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Artigo (TCC) - Adrienne e Lucileia Versão Final
Artigo (TCC) - Adrienne e Lucileia Versão Final
Faculdade de Psicologia
Belo Horizonte
2021
Adrienne Keure Andrade Martins
Luciléia Carvalho Vilarino
___________________________________________________________
Professor Dr. Marcelo Augusto Resende - PUC Minas (Orientador)
__________________________________________________________
Professora Dra. Márcia Stengel – PUC Minas (Leitora)
(banca examinadora)
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3
4 METODOLOGIA ............................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 23
A INFLUÊNCIA DO USO DA TECNOLOGIA NOS VÍNCULOS SOCIAIS DOS
ADOLESCENTES
THE INFLUENCE OF TECHNOLOGY USE ON TEENAGER’S SOCIAL BONDS
RESUMO
1
Graduanda em Psicologia pela PUC Minas. Email: drikeure.psi@gmail.com
2
Graduanda em Psicologia pela PUC Minas. Email: lucileiapsicologa@gmail.com
1
Palavras-chave: Tecnologia; Adolescente; Vínculo social.
ABSTRACT
2
1 INTRODUÇÃO
4
Ainda de acordo com Fernandes (2016) o primeiro computador, com
funcionamento próximo ao que temos na atualidade, surgiu em meados de 1976
sendo fabricado pela empresa Aplle. Nos anos 90 começam a surgir as miniaturas
portáteis como notebooks palmtops. No início da década de 1990 a telefonia móvel
entra no Brasil, mudando o habitual uso de telefone fixo por aparelhos portáteis,
alterando a forma de comunicação que passou a ser possível de qualquer lugar.
De acordo com Kobs (2017), a internet tem sua origem na década de 60 e se
popularizou na década de 90. Foi no ano de 1995 que a internet se tornou comercial.
No ano seguinte, o governo brasileiro criou o Comitê Gestor de Internet do Brasil
(CGI.br), que até os dias atuais exerce seu papel de construção de uma internet de
qualidade e inclusiva, através da realização de pesquisas acerca do uso da
ferramenta pelos brasileiros.
Fernandes (2016) aponta que as redes sociais chegaram para transformar a
comunicação e interação no ano de 2000. Desde então, Orkut, Facebook, Twitter e
Myspace, entre outras, foram tornando-se meios de comunicação cada vez mais
ágeis e interativos.
Muita coisa mudou em nossa sociedade. O brincar para crianças da década
de 90 comparado com o brincar de crianças da década de 2000 e a partir de 2010
se tornou bastante diferente. Há vinte anos, brincava-se muito de pega-pega,
adedanha, pique-esconde, queimada, amarelinha e diversas outras brincadeiras em
que era necessário mais de uma criança. Quanto mais crianças envolvidas, melhor.
Para Silvestrini e Pereira (2014, p. 4), “a brincadeira favorece a autoestima das
crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma
criativa, transformando os conhecimentos que já possuíam em conceitos gerais com
os quais brinca”.
Com o passar dos anos, as brincadeiras individuais, como o próprio
dispositivo eletrônico, celular e tablets, se tornaram uma realidade, afastando as
crianças do brincar em conjunto. Muitas questões surgiram a partir da percepção
desse domínio tecnológico. Young (2011) em seu livro intitulado, Dependência da
internet: Manual e Guia de Avaliação e Tratamento, aponta o fato de que a internet
tem o poder de nos conectar e isolar socialmente. Ela nos permite uma conexão
social com o mundo, porém esse contato é feito de forma controlada, na qual os
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usuários não necessitam se envolver completamente. Mostram o que querem
mostrar, se comportam da forma como acreditam ser correto.
Segundo Young (2011, p. 182): “jamais existiu antes uma tecnologia que nos
conecta socialmente e ao mesmo tempo nos desconecta”. Para muitos usuários que
têm problemas relacionados à timidez, essa forma de conexão se torna melhor do
que presencialmente. Esses indivíduos se sentem melhor virtualmente. Não estamos
querendo dizer que o uso das tecnologias, internet e mídias sociais traz somente
prejuízos para o indivíduo, mas queremos avaliar quando esse uso se torna
incontrolável, tornando um vício para o indivíduo, que deixa de envolver com outras
pessoas, em troca do uso de celulares, tablets, computadores, vídeo games, etc.
Vale ressaltar que os participantes da presente pesquisa são os que podemos
considerar nativos digitais, de acordo com Fernandes e Gonzales (2017, apud
STENGEL, 2018, p. 426).
[...] nativos digitais, por terem crescido rodeados pelas TIC, estabelecem
uma relação de intimidade e gerenciam naturalmente as ferramentas
digitais. Além disso, não processam sequencialmente, pensam em paralelo,
atendem a várias coisas de uma só vez e rapidamente, além de esperarem
receber respostas instantâneas.
