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TRABALHO
Jornada do Trabalhador
Livro Eletrônico
DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
Sumário
Maria Rafaela
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Jornada do Trabalhador.................................................................................................................. 4
1. Noções Gerais de Jornada no Ordenamento Brasileiro....................................................... 4
2. A Redução da Jornada na Pandemia da Covid-19 e da MP n. 936/2020, Convertida
em Lei................................................................................................................................................. 5
3. Diferença de Duração, Jornada e Horário............................................................................... 6
4. Composição da Jornada do Salário.......................................................................................... 9
5. Jornada do Trabalhador Menor................................................................................................ 11
6. Critérios Especiais de Fixação de Jornada como Tempo de Prontidão e Sobreaviso. ..12
7. Jornada dos Motoristas Profissionais. . ..................................................................................15
8. Flexibilização e Compensação de Jornada.. ......................................................................... 18
9. Ainda Existem as Horas In Itinere?........................................................................................ 24
10. Jornada Externa....................................................................................................................... 24
11. Teletrabalho na CLT.................................................................................................................. 25
12. Teletrabalho nos Tempos de Pandemia: como Foi Regulamentado?. . .......................... 28
13. Jornada em Regime de Tempo Parcial................................................................................. 28
14. A Jornada Noturna: Urbano e Rural.. .................................................................................... 30
15. Jornada da Mulher – MP n. 1.116/2022 e a Conversão na Lei n. 14.457/2022............. 33
Resumo............................................................................................................................................. 37
Questões de Concurso..................................................................................................................40
Gabarito............................................................................................................................................68
Referências...................................................................................................................................... 69
Anexo................................................................................................................................................ 70
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DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
Apresentação
Olá, meu(minha) querido(a) aluno(a)! Como você está? Meu nome é Maria Rafaela de Cas-
tro. Atualmente sou Juíza do Trabalho Substituta no TRT – 7ª Região.
Continuamos aqui na tua preparação para as provas de Direito do Trabalho. Você deve ter
percebido algumas peculiaridades na minha metodologia pensando no seu sucesso.
Eu, por exemplo, gosto muito de usar um livro-base como referência. Adotei o livro do pro-
fessor e Ministro do TST, Maurício Godinho Delgado. Foi o livro que usei na minha aprovação
no cargo de juíza e acho importante trazer alguns trechos para você.
Fique tranquilo(a), que uso mais de uma obra para fazer o material, mas optei por usar um
doutrinador específico para trazer algumas informações doutrinárias. Estamos aqui com uma
preparação bacana e suficiente do seu material de apoio.
Também uso muita jurisprudência e a lei seca no texto escrito para te ajudar a fixar melhor
o que precisa saber para as provas. Gosto de te trazer mapas mentais para a gente fixar melhor
o conhecimento e, principalmente, “abuso” da jurisprudência porque acho mais fácil para você
entender, muitas vezes, o texto sumular ou legal.
Eu e toda a equipe do Gran estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, bem
como comentários de questões de provas anteriores. Nesse ponto, este material vai te ajudar
a chegar à posse. Espero teu feedback sobre a forma de explicação, didática e dúvidas lá no
Fórum do Aluno.
Estamos passando por um momento muito sensível diante da pandemia da covid-19 e,
apesar da distância física, saiba que estou por aqui, do outro lado, estudando muito e prepa-
rando o melhor material para você conseguir alcançar seu sonho da aprovação, como eu con-
quistei. Vamos juntos, que vai dar certo!
Estou esperando as dúvidas no Fórum do Aluno! Confie em si mesmo(a) e conte com nos-
sa equipe do Gran. Vou ter o maior prazer em conversar com você no Fórum e até gravar aulas
com os conteúdos. Vamos começar? Abraços!
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Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
JORNADA DO TRABALHADOR
1. Noções Gerais de Jornada no Ordenamento Brasileiro
Abordamos neste livro o assunto da JORNADA. Trata-se do lapso de tempo por dia que o
obreiro disponibiliza sua mão de obra ao empregador. O empregado precisa entregar sua mão
de obra e o poder diretivo do EMPREGADOR estipula a jornada do obreiro a cada dia. Para tais
fins, não tem seu poder absoluto, pois deve respeitar os limites de tempo gasto na execução
do serviço de até oito horas diárias e até 44 horas semanais, sob pena de ter que pagar horas
extras ou aplicar os institutos de compensação de jornada, por exemplo. Assim, o trabalhador
cumpre sua principal obrigação perante o empregador ao mesmo tempo que serve de parâme-
tro para a fixação do seu salário que não pode ser inferior ao mínimo nacionalmente unificado.
Ora, a depender do tempo gasto pelo empregado na execução de suas atividades e do tempo
que fica à disposição, é fixado o salário do obreiro e feita a contagem de sua jornada.
Por isso, é importante compreender a jornada. Com isso, o trabalhador cumpre sua prin-
cipal obrigação perante o empregador ao mesmo tempo que isso serve de parâmetro para a
fixação do seu salário. Ora, a depender do tempo gasto pelo empregado na execução de suas
atividades, é fixado o salário do obreiro.
Existe aqui a ideia de preço atribuído ao tempo de disponibilidade do trabalhador na sua
jornada. Sendo assim, existe a venda da mão de obra e o tempo “vale” para fins de fixação do
valor, com os limites do artigo 7º, incisos XIII e XIV, da CF/1988.
Diz-se que existe intrínseca relação da jornada com o salário, com a saúde do obreiro e
com a respectiva relação de emprego. O jus variandi é um conceito doutrinário embasado no
poder conferido ao empregador de dirigir a prestação de serviços, como reflexo do “dirigismo
contratual”. Dessa forma, o jus variandi será exercido de forma lícita na hipótese de Altera-
ção do horário de trabalho noturno para diurno, ocasionando ao empregado apenas o prejuízo
material da supressão do pagamento de adicional noturno. Mas não só. É preciso observar a
sua direta relação com a saúde do trabalhador. Isso porque é norma de segurança da saúde e
integridade do trabalhador fixar o limite da jornada.
O limite imposto pela CF/1988 acerca das 8h diárias e 44 horas semanais está relacionado
com a ideia de manter a saúde do obreiro, pois todos precisam de pausa e descanso. Daí por-
que é imperioso atribuir um valor mais oneroso ao empregador quando se extrapola a jornada
fixada na CF/1988.
Sabe-se que existe relação direta com a jornada habitualmente extenuante com o número
de acidentes de trabalho no âmbito empresarial. Ora, nesse prisma, tem-se a jornada como
assunto prioritário para a saúde do obreiro. É O CUSTO TRABALHISTA.
Isso ainda se torna mais oneroso quando o trabalhador se submete às situações de in-
salubridade, periculosidade e trabalho noturno, com impactos biológicos no seu organismo.
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Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
Além disso, é preciso analisar a temática sob o viés das novas tecnologias que trazem for-
mas novas de controle também. Destaca-se, ainda, que isso se torna conflituoso com a alega-
ção de que o empregador não deveria pagar horas extras por não ter como controlar a jornada
do trabalhador como nos casos de teletrabalho e os que são de labor externo.
Nesse contexto, há inegável impacto financeiro da jornada tanto na saúde do obreiro, nos
gastos da empresa e na linha infortunística (com a responsabilização do empregador pelos
acidentes do trabalho).
Um aspecto importante: qual o percentual das horas extras que deve ser pago pelo empre-
gador? Isso é muito cobrado em provas: o percentual é de 50% sobre a hora normal.
A CCT ou ACT podem estipular percentual maior que 50%, o que é aplicado em primazia
da norma mais benéfica. Sendo assim, ainda se observa que, com o conflito de um percentual
pela CCT ou ACT, nos termos da Reforma Trabalhista, prevalece o que dispõe o ACT, MESMO
QUE VERSE POR UMA NORMA MENOS BENÉFICA. PELA REFORMA TRABALHISTA, SEMPRE
PREVALECERÁ O ACORDO COLETIVO SOBRE A CONVENÇÃO COLETIVA.
Logo, o percentual mínimo de horas extras é de 50%. Veja bem: no mínimo!
O PULO DO GATO
Tenha em mente os incisos do artigo 7º da CF/1988:
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção cole-
tiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal.
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DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
Foi autorizada a redução da jornada e do salário, com as seguintes condições pela Lei n.
14.020/2020, que converteu a medida provisória mencionada. Tanto a MP como a Lei insti-
tuíram o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, cujos artigos mais
relevantes são estes:
Art. 6º O valor do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda terá como base de
cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito, nos termos do art. 5º
da Lei n. 7.998, de 11 de janeiro de 1990, observadas as seguintes disposições:
I – na hipótese de redução de jornada de trabalho e de salário, será calculado aplicando-se sobre a
base de cálculo o percentual da redução; e
Art. 7º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º desta Lei, o empregador
poderá acordar a redução proporcional de jornada de trabalho e de salário de seus empregados,
de forma setorial, departamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, por até 90 (no-
venta) dias, prorrogáveis por prazo determinado em ato do Poder Executivo, observados os se-
guintes requisitos:
I – preservação do valor do salário-hora de trabalho;
II – pactuação, conforme o disposto nos arts. 11 e 12 desta Lei, por convenção coletiva de trabalho,
acordo coletivo de trabalho ou acordo individual escrito entre empregador e empregado; e
III – na hipótese de pactuação por acordo individual escrito, encaminhamento da proposta de acor-
do ao empregado com antecedência de, no mínimo, 2 (dois) dias corridos, e redução da jornada de
trabalho e do salário exclusivamente nos seguintes percentuais:
a) 25% (vinte e cinco por cento);
b) 50% (cinquenta por cento);
c) 70% (setenta por cento).
