You are on page 1of 93

Instrumentos Financeiros

2º ano Curso de Gestão

Escola Superior de Tecnologia e Gestão


Politécnico de Leiria

Introdução aos Mercados


Financeiros

1
A Teoria das Opções aos
Introdução e a Técnica
MercadosdeFinanceiros
Seguro da Carteira

1. Introdução
2. Os Mercados Financeiros
3. O Sistema Financeiro Português
4. Os Mercados Monetários
5. Organização e funcionamento dos mercados de
capitais

Introdução aos Mercados Financeiros

Yd = C + S
1. Introdução

Esta equação significa que o rendimento produzido


por uma economia ou é consumido ou poupado.

Pode definir-se poupança como a parte do


rendimento disponível que resta depois de
retirados os gastos com o consumo.

Podemos então definir:

Agentes aforradores - agentes económicos em que


se constata que auferem rendimentos superiores
ao seu consumo;
- Agentes deficitários - agentes económicos
cujas necessidades monetárias são superiores
aos rendimentos que obtiveram.

2
Introdução aos Mercados Financeiros

1. Introdução

São dois, os tipos de usos, que se podem fazer


da poupança:
- Entesourar;
- Investir.

O melhor investimento será aquele que conseguir


conciliar:
- Elevada rendibilidade;
- Baixo risco;
- Elevada liquidez.

A Teoria das Opções aos


Introdução e a Técnica
MercadosdeFinanceiros
Seguro da Carteira

2. Os Mercados Financeiros
2.1. Objetivos
2.2. Funções
2.3. Segmentação
2.4. Os agentes do mercado

3
Introdução aos Mercados Financeiros

2. Os mercados Financeiros O mercado financeiro é um espaço abstrato onde


se encontram os agentes económicos
excedentários com os deficitários. É neste
2.1. Objetivos
espaço que os diversos interesses se
conjugam e em que a poupança é canalizada
para o investimento.
2.2. Funções

2.3. Segmentação

2.4. Os agentes do Mercado

Introdução aos Mercados Financeiros

Nos mercados financeiros transacionam-se


2. Os mercados Financeiros ativos financeiros.

Estes produtos desempenham duas funções


2.1. Objetivos económicas principais:

1. Fazer a transferência de fundos entre os agentes


2.2. Funções
deficitários e excedentários;
2. Redistribuir o risco, nomeadamente transferindo-o
para agentes económicos mais aptos a suportá-
lo.
2.3. Segmentação

2.4. Os agentes do Mercado

4
Introdução aos Mercados Financeiros

2. Os mercados Financeiros Caraterísticas dos ativos financeiros:

1. Rendimento esperado;
2.1. Objetivos 2. Risco;
3. Liquidez;
4. Maturidade;
2.2. Funções
5. Complexidade;
6. Fiscalidade

2.3. Segmentação

2.4. Os agentes do Mercado

Introdução aos Mercados Financeiros

As principais funções económicas desempenhadas


pelo mercado financeiro são:

1. Pôr em contato os agentes económicos


2. Os mercados Financeiros excedentários e deficitários;

2. Redistribuir o risco entre os agentes económicos


2.1. Objetivos de acordo com a sua capacidade em suportá-lo;

3. Determinar o preço a que os produtos financeiros


2.2. Funções
serão transacionados;

4. Obter liquidez;
2.3. Segmentação
5. Reduzir os custos de transação;

2.4. Os agentes do Mercado 6. Reduzir o risco através da diversificação.

5
Introdução aos Mercados Financeiros

2. Os mercados Financeiros
Mercado
Financeiro
2.1. Objetivos

2.2. Funções
Mercado
Mercado Organizado
Over the Counter

2.3. Segmentação

2.4. Os agentes do Mercado

Introdução aos Mercados Financeiros

Mercado
Financeiro
2. Os mercados Financeiros

Mercado Mercado
à vista a prazo

2.1. Objetivos
Mercado
Mercado Mercado de Mercado
Monetário Capitais Over The Organizado
Counter

FRAs Futuros
2.2. Funções Mercado de
Swaps Opções
Mercaco Mercado Mercado de
Valores
Primário secundário crédito
mobiliários

Bilhetes do Tesouro
Papel Comercial
2.3. Segmentação Mercado Mercado
Primário secundário

Obrigações
Ações
2.4. Os agentes do Mercado

6
Introdução aos Mercados Financeiros

2. Os mercados Financeiros
Os principais tipos de investidores no mercado
financeiro são:

2.1. Objetivos
1. Especuladores;

2. Arbitragistas;
2.2. Funções

3. Hedgers.

2.3. Segmentação

2.4. Os agentes do Mercado

Organização e Funcionamento
dos Mercados Financeiros

7
Organização
A Teoria das eOpções
Funcionamento
e a Técnica
dosdeMercados Financeiros
Seguro da Carteira

3. O Sistema Financeiro Português

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

3. O Sistema Financeiro Português

O sistema financeiro compreende todo o conjunto de


intermediários financeiros que permitem
canalizar a poupança para o investimento.

8
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

3. O Sistema Financeiro Português

Organização do Sistema Financeiro Português:

http://www.apb.pt/sistema_financeiro/o_que_e/

Organização
A Teoria das eOpções
Funcionamento dos
e a Técnica deMercados Financeiros
Seguro da Carteira

4. Os Mercados Monetários
4.1. Funcionamento
4.2. Mercado Monetário Interbancário
4.3. Produtos do Mercado Monetário

9
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

4. Os Mercados Monetários

4.1. Funcionamento O mercado monetário é o segmento do mercado


financeiro onde se transacionam fundos e
ativos financeiros de curto prazo
4.2. Mercado Monetário Interbancário

4.3. Produtos do Mercado Monetário

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

As principais funções do mercado monetário são:

4. Os Mercados Monetários 1. Transferir fundos dos agentes que detêm


excedentes temporários para as que têm
défices temporários;
4.1. Funcionamento
2. Permitir a obtenção de um preço de equilíbrio
(juro) que incentive o investimento e
4.2. Mercado Monetário Interbancário desincentive o entesouramento;

3. Assegurar a competitividade com outros


4.3. Produtos do Mercado Monetário
países, através de uma adequada taxa de
convertibilidade com outras divisas.

10
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

4. Os Mercados Monetários
Os mercados interbancários são subsegmentos
do mercado monetário que englobam todas as
4.1. Funcionamento operações entre bancos e outras instituições
financeiras. A sua importância, no seio do
mercado monetário, é relevante devido ao
4.2. Mercado Monetário Interbancário enorme volume de transações que se efetuam
nestes mercados diariamente.

4.3. Produtos do Mercado Monetário

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

4. Os Mercados Monetários O funcionamento do BCE:

http://www.ecb.int/home/html/index.en.html
4.1. Funcionamento
http://www.ecb.int/stats/monetary/rates/html/index.en.
html
4.2. Mercado Monetário Interbancário
http://pt.euribor-rates.eu/juros-bce.asp

4.3. Produtos do Mercado Monetário

11
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

Principais Indexantes:
4. Os Mercados Monetários
- As taxas Euribor
- A taxa EONIA
4.1. Funcionamento
http://pt.euribor-rates.eu/painel-de-bancos.asp

4.2. Mercado Monetário Interbancário


http://pt.euribor-rates.eu/que-significa-euribor.asp

4.3. Produtos do Mercado Monetário

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

4. Os Mercados Monetários Dada a sua importância é usual tratar


separadamente os produtos do mercado
monetário:
4.1. Funcionamento
- Da Dívida Pública
- Da Dívida Privada
4.2. Mercado Monetário Interbancário

4.3. Produtos do Mercado Monetário

12
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

4. Os Mercados Monetários

A gestão da dívida pública está a cargo do Agência


4.1. Funcionamento de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública -
IGCP, E.P.E.. http://www.igcp.pt

4.2. Mercado Monetário Interbancário

4.3. Produtos do Mercado Monetário

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

O papel comercial é o único valor mobiliário do


4. Os Mercados Monetários mercado monetário da dívida privada. O decreto lei
que regulamenta a disciplina aplicável ao papel
comercial, Dec. Lei 69/2004, data de 25 de Março de
4.1. Funcionamento 2004, tendo sido alterado Dec. Lei 52/2006 e, mais
recentemente, pelo Dec. Lei 29/2014. Tem como
objetivo permitir um funcionamento mais eficiente do
4.2. Mercado Monetário Interbancário
mercado, mais próximo da realidade europeia e
ainda contribuir para a dinamização do mercado
financeiro português.
4.3. Produtos do Mercado Monetário

13
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

Requisitos para a emissão de PC:


1. Apresentar notação de risco da emissão ou
notação de risco de curto prazo do emitente
atribuídas por uma sociedade de notação de risco
4. Os Mercados Monetários registada na Autoridade Europeia dos Valores
Mobiliários e dos Mercados (ESMA).
2. Obter, a favor dos detentores do PC, uma garantia
4.1. Funcionamento que assegure o cumprimento das obrigações de
pagamento.
3. Ser emitente de outros Valores mobiliários
4.2. Mercado Monetário Interbancário admitidos à negociação em mercados
regulamentados.
4. Apresentar um rácio de autonomia financeira
4.3. Produtos do Mercado Monetário
adequado nos termos definidos pela CMVM.
5. Existir um patrocinador da emissão que detenha
em carteira, pelo menos, 5% da emissão até à
maturidade.

Organização
A Teoria das eOpções
Funcionamento dos
e a Técnica deMercados Financeiros
Seguro da Carteira

5. Organização e funcionamento dos mercados de capitais


5.1. O mercado primário
5.2. O mercado secundário
5.2.1. Evolução histórica do mercado em bolsa
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

14
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário

Mercado de capitais é um sistema de negociação de


valores mobiliários que proporciona liquidez aos
5.2. O mercado secundário títulos emitidos pelas empresas e viabiliza todo o
processo de financiamento das empresas.
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

Todas as operações em que se faz a emissão e


5.1. O mercado primário
subsequente colocação de novos produtos
financeiros são operações do mercado primário. A
este tipo de mercado podem recorrer por
5.2. O mercado secundário exemplo as empresas e o Estado. A designação
de mercado primário envolve todos os
instrumentos, os mecanismos e as instituições
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa necessárias para levar a cabo a emissão e
respetiva subscrição de produtos financeiros.

