Professional Documents
Culture Documents
IT SMSQ 69 01 Lançamento Cabos OPGW - Rev01
IT SMSQ 69 01 Lançamento Cabos OPGW - Rev01
69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Página 1 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
1 OBJETIVO
2 GENERALIDADES E DEFINIÇÕES
2.1-Definições
Morto – Nome dado ao processo de ataque do cabo de aço ao solo, utilizado para ancoragem dos
equipamentos de lançamento e dos cabos condutores e para raios o qual consiste basicamente num buraco de
dimensões aproximadas de 1,80 x 0,50 x 1,50m (comprimento x largura x profundidade), onde se coloca no
fundo uma estaca de madeira de diâmetro aproximado de 20 cm, envolvido por estropo.
Cavalete – Proteção para travessias. Estrutura, normalmente de madeira, em forma de trave, estaiada ou
não, com a finalidade de proteger as travessias das Linhas de Transmissão (LTs, LDs, redes telefônicas,
rodovias, ferrovias, etc.), mantendo a segurança durante o lançamento de cabos, assim como evitar danos aos
próprios cabos.
Gorne – Sulco em forma de “U”, na parte móvel da roldana destinada a alojar o cabo durante a operação de
lançamento.
2.2-Generalidades
Os Cabos Óticos deverão ser desenrolados apenas com equipamentos adequados a esta finalidade e após o
minucioso planejamento dos lances e rotas a serem executados.
Deve ser observada em todas as bobinas a existência de indícios de danos físicos à bobina ou ao lacre que
possam ter ocorrido durante o transporte ou durante o armazenamento.
Página 2 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
O técnico credenciado pelo fabricante do OPGW deverá realizar os testes óticos sobre as fibras utilizando OTDR
e ou Medidor de Potência Ótica. Os seguintes dados deverão ser medidos e conferidos com os dados
existentes e registrados de cada bobina
Continuidade da fibra.
Atenuação.
Comprimento da fibra e do cabo.
Após as leituras óticas, as extremidades do cabo devem ser seladas a fim de impedir a penetração de umidade.
As bobinas devem ser identificadas, conforme o tramo de lançamento.
3 RESPONSABILIDADES
3.1- Encarregado
Orientar a equipe e aplicar a APT – Análise Preliminar da Tarefa correspondente na última revisão.
Orientar e acompanhar a equipe operacional para executar as atividades de acordo com este Procedimento.
Reportar ao engenheiro da obra qualquer divergência ou interferência com relação ao especificado e transcrito
neste procedimento.
3.2-Gerente de Obras
Proporcionar condições para que sejam realizadas as atividades previstas neste Procedimento.
3.3-Seção Técnica
Página 3 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Supervisionar as atividades e verificar o cumprimento das prescrições deste procedimento onde aplicável.
Supervisionar as atividades e verificar o cumprimento das prescrições deste procedimento onde aplicável.
3.6-Equipe de SMSQ
Gerir os relatórios de Não Conformidades ou de Ações Corretivas e Preventivas resultantes da aplicação deste
Procedimento.
4 DOCUMENTAÇÃO APLICÁVEL
1º - Leis ou qualquer outra regulamentação aplicável expedida por Autoridade Pública – Inclusive Normas ABNT
citadas no item 3.
3° - Procedimentos Específicos.
Página 4 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
5 DESENVOLVIMENTO
A localização das praças de lançamento, escolhidas previamente na elaboração do Plano de Lançamento, ficará
preferencialmente situada em áreas que comportem as bobinas dos cabos condutores e cabos piloto.
Antes do posicionamento dos equipamentos de lançamento será feita a limpeza do local e acerto superficial do
terreno se necessário.
Estas praças de trabalho terão dimensões adequadas ao posicionamento e movimentação das máquinas e
equipamentos, posicionamento das bobinas dos cabos e ancoragens provisórias, porém, buscando causar o
menor dano possível ao ambiente local.
Nas praças adjacentes às estruturas de ângulo, os equipamentos e ancoragem provisória dos cabos, deverão ser
colocados em alinhamento com a direção do trecho onde o cabo será lançado.
O freio deverá ser posicionado preferencialmente no meio do vão ou de forma que o ângulo de saída do cabo
com a horizontal não supere 30⁰.
