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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR ISO 16354 Primeira edigo 30.05.2018 Diretrizes para as bibliotecas de conhecimento e bibliotecas de objetos Guidelines for knowledge libraries and object libraries ICS 91.010.01 [ASSOCIACAO BRASILEIRA DENORMAS TECNICAS ISBN 978-85-07-07535-6 Namero de referéncia ABNT NBR ISO 16354:2018 88 paginas © ISO 2013 - @ABNT 2018 ABNT NBR ISO 16354:2018 180 2013 Todos 0s direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicago pode ser reproduzida ou utlizada por qualquer meio, eletronico ou mecanico, incluindo fotocépia e microfilme, sem permissdo por ‘escrito da ABNT, Unico representante da ISO no territério brasileiro. @ABNT 2018 ‘Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagao pode ser reproduzida ou utlizada por qualquer meio, eletrénico ou mecanico, incluindo fotocépia e microfilme, sem permisso por escrito da ABNT. ABNT ‘Av.Treze de Maio, 13 - 28° andar 20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Tel: + 55 21 3974-2300 Fax: +55 21 3974-2346 abnt@abnt.org.br wwewabnt org br ii @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Sumario Pagina Prefacio Nacional Introdugao 4 2 3 3.4 3.2 4 5 54 5.2 5.3 54 5.5 5.5.1 64 6.2 6.2.1 6.2.2 6.2.3 6.2.4 6.25 63 6.3.1 6.3.2 6.3.3 6.3.4 6.3.5 6.3.6 6.3.7 7A 72 73 74 75 7.6 1 78 Escopo Referéncias normativas.. Termos e definigée: Termos e defi Termos e defini¢des para es Simbolos e abreviagées Objetivos Introdugao.. Escopo, condigées e usudrios-alvo Definigao do problema. Objetivo desta Norma... Diretrizes como instrumento. Possiveis equivocos Tipos de bibliotecas de conhecimento .. Introdugao.. Definigées e tipos de bibliotecas de conhecimento Catélogos de produtos Bibliotecas de requisitos de dados do produto Bibliotecas de projetos... Dicionérios inteligentes.. Sistemas de classificacdo Valor agregado das bibliotecas de conhecimento. Introdugdo.. Integrago em uma coluna comercial Harmonizagao entre disciplinas e parte: Harmonizagao no tempo - Integracao da vida util Integracao de aplicativos .. Reutilizago do conhecimento. Apoio a inovagao. Estrutura funcional para bi Introdugao.. Unidade funcional: vocabulario ou lista de termos Unidade funcional: Diciondrio Unidade funcional: Taxonomi Unidade funcional: Modelos de Aspecto Unidade funcional: Modelos de Composi¢ao.. Unidade funcional: Colegée: Relagées entre unidades funcionais Diretrizes para as unidades funcionais.. iotecas de conhecimento © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: iii ABNT NBR ISO 16354:2018 Diretrizes para Vocabularios ou Lista de Termos .. Introdugao.. Diretriz para termos .. Diretriz para termo singular .. Diretriz para caracteres de termos Diretrizes para formatagao de termos.. Diretrizes para identificagao unica Diretrizes para Dicionarios. Introdugao.. Diretriz para uso de termos descr Diretriz para definicao léxica. Diretrizes para Taxonor Introdugao.. Diretriz para flexibilidade de composigao (cardinalidades).. Diretriz para heranga por meio de especializacéo Diretriz para um discriminador Gnico para especializagao de objeto fisico Diretriz para discriminar a descricao da especializagao. Diretriz para nao sobreposigdo de subtipos de um conceito.. Diretriz para a consisténcia de discriminagao e aspectos. Diretriz para definicdo dos papéis dos objetos fisicos . Diretriz para a definicao de aspectos intrinsecos.. Diretriz para nomes de aspectos Diretriz para o topo da hierarquia de especializagao . Diretrizes para os Modelos de Aspecto . Introdugao.. Diretriz para escalas de aspectos.. Diretrizes para Modelos de Composigao Introdugao.. Diretriz para escalas de aspectos.. Diretriz para flexibilidade da composigao do objeto fi cardinalidade) Diretriz para mltiplos “todos” para um objeto fisico “parte” Diretriz para composigao versus especializagao de objeto fisico Diretrizes para colegées.. Introdugao.. Diretriz para a adesao as colecées. Diretrizes para unidades funcionais cruzadas Introdugao.. Diretriz para relagées de denominagao . Diretriz para sinénimos Diretriz para homénimos Diretriz para classificagao de coisas individuai: Diretriz para miltiplas especificagées de objetos fisicos.. ico (diretriz de @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Anexo A (informative) Selos de qualidade. AA Geral A141 Introdugao. A1.2 _ Niveis de conformidade. A2 Qualificacao de componentes para um selo de qualidade .. A241 Introducao. A22 Papéis das partes interessada A2.2.1 Proprietario/gestor da biblioteca de conhecimento A222 Proprietario do software do sistema de biblioteca de conhecimento 2.3. Organismo de inspegao.. A24 _ Laboratério de ensaios.. A.25 — Avaliacdo das bibliotecas de conhecimento e instrugées de conversao. A.26 —_ Verificagdo do modelo de informacao e software. A3 Ensaios de software. AS Ensaio do modelo de informagio.. Anexo B (normativo) Modelo de referénci BA Modelo de referéncia B.1.1 Introdugao.. B.1.2 Notas explicativas as figura: Anexo C (informativo) Diretrizes em analise C4 Introdugao.. C2 Definigées .. C.2.1 Definigdes de conceitos €.2.2 — Definigdes e tipos de relaca c3 Unidade Funcional: Dicionario €.314 — Diretriz para linguagem natural .. C4 Unidade Funcional: Taxonomia .. 