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

15
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário Existem quatro tipos de emissões de valores


mobiliários:

5.2. O mercado secundário - Emissão com subscrição pública


Subscrição - Emissão com subscrição particular

5.2.1. Evolução histórica do mercado


em bolsa
Colocação - Emissão com subscrição direta
- Emissão com subscrição indireta
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário A organização e montagem das operações em


mercado primário, segue usualmente três etapas:

5.2. O mercado secundário 1. Analisar as condições da operação e a sua


viabilidade económica, contatando eventualmente
um intermediário financeiro.
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa 2. Fazer o registo da Emissão.
3. Colocação da emissão
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

16
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário

A função primordial desempenhada pelo mercado


secundário é possibilitar a liquidez e, por essa
5.2. O mercado secundário via, potenciar o investimento no mercado
primário. Neste mercado não se cria investimento
porque os valores transacionados já foram
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa previamente adquiridos por um investidor.

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário

Pode definir-se Bolsa de Valores Mobiliários como


5.2. O mercado secundário uma instituição especializada na transação de
valores mobiliários, onde através de uma
conjunto de regras próprias, se permite o
5.2.1. Evolução histórica do mercado desenvolvimento das transações.
em bolsa

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

17
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais
Podem sintetizar-se três origens possíveis do termo
“bolsa” aplicados aos mercados em que se
5.1. O mercado primário transacionam valores mobiliários:

1. O termo deriva do nome de uma família de


5.2. O mercado secundário banqueiros de Bruges os Van Der Burse.
2. Outra versão relaciona o nome com as insígnias da
família Van Der Burse que eram três bolsas.
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa 3. A última versão possível relaciona o nome com o
facto de os cambistas e banqueiros desta época
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores
guardarem os seus valores em pequenas bolsas
que traziam à cintura.

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário A primeira bolsa surgiu em Antuérpia em 1531 com o


nome de Nieuve Beurse e compreendia não só
operações de natureza financeira como ainda
5.2. O mercado secundário jogos (pensa-se que a lotaria poderá ter tido aí o
seu início) e apostas (nomeadamente quanto à
chegada de barcos). A primeira bolsa em que se
5.2.1. Evolução histórica do mercado realizam operações de natureza exclusivamente
em bolsa
financeira foi a bolsa de Amesterdão que data
apenas do século XVII.
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

18
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário

Em Portugal a bolsa de valores de Lisboa foi


5.2. O mercado secundário mandada construir em 1758 e a bolsa de valores
do Porto foi mandada construir em 1891. A Bolsa
de valores de Lisboa só foi, no entanto, constituída
5.2.1. Evolução histórica do mercado e devidamente regulamentada em 1901.
em bolsa

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais Evolução da Bolsa em Portugal - marcos:

5.1. O mercado primário 1. Junho de 1994 – concentração das operações a


contado na BVL
2. Junho de 1996 – inauguração oficial da BDP
5.2. O mercado secundário 3. Fevereiro de 2000 – criação da BVLP por fusão da
BVL com BDP
5.2.1. Evolução histórica do mercado
4. Fevereiro de 2002 – BVLP altera a denominação
em bolsa social para Euronext Lisbon.
5. Abril de 2007 – Fusão da NYSE com a Euronext
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

19
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

Podem sintetizar-se em oito as principais vantagens


5. Organização e funcionamento que uma empresa pode retirar de ter títulos
dos mercados de capitais
admitidos à cotação:

5.1. O mercado primário 1. Os títulos que estão cotados permitem ao investidor


que, a cada momento, saiba qual é o seu valor.
2. Maior liquidez dos títulos
5.2. O mercado secundário
3. Acesso mais fácil ao mercado financeiro.
4. Aumento do prestigio da empresa.
5.2.1. Evolução histórica do mercado 5. Publicidade.
em bolsa
6. Aumento da facilidade contratual.
7. Facilidade adicional na captação de investimento
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores
estrangeiro.
8. Maiores probabilidades de obtenção de dividendos.

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário

A admissão à negociação em cada mercado dos


valores mobiliários observa os requisitos
5.2. O mercado secundário
estabelecidos por lei, por regulamento da
CMVM e por regulamentos das respetivas
entidades gestoras.
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

20
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário


O período diário de funcionamento da bolsa de
valores, durante o qual se podem realizar
operações sobre valores mobiliários designa-
5.2. O mercado secundário
se sessão de bolsa.

As sessões de bolsa podem ser normais ou


5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa especiais.

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário As sessões normais destinam-se à realização das


transações correntes dos valores mobiliários
admitidos à cotação.
5.2. O mercado secundário
As sessões especiais destinam-se à transação
esporádica de grandes quantidades de valores
5.2.1. Evolução histórica do mercado mobiliários que podem/ou não estar admitidos
em bolsa
à cotação.

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

21
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

Os investidores dão as suas ordens de compra ou


5.1. O mercado primário venda de títulos aos corretores que
posteriormente as executam.

5.2. O mercado secundário As ordens relativas às operações de compra ou


venda em Bolsa de valores mobiliários
denominam-se ordens ou ofertas de Bolsa.
5.2.1. Evolução histórica do mercado Para que os mercados sejam funcionais é
em bolsa
necessário uniformizar o tipo de ofertas que
podem ser dadas.
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Os mercados de Capitais

As ofertas devem conter sempre e os seguintes


5.1. O mercado primário elementos:

• A identidade do investidor que dá a ordem;


5.2. O mercado secundário • O tipo de oferta (compra ou venda);
• O valor mobiliário que se pretende negociar;
• A quantidade;
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa
• O preço.

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

22
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário


No que respeita ao preço, há vários tipos de
ofertas:
5.2. O mercado secundário
. As ofertas ao mercado;
. Ofertas limitadas;
. Ofertas Stop
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário

As cotações são os preços formados nos


5.2. O mercado secundário mercados a contado. Ou seja, é o preço que
resulta do encontro entre a oferta e procura de
um determinado título.
5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

23
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário

Existem dois tipos de negociação:


5.2. O mercado secundário
. Em contínuo;

. Por chamada ou em leilão.


5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento Princípios da negociação em leilão ou por


dos mercados de capitais
chamada:
1º - Deve ser o preço que maximiza a quantidade
5.1. O mercado primário transacionada;
2º - Havendo vários preços nessa situação, deve-se
escolher o que deixar uma menor quantidade por
5.2. O mercado secundário transacionar;
3º - Se mais do que um preço deixar por
transacionar a mesma quantidade, é escolhido o
5.2.1. Evolução histórica do mercado preço que provocar menor variação face ao
em bolsa
último preço de fecho realizado em sessão de
Bolsa anterior;
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores 4º - Se não existir o último preço de fecho, será
escolhido o preço que provocar menor variação
face a um preço de referência;
5º - Não sendo viáveis os quatro critérios anteriores,
seleciona-se o preço mais baixo.

24
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário Princípios da negociação em contínuo:

• Primeiro executam-se as ofertas de melhor preço


5.2. O mercado secundário (prioridade preço);

• havendo ordens de preço igual, executam-se as


5.2.1. Evolução histórica do mercado ofertas transmitidas há mais tempo (prioridade
em bolsa
tempo).

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento Em Portugal, existem regras que impõem a divulgação


dos mercados de capitais
das informações que possam afetar a avaliação
que os investidores fazem das empresas e dos
5.1. O mercado primário valores mobiliários por elas emitidos que sejam
negociados em bolsa. Os factos relevantes sobre
as empresas têm que ser divulgados através do
5.2. O mercado secundário site da CMVM na Internet, em www.cmvm.pt, antes
de o serem por qualquer outro meio.

5.2.1. Evolução histórica do mercado Sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de


em bolsa
perturbar o regular desenvolvimento da
negociação, a entidade gestora do mercado, por
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores sua iniciativa ou por ordem da CMVM, deve
suspender a negociação dos valores mobiliários.

25
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
Os índices são números ou percentagens que ilustram
dos mercados de capitais a evolução de um determinado mercado ou de um
determinado segmento do mercado;
5.1. O mercado primário
Em Portugal, existem vário índices de preços que
permitem verificar qual a evolução do mercado
acionista: são eles o PSI-20, o PSI Geral e os PSI
5.2. O mercado secundário
sectoriais;

5.2.1. Evolução histórica do mercado


O cálculo deste índice obedece a regras que
em bolsa estabelecem, designadamente, os critérios de
seleção das emissões incluídas no índice bem
como a ponderação de cada uma. A gestão deste
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores
índice, o seu cálculo e divulgação são asseguradas
pela Euronext.

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário

Existem dois tipos de negociação:


5.2. O mercado secundário
. Em contínuo;

. Por chamada ou em leilão.


5.2.1. Evolução histórica do mercado
em bolsa

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

26
Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento
dos mercados de capitais

5.1. O mercado primário Princípios da negociação em contínuo:

• Primeiro executam-se as ofertas de melhor preço


5.2. O mercado secundário (prioridade preço);

• havendo ordens de preço igual, executam-se as


5.2.1. Evolução histórica do mercado ofertas transmitidas há mais tempo (prioridade
em bolsa
tempo).

5.2.2. Negociação em Bolsa de valores

Organização e Funcionamento dos Mercados Financeiros

5. Organização e funcionamento Princípios da negociação em leilão ou por


dos mercados de capitais
chamada:
1º - Deve ser o preço que maximiza a quantidade
5.1. O mercado primário transacionada;
2º - Havendo vários preços nessa situação, deve-se
escolher o que deixar uma menor quantidade por
5.2. O mercado secundário transacionar;
3º - Se mais do que um preço deixar por
transacionar a mesma quantidade, é escolhido o
5.2.1. Evolução histórica do mercado preço que provocar menor variação face ao
em bolsa
último preço de fecho realizado em sessão de
Bolsa anterior;
5.2.2. Negociação em Bolsa de valores 4º - Se não existir o último preço de fecho, será
escolhido o preço que provocar menor variação
face a um preço de referência;
5º - Não sendo viáveis os quatro critérios anteriores,
seleciona-se o preço mais baixo.

