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Marcos Carnatba ——— 45 7A1-2020-DEFORMAGOES IMPOSTAS NBR 6118/2014 (17.3.5.2.2) PEGAS ESPESSAS As deformagées impostas sdo agées indiretas — acomodacées do solo, movimentos térmicos, fluéncia, retrag&o do concreto — que podem ter variagdes ciclicas, ou continuas e sé geram esforcos quando ha restrig¢G6es ao seu desenvolvimento. O gradiente de temperatura entre as superficies externas e o interior da pega pode causar esforcgos diferenciais no material gerando tensGes e micro ou macro-fissuras que comprometem a estanqueidade, a estética e a longevidade de pecas estruturais. A redugdo progressiva da rigidez de elementos em estruturas hiperestaticas — ao longo do tempo, ou sob deterioragdo, produzindo a distribuigaéo de tensdes — pode, também, gerar agées indiretas. A fissuragaéo a ser controlada refere-se aquela provocada pelas restrigdes (coagdes) aos encurtamentos das pecas sob 0 efeito de retracdo (e diminuigado de temperatura) do concreto. Essa fissuragao tem lugar, preferencialmente, em pecas delgadas solidarizadas a pegas espessas. As deformacgées impostas distinguem-se em intrinsecas, quando as tensées sao geradas por restrigdes as variagdes dimensionais das pecas (por exemplo, variagao de temperatura, retracdo térmica que se desenvolve pela dissipaco do calor de hidratacdo do cimento, algum tempo apés a concretagem; retragdo de secagem, que se estende por alguns anos apés a concretagem) — e extrinsecas (por exemplo, recalques diferenciais de apoios). Resultados de pesquisas de H. Falkner foram divulgados em sua tese sobre fissuragdo provocada por tensdes intrinsecas e de coagao (Stuttgart, 1969) e comprovadas experimentalmente. Um Abaco que permite calcular as percentagens de armaduras para limitar a abertura das fissuras e diametro de barras correspondentes consta do livro ‘Construgées de Concreto’, Vol.4, de F.Leonhardt, 1979. Ha décadas as normas europeias j4 contemplam esse assunto, mas somente em 2003 ele foi incorporado a NBR 6118. Por ser um assunto de bibliografia escassa no Brasil, decidiu- se sintetizar as mensagens enviadas ao Grupo Calculistas da Bahia envolvendo esse tema complexo, buscando torna-lo de uso pratico, ’ contendo as principais recomendagées, avangos europeus atuais, e/. Ks alguns exemplos. x ~ oP ss R. Desp. Humberto Gulmarses, 587 - Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. 57035-030 Tel. (082) 3231.3232 -Cel. 9981.6748 - o-mail: marcarnauba@gmail.com ~Maceié — AL- Brasil 25 fissuras fissuras fissuras Figura 1- Croqui de pecas esbeltas ligadas a espessas, ou sobre o solo, indicando possiveis fissuras. Adaptado de uma apresentagdo do Professor Antonio Carlos Reis Laranjeiras ( IBRACON 2008). Para o controle da fissurag&o provocada por deformacées impostas de pegas estruturais, por razées estéticas, de estanqueidade e longevidade, a NBR 6118:2014 apresenta a seguinte expresso para a armadura minima: As = k.Ke-fetyor-Actts As — area de armadura na zona tracionada; © Act — rea de concreto da zona tracionada; os — tenséo maxima permitida na armadura imedi apés a formagao da fissura-Ver tabela 17.2 da Norma; © fcter — resistencia média a tragdo efetiva do concreto no instante em que se formam as primeiras fissuras, podendo ser usado 3MPa como valor minimo de resisténcia 4 tragéo — quando n4o se puder definir a idade do concreto no momento da fissuragdo — ou usar as equagées de 8.2.5 da Norma para maior precisao. « k-—coeficiente que considera os mecanismos de geracao de tenses de tragao: R. Desp. Humberto Guimaries, 587 - Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponts-Verde, CEP. 57035-030 Tel. (082) 3231.3232 -Cel. 