4.1 Diretriz para nomes de aspectos intrinsecos.. C.4.2 _Diretriz para denominagao de objetos €.4.3 __Diretriz para categorizagao de aspectos discriminantes . c.5 Unidade Funcional: Modelos de Aspecto.. C6 Unidade Funcional: Modelos de Composigao. C.6.1 Tipos de Relagao Aplicaveis C.6.2 _ Diretriz para objetos fisicos como aspectos 6.3 _Diretriz para uniformidade de objetos fisicos C7 Unidade Funcional: Unidades Funcionais Cruzada: €.7.1__Diretriz para tipos adicionais de objetos C.7.2 Diretriz para referéncias a normas... Anexo D (informative) indice Remissivo. Bibliografia.. © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: v ABNT NBR ISO 16354:2018 Figuras Figura 1 — Integragao de bibliotecas por meio de uma biblioteca de integragao Figura 2 — Vinculando bibliotecas de conhecimento por meio de links 1:1.. Figura 3 — Relagao entre bibliotecas de conhecimento e unidades funcionai Figura 4 — llustragao de duas bibliotecas de conhecimento em conformidade com esta Norma Figura 5 — Exemplo de um modelo de conhecimento sobre uma estrada. Figura 6 — Relagao entre uma biblioteca de requisitos de dados relacionados com uma disciplina e 0 catélogo de produtos correspondente. 34 Figura 7 — Relagao entre bi Figura 8 — Harmonizagao entre as diferentes partes — Integracao da cadeia de fornecimento Figura 9 — Dicionai teligente.. Figura 10 - Unidade funcional: Vocabulario. Figura 11 — Unidade funcional: Dicionario.. Figura 12 - Unidade functional: Taxonomia .. Figura 13 — Unidade funcional: Modelos de aspecto. Figura 14 — Unidade funcional: Modelos de composi¢ao Figura 15 — Unidade funcional: Colegées Figura 16 - Mapeando uma biblioteca de requisitos de dados para a estrutura Figura A.1 - Sistema de biblioteca de conhecimento. Figura B.1 — Modelo de referéncia da hierarquia de objeto Figura B.2 - Modelo de referéncia da hierarquia das relacées. Figura B.3 - Taxonomia das relagées de especializacéo Tabelas Tabela A.1 — Diretrizes, conceitos e tipos de relagao e seus niveis de conformidade. Tabela B.1 — Tipos de objeto aplicaveis por unidade funcional .. Tabela B.2 - Tabela resumo, incluindo os IDs dos fatos de referéncia a partir das figuras. vi @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Prefacio Nacional ‘A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizacao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNTICEE), so elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalizacao. Os Documentos Técnicos Internacionais sao adotados conforme as regras da ABNT Diretiva 3. A ABNT chama a atengao para que, apesar de ter sido solicitada manifestagéo sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados A ABNT a qualquer momento (Lei n® 9.279, de 14 de maio de 1996). Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citagéo em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, 0s érgaos responsaveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para exigéncia dos requisitos desta Norma A ABNT NBR ISO 16354 foi elaborada pela Comissao de Estudo Especial de Modelagem de Informagao da Construgao (ABNT/CEE-134). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 04, de 13.04.2018 a 14.05.2018. Esta Norma é uma adogao idéntica, em contetido técnico, estrutura e redagdo, 4 ISO 16354:2013, que foi elaborada pelo Technical Committee Buildings and civil engineering works (ISO/TC 58), Subcommittee Organization of information about construction works (SC 13), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005. © Escopo em inglés desta Norma Brasileira é 0 seguinte: Scope The aim of this Standard is to distinguish categories of knowledge libraries and to lay the foundation for uniform structures and content of such knowledge libraries and for commonality in their usage. By drawing up a number of guidelines, a guiding principle is provided for new libraries as well as for upgrading existing libraries. Without these guidelines there is an undesirable amount of freedom, so that the various libraries may become too heterogeneous. This would render the comparison, linking and integrated usage of these libraries very complex, if not impossible. — The objective of the standard is to categorize knowledge libraries and object libraries and to provide recommendations for the creation of such libraries. Libraries that are compliant with the guidelines of this standard may be more easily linked to, or integrated with other libraries. — The target audience of the standard consists of developers of knowledge libraries, builders of translation