§ 1º A jornada de trabalho e o salário pago anteriormente serão restabelecidos no prazo de 2 (dois)
dias corridos, contado da:
I – cessação do estado de calamidade pública;
II – data estabelecida como termo de encerramento do período de redução pactuado; ou
III – data de comunicação do empregador que informe ao empregado sua decisão de antecipar o fim
do período de redução pactuado.
§ 2º Durante o período de redução proporcional de jornada de trabalho e de salário, a contribuição
de que tratam o art. 20 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, e o art. 28 da Emenda Constitucional
n. 103, de 12 de novembro de 2019, poderá ser complementada na forma do art. 20 desta Lei.
§ 3º Respeitado o limite temporal do estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º desta
Lei, o Poder Executivo poderá prorrogar o prazo máximo de redução proporcional de jornada de tra-
balho e de salário previsto no caput deste artigo, na forma do regulamento.
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DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
Aqui é importante conhecer os intervalos corretos das câmaras frigoríficas, muito cobradas
em provas na CLT e QUE COMPUTAM O INTERVALO COMO TRABALHO EFETIVO:
Art. 253. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que
movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma)
hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minu-
tos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo. Parágrafo único – Considera-se
artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira
zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze
graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).
de jornada
É o tempo que começa e o tempo que encerra a
Horário jornada Ex.: começa às 8h e encerra às 16h.
O PULO DO GATO
Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade,
os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por
motivo de acidente do trabalho.
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DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
A Reforma Trabalhista trouxe situações em que não se computa como TEMPO À DISPO-
SIÇÃO, como, por exemplo, o artigo 4º, § 2º, da CLT, do qual é importante memorizar para as
provas o seguinte:
§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como período
extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previs-
to no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como aden-
trar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares, entre outras:
I – práticas religiosas;
II – descanso;
III – lazer;
IV – estudo;
V – alimentação;
VI – atividades de relacionamento social;
VII – higiene pessoal;
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
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DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
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O PULO DO GATO
De acordo com a Súmula n. 429 do TST, considera-se à disposição do empregador o tempo
necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho,
desde que supere o limite de dez minutos diários.
O PULO DO GATO
Computam-se, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade,
os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por
motivo de acidente do trabalho.
É importante assinalar aqui o tempo residual da marcação do cartão de ponto nos termos
do artigo 58 da CLT. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários.
A Reforma Trabalhista também suprimiu as horas in itinere, na medida em que ficou esti-
pulado na CLT que o tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de
transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho,
por não ser tempo à disposição do empregador.
O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o sa-
lário mensal correspondente à duração do trabalho por 30 (trinta) vezes o número de horas
dessa duração.
Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-se-á para o cálculo, em lugar desse
número, o de dias de trabalho por mês.
No caso do empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo-se o salário
diário correspondente à duração do trabalho, estabelecido no art. 58 da CLT, pelo número de
horas de efetivo trabalho.
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DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
O PULO DO GATO
Apesar da exclusão das horas in itinere pela CLT, existe a possibilidade de sua regulamentação
mediante instrumentos normativos como acordo ou convenção coletiva.
Ressalte-se que há certa proteção do trabalhador quando recebe habitualmente horas ex-
tras e deixa de receber de repente pelo seu empregador. Lembre-se de que o TST tem súmula
a respeito da indenização pela supressão, qual seja, a de número 291:
O PULO DO GATO
Aos menores de 18 anos, são vedados os trabalhos na condição de doméstico, os em locais in-
salubres, perigosos e noturnos, bem como em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade.
Os infratores das disposições ficam sujeitos à multa de valor igual a 1 (um) salário mínimo
regional, aplicada tantas vezes quantos forem os menores empregados em desacordo com a
lei, não podendo, todavia, a soma das multas exceder a 5 (cinco) vezes o salário mínimo, salvo
no caso de reincidência em que esse total poderá ser elevado ao dobro.
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DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
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É lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários. Tratando-se, porém, de resci-
são do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar, sem assistência dos
seus responsáveis legais, quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe
for devida.
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Jornada do Trabalhador
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De todo modo, anote-se que, independentemente de se acatar (ou não) a incidência analógica do
preceito enfocado, é importante resguardar-se uma conclusão: após chamado ao serviço por te-
lefone celular, pagers, BIP, o obreiro que atenda à convocação e compareça ao local de trabalho
passa, automaticamente, a ficar à disposição do empregador, prestando horas normais de serviço
(ou horas extras, se for o caso) – e não mais horas de sobreaviso ou de prontidão (artigo 4º da CLT).
O empregado efetivo.
Permanece em sua própria casa, aguardando a qualquer
Critérios momento o chamado para o serviço.
Sobreaviso
especiais Cada escala será, no máximo, de 24 horas.
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Por fim, surge um questionamento: o recebimento contínuo das horas extras se incorpora
definitivamente na base salarial? Melhorando a pergunta: Se Camila recebe horas extras de
forma habitual durante 2, 3 anos e, de repente, o empregador não precisa que ela continue labo-
rando de forma extraordinária, haverá possibilidade de simplesmente o empregador dela supri-
mir de vez? Ou ela tem direito adquirido diante da habitualidade do valor dessas horas extras?
Esses questionamentos serão comuns nesse período de pandemia em que as empresas
tiveram necessidade de reduzir jornadas dos funcionários até pela restrição de horários de
atendimento/funcionamento. Haverá possibilidade de suprimir de imediato?
Pela linha do TST, depende do período que o trabalhador habitualmente prestou horas ex-
tras ao empregador. Isso é muito cobrado nas provas objetivas. Tudo levando em considera-
ção A HABITUALIDADE E A EVENTUALIDADE DE SUA INCIDÊNCIA.
Lembre-se de que as horas extras também incidem reflexos sobre as demais verbas do
trabalhador. Foi o que já estudamos em livros anteriores acerca da TEORIA DA EXPANSÃO
CIRCULAR DOS SALÁRIOS. Existe reflexo das horas extras, por exemplo, nos recolhimentos de
FGTS, 13º salário etc.
Para isso, há também entendimento sumulado do TST que responde ao questionamento
pela Súmula n. 291 do TST:
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DIREITO DO TRABALHO
Jornada do Trabalhador
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correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para
cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jor-
nada normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze)
meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
O PULO DO GATO
A jornada diária de trabalho do motorista profissional será de 8 (oito) horas, admitindo-se a sua
prorrogação por até 2 (duas) horas extraordinárias ou, mediante previsão em convenção ou
acordo coletivo, por até 4 (quatro) horas extraordinárias.
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O que são viagens de longa distância para fins de CLT? Aquelas em que o motorista profis-
sional empregado permanece fora da base da empresa, matriz ou filial e de sua residência por
mais de 24 (vinte e quatro) horas.
Nas viagens de longa distância, o repouso diário pode ser feito no veículo ou em aloja-
mento do empregador, do contratante do transporte, do embarcador ou do destinatário, ou em
outro local que ofereça condições adequadas.
E como se faz a contagem do tempo à disposição desse profissional?
São considerados tempo de espera as horas em que o motorista profissional empregado
ficar aguardando carga ou descarga do veículo nas dependências do embarcador ou do desti-
natário e o período gasto com a fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais
ou alfandegárias, não sendo computados como jornada de trabalho nem como horas extraor-
dinárias. As horas relativas ao tempo de espera serão indenizadas na proporção de 30% (trinta
por cento) do salário-hora normal.
Em nenhuma hipótese, o tempo de espera do motorista empregado prejudicará o direito
ao recebimento da remuneração correspondente ao salário-base diário. Durante o tempo de
espera, o motorista poderá realizar movimentações necessárias do veículo, as quais não serão
consideradas como parte da jornada de trabalho, ficando garantido, porém, o gozo do descan-
so de 8 (oito) horas ininterruptas. VEJA BEM: EM NENHUMA HIPÓTESE!
Salvo previsão contratual, a jornada de trabalho do motorista empregado não tem horário
fixo de início, de final ou de intervalos. Observe a necessidade de PREVISÃO CONTRATUAL!
O empregado é responsável pela guarda, preservação e exatidão das informações contidas
nas anotações em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, ou no registrador
instantâneo inalterável de velocidade e tempo, ou nos rastreadores ou sistemas e meios ele-
trônicos, instalados nos veículos, normatizados pelo Contran, até que o veículo seja entregue à
empresa. Os dados poderão ser enviados a distância, a critério do empregador, facultando-se
a anexação do documento original posteriormente.
Nas viagens de longa distância com duração superior a 7 (sete) dias, o repouso semanal
será de 24 (vinte e quatro) horas por semana ou fração trabalhada, sem prejuízo do intervalo de
repouso diário de 11 (onze) horas, totalizando 35 (trinta e cinco) horas, usufruído no retorno do
motorista à base (matriz ou filial) ou ao seu domicílio, salvo se a empresa oferecer condições
adequadas para o efetivo gozo do referido repouso.