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmail.com ~ Maceié — AL- Brasil Marcos Carnadba Sa 315 a}- no caso de deformagées impostas, intrinsecas: = 0,8 — no caso geral de forma da secdo; 0,8 — em segées retangulares de h < 30 cm; = 0,5 — em segées retangulares de h 2 80 cm (49-0,3h)/50 express&o para interpolacao linear—do autor. b)- k=1 para deformagées impostas, extrinsecas. c)- k-—coeficiente que considera a natureza da distribuigao de tensdes imediatamente antes da fissuragao. « k-=1,0— para tragdo pura; « k-=0,4 — para flexao simples; e kc=0,4 —para nervuras de elementos protendidos ou sob flexdio composta em segdes vazadas (celular ou caixao); e k-=0,8 — para a mesa tracionada de elementos protendidos, ou sob flexéo composta em secées vazadas (celular ou caixao); ke pode ser interpolado entre 0,4 (flexéo simples) e zero, quando a altura da zona tracionada — calculada no Estadio II sob os esforgos que conduzem ao inicio da fissuragao — nao exceder o menor dos dois valores: h/2 e 50 cm. 8.2.5-Resisténcia a tragado — sintese — NBR 6118:2014. A resisténcia a tragao direta fer pode ser considerada igual a 0,9 fetysp, OU 0,7 fet,* (Na flexdo); na falta de ensaios para obter fetspe fets pode’ ser avaliado o seu valor médio, ou caracteristico, por meio das equagées seguintes: fotm = 0,3fx2" (para concretos até C50); fet,m = 2,12 In (1+0,11fcx) para concretos entre C55 até C90) fetkint= 0,7 fetm; fes,sup= 1,3 feum (em MPa) Sendo fey 2 7MPa estas express6es podem também ser usadas para idades diferentes de 28 dias. 17.3.3.3-Controle da fissuragdo sem a verificagao da abertura de fissura- sintese - NBR 6118:2014. Para dispensar a avaliag&o da grandeza da abertura de fissuras e atender ao estado limite de fissuragéo — aberturas caracteristicas esperadas de 0,3 mm, e 0,2 mm — 0 elemento deve ser dimensionado respeitando as restrig6es da tabela 17.2, as exigéncias de cobrimento e de armadura minima. A tensdo os devs ser determinada no Estadio II. ie R. Desp. Humberto Guimarses, 587 — Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. Tel. (082) 3231.3232 -Cel. 9981.6748 - e-mall: marcarnauba@gmall.com —Macelé — AL- Brat Marcos Carnatba cree ee ee 415 Tabela 17.2 - SIMPLIFICADA DA NBR 6118:2014 — PAG. 129. Valores maximos de diametro e espagamento — barras de alta aderéncia. Aberturas de fissuras caracteristicas de 0,3 mm e de 0,2 mm para concreto. Tabela 1 - (Tabela 17.2-NBR 6118:2014) Tensao na barra Valores maximos para w= 0,3mm para w= 0,2mm oi 0u Aopi @max.-mm ®max.-mm MPa 160 32. 