software or interfaces between knowledge libraries, certifying bodies and builders of applications who must base their work on the knowledge libraries laid down. © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: vii ABNT NBR ISO 16354:2018 Introdugao ‘A Comissao de Estudo Especial de Modelagem da Informagao da Construgdo (ABNT/CEE-134) esclarece que adotou esta Norma, porém é importante informar que esta Norma é aplicada aos programadores de softwares e nao aos engenheiros, arquitetos e profissionais da industria da cons- truco civil, isto é, grupo dos principais usuarios dos contetidos publicados pela ABNT/CEE-134 Devido a alta complexidade dos contetidos desta Norma, ela atende a grandes empresas e grandes corporagées. As bibliotecas de conhecimento sao bases de dados que contém a informagao modelada sobre tipos de coisas. As bibliotecas de conhecimento destinam-se a apoiar os processos de negécios relativos a qualquer tipo de produtos durante a sua vida util, por exemplo, para apoiar o seu projeto, aquisicao, cons- trugdo, operacao ou manutengao. Ha uma crescente conscientizacao sobre o elevado valor potencial das bibliotecas de conhecimento e sobre as desvantagens das inconsisténcias e a falta de interopera- bilidade entre diferentes bibliotecas de conhecimento. Esta Norma baseia-se nas "Diretrizes para bibliotecas de conhecimento e bibliotecas de objetos”, estabelecidas no Acordo Técnico dos Paises Baixos (NAT 8611:2008 — Guidelines for Knowledge Libraries and Object Libraries, Version 3.0) As bibliotecas de conhecimento existem ou estéo em fase de desenvolvimento, tanto em nivel nacional como internacional. Destacam-se a Gellish English Dictionary-Taxonomy (anteriormente denominado STEPIib), UNETO-VNI ETIM system, LexiCon, e 0 GWW Objectenbibliotheek (Biblioteca de Engenharia Civil) e 0 FD — International Framework for Dictionaries desenvolvido pelo consércio Building Smart. As iniciativas internacionais incluem as IEC 61360, ISO 13584, ISO/TS 15926-4 e ISO 12006-3. Historicamente, a maioria das bibliotecas teve a sua propria estrutura e metodologia para a definigéo dos seus objetos utilizando suas proprias convengdes de nomenclatura. Por exemplo, a estrutura de classes estabelecida na ISO 13584-42 difere notavelmente das classes de componentes definidas na UNETO-VNI (8* edigao) ou no LexiCon, baseado na ISO 12006-3. Na maioria dos casos a definigéo intrinseca aos objetos também é diferente. Os principais desenvolvimentos em Tecnologia da Informagéo e Comunicagéo (TIC), no que diz respeito a Internet e a tecnologia XML, tém aumentado a possibilidade de uniformizagao. A partir de um ponto de vista técnico, a troca de dados tornou-se muito mais facil, o que aumentou a necessidade de suporte a troca de dados dentro da industria. As organizagdes que vém langando novas iniciativas para criagao de bibliotecas de conhecimento também podem se beneficiar do aumento da uniformidade. Podem ocorrer perguntas como: “Quais bibliotecas existentes devem ser utilizadas?"; “Essas bibliotecas terao suporte adequado?", “Elas atendem as minhas necessidades de informagao?"; e “Existe suporte internacional para essas bibliotecas?” viii @ 180 2013 - @ ABNT 2018 - Todos 0s direitos reservados NORMA BRASILEIRA ABNT NBR ISO 16354:2018 Diretrizes para as bibliotecas de conhecimento e bibliotecas de objetos 4 Escopo O objetivo desta Norma é distinguir as categorias de bibliotecas de conhecimento e estabelecer as bases para estruturas uniformes e contetido destas bibliotecas assim como a uniformizagdo de seu uso. Mediante o estabelecimento de uma série de critérios, s4o fornecidas as diretrizes para novas bibliotecas bem como para a atualizagao de bibliotecas existentes. Sem estas diretrizes ha uma liberdade indesejavel e, deste modo, as diversas bibliotecas podem se tornar muito heterogéneas. Isso tornaria a comparacdo, a vinculagdo e o uso integrado dessas bibliotecas muito complexos, ou mesmo impossiveis. — O objetivo desta Norma é categorizar as bibliotecas de conhecimento e as bibliotecas de objetos, e fornecer recomendagées para a criacao destas bibliotecas. As bibliotecas que estéo em conformidade com as diretrizes desta Norma podem ser mais facilmente vinculadas ou integradas a outras bibliotecas. — 0 piiblico-alvo desta Norma é composto por desenvolvedores de bibliotecas de conhecimento, programadores de software de tradugao ou interfaces entre bibliotecas de conhecimento, organismos de certificagéo e desenvolvedores de aplicativos que devem basear seu trabalho nas bibliotecas de conhecimento estabelecidas. NOTA1 As bibliotecas de conhecimento sao bancos de dados ou arquivos que contém conhecimento modelado sobre tipos de coisas. Elas destinam-se a apoiar os processos de negécios relativos a qualquer tipo de produtos durante a sua vida util, por exemplo, para apoiar o seu projeto, aquisigdes, construgao, operacao