27
Instrumentos financeiros do
mercado de capitais

A Teoria
Instrumentos
das Opções
financeiros
e a Técnica
do mercado
de Seguro
deda
capitais
Carteira

6. Instrumentos financeiros do mercado de capitais


6.1. Obrigações
6.2. Ações
7. Operações de conta-margem

28
A Teoria
Instrumentos
das Opções
financeiros
e a Técnica
do mercado
de Seguro
deda
capitais
Carteira

6. Instrumentos financeiros do mercado de capitais


6.1. Obrigações
6.1.1. Caraterísticas das Obrigações
6.1.2. Tipos de Obrigações
6.1.3. Obrigações da dívida pública
6.1.4. O valor de uma obrigação
6.1.5. Transação de Obrigações
6.1.6. Duração e Imunização de Obrigações

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações


 Capital Próprio

6.1.3. Obrigações da dívida pública  Ou


?
 Capital Alheio
6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

29
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações  Instrumentos Financeiros


 Dívida Pública
6.1.2. Tipos de Obrigações

6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações  Instrumentos Financeiros


 Dívida Privada
6.1.2. Tipos de Obrigações

6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

30
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


 Dívida Pública
 Bilhetes do tesouro
6.1.2. Tipos de Obrigações

 Obrigações do Tesouro
6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

 Dívida Privada
6.1.2. Tipos de Obrigações
 Papel Comercial
 Obrigações
6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

31
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

 E ainda ….
6.1.2. Tipos de Obrigações
 Ações – Capital Próprio

6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações

6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

32
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações As obrigações são títulos de crédito


representativos de frações de empréstimos.
São títulos de crédito uniformes, ou seja, as
6.1.3. Obrigações da dívida pública
obrigações de uma mesma emissão têm
caraterísticas similares, são negociáveis e
indivisíveis.
6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica da


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações
emissão – Prospeto):

6.1.2. Tipos de Obrigações


1. Emitente – é a entidade que solicita o empréstimo;

6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

33
34
35
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica da


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações emissão –Prospeto):

1. Emitente – é a entidade que solicita o empréstimo;


6.1.2. Tipos de Obrigações
2. Valor Nominal – é o valor facial, inscrito no título;

6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

36
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica


6.1.2. Tipos de Obrigações
da emissão – vulgo Prospeto):

1. Emitente – é a entidade que solicita o


empréstimo;
6.1.3. Obrigações da dívida pública
2. Valor Nominal – é o valor facial, inscrito no
título;
3. Preço de Emissão – é o valor pelo qual as
6.1.4. O valor de uma obrigação
obrigações são "oferecidas" à subscrição no
mercado primário;

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

37
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


Preço de Emissão – é o valor pelo qual as
obrigações são "oferecidas" à subscrição no
6.1.2. Tipos de Obrigações mercado primário;

 se PE  VN a emissão diz-se abaixo do par (existe um desconto de emissão


6.1.3. Obrigações da dívida pública igual a VN  PE );
 se PE  VN a emissão diz-se acima do par (existe um prémio de emissão igual
a PE VN );
 se PE VN a emissão diz-se ao par.
6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica
da emissão – vulgo Prospeto):
6.1.2. Tipos de Obrigações
1. Emitente – é a entidade que solicita o
empréstimo;
2. Valor Nominal – é o valor facial, inscrito no
6.1.3. Obrigações da dívida pública
título;
3. Preço de Emissão – é o valor pelo qual as
obrigações são "oferecidas" à subscrição no
6.1.4. O valor de uma obrigação
mercado primário;
4. Valor de Reembolso – é o valor pelo qual as
obrigações são reembolsadas/ amortizadas ;
6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

38
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações Valor de Reembolso – é o valor pelo qual as


obrigações são reembolsadas/ amortizadas ;
6.1.2. Tipos de Obrigações

 se VR  VN o reembolso diz-se abaixo do par;


 se VR VN o reembolso diz-se acima do par;
6.1.3. Obrigações da dívida pública
 se VR VN o reembolso diz-se ao par.

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

39
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações
da emissão – vulgo Prospeto):

6.1.2. Tipos de Obrigações


1. Emitente – é a entidade que solicita o
empréstimo;
2. Valor Nominal – é o valor facial, inscrito no
título;
6.1.3. Obrigações da dívida pública
3. Preço de Emissão – é o valor pelo qual as
obrigações são "oferecidas" à subscrição no
mercado primário;
6.1.4. O valor de uma obrigação
4. Valor de Reembolso – é o valor pelo qual as
obrigações são reembolsadas/ amortizadas ;
5. Prazo, vida útil ou maturidade – é o período
6.1.5. Transação de Obrigações de vida de um empréstimo obrigacionista;

6.1.6. Duração e Imunização

40
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica


da emissão – vulgo Prospeto):
6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

1. Emitente – é a entidade que solicita o


6.1.2. Tipos de Obrigações
empréstimo;
2. Valor Nominal – é o valor facial, inscrito no
título;
3. Preço de Emissão – é o valor pelo qual as
6.1.3. Obrigações da dívida pública
obrigações são "oferecidas" à subscrição no
mercado primário;
4. Valor de Reembolso – é o valor pelo qual as
6.1.4. O valor de uma obrigação
obrigações são reembolsadas/ amortizadas ;
5. Prazo, vida útil ou maturidade – é o período
de vida de um empréstimo obrigacionista;
6.1.5. Transação de Obrigações 6. Período de carência – tempo que medeia
entre a emissão e o primeiro reembolso;

6.1.6. Duração e Imunização

41
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica


da emissão):

6.1.3. Obrigações da dívida pública 7. Forma de amortização – o reembolso do


capital pode ser feito de várias formas:
• Amortização única;
6.1.4. O valor de uma obrigação • Amortização por séries ;
• Amortização por sorteio;
• Amortização por dedução ao valor
6.1.5. Transação de Obrigações nominal.

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica
da emissão):
6.1.2. Tipos de Obrigações

7. Forma de amortização – o reembolso do


capital pode ser feito de várias formas:
6.1.3. Obrigações da dívida pública • Amortização única;
• Amortização por séries ;
• Amortização por sorteio;
6.1.4. O valor de uma obrigação • Amortização por dedução ao valor
nominal.
8. Opção de reembolso - pode ocorrer por
6.1.5. Transação de Obrigações iniciativa do investidor – put option ou opção
de venda – ou por vontade do emitente - call
option ou opção de compra;
6.1.6. Duração e Imunização

42
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações da emissão):

7. Forma de amortização – o reembolso do


6.1.2. Tipos de Obrigações capital pode ser feito de várias formas:
• Amortização única;
• Amortização por séries ;
6.1.3. Obrigações da dívida pública • Amortização por sorteio;
• Amortização por dedução ao valor
nominal.
6.1.4. O valor de uma obrigação 8. Opção de reembolso - pode ocorrer por
iniciativa do investidor – put option ou opção
de venda – ou por vontade do emitente - call
6.1.5. Transação de Obrigações option ou opção de compra;
9. Negociabilidade - as obrigações são títulos
negociáveis, podendo ser admitidas à
6.1.6. Duração e Imunização
cotação em Bolsa e transacionadas em
mercado secundário;

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica


da emissão):

6.1.2. Tipos de Obrigações 10. Taxa de Juro Nominal – valor que, aplicado
ao valor nominal da obrigação, dá origem ao
valor do juro periódico:
6.1.3. Obrigações da dívida pública • Fixa;
• Variável;

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

43
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

Caraterísticas (todas definidas na ficha técnica


6.1.2. Tipos de Obrigações da emissão):

10. Taxa de Juro Nominal – valor que, aplicado


6.1.3. Obrigações da dívida pública
ao valor nominal da obrigação, dá origem ao
valor do juro periódico:
• Fixa;
• Variável;
6.1.4. O valor de uma obrigação
11. Cláusulas especiais:
• Garantias Reais (associadas a obrigações
hipotecárias);
6.1.5. Transação de Obrigações
• Covenants.

6.1.6. Duração e Imunização

44
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


Risco:
1. Segurança:
6.1.2. Tipos de Obrigações • Credibilidade do emitente, e a forma como
investimento possa ser afetado pela
evolução da atividade da empresa. – Risco
6.1.3. Obrigações da dívida pública
de Crédito;
• Prazo - risco de taxa de juro;
2. Liquidez:
• Prazo do empréstimo (liquidez via
6.1.4. O valor de uma obrigação
amortização);
• Forma de reembolso/amortização (liquidez
via amortização);
6.1.5. Transação de Obrigações
• Liquidez dos mercado secundário onde é
transacionada (liquidez via transação).

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações 1. Obrigações de Taxa Fixa não Revisível


(Clássicas ou ordinárias) - A taxa de juro do
cupão mantém-se inalterada durante toda a
6.1.3. Obrigações da dívida pública
vida do empréstimo;
2. Obrigações de Taxa Fixa Revisível – no caso
da emissão de obrigações de taxa fixa por
prazos relativamente longos, pode incluir-se,
6.1.4. O valor de uma obrigação
na ficha técnica das obrigações, a
possibilidade de revisão periódica da taxa de
juro inicialmente fixada;
6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

45
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações 3. Obrigações de Remuneração Variável ou


Indexada – A taxa de juro do cupão é revista
em cada pagamento do juro periódico. Dois
6.1.2. Tipos de Obrigações tipos de indexação:
• Indexação Financeira:
• a taxa de juro do cupão varia em função
6.1.3. Obrigações da dívida pública do comportamento de um indicador – a
"taxa de referência" ou "indexante”;

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

46
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


3. Obrigações de Remuneração Variável ou
Indexada – A taxa de juro do cupão é revista
6.1.2. Tipos de Obrigações em cada pagamento do juro periódico. Dois
tipos de indexação:
• Indexação Financeira:
6.1.3. Obrigações da dívida pública • a taxa de juro do cupão varia em função
do comportamento de um indicador – a
"taxa de referência" ou "indexante”;
6.1.4. O valor de uma obrigação • a indexação financeira pode ser
assegurada pela utilização de um
“índice", sendo comum a incorporação
6.1.5. Transação de Obrigações
de índices de mercados bolsistas
• Indexação Real.

