além de manter
os dados do negócio a salvo em outro espaço físico, também permite que a rotina seja feita
de forma simplificada, através de backups automáticos e programáveis.

É possível criar backups diários, semanais, mensais e até anuais, de acordo com a
necessidade, possibilitando ainda o acesso ao histórico de backups e o download de arquivos
em qualquer fase.

Cloud storage: Diferente do backup, o intuito do serviço storage (que quer dizer
armazenamento, em inglês) não se resume a guardar os arquivos contra eventuais
problemas.

65
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Ele foi projetado principalmente para facilitar o acesso e o compartilhamento dos


arquivos.

A maior diferença entre o cloud backup e o cloud storage é que, no storage, não há
a possibilidade de pedir ao sistema o monitoramento das modificações, relatórios de uploads
e downloads, suporte ou qualquer garantia de que os dados estarão seguros, principalmente
se o servidor que armazena os dados de determinada nuvem sofrer algum problema.

DICA 154

Backdoor

Tipo de código malicioso. Programa que permite o retorno de um invasor a um computador


comprometido, por meio da inclusão de serviços criados ou modificados para esse fim.
Normalmente esse programa é colocado de forma a não a ser notado.

DICA 155

Rootkit

Tipo de código malicioso. Conjunto de programas e técnicas que permite esconder e


assegurar a presença de um invasor ou de outro código malicioso em um computador
comprometido.

É importante ressaltar que o nome rootkit não indica que as ferramentas que o compõem
são usadas para obter acesso privilegiado (root ou Administrator) em um computador, mas,
sim, para manter o acesso privilegiado em um computador previamente
comprometido.

DICA 156

Phishing (em inglês corresponde a “pescaria”), tem o objetivo de “pescar”


informações e dados pessoais importantes através de mensagens falsas. Com isso, os
criminosos podem conseguir nomes de usuários e senhas de um site qualquer, como
também são capazes obter dados de contas bancárias e cartões de crédito.

Spoofing é um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma
pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável, quando a
realidade é bem diferente.

DICA 157

Backup diferencial copia arquivos criados ou alterados desde o último backup normal ou
incremental. Não marca os arquivos como arquivos que passaram por backup (o atributo
de arquivo não é desmarcado). Se você estiver executando uma combinação dos backups
normal e diferencial, a restauração de arquivos e pastas exigirá o último backup normal
e o último backup diferencial.

DICA 158

Existem 2 (dois) tipos de criptografia, simétrica e assimétrica

Criptografia simétrica

Esse sistema de criptografia, tanto quem envia quanto quem recebe a mensagem, deve
possuir a mesma chave criptográfica (privada), a qual é usada para criptografar e
descriptografar a mensagem.

66
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

Criptografia assimétrica

Este tipo de criptografia usa um par de chaves diferentes (pública e privada) em que,
não sendo possível obter uma chave a partir da outra, as duas estão relacionadas
matematicamente, conseguindo uma decifrar o que foi cifrado pela outra. Com esta
característica é possível que uma das chaves seja publicada: a chave pública.

DICA 159

A assinatura digital consiste na criação de um código, por meio da utilização de uma


chave privada, de modo que a pessoa ou entidade que receber uma mensagem contendo
este código possa verificar se o remetente é mesmo quem diz ser e identificar qualquer
mensagem que possa ter sido modificada. Destaca-se o princípio da Autenticidade,
Integridade e o não repudio.

* Assinatura digital gera validade civil e jurídica no envio de documentos


eletronicamente. Ela possui a mesma validade que um documento assinado e reconhecido
firma em cartório.

DICA 160

Malware (Malicious Software) é um termo genérico que abrange todos os tipos de


programa especificamente desenvolvidos para executar ações maliciosas em um
computador. Na literatura de segurança o termo malware também é conhecido por
“software malicioso”.

Alguns exemplos de malware são:

• Vírus;
• Worms e Bots;
• Cavalos de troia;
• Spyware;
• Ransomware…

DICA 161

Worm é um programa independente com capacidade de se auto propagar por meio de


redes, envia cópias de si mesmo de computador para computador, explora a
vulnerabilidade de programas e sistemas ou falhas na configuração de softwares instalados.

DICA 162

* Cavalo de Troia: são programas introduzidos de diversas maneiras em um computador


com o objetivo de controlar o seu sistema.

* Keylogger: é um programa de computador cuja finalidade é monitorar tudo o que é


digitado.

* Worms: são pragas virtuais capazes de se propagar automaticamente por meio de redes,
enviando cópias de si mesmos de computador para computador.

* Vírus: é um programa ou parte de um programa de computador, normalmente malicioso,


que se propaga infectando, isto é, inserindo cópias de si mesmo e se tornando parte de
outros programas e arquivos de um computador.

67
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 03

DICA 163

O IP (Internet Protocol) é o protocolo da camada de rede cuja função principal é


permitir a interconexão de redes, formando o que chamamos de inter-rede, uma
união de diversas sub-redes. Isso significa, na prática, tornar possível que dois nós com
endereços lógicos em sub-redes diferentes possam se comunicar, podendo inclusive
haver sub-redes intermediárias no caminho entre eles.

O IP é o protocolo de comunicação usado entre todas as máquinas em rede para


encaminhamento dos dados.

Atualmente, existem duas versões do protocolo IP em uso: IPv4 e IPv6.

DICA 164

O site padrão do Google traz dois botões, um chamado Pesquisa Google e outro
chamado Estou com sorte.

▪ O botão “Pesquisa Google” realiza a busca padrão do Google.

▪ O botão “Estou com sorte” retorna o primeiro resultado da pesquisa, isto é, a


página com maior relevância para o Google. A ideia é de que se o usuário está com
sorte, a busca será satisfeita na primeira vez.

DICA 165

PageRank é um algoritmo utilizado pela ferramenta de busca Google para posicionar


websites entre os resultados de suas buscas.

O PageRank mede a importância de uma página contabilizando a quantidade e


qualidade de links apontando para ela. Não é o único algoritmo utilizado pelo
Google para classificar páginas da internet, mas é o primeiro utilizado pela companhia
e o mais conhecido.

68
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

1
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 04. As outras 02 rodadas serão disponibilizadas
na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 Disponível Imediatamente
Rodada 05 02/03
Rodada 06 09/03

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

2
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 15
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 21
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 22
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 31
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 38
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 43
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 51
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 57
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 59

3
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
VERBO IMPLICAR

- Sentido de ACARRETAR → VTD (VERBO TRANSITIVO DIRETO) → não pede preposição


(Obs.: o verbo acarretar é VTD)

Ex.: Sua mudança implicou progresso.


Ex.2: Sua decisão implica planejamento.

- Sentido de SER IMPLICANTE → VTI (VERBO TRANSITIVO INDIRETO) → (com)

Ex.: Ela implicava com a professora.

- Sentido de ENVOLVER-SE → verbo pronominal- VTI → (em)

Ex.: Ela se implicou em


problemas.

DICA 02

VERBO ASSISTIR

- Sentido de VER → VTI → preposição “a”

Ex.: Elas assistem (VTI) a


programas violentos (OI).

- Sentido de CABER → VTI → preposição “a”

Ex.: A decisão assiste (VTI) ao


direito (OI).

- Sentido de SOCORRER/AUXILIAR → VTD → Não pede preposição

4
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Ex.: O governo assiste (VTD) os pobres


(OD).

- Sentido de MORAR → VI → Acompanhado por adjunto adverbial de lugar introduzido pela


preposição “em”

DICA 03

VERBO ASPIRAR

- Sentido de CHEIRAR → VTD → Não pede preposição

Ex.: Ela aspirava (VTD) o aroma das flores (OD).

- Sentido de DESEJAR → VTI → preposição “a”

Ex.: Ele aspirava (VTI) ao concurso público (OI).

DICA 04

VERBO VISAR
- Sentido de PÔR VISTO → VTD → não pede preposição.

Ex.: O gerente visou (VTD) os cheques roubados


(OD).

- Sentido de MIRAR → VTD → não pede preposição.

Ex.: Ele visou (VTD) o alvo (OD).

- Sentido de DESEJAR → VTI → preposição “a”.

Ex.: Ele visava (VTI) à felicidade (OI).

5
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 05

VERBO PARECER
- Parecer flexionado + infinitivo sem flexão → locução verbal (só o auxiliar varia)
OU
- Parecer sem flexão + infinitivo flexionado → período composto (há dois verbos, dois fatos
declarados. Ex.: oração principal + oração subordinada)

Ex.: Pareciam entender a matéria.


Locução verbal
verbo auxiliar verbo principal

Ex.1: Parecia entenderem a matéria → Parecia /que entendiam a matéria.


Ex2.: Os governantes parecem dizer a verdade.
Ex3.: Os governantes parece dizerem a verdade. → Parece/ que os governantes dizem a
verdade.

***Em resumo: Verbo “Parecer”→ Ou o verbo flexiona ou o infinitivo


flexiona, NUNCA OS DOIS AOS MESMO TEMPO.

DICA 06

VERBOS LEMBRAR E ESQUECER


- Podem ser pronominais ou não. Sendo pronominais levam a preposição e se
determinam como verbo transitivo indireto.
EXPLICANDO... Verbos pronominais são aqueles acompanhados por pronomes “me”,
“te” “se”, “nos” (pronomes oblíquos átonos).
Vejam-se os exemplos:
- Esqueci o seu nome → VTD
- Esqueci-me do seu nome → VTI (DE)
- Lembrou seu endereço → VTD
- Lembrou-se do seu endereço → VTI (DE)
DICA 07

VERBO CHAMAR → no sentido de denominar, dar nome admite as seguintes construções.

OD + predicativo do objeto (com ou sem preposição)


OI + predicativo do objeto (com ou sem preposição)

6
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Exs.:

Chamaram-no vigarista.
Chamaram-no de vigarista.
Chamaram-lhe vigarista.
Chamaram-lhe de vigarista.

-VTD - OD
ou + predicativo do objeto com a preposição DE
facultativo.
-VTI - OI(a)

Ex.1: Chamou o rapaz de ignorante.


VTD OD predicativo do objeto (qualidade do rapaz)

Ex.2: Chamou o rapaz ignorante → AMBÍGUA → no sentido cognominar ou de


convocar.
VTD OD predicativo do objeto (qualidade do rapaz)

Ex.3: Chamou ao rapaz de ignorante.


VTI OI predicativo do objeto (qualidade do rapaz)

Ex4.: Chamou ao rapaz ignorante.


VTI OI predicativo do objeto (qualidade do rapaz)

OBS: no sentido de cognominar o verbo chamar deve ser usado com uma
preposição para retirar a ambiguidade.

DICA 08

VERBO DEPARAR
Um dos queridinhos da Banca CESPE! BORA ESTUDÁ-LO!
VOCÊS SABIAM QUE... O verbo deparar no sentido de ENCONTRAR, achar por acaso,
topar, pode ser transitivo direto ou transitivo indireto?!
Ex.1: Deparei um erro grosseiro em sua redação (transitivo direto)
Ex.2: Deparei com um erro grosseiro em sua redação (transitivo indireto)

7
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

 Na banca CESPE...
(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE /
CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da
Informação e Proteção de Dados)

... No trecho “deparamos com uma realidade única e definida”, no sexto período do texto,
a supressão da preposição “com” prejudicaria a correção gramatical do texto.

E AÍ?! GABARITO: ERRADO!

ATENÇÃO! O VERBO “DEPARAR” POSSUI DEMAIS REGÊNCIAS E MUITA


DISCUSSÃO ENTRE OS GRAMÁTICOS... AQUI NÃO ESTAMOS AS ESGOTANDO... A
IDEIA DO MATERIAL É PEGAR OS PONTOS MAIS COBRADOS EM SUA PROVA!

Ele pode ser...

a) transitivo direto;

b) transitivo indireto (com a preposição com);

c) pronominal com a preposição com;

d) transitivo direto e indireto;

e) transitivo indireto com a preposição a;

f) pronominal, usado com a preposição a.


DICA 09
VERBO OBEDECER E DESOBEDECER
- São sempre TRANSITIVOS INDIRETOS!
Ex.: Obedeço sempre a meus pais.


CONTUDO, ADMITEM TRANSPOSIÇÃO PARA VOZ PASSIVA!  Ex.: O pai foi
desobedecido pelo filho.
DICA 10

RESUMINHO
PARA
FACILITAR -
Esquema de
Regência
Verbos que exigem A Verbos SEM
preposição
Assistir (ver/caber) Assistir (=socorrer)

8
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Visar (desejar) Visar (pôr visto/mirar)


Aspirar (desejar) Aspirar (cheirar)

NÃO ACEITAM LHE/LHES (mesmo sendo Querer (desejar)


verbos transitivos indiretos)*** Agradar (fazer agrados)
Querer (estimar) Pagar, perdoar,
Agradar (satisfazer) agradecer (com coisas)
Pagar, perdoar, agradecer (com pessoas) Ver, presenciar, olhar,
Obedecer, desobedecer observar, amar, odiar,
Referir-se adorar, receber,
Proceder (dar início) admirar, ajudar,
Preferir auxiliar...
CVC – IR (chegar, ir, comparecer, voltar, Implicar (=acarretar)
retornar) Acarretar
Namorar
Pisar (ele é VTD, mas
existem alguns autores
que aceitam EM)

Verbos que pedem EM Verbos que pedem COM


Morar, residir, entregar, domiciliar, Simpatizar com
estar, ficar, permanecer, continuar... Antipatizar com
Empatizar com ...

ESCLARECENDO...

VTD  VERBO TRANSITIVO DIRETO

VTI  VERBO TRANSITIVO INDIRETO

VTDI  VERBO TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO

EXPLICANDO...

*** VAMOS AO VERBO ASSISTIR?! No sentido de ver, por exemplo, como dito acima
não admite “LHE” como complemento, ainda que VTI.

Ex.: O aluno assiste a várias aulas.

 O aluno assite-lhes. (ERRADO) 


 O aluno assiste a elas. (CERTO) 
DICA 11

ATENÇÃO! O verbo ter NÃO PODE ser usado com valor existencial.

Ex.: Na audiência, teve quem questionasse a testemunha. X (ERRADO)


Ex.2: Na audiência, houve quem questionasse a testemunha. √ (CORRETO)

9
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 12

VERBO HAVER – SENTIDO EXISTENCIAL


Ex.:
Coisas novas precisam HAVER para que ela se decidisse. → ERRADA
Coisas novas PRECISA HAVER para que ela se decidisse → CORRETA

objeto. direito oração sem sujeito


OBS.: HAVER→ sentido existencial, verbo sempre fica sempre na 3a pessoa do singular e
contamina os verbos auxiliares. Então a impessoalidade do verbo impessoal principal
é transmitida aos verbos auxiliares.
OBS. 2: Toda vez que o HAVER é existencial é caso de oração sem sujeito.
DICA 13
Mnemônico para lembrar os Pronomes que EXIGEM o uso da próclise:
Relativos
Indefinidos
Interrogativos

Ex.: No trecho “que se manifestam com intensidade”, o emprego do pronome átono “se”
após a forma verbal — expressam-se — prejudicaria a correção gramatical do texto, dada
a presença de fator de próclise na estrutura apresentada.
DICA 14
CONTRAÇÃO DOS VERBOS COM OS PRONOMES:
O pronome oblíquo “lhe” substitui OBJETO INDIRETO. Ex.: Eu obedeço a minha mãe.
Contraindo: Eu lhe obedeço. Ex.2: Entreguei o caderno a minha mãe. Contraindo:
Entreguei-lhe o caderno ou: Entreguei lho (substituição dos dois termos; lho = lhe + o).
Os pronomes oblíquos “o”, “a”, “os”, “as” substituem os OBJETIVOS DIRETOS. Ex.: Eu
vi Maria na escola. Contraindo: Eu a vi na escola.
Em verbos terminados em R, S ou Z, os pronomes assumem as formas lo, la, los, las,
cortando-se o R, S ou Z. Ex.1: Vou auxiliar Marina. / Vou auxiliá-la. Ex.2: Pus o livro sobre
a mesa. / Pu-lo sobre a mesa. Ex.3: Fiz o dever. / Fi-lo.

Em verbos terminados em ão, õe, am, em (sons nasais); os pronomes recebem a forma
no, na, nos, nas. Ex.: Tragam o preso. / Tragam-no. Ex.2: Estudarão a matéria. /
Estudarão-na. Ex.3: Entreguem os materiais / Entreguem-nos. Ex.4: Põe a bolsa sobre a
mesa. / Põe-na sobre a mesa.
DICA 15
Pronomes Oblíquos REFLEXIVOS. Os pronomes oblíquos, SALVO o(s), a(s) lhe(s),
podem referir-se ao próprio sujeito da oração.
Ex.1: Júlia feriu-se.
Ex.2: Marina e Vitor se amam.

10
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

No Ex.1, pode-se dizer que Júlia feriu a si mesmo, portanto, trata-se de pronome
reflexivo.
No Ex.2: “Marina ama Vitor e Vitor a ama”, ou seja, um ama o outro. Nesse caso específico,
trata-se de pronome recíproco.
DICA 16
CRASE

*A crase é um fenômeno sintático assinalado pelo acento grave.


*A crase depende de dois fatores: o termo regente e o termo regido.

*Condições de ocorrência *

O termo regente deve exigir a O termo regido deve


preposição “A” admitir o artigo “A”
ou ser um pronome
demonstrativo
iniciado pela letra “A”
(aquele, aquela,
aquilo, a)

Exemplos:

- Obedeceu às leis da escola.


VTI(a)

- Procedeu à reunião da hora marcada.


VTI (proceder de dar início - pede preposição “a”)

-Voltou àquele lugar.


VI (a)
(quem volta, volta a...)

- Referiu-se à moça
VTI

OS CASOS PROIBIDOS PREVALECEM SOBRE QUAISQUER OUTROS!!!


DICA 17
CRASE PROIBIDA:

* Antes de palavras masculinas. Ex.: Pinto a óleo.

* Palavras no plural sem artigo. Ex.: Volto daqui a dois dias.

* Diante de verbo. Ex.: Estou disposta a passar no concurso.

11
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

* Entre palavras repetidas que constituem expressões idiomáticas (com sentido


generalizado na língua). Ex.: Estava cara a cara, dia a dia, uma a uma, cota a cota.

* Antes de artigo feminino indefinido. Ex.: Referia-me a uma dança.

* Antes de pronomes: Pessoais, demonstrativos, indefinidos, tratamento e relativos. Ex.:


Dirigi-me a ela. Refiro-me a esta carta. Refiro-me a certa valsa. Falei a Vossa Santidade.
Conheço a moça cuja mãe faleceu.

* Depois de preposição (exceto “até”, caso facultativo). Ex.: Jurou perante a justiça
dizer a verdade. Ex.2: Foi até a/à escola.
DICA 18
CRASE FACULTATIVA:

* Depois da preposição ATÉ: Fui até a casa. / Fui até à casa.

* Antes de pronome possessivo feminino no singular: MINHA TUA VOSSA NOSSA.


Respondi a sua mãe. / Respondi à sua mãe.

* Antes de nome próprio feminino: Entreguei a carta a Carla. / Entreguei a carta à Carla.

* Pronomes de tratamento: Senhora, Senhorita, Madame, Dona. Refiro-me a dona


Joana. / Refiro-me à dona Joana.
DICA 19

NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA CASA:


Ex.: Eles retornaram a casa.
Ex.: Voltarei a casa amanhã de manhã
OBS.: se a palavra casa vier determinada, ocorrerá crase:
Ex.: Eles retornaram à casa dos pais.
Ex.: Voltarei à casa do Fernando amanhã de manhã.
DICA 20

NÃO SE USA CRASE - ANTES DE NUMERAL:


Ex.: A quantidade de candidatos não chegou a dez.
OBS.: Ocorre crase diante de numeral ordinal ou se o numeral indicar horas:
Ex.: Escrevi à primeira da turma.
Ex.: O show será às 15 horas.
Ex.: A aula vai das 8 às 11 horas.
DICA 21

NÃO SE USA CRASE - ANTES DA PALAVRA TERRA (= CHÃO FIRME)


Ex.: Ao descer a terra, o capitão foi recebido com honras.
Ex.: Os navegantes retornaram a terra ao amanhecer.

12
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

OBS.: se a palavra "terra" estiver especificada ou se referir ao planeta, ocorrerá crase:


Ex.: Chegarei hoje à terra de meus pais.
Ex.: Os astronautas não retornaram à Terra no dia previsto.
DICA 22

USO ESPECIAL DE CRASE


Topônimos (nome de lugar): GOSTAR DA CIDADE/ PAÍS....

MACETE:

- Feminino ou neutro especificado: admitem crase!


(eu vou a Bahia, eu volto DA Bahia)

- Neutro sem especificador: não admite crase!


(eu goste DE Belo Horizonte)

- Voltou à Belo Horizonte dos barezinhos.


VTI neutro+ especificador)

- Retornou à Bahia. (MACETE: Retornou DA Bahia)


VTI

- Iria a Campinas.
(Eu volto DE campinas→ neutro/ sem especificador)

- Iria à França.
(Eu volto DA França)
DICA 23

USO ESPECIAL DE CRASE


QUE/DE

→ Usa-se crase sempre que a tiver valor de “aquela” ou subtender palavra feminina.

- Referiu-se à que falava mais alto.


(a+a) - aquela

- Fez alusão à de roupa rosa.


(a+a) – aquela
DICA 24

ATENÇÃO! Exceções, pois admitem artigo!!!: Pronomes “mesma”, “outra”, “própria”,


“senhora” e “senhorita” admitem crase.
DICA 25

FIQUE LIGADO!

Crase antes de pronomes – à que/ à qual

13
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Ocorre crase se, ao substituirmos por um correspondente masculino, o resultado for


ao que, ao qual.
À que
(…) é a realocação da comunidade para uma área equivalente à que ela vive hoje.
(…) é a realocação da comunidade para um terreno equivalente ao que ela vive hoje.

Ao qual
(…) em Cuba, onde agora se recupera da quarta cirurgia à qual teve de se submeter…
(…) em Cuba, onde agora se recupera do quarto procedimento cirúrgico ao qual teve de se
submeter…
DICA BÔNUS

Caso em que a CRASE SEMPRE OCORRE:


* Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas.
Por exemplo:
à tarde / às ocultas / às pressas / à medida que / à noite / às claras / às escondidas / à
força / à vontade / à beça / à larga / à escuta / às avessas / à revelia / à exceção de / à
imitação de / à esquerda / às turras / às vezes / à chave / à direita / à procura / à deriva /
à toa / à luz / à sombra de / à frente de / à proporção que / à semelhança de / às ordens /
à beira de ...

 JÁ CAIU RECENTEMENTE NA BANCA CESPE! QUEREM VER?!

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Ministério da Economia Provas: CESPE /
CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Tecnologia da Informação - Segurança da
Informação e Proteção de Dados)
... No trecho “No momento em que eu levava o garfo à boca”, no terceiro parágrafo, o sinal
indicativo de crase empregado em “à” poderia ser suprimido, sem prejuízo para a correção
gramatical do trecho. R: ERRADO. JUSTIFICATIVA: TRATA-SE DE LOCUÇÃO
ADVERBIAL FEMININA. Logo, o sinal indicativo de crase não PODE SER
SUPRIMIDO!
DICA BÔNUS

PARA NÃO ESQUECER!

Uso facultativo da crase = pronomes possessivos femininos (sua / minha).


Uso proibido da crase = pronomes demonstrativos (esta / essa).

14
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Provisões

Provisões servem para contabilizar uma variação patrimonial ocorrida cujo valor exato
ainda é desconhecido. Sendo assim, há a certeza do acontecimento, mas não se sabe
exatamente o valor envolvido.

A provisão tem o objetivo de cobrir um custo ou despesa cuja possibilidade de


ocorrência seja grande. Isso significa que provisões dizem respeito aos lançamentos de
valores como se fossem despesas, apesar de ainda não poderem ser classificados como tal.
De acordo com resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) nº 750, no artigo 9º:

“As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que
ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de
recebimento ou pagamento.”

Portanto, a Provisão atende ao Princípio de Competência, ou seja, mesmo que o


desembolso ocorra meses adiante, reconhece-se o fato gerador no momento em que ele
ocorrer.

A partir do momento que a estimativa dá lugar para a certeza, as obrigações ou perdas de


ativos não são mais classificadas como provisões. Exemplos disso incluem o Pagamento de
Férias, do Décimo Terceiro salário, impostos etc.

DICA 27

Reversão de provisões

A reversão de provisões pode ser conceituada como o procedimento contábil necessário,


derivado da mutação do fato contábil de constituição de provisões, em
desconstituição das mesmas (não ocorrência). As provisões de contingências para
liquidação de despesas ou custos futuros, são caracterizadas como passivo, tendo em vista
sua capacidade de diminuir o ativo de determinada entidade.

A reversão da provisão é exatamente o contrário da provisão, vez que não ocorre o fato
gerador decorrente da provisão ou este se dá em um valor inferior ao esperado.

Neste sentido, o lançamento de uma provisão e a reversão da provisão se dão da seguinte


maneira:

1. Constituição da Provisão:

D – Despesa com Provisão (resultado)

C – Provisão (Passivo)

2. Reversão de Provisão:

D – Provisão (Passivo) (Retificadora)

C – Reversão de provisão (receita – resultado)

15
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 28

Amortização de ativos especiais


Os ativos especiais consistem em um grupo no ativo com algumas características
especiais que podem ou não ser tangíveis, sendo na grande maioria ativos
intangíveis. A utilização deste grupo não implica no esgotamento deste ativo, pois estes
ativos estão diretamente relacionados ao processo de obtenção de receitas, deixando de ser
ativos não pela venda, e sim pela perda potencial de obtenção de receitas.
Um exemplo clássico de ativos especiais são os conteúdos artístico-culturais (filmes)
elaborados por produtoras cinematográficas com o objetivo de obter receita mediante a
cessão do direito de exibição. Assim, esses conteúdos artístico-culturais permanecem
existindo sob a propriedade de quem os produziu e podem a qualquer momento ser
negociados novamente, gerando novas receitas.
Para a amortização de ativos especiais podemos seguir uma das alternativas abaixo:
I – método da efetiva utilização, sendo o numerador a receita efetivamente auferida no
período e o denominador a receita total estimada para ser auferida durante a vida útil do
ativo;
II – método de quotas arbitradas, no qual o percentual de amortização é arbitrado pela
expectativa de geração de receita com a utilização do ativo ou pelo decurso do tempo.
DICA 29

Depreciação do ativo imobilizado e vida útil do ativo


O conceito de depreciação é apresentado no CPC 27 como a alocação sistemática do
valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil econômica para a entidade.
Um ativo começa a ser depreciado quando este está disponível para uso, ou seja, quando
está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração.
Observa-se que a depreciação cessa quando o ativo é desativado por baixa de
qualquer natureza ou transferência para ativo não circulante mantido para venda
(conforme Pronunciamento Técnico CPC 31 - Ativo Não Circulante Mantido para Venda e
Operação Descontinuada), ou para estoque, mas não cessa por ociosidade.
Define-se a vida útil de um ativo em função da utilidade esperada deste ativo para a
entidade. A estimativa da vida útil do ativo é uma questão de julgamento baseado na
experiência da entidade com ativos semelhantes.
Devemos considerar os seguintes fatores na determinação da vida útil de um ativo:
→ uso esperado do ativo que é avaliado com base na capacidade ou produção física
esperadas do ativo;
→ desgaste físico normal esperado, que depende de fatores operacionais tais como o
número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparos e manutenção
e o cuidado e a manutenção do ativo enquanto estiver ocioso;
→ obsolescência técnica ou comercial proveniente de mudanças ou melhorias na
produção, ou de mudança na demanda do mercado para o produto ou serviço derivado do
ativo;
→ limites legais ou semelhantes no uso do ativo, tais como as datas de término
dos contratos de arrendamento mercantil relativos ao ativo.

16
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 30

Métodos de depreciação
Existem diversos métodos para se calcular o valor depreciável de um ativo ao longo da sua
vida útil. Cada empresa decide qual método utilizar, ou seja, ela irá selecionar o método
que melhor reflete o padrão de consumo do bem e o que trouxer mais benefícios contábeis
para ela.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27, o método escolhido deverá ser
aplicado consistentemente entre os períodos, a não ser que tenha alguma
alteração nesse padrão, como a alteração da vida útil econômica do bem, por exemplo,
e este deve ser revisado pelo menos ao final de cada exercício.
Contabilmente, podemos destacar três métodos de depreciação: método da linha reta,
o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas.
→ Método da linha reta: Consiste em se apurar uma despesa constante durante a vida
útil do ativo, caso o seu valor residual não se altere. Calcula-se a depreciação através da
utilização de uma taxa de desvalorização constante sobre o bem que perde o mesmo valor
anualmente, considerando-se a vida útil média do bem. Por exemplo, com um valor inicial
do bem em 100% (0% de desgaste), sendo a sua vida útil de 5 anos, a depreciação linear
do mesmo é 20% ao ano, ou seja 100 / 5.
→ Método dos saldos decrescentes: Este método resulta em despesa decrescente
durante a vida útil. Assim, no início da vida útil de um ativo, o valor da depreciação é maior
do que ao final, visto que ocorre gradualmente a redução do valor da depreciação na medida
em que o bem envelhece. A taxa percentual utilizada para calcular a depreciação é constante
durante os períodos. Como o valor líquido contabilístico não chega a zero por esse método,
ao final da vida útil, a empresa pode mudar a forma de cálculo para o método da linha reta.
→ Método de unidades produzidas: Este método resulta em despesa baseada no uso ou
produção esperados pelo ativo imobilizado. Para determinar o valor da depreciação utiliza-
se a seguinte fórmula:
Depreciação = Valor Original do Bem x Taxa de depreciação
E para encontrar a taxa de depreciação utiliza-se a seguinte fórmula:
Taxa de depreciação = Número de unidades produzidas no período / Número de
unidades estimadas a serem produzidas durante a vida útil do bem.
DICA 31

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

O balancete de verificação trata-se de um demonstrativo contábil que reúne todas as


contas em movimento na empresa e seus respectivos saldos (saldos devedores e
saldos credores). É considerada uma técnica utilizada pela Contabilidade para verificar se
o método das partidas dobradas está sendo utilizado e verificar se os lançamentos contábeis
realizados em um determinado período estão corretos.

Devido ao método das partidas dobradas, o valor total dos saldos credores deve ser
sempre igual ao valor total dos saldos devedores, vez que não há crédito sem débito
correspondente. Do contrário houve um erro na Contabilidade da Empresa.

Geralmente o balancete é disponibilizado mensalmente, servindo de suporte aos gestores


para visualizar a situação da empresa diante dos saldos mensurados, e, portanto não se
destina a publicação.

17
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Através do balancete é possível chegar a vários resultados importantes para a Contabilidade


de uma empresa num dado período de tempo, bem como elaborar outros demonstrativos
contábeis importantes, como por exemplo, Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
e Balanço Patrimonial (BP).

É, portanto a relação de Contas extraídas do livro Razão (razonetes) da empresa e,


normalmente possui os saldos do balancete anterior, o movimento de débitos e créditos do
período anterior e o atual, bem como os saldos atuais.

DICA 32

Modelos – balancete de verificação

O balancete de verificação mais simples possui apenas duas colunas apresentando os saldos
devedores e credores, conforme o seguinte exemplo:

No entanto, há outros tipos de balancete de verificação mais completos para a evidenciação


de dados com 4, 6 ou até 8 colunas. O balancete chamado de seis colunas apresenta os
saldos do balancete anterior, o movimento de débitos e créditos do período que medeia o
anterior e o atual e, finalmente os saldos atuais.

O balancete mais completo é o de oito colunas, no qual aparecem os saldos anteriores, o


movimento e os saldos do período e, finalmente, os saltos atuais.

Balancete de 6 colunas:

Balancete de 8 colunas:

18
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 33

Conceito do balancete de verificação

Em um balancete de verificação, é possível verificar a igualdade entre o total de débitos


e o total de créditos, tendo em vista o método das partidas dobradas.

No entanto, o balancete de verificação não garante a correção dos procedimentos


contábeis adotados. Isso porque podem acontecer lançamentos duplicados, a falta do
lançamento, posição de contas equivocadas, entre outros.

DICA 34

O balanço patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, no qual


apuramos a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado lapso
temporal. No balanço são evidenciados o Ativo, o Passivo e o Patrimônio Líquido da
entidade.

- Ativo: No ativo ficam compreendidos os bens e direitos da entidade como exemplo, caixa,
bancos, imóveis, veículos, equipamentos, mercadorias e contas a receber de clientes.
Convencionalmente são discriminados no lado esquerdo do Balanço Patrimonial.

- Passivo: No passivo ficam compreendidos as obrigações a pagar, ou seja, as quantias


devidas pela empresa a terceiros. Podemos citar as contas a pagar, os fornecedores, os
salários a pagar, os impostos a pagar e os financiamentos a pagar. Convencionalmente são
discriminados no lado direito do Balanço Patrimonial.

- Patrimônio Líquido: Nada mais é que a diferença entre o valor do ativo e do passivo da
entidade.

DICA 35

Balanço Patrimonial – Dividendos

O registro de dividendos a distribuir deve ser contabilizado a crédito de passivo e


a débito do patrimônio líquido. O passivo e o PL são contas credoras então aumentam
com crédito e diminuem com débito. Os dividendos a distribuir são obrigações da empresa
o que indica um aumento do passivo (creditar) e, como parcela do lucro será distribuída,
haverá uma diminuição do PL (débito).

Na apuração da demonstração de origens e aplicação de recursos,


independentemente da classificação no passivo, a distribuição de dividendos
deverá sempre ser uma aplicação de recursos, para a empresa que distribuiu. A
distribuição de dividendos é uma aplicação de recursos por ser retificadora do PL. As contas

19
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

devedores são aplicações de recursos, enquanto as contas credoras são de origens de


recursos.

20
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

ESTATÍSTICA

DICA 36

FREQUÊNCIAS

Um conceito recorrente em estatística é o conceito de frequência. São de quatro tipos:

- frequência absoluta simples (f);


- frequência absoluta acumulada (F);
- frequência relativa simples (fr);
- frequência relativa acumulada (Fr).

Todas as frequências guardam relação com o número de ocorrências de um valor ou


classe de valores. Em seguida, analisaremos cada tipo de frequência.

DICA 37

FREQUÊNCIAS ABSOLUTAS

A frequência absoluta é o número de vezes que um dado aparece no rol. Os dados são
organizados em categorias.

DICA 38

FREQUÊNCIAS RELATIVAS

A frequência relativa é o número de observações de cada variável divido pelo número


total de observação. Ou seja, é a frequência absoluta de cada variável dividida pela
somatória das frequências absolutas. A frequência relativa é uma porcentagem do todo.

Essa medida é usada para comparar dados.

DICA 39

Distribuição Geométrica

→ A distribuição geométrica também se refere a sucessos e fracassos, mas,


diferentemente da binomial, é a probabilidade de que o sucesso ocorra exatamente no k-
ésimo ensaio.

→ Aqui, a probabilidade de ocorrer o resultado favorável (sucesso) em cada ensaio também


é 𝑝.

DICA 40

A distribuição hipergeométrica refere-se à probabilidade de, ao retirarmos, sem


reposição, 𝑛 elementos de um conjunto com 𝑁 elementos, saiam 𝑘 elementos com o atributo
sucesso, considerando-se que, do total de 𝑁 elementos, 𝑠 possuem esse atributo e, portanto,
𝑁 – 𝑠 possuem o atributo fracasso.

21
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO *** É CONSIDERADO CRIME HEDIONDO!

ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!!

Art. 17, da Lei nº. 10.826/2003. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar,
ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de
qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.

§ 1º EQUIPARA-SE à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer


forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive
o exercido em residência.

§ 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou


munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou
regulamentar, a AGENTE POLICIAL DISFARÇADO, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de CONDUTA CRIMINAL PREEXISTENTE.

DICA 42

TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO *** É CONSIDERADO CRIME


HEDIONDO!

ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!!

Art. 18, da Lei nº. 10.826/2003. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do
território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização da autoridade competente:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo,
acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade
competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente.

DICA 43

CAUSAS DE AUMENTO DE PENA

ALTERAÇÕES PELO PACOTE ANTICRIME!!!

Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é AUMENTADA da metade se a
arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.

22
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é AUMENTADA da
metade se:

I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º
e 8º desta Lei; ou

II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.

***Os crimes de porte ilegal, disparo de arma de fogo, porte ou posse de arma de uso
restrito, assim como o comércio ilegal tem pena aumentada se forem praticados por
integrantes das Forças Armadas, integrantes das guardas municipais das capitais
dos Estados e dos Municípios, agentes operacionais da Agência Brasileira de
Inteligência entre outros.

➢ Também ocorre aumento de pena com reincidência específica em crimes dessa


natureza.

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
(Vide Adin 3.112-1) ATENÇÃO! Este artigo foi declarado inconstitucional

DICA 44

LEI Nº 7.102/1983 - LEI DE SEGURANÇA EM ESTABELECIMENTOS FINANCEIROS

Funcionamento de estabelecimento financeiro

Art. 1º, da lei nº 7.102/1983. É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento


financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua
sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado pelo
Ministério da Justiça, na forma desta lei.

§ 1o Os estabelecimentos financeiros referidos neste artigo compreendem bancos oficiais


ou privados, caixas econômicas, sociedades de crédito, associações de poupança,
suas agências, postos de atendimento, subagências e seções, assim como as
cooperativas singulares de crédito e suas respectivas dependências.

DICA 45

ELEMENTOS IMPRESCINDÍVEIS PARA VALIDADE DO SISTEMA DE SEGURANÇA

Art. 2º, da lei nº 7.102/1983 - O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui
pessoas adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de
permitir, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro e outro da mesma
instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais próximo; e, pelo menos, mais um
dos seguintes dispositivos:

I - equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a identificação


dos assaltantes;

II - artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição,


identificação ou captura; e

23
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

III - cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o expediente


para o público e enquanto houver movimentação de numerário no interior do
estabelecimento.

