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Rochas Sedimentares

2.1 ROCHAS SEDIMENTARES – ARQUIVOS DA HISTÓRIA DA TERRA

A interpretação das características das rochas permite obter informações acerca do ambiente passado
no qual estas se formaram. As rochas sedimentares constituem recursos de excelência para o estudo
da história da Terra, uma vez que podem conter elementos normalmente ausentes das restantes
litologias, como é o caso dos fósseis.

As sequências de estratos de rochas sedimentares representam, frequentemente, milhões de anos de


história da Terra. No entanto, estas rochas não permitem conhecer uma parte dessa história. De facto,
aquando da formação da terra, não existiam rochas sedimentares, e as mais antigas terão sido
eliminadas, ou transformadas, pelo ciclo das rochas. Para além disso, na sequência de estratos de uma
dada região, não são nela representados certos intervalos da história geológica. Durante esses
intervalos, designados por lacunas estratigráficas, ocorreu uma emersão e a interrupção do processo
de sedimentação, frequentemente, associado à erosão de estratos anteriormente formados. A imersão
e o retomar da sedimentação são marcados por uma superfície de descontinuidade entre os extratos
antigos e os estratos posteriores à lacuna.

A compressão das condições em que ocorreu a formação das rochas sedimentares baseia-se no
princípio do atualismo, de acordo com o qual se presume que os processos que modificaram a Terra no
passado são os mesmos que se verificam presentemente. Assim, tendo em conta as características
litológicas e estruturais das rochas que fazem parte dos estratos, é possível inferir aspetos do passado
da Terra relacionados com todos os sistemas subsistemas terrestres.
O estudo do passado da Terra baseia-se num grande conjunto de elementos resultantes da observação
geológica que permite inferências, baseadas no raciocínio geológico, acerca dos ambientes de
sedimentação. De entre os dados mais relevantes, destacam-se as estruturas sedimentares, as
sequências estratigráficas, a forma como se orientam os estratos, a Constituição de cada estrato, o tipo
de descontinuidade bem como os fósseis.

As estruturas sedimentares são elementos de grande escala que podem ser encontrados nas rochas
sedimentares Vico la como é o caso da estratificação, marcas da população, dunas e fendas de
dessecação ponto final os agentes que eles podem originar são variados vírgula sendo de destacar o
meio de transporte dos sedimentos vírgula a atividade biológica e as mudanças ambientais.

2.2 AMBIENTES DE SEDIMENTAÇÃO

As rochas sedimentares, bem como os fósseis que contêm, formam-se em ambientes muito diversos,
como as Fortes dos rios, os fundos oceânicos ou a fusão de glaciares. Cada ambiente de sedimentação
é caracterizado pela existência de condições particulares relativamente homogéneas que inclui um
determinado perfil climático, características químicas específicas e uma atividade biológica própria.

Tendo em conta a especificidade dos diferentes ambientes e boa neles se encontram sedimentos e
estruturas sedimentares próprios que decorrem das características do meio. Os seres vivos que nela
habitam e que têm potencial de fossilização são também diferentes pontos informação que se obtém
do estudo dos ambientes atuais permitem inferir acerca das condições existentes em ambientes
sedimentares antigos, o paleoambientes. Estes podem ser reconstituídos a partir da análise de
sequência de estratos e, sobretudo, através dos fósseis neles presentes.
2.3 OS FÓSSEIS E A RECONSTITUIÇÃO DO PASSADO

Os fósseis correspondem a vestígios dos seres vivos (somatofósseis), ou da sua atividade (icnofósseis), que
ficaram preservados nas rochas e são contemporâneos da sua formação. O conjunto de processos físicos
vir com a químicos e biológicos que conduzem à formação destes vestígios designa-se por fossilização.

As condições necessárias para ocorrer fossilização são:

1. Corpo com partes duras;


2. Rápida cobertura do organismo por sedimentos (isolamento contra fenómenos)
3. Sedimentos finos;
4. Ambiente pobre em oxigénio (limita a ação dos seres decompositores)
5. Temperatura ambiental baixa;
6. Ambiente com muitos seres vivos;
7. Ambiente com poucos predadores
FÓSSEIS DE AMBIENTES/FÁCIES: As rochas sedimentares apresentam um conjunto de características, designado
por fácies, que permite inferir as condições da sua formação. Para além da composição mineralógica e da
textura, a fácies inclui também no conteúdo fossilífero da rocha. Alguns desses fósseis são particularmente
reveladores das condições ambientais da formação das rochas onde se incluem, designando-se, por isso, fósseis
de fácies. As espécies destes fósseis viveram durante longos períodos de tempo geológico em condições
ambientais muito específicas, que podem ser deduzidas por comparação com os ambientes ocupados na
atualidade por espécies com as quais possuem afinidade. Permitem reconstituir paleoambientes.