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

4. Obrigações Cupão Zero – emitidas a


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações desconto e reembolsadas pelo valor
nominal. Não pagam juros periódicos:

6.1.2. Tipos de Obrigações Exemplo: obrigações de cupão zero emitidas


com a maturidade de 3 anos por um valor de
aquisição de € 85 e um valor nominal de € 100.
6.1.3. Obrigações da dívida pública

0 1 2 3

6.1.4. O valor de uma obrigação

€ 85 X X € 100

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

47
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

5. Obrigações Convertíveis – Podem


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações converter-se em ações da empresa que as
emitiu;

6.1.2. Tipos de Obrigações Exemplo: Uma empresa emite com um VN=€1 e


com reembolso ao par, obrigações convertíveis
com um rácio de conversão de 1/5.
6.1.3. Obrigações da dívida pública
Admitam agora que no momento em que pode
exercer a conversão a ação está cotada em
6.1.4. O valor de uma obrigação € 4,5. Deve, ou não o investidor proceder à
conversão?

6.1.5. Transação de Obrigações


Atendendo ao rácio de 1/5 o investidor terá de
entregar 5 obrigações, pelas quais iria ser
reembolsado em € 5, por uma ação que vale
€ 4,5. não é um bom negócio
6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


5. Obrigações Convertíveis – Podem
converter-se em ações da empresa que as
6.1.2. Tipos de Obrigações emitiu;
6. Obrigações com Warrant – Têm associado
o direito, destacável, de subscrição de ações
6.1.3. Obrigações da dívida pública
da empresa emitente;
7. Obrigações Hipotecárias – Têm associada
uma garantia hipotecária;
8. Obrigações Subordinadas – caracterizam-se
6.1.4. O valor de uma obrigação
por terem uma garantia inferior face a outras
dívidas da empresa;

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

48
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

9. Obrigações Estruturadas – caracterizam-se


6.1.2. Tipos de Obrigações por a sua rendibilidade estar dependente de um
dado indexante ou variável, tendo, não
obstante, a garantia de reembolso pelo seu
6.1.3. Obrigações da dívida pública valor nominal;

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

49
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações


Através do volume de dívida pública em
circulação e do tipo de produtos oferecidos à
6.1.3. Obrigações da dívida pública subscrição, o Estado pode influenciar o nível
de taxas de juro da economia em geral. A
dívida pública representa um papel de
6.1.4. O valor de uma obrigação
elevada importância – referencial para o
mercado financeiro, ou, em linguagem de
mercados, benchmark.
6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

As cotações (preços) da maioria das


6.1.2. Tipos de Obrigações
obrigações são dadas em percentagem do
valor nominal. Para converter a cotação de
percentagem para valor monetário basta
6.1.3. Obrigações da dívida pública
multiplicar a cotação pelo valor nominal.

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

50
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

A taxa de rendimento corrente ou current


yield relaciona o valor do juro do cupão com
6.1.2. Tipos de Obrigações
o preço de mercado, ou seja:

6.1.3. Obrigações da dívida pública

𝑅
6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

A taxa de rendibilidade periódica, visa medir a


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações
rendibilidade obtida com a posse da
obrigação durante um período de tempo e
6.1.2. Tipos de Obrigações
determina-se da seguinte forma:

𝑃 𝑃 𝐽
6.1.3. Obrigações da dívida pública 𝑅
𝑃

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

51
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações

Para a correta avaliação de uma obrigação,


toma-se, então, necessário identificar todos
6.1.3. Obrigações da dívida pública
os fluxos de rendimento gerados pelo título.
Em seguida, determina-se o valor atualizado
desses fluxos, tendo em conta uma taxa de
6.1.4. O valor de uma obrigação atualização adequada, que será a taxa de
juro exigida pelos investidores para
emissões com as mesmas características.
6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações O valor ou preço atual de uma obrigação é


dado como a soma dos cash-flows futuros
atualizados, ou seja:
6.1.3. Obrigações da dívida pública

N
CFt
6.1.4. O valor de uma obrigação
P0   (1 r )
t 1
t

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

52
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

𝑃 𝑃 a obrigação está subavaliada no mercado, ou seja,


existem possibilidades de valorização, pelo que o investimento
poderá conduzir à realização de mais-valias;

𝑃 𝑃 a obrigação está sobreavaliada no mercado, ou seja,


existem possibilidades de desvalorização, pelo que o
investimento poderá conduzir à realização de menos-valias;

𝑃 𝑃 a obrigação está a ser corretamente avaliada pelo


mercado.

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

A taxa de rendimento até à maturidade ou yield to


6.1.2. Tipos de Obrigações maturity (y) é a taxa de rendibilidade efetiva de
uma obrigação, no pressuposto de que será
detida até à maturidade e os juros reinvestidos a
6.1.3. Obrigações da dívida pública esta mesma taxa, ou seja:

N
CFt
6.1.4. O valor de uma obrigação PC   (1 y )
t 1
t

6.1.5. Transação de Obrigações Na prática é a taxa de atualização que iguala a


soma dos cash-flows ao preço de compra da
obrigação
6.1.6. Duração e Imunização

53
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Se as obrigações com o mesmo nível de risco


estiverem a proporcionar uma rendibilidade de 4%,
aconselharia um investidor a adquiri-la?

• r y se a obrigação possibilita uma rendibilidade


superior, pelo que se trata de um bom investimento;

• r y se a obrigação possibilita uma rendibilidade


inferior, pelo que se trata de um mau investimento;

• r y se a obrigação está a ser corretamente


avaliada pelo mercado, produzindo uma adequada taxa
de rendibilidade.

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

6.1.2. Tipos de Obrigações A cotação de uma obrigação nem sempre


representa, mesmo que em equilíbrio, o seu
valor. Isto porque, quando se transacionam
6.1.3. Obrigações da dívida pública
obrigações, há que ter em conta não só o
preço, mas também os juros decorridos
entre a data de vencimento do último cupão
e a data de liquidação da transação.
6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

54
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações Como qualquer investimento, a decisão de investir


deve basear-se na análise da relação
risco/rendimento. É pois, necessário medir o risco.
6.1.2. Tipos de Obrigações O investimento em obrigações incorre em dois tipos
de risco principais:

6.1.3. Obrigações da dívida pública Risco de taxa de juro – variabilidade do preço da


obrigação em resposta às flutuações da taxa de
juro.
6.1.4. O valor de uma obrigação
Risco de crédito/incumprimento - Capacidade do
emitente fazer face ao serviço da dívida (nas datas
exactas).
6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


Risco de taxa de juro:

6.1.2. Tipos de Obrigações


“Risco associado às variações adversas das taxas
de juro e que conduzem a maiores custos
financeiros ou a menores proveitos financeiros do
que os esperados”. (Domingos Ferreira 2006).
6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

55
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

O risco da taxa de juro justifica-se através de:


6.1.2. Tipos de Obrigações
- Desequilíbrios entre a procura e a oferta da
moeda com reajustes na taxa de juro;
6.1.3. Obrigações da dívida pública
- Decisões dos responsáveis pela política monetária
de cada país ou espaço económico;

6.1.4. O valor de uma obrigação - Movimentos na estrutura temporal das taxas de


juro que afectam a relação existente entre as taxas
de juro dos diferentes prazos.
6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

“Estrutura de prazo das taxas de juro – Relação que se estabelece


entre as taxas de juro implícitas nos preços a que são
transaccionadas as obrigações no mercado secundário e os
respectivos prazos para o vencimento”. (Afonso ,et. al.,2004).

Informação sobre o mercado português: www.bportugal.pt

56
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Como medir o Risco de taxa de juro?


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações
Trata-se de medir a sensibilidade do preço das
obrigações às variações da taxa de juro.
6.1.2. Tipos de Obrigações
• Maturidade - mantendo o resto tudo constante, quanto maior
for o prazo residual da obrigação, maior é a sensibilidade do seu
preço às variações da taxa de juro.
6.1.3. Obrigações da dívida pública
No entanto, enquanto medida, a maturidade comporta uma grande
limitação, apenas considera o período relativo ao último fluxo
financeiro, ignorando todos os fluxos intermédios. Ou seja, é uma
6.1.4. O valor de uma obrigação medida incompleta.

• Duração - cálculo da maturidade média da obrigação


6.1.5. Transação de Obrigações ponderada pela contribuição de cada Cash Flow. É, por esse
motivo, uma medida mais completa do que a anterior.

6.1.6. Duração e Imunização • Convexidade X

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


A Duração não é mais do que uma medida de
sensibilidade do preço de uma obrigação às
6.1.2. Tipos de Obrigações variações na taxa de juro.