Se necessário serão colocados cavaletes entre as bobinas e o freio, protegidos, para evitar que os cabos toquem
o solo.
Durante o período que o cabo permanece enrolado na bobina a integridade do mesmo depende muito das
condições da bobina e da maneira que a mesma é armazenada e manuseada. Assim, para evitar danos ao
cabo OPGW durante esta etapa, devem ser obedecidos e verificados os alguns procedimentos e condições.
As bobinas devem ser transportadas e mantidas na posição vertical (eixo da bobina na horizontal) com as
extremidades dos cabos firmemente fixadas para prevenir desenrolamentos. Todas as ripas de fechamento
devem ser mantidas intactas até o momento de lançamento dos cabos. Em casos de testes, as ripas devem ser
retiradas e recolocadas logo após o término.
Página 5 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Depois do transporte, as bobinas devem ser inspecionadas para detectar danos visíveis, como ripas quebradas,
e, onde possível, verificar o estado das camadas externas do cabo.
Em hipótese alguma as bobinas devem sofrer impactos, devido a quedas ou outros acidentes, e nem devem ser
roladas de forma descontrolada.
As bobinas devem ser sempre roladas na direção da flecha indicadora pintada no flange. Esta direção será
oposta à ponta externa do cabo, para evitar o afrouxamento do cabo na bobina.
As bobinas armazenadas ao tempo deverão estar apoiadas em superfície de resistência adequada para evitar
problemas de recalque ou desmoronamento.
As bobinas devem ter seus flanges calçadas para evitar que rolem.
Nas bobinas de ferro não deve existir contato direto entre o cabo e a bobina. Este contato deve ser evitado por
meio de material adequado. A bobina não deve estar enferrujada.
a) Lançamento
Na instalação do Cabo OPGW, deverão ser tomadas providências para garantir a integridade e eficiência da fibra
Ótica. Para isto, será necessário utilizar um método de lançamento que satisfaça os requisitos de trabalho, tais
como o atendimento aos valores de tensão admissíveis, o raio mínimo de curvatura e os cuidados com o
esmagamento.
Desta forma, os itens que deverão ser monitorados durante o lançamento são:
No lançamento do OPGW deverá ser evitada qualquer tensão adicional, além daquela estritamente necessária
para esta operação.
A máxima tensão de puxamento deve ser limitada a 15% da carga de ruptura e inferior a 90% da tensão de
regulagem.
Como regra geral convém que as pessoas envolvidas na operação de lançamento tenham em mente que a
tensão deve ser a menor possível, o suficiente para o puxamento.
c) Velocidade do lançamento
A velocidade de lançamento deve ser limitada, mantendo-a o mais uniforme possível e sendo reduzida na
passagem do acoplamento entre o piloto e cabo OPGW (inclusive contrapesos) pelas roldanas.
É importante entender que durante o lançamento, não só o OPGW, más todos os cabos aéreos sofrem giros, em
função da influência do esforço irregular das roldanas e de condição de desbobinamento. No caso dos Cabos
Para Raios OPGW este fenômeno é mais acentuado devido ao reduzido diâmetro que os mesmos apresentam
em comparação com os cabos da fase. Por este motivo as seguintes providências deverão ser tomadas:
Evitar o dobramento do OPGW com raio de curvatura menor que o mínimo admissível.
Ângulo de lançamento.
Página 7 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
f) Evitar o esmagamento
Aterramento do guincho (puller) e freio (tensionador) por meio de malha com utilização de hastes e
cabo de cobre 50 mm conectados na malha.
Dispositivo de aterramento móvel para o cabo piloto na chegada ao guincho (puller).
Dispositivo de aterramento móvel no cabo OPGW na saída do freio (tensionador).
As roldanas (bandolas) devem dispor de aterramento permanente a cada duas torres no tramo.
a) Roldanas
Devem ter diâmetro mínimo de 800 mm nos casos de estruturas extremas dos lances (praças de lançamento) e
em estruturas determinantes de ângulos da linha maiores que 15° e nas distâncias entre torres, superior a 600
metros. Nos demais casos, o diâmetro mínimo deve ser de 600 mm. O gorne (sulco), com largura de no
mínimo 2 vezes o diâmetro do cabo e o suficiente para permitir a passagem livre do distorcedor e contrapeso.