ou manutengao. Existe uma crescente conscientizagéo sobre 0 elevado valor potencial das bibliotecas de conhecimento e sobre as desvantagens das inconsisténcias e da falta de interoperabilidade entre diferentes bibliotecas de conhecimento. NOTA2 Esta Norma nao visa padronizar a terminologia, mas sim harmonizar e padronizar conceitos Assim, a utilizagdo de termos e frases sinénimas e de tradugdes ao pé da letra s4o permitidos ou mesmo recomendados, desde que termos alternativos denotem os mesmos conceitos e fagam referéncia aos termos sinénimos correspondentes desta Norma, 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir s4o indispensaveis a aplicagao deste documento. Para refe- réncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido documento (incluindo emendas). Nenhuma. 3 Termos e definigé6es 3.1 Termos e definigées para conceitos Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definigdes de conceitos a seguir. NOTA As diretrizes desta Norma s&o expressas por meio de dois tipos de blocos construtivos: conceitos e tipos de relacionamento (que S40 um tipo especial de conceito). Nesta se¢do, sdo definidos esses blocos © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 1 ABNT NBR ISO 16354:2018 construtivos. O método de descri¢ao dos blocos construtivos tem grande semelhanca com o método de descrigao utiizado em outras normas ISO, por exemplo, a série ISO 10303 Para cada conceito & associado um ntimero, um termo (que pode ser um termo de miltiplas palavras ou frase) e uma definicéo, geralmente seguida de uma explicagao em uma Nota com um ou mais exemplos. Cada termo denota um conceito em inglés no contexto (comunidade linguistica) desta Norma. 3.4.4 biblioteca de conhecimento colegéo de modelos de informagao que expressam 0 conhecimento (podendo também incluir 0s modelos de definicéo e modelos de requisitos) sobre tipos de coisas (conceitos) ¢ que s4o arma- zenados e recuperados como informagao eletronica NOTA Uma biblioteca de conhecimento pode conter conhecimentos sobre objetos fisicos bem como sobre objetos nao fisicos como ocorréncias, atividades, processos e eventos ou sobre as propriedades, relacionamentos, escalas (unidades de medida), objetos mateméticos, etc. Convém que cada modelo de informagao em uma biblioteca de conhecimento seja recuperavel como um modelo separado, embora os conteiidos dos diversos modelos possam se sobrepor. Nao é necessério que modelo de informagao tenha um identificador Gnico isolado, j4 que um modelo pode também ser recuperado com base em uma consulta. Uma biblioteca de objetos (no contexto desta Norma) é um tipo especial de biblioteca de conhecimento, visto que é uma colegao de modelos de conhecimento (possivelmente incluindo definicées e requisitos) sobre tipos de objetos fisicos. 3.1.2 modelo de conhecimento modelo de informagao que expressa conhecimento em uma estrutura interpretavel por computador NOTA1 Um modelo de conhecimento consiste em uma série de expressées de fatos sobre um conceito, cada uma das quais expressando algo que pode ser 0 caso. Convém que essas expressdes estejamr em conformidade com as diretrizes desta Norma. Um modelo de requisitos é um subtipo de um modelo de ‘conhecimento. Ele expressa 0 que pode ser 0 caso em um contexto particular. NOTA2 Os modelos de conhecimento normalmente definem outros subtipos dos conceitos que, por sua vez, esto definidos nesta Norma Os modelos de informagéo s&o expressées de significado em um idioma formal que é interpretavel por ‘computador. 3.1.3 fato estado de ser o caso NOTA Um ato pode ser representado por um identificador de fato (ver 0 conceito de “identificador tinico”) ‘Algo que é 0 caso pode ser definido por uma expresso. Esta expresso pode consistir em uma relagao entre representantes de coisas relacionadas, enquanto que, tipicamente, essa relagdo é classificada por um tipo de relagao. Um fato pode ser declarado, negado ou questionado ou ainda confirmado na expressao. 3.1.4 definigao representagao de um conceito por uma declaragao descritiva que serve para diferencid-lo de con- ceitos relacionados [ISO 1087-1:2000} NOTA — Uma definigao pode ser expressa como um texto em linguagem natural (uma definigao textual) ‘ou como um modelo de definigéio. Uma definigéo textual pode atender a(s) diretriz(es) aplicavel(is) desta 2 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Norma. Uma definigéo expressa 0 que &, por definigdo, 0 caso para todas as coisas do tipo definido e, se essa restrigao expressa no for 0 caso de uma coisa, entdo essa coisa nao € uma coisa do tipo definido. Um modelo de definigao é um subtipo de um modelo de conhecimento composto por uma série de expressées de fatos sobre o conceito definido. Estas expressées podem atender as diretrizes desta Norma. 