6.1.3. Obrigações da dívida pública


𝜕𝑃 𝑟
𝜀 ,
𝜕𝑟 𝑃

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

57
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

A expressão da duração é derivada a partir do preço da obrigação:


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações T
P0   CFt 1  r 
t

t 1

6.1.2. Tipos de Obrigações então:

dP0 T
dP0 1 T
   tCFt 1  r  tCFt 1  r 
1  r  
 t 1 t
 
d 1  r  t 1 d 1  r  t 1

6.1.3. Obrigações da dívida pública


Logo:

dP0 (1  r ) 1  r  1 T
MD  
d 1  r  P0
  tCFt 1  r t
P0 1  r  t 1
6.1.4. O valor de uma obrigação

de onde vem a expressão:


T
CFt
6.1.5. Transação de Obrigações
 t 1  r 
t 1
t
MD 
P0

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

A duração de Macaulay (D) é, então, uma medida


6.1.2. Tipos de Obrigações
que serve para quantificar a exposição do preço
da obrigação ao risco de taxa de juro. Evidencia
o tempo médio necessário à recuperação do
preço pago pelo investidor, através do
6.1.3. Obrigações da dívida pública
recebimento dos juros e do capital:

6.1.4. O valor de uma obrigação N


t CFt
 (1 r )
t 1
t
D
6.1.5. Transação de Obrigações
P0

6.1.6. Duração e Imunização

58
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


Foi, ainda, desenvolvida uma outra medida de
duração, por Fisher-Weil (1971), para o caso de
6.1.2. Tipos de Obrigações uma estrutura de prazo das taxas de juro não
horizontal:

6.1.3. Obrigações da dívida pública

6.1.4. O valor de uma obrigação

6.1.5. Transação de Obrigações

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Protecção do risco de taxa de juro


6.1.1. Caraterísticas das Obrigações

• Exact Matching - Significa encontrar uma


6.1.2. Tipos de Obrigações
carteira, com risco mínimo, que gera cash flows
ao longo do tempo, que são exatamente iguais
às necessidades do investidor.
6.1.3. Obrigações da dívida pública

• Imunização - é uma estratégia de gestão de


carteiras de obrigações com a qual se pretende
6.1.4. O valor de uma obrigação minimizar o risco de taxa de juro. Baseia-se no
conceito de duração e o seu objetivo é garantir
que o valor do cash flow total no fim do horizonte
6.1.5. Transação de Obrigações temporal do investimento, não se modifica
independentemente do nível das taxas de juro e
da sua flutuação no tempo.
6.1.6. Duração e Imunização

59
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.1.1. Caraterísticas das Obrigações


Para imunizar uma carteira de obrigações
apenas temos que garantir que o horizonte
6.1.2. Tipos de Obrigações
temporal do investimento é igual à duração
da carteira. A técnica garante-nos a
obtenção de um determinado valor fixo no
término do horizonte temporal de
6.1.3. Obrigações da dívida pública
investimento. Esta carteira é constituída por
uma ou mais obrigações.

6.1.4. O valor de uma obrigação


D=h

Onde D representa a Duração de Macaulay e


6.1.5. Transação de Obrigações h o horizonte de investimento pretendido.

6.1.6. Duração e Imunização

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Estes resultados derivam do facto de a variação da taxa de juro ter dois


efeitos distintos:

1. Sobre os juros reinvestidos.

2. Sobre o preço da obrigação.


Taxa de juro sobe Taxa de juro desce

Valor dos juros


reinvestidos

Preço da obrigação

60
A Teoria
Instrumentos
das Opções
financeiros
e a Técnica
do mercado
de Seguro
de da
capitais
Carteira

6. Instrumentos financeiros do mercado de capitais


6.2. Ações
6.2.1. Características das Ações
6.2.2. Direitos dos Acionistas
6.2.3. Aumentos de Capital
6.2.4. Métodos de Análise de Ações
6.2.4.1. Análise Fundamental
6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas


As ações são títulos de rendimento variável
representativos do capital das sociedades
anónimas. Distinguem-se pelo facto de
6.2.3. Aumentos de Capital
terem vida ilimitada.

As ações são produtos financeiros que


6.2.4. Métodos de Análise de Ações
permitem a participação, por parte do seu
detentor, nos destinos da sociedade.

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

61
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas

As caraterísticas das ações podem ser


enumeradas segundo três critérios:
6.2.3. Aumentos de Capital
1. Emissão;
2. Titularidade e transmissibilidade;
6.2.4. Métodos de Análise de Ações 3. Categorias.

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas


Direitos Estatutários:
• Direito de Voto;
• Direito de ser Informado.
6.2.3. Aumentos de Capital

Direitos Económicos:
• Direito aos Dividendos;
6.2.4. Métodos de Análise de Ações
• Direito de Partilha do Fundo Social;
• Direito de Preferência.

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

62
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas


Aumentos de Capital

O valor do capital social de uma empresa


pode ser aumentado com ou sem
6.2.3. Aumentos de Capital
modificação do valor da sua situação
líquida. De facto, os aumentos de capital
podem ser feitos com a entrada de
6.2.4. Métodos de Análise de Ações
"dinheiro fresco" na empresa ou por
incorporação de reservas.

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas

Os aumentos de capital vão criar uma nova


categoria de produtos financeiros que
6.2.3. Aumentos de Capital decorrem dos direitos económicos de
uma Ação:

6.2.4. Métodos de Análise de Ações • Os direitos de incorporação;


• Os direitos de subscrição.

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

63
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas


O exercício de direitos é a possibilidade de
os detentores de ações (ou dos respetivos
direitos) obterem novas ações aquando de
um aumento de capital que lhes é
6.2.3. Aumentos de Capital
reservado.

Durante o período em que decorre o aumento


6.2.4. Métodos de Análise de Ações
de capital, os direitos podem ser
negociados em Bolsa, o que significa que
têm um valor.
6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações Aumento do capital por incorporação de


Reservas
6.2.2. Direitos dos Acionistas
A primeira questão que se põe neste aumento
de capital é saber qual é o fator de
6.2.3. Aumentos de Capital incorporação (FI) , para sabermos quantas
ações novas o acionista pode obter com uma
ação antiga:
6.2.4. Métodos de Análise de Ações

𝑛º 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑟𝑎çã𝑜


𝐹𝐼
𝑛º 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑎𝑠
6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

64
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Aumento do capital por incorporação de Reservas


6.2.1. Caraterísticas das Ações

A que preço deveria o acionista transacionar os


6.2.2. Direitos dos Acionistas direitos?

Para determinarmos o preço teórico de um direito, temos,


6.2.3. Aumentos de Capital em primeiro lugar, de saber qual o preço teórico das
ações após o aumento de capital, que nos é dado pela
seguinte fórmula:
6.2.4. Métodos de Análise de Ações

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑎𝑠 𝐶𝑜𝑡𝑎çã𝑜


𝑃𝑇
𝑁º 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑎𝑠 𝑁º 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜𝑟𝑎çã𝑜
6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas O valor dos direitos de incorporação (VDI)


resulta genericamente da seguinte
fórmula:
6.2.3. Aumentos de Capital

𝑉𝐷𝐼 𝐹𝐼 𝑃𝑇
6.2.4. Métodos de Análise de Ações

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

65
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

Aumentos de Capital por Subscrição de


6.2.2. Direitos dos Acionistas Novas Ações

Para o fator de subscrição (FS), utilizamos a


6.2.3. Aumentos de Capital
seguinte metodologia:

𝑛º 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑐𝑟𝑖çã𝑜


6.2.4. Métodos de Análise de Ações 𝐹𝑆
𝑛º 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑎𝑠

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

Aumentos de Capital por Subscrição de Novas Ações


6.2.2. Direitos dos Acionistas

Quanto valem estes direitos?

6.2.3. Aumentos de Capital Temos de, calcular o preço teórico ou de equilíbrio das
ações, após o aumento de capital. Este é obtido da
seguinte forma:
6.2.4. Métodos de Análise de Ações

𝑁º 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑎𝑠 𝐶𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑁º𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑎𝑠 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑐𝑟𝑖çã𝑜 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑆𝑢𝑏𝑠𝑐𝑟𝑖çã𝑜


6.2.4.1. Análise Fundamental 𝑃𝑇
𝑁º 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑎𝑠 𝑁º 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑎𝑠 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑐𝑟𝑖çã𝑜

6.2.4.2. Análise Técnica

66
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas

Então, o Valor do Direito de Subscrição (VDS)


é-nos dado pela seguinte fórmula:
6.2.3. Aumentos de Capital

6.2.4. Métodos de Análise de Ações N º ações novas  


VDS    Pr eço teórico  preço de subscrição 
N º de ações antigas  

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações


Aumentos de Capital Por Incorporação de
Reservas e Subscrição Simultânea
6.2.2. Direitos dos Acionistas

Primeiro, temos de determinar o preço


teórico ou de equilíbrio das novas ações,
6.2.3. Aumentos de Capital tendo em conta esta realidade. Assim, o
preço teórico das ações (PT) será obtido
através da seguinte fórmula:
6.2.4. Métodos de Análise de Ações

N º ações antigas  Cotação na bolsa  N º novas ações por subscrição  Pr eço de subscrição
PT 
N º ações antigas  N º de ações por incorporção  N º ações por subscrição
6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

67
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações


O valor dos direitos de incorporação (VDI)
resulta genericamente da seguinte
6.2.2. Direitos dos Acionistas
fórmula:

6.2.3. Aumentos de Capital

𝑉𝐷𝐼 𝐹𝐼 𝑃𝑇

6.2.4. Métodos de Análise de Ações 𝑉𝐷𝑆 𝐹𝑆 𝑃𝑇 𝑃𝑆

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas A avaliação de ações tem por objeto


determinar o seu preço num determinado
momento, de modo a permitir aos
interessados decidirem o que fazer.
6.2.3. Aumentos de Capital

A avaliação das ações é muito mais complexa


que a das obrigações porque as principais
6.2.4. Métodos de Análise de Ações
fontes de rendimento (dividendos e mais-
valias) são de muito mais difícil
antecipação do que os juros e
6.2.4.1. Análise Fundamental
amortizações de capital inerentes às
obrigações.

6.2.4.2. Análise Técnica

68
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas

Na perspetiva da análise fundamental, a


6.2.3. Aumentos de Capital
escolha de uma ação a investir exige que
se saiba o valor justo desse título. Para
isso, o analista tem de examinar um
6.2.4. Métodos de Análise de Ações
conjunto de variáveis que podem afetar o
valor das empresas

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Indicadores do Mercado
6.2.1. Caraterísticas das Ações Hoje em dia, os mercados fornecem-nos muita
informação que vem publicada na imprensa,
6.2.2. Direitos dos Acionistas
em revistas da especialidade e em folhetos de
emissões de aumento de capital, com vários
indicadores (rácios) que ajudam os
investidores a tomarem as suas decisões.
6.2.3. Aumentos de Capital

Vejamos, então, os indicadores mais importantes:


6.2.4. Métodos de Análise de Ações  • O valor contabilístico;
 • O PER (Price Earnings Ratio);
 • O PCF (Price Cash Flow Ratio);
6.2.4.1. Análise Fundamental
 • O PBV (Price Book Value);
 • O Dividend Yield ;
 • O Payout Ratio.
6.2.4.2. Análise Técnica

69
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas

6.2.3. Aumentos de Capital

6.2.4. Métodos de Análise de Ações

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas A escola da análise técnica fundamenta o seu


método de análise do comportamento que
os preços das ações apresentam no
6.2.3. Aumentos de Capital
mercado.