É permitido o fracionamento do repouso semanal em 2 (dois) períodos, sendo um destes
de, no mínimo, 30 (trinta) horas ininterruptas, a ser cumprido na mesma semana e em continui-
dade a um período de repouso diário, que deverá ser usufruído no retorno da viagem.
A cumulatividade de descansos semanais em viagens de longa distância fica limitada ao
número de 3 (três) descansos consecutivos.
O motorista empregado, em viagem de longa distância, que ficar com o veículo parado
após o cumprimento da jornada normal ou das horas extraordinárias fica dispensado do servi-
ço, exceto se for expressamente autorizada a sua permanência junto ao veículo pelo emprega-
dor, hipótese em que o tempo será considerado de espera.
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Não será considerado como jornada de trabalho, nem ensejará o pagamento de qualquer
remuneração, o período em que o motorista empregado ou o ajudante ficarem espontanea-
mente no veículo usufruindo dos intervalos de repouso.
Nos casos em que o empregador adotar 2 (dois) motoristas trabalhando no mesmo veícu-
lo, o tempo de repouso poderá ser feito com o veículo em movimento, assegurado o repouso
mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo ou, se na cabine
leito, com o veículo estacionado, a cada 72 (setenta e duas) horas.
Em situações excepcionais de inobservância justificada do limite de jornada devidamente
registradas, e desde que não se comprometa a segurança rodoviária, a duração da jornada de
trabalho do motorista profissional empregado poderá ser elevada pelo tempo necessário até o
veículo chegar a um local seguro ou ao seu destino.
Nos casos em que o motorista tenha que acompanhar o veículo transportado por qualquer
meio em que ele siga embarcado e em que o veículo disponha de cabine leito ou a embarcação
disponha de alojamento para gozo do intervalo de repouso diário, esse tempo será considera-
do como tempo de descanso.
Para o transporte de cargas vivas, perecíveis e especiais em longa distância ou em terri-
tório estrangeiro, poderão ser aplicadas regras conforme a especificidade da operação
de transporte realizada, cujas condições de trabalho serão fixadas em convenção ou acordo
coletivo de modo a assegurar as adequadas condições de viagem e entrega ao destino final.
Convenção e acordo coletivo poderão prever jornada especial de 12 (doze) horas de traba-
lho por 36 (trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista profissional emprega-
do em regime de compensação.
É permitida a remuneração do motorista em função da distância percorrida, do tempo de
viagem ou da natureza e quantidade de produtos transportados, inclusive mediante oferta de
comissão ou qualquer outro tipo de vantagem, desde que essa remuneração ou comissiona-
mento não comprometa a segurança da rodovia e da coletividade ou possibilite a violação das
normas previstas na CLT.
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Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
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002. (INÉDITA/2021) A supressão do adicional noturno pela transferência do labor para o pe-
ríodo diurno é norma de saúde pública e, por isso, não gera direito adquirido no patrimônio do
direito do trabalhador nem fere o princípio da irredutibilidade salarial.
A retirada do adicional noturno, por exemplo, por mudança do seu turno de trabalho não en-
seja direito à indenização do trabalhador nem ofende ao princípio da irredutibilidade salarial.
Com base nisso, é preciso destacar que o trabalhador urge por uma jornada mais saudável de
trabalho e, por isso, aquela jornada noturna pode se transformar em diurna POR SER MAIS BE-
NÉFICA AO TRABALHADOR. Destacamos, ainda, o teor da súmula n. 265 do TST: “ADICIONAL
NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO. A transfe-
rência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.”
Certo.
O PULO DO GATO
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.
Então, ainda é possível analisar que, nos termos do artigo 7º, incisos VI e XIII, da CF/1988, é
válida juridicamente a redução salarial com a redução da jornada MEDIANTE DECISÃO COLETI-
VAMENTE NEGOCIADA, correspondendo a uma transação por meio de acordos e convenções
coletivas do trabalho.
Entende-se também como válida quando existe a ampliação da JORNADA DE TRABALHO
NOS CHAMADOS TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO, que significam aqueles perí-
odos de trabalho mediante escalas que variam em diferentes horários, ocasião em que isso
pode gerar um problema grave no relógio biológico do trabalhador.
Turno ininterrupto de revezamento é um modelo de trabalho que permite que a empresa
funcione em tempo integral, sem pausas. Em vez de uma jornada fixa, as equipes cumprem
horários que variam entre os períodos da manhã, tarde e noite, de modo que a operação esteja
sempre ativa. Segundo o art. 7º, inciso XIV, da CF/1988, a jornada diária em turnos ininterrup-
tos deve ser de, no máximo, 6 horas, totalizando 36 horas semanais. Horas extras são permiti-
das apenas se houver acordo em convenção coletiva, com limite de duas por dia.
Geralmente, acontece em atividades estratégicas, como em alguns segmentos industriais,
da jornada ser reduzida para seis horas. Por negociação coletiva, esse quantitativo de horas
pode chegar até oito horas. Ou seja, pode ampliar a jornada de 36 horas para 44 horas, DESDE
QUE EXISTA TRANSAÇÃO POR NEGOCIAÇÃO COLETIVA.
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O PULO DO GATO
Banco de horas funciona quando o excesso de horas em um dia for compensado com a di-
minuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma
das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez
horas diárias.
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Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando,
entre outros, dispuserem sobre:
I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II – banco de horas anual;
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a
seis horas;
IV – adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro
de 2015;
V – plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem
como identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança;
VI – regulamento empresarial;
VII – representante dos trabalhadores no local de trabalho;
VIII – teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;
IX – remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remunera-
ção por desempenho individual;
X – modalidade de registro de jornada de trabalho;
XI – troca do dia de feriado;
XII – enquadramento do grau de Insalubridade;
XIII – prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades compe-
tentes do Ministério do Trabalho;
XIV – prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de in-
centivo;
XV – participação nos lucros ou resultados da empresa.
§ 1ºNo exame da convenção coletiva ou do acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho ob-
servará o disposto no § 3º do art. 8º desta Consolidação.
§ 2ºA inexistência de expressa indicação de contrapartidas recíprocas em convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho não ensejará sua nulidade por não caracterizar um vício do negócio
jurídico.
§ 3º Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante
o prazo de vigência do instrumento coletivo.
§ 4º Na hipótese de procedência de ação anulatória de cláusula de convenção coletiva ou de acordo
coletivo de trabalho, quando houver a cláusula compensatória, esta deverá ser igualmente anulada,
sem repetição do indébito.
§ 5º Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho deverão
participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha como objeto
a anulação de cláusulas desses instrumentos.
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Se for pactuada cláusula que reduza o salário ou a jornada, a convenção coletiva ou o acordo
coletivo de trabalho deverão prever a proteção dos empregados contra dispensa imotivada
durante o prazo de vigência do instrumento coletivo.
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A alteração, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do
pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do
tempo de exercício da respectiva função. NÃO EXISTE MAIS INCORPORAÇÃO DE GRATIFICA-
ÇÃO NO SALÁRIO DO TRABALHADOR.
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Apesar das situações narradas no artigo 62 da CLT, é possível, sim, o pagamento de horas
extras ou uso do banco de horas/compensação de jornada quando estamos diante da possibi-
lidade de controle da jornada, por qualquer meio, do trabalhador pelo empregador.
Então, muito cuidado: o artigo 62 da CLT não é tão simples quanto aparenta!
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O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específi-
cas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de
teletrabalho.
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n) Art. 75-F. Os empregadores deverão dar prioridade aos empregados com deficiência
e aos empregados com filhos ou criança sob guarda judicial até 4 (quatro) anos de idade na
alocação em vagas para atividades que possam ser efetuadas por meio do teletrabalho ou
trabalho remoto. (Incluído pela Lei nº 14.442, de 2022)
A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do
contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo em-
pregado. Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que
haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual.
Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determina-
ção do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente
registro em aditivo contratual.
As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento
dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do tra-
balho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas
em contrato escrito. As utilidades mencionadas não integram a remuneração do empregado.
O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto
às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. O empregado deverá
assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo
empregador.
A doutrina entende que, se for possível o controle da jornada, mesmo no teletrabalho, ca-
beria o direito ao recebimento de eventuais horas extras e até adicional noturno se for o caso.
Mas a lei nega a possibilidade de horas extras textualmente considerada.
O empregador não será responsável pelas despesas resultantes do retorno ao trabalho
presencial, na hipótese do empregado optar pela realização do teletrabalho ou trabalho remo-
to fora da localidade prevista no contrato, salvo disposição em contrário estipulada entre as
partes. CUIDADO NAS PROVAS OBJETIVAS COM ESSAS RESSALVAS. AQUI MORAM AS PEGA-
DINHAS DAS BANCAS.
As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento
dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do tra-
balho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas
em contrato escrito. NÃO ESQUECE: CONTRATO ESCRITO! AS ESTIPULAÇÕES VERBAIS NÃO
POSSUEM VALIDADE NO NOSSO ASSUNTO.
As utilidades mencionadas não integram a remuneração do empregado. O empregador de-
verá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar
a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.
O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as
instruções fornecidas pelo empregador.
Os empregadores deverão conferir prioridade aos empregados com deficiência e aos em-
pregados e empregadas com filhos ou criança sob guarda judicial até quatro anos de idade
na alocação em vagas para atividades que possam ser efetuadas por meio do teletrabalho ou
trabalho remoto. CUIDADO COM ESSA IDADE PARA AS PROVAS: ATÉ QUATRO ANOS DE IDADE!
