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AULA 01 – Estocagem

Disciplina: CET 877 – Gestão de armazenagem


Profa. Dra. Priscila Pereira Suzart de Carvalho
ESTOCAGEM

ARMAZENAGEM
1. O QUE É ESTOCAGEM E ARMAZENAGEM?
1.1 Definição
Estocagem – representa a proteção segura e
organizada de todos os materiais presentes em um armazém.
Segue uma ordem de prioridade de uso que está inserida nas
operações de produção e de peças que serão despachadas

Armazenagem – consiste na atividade de estocagem


ordenada e também a distribuição de produtos finalizados
dentro da fábrica ou em locais predeterminados pela produção
1. O QUE É ESTOCAGEM E ARMAZENAGEM?
1.1 Definição
2. O QUE É ESTOQUE?
2.1 Definição
São acumulações de matérias-prima, suprimentos,
componentes, materiais em processo e produtos acabados
que surgem em numerosos pontos do canal de produção e
logística das empresas.

O custo manutenção desses estoques pode representar de 20


a 40 % do seu valor por ano.
2. O QUE É ESTOQUE?
2.1 Definição
Em razão de a maioria das operações envolver fluxos de materiais, clientes e/ou informações, em alguns pontos,
provavelmente haverá estoques de materiais e informações e filas de clientes esperando por bens ou serviços
2. O QUE É ESTOQUE?
2.2 Por que existe estoque?

O estoque existirá porque existe uma diferença de ritmo (ou de taxa) entre fornecimento e
demanda. Se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente quando fosse
demandado, o item nunca necessitaria ser estocado
CUIDADO: enquanto o gerenciamento do material físico ocupa-se em encomendar e
manter os volumes corretos de bens ou materiais para lidar com as variações de fluxo, e o
gerenciamento de filas ocupa-se com o nível de recursos para lidar com a demanda, um
banco de dados representa a acumulação de informações, mas não causa uma interrupção
no fluxo. O gerenciamento de banco de dados diz respeito à organização dos dados, seu
armazenamento, segurança e recuperação (acesso e busca).
2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
2.1 Razões a favor do estoque
Os sistemas operacionais podem não ser
projetados para reagir instantaneamente às
solicitações dos clientes em matéria de
produtos ou serviços

Melhorar o serviço
Os estoques proporcionam um nível de
ao cliente disponibilidade de produtos ou serviços que,
quando perto dos clientes, acabam
satisfazendo as altas expectativas destes em
matéria de disponibilidade.
Dessa disponibilidade muitas vezes acaba
resultando não apenas a manutenção como
também o aumento do nível de vendas.
Ex.: oficinas de manutenção de automóveis e
fabricante de automóveis
2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
2.1 Razões a favor do estoque
Embora a manutenção de estoques implique
em custos adicionais, sua utiliza acaba
indiretamente reduzindo os custos
operacionais em outras atividades do canal
de suprimentos
Reduzir os custos
1) A existência dos estoques proporciona
economias consideráveis ao permitir
operações de produção mais
prolongadas e equilibradas.
O volume de produção pode ser
desacoplado da variação da demanda
quando se dispõe de estoques
suficientes para funcionar como
pulmão entre essas duas variáveis.
2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
2.1 Razões a favor do estoque
Embora a manutenção de estoques implique
em custos adicionais, sua utiliza acaba
indiretamente reduzindo os custos
operacionais em outras atividades do canal
de suprimentos
Reduzir os custos
2) A existência de estoques incentiva
economias em compras e transporte.
O custo da manutenção do excesso de
estoque é compensado pela redução de
preços obtida. De maneira similar,
consegue-se reduzir os custos do
transporte despachando em
quantidades maiores – que requerem
menos manuseio por unidade.
2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
2.1 Razões a favor do estoque
Embora a manutenção de estoques implique
em custos adicionais, sua utiliza acaba
indiretamente reduzindo os custos
operacionais em outras atividades do canal
de suprimentos
Reduzir os custos
3) Comprar antecipadamente representa
adquirir quantidades adicionais de
mercadorias pelos preços atuais, quase
sempre mais baixos, com isso deixando
de ter de comprá-los no futuro, a preços
certamente mais altos.
Se é esperada uma alta dos preços no
futuro, um estoque maior resultante da
compra antecipada é justificável.
2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
2.1 Razões a favor do estoque
Embora a manutenção de estoques implique
em custos adicionais, sua utiliza acaba
indiretamente reduzindo os custos
operacionais em outras atividades do canal de
suprimentos
Reduzir os custos
4) A inconstância dos prazos necessários à
produção e transporte de mercadorias ao
longo do canal de suprimentos pode
provocar incertezas com provável impacto
sobre os custos operacionais e também
sobre os níveis do serviço ao cliente.
Os estoques são usados em muitos pontos
do canal para reduzir o impacto desta
inconstância e, desta forma, facilitar as
operações.
2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
2.1 Razões a favor do estoque
Embora a manutenção de estoques implique
em custos adicionais, sua utiliza acaba
indiretamente reduzindo os custos
operacionais em outras atividades do canal
de suprimentos
Reduzir os custos
5) Choques não planejados e não
antecipados afetam o sistema logístico.
Greves trabalhistas, desastres naturais,
aumentos imprevistos da demanda e
atrasos no abastecimentos são tipos de
choques. Manter determinado nível de
estoque em pontos-chave do canal de
suprimentos permite que o sistema
continue a operar algum tempo.
2. AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES
2.2 Razões contra os estoques
É considerado como desperdício, pois absorvem capital que
teria utilização mais rentável se destinado a incrementar a
produtividade e a competitividade;
Os estoques acabam desviando a atenção da existência de
problemas de qualidade;