25 200 25 16 240 20 12.5 280 16 8 320 12.5 6 360 10 : 400 8 - ‘opi é 0 acréscimo de tensio na armadura protendida aderente entre a total obtida no estadio Ile a de protensdo apés as perdas. Na express&o As = K.Ke-fetet-Actos, 0 parametro Act significa a area de concreto na zona tracionada, ou seja, a area total da se¢do, na trag&o. axial. Sendop=Ac/Ac, pode-se escrever que p=k.ke.fetorls. Das normas europeias que utilizam essa mesma expressdo da NBR 6118, destaca-se a Norma Alema DIN EN 1992-1-1:2011 que da um tratamento particular ao calculo da armadura de retragéo de pegas espessas, obtendo valores de As menores. O calculo da armadura minima disposta nas faces de pecas espessas para controlar a fissuragdo devido a trag&o axial gerada pela retragao pode considerar apenas as areas efetivas Acer préximas aos bordos conforme se mostra a seguir. Caso ocorra, em uma pega de concreto, a primeira fissura devido a deformagies impostas (retragdo e temperatura), a forca total de tragdo nessa seco fissurada passara a ser integralmente resistida pela armadura. A aderéncia aco-concreto se encarregara de reconduzir essa forga novamente ao concreto. Nas pegas delgadas, as armaduras das duas faces situam-se tao préximas entre si que, ao fim desse comprimento de transferéncia Ib, as tensGes de tragdo no concreto ja se distribuem de modo aproximadamente uniforme em toda a espessura da secao transversal. As isolinhas dessas tensées de tracéo que s& ?, 7 R. Desp. Humberto Guimaraes, 587 — Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. Tel, (082) 3231.3232 -Cel. 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmall.com — Macelé — AL- Marcos Carnatba “oo 5/15 transferidas da armadura ao concreto tém uma _inclinagdo aproximada de 1:2, conforme se ilustra na Figura 2 abaixo. pecas delgadas Oefeat Bt Fe Fe Distribuicdo de tens6es e fissuracao nas pecas delgadas. As tensdes de tragdo so reconduzidas ao concreto com inclinagao aproximada de 1:2. Figura 2 - Distribuicdo de tensées e fissuragaio em pecas delgadas. Nas pecgas espessas as armaduras das duas faces est&o afastadas entre si de tal forma que, ao fim do comprimento de transferéncia Ib, ainda ndo ocorre distribuigéo uniforme de tensdes sobre a segdo transversal. Quando, no entorno das armaduras, a forga de trag&o reconduzida ao concreto é capaz de fazer fissurar a seco efetiva Acer tem lugar uma fissuragao secundaria que néo se estende por toda a secdo transversal, limitando-se aos bordos da pega. As fissuras ditas primarias, que se estendem por toda a sego, se formam nas pecas espessas a distancias entre si maiores do que nas pegas delgadas, como se ilustra na Figura 3 abaixo. Pe eee ly ovrfeat Fe F< a fissuras secundéries Nas pecas espessas, ao contrério do que acontece nas pecas delgadas, 20 fim do comprimento de transferéncia ly, as forcas de tragdo néo se estendem uniformemente por toda a segao transversal Figura 3 — Distribuigao de tensdes e fissuragdo em pegas espessas. R. Desp. Humberto Guimardes, 587. Tel. (082) 3231.3232 -Col. 9981.67. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. 