Os nativos digitais são definidos, de acordo com Stengel (2018), não apenas
pela data de nascimento, tendo em vista que essa cisão não foi dada de maneira
pontual, mas sim no decorrer do tempo. Também devem ser considerados aspectos
comportamentais e sociais que compõem o sujeito e as maneiras como esse sujeito
se relaciona com a tecnologia.
Os nativos digitais, segundo pesquisa realizada por Kobs (2017), apontaram
benefícios do uso de celulares no âmbito acadêmico, relatando que os mesmos
facilitam acesso a pesquisas, notícias e fatos recentes, além de proporcionar mais
agilidade nas comunicações entre os próprios adolescentes e entre estes e os
professores, no que tange ao compartilhamento de materiais para aulas. Por outro
lado, reconhecem que o uso desses dispositivos no ambiente escolar pode causar
distrações e diminuir o foco e atenção nas tarefas didáticas.
Segundo Silva e Silva (2017):
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vivido como concreto), alteram não somente o comportamento, mas também a
constituição psíquica dos homens, mulheres e crianças dos nossos dias.
É importante destacar a importância do convívio social no desenvolvimento
dos jovens. Ao relacionar-se com outras pessoas, o indivíduo efetua trocas de
informações e vai construindo o seu conhecimento conforme o desenvolvimento
psicológico e biológico lhe permite. Segundo Vygotsky (2008, p. 12):
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vai ampliando a sua capacidade de conhecer, ou seja, de vivenciar processos de
aprendizagem.
Segundo Xavier e Neves (2014) a internet serve de mediadora para as
interações sociais:
[...] a internet, por ser um objeto tecnológico inovador que instituiu uma nova
configuração de espaço e tempo para a interação social, se configura como
a invenção tecnológica que mais teve ferramentas adaptadas para o
uso na sociabilidade e afetividade dos seres humanos. O
ciberespaço estabeleceu novas possibilidades para a sociabilidade e
promoveu novas formas de relações sociais [...] (XAVIER; NEVES, 2014, p.
11).
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Desde 2005, o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da
Sociedade da Informação (Cetic.br) elabora indicadores sobre o uso das tecnologias
no Brasil. Em 2018, foi realizada a pesquisa “TIC Kids Online Brasil 2018” sobre o
uso da internet por crianças e adolescentes no país. Foi constatado que 86% da
população entre 9 e 17 anos era usuária da internet, embora houvesse desigualdade
de acesso à rede devido a diferenças sociais. Percebeu-se um maior número de
acessos nas classes AB e C do que nas classes D e E. Foi evidenciado o aumento
na realização de atividades multimídia pelos indivíduos pesquisados, sendo que 83
% da população investigada disse ter assistido a vídeos, programas, filmes ou séries
on-line. Pela primeira vez na história do estudo, essas atividades passaram a ser
mais frequentes em crianças e adolescentes, superando trabalhos escolares (74%)
e o envio de mensagens instantâneas (77%) (NÚCLEO DE INFORMAÇÃO E
COORDENAÇÃO DO PONTO BR, 2019).
Segundo Fabiana Harumi Shimabukuro (2013), em texto publicado para o
portal COMPORTE-SE, a atual geração se beneficia da tecnologia, pois os meios de
comunicação digitais podem proporcionar um ambiente mais seguro para o
desenvolvimento de contato social para pessoas tímidas ou “fóbicos sociais”.
Todavia, o contato físico está se tornando cada vez mais distante e uma geração de
pessoas com um repertório social pobre aumenta. Ela destaca também, no texto “O
domínio da tecnologia afetando as relações interpessoais”, a ansiedade anunciada
pelos indivíduos, quando não estão com o celular e principalmente sem acesso à
internet. Segunda ela, dentre os transtornos de ansiedade, a fobia social é um dos
transtornos mais comuns, que está por trás do uso excessivo de dispositivos
eletrônicos.
Considerando a importância das relações interpessoais na Psicologia do
Desenvolvimento, essa realidade traz uma preocupação sobre como se dará a
construção dos laços sociais no futuro e que tipo de efeito esse afastamento no
convívio social trará para os indivíduos.
A Psicologia, sendo uma ciência que estuda o comportamento humano, pode
encontrar nas relações dos indivíduos com os dispositivos eletrônicos um campo de
interesse, pois tais interações provocam mudanças nas maneiras de se relacionar e
se comportar. Desse modo, é fundamental que a Psicologia esteja atenta para
buscar compreender e auxiliar no desenvolvimento de estratégias que possam
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proporcionar aos indivíduos meios de conviver com a tecnologia sem perder a
humanidade.