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duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até
seis horas suplementares semanais.
O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à
sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante op-
ção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de negocia-
ção coletiva.
As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o acrés-
cimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
É possível agora as horas extras em regime de tempo parcial e houve uniformização do
prazo de férias aos trabalhadores em regime de tempo parcial que podem, ainda, ter um salá-
rio inferior ao mínimo constitucional, pois o que vale é o cálculo da hora ser correspondente
à média do salário mínimo.
Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em nú-
mero inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo serão
consideradas horas extras para fins do pagamento, estando também limitadas a seis horas
suplementares semanais.
As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas dire-
tamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a sua
quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço do
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.
As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta
Consolidação.
Isso significa que não há mais aquela proporção de horas mensais laboradas com o nú-
mero de dias que teria como férias. Houve uniformização da contagem de férias a todos os
trabalhadores.
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NOTURNO Terá um acréscimo de 25%, pelo menos, sobre
a hora diurna. A hora do trabalho noturno será
computada como de 60 minutos.
Considera-se noturno o trabalho executado:
PECUÁRIA - das 20h de uma noite às 4h do dia
RURAL
seguinte; AGRICULTURA, entre 21 horas de um
dia e 5 horas do dia seguinte.
Muitas informações, não é mesmo? Mas vamos estudar muito e te espero no Fórum do
Aluno com suas dúvidas. Vamos aplicar os conhecimentos nas questões da aula.
O PULO DO GATO
Ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno.
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considerando a jornada de cada hora para fins de adicional noturno ser de 52’30’’ com adicio-
nal de 20% sobre a hora normal com reflexos em todas as verbas.
Nesse ponto, veja a súmula:
Cuidado que a Súmula 338 do TST ainda menciona 10 empregados, mas a CLT foi alterada
para 20 empregados e é isso que você considera para as provas. A Súmula 338 precisará ser
revisada neste tocante. Vá na literalidade da CLT: 20 empregados POR ESTABELECIMENTO.
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Tratamos agora das situações em que o trabalho de quem exerça a parentabilidade para
poder desempenhar a função de responsável pelas crianças e poder prosseguir nos postos
de trabalho.
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Dessa forma, na alocação de vagas para as atividades que possam ser efetuadas por meio
de teletrabalho, trabalho remoto ou trabalho a distância, os empregadores deverão conferir
prioridade: I às empregadas e aos empregados com filho, enteado ou criança sob guarda judi-
cial com até 6 (seis) anos de idade; e II às empregadas e aos empregados com filho, enteado
ou pessoa sob guarda judicial com deficiência, sem limite de idade.
A ideia é mantê-las trabalhando, na ativa e, ainda, permitir o convívio com a prole.
Também se prevê importantes medidas para “Flexibilização do Regime de Trabalho e das
Férias”, que consiste: no âmbito dos poderes diretivo e gerencial dos empregadores, e conside-
rada a vontade expressa dos empregados e das empregadas, haverá priorização na concessão
de medidas de flexibilização da jornada de trabalho aos empregados e às empregadas que
tenham filho, enteado ou pessoa sob sua guarda com até 6 (seis) anos de idade ou com defici-
ência, com vistas a promover a conciliação entre o trabalho e a parentalidade.
Cuidado com os critérios de idade: aqui são 6 anos e pessoas com deficiência – temos
aqui, nessa possibilidade, qualquer idade.
Que medidas seriam essas para as nossas provas?
O regime de tempo parcial; o regime especial de compensação de jornada de trabalho por
meio de banco de horas, jornada de 12 (doze) horas trabalhadas por 36 (trinta e seis) horas
ininterruptas de descanso, antecipação de férias individuais; e os horários de entrada e de sa-
ída mais flexíveis.
CUIDADO COM ESSA LIMITAÇÃO ETÁRIA: tais medidas somente poderão ser adotadas
até o segundo ano: do nascimento do filho ou enteado; da adoção; ou da guarda judicial.
O PULO DO GATO
Aplica-se o prazo de até dois anos, inclusive, para o empregado ou a empregada que tiver filho,
enteado ou pessoa sob guarda judicial com deficiência.
INSTRUMENTOS PARA FORMALIZAR ESSES PEDIDOS: deverão ser formalizadas por meio
de acordo individual, de acordo coletivo ou de convenção coletiva de trabalho.
Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho de empregado ou empregada em regime
de compensação de jornada por meio de banco de horas, as horas acumuladas ainda não com-
pensadas serão: I descontadas das verbas rescisórias devidas ao empregado ou à empregada,
na hipótese de banco de horas em favor do empregador, quando a demissão for a pedido e o
empregado ou empregada não tiver interesse ou não puder compensar a jornada devida durante o
prazo do aviso prévio; ou pagas com as verbas rescisórias, na hipótese de banco de horas em
favor do empregado ou da empregada.
É possível também o regime de “Antecipação de Férias Individuais” que poderá ser conce-
dida ao empregado ou à empregada que se enquadre nos critérios acima, ainda que não tenha
transcorrido o seu período aquisitivo. CUIDADO COM O DETALHE: não precisa ter o período
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aquisitivo, mas não poderão ser usufruídas em período inferior a 5 (cinco) dias corridos. Nesse
caso, preste atenção: Na hipótese de período aquisitivo não cumprido, as férias antecipadas e
usufruídas serão descontadas das verbas rescisórias devidas ao empregado no caso de pedi-
do de demissão.
E TERÃO DIREITO AO TERÇO CONSTITUCIONAL? O empregador poderá optar por efetuar
o pagamento do adicional de 1/3 (um terço) das férias após a sua concessão, até a data em
que for devida a gratificação natalina (décimo terceiro salário).
REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS: poderá ser efetuado até o quinto dia útil do mês subsequente
ao início do gozo das férias, hipótese em que não se aplicará o disposto no artigo 145 da CLT.
Cuidado! Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho, os valores das férias ainda não
usufruídas serão pagos com as verbas rescisórias devidas.
E como funcionam as regras dos “Horários de Entrada e Saída Flexíveis”?
Ocorrerá quando a atividade permitir, os horários fixos da jornada de trabalho poderão ser
flexibilizados ao empregado ou à empregada e ocorrerá em intervalo de horário previamente
estabelecido, considerados os limites inicial e final de horário de trabalho diário.
Vamos resolver questões para fixar? Criei questões inéditas para você.
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Se você gostou do material ou tem críticas, dá um feedback, bem como poste suas dúvidas
lá no fórum. Estou esperando você lá no Fórum! Estudaaaaa!!!!
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RESUMO
É importante ter em mente os incisos do artigo 7º da CF/1988:
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção cole-
tiva de trabalho;
XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal.
Considera-se menor para os efeitos da CLT o trabalhador de quatorze até dezoito anos. A
duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas a prorro-
gação e a compensação de jornada. O limite previsto poderá ser de até oito horas diárias para
os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas
as horas destinadas à aprendizagem teórica.
No tempo de prontidão, o trabalhador fica nas dependências da empresa, aguardando or-
dens. Por isso, a sua escala deve ser mais rápida que a do sobreaviso. A escala na prontidão
é de 12 HORAS. O trabalhador pode executar tarefas ou não, mas o certo é que está à dispo-
sição do empregador e, por isso, seu “tempo” é remunerado na proporção de 2/3 do salário-
-hora normal.
Na jornada de prontidão, a CLT traz informação importante quanto ao intervalo. Quando,
no estabelecimento ou dependência em que se achar o empregado, houver facilidade de ali-
mentação, as doze horas de prontidão, a que se refere o parágrafo anterior, poderão ser con-
tínuas. Quando não existir essa facilidade, depois de seis horas de prontidão, haverá sempre
um intervalo de uma hora para cada refeição, que não será, nesse caso, computada como
de serviço.
No que se refere ao sobreaviso, o trabalhador pode estar na sua casa à espera ou aguar-
dando um chamado do seu empregador. A sua escala pode ser de 24 HORAS e receberá por
isso o importe de 1/3 do salário-hora normal. Essas normas já foram estendidas aos eletrici-
tários, por exemplo.
Considera-se em sobreaviso o empregado que, a distância e submetido a controle patro-
nal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou
equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período
de descanso.
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar prestado com ha-
bitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao empregado o direito à indenização
correspondente ao valor de 1 (um) mês das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada
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ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada normal.
O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses anteriores
à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
A jornada diária de trabalho do motorista profissional será de 8 (oito) horas, admitindo-se
a sua prorrogação por até 2 (duas) horas extraordinárias ou, mediante previsão em convenção
ou acordo coletivo, por até 4 (quatro) horas extraordinárias.
É permitida a remuneração do motorista em função da distância percorrida, do tempo de
viagem ou da natureza e quantidade de produtos transportados, inclusive mediante oferta de
comissão ou qualquer outro tipo de vantagem, desde que essa remuneração ou comissiona-
mento não comprometa a segurança da rodovia e da coletividade ou possibilite a violação das
normas previstas na CLT.
No teletrabalho, não há direito às horas extras e adicional noturno, na medida em que exis-
te uma liberdade do trabalhador em executar suas atividades. Nesse aspecto, destacamos
alguns pontos acerca da matéria. Primeiramente, é preciso conceituar o que seja teletrabalho.