Os gornes deverão ser revestidos com materiais elastoméricos, com a dureza menos que a do cabo, como
Neoprene, Poliuretano, Nylon, etc.. A abertura por onde passa o cabo deve ter dimensões suficientes para
permitir a passagem da luva giratória e do contrapeso e deverão possuir um ponto para conexão de
aterramento próprio.
Página 8 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
b) Tensionador (freio)
O freio deve ter capacidade mecânica compatível com a tração máxima de instalação do cabo OPGW e deve
permitir controle contínuo da tração. Deve possuir um tambor de enrolamento dos cabos com diâmetro mínimo
de 80 vezes o diâmetro do cão OPGW.
c) Puller (guincho)
O guincho deve ter a capacidade de tração compatível com a tração máxima de instalação do cabo OPGW, deve
ser dotado de sistema de segurança que permita interromper a operação caso a tração supere um valor limite
estabelecido.
d) Rebobinador
Este equipamento deve operar sincronizado com o guincho para recolher o cabo piloto em bobinas.
e) Cavalete porta-bobinas
Deve ter dimensões compatíveis com o diâmetro da bobina e possuir sistema próprio de frenagem.
f) Camisa de puxamento/emenda
Deverão ser do tipo elásticas, cujos esforços de compressão sobre os cabos são proporcionais à tração de
puxamento, de aplicação específica para cabos OPGW.
g) Luva giratória
A luva giratória ou distorcedor, ou ainda luva anti-torção, deverão permitir a conexão de 2 (dois) cabos sem que
a torção de um deles seja transferida ao outro.
h) Esticadores
É necessário o uso de esticadores variáveis (tipo “come-along”) que garantam o aperto necessário sem causar
danos ao cabo. No caso de esticadores fixos aparafusados, deve ser utilizado o modelo de 6 (seis) parafusos
de aperto radial, permitindo uma melhor distribuição dos esforços de compressão sobre o cabo. Poderão ser
utilizados esticadores do tipo aberto, desde que sejam especialmente projetados para utilização com cabos
OPGW. Em qualquer dos casos, as dimensões dos mordentes dos esticadores devem ser obrigatoriamente
compatíveis com o diâmetro do cabo OPGW.
Página 9 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
i) Cabo piloto
Deverá ser aço trançado com carga mecânica compatível com a do cabo OPGW, composto por fios de diâmetro
reduzido para evitar tendências de rotação durante a passagem pelas roldanas, de preferência o cabo deverá
ser do tipo anti-torção.
Cada bobina deve ser inspecionada visualmente para detectar danos externos causados durante o
transporte. Além disso, devem ser verificados o número de lance, o número da bobina, o comprimento
do lance e o comprimento do cabo.
Antes do lançamento, as duas pontas do cabo devem ser desprendidas da bobina.
Também deve ser verificado, antes do lançamento, se o núcleo do cabo não se encontra preso nas
extremidades do mesmo, devido ao amassamento das partes metálicas durante o procedimento de
corte e transporte.
O cabo deve ser recebido com ambas as extremidades vedadas e esta condição deverá permanecer
após os testes ópticos.
Observar o alinhamento das bobinas em relação ao sentido do lançamento, para evitar esforços
anormais no Cabo OPGW.
Observar as condições do Cabo Piloto rejeitando aqueles que apresentam defeitos (dobras, fios
rompidos, emendas improvisadas, nós e bitolas desiguais). Se necessário cortar a ponta do Cabo
Piloto para refazer a conexão com a luva giratória, com a finalidade de diminuir os riscos de rompimento
por fadiga do Cabo Piloto na entrada da referida luva.
Observar as condições dos esticadores, ancoragens provisórias (morto), cavaletes das bobinas,
aterramento de todos os cabos e equipamentos utilizados na praça de lançamento (Puller, Freio e
Bobina).
Testar o funcionamento e eficiência do equipamento portátil de comunicação (rádios), devendo ser
previsto um conjunto reserva para o caso de uma emergência.