4 METODOLOGIA
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A análise dos dados coletados ocorreu a partir da análise de conteúdo,
seguindo as premissas de Bardin (2004). Esse método analisa as palavras e as
significações, visando compreender as outras realidades existentes para além do
que se apresenta no discurso. A partir das compreensões do autor entende-se que
para a análise qualitativa interessa mais a ausência ou presença dos elementos, do
que a sua frequência.
Dentre as etapas necessárias têm-se: a pré-análise, em que ocorre a
organização do material a ser analisado; a exploração do material, em que se realiza
a codificação e a categorização; discussão e articulação do material de análise com
o arcabouço teórico. Cada etapa possui procedimentos específicos, os quais devem
ser seguidos para que a análise seja coerente e consistente. Assim sendo, foram
realizadas entrevistas e transcrições, possibilitando a construção do material
analisado, como indica Bardin (2004).
A partir do momento que tive o telefone acho que ele já virou uma questão
de necessidade, por questão de comunicação, de coisa de escola, qualquer
coisa, porque eu acho que sem o telefone a gente não iria conseguir fazer
nada, eu acho. (PF3, 2021).
É tipo... ele representa um passatempo que eu tenho mais ou menos, é tipo
uma saída, não sei explicar direito. (PM2, 2021).
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A utilização da internet, como meio de comunicação, foi relatada pela maioria
dos participantes o que foi evidenciado também por Fernandes (2016) que relata a
internet como forma de interação com maior aceitação nas diferentes sociedades e
nas mais variadas faixas etárias.
Os participantes relataram quais os principais meios utilizados para interagir
com o mundo virtual, através do celular, o que está relatado no Quadro 1 a seguir.
PF1 X X X X
PF2 X X X
PF3 X X X
PF4 X
PM1 X X X
PM2 X X X
No youtube uso muito para vídeo aula. Whatsapp mais pra conversa fiada
com os amigos. (PF2, 2021).
Quanto à percepção dos pais acerca do uso de celular pelos filhos e como
este afeta a rotina destes, as respostas foram variadas. R1 e R6 afirmam não
perceber alteração alguma, outros responsáveis trazem questões como:
Muitas horas usando e não estou sempre por perto. (R2, 2021).
Está mais atento no que acontece nas redes sociais e noticiários. (R1,
2021).
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afirmar que é nessa faixa etária que os jovens têm acesso a diversos aparatos
eletrônicos. O autor ressalta também o entusiasmo desses jovens pela autonomia
proporcionada pela tecnologia e vislumbre de um aprofundamento na convivência
com seus pares, mesmo que os pais mantenham a expectativa, ainda que ilusória,
de estarem presentes na vida e vivência de seus filhos.
Essa ilusão relatada por Le Breton (2017) foi percebida de certa forma nos
participantes através da contradição de algumas respostas dadas pelos pais e pelos
filhos acerca do uso do celular e controle dos pais. Alguns adolescentes relataram
que seus responsáveis têm confiança quanto ao conteúdo acessado pelo celular. Os
pais, por sua vez, relataram verificar os históricos de acesso.
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Tratando da ausência do celular, o público pesquisado relata de modo geral
sentir falta do dispositivo e das praticidades que ele proporciona. Uma das respostas
chamou atenção pela emoção ligada ao tema.
Foi horrível. Me senti perdida, um tédio, foi como se não tivesse nada para
fazer da minha vida, nada, nada, nada, nada ia substituir o que fazia no
celular, porque acho mais interativo, parece que um dia demorou uma
semana para passar. Para passar rápido o dia eu dormi. (PF3, 2021).
Começa a ficar ruim quando usam para maldade por exemplo com
cyberbullying.
Também foi relatado prejuízo pessoal nas interações sociais nas respostas de
PF1 e PM1, respectivamente:
Quando traz isolamento social e faz com que as pessoas não saibam
expressar seus sentimentos, é ruim.
Torna muito ruim quando o adolescente não está conversando, está ficando
antissocial e quando fica 24h dentro do quarto só jogando, jogando., não
quer saber nem de comer.
Acho perigoso porque uma pessoa pode se passar por alguma pessoa que
não é.
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pela escola. Ficou evidente a maior atenção dos pais em relação a conversas e
orientação sobre o uso correto do celular, deixando o controle impositivo em
segundo plano, o que é evidenciado por Stengel (2018) ao afirmar que em virtude da
preservação do bom relacionamento com os filhos, os pais abdicam do controle
sobre os dispositivos e apostam na educação de valores e práticas oferecida.
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O celular não tem o lugar da conversa pessoalmente, pessoalmente você
percebe a reação da pessoa, o rosto da pessoa. Se você discute com uma
pessoa por whatsapp não dá para saber se a pessoa está super nervosa ou
se não está nem ligando. Se você briga pessoalmente, você vê no rosto da
pessoa se ela está super nervosa. Não é sincera a conversa por whatsapp.