Nesse azo, considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das
dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunica-
ção que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
A retirada do adicional noturno, por exemplo, por mudança do seu turno de trabalho não
enseja direito à indenização do trabalhador nem ofende ao princípio da irredutibilidade salarial.
Com base nisso, é preciso destacar que o trabalhador urge por uma jornada mais saudável de
trabalho e, por isso, aquela jornada noturna pode se transformar em diurna por ser mais bené-
fica ao trabalhador.
A alteração, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção
do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente
do tempo de exercício da respectiva função. Não existe mais incorporação de gratificação no
salário do trabalhador.
A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicio-
nal noturno.
Nos termos do artigo 7º, incisos VI e XIII, da CF/1988, é válida juridicamente a redução sa-
larial com a redução da jornada mediante decisão coletivamente negociada, correspondendo
a uma transação por meio de acordos e convenções coletivas do trabalho.
Considera-se noturno para o trabalhador urbano o trabalho executado entre 22 horas de
um dia e 5 horas do dia seguinte O acréscimo em se tratando de empresas que não mantêm,
pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito tendo em vista os quan-
titativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. No caso de trabalhador rural,
é preciso destacar as peculiaridades: considera-se trabalho noturno o executado entre as 21
horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as 20 horas de um dia e as
4 horas do dia seguinte, na atividade pecuária. Todo trabalho noturno será acrescido de 25%
(vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal.
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Jornada do Trabalhador
Maria Rafaela
O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive
quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas
excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido
apenas o respectivo adicional.
A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jorna-
da. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas
como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a
mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos
os efeitos. Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é
também o adicional quanto às horas prorrogadas. Isso também incide na jornada 12 x 36.
Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos
como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser
do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
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QUESTÕES DE CONCURSO
005. (INÉDITA/2021) Foi criado o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da
Renda, a ser pago nas hipóteses como redução proporcional de jornada de trabalho e de salá-
rio e suspensão temporária do contrato de trabalho, sendo custeado com recursos da União.
Art. 5º Fica criado o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, a ser pago nas
seguintes hipóteses:
I – redução proporcional de jornada de trabalho e de salário;
II – suspensão temporária do contrato de trabalho.
§ 1º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será custeado com recursos
da União.
Certo.
Art. 5º Fica criado o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, a ser pago nas
seguintes hipóteses:
I – redução proporcional de jornada de trabalho e de salário; e
II – suspensão temporária do contrato de trabalho.
§ 1º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será custeado com recursos
da União.
§ 2º O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda será de prestação mensal e
devido a partir da data do início da redução da jornada de trabalho e do salário ou da suspensão
temporária do contrato de trabalho, observadas as seguintes disposições.
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I – o empregador informará ao Ministério da Economia a redução da jornada de trabalho e do salário
ou a suspensão temporária do contrato de trabalho, no prazo de 10 (dez) dias, contado da data da
celebração do acordo.
Errado.
Art. 7º Durante o estado de calamidade pública a que se refere o art. 1º desta Lei, o empregador
poderá acordar a redução proporcional de jornada de trabalho e de salário de seus empregados, de
forma setorial, departamental, parcial ou na totalidade dos postos de trabalho, por até 90 (noventa)
dias, prorrogáveis por prazo determinado em ato do Poder Executivo, observados os seguintes re-
quisitos:
I – preservação do valor do salário-hora de trabalho;
II – pactuação, conforme o disposto nos arts. 11 e 12 desta Lei, por convenção coletiva de trabalho,
acordo coletivo de trabalho ou acordo individual escrito entre empregador e empregado; e
III – na hipótese de pactuação por acordo individual escrito, encaminhamento da proposta de acor-
do ao empregado com antecedência de, no mínimo, 2 (dois) dias corridos, e redução da jornada de
trabalho e do salário exclusivamente nos seguintes percentuais: a) 25% (vinte e cinco por cento); b)
50% (cinquenta por cento); c) 70% (setenta por cento).
Errado.
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Nesse sentido, destaca-se a CLT, a seguir, segundo a qual o labor não pode exceder a duras
horas diárias e, ainda, o adicional é de, no mínimo, 50% da hora normal:
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não exceden-
te de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora
normal.
Letra d.
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Errado.
Errado.
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a) A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não
excedente de 4 (quatro) horas, por acordo ou contrato.
b) A duração normal do trabalho não excederá 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.
c) A duração do trabalho não poderá exceder o limite legal ou convencional, em quaisquer cir-
cunstâncias.
d) O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno jamais
será computado.
e) Os empregados que exerçam atividade externa incompatível com a fixação de horário de
trabalho também são abrangidos pelas normas para jornada de trabalho, com as devidas
adaptações.
A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de
duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora
normal.
Art. 73, § 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tratando de empresas que não
mantêm, pela natureza de suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito, tendo em vista os
quantitativos pagos por trabalhos diurnos de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo
trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sobre o salário
mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já acrescido da
percentagem.
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§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se
às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.
Certo.
A frase está em descompasso com a Súmula n. 253 do TST, não repercute no cálculo de horas
extras, férias e aviso-prévio:
Errado.
Turno ininterrupto de revezamento é um modelo de trabalho que permite que a empresa funcio-
ne em tempo integral, sem pausas. Em vez de uma jornada fixa, as equipes cumprem horários,
que variam entre os períodos da manhã, tarde e noite, de modo que a operação esteja sempre
ativa. Segundo o art. 7º, inciso XIV, da CF/1988, a jornada diária em turnos ininterruptos deve
ser de no máximo 6 horas, totalizando 36 horas semanais. Horas extras são permitidas apenas
se houver acordo em convenção coletiva, com limite de duas por dia.
Errado.
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plantões fossem pagas em dobro. Sobre a pretensão da empregada, diante do que preconiza
a CLT, assinale a afirmativa correta.
a) Ela fará jus ao pagamento com adicional de 100% apenas nos feriados.
b) Ela não terá direito ao pagamento em dobro nem nos domingos nem nos feriados.
c) Ela terá direito ao pagamento em dobro da escala que coincidir com o domingo.
d) Ela receberá em dobro as horas trabalhadas nos domingos e feriados.
A resposta está no artigo 4º da CLT, sobre as ressalvas do que se considera tempo à disposição.
Nenhum dos trabalhadores, nos termos do artigo 4º está à disposição do empregador, logo,
a alternativa é a C. Veja que é facultativo trocar uniforme dentro da empresa. Destaco a CLT:
Art. 4º, § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minu-
tos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar
proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem
como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares,
entre outras:
I – práticas religiosas;
II – descanso;
III – lazer;
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IV – estudo;
V – alimentação;
VI – atividades de relacionamento social;
VII – higiene pessoal;
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
Letra c.
018. (FGV/EXAME DA ORDEM OAB/2018) Renato trabalha na empresa Ramos Santos Ltda.
exercendo a função de técnico de manutenção. De segunda a sexta-feira, ele trabalha das 8h
às 17h, com uma hora de almoço, e, aos sábados, das 8h às 12h, sem intervalo. Ocorre que, por
reivindicação de alguns funcionários, a empresa instituiu um culto ecumênico toda sexta-feira,
ao final do expediente, cujo comparecimento é facultativo. O culto ocorre das 17h às 18h, e
Renato passou a frequentá-lo. Diante dessa situação, na hipótese de você ser procurado como
advogado(a) em consulta formulada por Renato sobre jornada extraordinária, considerando o
enunciado e a legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta.
a) Renato não faz jus a qualquer valor de horas extras.
b) Renato tem direito a uma hora extra semanal, pois o culto foi instituído pela empregadora.
c) Renato tem direito a uma hora extra diária, de segunda a sexta-feira, em razão do horário de
trabalho das 8h às 17h.
d) Renato tem direito a nove horas extras semanais, sendo cinco de segunda a sexta-feira e
mais as 4 aos sábados.
Aqui é importante destacar tempo efetivo e tempo à disposição, do artigo 4º da CLT, obser-
vando-se as mudanças da Reforma Trabalhista. Pela jornada da exordial, Renato não faz jus a
qualquer valor de horas extras, pois ele está nos limites de 8h diárias e 44 horas semanais, des-
tacando-se que participar de culto não é tempo à disposição do empregador. Destaco a CLT:
Art. 4º § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minu-
tos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar
proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem
como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares,
entre outras:
I – práticas religiosas;
II – descanso;
III – lazer;
IV – estudo; V – alimentação;
VI – atividades de relacionamento social;
VII – higiene pessoal;
VIII – troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
Letra a.
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A questão deve ser respondida nos termos da Súmula n. 60 do TST. É importante destacar que
a aplicação da Súmula n. 60 do TST também incide em todos os trabalhadores que laboram
após às 22 horas, no meio urbano, mesmo os que estão em jornada 12 x 36. Além disso, se o
labor do trabalhador ultrapassar as 5h da manhã, ainda assim, se estenderá o adicional notur-
no, nos termos da referida súmula. Em suma, nas horas que estão além das 5h da manhã, nos
termos da Súmula n. 60 do TST, incide também o adicional de 20%. Então, se o Julius labora
em jornada 12 x 36 ou jornada regular das 19h às 7h, ele receberá adicional noturno quanto
às horas das 22h às 7h da manhã, considerando a jornada de cada hora para fins de adicional
noturno ser de 52’30’’ com adicional de 20% sobre a hora normal com reflexos em todas as
verbas. Nesse ponto, veja a súmula:
Letra c.
