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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU)

CURSO DE GRADUAÇÃO – PSICOLOGIA – LIBERDADE, 1º SEMESTRE –


TURMA A13 – MATUTINO

DANIEL DOS REIS BERTELI SILVA – R.A. 2330410


FERNANDA SOUZA – R.A 2366868
JONAS JACINTO DA SILVA – R.A 2379613
SUDILEI JESUS DE OLIVEIRA – 2590426

Neuroplasticidade é a capacidade do sistema nervoso de alterar sua estrutura e


função em resposta a experiências, aprendizado e lesões. Essa capacidade de
plasticidade neuronal permite que o cérebro se adapte e se reorganize ao longo da
vida. No passado, acreditava-se que o cérebro adulto era estático e não passava por
mudanças após o desenvolvimento inicial. No entanto, pesquisas demonstraram que
o cérebro é capaz de modificar sua estrutura e função em resposta a estímulos e
demandas ambientais.

Existem diferentes formas de neuroplasticidade, incluindo a plasticidade sináptica, que


envolve mudanças na força das conexões entre os neurônios, e plasticidade
estrutural, que envolve a formação de novas conexões neurais e rearranjo de redes
neurais existentes. A plasticidade sináptica é amplamente aceita e envolve a
modificação da força da transmissão sináptica entre os neurônios. Isso ocorre por
meio de processos como a potenciação de longo prazo (LTP) e depressão de longo
prazo (LTD), nos quais a força das sinapses é aumentada ou diminuída,
respectivamente, em resposta à atividade neural. A plasticidade neural continua ao
longo da vida adulta, permitindo que o cérebro se adapte a novas informações, adquira
novas habilidades e se recupere de lesões.

A neuroplasticidade também desempenha um papel importante na regulação e


expressão das emoções. O cérebro humano é altamente adaptável e capaz de
remodelar suas conexões neurais em resposta a estímulos emocionais e experiências
vivenciadas. As emoções são processos complexos que envolvem redes neurais
específicas e emocionantes entre diferentes regiões do cérebro, como a amígdala, o
córtex pré-frontal e o hipocampo. Essas áreas radiantes estão envolvidas no
processamento e na regulação das emoções. Através da neuroplasticidade, o cérebro
pode reorganizar suas conexões sinápticas e fortalecer ou enfraquecer as vias neurais
envolvidas nas respostas emocionais. Por exemplo, a repetição de certas
experiências emocionais pode fortalecer as conexões sinápticas em circuitos neurais
específicos, levando a respostas emocionais mais fortes ou mais rápidas no futuro.
Da mesma forma, a aprendizagem emocional e o ajuste emocional alteram podem a
estrutura e as funções desses circuitos neurais.
A plasticidade do cérebro também desempenha um papel fundamental na adaptação
a eventos emocionalmente traumáticos. Experiências traumáticas podem alterar a
conectividade cerebral e levar a respostas emocionais disfuncionais, como transtorno
de estresse pós-traumático (TEPT). No entanto, a neuroplasticidade também oferece
a possibilidade de reverter essas alterações por meio de intervenções tratadas, como
a terapia cognitivo-comportamental e outras abordagens que visam reestruturar os
padrões disfuncionais de conectividade neural relacionados às emoções, a
neuroplasticidade desempenha um papel fundamental na formação, regulação e
expressão das emoções, permitindo ao cérebro se adaptar e modificar suas respostas
emocionais com base nas experiências vivenciadas.

A neuroplasticidade é fundamentada em processos biológicos que ocorrem no


cérebro. Existem várias formas de neuroplasticidade, incluindo a plasticidade sináptica
e a neurogênese, que estão entre os principais interruptores subjacentes a essa
capacidade adaptativa do sistema nervoso. Plasticidade Sináptica: As sinapses são
como conexões entre os neurônios, e a plasticidade sináptica refere-se à capacidade
dessas conexões de mudar sua força e eficácia. Esse processo envolve mudanças na
eficiência da transmissão sináptica, como a liberação de neurotransmissores e a
sensibilidade dos receptores pós-sinápticos. A plasticidade sináptica é fundamental
para processos de aprendizagem e memória.