34.5 conceito (1) unidade de conhecimentos criada por uma combinagao Unica de aspectos e/ou componentes [adaptado da ISO 1087-1:2000] (2) semelhanga entre coisas individuais que ¢ definida por uma ou mais restrigdes que descrevem os limites para a inclusdo de coisas individuais de acordo com o conceito NOTA — Um conceito é uma ideia humana utilizada para categorizar fenémenos e alocar conhecimentos comuns sobre esses fenémenos. Todos os conceitos em uma biblioteca de conhecimento sao especializagdes (subtipos) de conceito, Um conceito pode ser definido ou descrito, ou ainda pode ser usado para definir ou descrever outros conceitos As duas definigbes anteriores referem-se ao mesmo conceito a partir de diferentes perspectivas. Esta Norma faz uma distingao entre um conceito (ele proprio) e 0 modelo de definigao (modelo de conhecimento) que define 0 conceito, Portanto, convém que o termo “unidade de conhecimento” seja interpretado como 0 conceito em si. Nesta Norma, as caracteristicas so aspectos que se distinguem dos componentes. EXEMPLO —_Conceitos comnomes como estrada, construgao, bicicleta, reparo, comprimento, organizagao, centimetro. 3.1.6 objeto fisico coisa individual que tem uma natureza fisica com uma vida util limitada; pode ser materializado (e entéo pode ser observavel e palpavel) ou pode ser imaginado (considerando-se aspectos, como se fossem observaveis) NOTA — Objeto fisico (ou seja, 0 conceito de “objeto fisico”) ¢ um tipo de objeto de niicleo (ou tipo de objeto) com 0 qual esta Norma esta relacionada (ver 5.2). Por esse motivo, as diretrizes incluidas nesta Norma preocupam-se especialmente com as bibliotecas de conhecimento orientadas para a desorigao das matérias fisicas. Um objeto fisico pode distinguir-se do material que especifica a caracteristica do material de construgao de um objeto fisico, tal como 0 ago. Os objetos fisicos podem ser sélidos, liquidos ou gasosos, mas também eletrénicos ou eletromagnéticos, como software ou radiacao. EXEMPLO —_Os subtipos de objeto fisico séo conceitos, como os que possuem os seguintes nomes ponte, interruptor, ventilador, bomba, cadeira, navio, avidéo, porca e parafuso, bem como liquido fluente, software de aplicagao, arquivo de dados, documento e facho de luz. Exemplos de objetos fisicos individuais so: a Torre Eiffel, Paris, V-6060 (um vaso real de pressao, em particular), D-101 (uma cépia especifica de um documento). 34.7 organizagao entidade social que é um objeto fisico constituido por pessoas em uma estrutura que é controlada para atingir algum propésito NOTA As pessoas podem ser definidas como objetos fisicos vivos, embora isso nao exclua a possibilidade de que elas possuam caracteristicas néo fisicas. Uma organizacdo, definida como um arranjo de pessoas, © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 3 ABNT NBR ISO 16354:2018 também é definida como um subtipo de objeto fisico, de modo que todas as diretrizes para objetos fisicos ‘840 igualmente aplicaveis para organizagbes. Uma organizag&o pode possuir ou utilizar materiais, como equipamentos, maquinas e edificios. Os materiais possuldos por uma organizagdo S40 de propriedade desta organizagao, mas nao definidos como partes da desta. EXEMPLO __Subtipos de objeto fisico so tipos de organizagées como: departamento, equipe de projeto, ‘empreiteiro. Exemplos de organizacées individuais que sao classificados de acordo com este tipo sao: as Nagdes Unidas, a Microsoft, o departamento X. 3.1.8 ocorréncia estado que é dinamico e & uma interagao ao longo do tempo entre as coisas envolvidas, cada uma com 0 seu proprio papel NOTA Também pode ser chamada de “acontecimento”. Uma ocorréncia pode ser uma atividade realizada por uma pessoa, um processo ou um evento. O essencial é que uma ocorréncia precisa de tempo. Os objetos envolvidos estao em condigdes iniciais (estado) no principio da ocorréncia e estéo em condigées finais (estado) no término da ocorréncia. As condigdes de inicio e de fim podem ser as mesmas, mas geralmente sao diferentes. Uma ocorréncia também pode ser chamada de transig&o de estado. Em geral, um evento tem uma duragao muito curta, Para alguns processos, parece que nada acontece, além da sua escala atémica. EXEMPLO _Subtipos de ocorréncia so: inspe¢ao, bombeamento, fluxo, fabricagéo, medica, manutengao, controle, projeto, terremoto etc, 319 termo (1) designagao verbal de um conceito ou coisa individual em um campo de assunto especifico [adaptado da ISO 1087-1:2000] (2) papel de uma sequéncia fisica de caracteres ou sons podendo incluir, respectivamente espagos pausas, que é usado para designar um conceito (por exemplo, um tipo de objeto fisico ou aspecto) ou para designar uma coisa individual em um determinado idioma (sistema de codificacao) e comunidade linguistica, NOTA1 Um som de fala ou uma cadeia de caracteres escritos é um objeto fisico enunciado, escrito ‘ou impresso que é usado em um determinado contexto (comunidade linguistica) como uma designacao lingufstica de um conceito ou de uma coisa