57035-030 ‘e-mail: marcarnauba@gmall.com — Macelé ~ AL- Brasil Marcos Carnadba <> SOLUGOES DE ENGENHARIA 65 A forga necessaria para provocar as fissuras secundarias é menor do que a forga capaz de provocar as fissuras integrais, primarias. A formagao dessas fissuras secundarias, ao dissipar energia, resulta em uma redugao da forca de tragao na segdo, podendo, as taxas de armadura minima nas pecas espessas, adquirir valores menores do que nas pegas delgadas. A armadura minima em pegas espessas sob tracdo axial gerada por deformagées impostas, para controle das aberturas das fissuras em cada face da pega, pode ser calculada considerando-se apenas as areas efetivas Acer proximas aos bordos, conforme a expressao: As®feret Act los 2 Ast K. foter « Act Myk * Gs é a tensdo admissivel na armadura para a limitagdo da abertura das fissuras em fungao do diametro das barras conforme a Tabela 17.2 da NBR 6118:2014 ( Tabela 1). © Acet = het . 100 (em cm?) ¢ Act= 0,5h . 100 (cm?) « h 6a espessura da pega. Os valores de her, em func&o de h e da distancia di do eixo da barra a face da pega, podem ser obtidos no grafico da Figura 4 abaixo — Eurocode 2: DIN EN 1992-1-1, revisada em 2016. het lds hosti2 * her30<80 >k=(49-0,3h)/50=0,68; feym=3 MPa ; $10 > o8 =333 MPa la 2 -ANEXO) i hhet=15 Do grafico da Figura 4 obtém-se: hids=50/5=10 held s=3-> he 3d=3x5=15 cm. Aer feyet « Aciot Ios PAst=farer . Net .100/os= 1,50x15x100/333=2250/333=6,76 om@/m (910 c/12) em cada face. Asi=13,52%h/face Esse valor néo pode ser inferior a Ret K . fever » Act Mya. As=0,68x1,50x0,5x50x100/500=5,10 cm*/m_ d=5 R Desp. Note: Exemplo 1 - de acordo com a NBR 6118:2014 - As = k:KefeweAclos feaer= 0,3fa2=2,9 MPa; k=(49-0,3h)/50=0,68; ke=1,0; os =360 MPa ($ 10) PK. Ke fete!s4=0,68x 1 ,0x2,90/360=5,478x10% Aspfaco=5,478x10%x50x100/2=13,70 cmntim (10 c/6) => Aey=27,40%biface — {587 ~ Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. rmarcanecbe@grvallcom=Macels —AL- Breall’ Humberto Guimarses, Tel. (082) 3231.3232 -Cel. 9981.6748 - e-m Marcos Carnadba =o 8s 2. Quando ha a expectativa de que o inicio dessa fissuragéo possa ocorrer entre 6 e 17 dias (retragdo diferencial entre laje e vigas vizinhas, por exemplo), adotar 0 valor minimo de: for = 3 MPa faa =3MPa (6217 dias) 12.5 18 $12.5 18 Exemplo 2 — DIN: h=50 cm; di=5 cm; C30; $12.5 (CA 50); para wi=0,30 mm. h>30<80 “>k=(49-0,3h)/50=0,68; 03,0 MPa; $12.5 > os= 300 MPa {Interpotado da Tabela 2 - ANEXO). Do gréfico da Figura 4 obtém-se: Ihidy=50/5=10-> heddy=3 ->hei=3di=3x5=15 om. Aaz=feret - Meet l5e->Aaz=fert «het 100/08 = 3,0x16x100/300=4500/300=18,00 cm*im (12.5 c/8) em cada face. Asz=30,00%hiface Esse valor no pode ser inferior a ee K. fret - Bat Hye ‘AS=0,68x3,0X0,5x50x100/500=10,2 om¥im Note: Exemplo 2 - de acordo com 2 NBR 6118:2014- A. = K.kefe.erAedos fexer= 0,3f4%°=2,9 MPa; K=(49-0,3h)/50=0,68; Ke=1,0; 04320 MPa (9 12.5) prk.ke feselos=0,68x1, 0x2, 90/320=6, 16x10 ‘Aewlface=6, 183x10°x50x100/2=15,41 cm*im (12.5 cl8) => Asy=30,82%hiface 3. Quando se trata de controlar a fissuragéo devido as restrig6es a retrac4o hidraulica que se processa ao longo de 35 anos de idade: eter = fom aos 28 dias R. Desp. Humberto Gulmarges, 587 — Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. 57035-030 Tel. (082) 3231.3232 -Cel, 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmall.com ~Maceié — AL- Brasil Marcos Carnatba ee 95 fue = feum 208 28 dias | q200/11,5 e200/11,5 Exemplo 3 - DIN: h=75 om; di=5 om; C40; 420 (CA 50); para_w=0,20 mm. h>30<80 >k=(49-0,3)/50=0,53; fan=3 MPa; $20 > o.