Página 10 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
No lugar de uma única roldana poderão ser utilizadas duas ou quatro roldanas de diâmetros menores, nunca
inferiores a 140 mm de diâmetro cada, dispostas em um arranjo que não interfira com a estrutura quando em
movimento livre.
Caso se utilize uma extensão auxiliar para obtenção de maior espaço, o conjunto deverá ter sido analisado
quanto à suportabilidade mecânica.
O Cabo OPGW é conectado ao Cabo Piloto por meio de um distorcedor, de forma a impedir que os momentos de
torção do Cabo Piloto sejam transferidos ao Cabo OPGW.
Na extremidade do Cabo OPGW deve ser conectado o contrapeso, de forma a evitar a torção própria resultante
do momento de torção ocasionado pela sua passagem sobre as roldanas.
Nota: Alguns cabos OPGW dispensam o uso do dispositivo anti-torção (contrapeso). Neste caso, conectar o
Cabo OPGW ao Cabo Piloto colocando entre eles uma luva giratória, utilizando nessa conexão a camisa de
puxamento.
Marcar na saída de cada bobina, no seu início, a sobra de cabo que deverá ser puxado além da torre
delimitadora do trecho. Este detalhe encontra-se apresentado na Lista de Construção. Este valor é um valor
de referência podendo ser alterado a critério da supervisão, em virtude da tolerância do comprimento da bobina
resultante da fabricação.
Fazer uma marca na ponta do cabo, com tinta ou fita crepe, de modo a identificar o início do cabo no local da
emenda, distinguindo-o do outro cabo do lance seguinte.
Executar o aterramento móvel por meio de grampo com roletes na saída do equipamento de freio (Tensionador)
e antes do puxador (Puller).
Página 11 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Para execução deste acoplamento o cabo OPGW deve começar a ser desenrolado da bobina e ser passado pelo
freio. Esta operação deve ser feita observando-se a posição de entrada do cabo no tambor do freio, que deve
sempre entrar pelo lado contrário ao seu sentido de trançamento a ser tracionado pelo lado oposto,
considerando-se o ponto de vista da bobina para a primeira torre do tramo.
Após a passagem da extremidade do cabo OPGW pelo freio, esta deverá ser preparada com seccionamento do
núcleo óptico conforme descrito a seguir:
Considerando que como medida de segurança é recomendada a instalação de duas camisas de puxamento, uma
aberta e uma fechada, na extremidade, interligadas por meio de cabo de aço. Esta montagem deve ser
executada de maneira que as dimensões resultantes não impliquem de nenhuma forma em impedimentos ou
constitua riscos para a passagem nas roldanas. Verificar o comprimento desta montagem a partir da
extremidade do cabo, acrescer 1 (um) metro a este comprimento e nesta posição, aplicar fita adesiva
(recomenda-se fita filamentosa) na armação do cabo, em camada suficiente para garantir que a armação não se
desfaça.
Abrir manualmente a armação do cabo com o cuidado de não comprometer a formação original dos seus fios,
até o ponto de colocação da fita.
Serrar o tubo de alumínio juntamente com o núcleo óptico, causando o seccionamento completo destes
elementos, no ponto próximo ao limite da abertura da armação.
Página 12 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Abrir manualmente a armação externa, mantendo tubo e núcleo seccionados na posição original do cabo, e
aplicar uma fina camada de fita adesiva (recomenda-se fita filamentosa) na extremidade, suficiente apenas para
manter a configuração original da armação.
A extremidade preparada do cabo deve ser acoplada ao cabo piloto. Este acoplamento deve ser tal que a
rotação do cabo piloto, resultante do puxamento, não seja transferida de modo algum para o cabo OPGW, isto é
garantido através da utilização de luva giratória entre o cabo piloto e o cabo OPGW. Recomenda-se a utilização
de duas luvas em série.