DICA 46

COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Art. 6º, da lei nº 7.102/1983. Além das atribuições previstas no art. 20, compete ao
Ministério da Justiça:

I - fiscalizar os estabelecimentos financeiros quanto ao cumprimento desta lei;

II - encaminhar parecer conclusivo quanto ao prévio cumprimento desta lei, pelo


estabelecimento financeiro, à autoridade que autoriza o seu funcionamento;

III - aplicar aos estabelecimentos financeiros as penalidades previstas nesta lei.

Segundo o art. 20 do referido diploma legal:

Art. 20, da lei nº 7.102/1983. Cabe ao Ministério da Justiça, por intermédio do seu órgão
competente ou mediante convênio com as Secretarias de Segurança Pública dos Estados e
Distrito Federal:

I - conceder autorização para o funcionamento:

a) das empresas especializadas em serviços de vigilância;

b) das empresas especializadas em transporte de valores; e

c) dos cursos de formação de vigilantes;

II - fiscalizar as empresas e os cursos mencionados no inciso anterior;

Ill - aplicar às empresas e aos cursos a que se refere o inciso I deste artigo as penalidades
previstas no art. 23 desta Lei;

IV - aprovar uniforme;

V - fixar o currículo dos cursos de formação de vigilantes;

VI - fixar o número de vigilantes das empresas especializadas em cada unidade da


Federação;

VII - fixar a natureza e a quantidade de armas de propriedade das empresas


especializadas e dos estabelecimentos financeiros;

VIII - autorizar a aquisição e a posse de armas e munições; e

IX - fiscalizar e controlar o armamento e a munição utilizados.

X - rever anualmente a autorização de funcionamento das empresas elencadas no inciso I


deste artigo.

24
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 47

DA SEGURANÇA PRIVADA

Art. 10, da lei nº 7.102/1983. São considerados como segurança privada as atividades
desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de:

I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros


estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas físicas;

II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer outro tipo


de carga.

§ 1º Os serviços de vigilância e de transporte de valores poderão ser executados por


uma mesma empresa.

DICA 48

DA PROPRIEDADE E DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 11, da lei nº 7.102/1983 - A propriedade e a administração das empresas especializadas


que vierem a se constituir são vedadas a estrangeiros.

Art. 12, da lei nº 7.102/1983 - Os diretores e demais empregados das empresas


especializadas não poderão ter antecedentes criminais registrados.

➢ Os proprietários não podem ser estrangeiros;


➢ A administração não pode ser realizada por pessoas que ostentem
antecedentes.

DICA 49

DO EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE VIGILANTE

Art. 16, da lei nº 7.102/1983 - Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os


seguintes requisitos:

I - ser brasileiro;

II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;

III - ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;

IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em


estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei.

V - ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;

VI - não ter antecedentes criminais registrados; e

VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares.

25
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Art. 17, da lei nº 7.102/1983. O exercício da profissão de vigilante requer prévio registro
no Departamento de Polícia Federal, que se fará após a apresentação dos documentos
comprobatórios das situações enumeradas no art. 16.

Art. 18, da lei nº 7.102/1983 - O vigilante usará uniforme somente quando em efetivo
serviço.

Art. 19, da lei nº 7.102/1983 - É assegurado ao vigilante:

I - uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular;

II - porte de arma, quando em serviço;

III - prisão especial por ato decorrente do serviço;

IV - seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora.

DICA 50

DO ARMAMENTO

Art. 21, da lei nº 7.102/1983 - As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de
propriedade e responsabilidade:

I - das empresas especializadas;

II - dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizado de


vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas.

Art. 22, da lei nº 7.102/1983 - Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar
revólver calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha.

Parágrafo único - Os vigilantes, quando empenhados em transporte de valores, poderão


também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, de fabricação
nacional.

DICA 51

DAS SANÇÕES APLICÁVEIS

Art. 23, da lei nº 7.102/1983 - As empresas especializadas e os cursos de formação de


vigilantes que infringirem disposições desta Lei ficarão sujeitos às seguintes penalidades,
aplicáveis pelo Ministério da Justiça, ou, mediante convênio, pelas Secretarias de Segurança
Pública, conforme a gravidade da infração, LEVANDO-SE EM CONTA A REINCIDÊNCIA
E A CONDIÇÃO ECONÔMICA DO INFRATOR:

I - advertência;

II - multa de quinhentas até cinco mil Ufirs:

III - proibição temporária de funcionamento; e

26
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

IV - cancelamento do registro para funcionar.

Parágrafo único - Incorrerão nas penas previstas neste artigo as empresas e os


estabelecimentos financeiros responsáveis pelo extravio de armas e munições.

DICA 52

LEI Nº. 8.069/90 (ECA)


EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

FASE CARACTERÍSTICAS PERÍODO (DURAÇÃO)


MARCANTES

ABSOLUTA Inexistiam normas


INDIFERENÇA tutelares tocante aos Finda-se no início do Séc. XVI.
direitos da criança ou do
adolescente.

MERA Almejava tão somente a


IMPUTAÇÃO punição de Início do séc. XVI – sobretudo com a edição
PENAL ações/condutas do Código Mello Matos (1927) ao Código
praticadas por crianças e de Menores (1979).
adolescentes.
ATENÇÃO! No Código de Menores não
foram realizadas distinções entre
crianças e adolescentes.

TUTELAR Promoção da proteção


da criança e adolescente
em situação irregular, Início: Código de Menores (1979).
mediante práticas de Finda-se com a edição da CR/88.
assistencialismo e
segregatórias.

PROTEÇÃO Analisadas sob a


INTEGRAL perspectiva de sujeitos
de direitos, a proteção
das crianças e dos Inicia-se com a edição da CR/88 e
adolescentes, sobretudo prossegue até os dias atuais.
levando-se em
consideração a situação ATENÇÃO! Assim, o ECA estabeleceu no
peculiar de pessoa em Brasil a doutrina da proteção integral.
desenvolvimento, deve (art. 1º, do ECA)
ser assegurada, em
conjunto, pelo Estado,
Sociedade e Famílias –
com máxima prioridade.

27
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 53

CONSIDERAÇÕES PERTINENTES SOBRE A EVOLUÇÃO HISTÓRICA

* Antes de ser adotada a Teoria da Proteção Integral NÃO SE PREOCUPAVA COM A


CONSERVAÇÃO/MANUTENÇÃO dos vínculos familiares. Não se averiguava a situação dos
vínculos consanguíneos para o objetivo de colocação da criança em família substituta.

* Com relação à ideia da SITUAÇÃO IRREGULAR (Fase Tutelar) o menor era visto e
tratado como um problema a ser revolvido; a criança e o adolescente não eram
considerados sujeitos de direitos.

DICA 54

Na doutrina da proteção integral, a MUNICIPALIZAÇÃO consiste no princípio central do


ECA. EXPLICANDO... O sistema de proteção restou descentralizado e focando-se no
município, pois materializa-se na esfera municipal pela participação direta da
comunidade através do Conselho Municipal de Direitos e do Conselho Tutelar.

O ECA implementa uma cadeia de políticas públicas a serem desenvolvidas por todos os
entes federativos, sobretudo pelo município, haja vista estar mais próximo da realidade de
cada comunidade, em observância ao princípio da municipalização imperante nessa
legislação especial.

DICA 55

ATENÇÃO! PARA OS EFEITOS DO ECA:

CRIANÇA  A pessoa até doze anos de


idade incompletos.

ADOLESCENTE  Aquela entre doze e dezoito


anos de idade.

***Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE o ECA


às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

ATENÇÃO! Consoante se vê, o ECA não adotou o critério psicológico para diferenciar
criança de adolescente, mas, sim, CRITÉRIO DE IDADE.

DICA 56

CONSIDERAÇÕES SOBRE O P. ÚNICO DO ART. 2º DO ECA

“Nos casos expressos em lei, aplica-se EXCEPCIONALMENTE o ECA às pessoas entre


dezoito e vinte e um anos de idade. ”

28
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

 Foram muitas as discussões sobre sua revogação ou não. CONCLUSÃO PARA A PROVA
(a que mais é adotada pelas Bancas) – POSICIONAMENTO DO STJ: Distinguindo-se
as esferas cíveis e penais tem-se que:

• Na ESFERA CÍVEL, haja vista o surgimento do CC/02 (redução da maioridade civil para
18 anos), o ECA não é mais aplicado aos maiores de 18 anos.

• Na ESFERA PENAL, é APLICADO, cite-se como exemplo o art. 121, §5º, do ECA, o
qual estabelece liberação compulsória aos 21 anos de idade.

DICA 57

TESE DA PLURIPARENTALIDADE

A PATERNIDADE SOCIOAFETIVA, declarada ou não em registro público, não


impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem
biológica, com os efeitos jurídicos próprios. (RE 898.061/SC)
EXPLICANDO... Conclui-se que a paternidade socioafetiva não exime a responsabilidade
do pai biológico. Logo, é dever do pai biológico arcar com as despesas do filho ainda que
este último tenha sido criado e nutre laços de afetividade com pessoa diversa –
considerando-a como pai.
DICA 58

A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa


humana, sem prejuízo da PROTEÇÃO INTEGRAL de que trata o ECA, assegurando-se-
lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar
o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
liberdade e de dignidade.

***Os direitos enunciados no ECA aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, SEM


DISCRIMINAÇÃO de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor,
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e
aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou
outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que
vivem. (PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO)

DICA 59

PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA

É DEVER da FAMÍLIA, DA COMUNIDADE, DA SOCIEDADE EM GERAL E DO PODER


PÚBLICO assegurar, com ABSOLUTA PRIORIDADE, a efetivação dos direitos referentes
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.

*** A GARANTIA DE PRIORIDADE compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;

c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

29
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a


proteção à infância e à juventude.

DICA 60

NENHUMA criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,


discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.

DICA BÔNUS

INTERPRETAÇÃO DO ECA – parâmetros interpretativos:

os fins sociais a que ela se


dirige

as exigências do bem comum

os direitos e deveres
individuais e coletivos

a condição peculiar da criança


e do adolescente como
PESSOAS EM
DESENVOLVIMENTO.

DICA BÔNUS

DIREITOS QUE INTEGRAM O DIREITO DE LIBERDADE NO ECA

O DIREITO À LIBERDADE compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,


ressalvadas as restrições legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, SEM DISCRIMINAÇÃO;

VI - participar da vida política, NA FORMA DA LEI;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

30
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

As normas jurídicas que expressam esses valores podem ser classificadas em duas
categorias básicas: regras e princípios.

As regras contemplam previsões de conduta determinadas e precisas. Ou seja, entre várias


alternativas de conduta, as regras determinam como os sujeitos devem (“é obrigatório”),
não devem (“é proibido”) ou podem (“é facultado”) conduzir-se.

Os princípios, por sua vez, determinam o alcance e o sentido das regras, servindo de
parâmetro para a exata compreensão delas e para a própria produção normativa. Eles não
se restringem a fixar limites ou a fornecer soluções exatas, e sim consagram os valores a
serem atingidos. Dessa forma, os princípios não fornecem solução única, mas propiciam um
elenco de alternativas, exigindo, por ocasião de sua aplicação, que se escolha por uma
dentre diversas soluções.

DICA 62

O princípio da supremacia do interesse público fundamenta a existência das


prerrogativas e dos privilégios da Administração Pública, enquanto o princípio da
indisponibilidade do interesse público, em contraponto ao primeiro, fundamenta as
restrições impostas à Administração.

DICA 63

Ao lado do princípio da supremacia do interesse público, o regime jurídico-administrativo


também se fundamenta no princípio da indisponibilidade do interesse público, o qual
impõe restrições à atuação da Administração.

Por esse princípio, a atuação do Poder Público deve ser pautada pela lei, vale dizer, a
Administração só pode atuar conforme a previsão legal. Portanto, é correto dizer que a
elaboração de atos normativos administrativos, bem como a execução de atos
administrativos e ainda a sua respectiva interpretação, devem ser pautados pelo regime
jurídico-administrativo, eis que devem observar os ditames da lei.

DICA 64

Conforme ensinamento de Celso Antônio Bandeira de Mello, a medida provisória, o


estado de defesa e o estado de sítio são exceções ao princípio da legalidade. O primeiro
por ser um diploma normativo de exceção e precariedade, pois só é aplicável em caso de
“relevância e urgência”. Os dois últimos por restringirem direitos em situações
excepcionais.

DICA 65

A respeito do princípio da impessoalidade e sua relação com o princípio da isonomia,


Carvalho Filho assevera que têm sido admitidas exceções para sua aplicação. Como
exemplo, podem-se citar as exigências de altura mínima e de idade em concursos
públicos.

Sobre o tema o STF coloca três critérios necessários para legitimar exigências
discriminatórias em editais de concurso público:

31
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

1) que haja pertinência entre o critério de discriminação e a atividade do cargo;

2) que o critério seja fixado em parâmetros razoáveis;

3) que o critério tenha sido previsto em lei e não apenas no edital do concurso.

Assim, por exemplo, o STF reconheceu que, em se tratando de concurso público para agente
de polícia, mostra-se razoável a exigência, por lei, de que o candidato tenha altura mínima
de 1,60m. A exigência de altura, por sua vez, não seria razoável para o cargo de escrivão
de polícia, dada as atribuições do cargo, para as quais o fator altura é irrelevante.

DICA 66

O princípio da impessoalidade decorre, em última análise, do princípio da isonomia e


da supremacia do interesse público, não podendo, por exemplo, a administração pública
conceder privilégios injustificados em concursos públicos e licitações nem utilizar
publicidade oficial para veicular promoção pessoal.

DICA 67

A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,


até o terceiro grau, inclusive, da 1) autoridade nomeante ou de 2) servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas,
viola a Constituição Federal.

DICA 68

O princípio da moralidade administrativa torna jurídica a exigência de atuação ética dos


agentes públicos e possibilita a invalidação dos atos administrativos.

DICA 69

A divulgação nominal da remuneração de autoridades e servidores nas páginas da


internet constitui tema dos mais polêmicos no debate sobre a transparência da
Administração Pública.

A discussão envolve a compatibilização do princípio da publicidade, que assegura o


acesso a informações de interesse geral e coletivo, com o direito fundamental do indivíduo
de não ter informações de cunho estritamente pessoal divulgadas sem o seu prévio
consentimento. A questão foi submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF)
que considerou lícita a divulgação nominal da remuneração dos servidores.
Segundo o entendimento da Suprema Corte, a remuneração bruta, os cargos, as funções e
os órgãos de lotação dos servidores públicos seriam informações de interesse coletivo
ou geral. Assim, “não cabe, no caso, falar de intimidade ou de vida privada, pois os
dados objeto da divulgação em causa dizem respeito a agentes públicos agindo ‘nessa
qualidade’ (§6º do art. 37). E quando a segurança física e corporal dos servidores, seja
pessoal, seja familiarmente, claro que ela resultará um tanto ou quanto fragilizada com a
divulgação nominalizada dos dados em debate, mas é um tipo de risco pessoal e familiar
que se atenua com a proibição de se revelar o endereço residencial, o CPF e a CI de cada
servidor. No mais, é o preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de
um Estado republicano” (SS 3.902-AgR, de 9/6/2011).

32
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 70

O cumprimento dos princípios administrativos — especialmente o da finalidade, o da


moralidade, o do interesse público e o da legalidade — constitui um dever do administrador
e apresenta-se como um direito subjetivo de cada cidadão.

DICA 71

Nos termos do art. 50 da Lei 9.784/1999, os atos administrativos deverão ser sempre
motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;


II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

DICA 72

O princípio da proporcionalidade é basicamente fundado na relação de causalidade existente


entre um meio e um fim a ser atingido, ou seja, o princípio da proporcionalidade exige
a melhor escolha de um meio para que determinado fim seja alcançado.

Todavia, para que a escolha deste meio seja juridicamente correta, necessária se faz a
observância de três subprincípios, quais sejam: adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito, ou stricto sensu (e não razoabilidade, daí o
erro).

Adequação, para que o meio empregado na atuação seja compatível com o fim pretendido;
exigibilidade, para que a conduta seja de fato necessária, não havendo outro meio que
cause menos prejuízo aos indivíduos para que se alcance o fim público; e, por fim, a
proporcionalidade em sentido estrito traduz à ideia de que o meio somente não será
desproporcional se as desvantagens que ele ocasionar não virem a superar as vantagens
que ele deveria trazer.

DICA 73

O fenômeno conhecido como deslegalização consiste na permissão do Poder Legislativo


ao Poder Executivo de editar normas de caráter técnico, de maneira inovadora.

A dificuldade de o Poder Legislativo regulamentar determinadas matérias de alta


complexidade técnica leva ao fenômeno da deslegalização, em que a competência para
regular certas matérias é transferida da lei para outras fontes normativas por autorização
do próprio legislador. Ou seja, a normatização sai do domínio da lei para o domínio de
ato regulamentar de órgão ou entidade do poder executivo.

DICA 74

Princípios IMPLÍCITOS ou RECONHECIDOS: possuem a mesma relevância que os


princípios explícitos.

33
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 75

Resumão dos Princípios Implícitos

Supremacia do interesse público - Fundamenta as prerrogativas da Administração.


Presente de forma direta nas relações jurídicas verticais; e de forma indireta nas
atividades-meio e quando esta atua como agente econômico.

Indisponibilidade do interesse público - Fundamenta as restrições. Ligado ao princípio


da legalidade. Também implica que os agentes não podem deixar de exercitar as
prerrogativas. Presente de forma direta em toda e qualquer atividade administrativa.

- Interesses públicos primários: interesses diretos do povo.

- Interesses públicos secundários: 1) interesses do Estado de caráter


patrimonial (aumentar receitas ou diminuir gastos); e 2) os atos internos de
gestão administrativa. O interesse público secundário só é legítimo quando não
é contrário ao interesse público primário.

Motivação - Indicação dos pressupostos de fato e de direito. Atos vinculados e


discricionários. Permite o controle da legalidade e da moralidade. Assegura ampla defesa
e contraditório. Dispensa motivação: exoneração de ocupante de cargo em comissão.

Razoabilidade e proporcionalidade - Razoabilidade: compatibilidade entre meios e fins


(aferida pelos padrões do homem médio) Proporcionalidade: conter o abuso de poder
(ex: sanções proporcionais às faltas). Doutrina: proporcionalidade constitui um dos
aspectos da razoabilidade.
Três fundamentos: adequação, exigibilidade e proporcionalidade.

Contraditório e ampla defesa - Deve haver em todos os processos administrativos,


punitivos (acusados) e não punitivos (litigantes).

Autotutela - Anular atos ilegais e revogar atos inoportunos e inconvenientes. Pode ser
mediante provocação ou de ofício. Não afasta a apreciação do Judiciário (atos ilegais).
Os atos não podem ser revistos após o prazo decadencial, salvo comprovada má-fé.

Segurança jurídica - Segurança jurídica (aspecto objetivo, estabilidade das relações) X


Proteção à confiança (aspecto subjetivo, crença de que os atos da Administração são legais).
Veda a aplicação retroativa de nova interpretação. Limita a autotutela e a legalidade. Ex:
decadência e prescrição.

Especialidade - Descentralização administrativa. Criação de autarquias, EP e SEM.

Hierarquia - Forma como são estruturados os órgãos da Administração Pública, criando


uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros.

Precaução - Adoção de medidas preventivas para proteger o interesse público dos riscos a
que se sujeita.

Sindicabilidade - Possibilidade de se controlar as atividades da Administração. Controles:


judicial, interno, externo (Legislativo e Tribunais de Contas) e autotutela.

34
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Subsidiariedade - Atividade privada tem primazia sobre a atividade pública. Limita a


intervenção estatal.

DICA 76

O poder de polícia é a capacidade que detém o Estado de restringir direitos e garantias


individuais em benefício da coletividade, com base no princípio da supremacia do
interesse público.
Em regra, o poder de polícia tem caráter discricionário. Porém há situações em que se
torna vinculado, se a norma que o trata assim definir.
O exercício do poder de polícia é um dos fatos geradores das taxas (espécie de
tributo).

DICA 77

O poder de polícia originário é exercido pelos órgãos dos entes políticos, ou seja,
pela Administração Pública Direta. Já o poder de polícia derivado é exercido pelas
entidades de direito público da Administração Pública Indireta.

DICA 78

A polícia administrativa atua de forma predominantemente preventiva sobre bens,


direito ou atividades em todas as áreas da Administração Pública reprimindo os ilícitos
administrativos.

Já a polícia judiciária exerce seu poder de forma mais repressiva (apesar de também
atuar preventivamente) sobre pessoas coibindo os chamados ilícitos penais.

O exercício do poder de polícia judiciária é privativo de certos órgãos como a polícia civil,
militar e federal.

DICA 79

A multa, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, não


possui a característica da auto executoriedade.

Em relação às multas, há duas situações:

1. A aplicação de uma multa: reflete o atributo da exigibilidade.

2. A cobrança da multa não tem a força da executoriedade, já que é necessária a


utilização dos meios para isso (inclusão em dívida ativa e ação de execução, havendo a
necessidade de participação do Poder Judiciário).

DICA 80

O abuso de poder pode ocorrer tanto por condutas comissivas quanto omissivas e pode
assumir duas formas:

→ Excesso de poder: Se o agente público extrapolar os limites de sua competência, estará


atuando com excesso de poder; e

→ Desvio de poder: Também chamado de desvio de finalidade, ocorre quando o agente


público atua buscando fim diverso do previsto para o ato ou contrário ao interesse público.

35
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Enquanto o excesso de poder está associado ao vício no elemento competência, o desvio de


poder está ligado o vício no elemento finalidade.

DICA 81

O PODER DE POLÍCIA tem como fundamento o P. da Supremacia do Interesse Público;


consiste na faculdade discricionária da Administração Pública de condicionar e
restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse
público.

→ ORIGINÁRIO: exercido pela Administração Pública Direta – ENTES POLÍTICOS


(União, Estado e Município)
→ DERIVADO: exercido pela Administração Indireta, mas desde que seja PJ de Direito
Público.
DICA 82

A QUAL ENTE COMPETE O EXERCÍCIO DO P. DE POLÍCIA?


Consegue-se identificar pela ideia da PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE.
*Hely Lopes Meirelles explica: “Para esse policiamento há competências exclusivas e
concorrentes das três esferas estatais, dada a descentralização político-administrativa
decorrente do nosso sistema constitucional. Em princípio, tem competência para policiar
a entidade que dispõe do poder de regular a matéria.

Assim sendo, os assuntos de interesse nacional ficam sujeitos a regulamentação e


policiamento da União; as matérias de interesse regional sujeitam-se às normas e à
polícia estadual, e os assuntos de interesse local subordinam-se aos regulamentos
edilícios e ao policiamento administrativo municipal.
Todavia, como certas atividades interessam simultaneamente às três entidades
estatais, pela sua extensão a todo o território nacional (v. g., saúde pública,
trânsito, transportes etc.), o poder de regular e de policiar se difunde entre todas
as Administrações interessadas, provendo cada qual nos limites de sua
competência territorial.
A regra, entretanto, é a exclusividade do policiamento administrativo; a exceção
é a concorrência desse policiamento”.
DICA 83

POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA


Caráter preventivo Caráter repressivo
Incide sobre bens, direitos e Incide somente sobre pessoas.
atividades.
Exercida por toda a Administração Privativa dos órgãos auxiliares da
Pública Justiça (Ministério Público e Polícia
em geral).
Regida pelo Direito Administrativo Regida pelo Direito Processual
penal
Infração administrativa Ilícito penal

36
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 84

ATENÇÃO! O candidato deve se atentar à questão da prova quando mencionar apenas a


palavra “multa”, nesse sentido é aplicado o entendimento de Hely Lopes Meirelles:

“EXCLUEM-SE DA AUTO-EXECUTORIEDADE AS MULTAS, ainda que decorrentes do


poder de polícia, QUE SÓ PODEM SER EXECUTADAS POR VIA JUDICIAL, como as
demais prestações pecuniárias devidas pelos administrados à Administração”.

DICA 85

Pelo entendimento consolidado no STJ, na delegação do Poder de Polícia devem ser


consideradas as quatro atividades relativas:
→Legislação; (INDELEGÁVEL)
→Consentimento; (DELEGÁVEL)
→Fiscalização; (DELEGÁVEL)
→Sanção. (INDELEGÁVEL)

Mnemônico: FIS-CO.

JUSTIFICATIVA (Resp 817.534/MG):

*Legislação e Sanção constituem atividades típicas da Administração Pública.


*Consentimento e Fiscalização NÃO realizam poder coercitivo.

VISUALIZANDO... Exemplo dado pelo STJ que comporta os ciclos: “o CTB estabelece
normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação
(legislação); a emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público
(consentimento); a Administração instala equipamentos eletrônicos para verificar se há
respeito à velocidade estabelecida em lei (fiscalização); e também a Administração
sanciona aquele que não guarda observância ao CTB (sanção) ”. (STJ, REsp 817534/MG,
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, julgado em 10/11/2009).

37
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Hipóteses de cabimento de estado de defesa

- ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional

- atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza

A primeira hipótese de cabimento do estado de defesa advém de um componente


essencialmente humano que desencadeia grave instabilidade nas instituições. As razões
determinantes dessa instabilidade podem ser diversas. A instabilidade, contudo, além de
iminente, é grave, não sendo resolvível pelos mecanismos de controle e coerção ordinários.

Já na segunda hipótese predomina a aleatoriedade, o fortuitismo e a força maior da


natureza, que acabam por comprometer a paz e a ordem em dada localidade.

DICA 87
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social [...]

ATENÇÃO: A oitiva do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional não são


vinculativas, mas sim meramente consultivas.

DICA 88
No estado de defesa, o controle político é apenas concomitante (quando o estado de
exceção já está vigendo) e sucessivo (ao término do estado de exceção).

DICA 89
O estado de defesa poderá ser instituído pelo prazo máximo de 30 dias, prorrogado uma
única vez por mais 30 dias.

DICA 90
Pontos chave do estado de defesa.

Convocação extraordinária do Congresso ➔ Todos os parlamentares deliberam

Prazo de 5 dias ➔ Se a convocação for pelo Presidente, será em 24 horas. Porém, no


início do ano, os parlamentares estão em recesso e é necessário mais tempo para reuni-los

Presidente do Senado Federal ➔ Quem preside a mesa do Congresso Nacional

Maioria absoluta ➔ Regra geral, maioria qualificada (3/5) e 2/3 são necessários apenas
para emendas à Constituição, leis complementares, e medidas de caráter punitivo/coercitivo

DICA 91
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e

38
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de


qualquer destes, da lei e da ordem.

DICA 92
Diferentemente de outras instituições, as Forças Armadas pautam-se por um código de
conduta mais rígido, cujas diretrizes são a hierarquia (vínculo de autoridade graduado em
diferentes níveis de subordinação) e a disciplina (estrita observância às condutas impostas
pelos superiores hierárquicos).

DICA 93
Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos termos da lei.

§ 1º Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço alternativo aos que,
em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo de consciência, entendendo-se
como tal o decorrente de crença religiosa e de convicção filosófica ou política, para se
eximirem de atividades de caráter essencialmente militar.

§ 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempo


de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.

DICA 94
A atividade de polícia ostensiva, como o nome sugere, é aquela exposta à população
em geral, visando a alcançar diversas partes do território, contribuindo para a tão falada
“sensação de segurança”. Seus agentes, facilmente identificáveis por símbolos, uniformes
e equipamentos, atuam na manutenção da ordem pública, buscando prevenir ou
reprimir infrações diversas.

Por seu turno, a atividade de polícia judiciária é aquela centrada na investigação policial.

Nos termos do Código de Processo Penal, a polícia judiciária será exercida pelas autoridades
policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das
infrações penais e da sua autoria, o que é formalizado no processo denominado inquérito
policial.

O STF já decidiu em reiteradas oportunidades que o art. 144 da Constituição, ao apontar os


órgãos incumbidos do exercício da segurança pública, estabelece o modelo que deve ser
seguido pelos Estados-membros e Distrito Federal, sendo-lhes vedado criar órgãos de
segurança pública diversos daqueles apresentados (ADI 2.827 e 1.182).

DICA 95
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital.

39
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 96
Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

As guardas municipais são subordinadas ao Chefe do Executivo local (Prefeito)


cabendo-lhes a proteção de bens, serviços, logradouros públicos municipais e instalações
do Município, aqui entendidos os de uso comum, os de uso especial e os dominicais. Nos
termos da Lei nº 13.022/2014, admite-se que as guardas municipais portem armas
de fogo.

O STF já entendeu ser constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício


de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas
legalmente previstas (RE 658.570).

DICA 97
É permitido aos Municípios, independentemente do número de habitantes, a constituição
de guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações.

DICA 98

👉 ATENÇÃO A PEGADINHA DO CESPE 👈

A Constituição Federal estabelece como forças auxiliares e reserva do Exército as polícias e


os corpos de bombeiros.

Errado! Atenção para a pegadinha! Não são todas as polícias que são forças auxiliares
e reserva do Exército, apenas a polícia militar. As polícias federais e civil não o são.

DICA 99
A segurança pública, exercida para preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, é responsabilidade de todos.

O item está correto! O caput do art. 144 é categórico em nos dizer que a segurança pública,
ainda que seja um dever do Estado, é (direito e) responsabilidade de todos.

DICA 100
Polícia Federal: é instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela
União, estruturado em carreira e possuidor de funções de polícia judiciária e de polícia
ostensiva. Destina-se a:

I – apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,


serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija
repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II – prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o


descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas
áreas de competência;

III – exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

IV – exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

40
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Polícia Rodoviária Federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. Não
exerce funções de polícia judiciária, por ser esta função exclusividade da polícia federal.

Polícia Ferroviária Federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
Apesar da previsão constitucional, o órgão nunca foi objeto de efetiva criação, em virtude
da lamentável decadência do nosso sistema ferroviário.

Polícia Penal Federal: organizada e mantida pela União, vincula-se ao órgão


administrador do sistema penal federal, que é o DEPEN (Departamento Penitenciário
Nacional), e destina-se à segurança dos estabelecimentos prisionais.

DICA 101
O papel de polícia judiciária na esfera estadual é exercido pelas polícias civis, dirigidas
pelos delegados de polícia de carreira (aproveitando que falamos sobre os delegados,
vale recordar que o STF entende ser inconstitucional a previsão de Constituição estadual
que confere foro por prerrogativa de função para os delegados de Polícia [ADI 2553].

Isso porque não há previsão semelhante para os Delegados Federais na Constituição Federal
[ADI 2587]), as quais incumbem a investigação e a aferição de infrações penais,
excetuando-se as militares e as de competência da polícia federal.

DICA 102
A segurança pública no Distrito Federal

No Distrito Federal temos a particularidade de suas polícias civil, penal, militar e corpo de
bombeiros serem organizadas e mantidas pela União, conforme podemos extrair da
leitura do art. 21, XIV, CF/88, muito embora estejam subordinadas ao Governador do
Distrito Federal (art. 144, § 6º da CF/88).

Daí porque se fala em um regime jurídico híbrido, pois referidos organismos sujeitam-se
à disciplina fixada em lei federal, editada pelo Congresso Nacional, e não pela Câmara
Legislativa do Distrito Federal, no que se refere aos vencimentos de seus membros e à
organização, mas subordinam-se ao Governador do Distrito Federal.

A Constituição também determinou, em seu art. 32, § 4º, que lei federal deverá dispor
sobre a utilização pelo Governo do Distrito Federal de referidas polícias, bem como previu
competência distrital concorrente para legislar sobre organização, garantias, direito e
deveres das polícias civis (art. 24, XVI, CF/88).

DICA 103
O exercício do direito de greve é vedado aos integrantes de todas as carreiras policiais
enunciadas no art. 144, CF, o que significa que os membros das seguintes corporações não
podem fazer greve: Polícia Federal; Polícia Rodoviária Federal; Polícia Ferroviária
Federal; Polícia Civil; Polícia Militar, Polícia Penal e Corpo de Bombeiros militar.

41
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 104
Segurança viária

- Em julho de 2014 o parágrafo 10 foi incluído no art. 144 pela EC nº 82, dispondo sobre
“segurança viária” – expressão que designa o conjunto de ações planejadas para preservar
a integridade física e patrimonial das pessoas nas vias públicas bem como a ordem
pública, e compreende a educação, a engenharia e a fiscalização de trânsito (além de outras
atividades estabelecidas em lei), que garantam ao cidadão o direito à mobilidade urbana
eficiente.

- Determinou a emenda, ainda, competir, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e


dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de
trânsito, estruturados em carreira, na forma da lei.

DICA 105
Segundo o STF, sobre o rol do art. 144 podemos dizer que:

é taxativo (não é exemplificativo; razão pela qual as Guardas Municipais, que não estão
ali citadas, não são responsáveis pela segurança pública);

é de observância compulsória, o que significa que é um dispositivo dirigido também à


organização dos Estados-membros, do que decorre não poderem estes, em suas
constituições estaduais ou leis, alterar ou acrescer o conteúdo substancial do referido artigo
da Constituição Federal.

42
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

ART. 121, CP – HOMICÍDIO - ESQUEMATIZADO

... Para facilitar a compreensão do candidato ...

Homicídio Simples;

Homicídio privilegiado (§1°);

Homicídio qualificado (§2°); OBS.: Aqui se inclui a figura do


feminicídio! Não esquecer!

Homicídio culposo (§3°);

Homicídio culposo MAJORADO (§4°, primeira parte);

Homicídio doloso MAJORADO (§4°, segunda parte e §§ 6º e 7º);

DICA 107

HOMICÍDIO SIMPLES

Art. 121. Matar alguém:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

***Caso de DIMINUIÇÃO DE PENA:

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou


moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação
da vítima, o juiz pode REDUZIR a pena de um sexto a um terço. (HOMICÍDIO
PRIVILEGIADO)
DICA 108

HOMICÍDIO QUALIFICADO

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;

II - por motivo fútil;

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que


dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de


outro crime:

43
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

 E COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...


(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-BA Prova: CESPE / CEBRASPE - 2019 -
TJ-BA - Juiz Leigo)

... Márcio e Pedro eram amigos havia anos. Tendo descoberto que Pedro estava
saindo com a sua ex-esposa, Márcio planejou matar Pedro durante uma
pescaria que fariam juntos. Durante uma tempestade, em alto-mar, Márcio
aproveitou-se de um deslize de Pedro para de fato matá-lo. Logo após a conduta,
Márcio percebeu que na canoa onde estavam só havia um colete salva-vidas e
que, em razão disso, a eliminação de Pedro foi sua única chance de sobreviver.
A canoa afundou e Márcio sobreviveu ao naufrágio.

Pessoal, a nossa querida banca costuma florear a questão com o óbvio intuito de nos distrair,
vamos as alternativas:

Nessa situação hipotética, Márcio

A) cometeu crime de homicídio qualificado. É a resposta.


B) não cometeu crime, porque agiu em legítima defesa da honra.
C) cometeu crime, mas sua conduta será justificada pelo estado de necessidade putativo.
D) não cometeu crime, porque agiu em estado de necessidade.
E) cometeu crime, mas sua pena será diminuída porque agiu em estado de necessidade.

JUSTIFICATIVA... Márcio planejou o crime (“Márcio planejou matar Pedro durante


uma pescaria que fariam juntos.”), o fato de ele perceber depois que a canoa estava
afundando não muda em nada; pois ele o levou com o intuito de matá-lo recaindo no crime
tipificado no art. 121, § 2°, IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou
outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido do CP.

OBS.: Sobre estado de necessidade e legítima defesa vide RODADA 3 do nosso


material.

DICA 109

MOTIVO TORPE X MOTIVO FÚTIL

Em suma, é aquele REPUGNANTE, o Em suma, é aquele BANAL, revelado


qual demonstra, nitidamente, a pela desproporcionalidade entre a
ausência de moral. Ex.: Matar causa e o crime ocorrido. Ex.: Matar
alguém para receber herança. tão somente por ter levado uma
pisada da vítima.

44
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 110
FEMINICÍDIO – HOMICÍDIO QUALIFICADO

- Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, inserido no CP pela Lei
n. 13.104/2015;

Pena - reclusão, de doze a trinta anos.

*Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve

I - violência doméstica e familiar;

II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

DICA 111
ATENÇÃO!

FEMINICÍDIO X FEMICÍDIO

Homicídio contra a MULHER tendo QUALQUER homicídio contra a


em vista SUA CONDIÇÃO DE mulher.
POSSUIR O SEXO FEMININO.
*Ex.: Imagine que uma mulher mate
*Quais são as hipóteses que devem a outra em uma briga de trânsito.
ser observadas para sua Qual o crime praticado? FEMICÍDIO!
configuração? TOMEM CUIDADO!

1) Violência DOMÉSTICA e
FAMILIAR.

2) Menosprezo ou discriminação
À CONDIÇÃO DE MULHER.

DICA 112
HOMICÍDIO CULPOSO (§3°);

§ 3º Se o homicídio é CULPOSO:

Pena - detenção, de um a três anos.

DICA 113
HOMICÍDIO CULPOSO MAJORADO (§4°, PRIMEIRA PARTE);

§ 4o No homicídio culposo, a pena é AUMENTADA de 1/3 (um terço), se o crime resulta


de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa
de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do
seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.

45
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

MUITA ATENÇÃO! § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz PODERÁ deixar de


aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
DICA 114
HOMICÍDIO DOLOSO MAJORADO (§4°, SEGUNDA PARTE E §§ 6º E 7º);

§ 4o (...) Sendo doloso o homicídio, a pena é AUMENTADA de 1/3 (um terço) se o crime
é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado
por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por
grupo de extermínio.

§ 7o A pena do FEMINICÍDIO é AUMENTADA de 1/3 (um terço) até a metade se o


crime for praticado:

I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;

II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com


deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante
ou de vulnerabilidade física ou mental;

III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;

IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III


do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.

 COMO SEMPRE DIZEMOS, ATÉ NA BANCA CESPE “LETRA DE LEI” É


FUNDAMENTAL!!!
(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF
- Defensor Público)

“A circunstância do descumprimento de medida protetiva de urgência imposta ao agressor,


consistente na proibição de aproximação da vítima, constitui causa de aumento de pena no
delito de feminicídio.”

(x) CERTO

( ) ERRADO

DICA 115
ABORTO PROVOCADO PELA GESTANTE OU COM SEU CONSENTIMENTO

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.

ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO

Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

46
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

Pena - reclusão, de três a dez anos.

Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de um a quatro anos.

ATENÇÃO! Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze


anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência.
DICA 116
LESÃO CORPORAL

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

Lesão corporal de natureza grave

§ 1º Se resulta:

I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;

II - perigo de vida;

III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;

IV - aceleração de parto.

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 2° Se resulta: (OBS.: trata-se de lesão corporal de natureza gravíssima - DOUTRINA)

I - Incapacidade permanente para o trabalho;

II - enfermidade incurável;

III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;

IV - deformidade permanente;

V – aborto.

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

ATENÇÃO! Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente NÃO QUIS


o resultado, NEM ASSUMIU o risco de produzi-lo:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

47
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 117

*Honra Subjetiva: sentimento interno, de apreço pessoal, o conceito que a pessoa tem
de si mesmo.

*Honra Objetiva: reputação social, imagem que as pessoas têm do indivíduo.

DICA 118
CALÚNIA – crime contra a honra – Bem jurídico tutelado: HONRA OBJETIVA

Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

→Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.

→ATENÇÃO! É punível a calúnia contra os mortos.

→ O crime se consuma com a divulgação da calúnia a terceiros, admite-se TENTATIVA,


ex.: uma carta com a informação caluniosa que não chega nas mãos de terceiros por uma
interceptação de alguém. É crime formal, independe de as pessoas que receberam a
informação acreditaram ou não.

DICA 119
DIFAMAÇÃO – crime contra a honra – Bem jurídico tutelado: HONRA OBJETIVA

Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

→ O crime se consuma com a divulgação da difamação a terceiros, admite-se TENTATIVA,


ex.: uma carta com a informação contendo exposições difamatórias (A traindo B) que não
chega nas mãos de terceiros por uma interceptação de alguém. É crime formal, independe
de as pessoas que receberam a informação acreditaram ou não.

DICA 120
INJÚRIA – crime contra a honra – Bem jurídico tutelado: HONRA SUBJETIVA

Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

→ Também é CRIME FORMAL e admite-se a forma TENTADA (escrita).

→ PERDÃO JUDICIAL:

*quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;

*no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.

48
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 121
EXCEÇÃO DA VERDADE (EXCEPTIO VERITATIS)

É a possibilidade dada ao sujeito ativo do crime de provar que o fato imputado ao sujeito
passivo realmente ocorreu.

→ CABÍVEL na CALÚNIA, SALVO:

- se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado
por sentença irrecorrível;

- se o fato é imputado contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo


estrangeiro;

- se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.

→ CABÍVEL na DIFAMAÇÃO APENAS se o ofendido é funcionário público e a ofensa


é relativa ao exercício de suas funções. ATENÇÃO!

→ NÃO É CABÍVEL NA INJÚRIA!


DICA 122
-INJÚRIA REAL

→ Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio
empregado, se considerem aviltantes:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à


violência.

-INJÚRIA QUALIFICADA

→ Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,


origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:

Pena - reclusão de um a três anos e multa.

ATENÇÃO! NÃO CONFUNDIR INJÚRIA QUALIIFICADA COM O CRIME DE RACISMO.


Ex. para diferenciar: Se A xinga B, chamando-a de favelada
(origem da pessoa), pratica crime de injúria qualificada. Por sua vez, imagine que A obste
B de adentrar em sua loja, aberta ao público, tão somente pelo fato de esta pessoa ser
negra. Nessa situação, confira-se racismo, pois a ofensa se dá de forma indireta, mediante
a prática de algum ato discriminatório.

ATENÇÃO2: a Doutrina NÃO admite perdão judicial nem na injúria real, sequer na
qualificada.
DICA 123
As penas cominadas para os crimes contra a honra (Calúnia, Difamação e Injúria)
AUMENTAM-SE de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:

49
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;

II - contra funcionário público, em razão de suas funções;

III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia,
da difamação ou da injúria.

IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência,


exceto no caso de injúria.

TOME NOTA! Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa,


aplica-se a pena em dobro. (NOVIDADE TRAZIDA PELO PACOTE ANTICRIME)

DICA 124
RETRATAÇÃO NOS CRIMES CONTRA A HONRA

APENAS:

Calúnia
Difamação

Retratação:

Art. 143, CP - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou


da difamação, fica isento de pena.

Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação
utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o
ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa.

E por que não é admitida na INJÚRIA? ORA, a injúria protege a HONRA SUBJETIVA
da vítima, seu amor-próprio já restou atingindo. Assim, em simples palavras, não há nada
que faça a situação se reverter.
DICA 125
SÚMULA 714, STF: É CONCORRENTE a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e
do ministério público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal
por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas
funções.

SÚMULA 542, STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de
violência doméstica contra a mulher é PÚBLICA INCONDICIONADA.

50
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
Quando a infração deixar vestígios, SERÁ INDISPENSÁVEL o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

* Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime


que envolva:

I - violência doméstica e familiar contra mulher;

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.

* Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os


vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

DICA 127
ATENÇÃO! A jurisprudência firmou-se no sentido que não APENAS a prova testemunhal
pode suprir o exame de corpo de delito na hipótese de impossibilidade de sua realização
quando desaparecidos os vestígios, mas também, como exemplo, provas documentais.
OU SEJA, qualquer prova em direito admitida.
DICA 128
 EXAME DE CORPO DE DELITO DIRETO: como o nome diz, realizado pelo perito
diretamente pelo vestígio deixado.

 EXAME DE CORPO DE DELITO INDIRETO: realizado pelo perito – baseado em


informações verossímeis a ele fornecidas. (NUCCI, Guilherme de Souza. Op. Cit., p. 350).
NÃO CONFUNDIR JAMAIS COM PROVA TESTEMUNHAL, pois aqui haverá um laudo
técnico firmado por perito!

DICA 129
- O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior.

- Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica,
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

- Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o


encargo.

- Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao


querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.

- O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas
desta decisão.

51
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

 E TEM QUESTÃO CESPE NA ÁREA!

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal Prova: CESPE - 2018 - Polícia
Federal - Delegado de Polícia Federal)

... Na falta de perito oficial para realizar perícia demandada em determinado IP, é suficiente
que a autoridade policial nomeie, para tal fim, uma pessoa idônea com nível superior
completo, preferencialmente na área técnica relacionada com a natureza do exame.

R: ERRADOOOOOOOO! A DICA ACIMA É CLARA: 2 (duas) pessoas idôneas...

VAMOS APROFUNDAR...

OLHA COMO OCORRE NA LEI DE TÓXICOS (E ESSA LEGISLAÇÃO CAI NA SUA


PROVA)

 Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da


materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da
droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

DICA 130
- Se HOUVER DIVERGÊNCIA ENTRE OS PERITOS, serão consignadas no auto do exame
as declarações e respostas de um e de outro, ou cada um redigirá separadamente o seu
laudo, e a autoridade nomeará um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade
poderá mandar proceder a novo exame por outros peritos.

MAS... ATENÇÃO! O juiz não ficará adstrito ao laudo, PODENDO ACEITÁ-LO OU


REJEITÁ-LO, NO TODO OU EM PARTE.

DICA 131
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

CADEIA DE CUSTÓDIA

- Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados


para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou
em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte.

- O INÍCIO DA CADEIA DE CUSTÓDIA dá-se com a preservação do local de crime ou


com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de
vestígio.

- O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a


produção da prova pericial fica responsável por sua preservação.

- Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que
se relaciona à infração penal.

52
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 132
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas SEGUINTES ETAPAS:

I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse


para a produção da prova pericial;

II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e
preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime;

III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de


crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada
por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo
pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento;

IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial,


respeitando suas características e natureza;

V - acondicionamento: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é


embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas
e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem
realizou a coleta e o acondicionamento;

VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as


condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a
garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua
posse;

VII - recebimento: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser
documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e
unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o
vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo,
assinatura e identificação de quem o recebeu;

VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo


com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim
de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por
perito;

IX - armazenamento: procedimento referente à guarda, em condições


adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contraperícia,
descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;

53
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

X - descarte: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a


legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial.

DICA 133
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

- Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada


à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao
órgão central de perícia oficial de natureza criminal.

- Toda central de custódia deve possuir os serviços de protocolo, com local para
conferência, recepção, devolução de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um espaço seguro e apresentar
condições ambientais que não interfiram nas características do vestígio.

- Na central de custódia, a entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas,


consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.

- Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e
deverão ser registradas a data e a hora do acesso.

- Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado, todas as ações deverão ser registradas,
consignando-se a identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a data e
horário da ação.

DICA 134
NOVIDADE TRAZIDA COM A LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME)

- Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia,


devendo nela permanecer.

- Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de armazenar


determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as
condições de depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do
diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal.
DICA 135
ESTAMOS NA ERA DA TECNOLOGIA, ENTÃO VAMOS DE DICA NESSE SENTIDO... E
QUE JÁ CAIU EM PROVA DA NOSSA QUERIDA BANCA CESPE!

Está correto dizer que uma das ferramentas que pode ser utilizada para documentar o
teor da denúncia, preservando-se a prova, é o print screen.

DICA 136
PRESERVAÇÃO DO LOCAL DO CRIME

ART. 169, CPP. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a
autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas

54
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

até a chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias,
desenhos ou esquemas elucidativos.

Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das


coisas e discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica
dos fatos.

DICA 137
Quando a demora na produção das provas puder prejudicar a busca pela verdade
real, será cabível a produção antecipada de provas. Deve o juiz, para tanto, observar a
necessidade, a adequação e a proporcionalidade da medida.

OBS.: Isso pode ocorrer em razão da grande probabilidade de as testemunhas não se


lembrarem precisamente dos fatos presenciados.

 E QUE FOI OBJETO DE COBRANÇA DA NOSSA QUERIDA BANCA CESPE!

DICA 138
SÚMULA 455 DO STJ: “A decisão que determina a produção antecipada de provas com
base no artigo 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando
unicamente o mero decurso do tempo”.

DICA 139
DA BUSCA E DA APREENSÃO

Art. 245, CPP. As buscas domiciliares SERÃO EXECUTADAS DE DIA, salvo se o morador
consentir que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores
mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em
seguida, a abrir a porta.

§ 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto


da diligência.

§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada.

§ 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas


existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura.

§ 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os moradores,


devendo, neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se
houver e estiver presente.

§ 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a


mostrá-la.

§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e posta


sob custódia da autoridade ou de seus agentes.

§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando-o com duas


testemunhas presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o.

 A CESPE JÁ CONSIDEROU CORRETA A ASSERTIVA ABAIXO:

55
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

(Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2015 - TJ-DFT -
Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal)

No caso de haver resistência do morador, permite-se o uso da força na busca


domiciliar iniciada de dia e continuada à noite, com a exibição de mandado judicial,
devendo a diligência ser presenciada por duas testemunhas que poderão atestar
a sua regularidade.

DICA 140
Art. 200, CPP. A confissão será DIVISÍVEL E RETRATÁVEL, sem prejuízo do livre
convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.

56
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

Negações de proposições categóricas

Proposição Negação

Todo A é B Algum A não é B


Nenhum A é B Algum A é B
Algum A é B Nenhum A é B
Algum A não é B Todo A é B

DICA 142

Leis de De Morgan:

~(p^q) = (~p) v (~q)


~(pvq) = (~p)^(~q)

Precedência de conectivos:

1º - realizar as operações de negação (~)


2º - realizar as operações de conjunção (^)
3º - realizar as operações de disjunção (v)
4º - realizar as operações de condicional (→)

DICA 143

MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO (SISTEMAS LINEARES)

1 - Isolar uma das variáveis em uma das equações;

2 - Substituir esta variável na outra equação pela expressão achada no item anterior.

MÉTODO DA SOMA DE EQUAÇÕES (SISTEMAS LINEARES)

1 - Multiplicar uma das equações por um número que seja mais conveniente para eliminar
uma variável;

2 - Somar as duas equações, de forma a ficar apenas com uma variável.

DICA 144

Questões de Calendários

- semana tem 7 dias. Ela começa em um dia (ex.: quarta) e termina no dia “anterior” (terça
seguinte).

- anos “normais” tem 365 dias, sendo que o mês de fevereiro tem 28 dias.

- nos anos bissextos, temos 29 dias em fevereiro, o que resulta em 366 dias no total.

Os anos bissextos ocorrem de 4 em 4 anos, sempre nos anos que são múltiplos de 4;

57
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 145

Questões de Orientação Espacial e Temporal

- situações nas quais você precisa colocar uma série de eventos em ordem cronológica de
acontecimentos ou ordem espacial de elementos.

- é fundamental que você seja capaz de esquematizar bem o problema apresentado pelo
enunciado. - pontos cardeais (N – norte, S – sul, L – leste e O – oeste) e pontos colaterais
(NE – nordeste, NO – noroeste, SO – sudoeste e SE – sudeste)

58
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

INFORMÁTICA

DICA 146

O Linux é um sistema case sensitive. Significa que ele consegue diferenciar letras
maiúsculas de letras minúsculas em nomes de arquivos e pastas. Usando esse sistema
podemos ter, por exemplo, as pastas Pablo, PABLO, pablo, pAblo, Pablo... no mesmo local,
afinal de contas, para o Linux esses nomes são completamente diferentes. No Windows
isso não seria possível.

DICA 147

OpenBox, FluxBox, XFCE, Gnome e KDE são nomes de gerenciadores de janelas que são
utilizados no sistema Linux. O Gerenciador de janelas é o responsável por criar um
ambiente gráfico dentro do Linux.
Caso o usuário não queira usar o Linux em modo de texto, será necessário instalar um
gerenciador de janelas para que o ambiente gráfico seja criado (caso a distribuição que
está sendo usado já não o possua).

DICA 148

O Windows é um software classificado como Sistema Operacional e esse, por sua


vez, É O PRINCIPAL SOFTWARE DE UM COMPUTADOR.

- Na verdade, o Sistema Operacional pode ser definido como sendo um conjunto de


programas. Nele estão contidos aplicativos, utilitários e um software especial denominado
Kernel.

DICA 149

Os nomes dos arquivos (nomes.extensão) NÃO PODEM TER MAIS do que 260
caracteres e os seguintes caracteres NÃO PODEM SER USADOS NO NOME E NEM
NA EXTENSÃO: “ : < > / \ | ?*.

Os dois últimos caracteres listados (* e ?) são denominados “caracteres curingas”


e são utilizados na busca de arquivos ou pastas que estejam no computador local
ou em um computador da rede.

DICA 150

A criptografia de unidade bitlocker e é um recurso presente no Windows que


permite criptografar uma unidade de disco.

- Usando o sistema BitLocker, não é possível criptografar arquivos individualmente,


sendo possível somente a criptografia de uma unidade inteira.

- É importante ressaltar que só pode ser criptografada a unidade que contém o


Windows instalado. Mesmo que a unidade de disco esteja criptografada, o usuário
conseguirá acessá-la normalmente usando seu login e senha, mas um cracker encontrará
dificuldades ao tentar acessar arquivos do sistema para descobrir a senha do usuário.

59
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 151

Desfragmentador de disco é um utilitário usado para regravação das partes de um


arquivo em setores contínuos do disco, a fim de melhorar o desempenho do
computador. Quando os arquivos são alterados, o Windows tende a salvar essas alterações
no maior espaço contínuo disponível no disco rígido, que normalmente se localiza em um
cluster diferente das demais partes do arquivo. O objetivo do desfragmentador de
discos é unir as partes dos arquivos em clusters contínuos para que o arquivo seja
acessado mais rapidamente.

É importante saber que o desfragmentador de discos é uma ferramenta para


organização de dados em disco e não para correção de erros, ou seja, caso haja erros
em um disco qualquer, o desfragmentador de discos não os corrigirá.

DICA 152

A Restauração do Sistema é uma ferramenta que permite ao usuário desfazer


configurações realizadas e restaurar o desempenho do computador.

- A restauração do sistema retorna o computador a uma etapa anterior chamada de


ponto de restauração, sem que documentos sejam excluídos.

- As alterações realizadas pela restauração do sistema são perfeitamente reversíveis.

- O Windows criará pontos de restauração sempre que julgar necessário, como antes
de instalação de um software por exemplo, mas o usuário poderá agendar a criação de
um ponto de restauração ou poderá criar seus pontos de restauração
manualmente, sempre que desejar.

DICA 153

Dentre os softwares que compõem um sistema operacional, o Kernel é o mais


importante!

***TRATA-SE DO NÚCLEO DO SISTEMA OPERACIONAL. Cabe ao Kernel a


responsabilidade pelo gerenciamento do Hardware e dos outros softwares do computador.

DICA 154

Cortana é o nome da assistente digital do Microsoft.

ATENÇÃO! Ela é nativa no Windows 10!!!

*Esse recurso pode ser ativado através do botão , presente na barra de tarefas do
Windows. Permite que o usuário faça pesquisas, saiba informações sobre o clima,
crie lembretes, abra aplicativos, etc. Além da Cortana, da Microsoft, temos a Siri
da Apple, a Alexa da Amazon, etc.

*Os assistentes digitais são ótimas ferramentas de produtividade e acessibilidade.

DICA 155

O Windows 10 possui um recurso chamado Taskview (visão de tarefas). Esse recurso


mostra uma miniatura de todas as janelas abertas e ainda permite que o usuário

60
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

crie áreas de trabalho virtuais com o intuito de melhor organizar essas janelas e o
trabalho cotidiano.

*Esse recurso pode ser ativado através do botão presente na barra de tarefas.

DICA 156

A Filtragem ActiveX no IE oferece a possibilidade de bloquear controles

ActiveX para todos os sites, e desbloqueá-los somente para os sites em que o usuário
entender que são confiáveis. ActiveX é um tipo de tecnologia que é muito utilizada por
programadores para construir sites da Web. Ela pode ser usada para ações como
reproduzir vídeos, exibir animações entre outros. Como a maioria das tecnologias na
Internet, pode também ser utilizada de forma a causar danos aos usuários.

DICA 157

O Endereço IP é o identificador de um dispositivo em uma rede.

ATENÇÃO! Todos os dispositivos que entram em uma rede recebem um endereço IP.

ATENÇÃO2! Na Internet, o IP, por padrão, é dinâmico, ou seja, a cada nova conexão
estabelecida um novo endereço IP é atribuído.

ATENÇÃO3! Dois dispositivos NÃO PODEM usar o mesmo endereço IP simultaneamente.

DICA 158

Os endereços IP são usados para identificar dispositivos tanto em redes públicas quanto
em redes privadas.

Um exemplo de rede pública é a Internet e um exemplo de rede privada é a rede de


um escritório.

Considerando o IPV4 e as regras de formação de uma sequência válida, existem faixas de


endereços que são reservadas a redes públicas e outras que são reservadas a redes
privadas. É importante que você conheça as faixas reservadas para redes privadas.

São elas:

de 10.0.0.0 a 10.255.255.255

de 172.16.0.0 a 172.31.255.255

de 192.168.0.0 a 192.168.255.255

*Qualquer endereço que estiver dentro desses intervalos, só poderão ser usados em redes
privadas. Todos os outros poderão ser usados na Internet e em outras redes públicas.

DICA 159

O IPV4 possui um formato que permite que mais de 4 bilhões de combinações sejam
geradas. Acontece que, como já visto na dica acima, esses endereços devem ser distribuídos

61
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

entre redes públicas e privadas, sendo assim, nem todos esses 4 bilhões de endereços
poderiam ser usados para endereçar dispositivos conectados à Internet.

As faixas de endereços disponíveis para identificar dispositivos em redes públicas


começaram a se esgotar e por isso foi preciso criar um novo padrão de endereçamento
chamado IPV6.

O IPV6 possui as mesmas finalidades do IPV4, porém, possui um formato


diferente, MAIOR e isso possibilita que, com ele, seja possível gerar mais de 300
trilhões de trilhões (trilhões de trilhões mesmo) de combinações.

DICA 160

UPLOAD é o processo pelo qual informações são transferidas do computador cliente


para um servidor da Internet.

DOWNLOAD é o processo pelo qual informações são transferidas de um servidor da


Internet para o computador cliente (computador do usuário).

DICA 161

DIAL UP é o nome oficial de uma das principais modalidades de conexão com a Internet.

- Também conhecida como conexão discada, essa modalidade de conexão já não é tão
utilizada quanto foi na década de 90, mas ainda assim, é muito utilizada.

- Baixa velocidade e alto custo são duas de suas características. Usa a linha
telefônica e a mantém ocupada enquanto a conexão estiver ativa. O modem
utilizado nessa conexão é o fax/modem.

DICA 162

ADSL é uma modalidade de conexão com a Internet.

- Embora use uma linha telefônica para envio e recebimento de dados, não mantem
essa linha ocupada durante a conexão.

- Trata-se de uma CONEXÃO ASSIMÉTRICA, ou seja, apresenta diferentes


velocidades para download e upload.

DICA 163

A conexão via Rádio recebe esse nome devido ao seu modo de transmissão.

- A transmissão por rádio é feita através de estações emissoras, receptoras e


retransmissoras, sendo que elas devem estar em linha da colimação (visada direta).

IMPORTANTE!!! Essa conexão torna-se instável na ocorrência de variações climáticas.

DICA 164

Hoje em dia é comum encontrar redes Wi-Fi em aviões, shoppings, ônibus, pontos turísticos,
hotéis, etc. Os locais que disponibilizam redes desse tipo são denominados HOTSPOTS.

62
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 04

DICA 165

O domínio é um endereço simbólico que foi criado para facilitar a localização dos recursos
na Web.

- Os recursos encontram-se hospedados em servidores e esses, são identificados por um


endereço IP. Para acessar um site por exemplo, seria necessário digitar o endereço IP do
servidor onde ele se encontra hospedado (armazenado). O problema maior seria memorizar
o endereço IP de cada servidor hospedeiro (host). Para facilitar e agilizar o acesso aos
recursos, foi criado o domínio, que, na verdade, é um endereço amigável e que
está associado ao endereço IP do servidor hospedeiro.

63
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

1
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão disponibilizadas
na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 Disponível Imediatamente
Rodada 05 Disponível Imediatamente
Rodada 06 09/03

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

2
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 18
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 23
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 25
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 34
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 39
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 45
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 54
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 60
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 62

3
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
PARA MEMORIZAR!
Essas dicas vão te ajudar tanto na prova de português quanto na redação!
Regência NOMINAL:
* Aflito com, por
* Atencioso com, para
* Desgostoso com, de
* Diferente de
* Dificuldade com, de, em, para
* Digno de
* Discordância com, de, sobre
* Disposição para
* Acatado de, por, em
* Dotado de
* Dúvida em, sobre, acerca de
* Empenho de, em, por
* Escasso de
* Essencial para
DICA 02

ENDOFÓRICA (Dentro do texto) - Se divide em anafórico e catafórico


ANAFÓRICO (esse, essa, aquilo) - É o termo que precede, evita repetição.
Ex.: Ana brigou comigo. Ela não vem mais aqui.
* Ana = Referente
* Ela = Anafórico.
CATAFÓRICO (este, esta, isto) - É o termo que se segue, anuncia o referente.
Ex.: Ele afirmou-me isto: que você é mentiroso.
* Isto = Catafórico
* que você é mentiroso = referente.
Bizu:
* ANafórico = ANterior
* CATAfórico = CATApulta (lança pra frente)

4
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 03

COESÃO EXOFÓRICA (externa ao texto) - Referem-se aos dêiticos = referente fora do


texto.
*Consistem em elementos que possuem como objetivo localizar o fato no tempo e espaço
sem defini-lo. Alguns pronomes demonstrativos podem ser expressões dêiticas, bem como
certos advérbios.
Ex.: Lá, cá, onde, aqui, etc.
Ex.2: Os planos das autoridades responsáveis por esses centros são de ampliar o número
de vagas para 54 mil alunos ainda este ano. (Qual ano? Não havendo referentes no texto,
a função do pronome demonstrativo é dêitica. No caso, por exemplo, apenas saberíamos
se, por exemplo, fora do contexto do texto, observássemos a data na qual o texto fora
elaborado)

 E JÁ CAIU NA BANCA CESPE...

(Ano: 2017 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Luís - MA Prova: CESPE -
2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Professor Nível Superior/PNS-A - Língua Portuguesa)

... Na terceira estrofe do texto 10A1BBB, os vocábulos “cá” e “lá” são elementos:
R: dêiticos.
DICA 04

TOME NOTA! Existem orações sem sujeito (OU SUJEITO INEXISTENTE), PORÉM
NUNCA SEM PREDICADO!
* CASOS DE ORAÇÃO SEM SUJEITO:
-HAVER com valor existencial;
-HAVER/FAZER/ESTÁ indicando tempo decorrido ou fenômeno natural (Ex.: Está
tarde.);
- Fenômenos naturais;
-Verbo SER indicando data/hora/distância. Ex. são (Verbo intransitivo) duas horas
(adjunto adverbial de tempo)

5
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

-Chega de/ basta de/ passa de.


DICA 05

NÃO ESQUECER! No caso de oração sem sujeito, O AUXILIAR NÃO VARIA!


Ex.: Vai fazer três anos que não vejo Lucas.
FIQUEM ATENTOS! Quando os verbos são usados de forma figurada, pode haver
sujeito!
Ex.: Choveram rosas no casamento da Luiza.
DICA 06

Quando o sujeito for um número percentual o verbo pode concordar tanto com o número,
quanto com o termo posposto:

Ex.: 92% da população mundial vivem em áreas.

Ex.: 92% da população mundial vive em áreas.

ATENÇÃO! 1% do grupo saíram em viagem; ===> CORRETO: Saiu.

DICA 07

Se o numeral vier precedido de determinante, o verbo concordará apenas com o


numeral.

Ex.: Os 92% da população mundial vivem em áreas

ATENÇÃO PARA A PEGADINHA!

* No Brasil, apenas 1% têm tudo. Às vezes passa imperceptível, por isso temos que ler
com calma a questão e sempre marcar os verbos acentuados no plural como é o caso
de têm, vêm!

* O correto seria “tem”, usa-se o plural quando o percentual for a partir de 2%.

DICA 08

NUMERAIS PERCENTUAIS OU FRACIONÁRIOS

Numeral + determinante ===> concordância lógica/atrativa

EX. 0,9 dos produtos ===> estragou (concordância com o número) estragaram
(concordância com os produtos)

OBS: se o número for decimal ou fração, o que está antes da vírgula e o numerador,
respectivamente, que rege a concordância.

 E COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...


(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de São Cristóvão - SE Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2019 - Prefeitura de São Cristóvão - SE - Professor de Educação
Básica)

Na oração “no mínimo um terço das crianças morriam” (l.22), a concordância verbal está
feita com o termo “crianças”, mas poderia ser feita com “um terço” — um terço das crianças
morria —, sem prejuízo da correção gramatical do texto.

6
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

(X) Certo  A justificativa está acima!

( ) Errado

Ex.1: 1/3 dos produtos estragou (concordância com 1/3), estragaram (concordando com os
produtos)

Ex.2: 1/3 da produção estragou. Já que produção está no singular.

Ex.3: 1,9 da produção estragou. Já que produção está no singular.

Ex. 4: 1,5 milhão.

ATENÇÃO! Como na regra dos percentuais, se o numeral vier precedido de


determinante, a concordância será sempre com o numeral.

Ex.: Este 1/3 dos produtos estragou.

OU

Se o numeral não tiver determinante, concorda com o número!

Ex. 1,5 milhão foi gasto no setor.

Ex.2: 2,5 milhões foram gastos.

DICA 09

EXPRESSÕES PARTITIVAS + DETERMINANTES → CONCORDÂNCIA


LÓGICA/ATRATIVA

*A maioria, a minoria, grande parte, parte de, pequeno número de, grande número de... →
podem determinar concordância lógica ou atrativa.

Ex.: A maioria das pessoas tem/têm problemas.

CONCORDÂNCIA ATRATIVA – “têm” concorda com pessoas → plural.

CONCORDA LÓGICA – “tem” concorda com a maioria → singular.

Outros exemplos:

1 - A maioria dos telespectadores não (gostou ou gostaram) da apresentação.

2 - Uma porção de clientes (reclamou ou reclamaram) dos serviços prestados.

7
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

3 - Grande número dos candidatos (conseguiu ou conseguiram) a aprovação.

DICA 10

PRONOME DE TRATAMENTO (NO SUJEITO): VERBO E FORMAS AUXILIARES FICAM


SEMPRE NA 3A PESSOA DO SINGULAR OU PLURAL

OBS: O pronome de tratamento, embora seja de 2a pessoa (refere-se ao ouvinte),


concordam sempre em 3a pessoa.

Ex1.: Vossa Excelência sabe de vossas obrigações


Vossa Excelência sabe de suas obrigações.
Ex2.: Preciso dizer a você que te amo.
Preciso dizer a você que o/a amo.
ATENÇÃO! Neste caso não pode usar “LHE”, pois o lhe é OI e o verbo amar é VTD, e não
pode usar o TE, pois ele é 2a pessoa.

DICA 11

ATENÇÃO! “EM ANEXO” é EXPRESSÃO INVÁRIÁVEL!

Ex.: As petições seguirão em anexo.

TODAVIA, “anexo” tem valor adjetivo, determinante de substantivo e, por isso, VARIA,
concordando com o termo a que se refere, assim como: quite, obrigado, incluso, próprio,
nenhum...

Ex.: Seguem anexas as fotos.


Ex.2: Eles não são nenhuns coitados.

DICA 12

AUXILIARES DE VERBOS IMPESSOAIS: TAMBÉM FICAM SEMPRE NA 3A PESSOA DO


SINGULAR → A IMPESSOALIDADE É TRANSMITIDA PARA O VERBO AUXILIAR

→VERBOS IMPESSOAIS:

- HAVER (EXISTENCIAL)
- HAVER ou FAZER (TEMPO)
-FENÔMENOS DA NATUREZA

Ex.1: PODE HAVER problemas no setor.

8
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Ex.2: DEVE FAZER uns cinco anos que o conheço.

Ex.3: Conflitos entre gerações até PODE HAVER, mas podemos lidas com eles se fizermos
essa opção.
DICA 13

Regra especial dos verbos PODE ou DEVER + SE (PA – Partícula


apassivadora) + verbo no infinitivo

→ O verbo PODER / DEVER são auxiliares e concordam com o sujeito *a incidência


nas bancas é enxergar esses verbos como auxiliares, e concordam com o sujeito.

Ex.: Podem-se resolver conflitos.


PA VTD sujeito
verbo auxiliar verbo principal

Ex2.: Devem-se (PA) discutir os prazos (sujeito)


Verbo auxiliar VTD (verbo principal)

→ Ou são principais e apresentam sujeito oracional → vão ficar na 3a pessoa


do singular

Ex.: Pode-se resolver conflitos.

VTD PA SUJEITO ORACIONAL


- Verbo principal
- Quem pode, pode algo→ VTD

Ex.: Deve-se discutir os prazos.

VTD PA SUJEITO PACIENTE ORACIONAL


- Quem discute, discuta algo →VTD

9
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

RESUMO: regra especial dos verbos PODE ou DEVER + SE (PA) + verbo no


infinitivo
*Podem participar de dois tipos de construção:
→ O verbo PODER / DEVER são auxiliares e concordam com o sujeito *a
incidência nas bancas é enxergar esses verbos como auxiliares, e concordam
com o sujeito.
OU
→ São principais e apresentam sujeito oracional → FICAM na 3a pessoa do
singular.

DICA 14

- Nenhum (a), de/dos/das... → o verbo estará sempre na 3a pessoa do singular, se


esse termo for no sujeito! → NÃO ACEITA CONCORDÂNCIA ATRATIVA!!!*

Ex.: Nenhum de nós quer briga.


Ex2.: Nenhuma delas diz o que pensa

- Cada um(a), de/dos/das... → o verbo estará sempre na 3a pessoa do singular,


se esse termo for no sujeito!→ NÃO ACEITA CONCORDÂNCIA ATRATIVA!!!*

Ex.: Cada um de nós tem propósitos.

- Aposto resumitivo → enumeração + pronome indefinido singular → o verbo fica


sempre na 3a pessoa do singular.

Ex.: Amor, dinheiro, amizade, nada lhe agradava.

pronome indefinido resumindo a enumeração

- Um (a) dos/das que: caso de dupla concordância, pode usar tanto o singular ou
plural.

Ex.: Ele foi um daqueles rapazes que contribuiu.


Ex2: Ele foi um daqueles rapazes que contribuíram.

10
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

- Mais de um (a): Em regra, essa expressão o verbo é usado no singular.

Ex.: Mais de um rapaz avaliou a cena.

***Existem duas exceções:


1- Se tiver duplicada: usa o verbo no plural.
Ex.: Mais de um homem, mais de uma mulher estiveram no local.

2- Ou se indicar reciprocidade: usa o verbo no plural.


Ex.: Mais de um aluno se cumprimentaram no dia da prova.

DICA 15

ATENÇÃO NESSE CASO DE CONCORDÂNCIA:


Ex.: Podem até existir conflitos entre gerações
OBS.: quando o verbo principal variar, vai contaminar o verbo auxiliar. Mas quando tiver
locução verbal (verbo principal + verbo auxiliar) somente o verbo auxiliar que vai
ser flexionado, em função do verbo principal.
DICA 16

PERÍODO COMPOSTO
CARACTERÍSTICA: existência de DOIS VERBOS, dois fatos declarados.
No período composto, a oração principal é um tipo de oração que no período composto
não exerce nenhuma função sintática e tem a si associada uma oração subordinada.
DICA 17

Período Composto por COORDENAÇÃO (composto por orações INDEPENDENTES):

→Assindéticas: NÃO apresentam conjunção coordenativa.


→Sindéticas: Apresentam conjunção coordenativa, sendo elas:

• Aditivas: relação de SOMA, de ADIÇÃO.


Conjunções coordenativas aditivas: e, nem, não só ..., as também, tanto ... quanto etc.
Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética) nem trabalha, (oração
coordenada sindética aditiva).

• Adversativas: relação de ADVERSIDADE, OPOSIÇÃO, CONTRASTE.


Conjunções coordenativas adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no
entanto. Ex.: Luiz não estuda (oração coordenada assindética), mas aprende.
(oração coordenada sindética adversativa).

• Alternativas: relação de ALTERNÂNCIA, ESCOLHA. ATENÇÃO! A alternância


ocorre quando a ocorrência de um fato implicar a não ocorrência de outro.
Conjunções coordenativas alternativas: ou... ou, ora... ora, quer... quer, já... já, seja...
seja. Ex.: Ajude Maria (oração coordenada assindética) ou Deus não o ajudará
(oração coordenada sindética alternativa).

11
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

• Explicativas: relação de EXPLICAÇÃO, JUSTIFICATIVA, CONFIRMAÇÃO.


Conjunções coordenativas explicativas: pois (antes do verbo), porque, que. Ex.: Não
fique brava (oração coordenada assindética), pois só você ficará abalada.
(oração coordenada sindética explicativa).

• Conclusivas: relação de CONCLUSÃO em relação à outra oração.


Conjunções coordenativas conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (depois
do verbo). Ex.: Não saiu cedo (oração coordenada assindética), logo chegou
tarde (oração coordenada sindética explicativa).

 E COMO A BANCA CESPE COBRA...

(Ano: 2020 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Câmara de Três Rios - RJ Prova: MS


CONCURSOS - 2020 - Câmara de Três Rios - RJ - Agente Administrativo)

... Na primeira estrofe, o terceiro verso (E das bocas unidas fez-se a espuma), temos uma
oração coordenada:
R: SINDÉTICA ADITIVA.
DICA 18

Período Composto por SUBORDINAÇÃO

→ SUBSTANTIVAS: subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas


nominais, predicativas, apositivas.
→ ADJETIVAS: restritivas e explicativas.
→ ADVERBIAIS: causais, condicionais, comparativas, conformativas, concessivas,
consecutivas, temporais, proporcionais, finais.

DICA 19

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

- Oração subordinada substantiva subjetiva - OSSS (oração que exerce a função de


sujeito da outra oração)
Ex.: É provável / que ele viaje ainda hoje.

Oração Principal OSSS

- Oração subordinada substantiva Objetiva Direta - OSSOD (oração que exerce a


função de objeto direto do verbo da oração principal)
Ex.: Desejo / que passe no concurso.

Oração Principal OSSOD

- Oração subordinada substantiva Objetiva Indireta – OSSOI (oração que exerce a


função de objeto indireto do verbo da oração principal)

12
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Ex.: Necessito / de que você me auxilie.

Oração Principal OSSOI


- Oração subordinada substantiva Completiva Nominal – OSSCN (oração que exerce
a função de complemento nominal de um nome da oração principal)
Ex.: Tenho a impressão / de que alguém me segue.

Oração Principal OSSCN

- Oração subordinada substantiva Predicativa – OSSP (oração que exerce a função de


predicativo do sujeito da oração principal, aparece depois do verbo SER, completando-a)
Ex.: Meu castigo foi / que todos me deixaram.

Oração Principal OSSP

- Oração subordinada substantiva Apositiva – OSSA (oração que exerce a função


sintática de aposto de um nome da oração principal)
Ex.: Contou-me algo horrível: / que havia insetos no banheiro.

Oração Principal OSSA

DICA: A ORAÇÃO APOSITIVA VEM SEPARADA DE SUA PRINCIPAL POR DOIS


PONTOS, VÍRGULA OU TRAVESSÃO.

 QUESTÃO FRESQUINHA DA BANCA CESPE...

(Ano: 2021 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Frecheirinha - CE Prova: CETREDE - 2021
- Prefeitura de Frecheirinha - CE - Professor PEB I)
... “E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas
estudando a vida dos insetos.” Mário Quintana
A oração grifada é uma oração:
R: SUBORDINADA ADVERBIAL.
Indo mais a fundo, apesar de a questão não ter pedido...
Trata-se de uma oração subordinada adverbial OBJETIVA DIRETA, a oração em destaca
exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal “descobrirão”.
DICA 20

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

- São sempre introduzidas por CONJUNÇÕES SUBORDINADAS ≠ CONJUNÇÕES


INTEGRANTES (orações substantivas)

CAUSAL: indica causa, motivo que determina ou provoca um acontecimento.