Segundo Cláudio Guimarães dos Santos (Site Drauzio Varella –


03/10/2011), “...o melhor é utilizar o encéfalo. Parece que ele, como qualquer
outra estrutura do corpo, quanto mais usado for, melhor funcionará. Mas, é preciso
fazê-lo da melhor maneira possível. Ele não existe para a pessoa tomar socos na
cabeça, mas para ela pensar, raciocinar, escrever, desenhar, pintar. A melhor
estimulação que se pode oferecer-lhe é fazer com que trabalhe de forma criativa. O
que é repetitivo, monótono, sem graça não estimula o funcionamento do encéfalo.
Atividades criativas e com aspecto motivacional intenso preservam, dentro de certos
limites, o aparecimento de doenças degenerativas como as demências”.

A neuroplasticidade tem várias consequências para a vida de um indivíduo como:


• Aprendizagem e memória: A capacidade do cérebro de se adaptar e mudar
suas conexões sinápticas é fundamental para a aprendizagem e a formação de
memórias. A neuroplasticidade permite que o cérebro adquira novos
conhecimentos, habilidades e experiências ao longo da vida. Isso significa que
estamos constantemente moldando e remodelando nosso cérebro por meio da
aprendizagem;

• Recuperação de lesões alérgicas: A neuroplasticidade também é crucial para a


recuperação de lesões alérgicas. Quando ocorre uma lesão no cérebro, outras
áreas podem assumir funções anteriormente desempenhadas pela região
danificada. Isso é conhecido como reorganização neural e pode permitir que os
indivíduos recuperem habilidades perdidas ou aprendam a compensar
deficiências causadas por lesões;

• Reabilitação: A plasticidade cerebral é um componente-chave da reabilitação


neurológica. Por meio de terapias específicas, os indivíduos podem treinar e
estimular regiões respiratórias para promover a recuperação funcional. Essas
intervenções terapêuticas visam aproveitar a capacidade do cérebro de formar
novas conexões e reorganizar-se para melhorar a função e a qualidade de vida;

• Adaptação a mudanças ambientais: A neuroplasticidade permite que o cérebro


se adapte a mudanças no ambiente. Isso inclui desde ajustes em resposta a
mudanças físicas (por exemplo, aprender a andar novamente após uma lesão)
até emoções emocionais (por exemplo, lidar com situações estressantes). A
capacidade do cérebro de se remodelar e reorganizar suas conexões neurais
permite uma maior flexibilidade e resiliência diante de desafios e mudanças;

• Terapias e tratamentos: A compreensão da neuroplasticidade tem emoções


importantes para o desenvolvimento de terapias e tratamentos para distúrbios
emocionais e psiquiátricos. Através de abordagens terapêuticas que visam
promover a plasticidade cerebral, como a estimulação cerebral não invasiva, a
terapia ocupacional, a reabilitação cognitiva e outras intervenções, é possível
melhorar os sintomas e promover a recuperação funcional em uma variedade
de condições.

Em resumo, a neuroplasticidade afeta positivamente a vida do indivíduo, permitindo a


aprendizagem, a recuperação após lesões projetadas, a adaptação a mudanças e o
desenvolvimento de terapias eficazes. Essa capacidade de remodelar e reorganizar o
cérebro ao longo da vida oferece oportunidades para uma melhoria da função
cognitiva, emocional e física.

Carlos Guimarães dos Santos (Site Drauzio Varella –


03/10/2011), afirma que: “...A neuroplasticidade lançou luzes sobre a reabilitação.
Trouxe esperança muito grande para os pacientes com lesões encefálicas. Sabemos
que eles podem ser reabilitados dentro de certos limites, porque são dotados de
flexibilidade, de plasticidade cerebral e que existem técnicas mais eficientes do que
outras para realizar esse trabalho”.

