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Universidade Eduardo Mondlane

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
LICENCIATURA EM CARTOGRAFIA E PESQUISA
GEOLÓGICA
Hidrogeologia
TRABALHO PRÁTICO l
Ciclo Hidrológico

Discente: Kelven Simango

Leandro Amigos Ramos

Naufal Mogne

Docente: Prof. Doutor Farrise

Maputo, Setembro 2022


Índice
Introdução......................................................................................................2
Evapotranspiração real..................................................................................3
Delúvio..........................................................................................................3
Infiltração......................................................................................................4
Recessão ou Fluxo de Base.......................................................................5
Balanço Hídrico.............................................................................................5
Distribuição Vertical da Água Subterrânea...................................................6
Água na Zona de Aeração ou zona não saturada......................................7
Água na Zona de Saturada........................................................................7
Geologia da Água Subterrânea......................................................................7
Agua subterrânea em rochas sedimentares................................................8
Agua subterrânea em rochas ígneas e Metamórficas................................8
Importância da agua no cotidiano.................................................................9
Introdução
Ciclo hidrológico consiste no sistema pelo qual a natureza faz a água
circular do oceano para a atmosfera e daí para os continentes, de onde
retorna ao oceano superficial e subterraneamente. Este ciclo é governado
pela ação da gravidade, densidade da cobertura vegetal e pelos elementos e
factores climáticos, tais como a temperatura, os ventos, a humidade relativa
do ar, entre outros, estes processos são os responsáveis pela circulação da
água dos oceanos para a atmosfera, em um dado lugar terrestre.

Acima temos uma representação do ciclo hidrológico que inclui:


evaporação, evapotranspiração, infiltração, escoamento superficial ou
delúvio.
Evapotranspiração real
Evaporação é o processo pelo qual as moléculas de água na
superfície líquida ou na humidade do solo adquirem energia suficiente
através da radiação solar e passar do estado líquido para o estado gasoso.
Este vapor de água pode também ser proveniente da perda de água das
plantas, chamando-se assim de transpiração. As quantidades de água
evaporadas e transpiradas são muito difíceis de medir separadamente, e por
isso foi introduzido um valor máximo para essas perdas de água
denominado evapotranspiração potencial (ETP). A evapotranspiração
potencial representa um limite para a evapotranspiração real (ETR), isto é,
para a quantidade de água que realmente volta à atmosfera por evaporação
e transpiração. A ETR pode ser estimada a partir da diferença entre a
precipitação (P) e a ETP, do seguinte modo:

Se P-ETP > 0 → ETR = ETP

Se P-ETP < 0 → ETR = P

Delúvio
Delúvio, escoamento superficial ou run-off (R) é o processo pelo
qual a água precipitada na superfície da Terra flui por ação da gravidade,
isto é, das partes mais altas para as mais baixas, nos leitos dos rios. A
magnitude deste escoamento é dependente de diversos factores, tais como:
intensidade da chuva, permeabilidade da superfície do terreno, duração da
chuva, tipo de vegetação, área da bacia de drenagem, distribuição espacial
da precipitação, geometria dos canais dos rios e riachos, profundidade do
nível das águas subterrâneas e declive. Apesar desta complexidade, é
possível fazer previsões satisfatórias do delúvio esperado para uma certa
chuva através do estudo da hidrógrafa, que é um gráfico de variação da
altura da superfície de água ou da vazão, em uma dada secção transversal
do mesmo

Por exemplo, no início de uma chuva uma grande quantidade de


água fica retida pela folhagem das árvores e vegetação em geral,
constituindo o que se conhece como interceptação, então no caso de uma
chuva de pequena intensidade e de curta duração, a água pode ser
totalmente consumida pela interceptação, esta água não irá atingir a
superfície do solo e retornará a atmosfera pela evaporação.

Quando a interceptação e o armazenamento em depressões do


terreno estão satisfeitas, e quando a intensidade da chuva é maior do que a
capacidade de infiltração do solo, começa então o escoamento superficial
difuso, com a formação de uma lâmina fina de água, chamada detenção
superficial. Quando este escoamento alcança os leitos dos rios e riachos é
chamado simplesmente de escoamento superficial, ou seja, incorpora-se ao
deflúvio

Infiltração
É o deslocamento da água verticalmente no solo, deslocando-se para o seu
interior formando aquíferos.

A água infiltrada no solo pode dividir-se em 3 partes:

- a primeira permanece na zona não saturada ou zona de fluxo não


saturado, que é a zona onde os vazios do solo estão parcialmente
preenchidos de água e ar, acima do nível freático.

-a segunda parte denomina-se Interfluxo(escoamento sub-superficial),


pode continuar a fluir lateralmente na zona não saturada, a pequenas
profundidades, quando existem níveis pouco permeáveis imediatamente
abaixo da superfície do solo e, nessas condições alcançar os leitos dos
cursos de água.

- a terceira parte pode percolar até ao nível freático constituindo a recarga


ou recursos renováveis dos aquíferos.

Recessão ou Fluxo de Base


É formado pela parcela de água que constitui a recarga que circula na zona
de saturação das águas subterrâneas e que eventualmente pode alcançar os
leitos dos rios.