Ex.: Marcelo foi reprovado, / porque (= porquanto) não estudou.

13
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Oração Principal Or. Sub. Adv. Causal.

Na ordem direta, a vírgula é obrigatória!

COMPARATIVA: exprime uma conjuntura de comparação. Ou seja, ato de confrontar dois


elementos com o objetivo de estabelecer semelhanças ou diferenças entre eles.
Ex.: Rômulo é forte / como um leão.

Oração Principal Or. Sub. Adv. Comparativa.

Nas comparativas não pode colocar vírgulas e não pode inverter!

CONCESSIVA: indica ato de conceder, de permitir, de não negar, de admitir ideias


contrárias.
Ex.: Embora (= conquanto, ainda que) chovesse muito, / ele não levou guarda-chuva.

Or. Sub. Adv. Concessiva. Oração Principal

Vírgula OBRIGATÓRIA, pois a ordem está invertida!

CONDICIONAL: Exprime condição; obrigação que se aceita ou imposta para que dado fato
se realize.

Ex.: Se (= caso, contanto que, desde que, etc.) você for, / eu irei.

Or. Sub. Adv. Condicional. Oração Principal

Quando estiver invertida, a vírgula é OBRIGATÓRIA!

CONFORMATIVA: Indica adequação, não-contradição.


Ex.: Ele agiu / como (= conforme, segundo, de acordo) a lei exige.

Oração Principal Or. Sub. Adv. Conformativa

Na ordem direta a vírgula → é FACULTATIVA!


Na ordem deslocada/invertida a vírgula → é OBRIGATÓRIA!

DICA 21

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

CONSECUTIVA: Exprime circunstância de consequência, resultado ou efeito de uma ação


qualquer.
Ex.: Falou tanto (=tão, tal) / que ficou rouco.

Oração Principal Or. Sub. Adv. Consecutiva

Toda causal e toda consecutiva possui causa e consequência.

Tão → advérbio
Que → conjunção

14
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

TEMPORAL: Indica relação de tempo.


Ex.: Quando (= sempre que, desde que, logo que) se aborreceu, /ele saiu.

Or. Sub. Adv. Temporal Oração Principal

Na ordem deslocada/invertida a vírgula → é OBRIGATÓRIA!

PROPORCIONAL: Indica circunstância de proporção; relação que existe entre duas coisas,
de modo que a alteração que recai em uma dela atinge também a outra.
Ex.: À medida (= à proporção que) que caminhava, / mais se cansava.

Or. Sub. Adv. Proporcional Oração Principal

FINAL: Objetiva a destinação de um fato.


Ex.: Fiz-lhe um sinal / para que se calasse.

Oração Principal Or. Sub. Adv. Proporcional


DICA 22

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

RESTRITIVA: limita, precisa a significação do substantivo (ou pronome) antecedente.


Ex.: O livro/que o professor recomendou/estava esgotado.

Pronome relativo
- “que o professor recomendou” = oração subordinada adjetiva restritiva, restringe porque
não se aplica a todos os livros, apenas aquele que o professor recomendou!
ATENÇÃO! NÃO SEPARADAS POR VÍRGULAS, ALTERAÇÃO DE SENTIDO!

EXPLICATIVA: acrescenta ao antecedente uma qualificação acessória, esclarece melhor


sua significação, à semelhança de um aposto.
Ex.: Tio Gabriel, que é advogado, confia muito em mim.

Pronome relativo
- “que é advogado” = oração subordinada adjetiva explicativa.
DICA 23

* NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS, a separação por vírgulas, altera o


SENTIDO. Observe-se:

1. Luiza telefonou para a irmã que mora na França.

15
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Oração subordinada adjetiva restritiva


2. Luiza telefonou para a irmã, que mora na França.

Oração subordinada adjetiva explicativa


* que = pronome relativo

Explicando...
- No primeiro caso cria-se um limite, com certeza Luiza tem outras irmãs, mas ligou somente
para a que mora na França.
- No segundo caso, a oração explica que Luiza tem apenas uma irmã e ela mora na França.
DICA 24

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS: CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

Conclusivas: logo, pois, então, Temporais: Quando, enquanto,


portanto, assim, enfim, por fim, por apenas, mal, desde que, logo que,
conseguinte, conseguintemente, até que, antes que, depois que,
consequentemente, donde, por assim que, sempre que, senão
onde, por isso. quando, ao tempo que.

Adversativas: mas, porém, Proporcionais: quanto mais...tanto


contudo, todavia, no entanto, mais, ao passo que, à medida que,
entretanto, senão, não obstante, quanto menos...tanto menos, à
aliás, ainda assim. proporção que.

Aditivas: e, nem, também, que, Causais: já que, porque, que, visto


não só...mas também, não que, uma vez que, sendo que,
só...como, tanto...como, como, pois que, visto como.
assim...como.
Condicionais: se, salvo se, caso,
Explicativa: isto é, por exemplo, a sem que, a menos que, contanto
saber, ou seja, verbi gratia, pois, que, exceto se, a não ser que, com
pois bem, ora, na verdade, depois, tal que.
além disso, com efeito que, porque,
ademais, outrossim, porquanto. Conformativa: consoante,
segundo, conforme, da mesma
Alternativa: ou...ou, já...já, maneira que, assim como, com que.
seja...seja, quer...quer, ora...ora,
agora...agora. Finais: Para que, a fim de que, que,
porque.

Comparativa: como, tal como, tão


como, tanto quanto, mais...(do)
que, menos...(do) que, assim como.

16
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Consecutiva: tanto que, de modo


que, de sorte que, tão...que, sem
que.

Concessiva: embora, ainda que,


conquanto, dado que, posto que,
em que, quando mesmo, mesmo
que, por menos que, por pouco que,
apesar de que.

DICA 25

PRONOMES RELATIVOS: fazem referência a um nome antecedente, e, sintaticamente,


são responsáveis por introduzir uma oração subordinada adjetiva.
* Que
* Quem
* Onde
* Cujo (a)(s)
* Quando
* Como
* O qual
* A qual
* Os quais
* As quais
DICA BÔNUS

- Usa-se preposição antes do pronome relativo sempre que o termo posposto a ele
exigir.

- Pronomes relativos QUE e QUEM só admitem preposição monossilábica!

Ex.: a moça A QUEM me refiro é especial.


- QUEM → Só para pessoas OU entes personificados.
Ex. A Justiça, a quem o cidadão recorre, deve atendê-lo prontamente.
Ex. A moça contra quem lutava → pois contra é preposição dissílaba, e o pronome relativo
QUE e QUEM só podem com preposição monossílaba→ PORTANTO, deve-se consertar a
frase, o certo será: A moça contra a qual lutava.
- ONDE e AONDE referem-se a LUGAR FÍSICO. ATENÇÃO!

17
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Balanço Patrimonial – Patrimônio Líquido

Representam fontes de recursos para financiar as atividades das empresas bancos,


investidores, fornecedores e capital próprio.

Bancos vez que a empresa pode conseguir empréstimos e financiamentos, investidores que
podem agir como financiadores iniciais e aceleradores tendo em vista o respectivo nicho de
mercado, os fornecedores, vez que ao se adquirir uma mercadoria de um fornecedor, esta
pode ser vendida com uma margem de lucro, podendo também ser um insumo para a
produção e operação da empresa. Por fim, o capital próprio investido pelos próprios
acionistas do empreendimento.

DICA 27

VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E RESULTADO

O resultado de uma determinada entidade normalmente é medido pela diferença entre o


Patrimônio Líquido anterior e atual a determinado lapso temporal. As principais
causas de variação do Patrimônio Líquido são a subscrição de capital feito a Entidade com
aumentos e desinvestimentos posteriores e, principalmente, o resultado obtido do
confronto entre contas de receitas e despesas no período contábil.
Quando as receitas obtidas superam as despesas incorridas, o resultado do período será
positivo, incorrendo em lucro e aumentando, por sua vez, o Patrimônio Líquido da entidade.
Do contrário, caso as despesas forem maiores que as receitas, o resultado do período será
negativo, incorrendo em prejuízo, de modo que diminuirá o Patrimônio Líquido.
A informação do Resultado destas operações deve ser fornecida em intervalos regulares,
podendo ser anual, semestral ou até mensal. Neste sentido, contabilidade registra e resume
as mudanças que ocorreram no Patrimônio Líquido no período e apresenta o resultado.
O resultado que demonstra a situação patrimonial e financeira da Entidade no lapso
temporal de um ano é denominado de exercício social.
Todas as Entidades, pelo menos uma vez ao ano, devem fazer a apuração do resultado,
averiguando se houve lucro ou prejuízo e procedendo o encerramento das contas de
resultado em conta denominada resultado.
DICA 28

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO E FINALIDADES

Além da conta da razão denominada resultado, no qual é registrado as contrapartidas das


contas de despesa e receita encerradas no fim do exercício existe a obrigação a fazer a
Demonstração do resultado do exercício - DRE. A DRE tem um papel importante na tomada
de decisões por parte dos gestores das empresas, vez que concentra de maneira
detalhada as contas de receita, despesa e o lucro ou prejuízo líquido da Entidade.
O lucro apurado por meio da Demonstração do Resultado do Exercício é considerado
razoavelmente correto, vez que o lucro exato somente pode ser mensurado no fim da vida
da Entidade, após a venda de todo o seu ativo e pagamento de suas obrigações. Não
obstante, é muito importante a análise frequente do resultado das operações da Entidade.
Dentre as finalidades do DRE podemos citar:

18
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

- Apresentação dos lucros ou prejuízos das operações aos acionistas e quotistas;


- Serve aos bancos para análise da rentabilidade da Entidade e aprovar serviços como
financiamentos e empréstimos;
- Interesse dos investidores de ações e debêntures;
- A análise dos administradores para medir a eficiência do negócio e possível
planejamento estratégico.
DICA 29

Demonstração do Resultado do Exercício

CPC-26 Lei 6.404/76 (Lei das S/A)


Receitas de Vendas
(-) Devoluções, Descontos
Incondicionais, Abatimentos
(-) Tributos Sobre Vendas
Receitas Líquidas Receitas Líquidas
(-) CMV (-) CMV
Lucro Bruto Lucro Operacional Bruto
(-) Despesas com vendas, financeiras,
administrativas e gerais
(+/-) Outras Receitas ou Despesas (+/-) Outras Receitas ou Despesas
Operacionais Operacionais
Resultado Antes das Receitas e
Lucro Operacional Líquido
Despesas Financeiras
(+/-) Receitas ou Despesas (+/-) Outras Receitas ou Despesas -
Financeiras ganhos ou perdas de capital
Resultado Antes dos Tributos Lucro Antes do Imposto de Renda
(-) Tributos sobre o lucro (-) IR e CSLL
Resultado das Operações
Lucro Após IR e CSLL
Continuadas
(+/-) Resultado Líquido das
(-) Participações
Operações Descontinuadas
Resultado Líquido do Período Lucro Líquido do Exercício

DICA 30

DRE: Classificação da Despesa de acordo com CPC-26

A entidade deve apresentar uma análise das despesas utilizando uma classificação baseada
na sua natureza, se permitida legalmente, ou na sua função dentro da entidade,
proporcionando informação confiável e mais relevante, obedecidas as determinações
legais.

→ Método da Natureza da Despesa: as despesas são agregadas na demonstração do


resultado de acordo com a sua natureza (por exemplo, depreciações, compras de materiais,
despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade), não sendo
realocados entre as várias funções dentro da entidade.

→ Método da Função da Despesa (ou método do “custo dos produtos e serviços


vendidos”): as despesas são classificadas de acordo com a sua função como parte do custo
dos produtos ou serviços vendidos ou, por exemplo, das despesas de distribuição ou das
atividades administrativas. No mínimo, a entidade deve divulgar o custo dos produtos e
serviços vendidos segundo esse método separadamente das outras despesas.

19
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

As entidades que classificarem os gastos por função devem divulgar informação


adicional sobre a natureza das despesas, incluindo as despesas de depreciação e de
amortização e as despesas com benefícios aos empregados.

DICA 31

CPC 00: CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL


O objetivo da Contabilidade é a obtenção de informações sobre o patrimônio de uma
Entidade e suas mutações com o máximo de detalhamento para tomadas de decisões dos
seus gestores. As demonstrações contábeis são responsáveis por cumprir esse papel.
Além disso, é importante a veracidade dessas informações para que ela possa ser útil e
representar de maneira fidedigna as transações das entidades. Neste sentido, o Comitê de
Pronunciamentos Contábeis - CPC apresenta as características qualitativas que dão utilidade
a informação:
A Estrutura Conceitual apresenta dois tipos de Características Qualitativas:
1) Características Qualitativas Fundamentais, e
2) Características Qualitativas de Melhoria;
Dentre as características qualitativas fundamentais estão:

Relevância: a informação contábil-financeira é capaz de fazer diferença nas decisões da


Entidade;

Representação Fidedigna: Precisa ser completa, neutra e livre de erros.


Já as características qualitativas de melhoria estão:

Comparabilidade: Permite a compreensão e identificação de similaridades dos itens que


estão sendo observados e diferenças entre eles;

Verificabilidade: Ajuda a assegurar que a informação representa fidedignamente o


fenômeno econômico que se propõe a apresentar;

Tempestividade: Ter a informação disponível para as tomadas de decisão em tempo hábil;

Compreensibilidade: Pressupõe classificar, caracterizar e apresentar as informações com


clareza para que seja compreensível.
DICA 32

Reserva de Lucros a Realizar

De acordo com o art. 197 da Lei das S/A, “no exercício em que o montante do dividendo
obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela
realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos
órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a
realizar.”

Veja como calcular a parcela realizada do lucro líquido do exercício:


Lucro Líquido do Exercício
(-) Resultado positivo na equivalência patrimonial

20
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

(-) Lucro com realização financeira de Longo Prazo

A Reserva de Lucros a Realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do


dividendo obrigatório ou para compensação de prejuízos de períodos
subsequentes.
DICA 33

Demonstrações Contábeis Obrigatórias

De acordo com o art. 176 da Lei das S/A, são obrigatórias as seguintes demonstrações
Contábeis:

→ Balanço patrimonial (BP);

→ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

→ Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);

→ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) – Apenas Companhias Abertas e


Companhias Fechadas com PL ≥ R$ 2.000.000,00;

→ Demonstração do valor adicionado (DVA) – Apenas Companhias Abertas.

Atenção: De acordo com a Lei das S/A, não são obrigatórias a Demonstração do
Resultado Abrangente (DRA) e a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) deixou de ser exigida com a
Lei nº 11.638/07.
DICA 34

Notas Explicativas
As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros
analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da situação
patrimonial e dos resultados do exercício.

Veja o que a Lei das S/A traz de obrigatoriedade para as notas explicativas:

“Art. 176- [...]

§ 5º- As notas explicativas devem:

I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e


das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos
significativos;

II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;

III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras
e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e

IV – indicar:

21
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques,


dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para
encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de
elementos do ativo;

b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único);

c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, §3º);

d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e


outras responsabilidades eventuais ou contingentes;

e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;

f) o número, espécies e classes das ações do capital social;

g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;

h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, §1º); e

i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam


vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.”

DICA 35

Ações em Tesouraria

Ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria empresa. De acordo com
o §5º do art. 182 da Lei das S/A, “as ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço
como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos
aplicados na sua aquisição”.

É vedada a distribuição de dividendos e o direito a voto às ações em tesouraria (art. 30,


§4º).

O saldo da conta ações em tesouraria fica limitado ao saldo de lucros acumulados e


reservas, exceto a reserva legal (art. 266, §1º).

22
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

ESTATÍSTICA

DICA 36

Uma variável pode ser classificada em:

- qualitativa, quando não assume valores numéricos, podendo ser dividida em categorias.

- quantitativa, quando puder assumir diversos valores numéricos.

As variáveis quantitativas podem ser ainda divididas em:

Contínuas: quando a variável pode assumir infinitos valores entre dois números.

Discretas: quando a variável só pode assumir uma quantidade finita de valores entre
dois números.

DICA 37

As variáveis aleatórias podem ser classificadas em:

- variáveis nominais: são aquelas definidas por “nomes”, não podendo ser colocadas em
uma ordem crescente.

- variáveis ordinais: são aquelas que podem ser colocadas em uma ordem crescente, mas
não é possível (ou não faz sentido) calcular a diferença entre um valor e o seguinte.

DICA 38

Mediana

É a observação “do meio” quando os dados são organizados do menor para o maior. Abaixo
da mediana encontram-se 50% (metade) das observações, e a outra metade encontra-
se acima da mediana.

DICA 39

As diferentes formas de se apresentar um CONJUNTO DE DADOS

DADOS BRUTOS: correspondem aos dados desorganizados, antes de sofrerem qualquer


tratamento.

DADOS EM ROL: corresponde a uma lista de observações, em ordem crescente

DADOS AGRUPADOS POR VALOR: é uma forma de agrupar os dados, para consolidar
valores que se repetiram

DADOS AGRUPADOS EM CLASSE: é uma forma de agrupar ainda mais os dados, em


faixas de valores.

23
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 40

PROBABILIDADE CONDICIONAL

Probabilidade condicional refere-se à probabilidade de um evento ocorrer com base


em um evento anterior.

A probabilidade de A acontecer, dado que B já aconteceu, é representada por 𝑷(𝑨|𝑩) e é


calculada pela seguinte expressão:

24
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

POLÍTICA DE PRIMEIRA INFÂNCIA – art. 8º do ECA

*É ASSEGURADO A TODAS AS MULHERES o acesso aos programas e às políticas de


saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento
pré-natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.

- O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

- Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no


último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o parto,
garantido o direito de opção da mulher.  OPÇÃO DA MÃE em escolher, nos
ÚLTIMOS 3 MESES DE GESTAÇÃO, o local em que o parto será realizado

- Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus
filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção
primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.

- Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à


mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal. Deverá ser prestada também a gestantes e
mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem
como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.

- A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência


durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.

- A gestante DEVERÁ RECEBER ORIENTAÇÃO sobre aleitamento materno,


alimentação complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem
como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o
desenvolvimento integral da criança.

- A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto


natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
intervenções cirúrgicas por motivos médicos.

- A atenção primária à saúde fará a BUSCA ATIVA DA GESTANTE que não iniciar ou
que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não comparecer
às consultas pós-parto.

- Incumbe ao PODER PÚBLICO GARANTIR, à gestante e à mulher com filho na


primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de

25
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único


de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino
competente, visando ao desenvolvimento integral da criança.

DICA 42

CASTIGO FÍSICO E TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE

A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados SEM O USO DE


CASTIGO FÍSICO OU DE TRATAMENTO CRUEL OU DEGRADANTE, como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los
ou protegê-los.

CASTIGO FÍSICO - Ação de natureza disciplinar ou punitiva


aplicada com o uso da força física sobre a
criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão.

- Conduta ou forma cruel de tratamento


TRATAMENTO CRUEL OU em relação à criança ou ao adolescente que:
DEGRADANTE a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.

DICA 43

PROGRAMAS DE APADRINHAMENTO

A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar


poderão participar de programa de apadrinhamento.

 O apadrinhamento consiste: em estabelecer e proporcionar à criança e ao adolescente


vínculos externos à instituição para fins de convivência familiar e comunitária e
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico,
cognitivo, educacional e financeiro.

DICA 44

REQUISITOS PARA SER PADRINHOS/MADRINHAS:

- pessoas maiores de 18 (dezoito) anos


- NÃO inscritas nos cadastros de adoção
- NECESSÁRIO que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de
apadrinhamento de que fazem parte.

26
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

ATENÇÃO! Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou adolescente a fim de


colaborar para o seu desenvolvimento.

ATENÇÃO2! O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no


âmbito de cada programa de apadrinhamento, COM PRIORIDADE PARA CRIANÇAS OU
ADOLESCENTES COM REMOTA POSSIBILIDADE de reinserção familiar ou colocação em
família adotiva.

DICA 45

FAMÍLIA NATURAL

Consiste na comunidade formada pelos pais ou


qualquer deles + seus descendentes.

DICA 46

FAMÍLIA EXTENSA OU AMPLIADA

Consiste naquela que se estende para além da unidade


pais e filhos ou da unidade do casal, formada por
parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade
e afetividade.

DICA 47

FAMÍLIA SUBSTITUTA

*A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,


independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

*Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe
interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão
sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada.

*Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu


consentimento, colhido em audiência.

*A colocação da criança ou adolescente em família substituta será precedida de sua


preparação gradativa e acompanhamento posterior, realizados pela equipe
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com o
apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do direito
à convivência familiar.

27
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

*A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional,


SOMENTE ADMISSÍVEL NA MODALIDADE DE ADOÇÃO.

DICA 48

FAMÍLIA SUBSTITUTA

*Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de


afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da
medida.

*Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da MESMA
família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra
situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se,
em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais.

DICA 49

FAMÍLIA SUBSTITUTA – REQUISITOS ADICIONAIS PARA CRIANÇA OU


ADOLESCENTE INDÍGENA OU PROVENIENTE DE COMUNIDADE REMANESCENTE DE
QUILOMBO

I - Que sejam consideradas e respeitadas sua identidade social e cultural,


os seus costumes e tradições, bem como suas instituições, desde que não sejam
incompatíveis com os direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela
Constituição Federal;

II - Que a colocação familiar ocorra PRIORITARIAMENTE no seio de sua


comunidade ou junto a membros da mesma etnia;

III - A intervenção e oitiva de representantes do órgão federal


responsável pela política indigenista, no caso de crianças e adolescentes
indígenas, e de antropólogos, perante a equipe interprofissional ou multidisciplinar
que irá acompanhar o caso.

DICA 50

TUTELA

*A tutela será deferida, NOS TERMOS DA LEI CIVIL, a pessoa de até 18 (dezoito)
anos incompletos.

*O deferimento da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou suspensão do poder


familiar e implica necessariamente o dever de guarda.

DICA 51

É PROIBIDO QUALQUER TRABALHO a menores de quatorze anos de idade, salvo


na condição de aprendiz.

28
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 52

Ao ADOLESCENTE empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno


de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-
governamental, É VEDADO TRABALHO:

I - NOTURNO, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas


do dia seguinte; (22h – 5h)

II - PERIGOSO, INSALUBRE OU PENOSO;

III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento


físico, psíquico, moral e social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.

DICA 53

Toda criança ou adolescente que estiver INSERIDO EM PROGRAMA DE ACOLHIMENTO


FAMILIAR OU INSTITUCIONAL terá:

- Sua situação reavaliada, NO MÁXIMO, A CADA 3 (TRÊS) MESES, devendo a


autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe
interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em
quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei.

DICA 54

ATENÇÃO! A permanência da criança e do adolescente em PROGRAMA DE


ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL não se prolongará POR MAIS DE 18 (DEZOITO
MESES), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse,
devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.

DICA 55

A gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção,
ANTES OU LOGO APÓS O NASCIMENTO, será encaminhada à Justiça da Infância e da
Juventude.

PONTOS:

A busca à família extensa respeitará O PRAZO MÁXIMO DE 90 (NOVENTA) DIAS,


prorrogável por igual período.

Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de não existir outro


representante da família extensa apto a receber a guarda, a autoridade judiciária
competente deverá decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação
da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade
que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional.

Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de ambos os genitores, se houver


pai registral ou pai indicado, deve ser manifestada na audiência a que se refere o §
1 o do art. 166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega.

29
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o genitor nem representante


da família extensa para confirmar a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a
autoridade judiciária SUSPENDERÁ o poder familiar da mãe, e a criança será colocada
sob a GUARDA PROVISÓRIA de quem esteja habilitado a adotá-la.

 Os detentores da guarda possuem o PRAZO DE 15 (QUINZE) DIAS para propor a


ação de adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de
convivência.

 NA HIPÓTESE DE DESISTÊNCIA PELOS GENITORES - manifestada em audiência ou


perante a equipe interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a criança será
mantida com os genitores, e será determinado pela Justiça da Infância e da Juventude o
acompanhamento familiar PELO PRAZO DE 180 (CENTO E OITENTA) DIAS.

DICA 56

SERÃO CADASTRADOS PARA ADOÇÃO:

 Recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas famílias NO


PRAZO DE 30 (TRINTA) DIAS, contado a partir do dia do acolhimento.

DICA 57

GUARDA

*A guarda obriga a PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MATERIAL, MORAL E


EDUCACIONAL à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito de opor-
se a terceiros, inclusive aos pais.

PONTOS

Destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser deferida, liminar ou


incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros.

 EXCEPCIONALMENTE, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela e adoção,


para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou
responsável, podendo ser deferido o direito de representação para a prática de atos
determinados.

 Confere à criança ou adolescente a CONDIÇÃO DE DEPENDENTE, para todos os fins


e efeitos de direito, inclusive previdenciários.

 Poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ATO JUDICIAL FUNDAMENTADO,


ouvido o Ministério Público.

DICA 58

Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade


judiciária competente, OU quando a medida for aplicada em preparação para
adoção:

 O deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros NÃO IMPEDE O


EXERCÍCIO DO DIREITO DE VISITAS PELOS PAIS, ASSIM COMO O DEVER DE
PRESTAR ALIMENTOS, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do
interessado ou do Ministério Público.

30
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 59

O PODER PÚBLICO estimulará, por meio de assistência jurídica, incentivos fiscais e


subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente afastado
do convívio familiar.

ATENÇÃO! A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhimento familiar


TERÁ PREFERÊNCIA a seu acolhimento institucional, observado, em qualquer caso, o
caráter temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.

ATENÇÃO2! Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais, distritais e


municipais para a manutenção dos serviços de acolhimento em família acolhedora,
FACULTANDO-SE O REPASSE DE RECURSOS PARA A PRÓPRIA FAMÍLIA
ACOLHEDORA.

DICA 60

ADOÇÃO

A adoção de criança e de adolescente É MEDIDA EXCEPCIONAL E IRREVOGÁVEL, à qual


se deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança
ou adolescente na família natural ou extensa.

ATENÇÃO! É VEDADA a adoção POR PROCURAÇÃO.

ATENÇÃO2! Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras


pessoas, inclusive seus pais biológicos, DEVEM PREVALECER OS DIREITOS E OS
INTERESSES DO ADOTANDO.

DICA BÔNUS

O adotando deve CONTAR COM, NO MÁXIMO, DEZOITO ANOS à data do pedido, salvo
se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

DICA BÔNUS

QUEM PODE ADOTAR? QUEM NÃO PODE ADOTAR?

 Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado civil.

 Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.

PONTOS

 Para ADOÇÃO CONJUNTA, é indispensável que os adotantes sejam casados


civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.

 O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.

 Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros PODEM adotar


conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde
que o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de
convivência e que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e
afetividade com aquele não detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade

31
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

da concessão. OBS.: Desde que demonstrado efetivo benefício ao adotando, será


assegurada a guarda compartilhada, conforme art. 1584 previsto no 2002.

 A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca manifestação de


vontade, vier a falecer no curso do procedimento, ANTES DE PROLATADA A
SENTENÇA.

DICA BÔNUS

LEI Nº 10.446/2002

Disposições gerais

Esta Lei, como trata o art. 1° trata da possibilidade de a Polícia Federal apurar infrações
penais quando houver:

➢ repercussão interestadual ou internacional; e


➢ exijam repressão uniforme.

“Art. 1o Na forma do inciso I do § 1o do art. 144 da Constituição, quando houver


repercussão interestadual ou internacional que exija repressão uniforme, poderá o
Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça, sem prejuízo da
responsabilidade dos órgãos de segurança pública arrolados no art. 144 da Constituição
Federal, em especial das Polícias Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação,
dentre outras, das seguintes infrações penais”:

Dispõe o inciso I, §1º do art. 144 da Constituição o seguinte:

“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é


exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos: [...]

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido
pela União e estruturado em carreira, destina-se a:

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,


serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim
como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e
exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei”;

DICA BÔNUS

POLÍCIA FEDERAL

➢ Conforme prevê o art. 1º, o Departamento da Polícia Federal pertence ao Ministério


da Justiça;
➢ A Polícia Federal tem caráter subsidiário na investigação de crimes, vez que, em
regra, compete a Polícia Civil.
➢ Não há prejuízo da atribuição da Polícias Civis e Militares pela atuação da
Polícia Federal.

32
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA BÔNUS

INFRAÇÕES PENAIS APURADOS PELA PF

As infrações penais apuradas pela Polícia Federal são as seguintes:

I – sequestro, cárcere privado e extorsão mediante sequestro (arts. 148 e 159 do


Código Penal), se o agente foi impelido por motivação política ou quando praticado
em razão da função pública exercida pela vítima;

II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 de


dezembro de 1990); e

III – relativas à violação a direitos humanos, que a República Federativa do Brasil se


comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que seja parte; e

IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores, transportadas


em operação interestadual ou internacional, quando houver indícios da atuação de
quadrilha ou bando em mais de um Estado da Federação.

V - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou distribuição do
produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado (art. 273 do Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal). (Incluído pela Lei nº 12.894, de 2013)

VI - furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências bancárias


ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de associação criminosa em
mais de um Estado da Federação. (Incluído pela Lei nº 13.124, de 2015)

VII – quaisquer crimes praticados por meio da rede mundial de computadores que
difundam conteúdo misógino, definidos como aqueles que propagam o ódio ou a
aversão às mulheres. (Incluído pela Lei nº 13.642, de 2018)

DICA BÔNUS

AUTORIZAÇÃO OU DETERMINAÇÃO PELO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA

O Departamento de Polícia Federal procederá à apuração de outros casos, desde que tal
providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da Justiça.

33
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

Quanto à natureza do órgão controlador, o controle pode ser administrativo, legislativo


e judicial.

O controle administrativo é aquele exercido pela Administração Pública com base do


poder de autotutela, segundo o qual a Administração deve rever seus atos quando estes
se tornarem inconvenientes/inoportunos (revogão) ou forem verificadas ilegalidades
(anulação). Ainda como decorrência do controle administrativo, a Administração Pública
atua sobre os atos de pessoas jurídicas que lhe são vinculadas, como as entidades da
Administração Pública indireta, por meio do exercício da tutela administrativa.

O controle legislativo é realizado pelo Poder Legislativo sobre os atos dos outros poderes,
muitas vezes com o auxílio dos Tribunais de Contas.

Já o controle judicial é realizado pelo Poder Judiciário, quando seus tribunais avaliam os
atos da Administração Pública de acordo com os princípios a ela atinentes (legalidade,
impessoalidade, moralidade, dentre outros) e demais normas vigentes. Só nas decisões do
Poder judiciário há a definitividade da coisa julgada – decisão definitiva de determinado
litígio.

DICA 62

Segundo a CF/88, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma


integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos


programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão


orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal,
bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

DICA 63

Quanto ao aspecto a ser controlado podemos classificar o controle em controle de


legalidade e controle de mérito.

O controle de legalidade é realizado tendo como parâmetros a legalidade e as demais


normas vigentes, quando a Administração poderá atuar de ofício (iniciativa própria) ou
provocada por terceiro.

Já o controle de mérito é aquele exercido sempre no âmbito do controle interno com o


objetivo de aferir se determinado ato é ainda conveniente para a sociedade ou deve
ser revisto, respeitados os direitos adquiridos.

34
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 64

Quanto à amplitude o controle pode ser classificado em hierárquico ou finalístico.

O controle hierárquico é aquele realizado por órgãos dentro do mesmo Poder,


subordinados um ao outro. Esse controle é ilimitado pois o órgão que controla pode avaliar
tanto os aspectos legais quanto o mérito administrativo.

Já o controle finalístico é aqueles realizado pela Administração Pública direta sobre a


indireta, sempre baseado em previsão legal. Aqui dizemos que há vinculação e não
hierarquia entre a Administração direta e a indireta. Esse controle é restrito/limitado
ao previsto em lei.

DICA 65

Quanto ao momento quando é realizado, podemos classificar o controle em prévio,


concomitante ou corretivo.

O controle prévio, preventivo ou a priori é aquele realizado enquanto os atos que


serão controlados ainda não ocorreram.

O controle concomitante ou sucessivo é realizando durante a prática do ato.

Por último o controle corretivo, subsequente ou a posteriori é realizado após a


realização dos atos.

DICA 66

Quanto à iniciativa o controle é classificado em controle de ofício (ex ofício) ou


provocado.

O controle de ofício é realizado quando a Administração Pública atua de forma


espontânea, sem provocação de nenhum agente estranho ao seu corpo funcional. Um
exemplo disso ocorre quando é anulado um ato que se verificou ser ilegal.

No controle provocado algum agente externo à Administração provoca (questiona,


solicita, denuncia, representa) a atuação Estado para que alguma situação seja tratada. A
denúncia de um cidadão ao Ministério Público de que está ocorrendo desvio de recursos
públicos é um exemplo de tal controle.

DICA 67

Controle do Judiciário e Ministério Público

Foram criados na PEC 45/05 o Conselho Nacional de Justiça e o Conselho Nacional do


Ministério Público. Tais conselhos realizam o controle administrativo, financeiro e
disciplinar do Poder Judiciário e do Ministério Público. A diferença é que o primeiro é
órgão do próprio Poder Judiciário e por isso mesmo realiza controle interno. Já o Conselho
Nacional do Ministério Público está localizado fora da estrutura do MP e por isso realiza
controle externo. É importante ressaltar que nenhum dos dois órgãos realiza controle
das atividades típicas (julgamento) do Poder Judiciário.

DICA 68

Recurso de Ofício

Em certas situações a autoridade que julgou determinada questão é obrigada a remeter


(encaminhar) sua própria decisão a uma autoridade/ órgão revisor. Apesar de ser chamado

35
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

de recurso de ofício trata-se de uma remessa forçada/ necessária. É preciso que haja
previsão legal para que a autoridade tome tal providência.

DICA 69

Os recursos podem ter efeitos devolutivos ou suspensivos. O recurso devolutivo é aquele


onde a matéria é devolvida (encaminhada) para nova análise. No silêncio da lei os recursos
têm efeitos apenas devolutivos.

Os efeitos suspensivos são aqueles que possibilitam que os efeitos da decisão sejam
suspensos até que a nova decisão seja proferida. Para que um recurso tenha tais
características é necessário expressa previsão legal.

DICA 70

O controle legislativo é realizado pelo Poder Legislativo sobre os atos do Poder Executivo e
do Poder Judiciário, esse último apenas na sua função administrativa – O Legislativo não
atua sobre os atos típicos do Poder Judiciário. É um controle externo – um Poder
atuando sobre outro Poder.

O controle realizado pelo Legislativo sobre a Administração Pública é aquele definido na


CF/88. Não é legítimo que outros atos infraconstitucionais definam outras formas de
controle além das previstas na Constituição.

O controle legislativo divide-se em controle político e controle financeiro, este último


exercido com o auxílio dos tribunais de contas.

DICA 71

Segundo a CF/88, as comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

DICA 72

O STF considerou inconstitucional norma estadual que previa que o julgamento das contas
da Assembleia Legislativa fosse realizado pela própria Assembleia, pois se trataria de uma
usurpação de competência do TCE do estado.

DICA 73

Pela teoria dos poderes implícitos, se determinada competência é atribuída a um órgão,


este passa a ter também os poderes necessários para o exercício dessa competência. Se é
dada a missão, os meios para realizá-la também devem ser concedidos.

DICA 74

Fundos Constitucionais e fiscalização do TCU

Segundo o STF, o papel do TCU com relação aos fundos constitucionais é apenas de
verificar se efetivamente os recursos que deveriam foram destinados para o fundo.
Não cabe ao TCU, mas sim ao ente político recebedor, zelar pela adequada aplicação dos
recursos.

36
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 75

O controle judicial é aquele realizado sobre os atos do Executivo, do Legislativo e do


próprio Judiciário no exercício da função administrativa.

No Brasil vigora o sistema inglês ou de monopólio de jurisdição, onde apenas o Poder


Judiciário pode decidir em caráter definitivo os litígios. Define nossa Constituição que a
lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

O controle judicial se limita à análise das ações tendo como referência as normas e
princípios vigentes no direito pátrio. Não poderá, entretanto, aferir o mérito administrativo
nos atos discricionários de outros Poderes. Os atos da Administração Pública que o Judiciário
considerar ilegítimos serão por ele sempre anulados e nunca revogados.

DICA 76

A função fiscalizatória exercida pelos tribunais de contas dos estados inclui-se entre as
hipóteses de controle do Poder Legislativo sobre os atos da administração pública.

DICA 77

A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

DICA 78

Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, se determinado concurso público


destinar-se ao provimento de duas vagas, não será possível que uma dessas vagas
seja destinada exclusivamente a pessoa portadora de necessidades especiais.

DICA 79

As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo


efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de direção, chefia e assessoramento

DICA 80

Súmula Vinculante nº 13 do STF

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade,


até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração
pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a
Constituição Federal.”

Em regra, o nepotismo não alcança a nomeação dos chamados agentes políticos.

DICA 81

Segundo a CF/88 é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.
É uma norma autoaplicável.

37
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Cumpre-se ressaltar que os servidores militares estão proibidos de se sindicalizar.

Com relação ao julgamento dos litígios entre os servidores públicos federais e a


Administração Pública, tais situações serão julgadas na Justiça Federal e não na Justiça
do Trabalho.

DICA 82

O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os


Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer
caso, o disposto no art. 37, X e XI.

DICA 83

Teto Constitucional

1. Municípios - O teto é o subsídio do Prefeito

2. Estados e DF

Executivo - Subsídio do Governador


Legislativo - Subsídio dos deputados estaduais e distritais
Judiciário/ Ministério Público/ Procuradores e Defensores Públicos - Subsídio dos
desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do
STF

DICA 84

Limite aos vencimentos dos Poderes Legislativo e Judiciário.

Com relação aos servidores do Legislativo e Judiciário, deve-se observar que os vencimentos
dos seus cargos não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo (CF/88, art.
37, inc. XII).

DICA 85

Súmula 473 do STF

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.

38
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Entendimentos do STF sobre a licitude/ilicitude de provas:

1) É ilícita a prova obtida por meio de interceptação telefônica sem autorização


judicial. A interceptação telefônica depende de autorização judicial.

