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CADE – CONSELHO ADMINISTRATIVOS DE

DEFESA ECÔMICA

No Brasil se tem o órgão público responsável por defender e fomentar a livre


concorrência. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE tem poder para
investigar e julgar infrações que violem esse importante princípio da ordem econômica.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica é uma autarquia federal, vinculada ao
Ministério da Justiça, com sede e foro no Distrito Federal, que exerce, em todo o
Território nacional, as atribuições dadas pela Lei nº 12.529/2011.

O Cade tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, sendo a entidade
responsável, no âmbito do Poder Executivo, não só por investigar e decidir, em última
instância, sobre a matéria concorrencial, como também fomentar e disseminar a cultura
da livre concorrência.

As atribuições do Cade são definidas pela Lei nº 12.529, de 30 de novembro de 2011, e


complementadas pelo Regimento Interno do Cade (RiCade) aprovado pela Resolução n°
1, de 29 de maio de 2012, e alterações posteriores. A autarquia exerce três funções:

 Preventiva: analisar e posteriormente decidir sobre as fusões, aquisições de


controle, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes
empresas que possam colocar em risco a livre concorrência.
 Repressiva: investigar, em todo o território nacional, e posteriormente julgar
cartéis e outras condutas nocivas à livre concorrência.
 Educativa: instruir o público em geral sobre as diversas condutas que possam
prejudicar a livre concorrência; incentivar e estimular estudos e pesquisas
acadêmicas sobre o tema, firmando parcerias com universidades, institutos de
pesquisa, associações e órgãos do governo; realizar ou apoiar cursos, palestras,
seminários e eventos relacionados ao assunto; editar publicações, como a Revista
de Direito da Concorrência e cartilhas.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica é uma autarquia federal, vinculada ao


Ministério da Justiça, responsável pela defesa da livre concorrência em todo o território
nacional. Suas atividades compreendem desde o fomento da livre concorrência até a
investigação e decisão, em última instância, de matéria concorrencial, como condutas
anticompetitivas e fusões ou aquisições empresariais que possam criar monopólios.

Autarquias são órgãos públicos autônomos (possuem o próprio regimento, diretoria,


receita etc.) que exercem funções estatais ou são especializados em serviços de interesse
público. Possuem ampla liberdade para agir no seu campo de atuação, mas a sua natureza
pública as coloca sob “supervisão” de algum órgão da Administração que, embora não
possua superioridade hierárquica, estabelece diretrizes e fiscaliza as atividades da
autarquia. No caso do CADE, a fiscalização é exercida pelo Ministério da Justiça.
O CADE foi criado como simples órgão do Ministério da Justiça, em 1962, pela Lei nº
4.137/62, que regulava a repressão ao abuso do Poder Econômico durante o governo João
Goulart. À época, a incumbência do CADE era “apurar e reprimir os abusos do poder
econômico”, entre os quais estava a defesa da livre concorrência. Esta finalidade essencial
não mudou desde então, mas os poderes do órgão acompanharam a evolução legislativa
da matéria.

Em 1994 foi promulgada a Lei nº 8.884/94, que revogou a anterior e reformulou o sistema
de repressão ao abuso econômico, dando ao CADE mais autonomia ao transformar-lhe
em autarquia federal e criando o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SDE),
formado pelo próprio CADE, que encabeçava sua estrutura, pela Secretaria de Direito
Econômico (SDE), órgão interno do Ministério da Justiça, e pela Secretaria de
Acompanhamento Econômico (SEAE), órgão interno do Ministério da Fazenda. Estes
dois últimos órgãos eram responsáveis pela emissão de pareces técnicos e instrução dos
processos administrativos (apresentação de provas e argumentações jurídicas), enquanto
a competência para julgá-los era do CADE.

Finalmente, em 2012 passou a vigorar a Lei nº 12.529/2011 (Lei de Defesa da


Concorrência), que reestruturou o sistema de defesa concorrencial. Extinguiu-se a SDE,
e a SEAE (extinta em 2015) perdeu sua competência para instruir os processos, mas
passou a elaborar estudos e opinar perante a Administração Pública sobre projetos
envolvendo a defesa da livre concorrência. O CADE permaneceu como órgão julgador e
absorveu as competências dos outros órgãos, inclusive as de instrução processual, sendo
subdividido em Tribunal Administrativo de Defesa Econômica, para julgar, e
Superintendência-Geral, para instaurar e instruir processos sobre condutas
anticompetitivas.

Conforme mencionado, o CADE preza pela manutenção da livre concorrência no


mercado, em acordo com a Constituição brasileira, isto é, a capacidade de atuação de
agentes de mercado competirem com certa igualdade.

É por esse motivo que o CADE interfere principalmente em monopólios, trustes, cartéis,
etc. Essas práticas são nocivas para a livre concorrência e para o bom funcionamento do
mercado competitivo.

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