O psicólogo pode desempenhar um papel fundamental no contexto da


neuroplasticidade, ajudando os indivíduos a aproveitarem ao máximo a capacidade
do cérebro de se remodelar e reorganizar. Aqui estão algumas das formas pelas quais
um psicólogo pode atuar nesse contexto:

• Educação e conscientização: Os psicólogos podem educar os indivíduos sobre


os princípios básicos da neuroplasticidade e como ela se relaciona com o
funcionamento cognitivo, emocional e comportamental. Isso ajuda a criar uma
compreensão e uma mentalidade favorável à mudança e ao desenvolvimento;

• Avaliação e intervenção: Os psicólogos podem realizar estimativas para


identificar possíveis dificuldades cognitivas, comportamentais ou
comportamentais que podem se beneficiar da aplicação de estratégias
terapêuticas na neuroplasticidade. Com base nessas estimativas, eles podem
desenvolver intervenções personalizadas que visem exercitar a plasticidade
cerebral para promover a mudança e a melhoria;
• Terapia cognitivo-comportamental (TCC): A TCC é uma abordagem terapêutica
que se baseia na neuroplasticidade. Os psicólogos podem utilizar técnicas de
TCC para ajudar os indivíduos a modificar padrões de pensamento
disfuncionais e comportamentais problemáticos. Ao identificar e desafiar
crenças negativas ou distorcidas, o TCC promove a formação de novas
conexões neurais mais saudáveis;

• Treinamento de habilidades cognitivas: Os psicólogos podem oferecer


treinamento de habilidades cognitivas, como memória, atenção, resolução de
problemas e flexibilidade mental. Esses programas de treinamento visam
aumentar a neuroplasticidade para fortalecer e melhorar o funcionamento
cognitivo;

• Apoio emocional e gerenciamento do estresse: A neuroplasticidade também


está relacionada à regulação emocional. Os psicólogos podem ensinar
estratégias e técnicas de gerenciamento do estresse, como a regulação
emocional e o mindfulness, que podem remodelar as respostas emocionais e
promover a adaptação positiva às situações desafiadoras;

• Promoção de estilos de vida saudáveis: Os psicólogos podem ajudar os


indivíduos a adotar e manter estilos de vida saudáveis que promovam a
neuroplasticidade. Isso inclui orientações sobre nutrição adequada, sono
adequado, atividade física regular e redução do estresse, que são fatores
importantes para a saúde cerebral e a plasticidade neuronal.

Em resumo, os psicólogos podem desempenhar um papel crucial ao trabalhar com a


neuroplasticidade, ajudando os indivíduos a otimizar sua capacidade de mudança e
crescimento. Eles podem fornecer apoio, intervenções personalizadas e estratégias
direcionadas na neuroplasticidade para promover a melhoria cognitiva, emocional e
comportamental dos indivíduos.
Referências (bibliografia).

Fontes:

• Aula de Bases Estruturais e Funcionais do Comportamento Humano: Tecido


Nervoso e Neuroplasticidade de 09/03/2023 da Profº Leonardo Brito Lopes e
Silva;

• REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS - UNIVERSO RECIFE, VOL. 4, NO


2 (2017)
http://www.revista.universo.edu.br/index.php?journal=1UNICARECIFE2&page=articl
e&op=viewArticle&path%5B%5D=4558

• Neuroplasticidade, variação interindividual e recuperação funcional em


neuropsicologia
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
389X2004000100004

• Neuroplasticidade – os efeitos de aprendizagens específicas no cérebro


humano
https://www.researchgate.net/profile/Alexandra-Reis-
2/publication/50809628_Neuroplasticidade_Os_efeitos_de_aprendizagens_especific
as_no_cerebro_humano/links/57222add08aee491cb32e0a9/Neuroplasticidade-Os-
efeitos-de-aprendizagens-especificas-no-cerebro-humano.pdf

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