2) São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação telefônica determinada a


partir apenas de denúncia anônima, sem investigação preliminar. Com efeito, uma
denúncia anônima não é suficiente para que o juiz determine a interceptação telefônica;
caso ele o faça, a prova obtida a partir desse procedimento será ilícita.

3) São ilícitas as provas obtidas mediante gravação de conversa informal do indiciado com
policiais, por constituir-se tal prática em "interrogatório sub-reptício", realizado sem as
formalidades legais do interrogatório no inquérito policial e sem que o indiciado seja
advertido do seu direito ao silêncio.

4) São ilícitas as provas obtidas mediante confissão durante prisão ilegal. Ora, se a
prisão foi ilegal, todas as provas obtidas a partir dela também o serão.

5) É lícita a prova obtida mediante gravação telefônica feita por um dos interlocutores
sem a autorização judicial, caso haja investida criminosa daquele que desconhece que a
gravação está sendo feita. Nessa situação, tem-se a legítima defesa.

6) É lícita a prova obtida por gravação de conversa telefônica feita por um dos
interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de
reserva da conversação.

7) É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores


sem o conhecimento do outro.

DICA 87
Segundo o STF, o duplo grau de jurisdição não consubstancia princípio nem garantia
constitucional, uma vez que são várias as previsões, na própria Lei Fundamental, do
julgamento em instância única ordinária.

Logo, a Constituição Federal de 1988 não estabelece obrigatoriedade de duplo grau


de jurisdição.

É de se ressaltar, todavia, que o duplo grau de jurisdição é princípio previsto na Convenção


Americana de Direitos Humanos, que é um tratado de direitos humanos com hierarquia
supralegal regularmente internalizado no ordenamento jurídico brasileiro.

DICA 88
São legitimados a impetrar mandado de injunção coletivo:

a) Partido político com representação no Congresso Nacional: para assegurar o exercício


de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a finalidade
partidária.

39
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

b) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída


e em funcionamento há pelo menos um ano: para assegurar o exercício de direitos,
liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou
associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades,
dispensada, para tanto, autorização especial.

d) Ministério Público: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a


defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais
indisponíveis.

e) Defensoria Pública: quando a tutela requerida for especialmente relevante para a


promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos
necessitados.

DICA 89
O mandado de injunção visa solucionar um caso concreto. São, portanto, três pressupostos
para o seu cabimento:

a) Falta de norma que regulamente uma norma constitucional programática


propriamente dita ou que defina princípios institutivos ou organizativos de natureza
impositiva;

b) Nexo de causalidade entre a omissão do legislador e a impossibilidade de exercício de


um direito ou liberdade constitucional ou prerrogativa inerente à nacionalidade, à soberania
e à cidadania;

c) O decurso de prazo razoável para elaboração da norma regulamentadora


(retardamento abusivo na regulamentação legislativa).

DICA 90
O mandado de injunção é um remédio constitucional disponível para qualquer pessoa
prejudicada pela falta de norma regulamentadora que inviabilize o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e
cidadania.

É cabível não só para omissões de caráter absoluto ou total como também para as
omissões de caráter parcial.

DICA 91
O STF considera inadmissível a impetração sucessiva de habeas corpus, ou seja, de
apreciação de um segundo habeas corpus quando ainda não foi definitivamente julgado o
anterior.

No entanto, essa proibição é flexibilizada em situações excepcionais, caso haja


ilegalidade flagrante e prontamente evidente.

DICA 92
Após a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), a contribuição sindical passou a ser
obrigatoriamente recolhida apenas daqueles empregados que assim autorizaram.

Segundo o STF, uma vez que a Carta Magna assegura a livre associação profissional ou
sindical, a contribuição sindical não deveria ser imposta a trabalhadores e

40
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

empregadores não filiados ao sindicato. Por isso, o fim da obrigatoriedade da


contribuição sindical não ofenderia a Constituição.

DICA 93
O STJ considera que o juiz pode determinar o bloqueio e o sequestro de verbas
públicas como forma de garantir o fornecimento de medicamentos pelo Poder Público.
Assim, caso a Administração Pública se negue a cumprir decisão judicial que determinou o
fornecimento de medicamentos, o juiz poderá determinar o bloqueio e o sequestro de verbas
públicas.

O bloqueio e sequestro de verbas públicas deve ser encarado, todavia, como uma medida
de caráter excepcional, aplicável somente quando ficar configurado que o Estado não
está cumprindo sua obrigação de fornecer os medicamentos e de que essa demora está
trazendo riscos à saúde e à vida do doente.

DICA 94
RESERVA DO (FINANCEIRAMENTE) POSSÍVEL
→ Os direitos sociais assegurados na Constituição Federal devem ser efetivados pelo poder
público, porém, na medida em que isso seja possível (viável, em especial, financeiramente).

MÍNIMO EXISTENCIAL
→ Impõe o dever do poder público de garantir o mínimo necessário para a existência digna
da população.

DICA 95
Colisão de direitos fundamentais

Os direitos fundamentais são dotados de conteúdos nucleares abertos e variados, os quais


são revelados apenas no caso concreto e nas interações entre si ou quando relacionados
com outros valores consagrados na Constituição.

Destarte, os direitos fundamentais entram em colisão entre si, ou podem colidir com outros
valores protegidos constitucionalmente.

Os direitos fundamentais se apresentam com maior frequência na forma de princípios. E,


havendo conflito entre princípios, deve-se buscar a conciliação entre eles, aplicando-se cada
um deles em extensões variadas, conforme a relevância que apresentarem no caso
concreto.

Assim, na busca por soluções conciliadoras diante das colisões de direitos fundamentais,
será necessário o manuseio do princípio da proporcionalidade e da técnica de
ponderação.

DICA 96
Gerações (dimensões) de direitos fundamentais

Primeira geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revoluções Liberais do século XVIII;


2) São direitos que visavam impor restrições ao poder absoluto do Estado;

41
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

3) São direitos civis (ligados ao valor liberdade) e políticos (que viabilizaram a participação
das pessoas na vida política do Estado);
4) Tais direitos são marcadamente de caráter negativo, pois impõem um dever de
abstenção do Estado, impedindo a intromissão indevida na vida dos indivíduos.

Segunda geração

1) Nasceram no contexto histórico das Revolução Industrial do século XIX;


2) Exigiam a atuação (um fazer) do Estado para melhorar as condições das classes menos
favorecidas;
3) Instituíram direitos sociais (ligados ao valor igualdade);
4) Tais direitos são de caráter positivo, pois impõem um dever de atuação do Estado para
garantir direitos básicos e as condições mínimas de igualdade para todos.

Terceira geração

1) Nasceram no contexto histórico do pós-Segunda Guerra Mundial (segunda metade do


século XX);
2) Resultaram da reflexão da comunidade internacional a respeito do saldo lamentável dos
conflitos do século XX e da necessidade de proteger as gerações futuras;
3) Instituíram direitos difusos ou metaindividuais (ligados ao valor fraternidade ou
solidariedade);
4) Tais direitos não são titularizados por uma pessoa ou um grupo de pessoas determinado,
mas por toda a coletividade.

DICA 97
Destinatários dos direitos e garantias fundamentais

- Todas as pessoas, nacionais ou estrangeiras (com ou sem domicílio no Brasil), são


possuidoras de todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação da
dignidade.

- As pessoas jurídicas também são titulares de certos direitos e garantias elencados


no texto constitucionais que sejam compatíveis com sua natureza.

DICA 98
Conceito e distinção: “direitos fundamentais” e “direitos humanos”

- Fundamentais são aqueles direitos considerados indispensáveis à existência digna


de todo e qualquer ser humano.

- A ideia de direitos humanos é considerada mais ampla e mais abstrata do que a ideia
de direitos fundamentais. Isto porque os direitos humanos estão relacionados ao gênero
humano como um todo e são válidos para todos os povos, sem distinção.

- Os direitos humanos correspondem aos direitos fundamentais previstos em normas de


Direito Internacional.

- Consideram-se direitos fundamentais o conjunto de direitos e liberdades que foram


institucionalmente reconhecidos e garantidos pelo Estado em seu ordenamento interno.

42
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 99
As regras da fidelidade partidária só são aplicáveis às eleições proporcionais (deputados
e vereadores). Assim, nas eleições majoritárias (Chefes do Executivo e senadores),
pode haver a troca de partido político sem a perda do mandato, não se discutindo justa
causa (ADI n. 5.081, STF).

DICA 100
O povo é o soberano, porque é o dono de todo o poder que legitima o governo democrático.
Esse poder é exercido através do sufrágio e, nos termos da lei, por instrumentos como o
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular.

DICA 101
Eficácia Plena – São de aplicação direta e imediata e independem de uma lei que venha
mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei
posterior venha a restringir o seu alcance.

Eficácia Contida – Assim como a plena é de aplicação direta e imediata não precisando de
lei para mediar os seus efeitos, porém, poderá ver o seu alcance limitado pela
superveniência de uma lei infraconstitucional, por outras normas da própria constituição
estabelece ou ainda por meio de preceitos ético-jurídicos como a moral e os bons costumes.

Eficácia Limitada – São de aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da


existência de uma lei para “mediar” a sua aplicação. Caso não haja regulamentação por
meio de lei, não são capazes de gerar os efeitos finalísticos (apenas os efeitos jurídicos que
toda norma constitucional possui). Pode ser:

a) Normas de princípio programático (normas-fim) - Direcionam a atuação do Estado


instituindo programas de governo.

b) Normas de princípio institutivo - Ordenam ao legislador a organização ou instituição


de órgãos, instituições ou regulamentos.

DICA 102
Normas de eficácia limitada não estão aptas a produzir todos os seus efeitos, necessitando
assim, de uma norma regulamentadora. Porém alguns efeitos estão presentes em todas as
normas constitucionais, são eles:

- Efeito Revogatório - A norma constitucional irá revogar (não recepcionar) as normas


anteriores a ela que forem incompatíveis materialmente.

- Efeito Inibitório- impede a produção em sentido contrário à sua disposição.

- Efeito Irradiante - Indica que a norma constitucional será parâmetro de


constitucionalidade, além de funcionar como fundamento de validade e interpretação para
as demais normas jurídicas.

DICA 103

Direito ao esquecimento

O “direito ao esquecimento” refere-se ao direito de impedir que um fato, mesmo que


verídico, seja relembrado e massivamente exposto ao público tempos depois de

43
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

ocorrido, causando ao sujeito dor, sofrimento, prejuízo moral e, em se tratando de fatos


criminosos, impossibilidade ou dificuldade de ressocialização.

Em nosso país, o direito ao esquecimento encontra-se amparado na Constituição Federal


como uma decorrência do direito à vida privada (privacidade), intimidade e honra,
consagrados pela CF/88 (art. 5º, X), e também pelo Código Civil (art. 21). Seu fundamento
teórico igualmente pode ser extraído da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da
CF/88).

Não estando expressamente previsto, é considerado doutrinariamente como um


direito fundamental implícito.

DICA 104
Inalistável é aquele que não pode se alistar como eleitor, isto é, não poderá exercer a
capacidade eleitoral ativa. Nosso texto constitucional proíbe expressamente o alistamento
dos conscritos (que são aqueles brasileiros que estão prestando serviço militar
obrigatório) e dos estrangeiros (art. 14, § 2º, CF/88).

DICA 105
O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
reeleitos para um único período subsequente.

Assim, em razão do princípio democrático que busca a alternância de poder, a reeleição é


autorizada uma só vez para o mesmo cargo de chefia do Executivo. Vale ressaltar que
a Constituição não proibiu o indivíduo de exercer o mesmo cargo de chefia no Executivo
três (ou mais) vezes, mas sim que ocupasse o mesmo cargo três vezes consecutivas.

44
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

NEXO CAUSAL

O nexo causal é o vínculo formado entre a conduta praticada pelo autor e o resultado por
ele produzido. Está previsto no art. 13 do Código Penal:

“Art. 13, CP - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a


quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não
teria ocorrido”.

NEXO CAUSAL

CONDUTA RESULTADO

DICA 107

TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES

A teoria da equivalência dos antecedentes adotada pelo Brasil (sine qua non)
entende que toda ação/omissão que leva a um resultado, independente do grau de
contribuição é considerado equivalente dos antecedentes.

Pelo método de eliminação, sem a causa antecedente do caso concreto, o resultado não
aconteceria. Nada obstante, a referida teoria é limitada por elementos subjetivos, isto é:

➢ Dolo: vontade de atingir o resultado; e


➢ Culpa: ação descuidada.

DICA 108

CONCAUSAS DEPENDENTES

A concausa pode ser definida como um acontecimento/fato paralelo à conduta do


agente e que contribui para o resultado.

A concausa dependente é aquela que decorre da conduta do agente, dependendo da


conduta anterior.

Um exemplo seria o sujeito que dá uma facada em uma pessoa, que morre de hemorragia
interna. Ou seja, a hemorragia é uma concausa dependente da facada e que contribuiu para
resultado, sem ela a morte não teria acontecido.

DICA 109

CONCAUSAS INDEPENDENTES

A concausa, definida como acontecimento/fato paralelo à conduta do agente e que contribui


para o resultado, possui a classificação das concausas independentes absolutas e
relativas, além das concausas dependentes.

A concausa independente é um acontecimento imprevisível que se desdobra durante


o nexo causal e que corrobora para o resultado.

45
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

➢ A concausa ABSOLUTAMENTE independente rompe o nexo causal,


tornando-se a única responsável pelo resultado. Se, por exemplo, o sujeito
ministra veneno para o seu desafeto, mas antes de produzir efeito a pessoa
morre em razão de um tiro que levou de um terceiro e, que foi a causa efetiva
de sua morte, o sujeito responde pela tentativa de homicídio.

➢ A concausa RELATIVAMENTE independente apesar de um acontecimento


externo, o resultado origina-se da própria conduta do agente. Um exemplo
seria o sujeito que disfere um tiro no pé de uma pessoa que vem morrer, não
em decorrência do tiro, mas em decorrência de ser hemofílico e não suportar
grande perda de sangue.

DICA 110

CONCAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE SUPERVENIENTE QUE POR SI SÓ


PRODUZIU O RESULTADO

 VAMOS VER COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...

Art. 13. § 1º, CP - “A superveniência de causa relativamente independente exclui a


imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os praticou”.

O presente dispositivo possui três desdobramentos para a configuração do tipo penal:

➢ A Concausa relativamente independente apesar de um acontecimento externo


origina-se da própria conduta do agente;
➢ Superveniente a concausa ocorre após a conduta do agente; e
➢ Por si só produz o resultado significa que a causa superveniente por si só produziu
o resultado independendo do fato anterior mesmo que este tenha sido relevante para
a produção do resultado.
Se A desfere um tiro em B, que é socorrido por uma ambulância, e esta durante o trajeto
até o hospital se envolve em um acidente e B morre em decorrência do acidente de trânsito,
A responderá apenas por tentativa de homicídio.

Neste caso, a teoria da equivalência dos antecedentes é excepcionada.

(CEBRASPE (CESPE) - Oficial Bombeiro Militar (CBM DF)/2007)

... No que tange aos crimes hediondos e aos crimes contra a pessoa, julgue o item
que se segue.

Armando, tencionando matar João, disparou vários tiros contra o desafeto,


produzindo-lhe ferimentos graves. João foi socorrido por populares e levado ao
hospital, onde faleceu em virtude de infecção hospitalar advinda da intervenção

46
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

cirúrgica em virtude dos disparos. Nessa situação hipotética, Armando deve responder
por lesão corporal grave, pois não deu causa à morte de João.

( ) Certo

(X) Errado

(CEBRASPE (CESPE) - Procurador Federal/2004)

... No item a seguir, é apresentada situação hipotética, seguida de assertiva a se


julgada. Antônio, após ter sido ferido mortalmente por Pedro, foi transportado para
um hospital, onde faleceu em virtude de queimaduras provocadas em um incêndio.
Nessa situação, a causa provocadora da morte é relativamente independente em
relação à conduta de Pedro, que responderá apenas pelos atos praticados, ou seja,
por tentativa de homicídio.

(X) Certo

( ) Errado

DICA 111

QUADRO ESQUEMÁTICO – ART. 13 CÓDIGO PENAL

CONCAUSAS

Concausas Concausas
independentes dependentes

Absolutamente Relativamente
independentes independentes

Preexistentes Preexistentes
Não
responde Art. 13, caput, CP
pelo
Art. 13, caput, Concomitantes resultado Concomitantes
Responde
pelo
resultado
Supervenientes Supervenientes

Por si só Não produziu


produziu o o resultado
resultado por si só

Parágrafo 1º art. 13, CP

47
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 112

TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA


A teoria da imputação objetiva limita a aplicação da teoria da equivalência dos antecedentes.
A partir da análise do nexo causal, valora-se se a causa antecedente demonstra um risco
proibido ao bem jurídico tutelado, isto é, se a conduta criou um risco proibido para a
produção do resultado.
Neste caso, o resultado somente será imputado a pessoa que criou um risco
proibido ou, pelo menos, aumentou um risco proibido já existente, não sendo
possível a responsabilização penal por um comportamento socialmente aceito como
permitido.

VAMOS ANALISAR UMA QUESTÃO?!

... O indivíduo “B” descobre que a companhia aérea “X” é a que esteve envolvida no maior
número de acidentes aéreos nos últimos anos. O indivíduo “B” então compra, regularmente,
uma passagem aérea desta companhia e presenteia seu pai com esta passagem, pois tem
interesse que ele morra para receber sua herança. O pai recebe a passagem e durante o
respectivo voo ocorre um acidente aéreo que ocasiona sua morte. Diante dessas
circunstâncias, é correto afirmar que

a) o indivíduo “B” será responsabilizado pelo crime de homicídio culposo se for demonstrado
que o piloto do avião em que seu pai se encontrava agiu com culpa no acidente que o
vitimou.

b) o indivíduo “B” será responsabilizado pelo crime de homicídio doloso se for demonstrado
que o piloto do avião em que seu pai se encontrava agiu com culpa no acidente que o
vitimou.

c) o indivíduo “B” será responsabilizado pelo crime de homicídio culposo, tendo em vista
que sem a sua ação o resultado não teria ocorrido.

d) o indivíduo “B” não praticou e não poderá ser responsabilizado pelo crime de homicídio.
RESPOSTA!

e) o indivíduo “B” será responsabilizado pelo crime de homicídio doloso, tendo em vista que
sem a sua ação o resultado não teria ocorrido.

No caso acima, o sujeito não pode ser punido por uma conduta socialmente aceita como
permitida.

DICA 113

DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA

Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial,


instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
*A pena é AUMENTADA de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome
suposto.

48
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

*A pena é DIMINUÍDA de metade, se a imputação é de prática de contravenção.


DICA 114

COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO

Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou


de contravenção que sabe não se ter verificado:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

DICA 115

DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA X COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE


CONTRAVENÇÃO

A diferença alarmante entre esses dois tipos penais é que na denunciação caluniosa o
agente tem a INTENÇÃO DE PREJUDICAR A VÍTIMA, IMPUTAR-LHE UM FATO QUE
NÃO PRATICOU. No segundo tipo, o agente NÃO IMPUTA o fato a alguém, apenas
comunica falsamente a ocorrência de crime ou contração, sabendo que tais
infrações não ocorreram.

DICA 116

PECULATO:
Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel,
público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de DOIS A DOZE ANOS, e multa.
Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
ATENÇÃO!

*Peculato-desvio: o agente já tem a posse do bem, em razão do cargo, e o desvia.


*Peculato-furto: o agente não tem a posse do bem, mas vale-se da facilidade
proporcionada em razão do cargo para furtar.

 VAMOS VER COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...

(Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: EMAP)


Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a administração pública.
“Constitui crime de peculato na modalidade de desvio a aplicação de recurso para o alcance
de finalidade diversa da prevista em lei, ainda que tal aplicação atenda ao interesse público.”
( ) Certo
(X) Errado

49
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

JUSTIFICATIVA... O tipo penal tratado na questão é o previsto no art. 315 do CP,


EMPREGO IRREGULAR DE VERBAS OU RENDAS PÚBLICAS!
Art. 315, CP - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida
em lei:

Pena - detenção, de um a três meses, OU multa.


DICA 117

FUNCIONÁRIO PÚBLICO
*Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
*Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em
entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço
contratada ou conveniada para a execução de ATIVIDADE TÍPICA da Administração
Pública.
*A pena será AUMENTADA DA TERÇA PARTE quando os autores dos crimes previstos no
CAPÍTULO DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL forem ocupantes de cargos em comissão ou de função
de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
DICA 118
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA

Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública,


valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

DICA 119

CONCUSSÃO X CORRUPÇÃO PASSIVA


CONCUSSÃO
Art. 316 - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.
PALAVRA-CHAVE: EXIGIR
ATENÇÃO! A Lei 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME) aumentou a pena desse delito.

REDAÇÃO ANTERIOR REDAÇÃO ATUAL

Art.316 (...) Art.316 (...)

Pena - reclusão, de 2 a 8 anos, e Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, e


multa. multa.

CORRUPÇÃO PASSIVA

50
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Art. 317 - SOLICITAR OU RECEBER, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,


ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
PALAVRA-CHAVE: SOLICITAR OU RECEBER
DICA 120

FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA

Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito,
contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito
policial, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
*As penas AUMENTAM-SE de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante
suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em
processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração
pública direta ou indireta.
*ATENÇÃO! O fato deixa de ser punível SE, ANTES DA SENTENÇA NO PROCESSO EM
QUE OCORREU O ILÍCITO, o agente se retrata ou declara a verdade.
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem a
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa,
negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
interpretação:
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.
*As penas AUMENTAM-SE de um sexto a um terço, se o crime é cometido com o fim de
obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo civil em que for
parte entidade da administração pública direta ou indireta.
DICA 121

NOS CRIMES DE FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA É CABÍVEL O CONCURSO


DE PESSOAS?

No crime de falso testemunho só CABE PARTICIPAÇÃO.

No crime de falsa perícia CABE PARTICIPAÇÃO E COAUTORIA.

DICA 122

DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS


(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)***


***FIQUEM LIGADOS NESSES CRIMES, POIS FAZEM PARTE DOS CRIMES CONTRA
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA!!!

AUMENTO DE DESPESA TOTAL COM PESSOAL NO ÚLTIMO ANO DO MANDATO OU


LEGISLATURA

51
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Art. 359-G, CP. Ordenar, autorizar ou executar ato que acarrete AUMENTO DE
DESPESA TOTAL COM PESSOAL, nos CENTO E OITENTA DIAS ANTERIORES ao final
do mandato ou da legislatura:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
DICA 123

DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS PÚBLICAS


(Incluído pela Lei nº 10.028, de 2000)

CONTRATAÇÃO DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO

Art. 359-A, CP. Ordenar, autorizar ou realizar operação de crédito, interno ou externo,
sem prévia autorização legislativa:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
🡪 INCIDE NA MESMA pena quem ordena, autoriza ou realiza operação de crédito, interno
ou externo:
I – COM INOBSERVÂNCIA de limite, condição ou montante estabelecido
em lei ou em resolução do Senado Federal;
II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o limite
MÁXIMO autorizado por lei.
DICA 124

DESCAMINHO

Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

*Incorre na mesma pena quem:

I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei;


II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descaminho;
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria
de procedência estrangeira que introduziu clandestinamente no País ou importou
fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no território
nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem;
IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de
atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira,
desacompanhada de documentação legal ou acompanhada de documentos que
sabe serem falsos.

*Equipara-se às atividades comerciais, para os efeitos do crime de descaminho, qualquer


forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, INCLUSIVE O
EXERCIDO EM RESIDÊNCIAS.

*A pena aplica-se EM DOBRO se o crime de descaminho é praticado em transporte


aéreo, marítimo ou fluvial.

52
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

 VAMOS VER COMO A BANCA CESPE JÁ COBROU...

(Ano: 2020 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PRF
- Policial Rodoviário Federal - Curso de Formação - 3ª Turma - 1ª Prova)

... Tanto o crime de contrabando quanto o crime de descaminho têm como fim específico a
regularidade fiscal.

( ) Certo

(X) Errado

JUSTIFICATIVA... DICA RÁPIDA!

Contrabando  Mercadoria PROIBIDA!

Descaminho  Existe sonegação de IMPOSTOS; irregularidade fiscal!

DICA 125

Atenção! Com relação ao crime de DESCAMINHO, apesar de se tratar de crime contra a


Administração Pública, é um crime que ataca especificamente a ordem tributária, por isso
STF e STJ admitem a aplicação do P. da Insignificância.

PATAMARES (JURISPRUDÊNCIA):

ATUALMENTE, TANTO STJ COMO STF têm como patamar R$ 20.000,00 (vinte mil
reais).
DICA BÔNUS

PREVARICAÇÃO

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo


contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu
dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

ATENÇÃO! Para a configuração do crime de prevaricação NÃO É NECESSÁRIO um ajuste


de vontade entre o agente do Estado e o beneficiário do seu ato.

53
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS

Art. 7º, CPP. Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado
modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que
esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.

A reprodução simulada dos fatos é realizada para entender a dinâmica criminosa, no


entanto, não pode contrariar a moralidade ou a ordem pública.

A presença do investigado é obrigatória, mas este não é obrigado a contribuir nem


participar da reprodução para não caracterizar a produção de prova contra si mesmo.

DICA 127
DILIGÊNCIAS DO DELEGADO

Estas diligências podem ser realizadas no decorrer do andamento do Inquérito Policial.

Art. 13, CPP. Incumbirá ainda à autoridade policial:

I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e


julgamento dos processos;

II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;

III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;

IV - representar acerca da prisão preventiva.

VAMOS ANALISAR UMA QUESTÃO?!

Nos literais e expressos termos do art. 13 do CPP, incumbe à autoridade policial, entre
outras funções:

A) providenciar o comparecimento do acusado preso, em Juízo, mediante prévia requisição.

B) manter a guarda de bens apreendidos e objetos do crime até o trânsito em julgado da


ação penal.

C) fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e


julgamento dos processos.

D) cumprir as ordens de busca e apreensão e demais decisões cautelares que tenha


requisitado.

E) servir como testemunha em ações penais quando arrolada por qualquer das partes.

54
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 128
REQUISIÇÃO DE DADOS CADASTRAIS

Art. 13-A, CPP. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no
art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239
da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro
do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos
do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações
cadastrais da vítima ou de suspeitos.

Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
conterá:

I - o nome da autoridade requisitante;

II - o número do inquérito policial; e

III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.

A requisição de dados e informações cadastrais pelo delegado de polícia ou membro do MP


pode ser feita no rol taxativo de crimes apresentados no dispositivo do art. 13-A. São
eles:

➢ Art. 148 - Sequestro e cárcere privado;


➢ Art. 149 - Redução à condição análoga à de escravo;
➢ Art. 149-A - Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou
acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a
finalidade de remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; submetê-la a trabalho
em condições análogas à de escravo; submetê-la a qualquer tipo de servidão; adoção
ilegal ou exploração sexual;
➢ Art. 158, §3º - Extorsão mediante restrição da liberdade da vítima (sequestro
relâmpago);
➢ Art. 159 - Extorsão mediante sequestro;
➢ Art. 239 do ECA - Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de
criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou
com o fito de obter lucro.

ATENÇÃO! A requisição de dados cadastrais pode ser feita tanto para a vítima como
suspeitos, independentemente de ordem judicial do Juiz.

A negativa da entrega dessas informações incorre em crime previsto no art. 21 da


Lei nº 12.850/13 (obstrução de justiça).

DICA 129
REQUISIÇÃO DE DADOS DE LOCALIZAÇÃO

Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao


tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão
requisitar, mediante AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, às empresas prestadoras de serviço
de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios
técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da
vítima ou dos suspeitos do delito em curso.

55
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

ATENÇÃO! Nos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o MP ou o delegado de polícia


podem requisitar dados de localização tanto da vítima quanto do suspeito, mediante
ordem judicial às empresas de dados telefônicos e telemáticos.

A negativa da entrega dessas informações incorre em crime previsto no art. 21 da


Lei nº 12.850/13 (obstrução de justiça).

DICA 130
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL

Uma das características do inquérito policial é de que ele não produz provas, é um
procedimento de caráter relativo. Isto porque entre os requisitos da produção de prova
está a judicialidade, o contraditório e a ampla defesa.

Este, na verdade, produz elementos de informação e servem principalmente para


convencer o Ministério Público dos indícios de autoria e materialidade do crime.

Neste sentido, o inquérito policial não embasa condenação, salvo se for para absolver.

DICA 131
EXCEÇÃO AO VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL

NAS DICAS JÁ TRATAMOS DO ARTIGO 155 do Código de Processo Penal “O juiz formará sua
convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas”.

CONTUDO... VAMOS DESTRINCHAR as exceções?!

Como dito acima, as exceções ao valor probatório do inquérito policial, isto é, que são
colhidos na investigação criminal e PODEM EMBASAR CONDENAÇÃO são:

➢ Provas cautelares: provas que necessitam de urgência e podem se perder no


processo. Exemplo: interceptação telefônica.
➢ Provas irrepetíveis: diligências que em razão de sua complexidade não são
repetidas no processo (Perícias)
➢ Provas antecipadas: Possuem risco de não poderem ser realizadas futuramente,
como a oitiva de testemunhas com idade avançada.

***Nestes casos, o contraditório é diferido/postergado.

DICA 132
VÍCIOS NO INQUÉRITO POLICIAL

Os vícios presentes no inquérito policial não anulam o inquérito, tampouco contaminam


a ação penal, VEZ QUE SE TRATA DE PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL, ISTO É,
DESNECESSÁRIO PARA A PROPOSITURA DA AÇÃO PENAL.

***Além disso, o Ministério Público pode utilizar apenas parte do inquérito para embasar a
denúncia. SABIAM?!

56
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

 E A BANCA CESPE COBRA...

(Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-RR Prova: CESPE / CEBRASPE - 2003 -
PC-RR - Agente Carcerário)

Vícios formais verificados no inquérito policial ensejam a nulidade da respectiva ação penal.

( ) Certo

(X) Errado ... SIMPLES ASSIM...

DICA 133
INQUÉRITOS EXTRAPOLICIAIS

Os inquéritos extrapoliciais tratam-se das investigações de crimes por autoridades distintas


da Polícia Judiciária.

➢ Inquéritos Militares: são presididos por Oficiais Militares de Carreira.


➢ Inquéritos Parlamentares: presididos pelos parlamentares através de CPIs
(Comissão Parlamentar de Inquérito)
➢ Inquérito Judicial: presididos pelo Presidente do Tribunal
➢ Inquéritos Ministeriais: presididas por membro do Ministério Público.

DICA 134

INQUÉRITO MINISTERIAL

O inquérito MINISTERIAL, diferente do policial, é presidido por Membro do Ministério


Público.

O STF reconheceu a legitimidade do Ministério Público para promover, por


autoridade própria, investigações de natureza penal, mas ressaltou que essa
investigação deverá respeitar alguns parâmetros (requisitos), segundo a teoria dos
poderes implícitos.

O Inquérito policial e o inquérito ministerial conviverão harmonicamente. Nada


impede que o presidente do Inquérito Ministerial ofereça a denúncia, ainda que para ele
mesmo.

DICA 135

NO SENTIDO DA DICA ACIMA, A SÚMULA 234 DO STJ PACIFICOU O ENTENDIMENTO DE


QUE “A PARTICIPAÇÃO DE MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA FASE INVESTIGATÓRIA
CRIMINAL NÃO ACARRETA O SEU IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO PARA O
OFERECIMENTO DA DENÚNCIA”.

DICA 136

DOCUMENTOS HÁBEIS A DAR ABERTURA AO INQUÉRITO

São documentos hábeis a dar abertura ao inquérito a portaria, o ofício e o auto de prisão
em flagrante:

57
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

Requerimento Portaria
Requisição Ofício
Representação Ofício
Delação Portaria
Flagrante Auto de Prisão em Flagrante

DICA 137

PRAZOS RELACIONADOS A REQUISIÇÃO DE DADOS DE LOCALIZAÇÃO

Nos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o MP ou o delegado de polícia podem


requisitar dados de localização TANTO DA VÍTIMA QUANTO DO SUSPEITO, mediante
ordem judicial às empresas de dados telefônicos e telemáticos.

➢ Como depende da autorização do juiz, este tem 12 horas para expedir o mandado.
Não atendido o prazo, o delegado pode realizar a diligência mediante comunicação.
➢ O inquérito policial deve ser instaurado no prazo máximo de 72 horas quando
envolver a diligência de identificação de sinal.
➢ O acesso aos dados de localização requisitada pela autoridade policial ou MP as
empresas de telecomunicação tem o prazo máximo de 30 dias podendo ser
prorrogada por mais 30.
➢ O prazo acima pode ser aumentado mediante autorização judicial.

Art. 13-B, CPP. § 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal:

I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá


de autorização judicial, conforme disposto em lei;

II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não
superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período;

III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação
de ordem judicial.

§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo
máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência
policial.

§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade


competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações
e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados
– como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos
suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.

DICA 138

Art. 243, CPP. O MANDADO DE BUSCA deverá:

I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e


o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o
nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;

II - mencionar o motivo e os fins da diligência;

58
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.

§ 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca.

§ 2o Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado,


salvo quando constituir elemento do corpo de delito.

DICA 139

A BUSCA PESSOAL independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver


fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis
que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca
domiciliar.

DICA 140

A BUSCA EM MULHER será feita POR OUTRA MULHER, se não importar retardamento
ou prejuízo da diligência.

59
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

Sequências numéricas

- caso os números estejam aumentando, você pode buscar uma regra relacionada com
operações de SOMA ou de MULTIPLICAÇÃO, ou mesmo as duas coisas juntas;

- caso os números estejam diminuindo, você pode buscar uma lógica envolvendo
SUBTRAÇÕES ou DIVISÕES, ou mesmo as duas coisas juntas.

- considere a possibilidade de que a lógica da sequência tenha relação com a sonoridade,


com a formação dos números, com os significados que os números possam passar etc.

- lembre-se: o padrão encontrado deve ser capaz de explicar TODA a sequência!

DICA 142

Sequências de letras e palavras

- busque uma lógica baseada na posição das letras no alfabeto;

- pense também que as letras podem representar as iniciais de palavras;

- quando as sequências vão pulando letras, é interessante observar quais e quantas letras
são puladas;

- nas sequências de palavras, tome cuidado para encontrar uma lógica que leve a uma
ÚNICA alternativa de resposta;

DICA 143

Princípio Fundamental da Contagem

FÓRMULA

Possibilidades 1 x
Possibilidades 2 x ... x
Possibilidades n

Usar em eventos sucessivos e independentes, o total de maneiras deles acontecerem é a


multiplicação das possibilidades de cada evento.

DICA 144

Para negar uma proposição composta pelo conectivo “ou”, negue os componentes e troque
o conectivo pelo “e”.

Para negar uma proposição composta pelo conectivo “e”, negue os componentes e troque
o conectivo pelo “ou”.

60
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

DICA 145

Princípio da identidade

Se uma proposição qualquer é verdadeira, então ela é verdadeira.


"Cada coisa é aquilo que é." (Gottfried Leibniz)

O princípio da identidade afirma que uma proposição não pode ser “mais” verdadeira
do que outra. Não existem patamares de verdade. Na Lógica Aristotélica, todas as
proposições verdadeiras, assim como todas as proposições falsas, estão em um mesmo
nível.

61
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

INFORMÁTICA

DICA 146

Uma das funções do SGBD (sistema de gerenciamento de banco de dados) é realizar o


controle de acesso ao banco (ou base) de dados. Esse controle visa restringir o acesso
de pessoas não autorizadas a um determinado objeto (uma tabela específica, por exemplo),
a conjuntos de objetos ou até mesmo ao banco de dados inteiro.

DICA 147

Em sistemas gerenciados de banco de dados, a independência dos dados refere-se à


capacidade de modificar a estrutura lógica ou física do banco, sem a necessidade de
uma reprogramação dos programas de aplicativos.

DICA 148

O catálogo de um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional armazena a


descrição da estrutura do banco de dados e contém informações a respeito de cada
arquivo, do tipo e formato de armazenamento de cada item de dado e das restrições
relativas aos dados.

DICA 149

ASSERTIVA: O SGBD proporciona um conjunto de programas que permite o acesso aos


dados sem exposição dos detalhes de representação e armazenamento de dados, por
meio de uma visão abstrata dos dados, conhecida como independência de dados.

Em computação, quando falamos de abstração, estamos nos referindo a um conceito que


permite relevar os detalhes técnicos de um determinado conceito em favor de uma visão
mais ampla, mais próxima do contexto do usuário.

Assim, quanto maior o grau de abstração, menos detalhes intrínsecos às maquinas


e sistemas são levados em consideração. Nesse caso específico, em outras palavras, a
independência de dados é a característica de abstrair os detalhes da representação e
armazenamento dos dados. Não deixa de estar correto, já que o programa de aplicação
releva os detalhes da implementação do BD, trazendo assim a possibilidade de se realizar
alterações no banco sem precisar alterar o programa.

DICA 150

Classificando os atributos quanto à natureza do dado

São os tipos de atributos:

➢ Descritivos: atributos que são capazes de representar as características associadas a


um objeto, como por exemplo data de nascimento, idade, sexo...

➢ Nominativos: são aos atributos que também são descritivos, mas adicionalmente são
capazes de nomear ou identificar as entidades representadas. Ex.: nome, código de
matrícula, CPF, etc.

62
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

➢ Referenciais: são aqueles atributos que não pertencem à entidade propriamente dita,
mas estão associados a ela para fazer referência a alguma outra entidade. Isso vai servir
para permitir a realização de ligações entre as entidades.

DICA 151

Principais Elementos

➢ Relações

▪ Tabelas dos BDs relacionais, guardam dados estruturados;


▪ Coleção de tuplas, organizadas em linhas e colunas (tuplas e atributos);
▪ Grau: quantidade de atributos em uma relação, varia de 0-N;
▪ As tuplas em uma relação não têm uma ordem.