A utilização de estoques promove uma atitude de isolamento


sobre o gerenciamento global da cadeia de suprimentos. As
oportunidades que surgem do processo integrado de tomada
de decisões, que leva em conta o conjunto do canal, não são
incentivadas.
3. CUIDADOS COM OS ESTOQUES
3.1 A estocagem deve obedecer aos seguintes padrões:
Certificar-se de que o documento de entrada do material foi lançado no
sistema;
Alocar o material corretamente conforme determinado quando da
elaboração do layout.

Se não houver indicação do local apropriado para a guarda:


Observar a colocação do material nas prateleiras, sendo o mais leve na
parte superior e o mais pesado nas prateleiras inferiores;
Os matérias com validade devem ser supervisionados para que não
expirem;
Itens que requerem aclimatização devem ser tratados adequadamente,
conforme instruções do fabricante ou pelas normas da ABNT e Inmetro;
Devem ser verificados os itens que não podem receber umidade, luz ou
calor excessivo;
Produtos químicos e tóxicos devem receber tratamento especial;
Observar constantemente a segurança do local, não permitindo acesso
de pessoas estranhas;
Capacitar os funcionários a movimentar os materiais de acordo com as
regras de segurança e medicina do trabalho.
4. A curva ABC ou curva 80-20
O conceito de curva ABC deriva da observação dos perfis de produtos em muitas
empresas
A maior parte das vendas é gerada por relativamente poucos produtos
80% das vendas provêm de 20% dos itens da linha de produto
4. A curva ABC ou curva 80-20
O conceito de curva ABC deriva da observação dos perfis de produtos em muitas
empresas
A maior parte das vendas é gerada por relativamente poucos produtos
80% das vendas provêm de 20% dos itens da linha de produto
4. A curva ABC ou curva 80-20
Após a identificação dos itens, há necessidade de destacar esforços de gerenciamento nos
itens da classe A. Elaborar estratégias para reduzir os custos dos itens A é fundamental para
a redução de custos, portanto, é essencial rever as funções relacionadas a compras,
transportes, armazenagem e produção.
Exemplos que atuam estrategicamente nos itens A são:
 Centralização da área de compras no caso de materiais comprados, aproveitando sinergias
e aumento do poder de negociação;
 Alianças com fornecedores e clientes;
 Análise de eficiência e possíveis perdas na cadeia de abastecimento, seja no transporte,
armazenagem seja na produção;
 A administração moderna de matérias avalia e dimensiona convenientemente os estoques
em bases científicas, substituindo o empirismo e as suposições;
 Para uma visão geral dos investimentos, o método curva ABC é muito conhecido e seguro
para a definição dos itens que devem ter maiores e menores cuidados;
 A tabela didática atribui alguns valores ao gráfico, porém, ele deve ser analisado caso a
caso, isto é, cada empresa apresenta uma realidade e a divisão deve ser adequada a ela.
4. A curva ABC ou curva 80-20
Exercício:
A NP Consultoria de Estoques deseja implementar o sistema de classificação ABC
para diminuir o custo de estoque da empresa Parafusos Ltda. A empresa tem um
estoque com dez tipos de parafusos. Os dados a seguir referem-se às vendas desses
itens no ano passado.
5. TIPOS DE ESTOQUES
5.1 Estoque de ciclo
 Também chamado de regular ou básico .
 Ocorre porque um ou mais estágios na operação não
podem fornecer simultaneamente todos os itens que