O próprio cabo OPGW também tem a tendência de sofrer rotação devido aos esforços de puxamento e esta
rotação também deve ser evitada. Isto é conseguido com a instalação de contrapesos próximo da extremidade
do cabo OPGW que sofrerá o puxamento. Deve-se utilizar um número adequado de contrapesos, de modo que
o esforço resistente ao momento torçor seja excedido com boa margem, mesmo que se desconsidere a atuação
de um dos contrapesos. Isto é necessário porque durante a passagem pelas roldanas cada contrapeso tem seu
efeito anulado. Na montagem dos contrapesos sobre o cabo OPGW deve-se observar que a fixação do mesmo
não deve danificar nem os fios da armação nem provocar o amassamento do tubo de alumínio. Recomenda-se
montar um dos contrapesos (desde que todos tenham a mesma dimensão no ponto de acoplamento com o
cabo, caso contrário, todos os que apresentem diferenças devem ser ensaiados) em uma mostra de
Página 13 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
aproximadamente 1 (um) metro de cabo, apertando seus parafusos com o mesmo torque a ser utilizado na
montagem de lançamento, e verificar se o núcleo óptico não se encontra travado com relação ao seu
movimento longitudinal. Remover então o contrapeso da amostra e verificar se não ocorreram danos aos fios
da armação.
A quantidade, o peso e o comprimento de cada contrapeso deverão estar especificados. Em nenhum caso
deverão ser instalados menos de dois contrapesos. O primeiro deles deve ser instalado logo após o final da
segunda camisa de puxamento e o espaçamento entre eles deverá ser 1 (um) metro maior que os seus
comprimentos.
Na fase final do lançamento, sempre haverá a necessidade de acoplamento da extremidade final do OPGW a um
cabo piloto, para que a extremidade de puxamento possa passar pela estrutura com as folgas de comprimento
necessárias à execução de emendas e armazenamento de sobras (escoltas) necessárias. Este acoplamento é
feito com uma breve interrupção do lançamento, necessária para que as espiras restantes do cabo OPGW em
sua bobina sejam desenroladas e o acoplamento com o cabo piloto seja providenciado. É imprescindível que o
cabo OPGW esteja ainda enrolado no tambor do freio antes da execução deste acoplamento. Para este
acoplamento, é necessário que se utilizem as luvas anti-torção (distorcedores) como na extremidade de
puxamento e contrapesos em um mínimo de duas unidades, para evitar o giro do cabo quando este for liberado
do tambor de freio.
5.12-Lançamento do OPGW
O acoplamento entre o cabo OPGW e o cabo utilizado como piloto deve ser acompanhado visualmente durante
todo o lançamento observando-se especialmente a eficiência do conjunto de contrapesos instalados e a
passagem do acoplamento pelas roldanas. Caso se verifique a rotação do cabo deve-se interromper o
puxamento e instalar-se mais contrapeso. Caso o cabo saia do leito de uma roldana o puxamento deve ser
interrompido imediatamente e o cabo deve ser recolocado no mesmo.
Em casos de vãos desequilibrados ou da existência de um vão muito maior que os restantes, especial atenção
deve ser dada ao fenômeno de acúmulo de tração próximo ao guincho e posterior aceleração do cabo quando
vencido o atrito das roldanas.
O cabo PGDW deve ser puxado até que passe pela última torre o comprimento previsto em projeto. Para os
casos onde for necessário o acoplamento do cabo piloto para o cumprimento desta exigência, proceder como já
informado anteriormente.
Página 14 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
As pontas dos cabos deverão ser mantidas vedadas para proteção das fibras e em nenhuma hipótese os cabos
poderão ser cortados. A vedação só poderá ser retirada quando da execução das emendas das fibras Óticas.
Quando a bobina do Cabo OPGW chegar ao final, deverá ser emendado ao Cabo OPGW um cabo auxiliar por
meio de luva giratória com camisa elástica de puxamento, visto que a bobina do OPGW tem apenas
comprimento suficiente para cobrir os trechos determinados, não possuindo cabo adicional para atender às
distâncias até os equipamentos.
Após executar a emenda do cabo auxiliar prosseguir a operação de lançamento até que do lado do puxador
fique com uma sobra de Cabo OPGW (comprimento necessário para efetuar a emenda na torre) previamente
marcada conforme mencionado anteriormente.
Nota: Nas praças do puxador e do freio as “sobras” deverão ser maiores que a altura da torre. Caso isto não
ocorra, a supervisão deverá ser comunicada.
Do lado do tensionador, instalar o grampo de ancoragem e o aterramento no OPGW lançado antes da remoção
do aterramento móvel do tensionador.