➢ Tuplas

▪ Todo atributo de uma tupla tem exatamente um valor para cada um de seus atributos;
▪ Na modelagem relacional, não há ordenação da esquerda para a direita nos componentes
de uma tupla, já que os conjuntos matemáticos não possuem ordenação;
▪ Contudo, para o SGBD, a ordem dos atributos em uma tupla tem algumas implicações,
não podendo ser considerada irrelevante;
▪ Todo subconjunto de uma tupla é uma tupla;
▪ O grau de uma tupla varia de 0-N, dado pela quantidade de atributos. É o mesmo grau da
relação da qual a tupla faz parte.

➢ Atributos

▪ Valores atômicos;
▪ Quando o atributo está ausente ou não se aplica: NULL;

➢ Domínio

▪ Todos os valores possíveis para um atributo;


▪ Forte relação com o tipo e tamanho dos dados;
▪ NULL não faz parte do domínio.

DICA 152

Chaves e Relacionamentos

➢ Chave Primária (PK)

▪ Valor que identifica unicamente uma tupla, selecionado dentre chaves candidatas;
▪ Não pode ser NULL;
▪ Pode ser chave natural ou substituta;
▪ Pode ser simples ou composta.

➢ Chave estrangeira (FK)

▪ Identifica unicamente um registro de outra tabela;

63
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

▪ Tem relação lógica geralmente com a PK da tabela referenciada, mas pode referenciar
outros atributos únicos (chaves candidatas);
▪ Se a participação da entidade não for total, atributos que compõem a chave estrangeira
podem ser NULL.

DICA 153

Relativo a noções de mineração de dados, big data e aprendizado de máquina. Pode-se


definir mineração de dados como o processo de identificar, em dados, padrões válidos,
novos, potencialmente úteis e, ao final, compreensíveis.

DICA 154

Um algoritmo comumente usado para se identificar as regras de associação é o Apriori.


Esse algoritmo funciona identificando os itens que são frequentes em um conjunto de dados,
e depois ir aumentando os tamanhos dos conjuntos. Para dizer se uma determinada
associação é “frequente” ou não, se utiliza justamente os valores de confiança e suporte,
comparados a um determinado padrão definido pelo usuário.

DICA 155

O aprendizado de máquina é uma parte da área de inteligência artificial que envolve a


utilização de um conjunto de técnicas e algoritmos com o objetivo de fazer o sistema
aprender a realizar determinada tarefa de maneira relativamente autônoma, permitindo
também a melhoria do desempenho nesta tarefa ao longo do tempo.

No aprendizado de máquina, o programador não define explicitamente todos os passos a


serem realizados na tarefa. Por exemplo, se considerarmos a tarefa da classificação, o
programador mostra alguns exemplos à máquina, mas é a máquina que vai analisar as
características dos dados e os exemplos para poder identificar quais são as regras e
padrões que estão implícitos ali. Uma vez realizado o aprendizado e identificados esses
padrões, a máquina irá criar um modelo capaz de classificar as demais ocorrências dos
dados de forma autônoma.

DICA 156

Técnicas de pré-processamento

Algumas tarefas de pré-processamento dos textos podem incluir algumas atividades, dentre
as quais podemos destacar:

• Tokenização: separar os textos em partes menores (por exemplo, separar parágrafos


em frases, frases em palavras individuais, etc.)

• Stemming: consiste na remoção dos afixos das palavras, transformando as palavras


derivadas na palavra original – por exemplo, a palavra “empobrecer” poderia ser convertida
“pobre”

• Lematização: consiste na remoção das flexões de uma palavra, transformando-a em seu


lema. Por exemplo: “estudei” e “estudava” retornariam à forma do verbo no infinitivo
“estudar”

64
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

• Remoção de stop words: stop words são palavras muito utilizadas que não trazem
muito significado para o texto, como vários artigos e preposições (ex.: “a”, “o”, “de”, “da”)

• Utilização de sinônimos: para transformar palavras com o mesmo significado em uma


• Outras transformações, que vão incluir a filtragem de termos irrelevantes, transformação


de números em formato textual, remover pontuações, parágrafos e outros elementos
estruturais, dentre outras que vão permitir eliminar tudo o que não contribui com o
significado do texto ou que atrapalha a realização da mineração

DICA 157

O FTP (File Transfer Protocol) é o protocolo da camada de aplicação usado para


transferência de arquivos de ou para um hospedeiro remoto.

Para acessar o hospedeiro remoto, o usuário autentica-se através de identificação e


senha e quando autorizado pelo servidor, copia um ou mais arquivos armazenados no
sistema de arquivo local para o sistema de arquivo remoto (ou vice-versa).

O FTP usa duas conexões TCP paralelas para transferir o arquivo:

▪ Conexão de dados: usada para efetivamente transferir o arquivo.


Utiliza a porta 20.

▪ Conexão de controle: usada para enviar informações de controle. Fala-se em


controle fora da banda. Usa a porta 21.

O servidor FTP mantém informações de estado sobre o usuário.

DICA 158

O DNS funciona da seguinte forma:

1. A aplicação que precisa traduzir um endereço chama o lado cliente do DNS,


especificando o nome de hospedeiro que precisa ser traduzido.

2. O DNS do hospedeiro do usuário assume o controle, enviando uma mensagem de


consulta para dentro da rede.

3. Após um atraso na faixa de milissegundos a segundos, o DNS no hospedeiro do


usuário recebe uma mensagem de resposta DNS fornecendo o mapeamento desejado,
que é, então, passado para a aplicação que está interessada.

DICA 159

O protocolo SNMP (Simple Network Management Protocol) é um protocolo da


camada de aplicação usado no gerenciamento da rede. Por meio deste protocolo
é possível obter informações de estado em diferentes nós da rede, permitindo
que os administradores da rede possam gerenciar e monitorar o desempenho dos
dispositivos (servidores, switches, roteadores).

65
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

O protocolo SNMP opera na porta UDP 161 por padrão. A porta UDP 162 é
denominada SNMPTRAP. Um trap SNMP é usado para reportar uma notificação ou
para outros eventos assíncronos sobre o subsistema gerido.

DICA 160

DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol) é o protocolo da camada de


aplicação para configuração dinâmica de host. Sua função principal é permitir a
atribuição automática de endereços IP. O servidor DHCP é responsável por oferecer
informações de configuração de hosts. Ele também pode ser usado para definir
informações acerca dos hosts, como a configuração de endereços IP fixos. O DHCP
utiliza a porta UDP 67 para requisições e a UDP 68 para respostas.

DICA 161

O Telnet é o protocolo da camada de aplicação cuja função é proporcionar acesso


remoto. Por meio deste protocolo, é possível acessar uma máquina remotamente (à
distância, via rede) e executar comandos como se a estivesse operando diretamente.

A máquina acessada é o servidor (executa o protocolo como um servidor), e a máquina


que realiza o acesso é o cliente. É um clássico uso do modelo cliente-servidor de uma
rede.

DICA 162

O SSH (Secure Shell) é o protocolo da camada de aplicação que também possui a


função de acesso remoto, como o Telnet. Porém, com uma funcionalidade adicional
de criptografia, proporcionando um degrau de segurança na comunicação.

O protocolo SSH possui outra funcionalidade muito importante, a capacidade de


realizar tunelamento. Tunelamento trata-se da criação de um túnel entre dois
pontos, por meio do qual é possível redirecionar dados. Por meio de um túnel, um
usuário de fora da rede é capaz de acessá-la de modo seguro, utilizando a infraestrutura
da Internet para fazê-lo.

DICA 163

O SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) é o protocolo da camada de aplicação


que atua diretamente na aplicação de correio eletrônico. Este protocolo é usado para
envio de correio e troca de mensagens entre servidores de correio.

A troca de mensagens entre servidores de correio ocorre por meio de uma conexão
TCP. Esta função permite a comunicação entre os servidores de correio dos usuários
que trocam mensagens, o transmissor e o destinatário.

DICA 164

O POP3 (Post Office Protocol) é o protocolo da camada de aplicação também usado


na aplicação de correio eletrônico. É um protocolo de acesso de correio extremamente
simples, para busca de mensagens no servidor de email. Este protocolo utiliza as
portas TCP 110 (porta padrão) ou TCP 995 (conexão criptografada via SSL).

O POP3 permite que todas as mensagens contidas numa caixa de correio eletrônico
possam ser transferidas sequencialmente para um computador local. Após

66
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

buscar as mensagens a conexão pode ser desfeita, procedendo-se à leitura das


mensagens sem precisar estar conectado ao servidor. Como é necessário realizar o
download das mensagens, esse protocolo é muitas vezes referenciado como protocolo
offline.

O POP3 não fornece meios para criar pastas remotas e designar mensagens a pastas.
Ademais, o servidor POP3 mantém alguma informação de estado; em particular,
monitora as mensagens do usuário marcadas para apagar. Contudo, não mantém
informação de estado entre sessões POP3.

DICA 165

O IMAP (Internet Message Access Protocol) é um protocolo da camada de


aplicação também para acesso a correio eletrônico, porém com mais recursos que
o POP3. Utiliza, por padrão, as portas TCP 143 ou 993 (conexão criptografada via
SSL).

Um servidor IMAP associa cada mensagem a uma pasta. Quando uma mensagem
chega a um servidor pela primeira vez, é associada a pasta INBOX (ENTRADA) do
destinatário, que, então, pode transferir a mensagem para uma nova pasta criada por
ele, lê-la, apagá-la e assim por diante.

DICA 166

O TCP (Transmission Control Protocol) é um protocolo da camada de transporte,


que juntamente com o protocolo IP, forma a base da Internet.

Sua função principal é oferecer comunicação confiável entre origem e destino.


Isso envolve controle de erros fim a fim, controle de fluxo fim a fim e controle de
congestionamento.

DICA 167

As características fundamentais do TCP são:

▪ Orientado à conexão: a aplicação envia um pedido de conexão para o destino e usa


a "conexão" para transferir dados.

▪ Ponto a ponto: uma conexão TCP é estabelecida entre dois pontos.


▪ Confiabilidade: o TCP usa várias técnicas para proporcionar uma entrega confiável
dos pacotes de dados que, dependendo da aplicação, gera uma grande vantagem que
tem em relação ao UDP.

▪ Full duplex: é possível a transferência simultânea em ambas direções (cliente-


servidor) durante toda a sessão.

▪ Entrega ordenada: a aplicação faz a entrega ao TCP de blocos de dados com um


tamanho arbitrário num fluxo (ou stream) de dados, tipicamente em octetos.

▪ Controle de fluxo: o TCP usa o campo janela ou window para controlar o fluxo.

67
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 05

▪ Controle de congestionamento: baseado no número de mensagens de


reconhecimentos ACK (=Acknowledgement) recebidos pelo remetente por unidade de
tempo calculada com os dados do tempo de ida e de volta, ou em inglês RTT (Round
Trip Travel), o protocolo prediz o quanto a rede está congestionada e diminui sua
taxa de transmissão de modo que o núcleo da rede não se sobrecarregue.

68
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

1
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 06.

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 Disponível Imediatamente
Rodada 05 Disponível Imediatamente
Rodada 06 Disponível Imediatamente

Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

2
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


CONTABILIDADE GERAL ............................................................................................... 14
ESTATÍSTICA ....................................................................................................................... 19
LEGISLAÇÃO ESPECIAL ................................................................................................. 21
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................... 30
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL............................................................ 36
NOÇÕES DE DIREITO PENAL ...................................................................................... 44
NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL ....................................................... 52
RACIOCÍNIO LÓGICO ..................................................................................................... 58
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 60

3
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
Trocas possíveis com o pronome relativo:

- Que: o qual, a qual (plural).


- A que: ao qual, à qual (plural).
- Onde: em que, no qual, na qual (plural)
- De que: do qual, da qual (plural).
- Por que: pelo qual, pela qual (plural)
DICA 02
MACETE:
PAVE - "Pois" antes do verbo tem ideia de Explicação

PDVC - "Pois" depois do verbo tem função Conclusiva

DICA 03
DISCURSO DIRETO
- NÃO HÁ NARRADOR.
- É introduzido por VERBOS QUE ANUNCIAM A FALA DO PERSONAGEM (verbos de
dizer). Ex.: disse, falou, murmurou.
- Geralmente, antes da fala do personagem apresenta-se TRAVESSÃO OU DOIS PONTOS.
- PRONOMES, PALAVRAS DEPENDENTES DE SITUAÇÃO E TEMPOS VERBAIS SÃO
DETERMINADOS PELO CONTEXTO, BEM COMO USADOS LITERALMENTES.
DICA 04

DISCURSO INDIRETO
- Aquele em que o NARRADOR enuncia a fala.
- É introduzido por VERBO DE DIZER (dizer, responder, falar, afirmar, retrucar).
- Vem separado da fala do narrador por uma PARTÍCULA INTRODUTÓRIA, geralmente
as conjunções “se” ou “que”.
- PRONOMES, PALAVRAS DEPENDENTES DE SITUAÇÃO E TEMPOS VERBAIS SÃO
DETERMINADOS PELO CONTEXTO DO NARRADOR E O VERBO OCORRE NA 3ª
PLURAL.
DICA 05

DISCURSO INDIRETO LIVRE


- NÃO SE CONSEGUE OBSERVER os limites entre as falas do narrador e a do personagem.
- EXCLUI os verbos de dizer e a partícula introdutória.

4
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 06

DISCURSO DIRETO X DISCURSO INDIRETO X DISCURSO INDIRETO LIVRE


- DISCURSO DIRETO → CRIAÇÃO DE UM EFEITO DE VERDADE – IMPRESSÃO DE
PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE DO DISCURSO.
- DISCURSO INDIRETO → ELIMANAÇÃO DE ELEMENTOS EMOCIONAIS OU
AFETIVOS – DEPREENDE-SE APENAS O QUE O PERSONAGEM DIZ E NÃO “COMO DIZ”
(OBJETIVIDADE ANALÍTICA)
- DISCURSO INDIRETO LIVRE → MESCLA A FALA DO NARRADOR COM A DO
PERSONAGEM (subjetividade e objetividade). *PONTO DE VISTA GRAMATICAL: o
discurso é do narrador. *PONTO DE VISTA DO SIGNIFICADO: o discurso é do
personagem.
DICA 07

TOME NOTA! Quando se compara duas qualidades do mesmo ser, pode-se empregar
as formas “mais grande”, “mais bom”, “mais mau”.
Ex.: Leandro é mais bom do que mau.
DICA 08
NUNCA MAIS ERREM!
Em se tratando de adjetivos derivados de substantivo abstrato pelo acréscimo de sufixo,
apontando a característica de quem apresenta/carrega aquela “coisa” denominada pelo
substantivo – estaremos diante do sufixo – OSO (masculino) ou OSA (feminino), os
quais serão grafados com “S”.
Ex.1: gosto (substantivo abstrato) / gostoSo (adjetivo)
Ex.2: honra (substantivo abstrato) / honroSo (adjetivo)
DICA 09
AO ENCONTRO DE (FAVORÁVEL) X DE ENCONTRO A (CONTRÁRIO)
A minha opinião foi ao encontro da sua. (CONCORDEI).
A minha opinião foi de encontro à sua. (DISCORDEI).
DICA 10

DICAS SOBRE SUJEITO

→ Não pode ser preposicionado;


→ Não pode ser separado do predicado por vírgula;
→ Pode vir posposto (depois) ao verbo;
→ Para identificá-lo, usa-se O QUE? ou QUEM?;
→ Pode ser representado por NOME (tem que ter substantivo), PRONOME ou
ORAÇÃO (tem que ter verbo).

5
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 11

AFIM X A FIM

(Afinidade) (Finalidade)
Ex.: Maria e Luiza possuem ideias afins. (AFIM = ADJETIVO, o qual qualifica algo ou
alguém que possui semelhança, afinidade, proximidade)

Ex.2: Saí rápido a fim de não perder o compromisso. (A FIM = locução prepositiva, a qual
significa “com a finalidade de”, “com o desejo de”, “com o objetivo de”)

DICA 12
ONDE X AONDE X DONDE

ONDE
- Indica permanência.
Ex.: o vocábulo “ONDE”, no trecho “o lugar onde nós vivemos juntos” pode ser substituído
por “EM QUE”.
Ex.: Onde você esteve?

ONDE X AONDE

- ONDE: é utilizando nas hipóteses em que os verbos pedem a preposição “EM”

Ex.: Onde ele mora? Ele mora em Natal.

- AONDE: é utilizando nas hipóteses em que os verbos pedem a preposição “A”


- Indica movimento para algum lugar.

Ex.: Aonde você vai com tanta pressa? (Quem vai, vai a algum lugar)

DONDE

- indica o lugar de origem = DE ONDE.


Ex.: Donde vêm aqueles passageiros?
DICA 13

VERBO NAMORAR
ATENÇÃO! O verbo namorar NÃO ACEITA a preposição “com”.
Namorar→ VTD, não aceita com.
EX. Namora o rapaz mais jovem.
DICA 14

PORQUE X POR QUE X POR QUÊ X PORQUÊ

* Considerações gerais:

6
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

1) Toda vez que houver relação de causa/efeito, mesmo se houver


pergunta, emprega-se PORQUE (junto sem acento).
2) Se houver determinante (artigo, pronome, numeral), emprega-se
PORQUÊ (junto com acento).
3) Nos demais casos, emprega-se POR QUE (separado) no meio da frase e
POR QUÊ (separado com acento) no fim da frase.

Tipos Características

PORQUE -Conjunção causal/ explicativa


(=pois) (introduz uma explicação ou causa
da oração anterior)
-Une orações
-Estabelece relação de causa e
efeito
Ex.: Isso acontece porque as
pessoas não se previnem. (= pois)

PORQUÊ -Substantivo
(=motivo, razão) -Admite plural
- Acompanhado de artigo
Ex.: Eu fiz isso, mas não sei o
porquê.

POR QUE -advérbio interrogativo: usado em


(=por que razão) pergunta direta(?) ou indiretas (.),
ou seja com pontuação ou não.
ou
-locução pronominal: (tem valor
de pelo qual, pela qual ...) - Por
(preposição) + Que (pronome
relativo), equivalente a pelo qual,
pela qual.
Ex.: - Por que você não foi à igreja
ontem? (por qual motivo, pode ser
substituído)
- Não sei por que você se foi. (por
que motivo)
- Só eu sei as tristezas por que
passei. (pelas quais passei)

POR QUÊ - Mesmas hipóteses acima citadas,


quando ocorre em final de
período.
Ex.: - Você saiu, por quê?
- Você saiu e eu não sei por quê.

7
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 15

ADJUNTOS ADVERBAIS: São palavras ou expressões que exprimem circunstâncias.

✓ Podem ser representados por advérbios ou locuções adverbiais. Os advérbios


são invariáveis. As locuções adverbiais podem variar. Quando é representado por
advérbio, a palavra é invariável. Ex.: Hoje, amanhã. As locuções adverbais
podem modificar.

✓ Os adjuntos adverbiais podem acompanhar qualquer tipo de verbo.

✓ Nem sempre é possível categorizá-los. Obs.: Os principais tipos de adjunto


adverbiais: lugar, tempo, modo, causa, finalidade, dúvida, negação, afirmação,
intensidade, companhia, concessão, conformidade, meio, instrumento ... →
REPITA-SE: Nem todo adjunto adverbial tem categorização!!!

✓ Adjuntos adverbiais admitem perguntas: ONDE, COMO, POR QUE, PARA QUE ...

Ex.1: Ele (sujeito), morreu (verbo intransitivo) no rio de janeiro (adjunto adverbial
de lugar), às 20 horas (adjunto averbial de tempo), de tuberculose (adjunto averbial
de causa), com a mão no coração (adjunto averbial de modo).

Ex.2: Ela (sujeito) encontrou (VTD) no local (adjunto adverbial de lugar) o rapaz (OD)
na hora marcada (adjunto adverbial de tempo).

Ex.3: ela (sujeito) estava entre amigos. (→ trata-se de circunstância → adjunto


adverbial).

DICA 16

PREDICATIVOS: Podem acompanhar qualquer tipo de verbo. Exprimem qualidade,


característica ou estado. Podem ser representados por: adjetivos, pronome, numerais,
substantivos, ou locuções adjetivas. Podem se referir tanto ao sujeito quanto ao objeto.

Ex.1: A vida é isso.

Sujeito VL predicativo

Ex.2: Somos quatro.

VL predicativo do sujeito

Sujeito: nós

Ex.3: Ela encontrou os pais nervosos (predicativo objeto direto)

sujeito VTD OD predicativo OD

8
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Ex.4: Ela (SUJEITO) encontrou (VTD) os pais (OD) nervosa (predicativo do


sujeito)

Ex.5: Ele é um banana

Sujeito VL classe: substantivo (precedido por artigo)

Predicativo do sujeito → valor substancial

*Diferente de:

Ex.6: Homem banana está na moda

adjetivo VI Adjunto adverbial

sujeito

DICA 17

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE O COMPLEMENTO NOMINAL E O


ADJUNTO ADNOMINAL

1ª: - O adjunto adnominal só se refere a substantivos (concreto ou abstratos)

- O complemento nominal refere-se a substantivos abstratos, adjetivos e


advérbios.

2ª: - O adjunto adnominal pratica a ação expressa pelo nome a que se refere.

- O complemento nominal recebe a ação expressa pelo nome a que se refere.

3ª: - O adjunto adnominal pode indicar posse.

- O complemento nominal nunca indica posse.

DICA 18

VAMOS ESCLARECER MAIS...


COMPLEMENTO NOMINAL X ADJUNTO ADNOMINAL

9
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Há preposição?
NÃO → ADJUNTO ADNOMINAL, ele pode ser preposicionado.
SIM → tem que ver qual é a classe do antecedente?

 É Substantivo concreto → ADJUNTO ADNOMINAL.


 É Substantivo abstrato (SENTIMENTO, AÇÃO, QUALIDADE, ESTADO - SAQE) → tem
que analisar se ele (o substantivo) é agente ou paciente.

AGENTE → adjunto adnominal.

PACIENTE→ complemento nominal.

 Sendo Adjetivo ou Advérbio é COMPLEMENTO NOMINAL.

Ex.1: Amor de mãe é essencial à vida.


s.abst → agente→ a. adn complemento nominal
- “de mãe” → tem preposição? Sim → de → olha o antecedente → amor → substantivo
abstrato → é agente → adjunto adnominal.
- “à vida” → tem preposição? Sim → à → olha o antecedente → essencial → adjetivo
→ complemento nominal.

***OBS: sufixos de adjetivos: AL, oso/osa, es/esa, vel, TE

Ex.2: Amor à mãe é bênção de Deus.

- “à mãe” → tem preposição? Sim → à → olha o antecedente → amor →subst.. abstrato


→ paciente → complemento nominal.
- “de deus” → tem preposição? Sim → de → olha o antecedente → benção →
substantivo abstrato → agente → adjunto adnominal.

Ex.3: A crítica do diretor foi severa.


“do diretor”→ tem preposição? Sim → do → olha o antecedente → crítica → substantivo
abstrato → agente → adjunto adnominal.
DICA 19

A PAR X AO PAR

*A PAR – QUER DIZER INFORMADO, INTEIRADO, CIENTE.


Ex.: Mantenha-me a par de tudo o que está acontecendo.

*AO PAR - QUER DIZER EM DUPLA, DE DOIS EM DOIS. É uma expressão também
utilizada para indicar relação de equivalência ou igualdade entre valores
financeiros (geralmente em operações cambiais).

10
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Ex.: As pessoas chegavam, ao par, à festa de casamento.

Ex.2: As moedas fortes mantêm o câmbio praticamente ao par.


DICA 20

- HÁ X A

*Há: é empregado para indicar “EXISTÊNCIA” ou “TEMPO PASSADO”.

Ex.1: Há pessoas no prédio.


Ex.2: Há anos não fumo.

*A: é empregado para indicar “TEMPO FUTURO”, “MEDIDA” ou “DISTÂNCIA”.

Ex.1: Chegarei daqui a três meses.


Ex.2: Minha casa fica a seis quilômetros daqui.

DICA 21

ATENÇÃO!
*A palavra “Quotidianamente” não foi abolida da ortografia oficial brasileira, podendo
substituir “cotidianamente”.
*Quotidiano é mais utilizado em Portugal, pois no Brasil, é mais comum o uso de cotidiano.
 Ambas as palavras têm o mesmo significado (referem-se a acontecimentos comuns que
se sucedem todos os dias).

 E A BANCA CESPE JÁ COBROU...

(Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGM - Campo Grande - MS Prova: CESPE -
2019 - PGM - Campo Grande - MS - Procurador Municipal)
... Seria INCORRETO o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente”
(ℓ.4), pois aquela forma foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa.
( ) Certo
(X)Errado, É A RESPOSTA CONFORME EXPLICAÇÃO ACIMA!
DICA 22

EXEMPLO DE PALAVRAS QUE ADMITEM DUPLA GRAFIA:


*Assobiar ou assoviar;
*Chipanzé ou chimpanzé;
*Cota ou quota;
*Estalar ou estralar;
*Marimbondo ou maribondo;
*Toicinho ou toucinho;

11
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

*Assoprar ou soprar;
*Enfarte ou Infarto ou Infarte;
*Taberna ou Taverna;
*Catorze ou Quatorze;
*Aluguel ou aluguer.
DICA 23

DICAS PARA DOCUMENTOS OFICIAIS

IMPESSOALIDADE (você irá falar em nome de uma Administração Pública)

MORALIDADE (atender ao padrão de ética)

PUBLICIDADE (deve ser acessível à coletividade)

EFICIÊNCIA – CLAREZA (orações curtas, expressões simples, ordem direta, vocabulário


simples, mas não pobre, evitar o que já foi direto através de pronomes, conectivos
adequados (preposições e conjunções)

OBJETIVIDADE – NÃO COLOCAR detalhes desnecessários, EVITAR adjetivos, advérbios


e períodos compostos.

CONCISÃO – (cortar o que é desnecessário, SER MAIS BREVE) → A concisão é uma


qualidade da redação oficial que atende ao princípio da economia linguística, segundo
o qual se deve reduzir ao mínimo de palavras possível o conteúdo a ser comunicado,
evitando-se redundâncias ou trechos inúteis.

NORMA CULTA – Gramática. ATENÇÃO! O Manual de Redação da Presidência da


República (MRPR) NÃO ESTABELECE UM PADRÃO OFICIAL DE LINGUAGEM, O QUE
SE DEVE OBSERVAR SÃO AS REGRAS DA GRAMÁTICA (NORMA CULTA).

DICA 24

Com base no MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA (MRPR),


emprega-se os fechos:

• RESPEITOSAMENTE → Autoridades de hierarquia superior à do


remetente, inclusive o Presidente da República.
• ATENCIOSAMENTE → Autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia
inferior ou demais casos.

ATENÇÃO! Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a


AUTORIDADES ESTRANGEIRAS, que atendem a rito e tradição próprios.

DICA 25

NÃO CAIR NESSAS PEGADINHAS!

• CORDIALMENTE → NÃO É USADA MAIS para encerrar redações oficiais.


• DIGNÍSSIMO → NÃO É USADO MAIS (Dignos, todos devem ser, principalmente
quem exerce uma função pública.

12
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA BÔNUS

ATENÇÃO! O Manual de Redação da Presidência da República (MRPR) NÃO


estabelece o padrão oficial de linguagem!!!

Não existe um padrão OFICIAL de linguagem = O que existe é um padrão CULTO da


língua.

DICA BÔNUS

ATENÇÃO! Antes, utilizava-se:

a) aviso: era expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma
hierarquia;

b) ofício: era expedido para e pelas demais autoridades; e

c) memorando: era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão.

HOJE!!! NÃO CAIR NA PEGADINHA! Passou-se a utilizar o termo OFÍCIO nas três
hipóteses.

13
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

CONTABILIDADE GERAL

DICA 26

Transformação, Incorporação, Fusão e Cisão

De acordo com o art. 226 da Lei das S/A, “as operações de incorporação, fusão e cisão
somente poderão ser efetivadas nas condições aprovadas se os peritos nomeados
determinarem que o valor do patrimônio ou patrimônios líquidos a serem vertidos para a
formação de capital social é, ao menos, igual ao montante do capital a realizar.

→ Incorporação: uma ou mais sociedades são absorvidas por outra.

→ Fusão: duas ou mais sociedades se unem para formar uma nova.

→ Cisão: a companhia transfere parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades,
constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver
versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.

DICA 27

CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis – item 73

“73. Se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário, para refinanciar


ou substituir (roll over) uma obrigação por pelo menos doze meses após a data do
balanço segundo dispositivo contratual do empréstimo existente, deve classificar a
obrigação como não circulante, mesmo que de outra forma fosse devida dentro de
período mais curto.

Contudo, quando o refinanciamento ou a substituição (roll over) da obrigação não


depender somente da entidade (por exemplo, se não houver um acordo de
refinanciamento), o simples potencial de refinanciamento não é considerado
suficiente para a classificação como não circulante e, portanto, a obrigação é
classificada como circulante”.

Portanto, conforme o CPC 26, se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário,
para refinanciar ou substituir (roll over) uma obrigação por pelo menos doze meses após a
data do balanço segundo dispositivo contratual do empréstimo existente, deve classificar a
obrigação como não circulante, mesmo que de outra forma fosse devida dentro de período
mais curto.

Passivo circulante → dívida até 12 meses do balanço.

Passivo não circulante → dívida após 12 meses do balanço.

DICA 28

CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis – item 58

“58. A entidade deve julgar a adequação da apresentação de contas adicionais


separadamente com base na avaliação:
(a) da natureza e liquidez dos ativos;
(b) da função dos ativos na entidade; e

14
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

(c) dos montantes, natureza e prazo dos passivos”.

Neste sentido, para avaliar a conformidade da apresentação das contas de forma separada
no balanço patrimonial, a entidade deve utilizar os seguintes critérios: a natureza e a
liquidez dos ativos; a função dos seus ativos; e os montantes, a natureza e o prazo
dos passivos.

DICA 29

Lei n.º 6.404/1976 – Lei das Sociedades por ações

A Lei nº 6.404/76 aplica-se a sociedades por ações, que podem ser sociedades anônimas
ou sociedade em comandita por ações. Aplica-se a todas as companhias ou
sociedades anônimas, independentemente de suas ações serem, ou não,
comercializadas em bolsa de valores.

Por força da Lei nº 11.638/07, a Lei das S/As aplica-se também às Sociedades de Grande
Porte. Considera-se de grande porte, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle
comum que tiver no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 ou
receita bruta anual superior a R$ 300.000.000,00.

As sociedades anônimas podem ser de capital aberto ou de capital fechado conforme


os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado
de valores mobiliários. Portanto, em tese, mesmo que a companhia não tenha ações
negociadas em bolsa de valores, mas tenha, por exemplo, debêntures emitidas, pela dicção
da Lei nº 6.404/76 ela seria considerada uma Cia. de Capital Aberto.

DICA 30

Art. 199, Lei 6.404/76 – Da contabilização e avaliação de itens do patrimônio das


Empresas.
Conforme o art. 199 da Lei de SA:
“O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de
lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia
deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou
na distribuição de dividendos”.
Neste sentido, Podem ultrapassar o capital social:
1-Reservas para contingências;
2-Reservas para incentivos fiscais;
3-Reservas de lucro a realizar.
O restante não pode ultrapassar o capital social. Atingindo seu limite a assembleia
deliberará sobre a aplicação do excesso no aumento do capital social ou na distribuição de
dividendos.
As reservas para contingências são constituídas com o objetivo de compensar, em
exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda com probabilidade de ocorrer,
sendo tal perda passível de ser monetariamente mensurada. Busca evitar uma situação de
desequilíbrio financeiro, que ocorreria caso se distribuíssem os dividendos em um exercício,
face à probabilidade de redução de lucros ou mesmo da ocorrência de prejuízos em exercício
futuro, em virtude de fatos extraordinários previsíveis.

15
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

As reservas para incentivos fiscais são um conjunto de contas do patrimônio líquido,


destinado aos registros de subvenções para investimentos, que são previstos em lei que
concedeu o incentivo fiscal. A reserva pode ser criada mediante uma isenção ou redução de
impostos concedidos como um estímulo para implantação ou expansão de
empreendimentos. Seus valores não devem compor o resultado operacional do exercício e
sim ser registrados no patrimônio líquido com as notas explicativas.
Já as reservas de lucro a realizar se refere a lucros que a empresa ainda não realizou
financeiramente, isto é, que não se materializaram efetivamente na Empresa. Pretende
prevenir que a organização tenha que pagar dividendos incidentes sobre lucros ainda não
realizados financeiramente.
DICA 31

CPC 03 - demonstração fluxo de caixa – juros e dividendos – item 34


Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio
recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque eles
entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo.
Os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser classificados como
fluxo de caixa de financiamento porque são custos da obtenção de recursos financeiros.
O item 34 do Pronunciamento encoraja fortemente a pratica determinada acima. Mas
alternativamente, os juros pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre o capital
próprio recebidos podem ser classificados, respectivamente, como fluxos de caixa de
financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são custos de obtenção de
recursos financeiros ou retornos sobre investimentos.
De forma análoga, os dividendos e os juros sobre o capital próprio pagos podem ser
classificados como componente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, a fim
de auxiliar os usuários a determinar a capacidade de a entidade pagar dividendos e juros
sobre o capital próprio utilizando os fluxos de caixa operacionais.
DICA 32

Ativo é um recurso controlado no presente pela entidade como resultado de eventos


passados e do qual se espera gerar benefícios econômicos futuros. Forma física e
direito de propriedade não são essenciais para a existência de um ativo.
Passivo é uma obrigação presente, derivada de eventos passados, cuja extinção deva
resultar na saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos da entidade.
Patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos
todos os seus passivos.
Receita corresponde a aumentos na situação patrimonial líquida da entidade não
oriundos de contribuições dos proprietários. A definição de receita abrange tanto receitas
propriamente ditas quanto ganhos que surgem no curso das atividades usuais da
entidade.
Despesa corresponde a diminuições na situação patrimonial líquida da entidade não
oriundas de distribuições aos proprietários. A definição de despesas abrange tanto as
perdas quanto as despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividades
usuais da entidade.

16
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 33

Base de Mensuração de Ativos e Passivos

Base de
Ativo Passivo
mensuração

Importância recebida para


Importância fornecida para se assumir uma obrigação
adquirir um ativo na data da à época na qual a entidade
Custo histórico
aquisição; valor de entrada; incorreu no passivo; valor
específico para a entidade. de entrada; específico para
a entidade.

Custos nos quais a


Valor presente, do ativo,
entidade incorre no
caso este continue a ser
cumprimento das
Valor em Uso / utilizado, e do valor líquido
obrigações representadas
Custo de que a entidade receberá
pelo passivo, assumindo
cumprimento da pela sua alienação ao final
que o faz da maneira
obrigação da sua vida útil; valor de
menos onerosa; valor de
saída; específico para a
saída; específico para a
entidade.
entidade.

Montante pelo qual um


Montante pelo qual um ativo
passivo pode ser liquidado
pode ser trocado entre
entre partes cientes e
partes cientes e dispostas,
Valor de interessadas em transação
em transação sob condições
mercado sob condições normais de
normais de mercado; valor
mercado; valor de entrada
de entrada e saída; não
e saída, não específico
específico para a entidade.
para a entidade.

Montante que o credor


Montante que a entidade aceita no cumprimento da
pode obter com a venda do sua demanda, ou que
Preço Líquido de
ativo após deduzir os gastos terceiros cobrariam para
Venda / Custo
para a venda; valor de aceitar a transferência do
de liberação
saída; específico para a passivo do devedor; valor
entidade. de saída; específico para
entidade.

Custo mais econômico para


a entidade substituir o
Custo de Montante que a entidade
potencial de serviços de
Reposição / racionalmente aceitaria na
ativo na data das
Preço troca pela assunção do
demonstrações; valor de
presumido passivo existente.
entrada; específico para a
entidade.

17
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 34

Reconhecimento de ativos e passivos


Um Ativo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que
benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade, e seu custo
ou valor puder ser mensurado com confiabilidade.
Um Passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma
saída de recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em liquidação de
obrigação presente; e valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com
confiabilidade.
Uma Receita deve ser reconhecida na demonstração do resultado quando resultar em
aumento nos benefícios econômicos futuros relacionado com aumento de ativo ou com
diminuição de passivo; e puder ser mensurado com confiabilidade.

Uma Despesa devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando resultarem


em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o decréscimo de um
ativo ou o aumento de um passivo; e puder ser mensurado com confiabilidade.

DICA 35

Relatório Contábil de Propósito Geral das Entidades do Setor Público (RCPG)

Os RCPGs são relatórios contábeis elaborados para atender às necessidades dos usuários
em geral, não tendo o propósito de atender a finalidades ou necessidades específicas de
determinados grupos de usuários.

Os RCPGs fornecem informações aos seus usuários para subsidiar os processos


decisórios e a prestação de contas e responsabilização (accountability). Portanto,
os usuários dos RCPGs das entidades do setor público precisam de informações para
subsidiar as avaliações de algumas questões, tais como:

(a) se a entidade prestou seus serviços à sociedade de maneira eficiente e eficaz;

(b) quais são os recursos atualmente disponíveis para gastos futuros, e até que ponto há
restrições ou condições para a utilização desses recursos;

(c) a extensão na qual a carga tributária, que recai sobre os contribuintes em períodos
futuros para pagar por serviços correntes, tem mudado; e

(d) se a capacidade da entidade para prestar serviços melhorou ou piorou em comparação


com exercícios anteriores.

18
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

ESTATÍSTICA

DICA 36

AXIOMAS são verdades absolutas que não carecem de demonstração.

DICA 37

A PROBABILIDADE de acordo com a teoria axiomática de Kolmogorov é o conceito


moderno de probabilidade.

DICA 38

Primeiro axioma de Kolmogorov

A probabilidade de um evento é um número real não negativo: P(A) ≥ 0

DICA 39

Segundo axioma de Kolmogorov

Este é o pressuposto da unidade de medida: é que a probabilidade de que algum


evento elementar em todo o espaço da amostra irá ocorrer é 1.

Mais especificamente, não há eventos elementares fora do espaço amostral.

P(U) = 1

DICA 40

Terceiro axioma de Kolmogorov

Este é o pressuposto de σ-aditividade: Se A e B são eventos mutuamente excludentes


(A ∩ B = 𝜙), então P(A ∪ B) = P(A) + P(B).

