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zane Hogtek.com br Teoria dos acidentes- baglek cam br Teoria dos acidentes Por Rodolfo Stonner | 21 de jan de 2015 as 20:33 emai 273, isualizacoes S| Email |) Imprimir Tags: efeito dominé, modelo epidemiolégico, propensao ao acidente Teoria dos acidentes - acidentes sao sempre indesejados, e boa dose do esforco das organizacoes een Y modernas é voltada no sentido de evita-los. Ja vimos ESTA SEMANA diversos artigos sobre acidentes e técnicas de analise CLE ee € prevencao, aqui no Blogtek, e hoje abordaremos os modelos teéricos que foram desenvolvidos desde a Me Revolucao Industrial para explicar, entender e buscar Parrett tae) evitar os acidentes. Para ser sempre informado dos ee novos artigos do Blogtek, sobre este e outros Items, cadastre seu e-mail aqui ao lado, em Assine o Blogtek. SEU E-MAIL NAO SERA USADO POR TERCEIROS. Teoria dos acidentes - teoria da propensao ao acidente Em 1919, dois estudiosos, Greenwood e Woods, analisaram os acidentes ocorridos em uma fabrica de munigdes na Inglaterra, e ao perceberem que as ocorréncias nao eram homogeneamente distribuidas entre os trabalhadores, entenderam que os aciden tinham causa Unica, a qual era basicamente humana - haveria um grupo de individuos com maior propensio ao acidente (leia mais). Teoria dos acidentes - teoria do Dominé Da visao que atribuia os acidentes unicamente a falha humana, de determinado grupo de trabalhadores, evoluiu-se para as teorias sequenciais, que ainda mantinham a posicdo de causa nica, mas com desdobramentos sequenciais. Heinrich, pioneir: da seguranca industrial nos EVA na década de 30, desenvolveu teoria do Domind: segundo esta teoria, a causa era Unica, pore atuava na forma de uma sequéncia de dominés caindo sucessivamente. Uma falha leva a outra, posteriormente & out! até ocorrer 0 acidente. Na visao da Teoria do Domino, e este foi o maior alvo das criti aesta teoria, a maioria das falhas eram humanas: surgiu dai a Teoria dos acidentes - domind expressao “ato inseguro” e “condicao insegura”. Segundo Heinrich, 88% dos acidentes eram decorrentes de atos inseguro Neste viés, a prevencao de acidentes passa basicamente pela sensibilizacao, persuasao, conscientizaco, e controle hierarquico. Teoria dos acidentes - modelo epidemioldgico Este modelo, como o nome indica, estabelece um paralelo entre a ocorréncia de acidentes ¢ a extensd de uma doenca em uma populacao (epidemia). Coincidentemente, foi inicialmente apresentada em 194 por John Gordon, médico epidemiologista em Harvard. Este modelo teve o mérito de passar a enxergar 0 acidente nao como obra do acaso, mas fruto de fatores previsiveis. O modelo epidemiolégico preconiza a abordagem de dois pontos essenciais para a prevencao do acidente: o primeiro aspecto consiste em isolar as tarefas ou situacdes perigosas (tipo, ‘solar o paciente infectado) - seria, por exemplo, atuar a nivel da seguranca intrinseca da TAREFA. O outro seria colocar ou reforcar as barreiras protetoras (na medicina, seriam as vacinas e/ou remédios) de forma a bloquear erros ou violacées - seria no caso atuar sobre o AGENTE (trabalhador). ep:bogtek.com brteoria-acidentes! 18 zane logtok com Teoria dos acidenta boglok com br Teoria dos acidentes - modelo do periodo de incuba¢ao xe Teoria dos acidentes - man-made disasters E também denominada visio sécio-técnica: devido a evolucio ¢ sistemas produtivos, a viséo tecnicista acaba sendo reduzida e com viés parcial, nao conseguindo abarcar a complexidade sistémica. Os acidentes ocorrem por haver uma fonte de energ (perigo) com alto poder destrutivo, ligada a processos de desinformacao. As falhas de comunicacao entre as diversas are envolvidas facilitariam, do ponto de vista organizacional, a existéncia de um perigo, incubado, até o momento eventual de sua transformacao em um acidente de fato. Este conceito foi introduzido por Barry Turner, em seu livro “Man-made disasters”, sub-titulo: A falha da previsao, em 197 Devido ao periodo de incubagao, segundo Turner, na maioria d desastres ou acidentes em larga escala, as vitimas NAO sao responsaveis por causar o acidente, ou, se so, apenas contribuem como o Ultimo elo da corrente. Teoria dos acidentes - teoria dos acidentes normais Teoria dos acidentes 1986, Charles Perrow, socidlogo de Yale, escreveu um livro em 1984, “Normal acidentes - Living with High-Risk Technologies”, em q afirmava que os sistemas tecnolégicos altamente complexos da sociedade atual (trafego aéreo, plantas quimicas e refinarias, plantas nucleares) sao constituidas com sistemas tao complexo: interligados, cujas miltiplas falhas sao tao imprevisiveis e inesperadas que acidentes sdo inevitaveis. A fonte de inspiraca para Perrow foi o acidente da usina nuclear de Three Mile Istar Perrow afirmava que a complexidade dos sistemas era tamanhe que falhas nao poderiam ser evitadas, ainda que houvesse eventos similares anteriores, pois o alinhamento das mesmas causas é altamente improvavel. E, de fato, logo apés a publicacao de seu livro, ocorreu o desastre de Chernobyl em Teoria dos acidentes - acidentes organizacionais James Reason, psicdlogo inglés, em seu livro de 1997, “Managing the Risks of Organizational Accidents desenvolveu 0 modelo do queijo suico, j4 abordado aqui no Blogtek (Analise da Causa Basica). hpubogtek com brteoria-acidentes! 28. zane lgtok com Teoria dos acidentas boglok com br Alinhamento dos Seguranca r Seguranca do Transito riscos Seguranca do Veiculo Seguranca _daestrada do Motorista Transito Pneus _intenso gastos Acidente!!! Chuva Falando no celular Anilise de Causa Basica: diagrama do queijo suico Os acidentes organizacionais tem causas miltiplas, envolvendo trabalhadores, operacées e tarefas muit diversificadas e complexas. No entanto, ao contrario da teoria dos acidentes normais, utilizou uma visi militarista, criando diversas barreiras defensivas no sistema. As falhas seriam trajetdrias em que o acidente consegue vencer os sucessivos “furos” das camadas defensivas (dai o nome de queijo suico). Neste aspecto, para evitar que o acidente possa percorrer esta trajetria, Reason defende dois pontos essenviais: a redundancia (diversas camadas de protecdo) e a diversidade (diferentes formas de protecao). Reason advoga fortemente contra a ideia de que a principal causa dos acidentes seja atribuida a fatort humanos. Segundo ele, o chamado erro humano é uma consequéncia, e nao uma causa para os acident Para ser notificado dos préximos artigos, cadastre seu e-mail no topo da pagina, a direita. SEU E-MAIL NAO SERA USADO POR TERCEIROS. Sobre o Autor | Rodolfo Stoner Rodolfo Stoner, Engenheiro Mecanico pela UFRJ, Engenheiro de Equipamentos Sénior da Petrobras, Gerente de Desenvolvimento dos Empreendimentos de Utilidades para as refinarias Premium |e ll. Gosta de lecionar, trocar experiéncias e conhecimentos, é certificado como PMP (Project Management Professional) e RMP (Risk Management Professional) pelo PMI, e CRE (Certified Reliability Engineer) pela ASQ. hpsbogtek com brteoria-acidertes! 38

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