produzem.
 É vital para atender a demanda média durante o tempo
entre reabastecimentos sucessivos.
 A quantidade de estoque de ciclo tem vínculo direto com
os tamanhos de lote de produção, volume econômico de
embarque, restrições de espaço de armazenagem, tempos
de ressuprimento, relação preço-quantidade e custos de
manter em estoque.
5. TIPOS DE ESTOQUES
5.2 Estoque de canal
 Também é chamado de estoque em trânsito.
 Representa aquele que se encontra em fluxo entre os
pontos de estocagem ou de produção porque o movimento
não é instantâneo.
 Do ponto de vista logístico, este introduz dois fatores de
complexidade na cadeia de suprimentos: o primeiro é o
fato de que, muitas vezes, deve ser pago
antecipadamente; e o segundo é estar normalmente
associado a alto grau de incerteza de localização e de
data de entrega.
 Entretanto, devido à tendência de redução do tamanho
dos pedidos, do aumento da frequência dos pedidos e da
adoção de estratégias baseadas no tempo, o estoque de
canal tem correspondido a uma significativa proporção do
estoque total.
5. TIPOS DE ESTOQUES
5.3 Estoque de segurança
 Também chamado estoque isolador ou estoque de
proteção.
 O estoque de segurança tem o propósito de compensar as
incertezas inerentes a demanda e tempo de
reabastecimento.
 É adicional ao estoque de ciclo e é caracterizado por meio
de procedimentos estatísticos que tratam da natureza
aleatória das variabilidades envolvidas.
5.4 Estoque de especulação
 Também chamado de estoque de antecipação.
 Ocorre em duas situações: quando as flutuações de
demanda são significativas, mas relativamente previstas
ou quando a especulação de preço acontece por períodos
além das necessidades de operações previsíveis. Na
primeira situação, atividade de compra antecipada, a
responsabilidade é da logística, já na segunda, é do
financeiro.
5. TIPOS DE ESTOQUES
5.5 Estoque obsoleto
 Também chamado de estoque morto ou reduzido ou fora
de linha.
 Ele consiste no estoque deteriorado, ultrapassado ou que
acaba sendo perdido/roubado durante um armazenamento
prolongado.
 Em se tratando de estoques de produtos de alto valor,
perecíveis ou fáceis de roubar, é indispensável a adoção
de precauções especiais para minimizar o seu volume.
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.1 Custos de estoque
Ao tomar a decisão de quanto comprar, primeiro
devemos identificar os custos que serão afetados por essa
decisão.

1) Custo de colocação do pedido


Cada vez que um pedido é colocado para reabastecer
estoque, são necessárias algumas transações que
representam custos para a empresa.
- Preparo do pedido e toda a documentação necessária;
- Arranjo para se fazer a entrega;
- Arranjo de pagar o fornecedor pela entrega;
- Custos gerais de manter todas as informações.
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.1 Custos de estoque
Ao tomar a decisão de quanto comprar, primeiro
devemos identificar os custos que serão afetados por essa
decisão.

2) Custo de desconto de preços


Em muitas indústrias, os fornecedores oferecem descontos
sobre o preço normal de compra para grandes quantidades.

Alternativamente, os fornecedores podem impor custos extras


para pequenos pedidos.
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.1 Custos de estoque
Ao tomar a decisão de quanto comprar, primeiro
devemos identificar os custos que serão afetados por essa
decisão.