individual. Nesta Norma, assume-se que este conceito, oul coisa individual seja representado por um identificador Gnico. Um termo geralmente é composto por uma sequéncia especifica de caracteres ou sons, uma ou mais palavras, abreviaturas ou simbolos, possivelmente separadas or espagos ou pausas. Um nome é um termo que nao é um cédigo nem tampouco um simbolo ou abreviatura” . Um nome é 0 papel de uma sequéncia de caracteres em uma relagao de denominagao que denota a forma como algo é chamado ‘em um determinado idioma e comunidade linguistica NOTA2 Uma cadeia de caracteres é um objeto fisico; é uma sequéncia de caracteres em um formato padronizado, normalmente impresso em papel Um termo nao denota necessariamente um determinado conceito de maneira exclusiva, portanto, os hom6- nimos n&o estao excluidos. Um termo indica apenas um conceito especifico em um idioma e comunidade linguistica, As duas definig6es anteriores sao expressées correspondentes ao mesmo conceito. 4 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 EXEMPLO __Termos como estrada, sala, bicicleta, comprimento, prego, bomba centrifuga, inspegdo quilograma so usados em Inglés para se referir a conceitos, e termos como a Torre Eiffel e Nova lorque sao utiizados para se referir a coisas individuais. sistema de codificagao de palavras e sentencas (expressées ¢ frases) faladas e/ou escritas que é usado para a comunicagao entre pessoas ou sistemas NOTA —_ Existem idiomas (ou linguagens) naturais e artificiais. A linguagem natural pode ser uma linguagem formal (desde que explicitamente definida e interpretavel por computador). EXEMPLO __ Inglés, Alemao e Mandarim sao exemplos de linguagens naturais. Gellish Formal English 6 um exemplo de uma linguagem artificial formal, embora seu vocabulrio consista de termos normais em Inglés 3.1.11 comunidade linguistica comunidade que compartilha terminologia (termos, nomes, abreviaturas e cédigos) para se referir a conceitos e coisas individuais de maneira inequivoca NOTA — Uma comunidade linguistica, também chamada de uma comunidade de discurso, nao utiliza homé- nimos no seu vocabulario compartithado, mas pode incluir sinénimos. Termos de diferentes comunidades linguisticas podem incluir homénimos. EXEMPLO Engenharia civil, financas e engenharia de controle so exemplos de comunidades linguisticas, 34.12 identificador unico unique identifier UID papel de uma sequéncia de caracteres quando usada como referéncia nao ambigua a um conceito ou uma coisa individual (como por exemplo, um objeto fisico, um aspecto, um fato ou um tipo de relacao) € que é tinico dentro de um determinado contexto comum, preferivelmente em um contexto universal NOTA A fungao de um identificador tnico é ser, independentemente da linguagem, uma referéncia tinica para um conceito, relagao ou coisa individual. Os intervalos ou as conveng6es para identificadores tinicos podem ser acordados entre as partes, a fim de evitar a sobreposi¢ao com outras partes quando se pretende realizar a troca ou integragao de dados. Um UID para um conceito difere dos UID para quantidades especificas de informagao sobre esse conceito. Um UID para um conceito refere-se ao proprio conceito, Assim, um UID para uma bomba é diferente de um UID para a informagao (colegao de fatos) que é expressa por uma entidade com seus atributos em um banco de dados. Um UID para um fato (uma relagao) é independente da expresso (a maneira como 0 fato € expresso). ‘A expressao inversa de uma relagéo denota o mesmo fato (e, portanto, deve ser indicada pelo mesmo UID). EXEMPLO 0 UID 130206 em Gellish Formal English remete para o conceito de "bomba’, O UID 570039 refere-se ao conceito “kg” no mesmo contexto. Nesta linguagem formal, os UID ou intervalos para identif- cadores tinicos s8o emitidos sob pedido para coisas individuais, bem como para extensées proprietarias dos conceitos que esto definides no idioma Os sistemas IFC, IFD e outros utilizam um algoritmo para gerar identificadores tinicos globais (Globally Unique Identifiers - GUID). O algoritmo garante a unicidade do UID, independentemente do aplicativo pelo qual ele é gerado. No entanto, todos os sistemas podem gerar 0 seu préprio GUID para o mesmo conceito. © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 5 ABNT NBR ISO 16354:2018 3.1.13 aspecto conceito pelo qual a existéncia e a aparéncia de um coisa é experimentada e que pode nao existir sem a existéncia do seu proprietario e que é ou uma faceta intrinseca e inseparavel do seu proprie- tario ou de um papel desempenhado pelo mesmo NOTA —_ Osaspectos 40 fendmenos por meio dos quais as pessoas experimentam a existéncia, a aparéncia ou 0 valor das coisas. Os subtipos de aspectos sao: caracteristica, com subtipos adicionais: propriedade fisica e qualidade, como material de construgdo (stuff), mas também valor econdmico, risco ou importancia social. AS propriedades