Após o grampeamento e o flechamento, o excesso (sobra) do Cabo OPGW deverá ser fixado conforme o arranjo
da escolta e local da caixa de emendas, indicado para cada caso, no desenho específico.
Caso o lançamento seja efetuado em paralelo com outra LT energizada, as roldanas devem possuir detalhes que
permitam o aterramento do cabo, cujo sistema conforme o revestimento do gorne e os rolamentos engraxados,
mesmo que o elastômero empregado no revestimento seja do tipo condutivo.
Página 15 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Durante o lançamento, uma viatura com pessoal e rádio deve acompanhar os pontos com conectores,
distorcedores e contrapesos, para que, ao passar pelas roldanas, que é o momento mais crítico, a velocidade
seja controlada de forma a evitar problemas que possam causar danos às pessoas, equipamentos, estruturas e
ao próprio OPGW.
Adicionalmente, nas torres em ângulo, devem ser previstos elementos para acompanhamento contínuo da
passagem do cabo sobre as roldanas, de forma a prevenir a torção do Cabo OPGW.
É fundamental também a comunicação efetiva entre as praças de lançamento (Puller e Freio) e em todas as
travessias de redes, linhas, rodovias ou outros pontos de controle necessários.
Qualquer problema ocorrido deverá ser imediatamente comunicado aos operadores dos equipamentos nas
Praças de Lançamento.
As emendas entre as fibras ópticas dos cabos OPGW, são fixadas em determinadas estruturas da linha,
denominadas “estruturas de emenda”. Nestas estruturas é necessário que se proceda à fixação do cabo OPGW
no percurso de descida da mísula do para raios da estrutura até a caixa de emendas. Ainda durante este
percurso de descida, deve ser providenciada a fixação de uma reserva de cabos (escolta) suficiente para que as
emendas ópticas possam ser realizadas no solo, recurso que será utilizado também para intervenções futuras na
caixa de emendas que se façam necessárias.
a) Descidas
A descida do cabo ao longo da estrutura até a caixa de emenda deve ser fixada por meio de dispositivos
adequados.
O excesso de cabo OPGW será enrolado de modo apropriado para garantir o raio mínimo de curvatura exigido, e
este excesso será fixado à estrutura conforme definições de projeto.
Página 16 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
As emendas de cabos OPGW têm a função exclusiva óptica, exigindo equipamentos e condições especiais de
execução. As caixas de emendas devem ser instaladas a alturas adequadas à prevenção contra as
possibilidades de ação delinquente (mínimo de 6 metros ao longo da linha de transmissão e 1,5 metros nos
pátios das subestações).
A caixa de emenda será fixada à estrutura por meio de braçadeiras ou cintas adequadas em função do tipo de
estrutura.
O raio de curvatura do cabo durante a descida da torre deverá ser compatível com o raio mínimo de curvatura
especificado para o mesmo.
A entrada dos cabos na caixa deve dar-se pelo lado de baixo, contribuindo assim para a estanqueidade da
conexão.
As emendas poderão ser intermediárias, entre dois lances de OPGW, terminais ou de derivação, entre cabos
OPGW e dielétricos.
5.15-Ensaios de controle
Na fase final da operação de instalação, após o grampeamento, deverá ser feito um rigoroso controle das
características ópticas do tramo, verificando-se a continuidade das fibras e medindo-se sua atenuação. Este
valor deverá então ser comparado com o valor médio quando o cabo ainda se encontrava na bobina para
identificar eventuais danos ocorridos durante a instalação.
Uma vez realizadas as emendas ópticas, deverão ser controladas para verificar se os valores de atenuação
atendem às especificações requeridas.
6 SEGURANÇA E SAÚDE
Durante o lançamento, com o cabo tensionado, caso o mesmo venha a se enganchar em algum obstáculo
(raízes, troncos, árvores, etc.), o colaborador nunca deverá procurar livrar o cabo utilizando diretamente as
mãos.
Página 17 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Deverão ser utilizadas cordas amarradas ao cabo para puxá-lo, de forma que, o colaborador se mantenha a uma
distância segura.
Caso esse procedimento não seja possível ou adequado, consultar o pessoal de Segurança do Trabalho para
definir a melhor forma de atuar.