DICA BÔNUS

DICA BÔNUS

EVENTOS INDEPENDENTES

Dois eventos são independentes quando a ocorrência de um evento não influência a


ocorrência do outro evento.

Dois eventos A e B são ditos independentes se:

19
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA BÔNUS

PROBABILIDADE DA UNIÃO DE EVENTOS:

Se a intersecção entre os conjuntos A e B formam um conjunto não vazio, indica que


eles possuem elementos em comum, dessa forma a probabilidade da união desses dois
eventos pode ser definida da seguinte forma:

DICA BÔNUS

EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUDENTES

Dois eventos são mutuamente excludentes quando a ocorrência de um excluir a


ocorrência do outro.

DICA BÔNUS

EVENTOS COMPLEMENTARES

Um evento pode ou não ocorrer. Sendo P a probabilidade de que ele ocorra


(SUCESSO) e Q a probabilidade de que ele não ocorra (INSUCESSO), para um
mesmo evento existe sempre a relação:

Assim, se a probabilidade de realizar certo evento é 𝑷 = 𝟏 – 𝑸 , a probabilidade de que ele


não ocorra é 𝑸 = 𝟏 – 𝑷.

20
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

LEGISLAÇÃO ESPECIAL

DICA 41

Lei 10.357/2001 - CONTROLE SOBRE PRODUTOS QUÍMICOS

CONSIDERAÇÕES GERAIS – CONTROLE DE PRODUTOS QUÍMICOS

A referida Lei trata do controle sobre produtos químicos (mesmo lícitos), que possam
ser utilizados para fim de composição ou refinamento de substância entorpecente. Este
controle é atribuído ao Departamento de Polícia Federal. Podem ser eles produtos
ácidos, fármacos, bem como substâncias inflamáveis.

Art. 1º, da lei 10.357/2001- Estão sujeitos a controle e fiscalização, na forma prevista
nesta Lei, em sua fabricação, produção, armazenamento, transformação, embalagem,
compra, venda, comercialização, aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa,
transporte, distribuição, importação, exportação, reexportação, cessão, reaproveitamento,
reciclagem, transferência e utilização, todos os produtos químicos que possam ser utilizados
como insumo na elaboração de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que
determinem dependência física ou psíquica.

§ 1o Aplica-se o disposto neste artigo às substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que


determinem dependência física ou psíquica que não estejam sob controle do órgão
competente do Ministério da Saúde.

§ 2o Para efeito de aplicação das medidas de controle e fiscalização previstas nesta Lei,
considera-se produto químico as substâncias químicas e as formulações que as contenham,
nas concentrações estabelecidas em portaria, em qualquer estado físico,
independentemente do nome fantasia dado ao produto e do uso lícito a que se destina.

DICA 42

DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

As substâncias sujeitas à controle e fiscalização constarão em PORTARIA a ser editada


pelo Ministro da Justiça, de ofício ou mediante proposta do Departamento de Polícia
Federal, da Secretaria Nacional Antidrogas ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Art. 2º, da lei 10.357/2001 - O Ministro de Estado da Justiça, de ofício ou em razão de


proposta do Departamento de Polícia Federal, da Secretaria Nacional Antidrogas ou da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, definirá, em portaria, os produtos químicos a
serem controlados e, quando necessário, promoverá sua atualização, excluindo ou incluindo
produtos, bem como estabelecerá os critérios e as formas de controle.

DICA 43

COMPETÊNCIA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

***A fiscalização dos produtos químicos fica a cargo do Departamento de Polícia


Federal.

21
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Art. 3º, da lei 10.357/2001 - Compete ao DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL o


controle e a fiscalização dos produtos químicos a que se refere o art. 1o desta Lei e a
aplicação das sanções administrativas decorrentes.

ATRIBUIÇÕES DO DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL:

• Fiscalização
• Apreensão
• Processo administrativo
• Aplicação de sanção
• controle
• Destruição
• Autorização
• Concessão de licença especial.

DICA 44

DO EXERCÍCIO DAS ATIVIDADES SUJEITAS A CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

Para o regular funcionamento das atividades, tanto pessoa física quanto pessoa jurídica
deverão se cadastrar e requerer Autorização de Funcionamento junto ao
Departamento de Polícia Federal.

Art. 4o da lei 10.357/2001 - Para exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle
e fiscalização relacionadas no art. 1o, a pessoa física ou jurídica deverá se cadastrar
e requerer licença de funcionamento ao Departamento de Polícia Federal, de acordo
com os critérios e as formas a serem estabelecidas na portaria a que se refere o art. 2o,
independentemente das demais exigências legais e regulamentares.

§ 1o As pessoas jurídicas já cadastradas, que estejam exercendo atividade sujeita a


controle e fiscalização, deverão providenciar seu recadastramento junto ao Departamento
de Polícia Federal, na forma a ser estabelecida em regulamento.

Art. 5o A pessoa jurídica referida no caput do art. 4o deverá requerer, ANUALMENTE, a


Renovação da Licença de Funcionamento para o prosseguimento de suas atividades.

DICA 45

AUTORIZAÇÃO ESPECIAL

Para a pessoa jurídica exercer a atividade de comércio de produtos químicos em


caráter eventual, sujeitos ao controle, deverá se cadastrar e solicitar AUTORIZAÇÃO
ESPECIAL para efetivar suas operações.

Art. 4º § 2 o da lei 10.357/2001 - A pessoa física ou jurídica que, em caráter eventual,


necessitar exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização, deverá
providenciar o seu cadastro junto ao Departamento de Polícia Federal e REQUERER
AUTORIZAÇÃO ESPECIAL para efetivar as suas operações.

22
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 46

PRAZO PARA ARMAZENAMENTO DOS DOCUMENTOS ENVOLVENDO AS OPERAÇÕES


E OS PRODUTOS QUÍMICOS

O prazo para armazenamento dos documentos envolvendo as operações e os produtos


químicos sujeitos à controle será de 5 (cinco) anos.

Art. 8º da lei 10.357/2001 - A pessoa jurídica que realizar qualquer uma das atividades a
que se refere o art. 1o desta Lei é obrigada a fornecer ao Departamento de Polícia
Federal, periodicamente, as informações sobre suas operações.

Parágrafo único. Os documentos que consubstanciam as informações a que se refere este


artigo deverão ser arquivados pelo prazo de cinco anos e apresentados ao
Departamento de Polícia Federal quando solicitados.

DICA 47

SUSPEITA DE DESVIO DE PRODUTO QUÍMICO

Eventual desvio ou desaparecimento dos objetos tutelados por esta lei deverão ser
informados ao DPF em até 24 horas após a ciência, pena de configurar infração.

Art. 11 da lei 10.357/2001 - A pessoa física ou jurídica que exerça atividade sujeita a
controle e fiscalização deverá informar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo
máximo de vinte e quatro horas, qualquer suspeita de desvio de produto químico a que
se refere esta Lei.

DICA 48

INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS

Art. 12 da lei 10.357/2001. Constitui infração administrativa:

I – deixar de cadastrar-se ou licenciar-se no prazo legal;

II – deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal, no prazo de trinta dias,


qualquer alteração cadastral ou estatutária a partir da data do ato aditivo, bem como a
suspensão ou mudança de atividade sujeita a controle e fiscalização;

III – omitir as informações a que se refere o art. 8o desta Lei, ou prestá-las com dados
incompletos ou inexatos;

IV – deixar de apresentar ao órgão fiscalizador, quando solicitado, notas fiscais,


manifestos e outros documentos de controle;

V – exercer qualquer das atividades sujeitas a controle e fiscalização, sem a devida


Licença de Funcionamento ou Autorização Especial do órgão competente;

VI – exercer atividade sujeita a controle e fiscalização com pessoa física ou jurídica


não autorizada ou em situação irregular, nos termos desta Lei;

23
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

VII – deixar de informar qualquer suspeita de desvio de produto químico


controlado, para fins ilícitos;

VIII – importar, exportar ou reexportar produto químico controlado, sem


autorização prévia;

IX – alterar a composição de produto químico controlado, sem prévia comunicação


ao órgão competente;

X – adulterar laudos técnicos, notas fiscais, rótulos e embalagens de produtos


químicos controlados visando a burlar o controle e a fiscalização;

XI – deixar de informar no laudo técnico, ou nota fiscal, quando for o caso, em local visível
da embalagem e do rótulo, a concentração do produto químico controlado;

XII – deixar de comunicar ao Departamento de Polícia Federal furto, roubo ou extravio


de produto químico controlado e documento de controle, no prazo de quarenta e
oito horas; e

XIII – dificultar, de qualquer maneira, a ação do órgão de controle e fiscalização.

DICA 49

DAS PENALIDADES ADMINISTRATIVAS

Art. 14 da lei 10.357/2001 - O descumprimento das normas estabelecidas nesta Lei,


independentemente de responsabilidade penal, sujeitará os infratores às seguintes
medidas administrativas, aplicadas cumulativa ou isoladamente:

I – advertência formal;

II – apreensão do produto químico encontrado em situação irregular;

III – suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento;

IV – revogação da autorização especial; e

V – multa de R$ 2.128,20 (dois mil, cento e vinte e oito reais e vinte centavos) a
R$ 1.064.100,00 (um milhão, sessenta e quatro mil e cem reais).

§ 1o Na dosimetria da medida administrativa, serão consideradas a situação econômica, a


conduta do infrator, a reincidência, a natureza da infração, a quantidade dos produtos
químicos encontrados em situação irregular e as circunstâncias em que ocorreram os fatos.

§ 2o A critério da autoridade competente, o recolhimento do valor total da multa arbitrada


poderá ser feito em até cinco parcelas mensais e consecutivas.

§ 3o Das sanções aplicadas caberá recurso ao Diretor-Geral do Departamento de


Polícia Federal, na forma e prazo estabelecidos em regulamento.

24
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 50

DO SANEAMENTO DAS IRREGULARIDADES VERIFICADAS

Entendendo a autoridade pela aplicação de sanção administrativa, após a notificação, o


autuado poderá sanar a irregularidade em 30 dias, oportunidade em que, sendo
possível, haverá a restituição dos produtos.

Art. 15, da lei 10.357/2001. A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer uma das
infrações previstas nesta Lei terá prazo de trinta dias, a contar da data da fiscalização,
para sanar as irregularidades verificadas, sem prejuízo da aplicação de medidas
administrativas previstas no art. 14.

§ 1o Sanadas as irregularidades, os produtos químicos eventualmente apreendidos


serão devolvidos ao seu legítimo proprietário ou representante legal.

§ 2o Os produtos químicos que não forem regularizados e restituídos no prazo e nas


condições estabelecidas neste artigo serão destruídos, alienados ou doados pelo
Departamento de Polícia Federal a instituições de ensino, pesquisa ou saúde pública, após
trânsito em julgado da decisão proferida no respectivo processo administrativo.

§ 3o Em caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio ambiente, o órgão fiscalizador


poderá dar destinação imediata aos produtos químicos apreendidos.

DICA 51

PREVENÇÃO ESPECIAL

 É PROIBIDA A VENDA À CRIANÇA OU AO ADOLESCENTE DE:

I - armas, munições e explosivos;

II - bebidas alcoólicas;

III - produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica


ainda que por utilização indevida;

IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido


potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de
utilização indevida;

V - revistas e publicações a que alude o art. 78 do ECA;

VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.

DICA 52

MEDIDA SOCIOEDUCATIVA: obrigação de reparar o dano

Lembrando... É aplicada apenas aos adolescentes! 

25
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

- Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá


determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o
ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima.

ATENÇÃO! Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por


outra adequada.

DICA 53

DICA SEIS MESES NAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS:

1ª A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de


interesse geral, por período NÃO EXCEDENTE a seis meses, junto a entidades
assistenciais, hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem como em
programas comunitários ou governamentais.

2ª A liberdade assistida será fixada pelo PRAZO MÍNIMO de seis meses, podendo a
qualquer tempo ser prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
orientador, o Ministério Público e o defensor.

3ª A internação não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser


reavaliada, mediante decisão fundamentada, NO MÁXIMO a cada seis meses.

DICA 54

Na PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COMUNITÁRIOS, as tarefas serão atribuídas conforme


as aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante JORNADA MÁXIMA DE
OITO HORAS SEMANAIS, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de
modo a não prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de trabalho.

DICA 55

É CABÍVEL INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DO ADOLESCENTE!

* A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de


quarenta e cinco dias.

* A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes de autoria


e materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida.

DICA 56

O REGIME DE SEMI-LIBERDADE pode ser determinado desde o início, ou como forma de


transição para o meio aberto, possibilitada a realização de atividades externas,
INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL.   

* São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível,


ser utilizados os recursos existentes na comunidade.

* A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as


disposições relativas à internação.

26
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 57

INTERNAÇÃO – MEDIDA EXCEPCIONAL/A MAIS SEVERA

* A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de


brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.

* Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da


entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário. (sendo que tal determinação
judicial mencionada poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária).

* A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser


reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.

* Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.

* Atingido o limite de TRÊS ANOS, o adolescente  deverá ser liberado, colocado em


regime de semi-liberdade OU de liberdade assistida.

* ATENÇÃO! A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.

* Em qualquer hipótese a desinternação será PRECEDIDA de autorização judicial,


ouvido o Ministério Público.

DICA 58

TOME NOTA! A medida de internação só poderá ser aplicada quando:


I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a
pessoa;

II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;

III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente


imposta. (Nessa hipótese, o prazo de internação não poderá ser superior a 3 (três)
meses, devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal)

ATENÇÃO! Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida


adequada.

DICA 59

SÚMULA 492, STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do
adolescente.

DICA 60

* O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,


encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, definidos no ECA.

27
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

* Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá,


NO MÍNIMO, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública
local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para
mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de
escolha. ATENÇÃO PARA ALTERAÇÃO LEGISLATIVA EM 2019! Antes, o ECA previa:
“permitida 1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha”. Atualmente, como se
vê, não existe mais esse limite!

DICA BÔNUS

REQUISITOS PARA SER CONSELHEIRO:

* Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes


requisitos:

I - reconhecida idoneidade moral;

II - idade superior a vinte e um anos;

III - residir no município.

DICA BÔNUS

CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE -ECA (LEI Nº.


8.069/1990)
ATENÇÃO! Os crimes definidos nesta Lei são de AÇÃO PÚBLICA INCONDICIONADA.
DICA BÔNUS

Art. 232 do ECA. SUBMETER criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou
vigilância a vexame ou a constrangimento:

Pena - detenção de seis meses a dois anos.

DICA BÔNUS

Já foi OBJETO DE COBRANÇA EM PROVAS DE CONCURSO!

Art. 237 do ECA. SUBTRAIR criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua
guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar
substituto:

Pena - reclusão de dois a seis anos, E multa.

DICA BÔNUS

Art. 238 do ECA. PROMETER OU EFETIVAR a entrega de filho ou pupilo a terceiro,


mediante paga ou recompensa:

Pena - reclusão de um a quatro anos, E multa.

Parágrafo único. INCIDE NAS MESMAS PENAS quem oferece ou efetiva a paga ou
recompensa.

28
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA BÔNUS

Art. 240 do ECA. PRODUZIR, REPRODUZIR, DIRIGIR, FOTOGRAFAR, FILMAR OU


REGISTRAR, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo
criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, E multa.

§ 1o INCORRE NAS MESMAS PENAS quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de


qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.

§ 2 o Aumenta-se a pena DE 1/3 (UM TERÇO) se o agente comete o crime:

I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la;

II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou


(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

III – prevalecendo-se de relações de parentesco consangüíneo ou afim ATÉ O


TERCEIRO GRAU, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador da
vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com
seu consentimento.

29
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO

DICA 61

O art. 3º da lei 8.666 estabelece os objetivos da licitação – escolha da proposta mais


vantajosa para o futuro contrato, fazer prevalecer o princípio da isonomia –visam à
promoção do desenvolvimento nacional sustentável.

Será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da


legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da
probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

DICA 62

Vinculação ao Instrumento Convocatório/Edital

A licitação é procedimento vinculado não só à lei, mas também ao edital. Esse é o


instrumento que divulga a licitação e fixa as regras que deverão ser cumpridas, tanto pelos
licitantes, quanto pela própria Administração que o elaborou, portanto, ninguém
poderá descumpri-lo.

Assim, o edital constitui a lei interna da licitação, e a ele estão vinculados a entidade
licitante e todos os concorrentes.

DICA 63

É dispensável a licitação: para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento


das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e
localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor
de mercado, segundo avaliação prévia.

DICA 64

Antes de abrir a licitação, deve haver:

• projeto básico;
• orçamento e recurso orçamentário aprovado;
• inclusão no PPA quando for o caso.

DICA 65

Projeto executivo pode ser desenvolvido concomitantemente com a execução do


contrato.

DICA 66

Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as propostas, não cabe


desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos
supervenientes ou só conhecidos APÓS o julgamento.

DICA 67

A inabilitação de licitante em virtude da ausência de informações que possam ser


supridas por meio de diligência, de que não resulte inserção de documento novo ou afronta
à isonomia entre os participantes, caracteriza inobservância à jurisprudência do TCU.

30
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 68

Tomada de Preços

É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem


a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. Uma das características
da tomada de preços é o cadastramento prévio dos interessados.

DICA 69

Convite

É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto,


cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e
o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade em que manifestarem
seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.

DICA 70

Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens


móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição
haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer
o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.

Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior
a R$ 1.430.000,00 (limite previsto na Lei nº 8.666/93 para compras e serviços na
modalidade tomada de preços), a Administração poderá permitir o leilão.

DICA 71

Modalidades de licitação:

Quanto ao valor: Concorrência, tomada de preços e convite;


Quanto à natureza: Leilão, concurso, concorrência (em casos específicos) e pregão.

DICA 72

Julgamento Objetivo

Na fase de julgamento das propostas, deverão ser utilizados os critérios estritamente


objetivos definidos pela lei e pelo edital da licitação, não sendo permitido levar em
consideração aspectos pessoais de nenhum licitante.

A lei define previamente quais são os critérios de julgamento (tipos de licitação) e quando
cada um deles será utilizado.

São critérios objetivos e não há liberdade para o agente público escolher qual o critério a
ser adotado, uma vez que a lei define sua utilização. Desse modo, decorre do princípio da
legalidade.

DICA 73

O interessado vencedor da licitação não se manifestando após decurso do prazo fixado no


edital, é facultada à Administração convocar os licitantes remanescentes para
eventual contratação.

31
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 74

FASES DA LICITAÇÃO
Fase Interna
abertura do processo administrativo
especificação do objeto e elaboração do projeto
orçamento estimado
indicação dos recursos orçamentários
elaboração do edital
designação da comissão

Fase Externa
publicação do aviso do edital
impugnação
habilitação
julgamento e classificação
homologação
adjudicação

OBS.: audiência pública para licitações de grande vulto.

DICA 75

É dispensável a licitação nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando


caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação
emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser
concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos;

OBS: Licitação dispensável é aquela em que o legislador permite que o administrador


opte entre licitar ou contratar diretamente.

Trata-se, portanto, de decisão discricionária da autoridade competente.

DICA 76

Disk licitação:

33176-1430

Para obras e serviços de engenharia

1- modalidade convite: até R$ 330 mil;


2- modalidade tomada de preços: até R$ 3,3 milhões;
3- modalidade concorrência: acima de R$ 3,3 milhões.

Para compras e serviços que não sejam de obras ou de engenharia:

1- modalidade convite: até R$ 176 mil;


2-modalidade tomada de preços: até R$ 1.430.000,00; e
3-modalidade concorrência: acima de R$ 1.430.000,00.

32
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

OBSERVAÇÃO:

10% dos valores máximos previstos para a modalidade convite (33mil x 17,6 mil)
= licitação dispensável

5% dos valores máximos previstos para a modalidade convite (compras e serviços que não
sejam de obras ou de engenharia) (8,8mil) = contrato verbal

DICA 77

São três os casos de inexigibilidade (rol exemplificativo):

>> Fornecedor exclusivo (vedada a preferência de marca);

>> Contratação de serviços técnicos de natureza singular (vedada a inexigibilidade para


serviços de Publicidade e divulgação); cai muito!

>> Contratação de músicos ou artistas consagrados pela opinião pública;

Mnemônico

ARTISTA EXNobE

- ARTISTA consagrado;
- Fornecedor EXclusivo
- Profissional/empresa de Notório Especialização.

DICA 78

Regimes de Execução Indireta - o órgão ou entidade contrata com terceiros


mediante qualquer dos seguintes regimes:

• Empreitada por preço global: preço certo para a totalidade do objeto (construção de
uma escola).

• Empreitada por preço unitário: preço certo de unidades determinadas (pagamento a


cada km de estrada construída, a cada posto de serviço entregue etc).

• Empreitada integral: todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias (uma
escola pronta para funcionar, com as carteiras, quadros, bebedouros, extintores de incêndio
etc).

• Tarefa: pequenos trabalhos por preço certo (mão de obra).

DICA 79

Recurso em sentido estrito - Prazo de 5 dias úteis (2 na modalidade convite) quando


o interessado não concordar com as seguintes decisões: Habilitação/inabilitação de
licitante; Julgamento de proposta; Anulação/revogação de edital Indeferimento de pedido
de inscrição no registro cadastral; Rescisão unilateral de contrato; Aplicação de penas de
advertência, suspensão temporária ou multa

Habilitação e julgamento de proposta: caráter suspensivo, e a licitação só prossegue


após proferida decisão. Nos demais casos, o efeito suspensivo fica a critério da autoridade
competente.

33
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Procedimento – redigido a autoridade superior àquela que proferiu o ato, mas antes esta
tem prazo de 5 dias para reconsiderar sua decisão. Caso não a faça, possui mais 5 dias
para enviar a autoridade superior, e está mais 5 dias para se pronunciar sobre o
assunto.

Representação: Possível quando não cabe recurso hierárquico (em sentido estrito) e
tem os mesmos prazos do recurso.

Reconsideração: Cabível nos casos de declaração de inidoneidade. Dirigido ao Ministro de


Estado ou Secretário Estadual ou Municipal. Prazo de 10 dias úteis para qualquer
modalidade.

DICA 80

O que é projeto básico?

Reúne os elementos que definem a obra, o serviço ou o complexo de obras e serviços que
fazem parte do empreendimento. O objetivo é definir com precisão as características
básicas do empreendimento e o desempenho almejado na obra para que seja possível
estimar o custo e prazo de execução.

É uma fase caracterizada por estudos preliminares, anteprojeto, estudos de viabilidade


técnica e econômica, além da avaliação do impacto ambiental.

O que é projeto executivo?

É a etapa posterior que consiste no conjunto dos elementos necessários e suficientes para
a execução completa da obra ou do serviço, de acordo com a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).

Os componentes da obra, como materiais descritivos, cálculos estruturais, desenhos,


especificações técnicas e executivas, cronograma e planilhas de orçamento, são reunidos
no projeto executivo.

DICA 81

Alienação de bens da Administração Pública

I – Bens imóveis

1º) existência de interesse público devidamente justificado;

2º) avaliação prévia;

3º) autorização legislativa, para órgãos da administração direta e entidades autárquicas


e fundacionais (são considerados bens públicos, por isso a autorização legislativa);

4º) licitação na modalidade de concorrência, ressalvadas as hipóteses de licitação


dispensada. A fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia
correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação.

II - Bens imóveis da Administração Pública derivado de procedimentos


judiciais ou de dação em pagamento

1º) comprovação da necessidade ou utilidade da alienação (motivação do ato);

2º) avaliação dos bens alienáveis;

3º) adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.

34
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Não há exigência de autorização legislativa, visto que tais bens imóveis, em verdade,
não pertenciam, originariamente, ao patrimônio público; foram procedentes de créditos da
fazenda pública não pagos por terceiros.

III – Bens móveis

1º) existência de interesse público devidamente justificado;

2º) avaliação prévia;

3º) licitação, ressalvadas as hipóteses de licitação dispensada.

Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não


superior a R$1.400.000,00, a Administração poderá permitir o leilão. Acima disso, deve
ser utilizada a concorrência.

DICA 82

O prazo para o particular lesado ajuizar a ação de indenização é de 5 anos contados da


ocorrência do fato.

DICA 83

De acordo com o entendimento do STF, não são admitidos os institutos da denunciação


à lide e do litisconsórcio nas ações de indenização. Dessa forma, o particular lesado
apenas poderá propor a ação perante a pessoa jurídica que tenha praticado o dano.

DICA 84

A Lei 9.784/1999, que cuida do processo administrativo no âmbito federal, trata da


delegação de competência nos seguintes termos:

Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não
lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

DICA 85

O art. 13 da Lei 9.784/1999 dispõe que não podem ser objeto de delegação:

* a edição de atos de caráter normativo;


* a decisão de recursos administrativos;
* as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Essas funções são indelegáveis e, acaso transferidas, acarretam a invalidade não só do


ato de transferência, como dos praticados em virtude da delegação indevida. A doutrina
também aponta que as competências de ordem política não são passíveis de delegação,
salvo se expressamente autorizada pela Constituição.

35
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL

DICA 86
Reserva do financeiramente possível

A concretização dos direitos sociais exige gastos, dispêndios financeiros por parte do Estado.
Por exemplo, para que o direito à educação para todos seja efetivamente concretizado, o
Estado precisa contratar professores, construir escolas etc.

O mesmo pode se dizer da saúde, moradia e os demais direitos sociais. Assim, a


concretização dos direitos sociais está sujeita à reserva do possível.

Em outros termos, segundo o princípio da reserva do financeiramente possível, a


concretização dos direitos sociais encontra limites não só na razoabilidade da pretensão
deduzida em face do Poder Público como também na existência de disponibilidade
financeira do Estado.

Entretanto, cuidado! O próprio STF tem entendido que a alegação de violação à separação
dos poderes e da reserva do possível não pode justificar a inércia do Poder
Executivo em cumprir o seu dever constitucional de assegurar prioridade à saúde, à
educação, aos direitos de crianças e adolescentes e outros direitos sociais, que permitam a
intangibilidade e integridade do mínimo existencial do indivíduo.

Segundo o STF, a cláusula da reserva do possível - que não pode ser invocada, pelo
Poder Público, com o propósito de fraudar, de frustrar e de inviabilizar a implementação de
políticas públicas definidas na própria Constituição - encontra insuperável limitação na
garantia constitucional do mínimo existencial, que representa, no contexto de nosso
ordenamento positivo, emanação direta do postulado da essencial dignidade da pessoa
humana. Doutrina. Precedentes. - A noção de “mínimo existencial”, que resulta, por
implicitude, de determinados preceitos constitucionais (CF, art. 1º, III, e art. 3º, III),
compreende um complexo de prerrogativas cuja concretização revela-se capaz de garantir
condições adequadas de existência digna, em ordem a assegurar, à pessoa, acesso efetivo
ao direito geral de liberdade e, também, a prestações positivas originárias do Estado (ARE
639.337 AgR, Relator Min. Celso de Mello, Segunda Turma, julgado em 23/08/2011).

DICA 87
Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Destaquei os direitos à moradia (EC 26/2000) ao transporte (EC 90/2015) e à alimentação


(EC 64/2010) pois são inovações promovidas por emendas constitucionais.

Quanto ao direito à moradia, vale uma ressalva: embora previsto expressamente como
direito social, a posição do STF é de que a penhora de imóvel utilizado para fins de
residência do fiador, em contrato de locação, não ofende o direito de moradia,
conforme se depreende da seguinte ementa:

"Fiador. Locação. Ação de despejo. Sentença de procedência. Execução. Responsabilidade


solidária pelos débitos do afiançado. Penhora de seu imóvel residencial. Bem de família.
Admissibilidade. Inexistência de afronta ao direito de moradia, previsto no art. 6º da CF.
Constitucionalidade do art.3º, inc. VII, da Lei nº 8.009/90, com a redação da Lei nº
8.245/91" (RE 407.888-8/SP, rel. Min. Cezar Peluso, julg. em 8/2/2006).

36
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 88
Plebiscito e referendo (art. 14, I e II, CF/88): as diversas semelhanças entre esses
dois institutos permite que eles sejam vistos conjuntamente. A primeira semelhança é que
ambos são mecanismos de consulta popular a respeito de matérias relevantes de
natureza constitucional, legislativa (emendas constitucionais, leis, atos normativos etc.) ou
administrativa (art. 2°, Lei 9.709/98).

A diferença reside apenas no momento em que o eleitorado é chamado a se manifestar: o


plebiscito é uma consulta prévia ao ato legislativo ou administrativo que se pretende
produzir e o referendo é a consulta ulterior/posterior que se dá quando o ato já está
pronto e acabado.

A autorização para a realização de referendo e a convocação de plebiscito realizam-se


mediante decreto legislativo, ato normativo expedido com exclusividade pelo Congresso
Nacional (art. 49, XV, CF/88).

DICA 89
Iniciativa popular para apresentação de projetos de leis (art. 14, III, CF/88): esse é um
instrumento de participação direta da sociedade na produção normativa do Estado pois
permite aos cidadãos dar início ao processo legislativo de lei ordinária ou de lei
complementar, desde que o projeto seja subscrito por pelo menos um por cento do
eleitorado nacional (só cidadãos podem assinar), distribuídos em pelo menos cinco
estados-membros — sendo que, em cada um dos estados-membros participantes não se
pode reunir menos que três décimos por cento do número total de eleitores de cada um
deles (art. 61, § 2°, CF/88).

DICA 90
O presidencialismo tem suas origens nos EUA, que o adotaram como sistema de governo
na Constituição de 1787. Possui como características principais as seguintes:

a) A Chefia do Poder Executivo é unipessoal ou monocrática.

O Presidente da República exerce a função de Chefe de Estado (representando o País em


suas relações internacionais) e, ainda, a função de Chefe de Governo (dirigindo as políticas
públicas do Estado e chefiando a Administração Pública federal). Em suma, no
presidencialismo, o Presidente da República acumula em suas mãos todas as
funções executivas.

b) Inexistência de vínculo entre Poder Legislativo e Poder Executivo.

No presidencialismo, há independência entre o Poder Legislativo e o Executivo. O


Presidente pode, inclusive, ser eleito sem que tenha o apoio da maioria parlamentar; é claro
que, nessa situação, haverá fortes prejuízos à governabilidade. Ademais, não pode o
Presidente interferir no mandato de Deputados e Senadores, eleitos democraticamente pelo
povo.

c) Mandato por tempo determinado.

O Presidente da República, quando eleito, já tem um tempo pré-fixado durante o qual irá
exercer o seu mandato. No Brasil, por exemplo, o mandato do Presidente é de 4 anos,
podendo haver uma reeleição. Não existe a possibilidade de o Poder Legislativo, a seu bel

37
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

prazer, abreviar o mandato presidencial, destituindo o Presidente do cargo. No Brasil, a


única possibilidade de perda do cargo de Presidente por atuação do Poder Legislativo é a
condenação por crime de responsabilidade (processo de “impeachment”).

DICA 91
O parlamentarismo tem suas origens, na Inglaterra do século XI. Suas características
principais são as seguintes:

a) A Chefia do Poder Executivo é dual, pois o Chefe de Estado e o Chefe de Governo


são pessoas diferentes.

Nas monarquias parlamentaristas, o Chefe de Estado é o monarca, ao passo que o Chefe


de Governo é o Primeiro-Ministro. Por outro lado, nas repúblicas parlamentaristas, há o
Presidente (como Chefe de Estado) e o Primeiro-Ministro (como Chefe de Governo).

b) Interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo.

O Primeiro-Ministro e os demais membros do Gabinete (Ministros) são integrantes do


Parlamento e são por ele nomeados. Assim, a Chefia de Governo só se mantém no poder
enquanto possuir o apoio do Parlamento; caso o Primeiro Ministro perca esse apoio, poderá
ser destituído pelo Parlamento.

c) Mandato por prazo indeterminado.


O Primeiro-Ministro (Chefe de Governo) ocupa o cargo por tempo indeterminado,
enquanto possuir o apoio do Parlamento. Destaque-se, ainda, que em situações em que o
povo perde a confiança no Parlamento, este também pode ser dissolvido pelo Primeiro-
Ministro, convocando-se eleições extraordinárias para a formação de um novo Parlamento.

DICA 92
Para que um indivíduo possa ocupar o cargo de Presidente, ele deverá cumprir os seguintes
requisitos constitucionais:

a) Ser brasileiro nato (art. 12, § 3º, CF/88).


b) Possuir alistamento eleitoral.
c) Estar no pleno gozo dos direitos políticos.
d) Ter mais de 35 anos. Destaque-se que essa idade deve ser comprovada na data da
posse.
e) Não se enquadrar em nenhuma das inelegibilidades previstas na Constituição.
f) Possuir filiação partidária.

A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República é feita pelo sistema majoritário


de dois turnos. Por esse sistema, considera-se eleito o candidato que obtiver a maioria
absoluta dos votos válidos (não computados, portanto, os votos em branco e os nulos).
Caso não obtenha essa maioria na primeira votação, será realizado um novo turno de
votações.

Existem dois tipos de sistema majoritário:

1) Sistema majoritário puro (ou simples): é eleito o candidato com o maior número de
votos (maioria simples). Esse sistema é utilizado para a eleição dos Senadores e de Prefeitos
em municípios com até 200.000 eleitores.

38
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

2) Sistema majoritário de dois turnos: é eleito o candidato que obtém a maioria


absoluta dos votos válidos. A maioria absoluta é obtida quando o candidato tem mais da
metade dos votos válidos. Esse sistema é utilizado nas eleições do Presidente, dos
Governadores e de Prefeitos em municípios com mais de 200.000 eleitores.

DICA 93
O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão conjunta do
Congresso Nacional, em 1º de janeiro, prestando o compromisso de manter, defender
e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro,
sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago (art. 78,
parágrafo único).

A partir desse dispositivo, é possível vislumbrarmos 6 situações diferentes:

a) Presidente da República e Vice-Presidente não comparecem dentro de 10 dias da data


fixada para posse, SEM motivo de força maior. Nesse caso, será declarada a vacância
dos dois cargos (Presidente e Vice). Precisarão ser realizadas novas eleições diretas, como
estudaremos mais à frente.

b) Presidente da República não comparece dentro de 10 dias da data fixada para a


posse, SEM motivo de força maior. Nesse caso, o Vice assumirá o cargo de Presidente e
exercerá o mandato inteiro sem Vice.

c) Vice-Presidente não comparece dentro de 10 dias da data fixada para a posse, SEM
motivo de força maior. Nesse caso, o Presidente irá exercer todo o mandato sem Vice.

d) Presidente da República e Vice-Presidente não comparecem dentro de 10 dias da data


fixada para posse, COM motivo de força maior. A posse será adiada para que, após
cessado o motivo de força maior, eles possam assumir o cargo.

e) Presidente da República não comparece dentro de 10 dias da data fixada para a


posse, COM motivo de força maior. O Vice-Presidente toma posse e assume,
interinamente, o cargo de Presidente até que cesse o motivo de força maior.

f) Vice-Presidente não comparece dentro de 10 dias da data fixada para a posse, COM
motivo de força maior. O Presidente toma posse e governa sem Vice até que cesse o
motivo de força maior que impediu o Vice de tomar posse.

DICA 94
Hipóteses de vacância do cargo de Presidente e Vice-Presidente:

a) Não comparecimento dentro de 10 dias da data fixada para a posse, exceto por
motivo de força maior.

b) Por morte, renúncia, perda ou suspensão dos direitos políticos e perda da nacionalidade
brasileira.

c) Condenação por crime de responsabilidade, ou comum, mediante decisão do Senado


Federal ou do STF, respectivamente. Observação: Se o Presidente for condenado por crime

39
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

de responsabilidade, ele perderá o cargo e ficará inabilitado por 8 anos para o exercício
de função pública.

d) Ausência do país por mais de 15 dias sem autorização do Congresso Nacional. O


Presidente pode se ausentar do País por mais de 15 dias; no entanto, para isso, precisará
de autorização do Congresso Nacional.

No caso de Governadores e Vice-Governadores, a exigência de autorização de Assembleia


Legislativa só poderá constar da Constituição estadual se reproduzir o modelo federal, ou
seja, quando a ausência se der por mais de quinze dias. Assim, o STF considera
inconstitucional norma estadual que exige prévia licença da Assembleia Legislativa para que
o governador e o vice-governador possam ausentar-se do País por qualquer prazo.

DICA 95
Havendo vacância dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente, serão convocadas novas
eleições. Temos, então, o seguinte:

a) Se a vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente ocorrer nos dois primeiros


anos do mandato presidencial, serão feitas eleições 90 (noventa) dias depois de aberta
a última vaga. Trata-se, nesse caso, de eleições diretas.

b) Se a vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente ocorrer nos dois últimos anos
do mandato presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita 30 (trinta) dias
depois da última vaga, pelo Congresso Nacional. Serão feitas, portanto, eleições indiretas.

Aqueles que forem eleitos dessa maneira deverão apenas completar o mandato dos seus
antecessores. É o que se chama de “mandato-tampão”.

DICA 96
Na ordem de sucessão para ocupar o cargo de Presidente, temos: Vice-Presidente,
Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e Presidente
do STF.

DICA 97
O Presidente da República poderá dispor, mediante decreto autônomo, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento


de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos.

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Perceba que a criação ou extinção de órgão público não poderá ser objeto de decreto
autônomo: haverá necessidade de lei formal para fazê-lo. Da mesma maneira, é necessária
lei para tratar da organização e funcionamento de administração federal quando houver
aumento de despesa. A extinção de funções ou cargos públicos que estiverem ocupados
também depende de lei formal.

Por último, cabe destacar que a edição de decretos autônomos é competência delegável
do Presidente da República, que poderá concedê-la aos Ministros de Estado, ao
Advogado-Geral da União ou ao Procurador Geral da República.

40
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 98
O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República,
que se pronuncia, sem efeito vinculante, sobre intervenção federal, estado de defesa,
estado de sítio e questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
Dentre os integrantes do Conselho da República, estão 6 cidadãos brasileiros natos, com
mais de 35 anos. Desses, 2 são nomeados pelo Presidente da República, 2 são eleitos pela
Câmara dos Deputados e 2 eleitos pelo Senado Federal.