O analista técnico tenta determinar as datas


6.2.4. Métodos de Análise de Ações em que deve comprar e vender as ações,
não se preocupando com o seu valor, mas
sim com as mais-valias que pode obter.
6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

70
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas

6.2.3. Aumentos de Capital

6.2.4. Métodos de Análise de Ações

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas

6.2.3. Aumentos de Capital

6.2.4. Métodos de Análise de Ações

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

71
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

6.2.1. Caraterísticas das Ações

6.2.2. Direitos dos Acionistas

6.2.3. Aumentos de Capital

6.2.4. Métodos de Análise de Ações

6.2.4.1. Análise Fundamental

6.2.4.2. Análise Técnica

AInstrumentos financeiros
Teoria das Opções do mercado
e a Técnica de capitais
de Seguro da Carteira

7. Operações de conta-margem

7.1. Compras Financiadas

7.2. Vendas a Descoberto

72
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

7. Operações de conta-margem

7.1. Compras Financiadas


Operações de conta-margem são vendas ou
compras de valores mobiliários efetuadas,
7.2. Vendas a Descoberto respetivamente, com valores emprestados
ou recursos financeiros mutuados por
corretores que se encontram, legal e
estatutariamente autorizados a conceder tais
empréstimos.

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Oportunidades de lucro
7. Operações de conta-margem

Expetativas
Subida de Preços Descida de preços
7.1. Compras Financiadas
Mercado à vista Compra de ativos Venda de ativos
Conta-Margem Compra Financiada Venda a descoberto
Compra de Futuro Venda de Futuro
7.2. Vendas a Descoberto Compra de Opção de Venda de Opção de
Mercado a prazo Compra Compra
Venda de opção de Compra de opção de
Venda Venda

73
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Operações em conta-margem
7. Operações de conta-margem

7.1. Compras Financiadas Compras Financiadas Vendas a Descoberto

Objecto da Operação Valores Mobiliários Valores Mobiliários


7.2. Vendas a Descoberto
Empréstimo Dinheiro Valores Mobiliários

Valores Mobiliários
Dívida do Investidor Dinheiro + Juros (ao preço corrente de
mercado)
Quando o preço dos Quando o preço dos
A operação é vantajosa para o
valores mobiliários valores mobiliários
investidor …
sobe desce

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Operações de uma Compra Financiada


7. Operações de conta-margem

Na data da contratação Na data da liquidação


7.1. Compras Financiadas
Contrai um empréstimo em
Liquida o empréstimo
dinheiro
7.2. Vendas a Descoberto Investidor
Vende os valores
Compra os valores mobiliários mobiliários (se o
pretender)

Corretor Efectua o empréstimo do dinheiro Recebe o dinheiro

74
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Operações de uma Venda a Descoberto


7. Operações de conta-margem

Na data da contratação Na data da liquidação


7.1. Compras Financiadas
Compra os valores
Recebe os valores mobiliários de
mobiliários no
empréstimo
mercado à vista
7.2. Vendas a Descoberto Vende no mercado à vista os Entrega os valores
valores mobiliários que recebeu mobiliários ao corretor
Investidor
Levanta a aplicação
Aplica o produto da venda
efectuada

Paga o preço do
Paga o preço do empréstimo
empréstimo (se não o
(comissão)
tiver liquidado antes)

Recebe os valores
Efetua o empréstimo de valores
mobiliários
Corretor
Recebe o preço do
Recebe o preço do empréstimo
empréstimo (se não o
(comissão)
tiver liquidado antes)

Instrumentos financeiros do mercado de capitais

Vantagens das operações em conta-margem:


7. Operações de conta-margem 1. Existe a possibilidade e especular na subida e na
descida de preços;
2. Os gestores dos ativos podem , com maior
7.1. Compras Financiadas
facilidade, efetuar operações de cobertura de risco;
3. Os instrumentos de investimento coletivo podem
7.2. Vendas a Descoberto emprestar os seus ativos, sem incremento do risco
e com rendibilidade acrescida;
4. Ao arbitragistas podem beneficiar de
desfasamentos de preços e ineficiências de
informação, dos dois lados do mercado;
5. O mercado em geral ganha eficiência,
transparência e liquidez;
6. As operações de conta-margem fazem a ponte
entre os mercados à vista e a prazo, dando um
forte contributo para a obtenção de equilíbrio nos
mercados.

75
Instrumentos financeiros do mercado de capitais

7. Operações de conta-margem
Desvantagens da operações em conta-margem:

7.1. Compras Financiadas 1. A detenção de posições em conta-margem, sendo


posições alavancadas, têm um maior nível de risco
do que as operações do mercado à vista onde não
7.2. Vendas a Descoberto existe recurso ao crédito;
2. As operações em conta-margem têm
regulamentações mais restritivas do que as
operações normais dos mercados à vista;
3. As operações em conta-margem têm custos
maiores do que as operações não financiadas,
devido aos juros pagos aos corretores, às
garantias a prestar às diversas partes, ao
reembolsa de dividendos e outros direitos, etc..

A Teoria
Instrumentos
das Opções
Financeiros
e a Técnicado
deMercado a Prazo
Seguro da Carteira

8. Mercados a prazo
8.1. Mercados over-the-counter versus organizados
8.2. Produtos over-the-counter
8.2.1. Forward Rate Agreements
8.2.2. Swaps
8.3. Produtos de mercados organizados
8.3.1. Futuros
8.3.2. Opções

76
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo

8.1. Mercados OTC versus organizados

Os mercados de derivados ou a prazo são


8.2. Produtos over-the-counter
mercados caraterizados pelo diferimento no
tempo da negociação e dos efeitos desta.
8.2.1. Forward Rate Agreements

Os produtos ou instrumentos derivados são


8.2.2. Swaps instrumentos financeiros cujo valor depende
do valor de outros, designados por ativos
subjacentes.
8.3. Produtos de mercados organizados

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
A negociação de derivados permite:

• Efetuar a gestão do risco;


8.1. Mercados OTC versus organizados
• Estabelecer preços muito competitivos e
justos, dada a dimensão e transparência dos
8.2. Produtos over-the-counter mercados e a rapidez de incorporação da
informação relevante;
8.2.1. Forward Rate Agreements
• Aumentar a liquidez dos mercados à vista;
• Efetuar investimentos com um significativo
efeito de alavanca, atraindo grandes
8.2.2. Swaps
volumes de capital de risco;
• Encorajar o investimento, oferecendo
8.3. Produtos de mercados organizados proteção contra riscos financeiros;
• Criar mais alternativas em termos de
combinações risco/rendimento, o que
8.3.1. Futuros
permite a entrada de novos participantes no
mercado.
8.3.2. Opções

77
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Os mercados over-the-counter proporcionam
uma grande flexibilidade dado que permitem
8.1. Mercados OTC versus organizados
adequar as caraterísticas dos derivados aos
interesses dos agentes.
8.2. Produtos over-the-counter
Desvantagens:
8.2.1. Forward Rate Agreements
• Morosidade negocial: demora em encontrar
a contraparte e necessidade de acordo em
8.2.2. Swaps todas as cláusulas;
• Dificuldade ou impossibilidade de alterar ou
8.3. Produtos de mercados organizados anular o contrato;
• Risco de a contraparte não cumprir o
contrato (risco de crédito);
8.3.1. Futuros
• Pouca transparência ao nível da informação
sobre as transações efetuadas e sobre as
8.3.2. Opções ofertas existentes.

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Os contratos firmes a prazo são contratos a
prazo transacionados em bolsa – Mercados
8.1. Mercados OTC versus organizados organizados

8.2. Produtos over-the-counter


Vantagens:

8.2.1. Forward Rate Agreements • Diminuição da morosidade negocial;


• Maior segurança;
8.2.2. Swaps • Desaparecimento do risco de crédito;
• Preços mais justos;
• Pode-se anular a posição no mercado em
8.3. Produtos de mercados organizados
qualquer momento anterior à maturidade.

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

78
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
A câmara de compensação é uma entidade que
se interpõe entre comprador e vendedor,
8.1. Mercados OTC versus organizados
passando a constituir, para cada um deles, a
contraparte do contrato.
8.2. Produtos over-the-counter

As margens são valores que os investidores são


8.2.1. Forward Rate Agreements
obrigados a colocar, por cada posição que
abrem, numa conta própria junto da câmara
8.2.2. Swaps de compensação. Representa um ato de boa
fé e demonstra que está disposto a cumprir
8.3. Produtos de mercados organizados as suas obrigações.

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Os Forward Rate Agreements (FRAs) são
8.1. Mercados OTC versus organizados
contratos em que as duas partes,
geralmente duas instituições financeiras ou
uma instituição financeira e um seu cliente,
8.2. Produtos over-the-counter
acordam entre si trocar juros numa data
futura, sendo esses juros referidos a uma
8.2.1. Forward Rate Agreements importância teórica determinada e a um
período específico de tempo, com início e
8.2.2. Swaps
vencimento no futuro.

Não existindo uma transferência de capital,


8.3. Produtos de mercados organizados
apenas é paga a diferença líquida entre os
dois fluxos de pagamento de juros.
8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

79
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

Um FRA não representa para o banco um


8. Mercados a prazo
compromisso de emprestar ou investir. A operação
de garantia de taxa (FRA) é distinta do
8.1. Mercados OTC versus organizados empréstimo ou colocação que lhe dá origem,
podendo inclusivamente ter lugar numa outra
8.2. Produtos over-the-counter instituição financeira que não aquela que concede o
empréstimo ou aceita o depósito. O banco
simplesmente garante ao seu cliente, numa certa
8.2.1. Forward Rate Agreements
data, uma taxa para um determinado montante
teórico (igual ao montante da operação que o
8.2.2. Swaps cliente deseja cobrir), entre uma data-valor futura
(que corresponde à data em que o empréstimo ou a
8.3. Produtos de mercados organizados colocação em causa se iniciará) e uma dada data
de vencimento (que equivale à data de vencimento
dessa operação). Atingida a data-valor, as duas
8.3.1. Futuros partes regularizam a diferença entre a taxa
garantida pelo banco e a taxa de mercado
8.3.2. Opções
subjacente à posição que a empresa vai cobrir (taxa
de liquidação).