6.3-Riscos identificados
Página 18 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Em caso de acidente prestar atendimento de primeiros socorros e levar o ferido para o hospital no pronto-
socorro mais próximo.
Os capacetes devem ser bem ajustados à cabeça, permitindo circulação de ar junto à mesma e serem seguros
ao queixo por meio de jugular.
Todo trabalhador somente poderá trabalhar em altura após receber treinamento específico e na metodologia de
“100% conectados” e demais itens da IT.SMSQ.134 – Trabalho em Altura e Prevenção de Quedas, utilizar todos
os EPIs inerentes à função, existir ponto de fixação para os ganchos das espias, entre outros.
Para trabalhos realizados em altura superior a 2 m (dois metros) o(s) funcionário(s) deve(m) utilizar, além de
capacete com jugular, o cinto de segurança do tipo “paraquedista” com duplo talabarte em “Y” com sustentação
para as pernas, tronco e coluna vertebral, o qual deverá ser preso em estrutura segura ou cabo guia com a
utilização do trava-quedas, quando aplicável, ou até mesmo uso conjugado do duplo talabarte e trava-quedas.
No caso específico dos montadores de torres para linhas de transmissão, o uso de cinto de segurança com duplo
talabarte deverá ser conjugado ao uso do dispositivo trava-quedas.
Os calçados de segurança não podem estar impregnados com óleos, graxas ou sujeiras em geral, que ofereçam
risco de escorregões.
Os trabalhadores que venham a realizar atividades em altura deverão ter sua pressão arterial medida antes do
início das atividades.
Todas as linhas de vida deverão ser pré-aprovadas pela área de segurança do trabalho, devendo no mínimo:
Página 19 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Descarga atmosférica
Abastecimento de água
O fornecimento de água potável será feito com garrafas térmicas individuais distribuídas a cada colaborador o
qual se responsabilizará pelo seu abastecimento e higienização em canteiros de obra da empresa.
Refeições
Fazer as refeições em local adequado e em tempo hábil, evitando assim, sua deterioração.
Armazenas na sombra.
Ruído
7 MEIO AMBIENTE
Evitar que as praças de lançamento sejam instaladas em áreas com vegetação arbórea e ou arbustiva, bem
como em áreas de preservação permanente.
Para proteção dos equipamentos e das bobinas, fica autorizada a construção de aceiros em volta da praça de
lançamento.
Os aceiros deverão ter uma largura aproximada de 4 metros. Retirar somente a camada superficial evitando o
aprofundamento de corte do solo. A camada de solo retirada deverá ser removida e armazenada para posterior
recomposição do terreno.
Em locais com grama e ou capim, a vegetação poderá ser cortada rente ao solo.
Utilizar os caminhos existentes para acessar as praças de lançamento. Caso não existam, acessar pelo eixo da
LT. Proceder sempre minimizando os impactos ambientais evitando caminhos paralelos ou alternativos.
O abastecimento dos equipamentos estacionários deverá ser realizado, adequadamente, com utilização de
veículos e dispositivos, devidamente adaptados para tal situação.
Cada praça de lançamento deve possuir um Kit para Emergência Ambiental, disponível para uso se necessário.
Página 21 de 22
INSTRUÇÃO DE TRABALHO BRASIL IT.SMSQ.69
GRUPO ISOLUX CORSÁN DO BRASIL REV. 01
Utilizar coletores padronizados e identificados para o recolhimento/armazenamento dos resíduos gerados nas
frentes de serviço.
As instalações sanitárias devem ser equipadas com assento, papel higiênico, cal, lavatório, água e sabão neutro.
Os Planos de Lançamento deverão ser encaminhados à Gerência de Meio Ambiente para verificação e aprovação
dos locais indicados para a instalação das praças de lançamento.
7.2-Recomendações gerais
Qualquer corte de vegetação deverá ser autorizado pelo profissional ambiental responsável.
Não é permitida a coleta e captura de quaisquer espécies vegetais nativas e animais silvestres.
Os resíduos gerados durante as atividades deverão ser coletados para posterior destinação adequada.
8 REGISTROS
9 ANEXOS
Não aplicável.
Sugestões para seu aprimoramento devem ser encaminhadas ao responsável pela sua elaboração.
Página 22 de 22