3) Custos de falta de estoque


Se houver falta de estoque, haverá custos incorridos pela falha
no fornecimento aos consumidores.

Se os consumidores forem externos →poderão trocar de


fornecedor
Se os consumidores forem internos (cadeia interna)→ poderá
levar a tempo ocioso no processo seguinte, ineficiências e,
consequentemente, consumidores externos insatisfeitos
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.1 Custos de estoque
Ao tomar a decisão de quanto comprar, primeiro
devemos identificar os custos que serão afetados por essa
decisão.

4) Custos de capital de giro


Existe um lapso de tempo entre pagar a nossos fornecedores
e receber pagamento de nossos consumidores. Durante esse
tempo, é necessário fundos para manter os estoques que é
chamado de capital de giro, porque precisamos fazer “girar” o
estoque.
Custos associados:
- Juros pagos aos bancos por empréstimos
- Custos de oportunidade, de não investir em outros
lugares
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.1 Custos de estoque
Ao tomar a decisão de quanto comprar, primeiro
devemos identificar os custos que serão afetados por essa
decisão.

5) Custo de armazenagem
Custos associados à armazenagem física dos bens.
- Locação
- Climatização
- Iluminação
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.1 Custos de estoque
Ao tomar a decisão de quanto comprar, primeiro
devemos identificar os custos que serão afetados por essa
decisão.

¨6) Custos de obsolescência


Itens que estão armazenados por longo tempo, podem vir a se
tornar obsoletos ou deteriorar-se com a idade
- caso de uma mudança na moda
- caso da maioria dos alimentos
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.1 Custos de estoque
Ao tomar a decisão de quanto comprar, primeiro
devemos identificar os custos que serão afetados por essa
decisão.

7) Custos de ineficiência de produção


Altos níveis de estoque impedem a empresa de ver a completa
extensão de problemas dentro da produção
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.1 Custos de estoque
Ao tomar a decisão de quanto comprar, primeiro
devemos identificar os custos que serão afetados por essa
decisão.

1) Custos de colocação do pedido Custos que usualmente decrescem


à medida que o tamanho do
2) Custos de desconto de preços pedido é aumentado
3) Custos de falta de estoques
4) Custos de capital de giro
5) Custos de armazenagem Custos que usualmente
crescem à medida que o
6) Custos de obsolescência tamanho do pedido é
aumentado
7) Custos de ineficiência de produção
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
Representação visual do nível de estoque
6.2 Perfis de estoque ao longo do tempo

𝑄
𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑜 =
2
𝑄
𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑎𝑠 =
𝐷
𝐷
𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑎𝑠 = 𝑟𝑒𝑐í𝑝𝑟𝑜𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 =
𝑄
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.3 Fórmula de lote econômico
A abordagem mais comum para decidir quanto de um
particular item pedir, quando o estoque precisa de
reabastecimento, é chamada de lote econômico de compra.
Essa abordagem tenta encontrar as vantagens e as
desvantagens de manter estoque.
Qual desses planos minimiza os
custos totais de estocagem do item?
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.3 Fórmula de lote econômico
Falamos em CUSTOS TOTAIS

Custo total
Custo total
de colocação
Custos totais de
de um
manutenção
pedido

• Custos de capital empatado • Custos de colocação de


• Custos de armazenagem pedidos
• Custos do risco de • Custos de descontos no preço
obsolescência
𝑄 𝐷
𝐶𝑡 𝐶𝑒 × 𝐶𝑝 ×
2 𝑄
Custo total de manutenção = Custo de Custo total de pedido = Custo de pedido
manutenção/unidade x estoque médio x número de pedidos por período
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.3 Fórmula de lote econômico
Supondo o custo de manutenção é $1 por item por ano e o custo de
colocação de um pedido é de $20 por pedido. Podemos calcular os custos
dos diferentes planos
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.3 Fórmula de lote econômico
A quantidade de pedido Q que minimiza a soma dos custos de manutenção
e de pedido é chamada de quantidade “ótima” de pedido que corresponde
a quantidade econômica de pedido (Lote Econômico de Compra – LEC)