Quando a intercepção e o armazenamento em depressões do terreno estão


satisfeitas, e quando a intensidade da chuva é maior que a capacidade de
infiltração do solo, começa então o escoamento superficial difuso com a
formação de uma fina lâmina de água chamada detenção superficial.

Quando o escoamento superficial difuso alcança os leitos dos rios e riachos


é simplesmente chamado de escoamento superficial , ou seja, incorpora-se
ao delúvio.

Diz se neste caso que o rio encontra-se em recessão ou depleção e o seu


escoamento é produzido pelo fluxo de água subterrânea.

Balanço Hídrico
 balanço hídrico é o resultado da quantidade de água que entra e sai de
uma certa porção do solo em um determinado intervalo de tempo.

A equação do balanço hídrico obedece ao principio da conservação de


massa ou principio da continuidade segundo o qual, em um sistema
qualquer, a diferença entre as entradas e as saídas é igual a variação do
armazenamento dentro do sistema .

Consideremos o seguinte sistema hidrológico que representará o referido


balanço: uma superfície plana rectangular, inclinada, totalmente
impermeável e fechada lateralmente com uma única saída. Por hipótese, é
um plano perfeito, isto é, não existem depressões onde a água poderá ficar
acumulada. Se for então aplicada uma chuva p ao sistema considerado, vai
ocorrer um escoamento superficial direito ou deflúvio R, que poderá
facilmente ser medido no ponto de saída. O balanço hídrico para este
sistema pode ser representado por:

Distribuição Vertical da Água Subterrânea


Abaixo da superfície do terreno, a água contida nos solos e nas formações
geológicas é dividida ao longo da vertical basicamente em duas zonas
horizontais, saturada e não saturada.
Água na Zona de Aeração ou zona não saturada.
Situa-se entre a superfície freática e a superfície do terreno e nela os poros
estão parcialmente preenchidos por gases e por água.

Debaixo para cima estas zonas dividem-se em 3 partes: zona capilar, zona
intermediaria e zona de água do solo.

Água na Zona de Saturada


Fica situada abaixo da superfície freática e nela todos os vazios existentes
no terreno estão preenchidos com água. A superfície freática é definida
como o lugar geométrico dos pontos em que a água se encontra submetida
à pressão atmosférica.

Geologia da Água Subterrânea


A natureza e a distribuição de aquíferos e aquitards são controladas pela
litologia, estratigrafia e estrutura das formações geológicas.

A ocorrência de agua subterrânea em sedimentos pouco consolidados


apresenta muitas vantagens do ponto de vista do aproveitamento.

*São fáceis de escavar ou perfurar, o que torna a investigação rápida e


menos onerosas.

*Situam-se, frequentemente, em locais favoráveis a recarga a partir dos


rios, riachos e lagos e ate mesmo da infiltração direta da chuva.

*aparecem em níveis de agua pouco profundos, possibilitando o


bombeamento com pequenos recalques.

Dos sedimentos inconsolidados dos mais importantes são os aluviões, as


dunas e alguns depósitos coluviais.
Agua subterrânea em rochas sedimentares
No domínio dos sedimentos consolidados, as rochas mais importantes
como aquíferos são aquelas que apresentam de regular a boa
permeabilidade.

As rochas pouco permeáveis , comportam-se como aquidards. Ex: siltitos.

As rochas impermeáveis, comportam-se como aquicludes. Ex: argilitos e


folhelhos.

A nível global, os arenitos formam aquíferos regionais que armazenam


grandes quantidades de agua potável. Apresentam porosidade mais baixas e
a tendência dos grandes valores de condutividade ocorrem na direção
horizontal e é substituída por uma maior condutividade de fraturas ao longo
da vertical.

Ocorrência de agua subterrânea numa rocha carbonática na qual a permeabilidade secundaria ocorre ao
longo dos planos de acamamento e das fraturas verticais alargadas por dissolução (Freez e cherry, 1975)

Agua subterrânea em rochas ígneas e Metamórficas


A locação de poços em rochas ígneas e metamórficas e um trabalho de
grande dificuldade visto que a litologia e a estrutura variam muito e estas
associadas com zonas produtoras de agua que dificultam a investigação
geológica e geofísica.
As amostras solidas e não fraturadas de rochas igenas e metamórficas
possuem porosidades praticamente nulas.

As fraturas criam uma porosidade secundaria, responsável pelo


armazenamento e uma permeabilidade que também se expressa como uma
condutividade hidráulica (m|s), responsável pela circulação de agua
subterrânea. A permeabilidade decresce rapidamente com a profundidade.

Importância da agua no cotidiano


O ciclo da agua é vital para a biosfera, o conjunto dos seres vivos da terra e
os seus habitats.

Em todo mundo, com exceção da Europa, a principal utilização da agua


está na agricultura. Ela é usada na irrigação de cultura e criação de animais.
Em algumas áreas da Asia, o consumo de agua na atividade agropecuária
chega a ser dez vezes maior que na produção industrial.

A agua é fundamental para o bom funcionamento do corpo humano, pois


desempenha diversas funções como: produção de energia, limpeza,
regulação da temperatura e regulação do intestino.

É muito importante preservar a agua, usar de forma consciente, tratar os


esgotos, reflorestar as margens dos rios. Muitas cidades são formadas
próximas aos rios e está agua serve para abastecimento, uso doméstico,
irrigação, fonte de energia e meio de transporte.

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