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo

0 Data-valor Data de vencimento


8.1. Mercados OTC versus organizados
Prazo de diferimento Prazo da operação
3 meses 6 meses
8.2. Produtos over-the-counter
9 meses

No esquema anterior está representado um


8.2.1. Forward Rate Agreements
FRA3x9 onde o prazo da operação é obtido
pela diferença 9-3 = 6 meses
8.2.2. Swaps

Os FRAs servem para cobrir o risco de variação


8.3. Produtos de mercados organizados da taxa de juro no período que medeia entre
a data em que é decidida a realização de um
empréstimo ou um depósito e a data em que
8.3.1. Futuros
este é efetivamente concretizado (data-
valor).
8.3.2. Opções

80
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo

Na data de contratação não é efetuada


8.1. Mercados OTC versus organizados qualquer transferência de capital.

8.2. Produtos over-the-counter


Na data-valor é apurado o resultado do FRA,
que pode representar um ganho ou uma
8.2.1. Forward Rate Agreements
perda, apurado pela diferença entre a taxa
garantida pelo FRA e a respetiva taxa de
8.2.2. Swaps liquidação. O FRA é liquidado através de
liquidação financeira (cash settlement) na data
8.3. Produtos de mercados organizados
de vencimento do contrato.

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Os resultados associados a um FRA determinam-se
da seguinte forma:
8.1. Mercados OTC versus organizados

Operação de financiamento - Posição compradora:


8.2. Produtos over-the-counter

8.2.1. Forward Rate Agreements 𝑁


𝑇𝐿 𝑇𝐺
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐹𝑅𝐴 12 𝑀
𝑁
8.2.2. Swaps 1 𝑇𝐿 12

8.3. Produtos de mercados organizados


onde TL é a taxa de liquidação, TG representa a
taxa garantida, N é o número de meses da
8.3.1. Futuros
operação a cobrir e M é o montante teórico
ou nocional associado ao FRA.
8.3.2. Opções

81
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Os resultados associados a um FRA determinam-se
da seguinte forma:
8.1. Mercados OTC versus organizados

Operação de Aplicação - Posição vendedora:


8.2. Produtos over-the-counter

𝑁
𝑇𝐺 𝑇𝐿 12 𝑀
8.2.1. Forward Rate Agreements
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐹𝑅𝐴
𝑁
8.2.2. Swaps
1 𝑇𝐿 12

8.3. Produtos de mercados organizados


onde TL é a taxa de liquidação, TG representa a
taxa garantida, N é o número de meses da
8.3.1. Futuros
operação a cobrir e M é o montante teórico
ou nocional associado ao FRA.
8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo

O resultado do FRA consiste na diferença das


8.1. Mercados OTC versus organizados taxas de juro, aplicado ao montante e prazo da
do FRA, atualizado para o momento de
8.2. Produtos over-the-counter vencimento do contrato (FRA).

A atualização do diferencial dos juros, à taxa de


8.2.1. Forward Rate Agreements
liquidação do contrato, ocorre devido ao facto de
os juros da operações irem ocorrer ao fim de n
8.2.2. Swaps meses após o vencimento do FRA.

8.3. Produtos de mercados organizados O facto de não existir qualquer fluxo financeiro
após o vencimento do contrato faz com que o
risco de crédito não aumente.
8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

82
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

No caso de um empréstimo:
8. Mercados a prazo

 se, na data-valor do empréstimo, a taxa de


8.1. Mercados OTC versus organizados liquidação ultrapassar a taxa garantida, o cliente
terá direito a receber o diferencial entre as duas
8.2. Produtos over-the-counter taxas calculado para o período em causa. A
perda nos juros a pagar pelo empréstimo será
compensada pelo ganho no FRA; (TL>TG)
8.2.1. Forward Rate Agreements

 se, na data-valor do empréstimo, a taxa de


8.2.2. Swaps liquidação ficar aquém da taxa garantida, o
cliente terá de entregar ao banco o diferencial
8.3. Produtos de mercados organizados entre as duas taxas calculado para o período em
causa. Os ganhos nos juros a pagar pelo
empréstimo compensa a perda no FRA; (TL<TG)
8.3.1. Futuros

 se, na data-valor do empréstimo, as duas taxas


8.3.2. Opções
forem iguais, não haverá lugar a qualquer
entrega/recebimento.

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

No caso de um investimento/aplicação:
8. Mercados a prazo

 se, na data-valor da aplicação, a taxa de


8.1. Mercados OTC versus organizados liquidação ultrapassar a taxa garantida, o cliente
pagará o diferencial entre as duas taxas
8.2. Produtos over-the-counter calculado para o período em causa. O ganhos
nos juros a receber da aplicação compensa a
perda no FRA; (TL>TG)
8.2.1. Forward Rate Agreements

 se, na data-valor da aplicação, a taxa de


8.2.2. Swaps liquidação ficar aquém da taxa garantida, o
cliente terá a receber do banco o diferencial entre
8.3. Produtos de mercados organizados as duas taxas calculado para o período em
causa. A perda nos juros a receber da aplicação
será compensada pelo ganho no FRA; (TL<TG)
8.3.1. Futuros

 se, na data-valor da aplicação, as duas taxas


8.3.2. Opções forem iguais, não haverá lugar a qualquer
entrega/recebimento.

83
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo

8.1. Mercados OTC versus organizados


Uma operação de swap é um contrato bilateral
em que duas partes, cujas necessidades em
8.2. Produtos over-the-counter matéria de divisas ou de taxas de juro são
complementares, acordam intercambiar uma
8.2.1. Forward Rate Agreements
importância específica de cash-flows futuros,
associados a um certo capital em dívida, em
datas pré-determinadas. Esta transação é
8.2.2. Swaps
feita, geralmente, através de um
intermediário financeiro.
8.3. Produtos de mercados organizados

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo

Entre os tipos mais comuns de swaps


8.1. Mercados OTC versus organizados encontram-se os Swap de taxas de juro:

8.2. Produtos over-the-counter


É uma operação pela qual duas entidades
trocam entre si fluxos de juro de natureza
8.2.1. Forward Rate Agreements
diferente, calculados sobre um mesmo
capital, sendo o capital e os juros expressos
8.2.2. Swaps na mesma divisa; geralmente, traduz-se
numa troca de fluxos a taxa fixa por fluxos a
8.3. Produtos de mercados organizados taxa variável;

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

84
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo A negociação de contratos futuros é originária do


Japão, século XVIII, e foi usada inicialmente para
8.1. Mercados OTC versus organizados
negociar arroz e seda.

O mercado de futuros desenvolveu-se nos EUA no


8.2. Produtos over-the-counter
século XIX, tendo por referência determinados
produtos agrícolas e algumas matérias-primas, de
8.2.1. Forward Rate Agreements forma a facultar aos produtores daqueles produtos
proteção contra as flutuações de preço a que os
8.2.2. Swaps
mesmos estavam sujeitos por razões sazonais ou
conjunturais.

8.3. Produtos de mercados organizados


Em 1848 foi fundado o primeiro mercado
organizado de futuros, o Chicago Board of Trade
8.3.1. Futuros
(CBOT, www.cbot.com ) e, mais tarde, o Chicago
Mercantile Exchange (CME, www.cme.com ), em
1919.
8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo Mais tarde, em 1973, aparecem o Chicago Board of


Options Exchange (CBOE) - www.cboe.com - e o
8.1. Mercados OTC versus organizados
London International Financial Futures and Options
Exchange (LIFFE) - www.liffe.com - para opções.

8.2. Produtos over-the-counter


Portugal teve um mercado exclusivamente de
derivados, BDP, no Porto, fundado em 1994, embora
8.2.1. Forward Rate Agreements as primeiras negociações de futuros datem de Junho
de 1996. Em Dezembro de 1999 houve uma fusão
8.2.2. Swaps
com a BVL, formando-se a Bolsa de Valores de
Lisboa e Porto (BVLP). Inicialmente transacionavam-
se apenas futuros. O primeiro contrato de opções foi
8.3. Produtos de mercados organizados
negociado em Março de 1999. A BVLP foi integrada
na Euronext em Dezembro de 2001.
8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

85
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Um futuro é um contrato, negociável num
mercado organizado (a Bolsa), que consiste
8.1. Mercados OTC versus organizados
num acordo padronizado, reversível, de
compra e venda de uma dada quantidade e
8.2. Produtos over-the-counter
qualidade de um ativo (uma mercadoria,
índice de ações, uma taxa de juro de um
8.2.1. Forward Rate Agreements
instrumento financeiro selecionado ou uma
taxa de câmbio), num local e numa data
8.2.2. Swaps futura específica, a um preço fixado no
presente.
8.3. Produtos de mercados organizados

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

Fornece-lhe uma definição precisa da quantidade


8. Mercados a prazo Unidade de Negociação e qualidade do instrumento a ser comprado ou
vendido.
Um contrato de futuros é constituído por ciclos
mensais relativos à ocorrência da entrega. As
8.1. Mercados OTC versus organizados obrigações contratuais devem ser cumpridas
Meses de Entrega & Dias de Entrega
num dia determinado. Na prática, a maior parte
dos contratos de futuros são "fechados" antes da
data de entrega.
8.2. Produtos over-the-counter É o dia em que se deixa de realizar a negociação
Último Dia de Negociação
de um determinado contrato.
A cotação define a forma através da qual um
preço é calculado e é afetada pelas taxas de juro
8.2.1. Forward Rate Agreements Cotação / Dimensãoe Valor Tick e pelo valor tick do contrato. Um tick representa
a menor alteração de preço que é possível
ocorrer.
Preço de Entrega para Liquidação da É calculado para confirmar o valor final num
8.2.2. Swaps Negociação (Exchange Delivery Settlement determinado momento no último dia de
Price / EDSP) negociação.
As margens requeridas são fundos ou garantias
que devem ser depositadas junto do seu broker
Margem inicial
8.3. Produtos de mercados organizados por forma a cumprir quaisquer obrigações
incluídas nos termos do contrato.
Os contratos de futuros estão sujeitos a
determinados horários nos quais os futuros
Horários de Negociação podem ser transaccionados. Encontrará os
8.3.1. Futuros detalhes nas especificação do contrato
individual.

