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Estatuto Moral dos Animais


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Ensaio Filosófico
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ÍNDICE

1. Introdução............................................................................................................... 2

2. Principais Teses Concorrentes...............................................................................2

a. Perspetiva Tradicional............................................................................................2

b. Perspetiva Utilitarista..............................................................................................3

c. Perspetiva dos Direitos...........................................................................................3

3. Perspetiva Pessoal sobre o Estatuto Moral dos animais........................................4

4. Conclusão............................................................................................................... 5

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1. Introdução

Ao longo da história da humanidade os animais têm sido utilizados para muitos fins
como a alimentação, teste a vários produtos cosméticos, para experimentação na
investigação científica, para \ farmacêuticos, para a satisfação humana em
espectáculos (circos, touradas, jardins zoológicos) e para vestuário.

Partilhamos o mundo com outros animais e as nossas ações têm um enorme impacto
nas suas vidas, provocamos frequentemente as suas mortes e, simultaneamente, um
sofrimento prolongando e intenso.

A exploração excessiva dos animais não humanos para nosso benefício, levou a
muitos filósofos questionarem-se acerca das nossas obrigações para com estes.
Várias perguntas como: “Será que os animais são dignos de consideração moral?”;
“Que direitos têm os animais não humanos?”; “Será justo manter animais em
cativeiro?” ocupam um lugar central na ética aplicada? Deveremos avaliar uma ação
única mente em função das suas consequências?

Irei ao longo deste trabalho tentar desenvolver as questões em cima referidas como
também referir de que forma evoluíram as perspetivas dos filósofos, daqueles que
defendiam que os animais não tinham estatuto moral, assim como daqueles que
defendiam que tinham.

2. Principais Teses Concorrentes

Com o objetivo de saber se os animais não humanos têm ou não estatuto moral, e se
têm, quais os seus direitos e os nossos deveres para com eles irei abordar três
perspetivas diferentes: Perspetiva Tradicional, Perspetiva Utilitarista e a Perspetiva
dos Direitos.

a. Perspetiva Tradicional

De acordo com esta perspetiva, os animais não humanos não têm estatuto moral. Os
seus principais defensores foram: Immanuel Kant e Aristóteles.

Kant afirmava que Kant os animais não têm consciência de si próprios e existem
apenas como meio para um fim, sendo esse fim o Homem. O nosso dever para com
os animais não humanos é um dever indireto.

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Ao sermos cruéis perante os animais não infringimos o nosso dever para com estes
uma vez que estes não podem julgar, no entanto essa crueldade irá refletir-se na
forma como iremos tratar os outros seres humanos. Assim, os nossos deveres perante
os animais não humanos são apenas deveres indiretos para com a humanidade.

Por fim:

 segundo esta perspetiva justifica-se tratar cruelmente os animais quando isso


nos é benéfico;
 Kant defende que o uso dos animais na ciência, por muito doloroso que seja,
nada tem de errado pois tem como fim a aquisição de conhecimento, no
entanto condena a crueldade quando esta é usada por diversão.

b. Perspetiva Utilitarista

Segundo a Perspetiva Utilitarista, o bem-estar dos animais é tão importante como o


bem-estar dos seres humanos. Foi defensor desta perspetiva o filosofo Peter Singer.

Singer, filosofo utilitarista, defende que temos de avaliar as consequências das nossas
ações através do pensamento imparcial do bem-estar de todos independentemente da
espécie. A única forma de obtermos tal imparcialidade é usarmos os animais não
humanos para a produção de benefícios suficientemente significativos.

Esta teoria faz com que matar um rato seja tão grave como matar um ser humano. No
entanto, podemos afirmar que a perda de uma vida humana é mais grave porque
temos capacidades mentais superiores e um nível de consciência mais elevado.

c. Perspetiva dos Direitos

Na Perspectiva dos Direitos, Tom Regan (um dos seus principais defensores), defende
que os animais não humanos têm os mesmo direitos que os humanos e que os
animais não humanos não podem ser mortos ou maltratados para trazer felicidade
geral.

Esta teoria faz com que seja errado servirmo-nos dos animais não humanos de forma
direta ou indireta. Teríamos de adotar uma alimentação vegetariana, apenas
utilizaríamos roupa fabricada de forma sintética e os animais não humanos não
poderiam ser usados na ciência como forma de desenvolver a área do conhecimento.

