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Instituto Médio Técnico Profissional

Curso: Técnico de Medicina Geral

Disciplina: Ética e Deontologia Profissional

Turma: TMG 17

Tema: Direitos e Deveres dos Profissionais de Saúde

Formandos:

Amélia Maria Cancomba. Nº 06


Ana José Vianovai Gonçalves. Nº 07
Anita Augusto Epula. Nº 08
Ascote Taurai Moisés Hache. Nº 09
Atijuane Fomassane Mbaraca. Nº 10

Chimoio, Abril de 2023


Instituto Médio Técnico Profissional

Curso: Técnico de Medicina Geral

Disciplina: Ética e Deontologia Profissional

Turma: TMG 17

Tema: Direitos e Deveres dos Profissionais de Saúde

Trabalho de Pesquisa de caracter avaliativo a


ser entregue e apresentado no Instituto Médio
Técnico Profissional, como requisito parcial
do Curso de Técnico de Medicina Geral na
disciplina de Ética e Deontologia Profissional.

Docente:

drª. Inês

Chimoio, Abril de 2023


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Índice
1. Introdução...............................................................................................................................1

1.1. Objectivos............................................................................................................................2

1.1.1.Geral...................................................................................................................................2

1.1.2. Específicos........................................................................................................................2

2. Metodologia............................................................................................................................3

3. Direitos e deveres dos profissionais de saúde........................................................................4

3.1. Direitos.................................................................................................................................4

3.1.1. Direitos dos profissionais de saúde...................................................................................4

3.2. Deveres dos profissionais de saúde......................................................................................5

3.2.1. Código internacional de ética Médica...............................................................................5

3.2.2. Desafios existentes para o profissional de Saúde..............................................................7

4. Considerações finais...............................................................................................................8

5. Referências Bibliografias........................................................................................................9
1. Introdução

O Direito a Saúde está consagrado na Constituição da República e assenta num conjunto de


valores fundamentais como a dignidade humana, a equidade, a ética e a solidariedade. Na
realidade, quase a metade do Povo Moçambicano ainda não tem acesso aos cuidados de
saúde, portanto não existem as capacidades para que todos beneficiem do Direito à Saúde. O
aumento do pessoal (inclusive dos técnicos de medicina) e da rede de saúde é uma possível
resposta a esta situação.

No contexto, presente trabalho faz uma brve descrição dos direitos e deveres dos profissionais
de saúde em unidades sanitárias (centros de saúde) perante os paciente. Em Saúde são
estabelecidos direitos mais específicos. O conhecimento dos Direitos e Deveres dos
profissionais de saúde permita uma atitude desejado por dele assim como por parte dos
pacientes na gestão e a prestação dos serviços.

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1.1. Objectivos

1.1.1.Geral
 Conhecer os direitos e deveres dos utentes nas unidades sanitárias.

1.1.2. Específicos
 Identificar os direitos e deveres dos técnicos de medicina
 Idescrever os direitos e deveres dos profissão de saúde;
 Traduzir a prática profissional, respeitando os direitos e deveres dos profissão de saúde,
tendo sempre em conta as suas consequências a nível da comunidade.
2. Metodologia
O presente estudo deu-se início com a pesquisa no site da Biblioteca Virtual em Saúde sobre
os Descritores em Ciências da Saúde. Os meios utilizados para o levantamento da revisão de
literatura foram as bases de periódicos: SCIELO (Scientific Electronic Library Online),
Google Académico, Lilacs, Medline e Portal Capes de Periódicos que permitem acesso a
artigos publicados em periódicos indexados com rigor científico.

Segundo Vergara (2013), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já


elaborado em Moçambique referente ao tema, constituído, principalmente, de livros e artigos
científicos e é importante para o levantamento de informações básicas sobre os aspectos
directa e indirectamente ligados à nossa temática.
3. Direitos e deveres dos profissionais de saúde

3.1. Direitos
A palavra Direito, refere-se à faculdade que todos os indivíduos têm, de exigir um
determinado segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Saúde é «um estado de
completo bem-estar físico, mental e social, e não somente ausência de doença ou de
enfermidade».