= 192 MPa (Interpolado Tabeta 2 - ANEXO) Do grafico da Figura 4 obtém-se: id j=75/5=15->hedes=3,5-> hae=3,5ch=17,5 om. Aastfetet . Acet loa? Amfac Net 100/oe= 3x17,5x100/192=5250/192=27,34 ome (#20 c/11,5) em cada face. Aas=36,A5%hiface Esse valor ndo pode ser inferior a Ase K fexot Act Myke ‘AS=0,53x3x0,5x75x100/500=1 1,93 cm*im Note: Exemplo 3 - de acordo com a NBR 6118:2014 - As = K.ke.fetei-Acdos fexat= 0,3f2° =3,5 MPa; k=(49-0,3hY/50=0,53; ke=1,0; 6, ‘Aceoface=10,192x10%X75x100/2=38,22 emt ($20 c/8) => Asy~=80,96%h/face A DIN EN 1992-1-1:2011 também inovou ao propor uma equagao genérica interligando os, dmax © Wx (MPa e mm) que permite obter qualquer dos trés parametros, uma vez conhecidos os dois outros: max = 3,6 . 108. Wi / 02, OU Go=(3,6 . 10° . Widibmax)"? Os valores de os obtidos dessa equagdo sao diferentes daqueles da Tabela 17.2 da NBR 6118:2014 (Tabela 1), conforme se observa no Quadro 1, porque foram usados feter diferentes na obtengao das curvas. A DIN usa 3MPa, enquanto Falkner e as ENs usam valores menores. NBR 6118:2014 | Valores de Gs obtidos com a equacdo genérica da DIN, relativos aos diémetros da NBR 6118 — barras de alta aderéncia. Tenséo na bara Tenso | wie0,3 | Tenséo | wi=0,2 | Tensto | wi=0,15 Parawicd.smme | nabara | mm | nabara | mm | nabara | mm ‘so(MPa) ‘o{MiPa) | (mm) | o(MPa) | o(mm) | cAMPa) | (mm) 160 184 32, 150 32 130 32 200) 208 25 470 25 447 25 240 232, 20 490 20 164 20 280 260, 16 212 16 184 16 320 294 125 240, 12.5 208 725 360 328 40 268 40 10 400 367 8 300 8 Quadro 1 R. Desp. Humberto Guimaraes, 587 ~ Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. 5: Tel. (082) 3231.3232 -Col. 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmall.com ~ Macelé — AL- Brasil, Marcos Carnadba CREA 3034-0-PE/AL 10/15 4-ABACO DE FALKNER Pesquisas de Horst Falkner foram divulgadas em sua tese ‘sobre fissuragdo. provocada por tensées intrinsecas e de coacao, delas resultando um abaco - conhecido como abaco de Falkner - reproduzido abaixo para o concreto C25, ago CA 50. O Prof. Eduardo Christo Silveira Thomaz elaborou diversos trabalhos e apresentagdes sobre a sua aplicacao, destacando-se os casos de fissuras em reservatorios. Cita, para reservatérios, que as armaduras de trag&o sob deformagées impostas s4o previstas para wk=0,15 mm, e opina por sua reducao para wk=0,10 mm. Considerando-se que nos exemplos 1-2-3 utilizaram-se barras de $10, 612.5 e 620 nos respectivos dimensionamentos, seréo aqui reproduzidos utilizando-se o abaco de Falkner onde esses diametros foram assinalados. R. Desp. Humberto Guimarées, 587 - Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. 57035-030 Tol. (082) 3231.3232 -Cel. 9981.6748 - o-mail: marcarnauba@gmail.com —Maceié — AL- Brasil Marcos Carnatba rr da 1115 Na busca de maior aproximagéo com os exemplos apresentados, os cobrimentos (u) serao ajustados para que di — distancia do c.g. da armadura a face da pega — se mantenha igual a Som. Exemplo 1: h=50 cm; di=5 cm; C30; $10 (CA 50); para ‘w=0,30 mm. Do abaco obtém-se: pwz=0,71% u=45mm; dw=u+7=7,45em; Fbw=b.dw=100x7,45=745 cm?. As1’"=0,71%x745=5,29 cm7/m. Exemplo 2: h=50 cm; di=5 cm; C30; $12.5 (CA 50); para wi=0,30 mm. Do abaco obtém-se: pwz=0,81% u=44mm; dy=u+79=13, 15cm; Fby=b.dw=100x13,15=1315 cm?. As2’”=0,81%x1315=10,65 cm?