fisicas sao quantificaveis, enquanto as qualitativas nao sao quantificaveis, Anatureza desse fenémeno € denominada aspecto conceitual. Sua extensao, intensidade ou tamanho é denominado aspecto qualitativo, também chamado de valor de aspecto ou valor da propriedade. © conceito de “papel” é um subtipo de aspecto extrinseco. EXEMPLO Os subtipos de aspecto so: tipos de propriedades fisicas, tais como a forma do conceito, ‘comprimento e cor, e tipos de qualidades (que normalmente no so quantificados), como inflamabilidade corrosividade. Esses tipos so chamados aspectos conceituais. Os valores genéricos para esses aspectos conceituais s4o denominados aspectos qualitativos. Exemplos disso so: “forma cilindrica’, “ago inoxidavel", ‘©. comprimento “3 m’, a cor “vermelha" e as qualidades “inflamavel" e “corrosive”, Numeros ¢ intervalos como 0, 1, 1,5, 1/8, "3 a5" e "> 10° so aspectos qualitativos, 3.4.14 escala tipo de relagao utilizada para classificar as relagdes entre propriedades fisicas ¢ numeros, indicando assim um método para quantificar tamanhos ou extensdes de aspectos por valores ou intervalos matematicos NOTA1 Uma escala € destinada a fornecer um mecanismo para relacionar aspectos quantitativos (propriedades fisicas) com niimeros ou intervalos que representam os tamanhos ou intensidades dos aspectos na escala. O niimero 1 em uma escala é uma unidade de medida que se refere a um valor de referéncia (padrao) do tipo de aspecto para o qual a escala se destina. EXEMPLOS Escala linear de comprimento, escala de velocidade, escala de temperatura NOTA2 Escalas qualitativas sdo geralmente denominadas unidades de medida. Elas s4o subtipos de escala. 3.1.15 unidade de medida escala que especifica como o tamanho ou a extensdo de um aspecto é quantificado inequivocamente em um intervalo matematico NOTA 1 Uma unidade de medida fornece um mecanismo especifico para relacionar um aspecto com um numero ou intervalo que representa 0 tamanho ou a intensidade do aspecto, EXEMPLO — mm, cm, m, km, bar, mbar, mmHg, psi, °C NOTA2 De fato, 0 termo “unidade de medida” refere-se a um valor-padrao em uma determinada escala que € usado para comparagao. Por exemplo, pode-se argumentar que “1 m” é a “unidade de medida” considerada ‘como um valor-padrao na escala métrica, enquanto que este ultimo é indicado apenas como “m”. Esse valor- padrao é (aproximadamente), o comprimento da barra padrao no "Musée de Mesures” (Museu de Medidas) em Paris que foi originalmente usado para medir o comprimento por comparacao. 6 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 3.1.16 papel aspecto extrinseco que um proprietario possuidor quando participa de uma relagao que requeira este papel NOTA — Um papel é desempenhado por alguma coisa quando participa de uma relagéo com outra coisa Tipicamente, os papéis s4o baseados em situagdes temporarias. Portanto, eles séo aspectos extrinsecos no intrinsecos. Os objets fisicos podem desempenhar varios tipos de papéis: podem desempenhar papéis em relagdes com outros objetos fisicos, podem desempenhar um papel como possuidor de um aspecto e podem desempenhar um papel numa ocorréncia, o que é entéo chamado de tipo de uso etc. Tipos de papéis de objetos fisicos podem ser distinguidos de tipos de objeto fisico pelo fato de que um papel real desaparece quando 0 objeto fisico ¢ retirado de sua posicao normal e, por exemplo, colocado no estoque de um armazém Os aspectos também podem desempenhar varios tipos de papeis: eles podem desempenhar um papel de ser possuido e podem representar um papel numa relacao de qualificagao, em uma correlagao ou em algum outro tipo de relagao. EXEMPLO —_ Os conceitos de parte, todo, relacionador, relacionado, envolvedor, envolvido. Ver também: exemplos de “papel de objeto fisico” e de “aspecto intrinseco” (um tipo de papel de aspecto) 34.17 papel do objeto fisico Papel que um objeto fisico desempenha num relacionamento ou a contribuigéo que um objeto fisico entrega numa ocorréncia NOTA 0 papel do objeto fisico ¢ uma fungdo que é executada por um objeto fisico. Tipicamente este © seu uso. Devem-se distinguir as fungdes dos objetos fisicos dos objetos fisicos que as desempenham Um objeto fisico normaimente perde o seu papel quando é retirado do contexto que é tipico para esse papel. Por conseguinte, seja um conceito, um tipo de papel ou um tipo de objeto fisico (que é projetado especificamente com aspectos intrinsecos particulares) ele pode ser determinado, usualmente, pela resposta a pergunta *O objeto na prateleira de um estoque é ainda reconhecivel como tal?". Caso contrario, o conceito denota um papel do objeto fisico. EXEMPLO “Presidente” é um tipo de papel que pode ser representado por uma pessoa; “a roda esquerda” 6 um tipo de papel que pode ser representado por uma roda; “ator’, “executor”, “assunto’, “ferramenta’ “cliente”, “fornecedor’, “parte”, “todo” sao outros exemplos de