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Segunda Prova - Far022
Segunda Prova - Far022
ESTUDO DE CASOS
Situações Problemas:
SITUAÇÃO 1:
Uma paciente compareceu em uma farmácia com uma prescrição médica de penicilina G
benzatina 600.000UI (injetável) e amoxicilina 250mg. O farmacêutico não estava presente e a
paciente foi atendida pelo balconista. Pela ausência do medicamento de referência e do
genérico, o balconista vendeu o medicamento similar UniAmox® 250mg (amoxicilina). Já o
injetável (Benzetacil® 600.000UI) foi dispensado e aplicado pelo atendente, deixando um
enorme hematoma e extrema dor muscular no local da aplicação, que persistiu pelo periodo de
duas semanas. A paciente formalizou denuncia ao CRF. Ao investigar o caso, o fiscal
constatou, entre outras irregularidades, que não existia livro de registro das aplicaç̧es de
injetáveis realizadas, e que o responsável técnico não autorizou expressamente nenhum
funcionário da farmácia a aplicar injeç̧es. Além disso, a sala de injetáveis era a mesma em
que se realizavam as atividades administrativas, não possuindo pia e local próprio de descarte
para injetáveis.
SITUAÇÃO 2:
SITUAÇÃO 3:
Paciente procura a farmácia para a aplicação de um injetável com receita médica e foi atendido
pelo proprietário do estabelecimento, que realizou a aplicação no braço esquerdo do cliente.
Após a aplicação, o cliente teve fortes dores e foi levado da farmácia para o hospital, onde foi
internado, desenvolvendo lesão necrosante, com exposição do osso no local da aplicação e,
finalmente, imobilidade parcial do braço atingido.
Ao ser investigado pelo CRF, o proprietário não comprovou capacitação técnica para aplicação
de injetáveis. A bula do medicamento advertia expressamente: “o produto deve ser aplicado
exclusivamente por via intramuscular na região glutea”.
SITUAÇÃO 4:
O fiscal do CRF inspecionou a drogaria após receber queixa dos pais de uma criança, que
passou por procedimento de perfuração de lóbulo auricular para colocação de brincos,
alegando que, além das posiç̧es dos brincos não serem adequadas, a criança mostrou
inquieta desde o procedimento, tendo desenvolvido irritação e inchaço que lhes pareceu
incomum nas duas orelhas, com evidente sensibilidade dolorosa a qualquer toque e ineficácia
do medicamento analgésico que o “farmacêutico” receitou. Os pais retiraram os brincos e as
manifestaç̧es se tornaram mais brandas, concomitante ao fechamento dos orificios. A mãe
alega que entende que, embora o profissional tenha usado agulha de injeção estéril, só aberta
no momento da perfuração diante dela, ele fez algo que incorreto e por isto é responsável pelos
desdobramentos que se sucederam a criança. Na inspeção, o fiscal constatou na área de
vendas a presença de sorvete, salgadinhos, óculos de sol, leite e doces. O local apresentava
boas condiç̧es de higiene e controle de temperatura. Embora a drogaria realizasse serviços
farmacêuticos como perfuração do lóbulo auricular para colocação de brincos e aferição de
pressão arterial, não foi apresentada a autorização da Vigilancia Sanitária para a realização
dos serviços. O farmacêutico negou realizar o procedimento de perfuração, tendo o proprietário
afirmado ser o responsável por fazê-lo.