/m. Exemplo 3: h=75 cm; di=5 cm; C30; $20 (CA 50); para wi=0,20 mm. Do abaco obtém-se: pwz=1,17% u=40mm; dy=u+7=18,00cm; Fbyw=bdw=100x18,00=1800 cm?. Ass’”=1,17%x1800=21,06 cm?/m. Segundo Leonhardt e Falkner o espagamento da armadura ‘t’ deve obedecer ao seguinte limite: $149. R. Desp. Humberto Guimardes, 587 — Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. 57035-030 Tel. (082) 3231.3232 -Cel. 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmail.com — Maceié — AL- Brasil EX sovvgdrs DE ENGENHARIA 4245 RESULTADOS OBTIDOS DOS EXEMPLOS. Eq. genérica | Abaco Exemplo | we | NBR6118 | EST | Falkner Namero_|'mm_| As—om/im | As— mim | As — mim. 1 [0,30 | Ags=13,70 | Aey=6,86 | Asy-=5,29 2 [0,30 | Asr=15,41_ | Aer=15,31 | Asz-=10,65 3 [0,20 | Ass=38,22 | Aay=27,63 | Ass~=21,06 Quadro 2 COMPARAGAO DOS RESULTADOS OBTIDOS NO QUADRO 2, TENDO COMO REFERENCIA OS VALORES POR FACE CALCULADOS DE ACORDO COM A NBR 6118:2014 Exomplo | we | narerts | Eagenérica | Abaco Namero_|mm | As-cm’im Aarl Aes: ‘ars | Rov 4 0,30 Asy=13,70__| Asr=50%Asr As1-=39%Asy 2 0,30 | Ase=15,41 | Asz-=99% Asa" Asr=69%Aar 3 0,20, Ass=38,22 _| Ass=72%Acs- Ass-=55%Ags Observa-se que as armaduras obtidas de acordo com a NBR 6118 séo maiores do que as calculadas pela Tabela 2 da DIN EN, e pela sua equag4o genérica. Observa-se, também, que as armaduras obtidas utiizando 0 4baco de Falkner so inferiores as dos demais processos. Quadro 3 5-EXEMPLO DIDATICO, COMUM, DE ACORDO COM A NBR 6118:2014 — E COM A DIN EN 1992-1-1:2011 CANAL DE CONCRETO ARMADO COM BALANGOS _— NA 30 | aes | | 390 ! jo 60 | —_ 50 225 CROQUI - ESC 1:100 R {587 ~ Ed. Solar de Greenwich ap.601.Ponta-Verde, CEP. esp. Humberto Guimaraes, 57035-030 Tel. (082) 3231-3232 -Col. 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmail.com ~ Macelé — AL- Brasil, Marcos Carnatiba 13/45 CANAL DE CONCRETO ARMADO COM BALANCOS. As = k.Ke-fetyor-Acdos 5.1-Balango NBR 6118:2014 h=30 cm; d1=8cm; C45; CA-60; 912.5 fok=45MPa; wi=0,3 mm. k= 0,8; kc=1,0; fexet= 0,3fe4°"=3,80 MPa; Ac=100h; DIN EN 1992-1-1:2011 h=30 cm; d1=5em; C45; CA-50; 612.5 fek=45MPa; fan=3,8 MPa> 3MPa > Corrigir $ += 320 para armadura de §=12.5 mm_—_| | farv=0,5x3,80=1,90 Pek Fays=0,8x1,0%3,81320-9,5x10 || $cor=12,5x3,011,90=19,74 mm = 20mm A.= (@,5x10")x100h= 0,95 ‘o.=232MPa (obtido do Quadro 1) ‘Ac==0,95x30=28,Scm7im hid1=30/5=6->hefid1=2,6->hef=13,0 em ‘Asiface=A./2=14,25 emim =1,90x13,0x100/232=10,65 cm’im ‘Asifface=10,65 cm'im ea eeomee! Usar $12.5-c/12/face 5.2-Paredes: NBR 6178:2014 h=50cm; d1=Scm; C45; CA-50; 420 fek=45MPa; we=0.2 mm. 50 > 30 e < 80->k=(49-0,3x50)/50=0,68; K=1,0; for 0,3fax2°=3,80 MPa; ‘Ac=400h; os = 182MPa para armadura de 6-20 mm (interpolado) PAK. Ke feyelrs=0,68x1x3,8/182=14,20x10° ‘As= (14,20x10")x100h= 1,42h As=1,A2K50=71,0em"im Asiface= Ad2=35,5 cm"im Usar - §20-ciSiface DIN EN 1992-1-1:2014 h=50cm; d1=5cm; C45; CA-50; §20 fok=45MP: faa"3,8 MPa > 3MPa > Corrigir § ege7=0,5x3,80=1,90 $¢01=20x3,0/1,9=31,6 mm = 32mm. 1=150MPa (obtido do Quadro 1) I5=10 hefld1=3,0-hef=15 cm ‘Aes=1,90x15x100/150"19 cm*im Asiffaco=19 em'/m Usar $20-c/16,5/face 60cm > 30 @ <80->k=(49-0,3x60)/50=0,62; barra §25; feret= 0,3fa2°=3,80 MPa; Ac=100h; c= 160MPa para armadura de §=25 mm Fh ke-fesedors=0,62x1x3,8/160=14,73x10° As= (14,73x105)xt0Oh= 1,47h ‘As =1,47x60=88,2 em?im Asiface=Ael2=44,1 cm’m Usar - §25-c/11/faco 5.3-Laje: NBR 6118:2014 DIN EN 1992-1-1:2011 bh=60em; d=Sem; C45; CA-60; 425 h=60cm; d1=Scm; C45; CA-50; 425 fok=45Mpa; mm. fck=45Mpa; fet,ef=3,8 MPa > 3MPa > Corrigir fe.e=0,5x3,80=1,90 $c0r=25x3,0/1,90=39,47 mm = 40mm =>0.