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Isso está em conformidade o artigo 58 da CLT. Definiu-se que não serão descontadas, na hipó-
tese de atraso do empregado, nem computadas como jornada extraordinária as variações de
horário no registro de ponto não excedentes de 5 minutos, observado o limite máximo de 10
minutos diários (§ 1º do art. 58 da CLT).
Certo.
Súmula n. 60 do TST
ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO
DIURNO I – O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado
para todos os efeitos. II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e
prorrogada esta, devido é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do
art. 73, § 5º, da CLT.
Errado.
Deve ser pago em dobro, ou seja, com adicional de 100%. O percentual de 50% se refere às
horas extras.
Errado.
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A previsão legal para o teletrabalho aparece no artigo 6º da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), que afasta as distinções entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador,
o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracte-
rizados os pressupostos da relação de emprego. O parágrafo único estabelece que “os meios
telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de
subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do
trabalho alheio”. A Reforma Trabalhista (Lei n. 13.467/2017) introduziu um novo capítulo na
CLT dedicado especialmente ao tema: é o Capítulo II-A, “Do Teletrabalho”, com os artigos 75-A
a 75-E. Os dispositivos definem o teletrabalho como “a prestação de serviços preponderantemente
fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de
comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo”. Assim, ope-
rações externas, como as de vendedor, motorista, ajudante de viagem e outros que não têm
um local fixo de trabalho não são consideradas teletrabalho. De acordo com a CLT, embora o
trabalho seja realizado remotamente, não há diferenças significativas em relação à proteção
ao trabalhador. Os direitos são os mesmos de um trabalhador normal. Ou seja, vai ter direito à
carteira assinada, férias, 13º salário e depósitos de FGTS.
Letra b.
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Letra e.
A assertiva estava nos termos da Súmula n. 265 do TST em que se assinalou: “ADICIONAL
NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO. A transfe-
rência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.”
Certo.
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O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos 12 (doze) meses ante-
riores à mudança, multiplicada pelo valor da hora extra do dia da supressão.
Errado.
As variações não podem ultrapassar 10 minutos. Nesse sentido, destaco a CLT, nos termos do
artigo 58, em que não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite
máximo de dez minutos diários. A lei considera a jornada de trabalho normal aquela realizada
dentro das 8 horas diárias
Errado.
Sabemos que o adicional noturno, no meio urbano, remunera a hora em 20% a mais e, no meio
rural, 25% além da hora normal. É preciso analisar se estamos tratando de jornada DIURNA ou
NOTURNA, pois varia a remuneração final. O porteiro do horário comercial ganha menos que o
porteiro do horário noturno PELO ADICIONAL NOTURNO.
Errado.
031. (INÉDITA/2021) Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração
não exceda a
a) 18 horas semanais.
b) 20 horas semanais.
c) 22 horas semanais.
d) 25 horas semanais.
e) 30 horas semanais.
A questão está em sintonia com a Reforma Trabalhista e a CLT nos termos do artigo art. 58-A:
Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda a trinta horas
semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja duração
não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de acréscimo de até seis horas su-
plementares semanais.
Letra e.
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em 08/10/1970, vendedor, residente na rua das Casas, número 1, N/C. Advertido e compromis-
sado. Depoimento: que trabalha na reclamada desde novembro de 2013; que a chefe do depo-
ente é Kelly; que Kelly é gerente; que Kelly passa as metas e auxilia os vendedores; que o recla-
mente era vendedor; que às 8 horas há uma reunião com a gerente; que Kelly dá orientações,
feedback, passa o roteiro; que durante a reunião há práticas motivacionais, como o grito de
guerra e a canção da vitória, cantada por todos ao final da reunião; que depois da reunião estão
liberados; que a maior parte da jornada é fazendo vendas externas; que trabalham no horário
comercial; que já aconteceu de o depoente trabalhar após esse horário, mas por opção sua;
que o depoente trabalha até mais tarde quase todos os dias, pois recebe por comissão e têm
metas a cumprir; que não sabe se o reclamante já trabalhou até mais tarde; que foi o depoente
quem indicou o reclamante para trabalhar na empresa; que a reclamada dá chance para novas
contratações; que, se um vendedor fica 3 meses consecutivos abaixo da média de vendas, dá
lugar para outra pessoa; que a média é o total de vendas dividido pelo número de vendedores;
que não há nenhum tipo de preferência ou proteção no desligamento; que o critério é o mérito;
que Gonçalo é o supervisor; que ele é o superior hierárquico de Kelly; que Gonçalo participa
da reunião uma vez por mês, no último dia útil; que Gonçalo coloca uma lata de energético na
mesa do vendedor que está no topo do ranking e todos aplaudem; que na mesa de quem está
em último coloca uma tartaruga de pelúcia e todos vaiam; que é uma brincadeira entre os ven-
dedores e a chefia; que o depoente não vê maldade nisso; que o depoente utiliza o veículo da
reclamada; que deixa o veículo na empresa ao término da jornada; que há uma pessoa que cui-
da da manutenção e do abastecimento; que o depoente faz 40 minutos de intervalo, por opção
sua, não sabendo informar com relação ao reclamante; que todos os vendedores participam
da reunião diária; que todos os vendedores utilizam veículo da empresa; que os vendedores
têm acesso às vendas efetivadas pelos demais, após o final do mês, pela intranet, pois a re-
clamada preza pela transparência e por critérios objetivos; que Kelly faz cobranças, mas nada
exagerado; que há vendedores que necessitam de uma cobrança maior, mais incisiva; que Kelly
passa orientações durante o dia por telefone; que o reclamante estava bastante desmotivado
nos últimos meses; que soube que o reclamante efetuou vendas para familiares para não ficar
abaixo da média, mas não houve determinação da reclamada nesse sentido; que o depoente
se dava bem com o reclamante, mas nos últimos meses ele estava muito mal– humorado e se
isolou dos demais; que o depoente acredita que ele tivesse problemas pessoais, mas não pode
afirmar com certeza; que Kelly conversou com o reclamante em sua sala; que Kelly disse que
o reclamante foi agressivo; que, depois disso, o reclamante não apareceu mais; que não sabe
se o reclamante foi despedido ou pediu demissão; que acredita que ele tenha pedido para sair,
pois viu ele trabalhando no shopping poucos dias depois. Nada mais.
Com base no depoimento transcrito, relativamente à jornada de trabalho, qual das situações
abaixo é identificada?
a) O depoimento indica que o reclamante exercia atividade externa, de modo que, se essa con-
dição estiver anotada na carteira de trabalho e no registro de empregado, deverá ser reconhe-
cida a exceção do art. 62, inc. I, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
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b) O depoimento indica que o reclamante exercia atividade externa, devendo ser reconhecida a
exceção do art. 62, inc. I, da CLT, independentemente da anotação na carteira de trabalho e no
registro de empregado, que tem apenas função probatória.
c) O depoimento indica que, embora houvesse trabalho externo, não estão presentes todos os
requisitos necessários para o reconhecimento da exceção do art. 62, inc. I, da CLT.
d) O depoimento indica que o trabalho se dava no horário comercial, de modo que resta desca-
racterizada, por si só, a prestação de horas extras.
e) O depoimento indica que havia prestação de horas extras, as quais devem ser calculadas
sobre o valor das comissões percebidas após a jornada normal de trabalho, acrescidas do adi-
cional de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento).
Questão muito inteligente e demonstra aquilo que estudamos. Em se tratando de labor exter-
no, pode ser que haja o direito ao pagamento de horas extras. Quem trabalha externamente
tem direito às horas extras? Depende. Se houver, mesmo assim, controle da jornada ou meio
similar, como, por exemplo, exigir que o empregado compareça à empresa no fim e no início
da jornada, existe, sim, um controle da jornada pelo empregador, podendo o obreiro receber as
devidas horas extras. Não há qualquer relação com a ideia de emprego e controle de jornada.
Estamos diante de uma relação de emprego de labor externo. O fato de o trabalhador não ter
controle da jornada não altera em nada os pressupostos da relação de emprego, nos termos
dos artigos 2º e 3º da CLT. Logo, é possível para trabalhador externo ou interno, em empresa ou
em teletrabalho etc. Não há qualquer relação o comparecimento ou não à empresa. Também
é oportuno tratar aqui da questão de que é possível, sim, controle do horário pelo empregador
apesar de o obreiro laborar externamente. Nesse sentido, muito cuidado com o art. 62 da CLT.
Letra c.
Art. 74, § 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será obrigatória a
anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme
instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,
permitida a pré-assinalação do período de repouso.
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Aqui temos a JORNADA BRITÂNICA, da qual não são considerados válidos os cartões de pon-
to, nos termos da Súmula n. 338 do TST:
Errado.
A assertiva está errada, em parte, pois o percentual é de 20% e se estende nas horas que estão
além das 5h da manhã, nos termos da Súmula n. 60 do TST:
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consolidado do Tribunal Superior do Trabalho, é correto afirmar que não é devido adicional no-
turno porque Reinaldo trabalha em escala e, da mesma forma, não se cogitará o pagamento de
horas extras porque a escala é vantajosa.