Como obter o ponto de custo


total mais baixo?
6. DECISÃO DE VOLUME DE RESSUPRIMENTO –
QUANTO PEDIR
6.3 Fórmula de lote econômico
Custo total = Custo de manutenção + Custo de pedido
𝐶𝑒 𝑄 𝐶𝑝 𝐷
𝐶𝑡= +
2 𝑄
Derivando a expressão geral:
𝑑𝐶𝑡 𝐶𝑒 𝐶𝑝 𝐷
= − 2
𝑑𝑄 2 𝑄
𝑑𝐶𝑡
O ponto de custo mais baixo ocorrerá quando =0 e rearranjando
𝑑𝑄
a expressão teremos o LEC.
𝐶𝑒 𝐶𝑝 𝐷
0= − 2
2 𝑄
𝐿𝐸𝐶
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 =
𝐷
2𝐶𝑝 𝐷 𝐹𝑟𝑒𝑞𝑢ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠
𝑄 = 𝐿𝐸𝐶 = 𝐷
𝐶𝑒 =
𝐿𝐸𝐶
𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
Erros na estimação dos
6.3 Fórmula de lote econômico custos de manutenção
de estoques ou dos
IMPORTANTE custos de pedido

Qualquer desvio relativamente pequeno


do LEC não vai acrescer os custos totais
significativamente

Custos estarão próximos do ótimo, desde


que o valor de Q esteja próximo do LEC

Na prática, tanto os custos de


manutenção como os de pedido não são
fáceis de estimar com precisão
6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.3 Fórmula de lote econômico
EXEMPLO
Um atacadista de materiais de construção obtém seu cimento de um fornecedor
único. A demanda de cimento é razoavelmente constante ao longo do ano. No
último ano, a empresa vendeu 2.000 toneladas de cimento. Seus custos estimados
de colocação de um pedido são cerca de $25, e os custos de manutenção de
estoque são de 20% do custo de aquisição, por ano. A empresa adquire cimento a
$60 por tonelada. Quanto cimento deveria a empresa pedir por vez?

2𝐶𝑝 𝐷
𝐿𝐸𝐶 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝐶𝑒

2 × 25 × 2000
𝐿𝐸𝐶 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
0,2 × 60

𝐿𝐸𝐶 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 91,287𝑡


6. DECISÃO DE VOLUME DE
RESSUPRIMENTO – QUANTO PEDIR
6.3 Fórmula de lote econômico
EXEMPLO
Qual seria o custo extra caso fosse colocado um pedido de 100t? É conveniente
colocar essa quantidade de pedido ao invés de 91,287t?
Q= 91,287t Q=100t
𝐶𝑒 𝑄 𝐶𝑝 𝐷 𝐶𝑒 𝑄 𝐶𝑝 𝐷
𝐶𝑡= + 𝐶𝑡= +
2 𝑄 2 𝑄

0,2 × 60 × 91,287 25 × 2000 0,2 × 60 × 100 25 × 2000


𝐶𝑡= + 𝐶𝑡= +
2 91,287 2 100

𝐶𝑡= $1.095,454 𝐶𝑡= $1.100

Diferença de $4,55
7. DECISÃO SOBRE TEMPO – QUANDO
COLOCAR UM PEDIDO
Quando assumimos que os pedidos chegam instantaneamente e a demanda é
constante e previsível, a decisão de quando emitir um pedido de reposição é
evidente. Um pedido seria emitido logo que o nível de estoque atingisse zero. Ele
chegaria instantaneamente e evitaria qualquer ocorrência de falta de estoque. Se
os pedidos de reposição não chegarem instantaneamente, mas houver um lapso
entre o pedido e sua chegada ao estoque, podemos calcular o timing do pedido de
reposição.
O ponto de reposição ou ponto de
ressuprimento trata-se do momento
em que a aquisição de um produto
deve ser realizada.

𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑠𝑢𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐷𝑥𝐿𝑇

D = consumo médio por


determinado período
LT = tempo de obtenção
8. PONTO DE REPOSIÇÃO

Elaboração do leiaute
do almoxarifado
8. PONTO DE REPOSIÇÃO
Elaboração do leiaute
do almoxarifado
8.1 Estoques mínimo

Determina a quantidade de itens existentes no estoque


destinado a cobrir as incertezas ao processo,
objetivando a garantia do funcionamento eficiente do
sistema produtivo, sem o risco de faltas.