A Saúde é um bem precioso que é necessário promover, preservar, manter e melhorar. O


Artigo 89 da Constituição da República consagra o direito dos cidadãos à Saúde, nos seguintes
termos: «Todos os cidadãos têm o direito à assistência médica e sanitária, nos termos da lei,
bem como o dever de promover e defender a saúde pública».

O direito à Saúde está também consagrado na Carta dos Direitos Humanos das Nações Unidas
que o nosso país subscreveu.

3.1.1. Direitos dos profissionais de saúde

Aos profissionais de saúde dos serviços públicos são reconhecidos os seguintes direitos:
 Garantia de continuidade de emprego em serviços públicos, desde que, terminada a fase
obrigatória de serviço tutelado, neles ingressem;

 Vinculação a determinados estabelecimentos, desde que admitidos para os respectivos


quadros permanentes, salvo por motivos disciplinares, de promoção ou a requerimento do
interessado;

 Remuneração correspondente às funções, que desempenham e ao regime de trabalho que


lhes for atribuído;

 Atribuição, nos termos previstos para a função pública, de subsídios de alimentação,


subsídios de férias e de Natal, transporte, ajudas de custo e diuturnidades;

 Segurança social, nos termos adiante fixados;

 Apoio das instituições competentes, segundo normas a estabelecer, para efeitos da


especialização e frequência de cursos de aperfeiçoamento, congressos, estágios e outras
actividades científicas tendentes à sua valorização profissional;

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 Condições de trabalho que garantam o respeito pela ética médica, nomeadamente no que
ao sigilo profissional se refere;

 Tratamento fiscal idêntico ao aplicável aos funcionários e agentes do estado em geral.

 Exercer a função para a qual foi nomeado.

 Beneficiar de acordo com as possibilidades, de condições adequadas de trabalho e de


protecção (no exercício da sua profissão deve assumir atitudes de precauções universais).
Exemplo, evitar contaminar-se ou contaminar o paciente.

 Ter um intervalo diário para alimentação e descanso.

 Ter o descanso semanal

 Gozar as licenças: anuais, casamento, bodas de prata e ouro, doença, lutam, e parto.

 Ser avaliado periodicamente pelo seu trabalho;

 Ser distinguido pelos bons serviços prestados, nomeadamente através da atribuição de


prémios, louvores e condecorações.

 Possuir cartão que o identifique como funcionário do estado.

 Gozar de assistência médica e medicamentosa para si e para a sua família, nos termos da
legislação aplicável.

 Ser aposentado e usufruir das pensões legais.

3.2. Deveres dos profissionais de saúde

Os deveres do profissional de saúde, foram actualizados em 1994 na Inglaterra, e cada país


adopta os deveres consoante a sua realidade.

3.2.1. Código internacional de ética Médica


(Adoptado pela 3ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, Londres - Inglaterra,
Outubro 1994 e revisto pela 22ª Assembleia Médica Mundial Sidney - Austrália, Agosto 1968
e pela 35ª Assembleia Médica Mundial Veneza - Itália, Outubro 1983), recomenda:
 Manter sempre o mais alto nível de conduta profissional;
 Não permitir que motivo de lucro influencie o livre e independente exercício de sua
capacidade profissional em benefício dos pacientes;
 Dedicar-se a proporcionar um serviço de saúde competente, com total independência
técnica e moral, com compaixão e respeito pela dignidade humana;
 Tratar com honestidade os pacientes e colegas, empenhar-se para expor aqueles
profissionais com lacunas em carácter ou competência, ou comprometidos em fraude ou
enganos;
 Respeitar os direitos dos pacientes, dos colegas, e de outros profissionais da saúde, e
proteger as confidências dos pacientes;
 Certificar somente o que ele verificar pessoalmente;
 Sempre ter presente a obrigação da preservação da vida humana;

 Deve ao paciente lealdade e empregar todos os recursos da ciência a seu favor. Quando
um exame ou tratamento estiver além de sua capacidade, deverá convidar outro
profissional que tenha a necessária habilidade;

 Manter absoluta confidencialidade de todo seu conhecimento sobre o paciente, mesmo


após a morte do paciente;

 Prestar cuidados de emergência como dever humanitário, a menos que esteja seguro de
que outros estão dispostos e habilitados para oferecer tais cuidados;