Reinaldo tem direito, sim, ao adicional noturno, a partir das 22h até as 7h. Nesse ponto, existe
acúmulo, sim, do adicional noturno na jornada 12x36, conforme Súmula n. 60 do TST:
Errado.
Nos termos da Lei do Trabalhador Rural. No caso de trabalhador rural, é preciso destacar as
peculiaridades: considera-se trabalho noturno o executado entre as 21 horas de um dia e as 5
horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as 20 horas de um dia e as 4 horas do dia seguinte,
na atividade pecuária. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento)
sobre a remuneração normal. É importante destacar, assim, as diferenças no trabalho rural:
pecuário e agricultura. Em ambos os casos, a hora é de 60 minutos!
Errado.
Sim, nos termos da Lei do Trabalhador Rural. No caso de trabalhador rural, é preciso destacar
as peculiaridades: considera-se trabalho noturno o executado entre as 21 horas de um dia e as
5 horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as 20 horas de um dia e as 4 horas do dia seguinte,
na atividade pecuária. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento)
sobre a remuneração normal. É importante destacar, assim, as diferenças no trabalho rural:
pecuário e agricultura. Em ambos os casos, a hora é de 60 minutos!
Certo.
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terá por base o salário mínimo e o limite máximo de 25%, desde que previamente autorizado
pelo empregado.
Art. 4º § 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco minu-
tos previsto no § 1º do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar
proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem
como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares,
entre outras [...]
Certo.
Aqui é importante conhecer os intervalos corretos das câmaras frigoríficas, muito cobradas
em provas e que computam o intervalo como trabalho efetivo:
CLT
Art. 253. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que mo-
vimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma)
hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minu-
tos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
Parágrafo único. Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for infe-
rior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho,
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Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta
e sétima zonas a 10º (dez graus).
Errado.
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não exceden-
te de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Certo.
Quanto à jornada 12 x 36, o trabalhador realiza jornada de trabalho de 12 horas e folga nas 36
horas subsequentes, em uma espécie de compensação de jornada. Por exemplo: se na segun-
da-feira ele trabalhou das 7h às 19h, seu próximo dia de trabalho será na quarta-feira, também
das 7h às 19h. A partir de nov/2017, a Lei n. 13.467/2017 (Lei da Reforma Trabalhista) inseriu
o art. 59-A da CLT, estabelecendo que a adoção deste tipo de jornada seria válida, também, por
meio de acordo individual escrito.
Letra c.
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Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não exceden-
te de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora
normal.
Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou con-
clusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto.
Certo.
Nos termos do artigo 59-A, § 6º, da CLT: “É lícito o regime de compensação de jornada esta-
belecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.” Diante
disso, a questão está errada, pois é preciso para a compensação mensal que seja acordo in-
dividual. Aqui não cabe o acordo coletivo de trabalho. É uma diferença considerável para as
provas. Achei uma excelente “pegadinha”.
Errado.
O percentual é de 50% sobre a hora normal. A CCT ou ACT podem estipular percentual maior
que 50%, o que é aplicado em primazia da norma mais benéfica. Ainda se observa que, no
conflito de um percentual pela CCT ou ACT, a partir da Reforma Trabalhista de 2017, prevalece
o que dispõe o ACT, mesmo que traga em seu texto norma menos benéfica que a CCT. Logo, o
percentual mínimo de horas extras é de 50%.
Errado.
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Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a con-
cessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e,
salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15
(quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro
do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social,
se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização
dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorro-
gado a horas suplementares.
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e ali-
mentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 5º O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no
§ 1º poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o
início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho,
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ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos
estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de
veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remu-
neração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem. (Redação dada
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
a) Errada. Somente existirá esse intervalo de ultrapassar as seis horas, conforme a CLT.
b) Errada. A previsão da lei é de 15 minutos, mas não de 30 minutos.
c) Errada. O limite que não tem intrajornada é de quatro horas.
d) Certa. Nos termos da CLT.
e) Errada. Não existe essa previsão na CLT.
Letra d.
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e ali-
mentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas
do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração
da hora normal de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência).
b) Errada. Conforme o artigo da CLT:
Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448
desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empre-
gados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor.
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c) Errada. Tendo em vista que o auxílio-alimentação é um benefício que pode, ou não, ser con-
cedido ao empregado. Não se trata aqui de benesse obrigatória e que deva ser paga pelo em-
pregador. Porém, muitas categorias recebem o pagamento deste auxílio, gerando, a partir daí
uma dúvida, se ele se integra à sua remuneração, acarretando reflexos em férias, 13º salários
e fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), por exemplo.
d) Errada. Conforme a CLT:
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,
no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia,
nacionalidade ou idade
§ 1º Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade
e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo
empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a
dois anos.
Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por
mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
§ 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo
empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de
confiança.
§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empre-
gado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorpo-
rada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.
Letra a.
Aplica-se a CLT:
Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a con-
cessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e,
salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15
(quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
Letra a.
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Não existe a previsão da jornada de seis horas no parágrafo único do art. 7 da CF/88. A questão
se resolve na CF/88: Art. 7, Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores
domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI,
XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada
a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorren-
tes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e
XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.
Errado.
Art. 71, § 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repou-
so e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória,
apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remu-
neração da hora normal de trabalho.
Certo.
O prazo está correto, mas a alteração deve ocorrer por escrito. Isso nos termos da CLT que trata
do assunto, como vimos no material de apoio. Nesse assunto, não valem as tratativas verbais.
Errado.
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O prazo está errado, pois é, no mínimo, 15 dias, como consta textualmente na CLT. A forma está
correta, pois tinha que ser por escrito.
Errado.
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante
acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de
trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
Certo.
Dispõe a CLT:
Art. 71, § 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repou-
so e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória,
apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remu-
neração da hora normal de trabalho.
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Na questão, ela tinha 15 minutos. Então, terá direito a 45 minutos sem reflexos, com o percen-
tual de 50%.
Letra c.
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GABARITO
3. C 21. E 39. C
4. E 22. E 40. E
5. E 23. b 41. C
6. d 24. e 42. c
7. e 25. C 43. C
8. E 26. E 44. E
9. E 27. E 45. E
10. b 28. E 46. d
11. C 29. e 47. a
12. E 30. b 48. a
13. E 31. c 49. E
14. a 32. E 50. C
15. c 33. E 51. E
16. a 34. E 52. E
17. c 35. E 53. C
18. C 36. E 54. c
19. E 37. C
20. E 38. E
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho (1943). Consolidação das Leis do Trabalho. Brasí-
lia: Senado, 1943.
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ANEXO
Súmula n. 366 do TST
CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM
A JORNADA DE TRABALHO. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordi-
nária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado
o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como
extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposi-
ção do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do
tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
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Súmula n. 85 do TST
COMPENSAÇÃO DE JORNADA
I – A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito,
acordo coletivo ou convenção coletiva.
II – O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma cole-
tiva em sentido contrário.
III – O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, in-
clusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das
horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo
devido apenas o respectivo adicional.
IV – A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de
jornada. Nesta hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser
pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser
pago a mais apenas o adicional por trabalho extraordinário.
V – As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na
modalidade “banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
VI – Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que
estipulado em norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade
competente, na forma do art. 60 da CLT.
Súmula n. 60 do TST
ADICIONAL NOTURNO. INTEGRAÇÃO NO SALÁRIO E PRORROGAÇÃO EM HORÁRIO DIUR-
NO I – O adicional noturno, pago com habitualidade, integra o salário do empregado para todos
os efeitos. II – Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido
é também o adicional quanto às horas prorrogadas. Exegese do art. 73, § 5º, da CLT.
TST aplica nova redação da Súmula 291 para indenizar horas extras suprimidas
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho restabeleceu sentença que condenou
a Celesc Distribuição S/A a pagar indenização a um técnico industrial que teve horas extras
suprimidas depois de cinco anos prestando-as habitualmente. O julgamento foi proferido com
base na nova redação da Súmula n. 291 do TST, alterada pela Corte na semana passada. A
nova redação da Súmula prevê que a supressão total ou parcial, pelo empregador, do serviço
suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano, assegura ao empregado o
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direito à indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas (total ou par-
cialmente) para cada ano ou fração igual ou superior a seis meses de prestação de serviço
acima da jornada normal. Admitido como técnico industrial em outubro de 1976, o emprega-
do foi lotado no Departamento de Engenharia e Planejamento do Sistema Elétrico da Celesc.
Desde o início de 2002 passou realizar horas extras todos os meses, situação que persistiu até
outubro de 2007.
Para o cálculo dessas horas, a empresa utilizava o divisor 220, embora, de acordo com
preceito legal, devesse utilizar o divisor 200. Isso, porque a jornada de trabalho do técnico era
de oito horas diárias de segunda a sexta-feira. Dispensado do trabalho aos sábados, sua jor-
nada foi reduzida de 44 para 40 horas semanais – ou seja, a redução da carga semanal com
a supressão do trabalho aos sábados resultou na elevação do salário-hora, alterando, como
consequência, o divisor.