FÓSSEIS DE IDADE: Alguns fósseis permitem determinar a idade dos estratos que os contêm. Estes fósseis,
designados por fósseis de idade, correspondem as espécies que viveram num curto intervalo de tempo
geológico, o que se reflete numa menor distribuição estratigráfica. Por outro lado, apresenta uma ampla
distribuição geográfica. A sua presença num determinado estrato permite atribuir ao mesmo uma idade relativa
situada no intervalo de duração da espécie fóssil. São exemplos de fósseis de idade, várias espécies de trilobites
e a amonites que viveram intervalos de tempo limitados do paleozoico e do mesozoico, respetivamente.

TRANSGRESSÕES E REGRESSÕES MARINHAS

O nível do mar varia ao algum do tempo, em função do arrefecimento ou aquecimento do planeta e da atividade
tectónica. Ao longo da história geológica violla o nível da água subiu e desceu várias vezes vindo boa inundando
e expondo, respectivamente, áreas continentais significativas. A escala geológica, sempre que há avanço do mar
com recuo da linha de Costa, considera se que ocorreu uma transgressão. Processo em que ocorre um recuo do
mar, com avanço da linha de Costa, designa se por regressão marinha.

Durante as transgressões, grandes áreas continentais são inundadas, registando se uma progressão dos
ambientes de sedimentação para o interior do continente. A sequência visível nos estratos e o estabelecimento
de uma série de posicional transgressiva, na qual se encontram os estratos com sedimentos grosseiros na base e,
progressivamente, outros com sedimentos mais finos até ao topo. A sequência conglomerados, arenitos e
argilitos constitui um exemplo de uma série de transgressiva.
Numa regressão marinha, o mar recua, expondo áreas antes submersas da plataforma continental e
aumentando a área dos continentes. Nesta situação, os ambientes de sedimentação marinhos recuam
em relação aos continentes. Como tal, nas áreas que se mantêm submersas formar-se-á uma sequência
regressiva, inversa a transgressiva.
PRINCÍPIOS DA ESTRATIGRAFIA:

1. SOBREPOSIÇÃO DE ESTRATOS: numa sequência de estratos não deformados, as rochas são


progressivamente mais recentes da base para o topo;

2. HORIZONTALIDADE INICIAL: o princípio da horizontalidade original postula que, quando os detritos


se depositam um ambiente aquático vigor sobre a ação da gravidade, constitui em camadas, ou
estratos, essencialmente horizontais. Uma das conclusões que se podem retirar deste princípio é
que, se sequência de estratos está inclinada, essa inclinação ocorreu após a diagénese desses
sedimentos.

3. CONTINUIDADE LATERAL: o princípio da continuidade lateral considera que os sedimentos


depositados simultaneamente numa mesma bacia se estendem lateralmente em todas as direções
e que são possíveis variações da espessura dos estratos, sendo frequente o seu estreitamento na
proximidade dos limites da bacia de sedimentação. Toda a camada tem, por isso, a mesma idade,
independentemente das variações laterais que possa apresentar.

4. IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA: o princípio da identidade paleontológica estabelece que,


independentemente das características dos extratos, lhes pode ser atribuída uma idade em função
dos fósseis que apresentam. Isto significa que pode ser atribuída a mesma datação a estratos de
colunas estratigráficas distintas que possuam idênticos conjuntos de fósseis de idade.

5. INTERSEÇÃO: qualquer estrutura que atravessa outra é mais recente do que aquela que é
intercetada

6. INCLUSÃO: de acordo com o princípio da inclusão, as inclusões, ou fragmentos rochosos, são mais
antigas do que a Rocha que as contêm. Para que os fragmentos de uma Rocha se encontrem em
corporal dos noutras, as rochas de onde provêm teriam de insistir previamente.

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