 Comportar-se com seus colegas como desejaria que se comportassem com ele;

 Observar os horários estabelecidos para o regime de trabalho a que se encontrem sujeitos;

 Cumprir o destacamento de um local de trabalho para outro, quando determinado nos


termos das leis vigentes;

 Cuidar da sua actualização profissional;

 Contribuir com a criação e manutenção de boas condições técnicas e humanas de trabalho,


para a eficácia dos serviços prestados e para o prestígio da Unidade de Saúde a que
pertençam;

 Prestar à administração dos serviços e estabelecimentos toda a colaboração que lhes seja
solicitada em matéria de serviço;

 Participar em comissões, grupos de trabalho e outros órgãos não institucionalizados,


destinados a estudar problemas ou a executar decisões no âmbito da organização e
funcionamento dos serviços de saúde;
 Assumir um comportamento disciplinado nas relações de trabalho. (O técnico trabalha em
equipe, e deve procurar manter um clima de trabalho saudável. Ser ponderado, calma,
saber ouvir);

 Apresentar-se com pontualidade, correcção e aprumo em todos os locais onde deva


comparecer por motivo de serviço; deve manter-se limpo;

 Não se ausentar sem autorização superior para o estrangeiro ou fora de província.

As seguintes práticas são consideradas condutas não éticas:


 A propaganda de sua pessoa, excepto as permitidas pelas leis do país e do Código de
Ética;
 Pagamento ou recebimento de qualquer comissão ou qualquer outra recompensa
exclusivamente para obter o encaminhamento de paciente, ou por prescrever ou
direccionar o paciente para qualquer tipo de estabelecimento;
 Não agir com muita cautela na divulgação de descobertas ou novas técnicas, ou
tratamentos através de canais não profissionais.

3.2.2. Desafios existentes para o profissional de Saúde


Os desafios encontrados para implementação dos direitos dos pacientes são:
 Falta de recursos para a sua implementação;
 Ameaça ao público;
 Estigma;
 Segregações religiosas;
 Sensibilidade ao género;
 Rancores pessoais;
 Lacunas políticas;
 Favoritismos;
 Corrupção;
 Uso pretensioso da lei.
4. Considerações finais

Feito o trabalho, entendeu-se que é qualquer profissional de saúde dos serviços de saúde,
independentemente do seu estado físico, económico ou emocional, tem a obrigação de zelar
pelo bem-estar do doente e da instituição para quem trabalha. Os direitos dos trabalhadores de
saúde incluem, o direito à continuidade nos serviços públicos após os anos de prática
tutelada, promoções, remuneração correspondente, subsídios, segurança social, e defesa em
caso de processos disciplinares.

No que tangem os deveres, estes devem zelar pelos serviços de saúde, manter sempre um alto
nível de conduta, e não abandonar o doente na ausência de pagamentos, respeitar o doente e
seus familiares, adoptando um atitude empática, cuidar da sua actualização profissional.
5. Referências Bibliografias
Beauchamp TL, Childress J. Princípios da ética biomédica (Principles of biomedical ethics).
5o edição. New York: Oxford University Press; 2001.

Burkhardt MA., Nathaniel, AK. Ética e questões contemporâneas em Enfermagem. 3o edição.


New York: Thomson; 2007.

Fórum de Ética. Disponível em: http://www.eticus.com/documentacao.php?tema=2&doc=33.

Furrow D. Ética: Principais conceitos em filosofia (Ethics: Key concepts in philosophy). New
York: Continuum; 2005.
Governo de Moçambique. Estatuto dos funcionários do estado. Maputo: 2008.

http://www.misau.gov.mz/pt/misau/drh_direccao_de_recursos_humanos/
carta_dos_direitos_e_deveres_dos_utentes

Mellish JM, Paton F. Introdução à ética de enfermagem (An Introduction to the Ethics of
Nursing). Capetown: Heinemenn; 1999.

MISAU. Carta dos direitos e deveres dos utentes. Agosto 2010. Disponível em

Ordem das enfermeiras, código deontológico do enfermeiro.

Tudo Direito. Disponível em: http://tudodireito.wordpress.com/o-que-e-direito/.

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