A partir de outubro de 2008, a Celesc adotou a jurisprudência pacificada nos Tribunais e
estabeleceu cláusula no acordo coletivo adotando o divisor 200 para o cálculo do valor hora
normal. Diante disso, o técnico pleiteou o pagamento das diferenças de horas extras e seus
reflexos de janeiro de 2002 a outubro de 2010. Seus pedidos foram deferidos pela 7ª Vara
do Trabalho de Florianópolis, que determinou à Celesc o pagamento das diferenças de ho-
ras extras do período imprescrito até outubro de 2010 e reflexos nas demais verbas. A Vara
determinou, ainda, o pagamento de indenização igual a duas vezes a média mensal de horas
suprimidas.
A Celesc requereu ao Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina (12ª Região) a re-
forma da sentença quanto à adoção do divisor 200. Alegou que a dispensa do trabalho aos
sábados foi “mera liberalidade” de sua parte. O Regional acolheu o recurso e excluiu da con-
denação a indenização referente à supressão das horas extras, por entender que a redução ou
minoração do trabalho extraordinário estaria “na esfera discricionária do empregador
Indicando contrariedade à Súmula n. 291, o técnico apelou ao TST. Ao analisar o recurso,
o ministro Guilherme Caputo Bastos, relator na Turma, observou que a nova jurisprudência da
Corte é a de que “a supressão, pelo empregador, das horas extras prestadas com habitualida-
de, por pelo menos um ano, assegura ao empregado direito à indenização calculada na Súmula
n. 291”. O ministro afirmou, também, que o fato de a Celesc integrar a administração pública
indireta não impede o pagamento da indenização, como alegava a empresa.
Processo: RR-594400-62.2009.5.12.0037
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A grande mudança nessa Súmula é que não é mais necessário que o empregado perma-
neça em casa para que se caracterize o sobreaviso, basta o “estado de disponibilidade”, em
regime de plantão, para que tenha direito ao benefício.
No entanto, o TST deixou claro que apenas o uso do celular, pager ou outro instrumento
tecnológico de comunicação fornecido pela empregador não garante ao empregado o recebi-
mento de horas extras nem caracteriza submissão ao regime de sobreaviso.
Uma vez caracterizado o sobreaviso, o trabalhador tem direito a remuneração de um terço
do salário-hora multiplicado pelo número de horas que permaneceu à disposição. Se for acio-
nado, recebe hora extra correspondente ao tempo efetivamente trabalhado.
Necessidade de revisão
De acordo com o presidente do TST, João Oreste Dalazen, a necessidade de revisão da
Súmula 428 surgiu com o advento das Leis 12.551/2011 e 12.619/2012, que estabeleceram a
possibilidade eficaz de supervisão da jornada de trabalho desenvolvida fora do estabelecimen-
to patronal, e dos avanços tecnológicos dos instrumentos telemáticos e informatizados.
A redação anterior da Súmula 428 estabelecia que o uso de aparelho de BIP, pager ou celu-
lar pelo empregado, por si só, não caracterizava o regime de sobreaviso, pois o empregado não
permanecia em sua residência aguardando, a qualquer momento, convocação para o serviço.
A nova redação incluiu mais um item na Súmula, justamente ampliando o conceito de estado
de disponibilidade.
Nova redação
A nova redação da Súmula 428 estabelece em seu item I que “o uso de instrumentos tele-
máticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza
regime de sobreaviso”. Esse item foi aprovado por unanimidade pelos ministros. Dessa forma,
fica claro que somente uso de celular não dá direito a receber horas extras, nem é regime de
sobreaviso.
Já o item II considera “em sobreaviso o empregado que, a distância e submetido a controle
patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão
ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período
de descanso.” A aprovação desse item foi por maioria, ficando vencida a ministra Maria de
Assis Calsing.
Reflexões
Os ministros refletiram acerca de diversos pontos antes de chegar a essa redação final. As
discussões trataram principalmente sobre as tarefas que se realizam a distância, de forma su-
bordinada e controlada; o uso de telefone celular ou equivalente poder representar sobreaviso,
quando atrelado a peculiaridades que revelem controle efetivo sobre o trabalhador, tais como
escalas de plantão ou “estado de disponibilidade”; e o uso dos meios de controle a distância
não precisar resultar em limitação da liberdade de locomoção do empregado.
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Decisões inovadoras
Decisões da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) e da Primeira Turma
motivaram as mudanças da Súmula 428. A SDI-1, em decisão cujo acórdão ainda não foi pu-
blicado, reconheceu a existência de sobreaviso pela reunião de dois fatores: o uso de telefone
celular mais a escala de atendimento aos plantões.
A Primeira Turma, por sua vez, em voto de relatoria do ministro Lelio Bentes Corrêa, con-
cluiu que o deferimento das horas de sobreaviso a quem se obriga a manter o telefone ligado
no período de repouso não contraria a Súmula 428.
Origem
O regime de sobreaviso foi estabelecido no artigo 244 da CLT, destinando-se aos trabalha-
dores ferroviários. Em seu parágrafo segundo, a lei considera de sobreaviso o empregado efe-
tivo que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o
serviço. Ali está definido que cada escala de sobreaviso será, no máximo, de 24 horas, sendo
as horas de sobreaviso, para todos os efeitos, contadas à razão de um terço do salário normal
por hora de sobreaviso.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melho-
ria de sua condição social:
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas neces-
sidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem
o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remunera-
ção variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da apo-
sentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcional-
mente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos ter-
mos da lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
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XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de reveza-
mento, salvo negociação coletiva;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento
à do normal;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da lei;
XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indeni-
zação a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI – proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII – proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os pro-
fissionais respectivos;
XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e
o trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX,
XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como
a sua integração à previdência social.
CLT
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou,
ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de
acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
§1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional à
sua jornada em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo integral.
§2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante
opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de nego-
ciação coletiva.
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Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclu-
sive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das
horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal,
sendo devido apenas o respectivo adicional.
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de
compensação de jornada e o banco de horas.
Art. 60. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros men-
cionados no capítulo “Da Segurança e da Medicina do Trabalho”, ou que neles venham a ser
incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só
poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de
higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e
à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de
autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento
para tal fim.
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de
trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.
Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limi-
te legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à
realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo
manifesto.
§ 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de conven-
ção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 2º Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste ar-
tigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal,
e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente
outro limite.
§ 3º Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de
força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho pode-
rá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de
dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas
diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação
à prévia autorização da autoridade competente.
Art. 62. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
I – os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário
de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e
no registro de empregados;
II – os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se
equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
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CLT – Teletrabalho
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Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remune-
ração do empregado.’
Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva,
quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho.
Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-
-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador.
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meios eletrônicos, instalados nos veículos, normatizados pelo Contran, até que o veículo seja
entregue à empresa.
§ 15 Os dados referidos no § 14 poderão ser enviados a distância, a critério do empregador,
facultando-se a anexação do documento original posteriormente.
§ 16 Aplicam-se as disposições deste artigo ao ajudante empregado nas operações em
que acompanhe o motorista.
§ 17 O disposto no caput deste artigo aplica-se também aos operadores de automotores
destinados a puxar ou a arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos de
construção ou pavimentação e aos operadores de tratores, colheitadeiras, autopropelidos e
demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a exe-
cutar trabalhos agrícolas.
Art. 235-D. Nas viagens de longa distância com duração superior a 7 (sete) dias, o repouso
semanal será de 24 (vinte e quatro) horas por semana ou fração trabalhada, sem prejuízo do
intervalo de repouso diário de 11 (onze) horas, totalizando 35 (trinta e cinco) horas, usufruído
no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou ao seu domicílio, salvo se a empresa ofere-
cer condições adequadas para o efetivo gozo do referido repouso.
§ 1º É permitido o fracionamento do repouso semanal em 2 (dois) períodos, sendo um des-
tes de, no mínimo, 30 (trinta) horas ininterruptas, a serem cumpridos na mesma semana e em
continuidade a um período de repouso diário, que deverão ser usufruídos no retorno da viagem.
§ 2º A cumulatividade de descansos semanais em viagens de longa distância de que trata
o caput fica limitada ao número de 3 (três) descansos consecutivos.
§ 3º O motorista empregado, em viagem de longa distância, que ficar com o veículo parado
após o cumprimento da jornada normal ou das horas extraordinárias fica dispensado do servi-
ço, exceto se for expressamente autorizada a sua permanência junto ao veículo pelo emprega-
dor, hipótese em que o tempo será considerado de espera.
§ 4º Não será considerado como jornada de trabalho, nem ensejará o pagamento de qual-
quer remuneração, o período em que o motorista empregado ou o ajudante ficarem esponta-
neamente no veículo usufruindo dos intervalos de repouso.
§ 5º Nos casos em que o empregador adotar 2 (dois) motoristas trabalhando no mesmo
veículo, o tempo de repouso poderá ser feito com o veículo em movimento, assegurado o re-
pouso mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo ou, se na
cabine leito, com o veículo estacionado, a cada 72 (setenta e duas) horas.
§ 6º Em situações excepcionais de inobservância justificada do limite de jornada de que
trata o art. 235-C, devidamente registradas, e desde que não se comprometa a segurança ro-
doviária, a duração da jornada de trabalho do motorista profissional empregado poderá ser
elevada pelo tempo necessário até o veículo chegar a um local seguro ou ao seu destino.
§ 7º Nos casos em que o motorista tenha que acompanhar o veículo transportado por
qualquer meio onde ele siga embarcado e em que o veículo disponha de cabine leito ou a
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