O Conselho de Defesa Nacional também é órgão superior de consulta do Presidente, mas


nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático. Suas
manifestações também não possuem efeito vinculante, mas simplesmente opinativo.

DICA 99
As competências delegáveis do Presidente da República são as seguintes:

a) Editar decretos autônomos. Recorde-se que, mediante decreto autônomo, o


Presidente poderá dispor sobre:
1) organização e funcionamento da administração pública federal, quando não implicar
aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgão público e;

2) extinguir funções ou cargos públicos, quando vagos.

b) Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos


instituídos em lei.

c) Prover e desprover cargos públicos, na forma da lei. Ressalte-se que essa é apenas
a primeira parte do art.84, XXV, cujo inteiro teor é o seguinte: “prover e extinguir os cargos
públicos federais, na forma da lei”. A extinção de cargos públicos ocupados não é atribuição
delegável do Presidente da República. Apenas é delegável a extinção de cargos públicos
vagos (que é objeto de decreto autônomo).

DICA 100
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos
Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas
de processo e julgamento.

41
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 101
Princípios constitucionais da seguridade social

Universalidade da cobertura e do atendimento:

Temos, aqui, dois princípios: a universalidade da cobertura e a universalidade do


atendimento. A universalidade da cobertura, também chamada de universalidade objetiva,
consiste em proteger o maior número de situações de risco social; com isso, outorga-se aos
indivíduos uma ampla proteção social, contra as diversas situações de vulnerabilidade
(doença, velhice, maternidade, acidente, reclusão, dentre outras).

A universalidade de atendimento, também chamada de universalidade subjetiva,


consiste em proteger todos os indivíduos que necessitarem da seguridade social. Destaque-
se, todavia, que:

- a previdência social é direito apenas das pessoas que com ela contribuírem;
- a saúde é direito de todos;
- a assistência social é direito de todos que dela necessitarem e independe de contribuição.

DICA 102
Princípios constitucionais da seguridade social

Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais:

Esse princípio tem como objetivo ofertar uma proteção social isonômica às populações
urbanas e rurais. Não interessa se o indivíduo mora no campo ou na cidade: os benefícios
e serviços a ele concedidos devem ser os mesmos.

Há que se destacar que não só os benefícios (como aposentadoria e pensão por morte)
devem ser concedidos de maneira isonômica às populações urbanas e rurais. O
princípio da uniformidade e equivalência também se aplica aos serviços da seguridade social
como, por exemplo, o atendimento médico pelo SUS.

DICA 103
Princípios constitucionais da seguridade social

Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços: Nas lições mais


básicas de Economia, sabe-se que os recursos são sempre escassos face às necessidades
ilimitadas. Por mais que o Governo arrecade contribuições sociais, o orçamento nunca será
suficiente para atender todas as pessoas, diante de todas as situações de risco social.

Em razão disso é que o Governo se utiliza do princípio da seletividade, estabelecendo


critérios para a prestação dos benefícios e serviços ou, em outras palavras, definindo
parâmetros para a seleção daqueles que serão beneficiados pelas ações da seguridade
social. Ressalte-se que, na definição desses critérios, deve-se dar prioridade na prestação
dos benefícios e serviços a quem mais necessita e, com isso, promover a redistribuição de
renda em favor dos mais pobres (distributividade).

42
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 104
Princípios constitucionais da seguridade social

Irredutibilidade do valor dos benefícios:

A irredutibilidade do valor dos benefícios é uma verdadeira garantia dos beneficiários da


seguridade social. É um importante princípio, que se aplica de 2 (duas) maneiras
diferentes.

No caso de benefícios previdenciários (pensão por morte e aposentadoria, por exemplo), a


CF/88 garante que não haverá redução do valor real (art. 201, § 4º). Preserva-se, assim, o
poder aquisitivo do segurado da previdência social, impedindo-se que o benefício seja
corroído pela inflação. O STF também já reconhece que os benefícios previdenciários estão
protegidos em seu valor real.

Já no caso de outros benefícios da seguridade social (como o benefício assistencial), a CF/88


garante a preservação do valor nominal. Esses benefícios não estarão protegidos contra os
efeitos da inflação. O que se veda é que, por exemplo, a legislação infraconstitucional,
estabeleça um valor menor para os benefícios da seguridade social.

DICA 105
Princípios constitucionais da seguridade social

Equidade na forma de participação no custeio:

O princípio da equidade na formação de participação no custeio é decorrência do princípio


da capacidade contributiva. Segundo esse princípio, cada um deverá contribuir na
proporção da sua capacidade contributiva; assim, aqueles com maiores rendas deverão
contribuir mais.

É necessário enfatizar que o princípio da equidade na forma de participação no custeio


aplica-se apenas à previdência social. Isso porque essa é a única área, dentro da seguridade
social, que depende da contribuição dos segurados. Desse modo, as contribuições para a
previdência social são maiores ou menores, conforme a renda do segurado. Rendas
maiores correspondem a alíquotas maiores de contribuições para a seguridade social.

43
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

NOÇÕES DE DIREITO PENAL

DICA 106

VAMOS APROFUNDAR...

O estado de necessidade é uma causa de exclusão de ilicitude quando ocorre conflito


entre dois bens jurídicos e um deles é sacrificado para a proteção do outro.

O Código Penal Brasileiro adotou a teoria unitária do estado de necessidade, segundo a


qual, em um estado de perigo atual o agente sacrifica o bem de igual ou menor
relevância e protege o bem jurídico de igual ou superior relevância.

ESTADO DE
NECESSIDADE

Perigo atual

Perigo inevitável

Proteção do bem
jurídico de igual ou
maior relevância.

DICA 107

CLASSIFICAÇÃO – ESTADO DE NECESSIDADE DEFENSIVO E AGRESSIVO

 O estado de necessidade defensivo ocorre quando a pessoa que causou a situação de


perigo atual é a que tem o bem jurídico sacrificado

 O estado de necessidade agressivo ocorre quando o bem jurídico sacrificado é de


um indivíduo que não possui relação com a situação de perigo.

 E A BANCA CESPE JÁ COBROU...

(CEBRASPE (CESPE) - Oficial Técnico de Inteligência/Direito/2010)

... Julgue o item a seguir, acerca das causas excludentes de ilicitude e do concurso de
pessoas. Considere a seguinte situação hipotética.
Ana estava passeando com o seu cão, da raça pitbull, quando, por descuido, o animal soltou-
se da coleira e atacou uma criança. Um terceiro, que passava pelo local, com o intuito de
salvar a vítima do ataque, atingiu o cão com um pedaço de madeira, o que causou a morte
do animal.
Nessa situação hipotética, ocorreu o que a doutrina denomina de estado de necessidade
agressivo.

( ) Certo
(x) Errado. A Justificativa está acima!

44
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 108

ESTADO DE NECESSIDADE RECÍPROCO


O estado de necessidade recíproco ocorre quando, duas ou mais pessoas ajam,
simultaneamente, em estado de necessidade, umas contra as outras. Um exemplo
seria duas pessoas em um naufrágio disputando um colete salva-vidas.
DICA 109

COMO JÁ APRESENTADO EM NOSSAS DICAS....


São Causas excludentes de ilicitude:

ESTADO DE
Perigo Atual
NECESSIDADE

LEGÍTIMA DEFESA Injusta agressão


PORÉM MUITO CUIDADO! A CESPE sempre tenta confundir a aplicação do estado
de necessidade e da legitima defesa.

GRAVEM ESSA DICA: Ao analisar casos concretos diferencie as causas excludentes de


ilicitude conforme o esquema apresentado acima.

(CEBRASPE (CESPE) - Agente Federal de Execução Penal (DEPEN)/2005)

... João e Pedro ajustaram entre si a prática de um furto a uma loja de produtos importados
que julgavam estar abandonada. Segundo o acerto, João entraria na loja, de lá subtrairia
um televisor, no valor de R$ 3.500,00, e retornaria ao carro em que Pedro, ao volante, o
estaria aguardando.

No dia do crime, 15 de março de 2004, por volta das onze horas da manhã, João, ao
ingressar na loja, deparou-se com Maria, que lá estava sem que João ou Pedro o soubessem.

Antes de subtrair o televisor, João, com a intenção de matar Maria e com isso assegurar o
proveito da subtração, atacou-a com uma faca e produziu ferimentos que acarretaram,
posteriormente, a retirada de um de seus rins. Maria, no momento da investida de João,
resistiu e atingiu-o com um forte soco, que provocou a fratura de um dos ossos do rosto de
João.

Impossibilitado de prosseguir no ataque a Maria, em razão da intensa dor que sentiu no


rosto, João fugiu e levou consigo o televisor para o carro em que Pedro o aguardava.

Maria, empregada da loja, mesmo ferida pela faca utilizada por João, telefonou para a
polícia, que, imediatamente, de posse da descrição de João e do carro utilizado na fuga,
pôs-se a procurá-lo nas redondezas.

No final da tarde, a polícia efetuou a prisão de João e de Pedro, que já tinham vendido a
Carlos, sabedor da origem criminosa, o televisor subtraído da loja.

45
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

A respeito da situação hipotética acima, julgue o item a seguir:


Maria, ao ofender a integridade física de João, agiu em estado de necessidade.

( ) Certo
(X) Errado
DICA 110

ERRO DE TIPO PERMISSIVO (descriminante putativa fática): acontece quando, por


falsa percepção da realidade, o agente não se dá conta da presença de um elemento
constitutivo do tipo.

Ex. 1: Elementos constitutivos do crime de furto (art.155): subtrair COISA ALHEIA. Se


A pega um celular acreditando ser o seu, incorrerá em erro de tipo.
Ex. 2: Elemento constitutivo do crime de homicídio: matar ALGUÉM. Se A atira em
uma pessoa acreditando que atirou em um animal durante uma caça, incorrerá em
erro de tipo.
Ex. 3: Elemento constitutivo do crime de transportar drogas. A leva um presente
enviado por B para C sem saber que o presente consiste em drogas = erro de tipo pois
A não sabia que se tratava de drogas.
● SE evitável/vencível/inexcusável: EXCLUI O DOLO E PERMITE A
CONDENAÇÃO POR CULPA, se houver essa modalidade culposa no tipo
do crime. Nos exemplos acima, somente no caso de homicídio caberá a
modalidade culposa.
● SE inevitável/invencível/escusável: ocorre quando o agente não
poderia evitar o erro. EXCLUIRÁ TANTO O DOLO QUANTO A CULPA
SE O ERRO FOR INEVITÁVEL/INVENCÍVEL.
Art. 20, CP - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o
dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
*Descriminantes putativas
§ 1º - É ISENTO de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo.   
DICA 111

ERRO DE PROIBIÇÃO (ou sobre a ilicitude do fato):

- Agente desconhece ou não compreende o conteúdo da norma. Ex.: Holandês que


vem ao Brasil e usa maconha, sem saber que aqui é proibido.
- Agente não compreende o caráter reprovável de sua OMISSÃO quando a lei o
determina agir.
- Agente supõe estar agindo acobertado por uma excludente de ilicitude, o erro é
sobre uma causa de justificação.

Art. 21, CP - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato,


se inevitável, isenta de pena; SE EVITÁVEL, poderá diminuí-la de um sexto a um
terço.

46
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a


consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou
atingir essa consciência.
DICA 112

RELEVÂNCIA DA OMISSÃO – CRIMES OMISSIVOS IMPRÓPRIOS

A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado. O dever de agir incumbe a quem:

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; Ex.: Pai que deixa de
alimentar o filho recém-nascido e este morre, o pai responde por homicídio doloso.
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado (posição de
garantidor); Ex.: Salva-vidas, diretora da escola e o dever de cuidado com os alunos.
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Ex.:
Uma pessoa que, brincando, joga uma pessoa na piscina e, posteriormente, percebe que
esta não sabe nadar tem o dever de salvá-la. Caso não o faça, responde pelo crime. Ex.2:
caso do vizinho que acendeu uma fogueira para queimar seu lixo e, no entanto, esquece
de apagá-la, ocasionando um incêndio de grandes proporções, atingindo o imóvel de
vizinho, que vem a óbito.
DICA 113

Nos crimes de omissão própria não cabe tentativa, haja vista que a própria omissão
configura a consumação. Se o sujeito age de acordo com o comando da lei, não pratica o
fato típico (art. 135, CP - omissão de socorro).

Por sua vez, no crime omissivo impróprio é perfeitamente possível a tentativa, isto
porque o agente tem um dever especifico (art. 13 § 2º CP), e responde pelo resultado.

VAMOS DE BÔNUS DENTRO DA DICA?!

*CRIMES QUE NÃO ADMITEM MODALIDADE TENTATIVA

- MACETE!!! CCHOUP

Contravenções (art. 4º da LCP)


Culposos
Habituais (art. 229, 230, 284, CP)
Omissivos próprios (art. 135 CP)
Unissubsistentes (Injúria verbal)
Preterdolosos (art. 129 § 3º CP)


Art. 14, CP - Diz-se o crime:
*Crime consumado

47
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

I - CONSUMADO, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição


legal;
*Tentativa
II - TENTADO, quando, iniciada a execução, não se consuma por
circunstâncias alheias à vontade do agente.

Pena de tentativa: Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena


correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.
DICA 114

MOEDA FALSA
Art. 289, CP - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda
de curso legal no país ou no estrangeiro:
Pena - reclusão, de três a doze anos, E multa.
ATENÇÃO! O referido tipo penal reprime a conduta de falsificar dinheiro e pode ser a
falsificação de moeda nacional ou estrangeira. Isto quer dizer que não há necessidade
de colocar em circulação o dinheiro para configurar o crime previsto no art. 289.
DICA 115

CARACTERÍSTICAS DO CRIME DE MOEDA FALSA


➢ É vedada a aplicação do princípio da insignificância para o crime de moeda
falsa, pois se trata de um crime contra a fé pública.
➢ Não é possível o arrependimento posterior no caso de crime de moeda falsa,
vez que a vítima do crime não é a pessoa quem recebeu o dinheiro falso, mas sim
a sociedade.
➢ O crime de moeda falsa só existe na modalidade dolosa. Crimes contra a fé
pública só ocorrem se houver dolo.
DICA 116

JUÍZO COMPETENTE – CRIME DE MOEDA FALSA


A competência para julgar o crime de moeda falsa é a Justiça Federal.
ATENÇÃO!
No entanto, deve-se atentar para a SÚMULA Nº 73 DO STJ: “a utilização de papel moeda
grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da
justiça estadual”.


Neste sentido, é importante diferenciar a moeda que é apta a enganar alguém e a
que não é apta, vez que se a moeda é grosseiramente falsificada estamos diante
de um crime de estelionato, julgado na justiça estadual.
DICA 117

FORMA EQUIPARADA, MODALIDADE PRIVILEGIADA E MODALIDADE


QUALIFICADA DO CRIME DE MOEDA FALSA

48
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Destrinchando o art. 289, CP...


Forma equiparada
§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta,
adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
Modalidade privilegiada
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a
restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com detenção, de seis
meses a dois anos, E multa.
Modalidade qualificada
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, E multa, o funcionário público
ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou autoriza a
fabricação ou emissão:
I - de moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei;
II - de papel-moeda em quantidade superior à autorizada.
Modalidade qualificada
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulação não
estava ainda autorizada.
DICA 118

CRIMES ASSIMILADOS AO DE MOEDA FALSA


Art. 290, CP - Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de
cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos,
para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização; restituir à
circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de
inutilização:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, E multa.
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a doze anos E multa, se o crime é
cometido por funcionário que trabalha na repartição onde o dinheiro se achava
recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão do cargo.

Crimes
assimilados ao
de moeda falsa

Forma moeda com


fragmento de outras

Suprimir sinal indicativo de


inutilização da cedula

Restituir à circulação moeda


já recolhida para fim de
inutilização

49
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 119

PETRECHOS PARA FALSIFICAÇÃO DE MOEDA


Art. 291, CP - Fabricar, adquirir, fornecer, A TÍTULO ONEROSO OU GRATUITO,
possuir ou guardar maquinismo, aparelho, instrumento ou qualquer objeto
especialmente destinado à falsificação de moeda:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, E multa.
ATENÇÃO!
 Os petrechos para falsificação de moeda é um crime subsidiário ao de falsificação,
portanto, se no local do crime encontrar petrechos e a moeda o sujeito responderá pelo
crime previsto no art. 289, não havendo que se falar em concursos de crimes.
 Objeto especialmente destinado à falsificação de moeda pode ser entendido como
qualquer coisa que tenha como finalidade a falsificação de moeda.
DICA 120

FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO


Art. 297, CP - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, OU ALTERAR
documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, E multa.
*Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
aumenta-se a pena de sexta parte.
*Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de
sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.
*Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a
fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de
segurado obrigatório;
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento
que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da
que deveria ter sido escrita;
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as
obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da
que deveria ter constado.
*ATENÇÃO!!! Nas mesmas penas incorre QUEM OMITE, nos documentos mencionados
acima, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do
contrato de trabalho ou de prestação de serviços.
DICA 121

FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PARTICULAR

Art. 298, CP - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular OU ALTERAR


documento particular verdadeiro:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, E multa.

50
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

*Falsificação de cartão = Equipara-se a documento particular o cartão de crédito ou


débito.
DICA 122

JURISPRUDÊNCIA DO STJ:
O crime previsto no art. 297, caput, do CP se consuma com a efetiva falsificação ou
alteração do documento, não se exigindo, portanto, para a sua configuração, o uso
ou a efetiva ocorrência de prejuízo. (HC 57.599/PR, Rel. Ministro FELIX FISCHER,
QUINTA TURMA, julgado em 10/10/2006, DJ 18/12/2006, p. 423)
DICA 123

ATENÇÃO!
STJ: Uso de falsificação grosseira de documento não é crime!
STJ absolveu um cidadão de São Paulo do crime de falsificação de uma carteira nacional de
habilitação (CNH). Ele havia sido condenado a dois anos de reclusão, mas a Sexta Turma
reconheceu que, por ser grosseira e notada por uma pessoa comum, a falsificação
não constitui crime, pela ineficácia do meio empregado. (STJ, HC Nº 119.054 - SP
(2008/0233685-9)
*Entendeu ser crime impossível e absolveu o paciente com base no art. 17 do CP:
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por
absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
DICA 124

FALSIDADE IDEOLÓGICA

Art. 299, CP - Omitir, EM DOCUMENTO PÚBLICO OU PARTICULAR, declaração que dele


devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia
ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante:
Pena - SE O DOCUMENTO É PÚBLICO = reclusão, de um a cinco anos e multa;
- SE O DOCUMENTO É PARTICULAR = reclusão de um a três anos, e multa,
*SE O AGENTE É FUNCIONÁRIO PÚBLICO, e comete o crime prevalecendo-se do
cargo, OU se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil,
AUMENTA-SE a pena de sexta parte.
DICA 125

O CRIME DE FALSIDADE IDEOLÓGICA é crime comum (haja vista poder ser praticado
por qualquer pessoa), bem como só é admitida sua forma tentada na modalidade
comissiva (ou seja, por ação), não sendo cabível na forma omissiva.

51
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

NOÇÕES DE DIREITO PROCESSUAL PENAL

DICA 126
INTERROGATÓRIO DO ACUSADO

O interrogatório é o momento do processo em que o acusado fornece sua versão dos


fatos. Sua natureza jurídica é híbrida, vez que pode ser tanto um meio de prova como
um meio de defesa.

ATENÇÃO! O interrogatório é inadequado em sede de inquérito policial.

DICA 127
PRESENÇA DO ADVOGADO NO INTERROGATÓRIO

Art. 185, CPP. O acusado que comparecer perante a autoridade judiciária, no curso do
processo penal, será qualificado e interrogado na presença de seu defensor, constituído ou
nomeado.

A presença do advogado é obrigatória sob pena de nulidade nos termos da SÚMULA


523 do STF:

“No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só
o anulará se houver prova de prejuízo para o réu”.

DICA 128
MOMENTO DO INTERROGATÓRIO

Art. 196, CPP. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou
a pedido fundamentado de qualquer das partes.

Em regra, o interrogatório ocorre no último ato da audiência de instrução e


julgamento. Não obstante, o juiz pode proceder a novo interrogatório para
esclarecimentos, ex officio ou a pedido das partes, a qualquer tempo.

DICA 129
PRINCÍPIOS DO INTERROGATÓRIO

➢ Público: se não houver sigilo qualquer um pode ouvir o interrogatório do réu;


➢ Personalíssimo: é feita ao acusado, não pode ser nem ao advogado;
➢ Oralidade: É oral;
➢ Individualidade: É individual ao réu, cada um é interrogado separadamente;
➢ Judicialidade: é feito perante o juiz; e
➢ Espontaneidade: deve ser livre de pressão e constrangimentos.

52
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 130
PROCEDIMENTO DO INTERROGATÓRIO

➢ Direito de entrevista preliminar reservada: O acusado tem direito de ser


orientado previamente por seu advogado para que entenda o procedimento e até,
mesmo, a maneira de se comportar. O juiz é obrigado a propor a entrevista
preliminar sob pena de NULIDADE.

***§5º do art. 185 do CPP: “Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá
ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por
videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para
comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de
audiência do Fórum, e entre este e o preso”.

➢ Qualificação: A qualificação do ofendido é o momento em que ele se identifica


perante a autoridade judicial. ***A jurisprudência entende que a qualificação é
sempre obrigatória.
➢ Perguntas ao ofendido:

 A parte de individualização trata-se de perguntas sobre a pessoa do acusado, sobre sua


vida, profissão, vida pregressa, entre outros.

 A parte dos fatos trata-se dos fatos concernentes ao crime.

Art. 187, CPP. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a PESSOA DO
ACUSADO e SOBRE OS FATOS.

§ 1º Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida


ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa,
notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do
processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a
cumpriu e outros dados familiares e sociais.

§ 2º Na segunda parte será perguntado sobre:

I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;

II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se
conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam,
e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela;

III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta;

IV - as provas já apuradas;

V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se


tem o que alegar contra elas;

VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com
esta se relacione e tenha sido apreendido;

53
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e
circunstâncias da infração;

VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa.

DICA 131
DESFECHO E REPERGUNTAS DO INTERROGATÓRIO

Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para
ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se entender pertinente e
relevante. Será possível também reperguntas, as quais serão direcionadas ao juiz
(SISTEMA PRESIDENCIALISTA), que poderá indeferi-las se entender impertinentes.

Se o interrogando negar a acusação, no todo ou em parte, poderá prestar


esclarecimentos e indicar provas. Se confessar a autoria, será perguntado sobre os
motivos e circunstâncias do fato e se outras pessoas concorreram para a infração, e quais
sejam.

DICA 132
ATA DE AUDIÊNCIA

No desfecho do interrogatório é registrado a ATA DE AUDIÊNCIA. Se o acusado não


quiser ou não puder assinar, isso fica CONSIGNADO EM ATA, não ensejando
prejuízo e a hipótese de nulidade do ato.

DICA 133
INTERROGATÓRIO DO RÉU PRESO

***Em regra, em que pese não acontecer na prática, o juiz deve ir ao estabelecimento
prisional interrogar o réu.

 Art. 185, §1º, CPP: “O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança do
juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defensor e
a publicidade do ato”.

No estabelecimento são asseguradas as seguintes prerrogativas:

• Sala reservada;
• Publicidade do ato;
• Presença do defensor; e
• Segurança do JUIZ, membro de MP e auxiliares (o legislador esqueceu dos
advogados);

A exceção é a ida do réu ao fórum (o que acontece no Brasil na prática).

54
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 134
INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA

Art. 185, §2º, CPP. EXCEPCIONALMENTE, o juiz, por decisão fundamentada, DE OFÍCIO
OU A REQUERIMENTO DAS PARTES, poderá realizar o interrogatório do réu preso por
sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons
e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma
das seguintes finalidades:

I. Prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso
integre ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ou de que, por outra razão, POSSA FUGIR durante o
deslocamento;

II. Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante
dificuldade para seu comparecimento em juízo, por ENFERMIDADE ou outra
CIRCUNSTÂNCIA PESSOAL;

III. Impedir a INFLUÊNCIA DO RÉU no ânimo de testemunha ou da vítima, DESDE


QUE não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos
do art. 217 deste Código;

IV. Responder à GRAVÍSSIMA QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA.

DICA 135
OUTRAS FORMALIDADES NO INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA:

Devem ser asseguradas ao réu algumas prerrogativas no caso do interrogatório por


videoconferência:

• Intimação com antecedência de 10 dias: é dado um tempo de preparo e


orientação ao réu sobre como se portar diante da videoconferência;
• Acesso a canais telefônicos reservados entre os advogados e o cliente: como
o réu se encontra em local diverso da audiência, preconiza-se o uso de dois
advogados, um na audiência e outro na sala de interrogatório. A troca de
informações entre os advogados ou entre o advogado da audiência e o cliente é
assegurado mediante uma linha telefônica sigilosa.
• Fiscalização pela OAB, MP e Corregedores

Art. 185,CPP (...)

§3º Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as


partes serão intimadas com 10 (DEZ) DIAS de antecedência.

§4º Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo
sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e
julgamento de que tratam os arts. 400, 411 e 531 deste Código.

§5º Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista


prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também
garantido o acesso a CANAIS TELEFÔNICOS RESERVADOS para comunicação entre o
defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e
entre este e o preso.

55
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

§6º A sala reservada no estabelecimento prisional para a realização de atos processuais por
sistema de videoconferência será fiscalizada pelos CORREGEDORES e pelo juiz de cada
causa, como também pelo MINISTÉRIO PÚBLICO e pela ORDEM DOS ADVOGADOS DO
BRASIL.

§7º Será requisitada a apresentação do réu preso em juízo nas hipóteses em que o
interrogatório não se realizar na forma prevista nos §§ 1º e 2º deste artigo.

§8º Aplica-se o disposto nos §§ 2º, 3º, 4º e 5º deste artigo, no que couber, à realização de
outros atos processuais que dependam da participação de pessoa que esteja presa, como
acareação, reconhecimento de pessoas e coisas, e inquirição de testemunha ou tomada de
declarações do ofendido.

§9º Na hipótese do § 8º deste artigo, fica garantido o acompanhamento do ato processual


pelo acusado e seu defensor.

DICA 136
CASOS ESPECÍFICOS DE INTERROGATÓRIO

➢ Surdo, mudo e surdo-mudo:

Art. 192, CPP. O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será feito pela forma
seguinte:

I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá


oralmente;

II - ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito;

III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo modo


dará as respostas.

➢ Interrogado que não saiba ler ou escrever:

Art. 192, CPP. Parágrafo único. Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no
ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo.

➢ Interrogado que não fala a língua nacional:

Art. 193, CPP. Quando o interrogando não falar a língua nacional, o interrogatório será feito
por meio de intérprete.

➢ Art. 195, CPP. Se o interrogado não souber escrever, não puder ou não
quiser assinar, tal fato será consignado no termo.

DICA 137
TESTEMUNHA

Conforme art. 202 do CPP “Toda pessoa poderá ser testemunha”. Testemunha é toda
pessoa desinteressada que expressa juízo de valor sobre um fato criminoso, e que teve
alguma relação com o caso.

56
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Podem depor no processo penal os menores de dezoito anos, doentes e deficientes


mentais.

Trata-se de um meio de prova.

DICA 138
PRINCÍPIOS QUE REGEM A PROVA TESTEMUNHAL

➢ Judicialidade: a testemunha presta seu depoimento diante do Juiz;


➢ Oralidade: Não é admitido testemunha por escrito, apenas oral, com exceção do
Presidente da República e Vice, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do
Senado Federal e Presidente do STF, tendo em vista o exercício de função pública;
➢ Objetividade: o depoimento deverá constar apenas aquilo que for necessário do
fato criminoso;
➢ Individualidade: cada testemunha será inquirida individualmente;
➢ Retrospectividade: o testemunho atestará fatos anteriores à audiência.

DICA 139
RECUSA DA TESTEMUNHA

Art. 206, CPP. A testemunha NÃO poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão,
entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o
cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,
SALVO quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova
do fato e de suas circunstâncias.

Os parentes do réu poderão recusar a testemunhar. Caso se predisponham a prestar


depoimento, não prestarão compromisso. Isso não vale para os parentes da vítima.

No entanto, sendo fonte única de provas, os parentes do réu não poderão se recusar a
depor, mas ainda assim serão descompromissados com a verdade.

DICA 140
DEVERES DA TESTEMUNHA

➢ Comparecimento obrigatório da testemunha na data e hora marcada sob pena


de condução coercitiva, pagamento de custos da diligência, responder por
desobediência e pagamento de multa;
➢ Compromisso com a verdade: dizer a verdade, não negar a verdade, nem calar a
verdade, sob pena do crime de falso testemunho;

Informar a residência: a testemunha é obrigada a informar ao juiz onde encontrá-la.


Caso ela se mude, dentro do período de 01 ano, deve ser atualizado o novo endereço.

57
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

RACIOCÍNIO LÓGICO

DICA 141

Princípio do terceiro excluído

Toda proposição tem um dos dois valores lógicos: ou verdadeiro ou falso, excluindo-
se qualquer outro.

"Quem diz de uma coisa que é ou que não é ou dirá o verdadeiro ou dirá o falso. Mas se
existisse um termo médio entre os dois contraditórios nem do ser nem do não ser poder-
se-ia dizer que é o que não é." (Aristóteles)

O princípio do terceiro excluído estabelece que só existem dois valores lógicos. Assim,
por exemplo, a proposição p (“Existe vida fora da Terra”) só pode assumir uma das duas
possibilidades, V ou F, excluindo-se um hipotético valor lógico “talvez”, “não lembro” ou
“pode ser”.

DICA 142

Princípio de não contradição

Uma proposição não pode ser, simultaneamente, verdadeira e falsa.

"Efetivamente, é impossível a quem quer que seja acreditar que uma mesma coisa seja e
não seja" (Aristóteles)

O princípio de não contradição decreta que uma proposição não pode ser
simultaneamente V e F. Assim, se uma proposição é verdadeira, já temos certeza de que
ela não pode ser falsa, e reciprocamente.

O valor lógico de uma proposição p é indicado por V(p). Por exemplo, se a proposição p for
falsa, indicamos V(p) = F.

DICA 143

→ Quando o evento é igual ao espaço amostral, dizemos que o evento é certo.


→ Quando o evento é igual ao conjunto vazio, dizemos que o evento é impossível.

DICA 144

Os passos básicos para resolver os problemas com o Princípio Fundamental da


Contagem são os seguintes:

1) Identificar as etapas do problema.


2) Calcular a quantidade de possibilidades em cada etapa.
3) Multiplicar.

58
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 145

É comum querermos saber qual é a participação percentual de uma parte do todo. Por
exemplo, imagine que em um grupo de 300 pessoas, 120 são homens. Como calculamos a
participação percentual dos homens? Basta dividir a “parte” pelo “todo”. E para transformar
o resultado em porcentagem, devemos multiplicar o resultado por 100%.

120
∙ 100% = 40%
300

Isto significa que 40% das 300 pessoas são homens.

59
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

INFORMÁTICA

DICA 146

SISTEMAS EXISTEM DENTRO DE OUTROS SISTEMAS

Cada sistema é constituído de subsistemas e, ao mesmo tempo, faz parte de um sistema


maior: o supra-sistema. Cada subsistema pode ser detalhado em seus subsistemas
componentes, e assim por diante.

Também o suprasistema faz parte de um supra-sistema maior. Esse encadeamento parece


ser infinito. Bem, as moléculas existem dentro de células, que existem dentro de tecidos,
que compõem os órgãos, que compõem os organismos, e assim por diante.

DICA 147

Os Sistemas de Apoio às Operações (ou Sistema de Informações Operacionais)


estão relacionados ao nível operacional. Eles têm a necessidade de uma administração
operacional e auxiliam a execução de funções operacionais: estocagem, produção, vendas,
faturamento, manutenção, entre outros. São sistemas que – em geral – realizam controle
de estoque, controle de compras, controle patrimonial, planejamento de vendas, etc.

DICA 148

Os Sistemas de Processamento de Transações coletam e armazenam dados sobre


transações e algumas vezes controlam decisões que são feitas como parte de uma transação
– sendo uma transação qualquer troca relacionada com negócios, como pagamento a
empregados, vendas a clientes e pagamento a fornecedores. É usado para dar suporte às
atividades do pessoal não gerencial e pelos níveis da administração operacional da
organização.

DICA 149

Enterprise Resource Planning (ERP)

O Planejamento de Recursos Empresariais são sistemas que integram diferentes


processos e dados da empresa, reunindo-os em apenas um local. Dessa forma, os dados
de todos os departamentos da organização são integrados e armazenados. Os dados
fornecidos pelos sistemas ERP ajudam a trazer mais agilidade aos processos e permitem
cumprir a produção por demanda. O objetivo é reduzir os estoques e até mesmo eliminá-
lo, evitando os gastos com armazenamento.

DICA 150

PAN (Personal Area Network)

É a rede de área pessoal. Isto é, que atende um só usuário. Hoje em dia, é bem fácil
conseguirmos visualizar isso: uma só pessoa pode ter um relógio inteligente (smartwatch),
que se conecta ao seu telefone inteligente (smartphone), que se conectam ao tablet e ao
computador, entre outros.

60
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

Portanto, uma rede de dispositivos que cercam e atendem a uma só pessoa. Está é a
característica que vai te fazer lembrar do nome PAN, pois o P que remete à Pessoa.

DICA 151

LAN (Local Area Network)

É a rede de área local. Isto é, que atende as máquinas de um local específico, como, por
exemplo, a sede de uma empresa na qual vários computadores estão interligados.

Não há uma metragem específica que define os metros exatos até os quais será considerada
uma rede LAN. O importante é entender que ela abrange uma localidade, podendo ser
uma residência, uma fábrica e até mesmo um edifício inteiro de uma empresa, por exemplo.

DICA 152

MAN (Metropolitan Area Network)

É a rede de área metropolitana. Ou seja, que abrange um município inteiro ou uma


cidade, por exemplo.

DICA 153

WAN (Wide Area Network)

Uma rede que alcança mais de uma só área metropolitana. Isto é, alcança duas cidades,
dois continentes e até mesmo todo o globo.

DICA 154

Tipos de Enlaces

Enlace se refere à ligação entre os dispositivos de uma rede de comunicação. É


possível estabelecer, basicamente, dois grandes gêneros de enlace: ponto-a-ponto e
difusão.

Ponto-a-ponto

Como o nome sugere, é a ligação entre um dispositivo A e B. Portanto, a comunicação é


feita de um remente a um receptor. Isto é o que chamamos de Unicast: quando a
informação é entregue a um único destinatário.

Difusão

Na difusão, um dispositivo envia a comunicação a vários dispositivos. Portanto, ao invés de


ser transmitida diretamente para um só destinatário, a comunicação é “espalhada”.

DICA 155

O cabo coaxial, revestido por PVC, apresenta relativa resistência a algumas substâncias,
possui largura de banda maior que um par trançado (mesmo que tenha taxa de transmissão

61
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

menor) e cobre distâncias maiores. Entretanto, embora seja muito resistente a ruídos
elétricos, NÃO possui imunidade.

DICA 156

Python é uma linguagem de programação de alto nível, interpretada, multiparadigma


e case-sensitive sendo bastante utilizada para desenvolvimento web, criação de fluxos de
trabalho, conexão com bancos de dados, resolução de problemas matemáticos, prototipação
de software, entre outros.

DICA 157

Python é distribuída sob uma licença própria (compatível com a GPL), que permite a
distribuição – comercial ou não – tanto da linguagem quanto de aplicações desenvolvidas
nela, em formato binário ou código fonte, bastando cumprir a exigência de manter o
aviso de copyright.

DICA 158

O comando while utilizado em algoritmos implementa laços com teste antecipado de


condições, testando a condição e, sendo ela verdadeira, executando o bloco de comandos.

DICA 159

Python permite utilizar ponto-e-vírgula (;) para delimitar comandos, mas de forma
opcional – assim como em outras linguagens como JavaScript e Typescript.

DICA 160

Uma função é um bloco de código que é executado apenas quando é invocado. São três
passos bem simples:

1) uma função é invocada;


2) é passado algum dado como parâmetro ou não;
3) e algum dado é retornado como resultado.

No Python, uma função é definida utilizando a palavra-chave def. Sempre que você vir
essa palavra em um código-fonte, saiba que ela está definindo uma função.

DICA 161

Na estrutura de repetição while, a iteração (loop) era realizada baseado em uma


expressão lógica, que poderia ser verdadeira ou falsa. A estrutura de repetição for
funciona de maneira um pouco diferente – a iteração é realizada baseado em uma coleção
(ou objeto iterável). Logo, a iteração é realizada sobre itens de listas, tuplas, sets,
dicionários ou – até mesmo – strings.

DICA 162

Python permite que programas sejam compilados para um formato portável chamado
de bytecode. Essa característica faz com que programas escritos nessa linguagem com
uma biblioteca padrão sejam executadas da mesma forma em diversos sistemas
operacionais que possuam um software interpretador de Python.

62
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08
Memorex PF (Agente) - Rodada 06

DICA 163

Python possui uma interface com muitas bibliotecas e sistemas de janela, sendo extensível
em C/C++. Além disso, pode ser utilizada como linguagem de extensão para aplicações
que necessitam de uma interface programável (muito comum em aplicativos, jogos,
processamento de textos, dados científicos e motores de busca).

DICA 164

Python possui funcionalidades para expressões regulares; sockets; threads;


data/tempo; analisadores XML; analisadores de arquivos de configuração;
manipulação de arquivos e diretórios; persistência de dados; unidades de testes;
bibliotecas clientes para os protocolos HTTP, FTP, IMAP, SMTP e NNTP.

DICA 165

Python suporta o paradigma orientado a objetos com todos os seus componentes, tais
como herança (simples ou múltipla), polimorfismo, sobrescrita, encapsulamento, abstração,
reflexão, introspecção, etc! Não é necessário entender o que isso significa exatamente,
apenas saber que ele suporta e que tudo em Python é um objeto.

63
Licensed to Julia caruna mendes da silva - juliacaruna@gmail.com - 018.461.483-08

You might also like