In www.euronext.com
8.3.2. Opções

86
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Intervenção com contratos de futuros:
8.1. Mercados OTC versus organizados

Posição Razões
8.2. Produtos over-the-counter Especular com a subida de preços do activo
subjacente

Incluir o futuro na estratégia de investimento,


aproveitando a alavancagem permitida pelos futuros
Compra do futuro
8.2.1. Forward Rate Agreements
Proteger uma posição curta num activo

Fixar o preço de compra de um bem


8.2.2. Swaps Especular com a descida de preços do activo
subjacente

Venda do futuro Proteger uma posição longa num activo

8.3. Produtos de mercados organizados Fixar o preço de venda de um bem

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo

8.1. Mercados OTC versus organizados


Os contratos de futuros implicam dois tipos de
custos:
8.2. Produtos over-the-counter

Custos diretos: comissão paga em cada


8.2.1. Forward Rate Agreements
contrato;

8.2.2. Swaps
Custos indiretos: margem inicial, depositada
aquando do início do contrato, e depósitos
8.3. Produtos de mercados organizados adicionais de reforço da margem, efetuados
quando existir uma variação desfavorável do
8.3.1. Futuros preço do contrato.

8.3.2. Opções

87
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo

Limites dos contratos de futuros:


8.1. Mercados OTC versus organizados
1. Os contratos têm datas pré-fixadas de
8.2. Produtos over-the-counter vencimento que poderão não ser
rigorosamente coincidentes com as
8.2.1. Forward Rate Agreements das posições a cobrir;

8.2.2. Swaps
2. Os contratos têm montantes pré-
definidos que podem ser de difícil
8.3. Produtos de mercados organizados
adaptação às necessidades do
investidor;

8.3.1. Futuros 3. Os contratos apenas estão disponíveis


para um número restrito de ativos;
8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo Existem ainda riscos adicionais para o


investidor:
8.1. Mercados OTC versus organizados
1. Pode perder muito mais do que o que
8.2. Produtos over-the-counter investiu devido à alavancagem permitida
pelos contratos;
8.2.1. Forward Rate Agreements
2. Corre o risco de, apesar das suas
8.2.2. Swaps
expectativas estarem corretas, nada
beneficiar com isso, por elas só se
concretizarem depois da data de
8.3. Produtos de mercados organizados
vencimento do contrato;

8.3.1. Futuros 3. Se efetuar a cobertura da sua posição,


não pode beneficiar com evoluções
8.3.2. Opções favoráveis no preço do ativo base.

88
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo O primeiro registo de um contrato reconhecido


como uma opção vem no livro do Genesis na Bíblia
8.1. Mercados OTC versus organizados
– a História de Jacob e Raquel.

Um exemplo, mais recente, que alerta para o perigo


8.2. Produtos over-the-counter
dos contratos de opções, data do século XVII – o
caso do mercado das Tulipas na Holanda.
8.2.1. Forward Rate Agreements
No entanto, foi em 1973 que as opções, tal como
8.2.2. Swaps
as conhecemos hoje em dia, surgiram, quando a
CBOT (The Chicago Board Of Trade) abriu a CBOE
(Chicago Board Options Exchange). Originalmente
8.3. Produtos de mercados organizados
apenas com opções de compra e posteriormente
(1978) com opções de venda.
8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo Uma opção é um contrato negociável num mercado


organizado que confere ao seu detentor o direito,
8.1. Mercados OTC versus organizados
mas não a obrigação, de comprar (call) ou vender
(put) até/ou numa determinada data (data de
expiração / data de vencimento /data de exercício /
8.2. Produtos over-the-counter
data de maturidade) um ativo, de acordo com
condições pré-especificadas a um preço pré-fixado
8.2.1. Forward Rate Agreements (preço de exercício) e em contrapartida de um
montante monetário (prémio ou preço da opção).
8.2.2. Swaps
Se a opção puder ser exercida em qualquer
momento até à data de maturidade, ela diz-se
americana; se apenas puder ser exercida na data de
8.3. Produtos de mercados organizados
maturidade diz-se europeia.
O ativo subjacente ou de referência de uma opção
8.3.1. Futuros
poderá ser uma mercadoria, um ativo mobiliário,
divisas, taxas de juro, índices bolsistas, futuros, etc.

8.3.2. Opções

89
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo O prémio de uma opção é constituído por duas


componentes: o valor intrínseco e o valor
8.1. Mercados OTC versus organizados temporal. O valor intrínseco é o valor da opção
se esta for exercida imediatamente, resultando
8.2. Produtos over-the-counter da diferença entre o preço de exercício da
opção e o preço do ativo no mercado à vista. O
8.2.1. Forward Rate Agreements
valor temporal é o valor da opção devido ao
facto de, faltando algum tempo para a
8.2.2. Swaps
maturidade, o preço poder variar
favoravelmente.
8.3. Produtos de mercados organizados

8.3.1. Futuros

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Call Put

Preço do activo Quanto maior o preço do Quanto maior o preço do

8.1. Mercados OTC versus organizados subjacente activo subjacente, maior a activo subjacente, menor
probabilidade da opção a probabilidade da opção
ser exercida, logo maior o ser exercida, logo menor o
seu valor seu valor
8.2. Produtos over-the-counter
Preço de exercício Quanto maior o preço de Quanto maior o preço de
exercício, menor a exercício, maior a
probabilidade da opção probabilidade da opção
8.2.1. Forward Rate Agreements ser exercida, logo menor o ser exercida, logo maior o
seu valor seu valor

Maturidade Quanto maior o prazo de maturidade, maior a


8.2.2. Swaps probabilidade da opção ser exercida, logo maior o seu
valor

Taxa de juro Quanto maior a taxa de Quanto maior a taxa de


8.3. Produtos de mercados organizados juro, menor o valor actual juro, menor o valor actual
do preço de exercício, do preço de exercício,
logo maior o valor da logo menor o valor da
opção opção
8.3.1. Futuros
Volatilidade Quanto maior a volatilidade, maior a probabilidade da
opção ser exercida, logo maior o seu valor

8.3.2. Opções

90
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

Intervenção com contratos de opções:


8. Mercados a prazo

Posição Razões
8.1. Mercados OTC versus organizados
Especular com a subida de preços

Incluir a call na estratégia de investimento


8.2. Produtos over-the-counter Compra da call
Proteger uma posição curta num activo

Fixar o preço máximo de compra de um bem


8.2.1. Forward Rate Agreements
Especular com a descida de preços

Venda da call Cobrir o risco de descida de cotações de uma


8.2.2. Swaps
posição longa num activo

Especular com a descida de preços


8.3. Produtos de mercados organizados
Compra da put Proteger uma posição longa num activo

Fixar o preço mínimo de venda de um bem


8.3.1. Futuros
Especular com a subida de preços
Venda da put Cobrir o risco de subida de cotações de uma posição
8.3.2. Opções curta num activo

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Vantagens:
8.1. Mercados OTC versus organizados
• Oferecem uma grande liberdade, uma
8.2. Produtos over-the-counter vez que o comprador pode ou não
exercer o contrato;
8.2.1. Forward Rate Agreements
• Oferecem o mesmo tipo de garantias
8.2.2. Swaps
dos contratos forward ou de futuros,
mas permitem que se beneficie de
movimentos favoráveis, ou seja, a opção
8.3. Produtos de mercados organizados
protege do risco de perda mas deixa
aberta a possibilidade de se realizar um
8.3.1. Futuros ganho.

8.3.2. Opções

91
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo
Limitações:
8.1. Mercados OTC versus organizados
• O custo de uma opção é mais elevado
8.2. Produtos over-the-counter
do que o custo de um forward, ou futuro
aumentando em períodos de maior
volatilidade;
8.2.1. Forward Rate Agreements

• A compra de uma opção obriga ao


8.2.2. Swaps
pagamento imediato do prémio não
reembolsável;
8.3. Produtos de mercados organizados

• A opção obriga ao seu acompanhamento


8.3.1. Futuros e gestão durante a sua vida.

8.3.2. Opções

Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

8. Mercados a prazo Riscos inerentes à negociação de


opções – para o comprador de opções:
8.1. Mercados OTC versus organizados
• Pode perder todo o dinheiro investido
8.2. Produtos over-the-counter em muito pouco tempo. Atingida a
maturidade, as opções não exercidas
8.2.1. Forward Rate Agreements
deixam de ter valor;

8.2.2. Swaps
• Pode não conseguir realizar uma
cobertura eficaz de uma determinada
posição pois o prémio pago irá diminuir ou
8.3. Produtos de mercados organizados
até anular os lucros resultantes de
eventuais evoluções favoráveis no preço
8.3.1. Futuros do ativo base.

8.3.2. Opções

92
Instrumentos Financeiros do Mercado a Prazo

Riscos inerentes à negociação de opções


8. Mercados a prazo
- Para o vendedor de opções:

8.1. Mercados OTC versus organizados • no caso de opções americanas, pode, a


qualquer altura, ser chamado a cumprir;
8.2. Produtos over-the-counter
• Se não efetuar a cobertura da sua posição,
corre um risco teoricamente ilimitado, ou seja,
8.2.1. Forward Rate Agreements
o prémio pode não cobrir as perdas resultantes
de evoluções desfavoráveis da cotação do
8.2.2. Swaps ativo base;

8.3. Produtos de mercados organizados • Se efetuar a cobertura da sua posição, perde


a oportunidade de beneficiar com evoluções
favoráveis da cotação do ativo base, pois o
8.3.1. Futuros eventual lucro no mercado à vista é
automaticamente anulado por um prejuízo
8.3.2. Opções
idêntico derivado do exercício das opções
respetivas.

93

You might also like