Fatores que causas essas incertezas (faltas):


 Oscilações no consumo
 Variação no programa de produção
 Rejeição de lote por parte do controle de qualidade
 Diferenças de inventário
 Atrasos do fornecedor

Deve ser calculado com muito critério para não onerar:


SEU CUSTO É PERMANENTE - Inventário
- Custo do produto ou serviço
8. PONTO DE REPOSIÇÃO
Elaboração do leiaute
do almoxarifado
8.2 Estoques máximo

Corresponde a soma do estoque mínimo com o lote de


compra.

Vai determinar o tamanho do espaço que um item vai


ocupar no armazém.

8.3 Estoques médio

Corresponde a soma do estoque mínimo com a metade


do lote de compra.
Elaboração do leiaute
Será utilizado na elaboração do leiaute, no tamanho do do almoxarifado

armazém, seus equipamentos de movimentação.


8. PONTO DE REPOSIÇÃO
9. DECISÕES DE ESTOQUE

Quanto pedir • Cada vez que um pedido de reabastecimento é colocado, de


que tamanho ele deve ser?

Quando pedir • Em que momento ou em que nível de estoque, o pedido de


reabastecimento deveria ser colocado

Como • Que procedimentos e rotinas devem ser implantados para


ajudar a tomar essas decisões?
controlar o • Diferentes prioridades deveriam ser atribuídas a diferentes
níveis de estoque?
sistema • Como a informação sobre estoque deveria ser armazenada?
10. Exercício
Uma dada empresa consome por mês 1.000 unidades de uma determinada peça utilizada por
suas máquinas. O custo de armazenagem por peça por mês é de R$ 2,50 (dois reais e
cinquenta centavos) e o custo de cada pedido de compras é de R$ 5,00 (cinco reais). O preço
unitário de cada peça é de R$ 10,00 (dez reais).
Tomando por base esses dados, analise as afirmativas a seguir relativas ao lote econômico de
compras para essa determinada peça, considerando que (i) o consumo mensal é
determinístico e com uma taxa constante e (ii) a reposição é instantânea quando os estoques
chegam ao nível zero.

I- O lote econômico de compra é de 200 unidades por pedido.


II- O preço unitário de compra das peças não é usado para o cálculo do lote econômico.
III- O número total de pedidos por mês é de cinco, considerando-se o lote econômico de
compra calculado.
Estão CORRETAS as afirmativas:

A) I e II apenas.
B) I e III apenas.
C) II e III apenas.
D) I, II e III.
10. Exercício
Decidir por estocar um item requer avaliar sua importância no que tange a representatividade
econômica para a instituição e a demanda do usuário final. Esta avaliação pode ser efetuada
utilizando-se a técnica do lote econômico de compra. Em uma situação hipotética, certa SKU
tem utilização anual de 8.000 unidades, a um custo unitário de R$ 20,00. Sabendo-se que o
custo do pedido é de R$ 50,00 e o custo de ocupação de estoque compreende a 30%, o lote
econômico de compra para esta SKU corresponde a

A) 250 unidades.
B) 365 unidades.
C) 65 unidades.
D) 120 unidades.
E) 435 unidades.
10. Exercício
Uma empresa usa o Lote Econômico de Compra (LEC) para gerenciamento de uma das peças
que adquire. A demanda pelo produto da empresa é de 80.000 peças por ano, com custo de
colocação de um pedido de R$ 2.000,00 e um custo de manutenção de estoques de R$ 20,00
por peça por ano.

Qual será o tamanho do LEC usado por essa empresa?

A) 40
B) 2.828
C) 4.000
D) 5.656
E) 8.000
10. Exercício
Em uma empresa, a identificação do momento adequado para fazer um pedido de materiais é
realizado pela técnica de cálculo do ponto de ressuprimento (ou ponto de pedido).

Considere as seguintes variáveis e dados:


• demanda mensal por um item (D) = 600 unidades
• período de tempo correspondente (T) = 30 dias
• tempo de demora para recebimento do item (L) = 5 dias

Nesse caso, qual, em unidades, é o ponto de ressuprimento do item?

A) 500
B) 114
C) 100
D) 24
E) 4

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