=134MPa (obtido pela equagao da DIN} Rlst=60(5=12> hetltt=3,2->hefe16 om ‘Aar=1,90x16x100/134=22,69 cm*im ‘Asiface=22,69 cmvim Usar $25-c/21,5/face R. Desp. Humberto Guimarées, 587 ~ Ed. Solar de Greenwich — ap.601.Ponta-Verde, CEP. 57035-030 Tel. (082) 3231.3232 -Cel, 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmail.com ~ Macelé — AL- Brasil Marcos Carnadba eee ee 1415 CANAL DE CONCRETO ARMADO COM BALANGOS: ‘Armadura do loxio 4125-09 por fora 12500 Ty “ | ~ 30 390 60 225 =50 540 50 2.25 CROQUI DE DISTRIBUIGAO DAS ARMADURAS DE ACORDO COM OS RESULTADOS DA NBR 6118:2014 BIBLIOGRAFIA 4-NBR 6118:2014 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento. 2-NP EN 1992. 2010 — Norma portuguesa 3-DIN EN 1992-1-1: 2011 Norma alema revisada em 2016 4-Trabalhos e apresentagdes do Professor Emérito da UFBA Antonio Carlos Reis Laranjeiras, divulgados no Grupo Calculistas da Bahia. Varios trechos aqui transcritos do seu artigo “Armaduras de Retragéo em Pecas Espessas-29/05/2018”". A ele dedico esse trabalho. 5-Trabalhos divulgados pelo Professor Emérito do IME Eduardo Christo Silveira Thomaz — via Grupo Calculistas da Bahia. 6-Béton Armé de Pierre Guillemont - Ingénieur ETP et CHEBAP, enseigne a l’Ecole spéciale des travaux publics (ESTP), Franga. 7-Dezenas de artigos, teses e mensagens recebidas via grupos diversos ao longo de mais de uma década. es em julho de 2020- iM O ANEX( R. Desp. Humberto Guimarges, 587 - Ed. Solar de Greenwich ~ ap.601.Ponta-Verde, CEP. Tel, (082) 3231.3232 -Col. 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmail.com ~ Maceié — AL- Brasil Marcos Carnadba SOLUGOES DE ENGENHARIA 415/15 ANEXO 1 —- TABELAS DE 3 NORMAS DISTINTAS. NBR 6118:2014 - TABELA 1 SIMPLIFICADA Tensao na barra Valores maximos para w= 0.3mm para wi= 0.2mm a ener omax-mm ‘max.mm 160 32 25 200 25 16 240 20 12.6 280 16 8 320 72.5 é 360 10 = 400 8 : ‘opi 0 acréscimo de tenso na armadura protendida aderente entre a total obtida no ‘estado Ile a de protensio apés as perdas. DIN EN 1992-4-1:2011 - TABELA 2 Tensio na barra Valores maximos para wiz 0,3mm para wiz 0.2mm oa omax.mm Omaxmm 160 az 28 200, 27 18 7240 19 13, 280 14 9 320 1 7 360, 8 6 400, 7 5 450, 5 4 NP EN 1992-1-1-2010 - TABELA 3 Tensao na barra Valores maximos para w= 0,3mm_ para w= 0.2mm hp ‘Omax.mm ‘omax.-mm 160 Ey 25 200 25 16 240 16 42 280 12 8 320 10 6 360 & 5 400 6 4 450 5 = Valores indicados no quadro com as seguintes hipéteses: c= 25 mm; faer= 2,9MPa; ha= 0,5h; h-d= 0,1; Ks=0,8; ke= 0,5; ke= 0,4; K= 1,0; k= 0,4 0 ku= 1,0. Concluido em julho de 2020 R. Desp. Humberto Guimardes, 587 - Ed. Solar de Greenwich ap.601-Ponta-Verde, CEP. Tel. (082) 3231.3232 -Col, 9981.6748 - e-mail: marcarnauba@gmail.com ~ Macelé — AL- Brasil

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