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3. Perspetiva Pessoal sobre o Estatuto Moral dos animais

Na minha opinião a Perspetiva Tradicional e a Perspetiva dos Direitos são as duas


teses com caraterísticas mais radicalistas sobre o tema em debate. Ainda assim, tanto
uma como outra apresentam argumentos válidos, mas que têm de ser avaliados num
contexto global, histórico e científico. Senão vejamos:

Desde os primórdios do início da vida no nosso planeta, tanto quanto é possível


conhecer, existem cadeias alimentares de vários tipos que permitem manter o
equilíbrio do mesmo.

O Homem é por excelência um ser omnívoro e por isso come carne, vegetais, frutos,
cereais e outros tantos produtos que a natureza oferece. Naturalmente que esta forma
de sobrevivência causa sofrimento aos animais que são mortos para saciar a nossa
fome. No entanto, também na selva, nas savanas, nas florestas, nos oceanos e em
todos os ecossistemas existentes no planeta Terra, a lei da sobrevivência impõe-se,
não só de animais humanos (leia-se Homem) sobre animais não humanos mas
também entre animais não humanos - por exemplo, um animal como o leão, um
predador por natureza, mata um veado para se alimentar o que provoca sofrimento na
presa . Ora, não é do conhecimento geral que alguém se imponha ou insurja sobre o
leão para deixar de ser carnívoro e substituir o veado por vegetais. A ser assim, só
mantendo os animais em cativeiro seria possível atingir este objetivo, o que me parece
muito mais contranatura e doloroso para o próprio animal, contribuindo para um
desequilíbrio evidente e pondo em causa a própria continuidade das espécies. Logo
aqui, com este simples exemplo consegue-se perceber que os animais não humanos
não possuem capacidade para assimilar direitos morais, o que impera é a lei da
sobrevivência e a sua ação tem apenas como motivação as suas necessidades
alimentares.

Se colocarmos o problema ao nível das experiências científicas com animais, em


laboratório, ligadas a descobertas medicinais, no meu entendimento, podem também
ser consideradas moralmente corretas ou aceitáveis do ponto de vista moral.

Nestes casos, as experiências e as descobertas que surgem em consequência delas


podem ser benéficas não só para o Homem como para todas as outras espécies
animais e não animais. Assim, sacrificando-se um animal, pode salvar-se muitos

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outros (humanos e não humanos) bem como outras espécies existentes à face da
terra, evitando a propagação de doenças, cura para tantas outras e mesmo a extinção
de algumas espécies importantes para o equilíbrio dos ecossistemas e do planeta.

Já no que reporta ao da pela dos animais não humanos para o uso da indústria têxtil
(vestuário), trata-se na minha opinião de um ato de crueldade extrema dado existirem
outros materiais. Na minha opinião trata-se de um retrocesso enorme da mente
humana em que os nossos antepassados eram dotados de um desenvolvimento
intelectual muito abaixo do que possuímos hoje e não conheciam outras formas de se
protegerem das agressões climatéricas, ou seja, faziam-no às milhares de anos por
motivações de sobrevivência mas que hoje não se aplicam de forma alguma ao
contexto atual do Homem. Hoje, quem o pratica fá-lo por motivos fúteis, como a
ostentação económica, a moda, a vaidade..

No que respeita ao uso de animais para entretenimento, entendo, que se trata de um


desrespeito completo ao Estatuto Moral dos animais, ainda que na sua base estejam
razões culturais ancestrais. Na minha opinião, trata-se de uma necessidade clara de
manifestação de “superioridade” do Homem em relação ao animal e se Homem se
pretende afirmar como um ser moralmente superior e dotado de inteligência e
consciência, não deveria utilizar estas práticas com animais para este fim.

4. Conclusão

Tendo em conta o exposto, a conclusão a retirar é que me identifico de forma genérica


e mais próxima da Perspetiva Utilitarista pois defendo que os animais não humanos
devem ser usados “para a produção de benefícios suficientemente significativos”, tais
como:

 respeitar a lei da natureza no que toca às cadeias alimentares;


 seguindo uma ética nas experiências para fins medicinais que podem ser
consideradas moralmente corretas, desde que se mantenha a dignidade dos
animais e se assegure condições para reduzir ao máximo o seu sofrimento, e
tenham como finalidade promover a cura a propagação e a continuidade das
espécies

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Na minha opinião, o tema não se resume a garantir e/ou a agredir os direitos morais
dos animais não humanos, trata-se de promover o equilíbrio do planeta e isto significa
a sobrevivência de todas as espécies à face da Terra.

Contudo, não gostaria de terminar sem mencionar uma capacidade de que só os


humanos a possuem a determinado nível: o altruísmo. Não podemos esquecer que já
são muitos os Homens que doam os seus órgãos para salvar outras vidas humanas
bem como tantos outros, vítimas de doenças não curáveis colocam o próprio
organismo após a sua morte ao serviço da ciência.

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