(PF3, 2021).
Com minha mãe é tudo ok, com meu pai é meio afastado e com minha irmã
a gente conversa pouco, mas também não se aguenta. Às vezes afasta
mais eu do meu pai e da minha mãe e da minha irmã, quando cada um fica
mexendo no celular. (PF1, 2021).
Estava sendo muito difícil, mas melhorou muito na base da conversa, tem
hora que super atrapalha e momentos que super ajuda, por exemplo
quando estamos fazendo alguma coisa na cozinha e pesquisamos alguma
receita. Atrapalha quando quero conversar e a outra pessoa está no celular
e não dá atenção e acaba desistindo de conversar. (PF3, 2021).
Muito bom, de vez em quando há umas briguinhas, mas nada que não
acontece em qualquer família. É importante quando precisa comunicar com
os pais. Não, porque também fica junto com a família, quando está no
celular acaba esquecendo de fazer algo que os pais pedem. (PM1, 2021).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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abordar essas diferenças de forma a possibilitar resultados mais ricos e
diversificados.
Considerando o objetivo geral de compreender como o uso da tecnologia
influencia nos vínculos sociais em adolescentes, foi possível perceber que a
interação social entre os jovens é mediada pela tecnologia. Mesmo com todos os
benefícios apontados pelos participantes quanto ao uso dos dispositivos, da internet
e das redes sociais. A criação dos vínculos continua sendo preferencialmente de
maneira presencial. Os relatos obtidos nas entrevistas demonstram que os jovens
utilizam o celular para manter-se conectados aos amigos e interagir de modo geral,
mas preferem fazer amizades presencialmente, mesmo havendo ocorrências de
amizades que surgiram no meio virtual.
Na fase de pesquisa bibliográfica, o levantamento feito pelas autoras, indicou
que o uso das tecnologias afastaria os adolescentes do convívio social, o que
divergiu do evidenciado nas entrevistas realizadas. Essa discrepância entre os
estudos preliminares e o resultado obtido nos intrigou de tal maneira que fomos
impelidas a buscar hipóteses que pudessem contribuir para essa divergência.
Inferimos que possa ter ocorrido em função do período em que se realizou a
pesquisa. No contexto das entrevistas, o mundo estava vivenciando a maior crise
sanitária do século, a pandemia de COVID-19, o que forçou todas as pessoas a um
isolamento social e uma maior conexão com os meios digitais, uma vez que todas as
atividades passaram a ser realizadas em casa, através de dispositivos eletrônicos.
Consideramos que esse contexto de afastamento social, vivenciado
obrigatoriamente, levou os jovens entrevistados a sentir falta daquilo que antes era
indiferente para eles, o contato social. A maneira como a pandemia afetou a vida e o
modo de viver da sociedade contemporânea, deverá ainda ser amplamente
estudada. Um dos aspectos que devem ser levados em conta, nesses futuros
estudos, é a relação dos jovens com a tecnologia, que pode ter sofrido grande
impacto e tomar rumos diferentes dos que vinha trilhando até o presente momento.
Os resultados obtidos com esta pesquisa levam a crer que a tecnologia é uma
importante aliada da sociedade pós-moderna. A conectividade mundial,
proporcionada pelos avanços tecnológicos, evidencia que esse é um caminho sem
volta, tornando impossível sequer imaginar um mundo sem a influência dos
dispositivos eletrônicos. A comunicação e a interação social estão
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irremediavelmente atravessadas pela virtualidade. A formação dos vínculos ainda
permanece atrelada ao contato físico e pessoal, entretanto, a manutenção destes
conta com a participação constante das mídias digitais. Essa interferência
proporciona relações mais dinâmicas, amenizando a distância física, contudo, ainda
permanece a necessidade humana de contato presencial.
REFERÊNCIAS
CGI.BR. TIC Kids Online Brasil 2018 [livro eletrônico]: Pesquisa sobre o uso da
Internet por crianças e adolescentes. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no
Brasil, 2019.
GIL, A.C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
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LE BRETON, David. Adolescência e Comunicação.In: LIMA, Nádia Laguárdia de;
STENGEL, Márcia; NOBRE, Márcio Rimet; DIAS, Vanina Costa. (org.). Juventude e
Cultura Digital: Diálogos Interdisciplinares. Belo horizonte, 2017.
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SHIMABUKURO, F. H, O domínio da tecnologia afetando as relações
interpessoais. 2013b. Disponível em: https://www.comportese.com/2013/09/o-
dominio-da-tecnologia-afetando-as-relacoes-interpessoais. Acesso em: 15 nov.
2020.
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