tipos de papéis de objetos fisicos 3.1.18 aspecto intrinseco papel que um aspecto desempenha no seu relacionamento com um possuidor e que ¢ dependente do seu proprio aspecto, assim como do objeto possuidor NOTA — Normalmente 0 nome, bem como a definigéo de um aspecto intrinseco, inclui o tipo de objeto fisico que possui o aspecto. Também pode ser que 0 aspecto seja possuido por uma parte do conjunto que 6 identificada como possuidora. O aspecto possuido é um sinénimo de aspecto intrinseco. EXEMPLO —*Diémetro do tubo” 6 um aspecto intrinseco representado por um diametro que é, por definicao, possuido pelo tubo. © “comprimento do shaft’ é um aspecto intrinseco que, por definicéo, designa o comprimento que o shaft possui. A "poténcia do motor” pode ser registrada como um aspecto intrinseco de um carro, embora a poténcia seja um aspecto que é possuido por um motor que, por sua vez, é parte de um carro. © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 7 ABNT NBR ISO 16354:2018 3.1.19 fungao papel de uma ocorréncia destinada a ser executada ou ativada por um objeto fisico NOTA1 Uma ocorréncia (atividade, proceso ou evento) tipicamente tem uma relagao com um interveniente de um executor e, eventualmente, com um papel de facilitador. A ocorréncia tem como papel a fungao (a ser executada ou ativada) em tal relagdo. O objeto fisico desempenha o papel de executor ou facilitador nesta relagao. Assim, a fung&o denota a ocorréncia NOTA2 As vezes o papel de executor do objeto fisico 6 também chamado de fun¢o. No entanto, trata-se de outro conceito, sendo um homénimo. EXEMPLO —_O bombeamento é um tipo de ocorréncia que pode ser realizada por uma bomba. Em outras palavras: o bombeamento pode ser fungdo de uma bomba 3.1.20 objetivo papel de um estado que se pretende ser alcangado ou ser evitado NOTA 1 Algo tem um papel como objetivo quando ele deseja estar num determinado estado. Tipicamente, © objetivo de uma atividade. O estado pode ser descrito pela informagéo ou por uma série de fatos que podem ser 0 caso, EXEMPLO —_Um exemplo de um objetivo pode ser: “o produto “A” esta sendo produzido”. Esse pode ser este 0 objetivo do projeto 34.21 colegao conceito que indica uma pluralidade, que consiste de uma série de coisas sem uma estrutura particular entre os elementos e ndo necessariamente com um discriminador comum NOTA1 Uma colegao é 0 resultado de reunir itens (ou como se fosse). As colegdes devem distinguir-se de arranjos, montagens e classes, tipos ou categorias. O motivo de um elemento pertencer a uma colec&o nao convém, portanto, ser baseado no fato deste estar conectado ou possuir um aspecto discriminante isolado. Observe que 0 ntimero de elementos em uma colecdo pode variar ao longo do tempo, e podendo ser zero, um ou mais elementos, permanecendo ainda assim a mesma colecdo. NOTA2 Além deste conceito de “colegao", também existe 0 conceito de relagdo de colegao (collection relation) que relaciona um elemento com a colecao da qual esse elemento ¢ um componente. NOTA3 No contexto das bibliotecas de conhecimento, as colegdes séo sempre colegées de conceitos. EXEMPLO tens de estoque, como um “estoque de parafusos”, ou um par de itens. Nao se aplicam sistemas, como “sistema de esgoto", porque um sistema nao & uma colecdo de partes, mas uma montagem ou arranjo, 0 que significa que ele & composto de partes (fisicamente ou funcionalmente) conectadas ou organizadas. Uma organizagao é um exemplo de um arranjo de pessoas que no é uma colegao pura, porque as pessoas tém posigées relativas entre elas. 3.1.22 coisa individu conceito que classifica qualquer coisa do mundo real ou imaginario que tem uma individualidade néo dependente de caracteristicas comuns entre coisas, NOTA Esta Norma diz respeito a tipos de coisas que sao definidas como caracteristicas comuns entre coisas, representadas pelas restrigdes aos aspectos ou intervalos de valores para aspectos de coisas individuais. Esses tipos de coisas podem ser usados para classificar as coisas individuais ou derivar aspectos restritivos para coisas individuai 8 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 © conceito que classifica todas essas coisas individuais 6 denominado “coisa individual’. © conceito “coisa individual’ é 0 supertipo de todos os tipos de coisas individuais. EXEMPLO __ Coisas individuais bem conhecidas so: a terra, a Torre Eiffel, Nova lorque, meu carro, V-6060 na refinaria Shell em Roterda, No entanto, planeta, torre, cidade, carro, tanque de refinaria no s4o coisas individuais, mas tipos de coisas. 3.2 Termos e definigdes para espécies de relagao Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigdes para espécies de relagées. NOTA Espécies de relago também sao denominadas tipos de relag4o ou tipos de fato. Cada uma das definigdes de tipos de relagao binaria é acompanhada pelas seguintes informacdes — _ Adefinig&o de quais tipos de objetos esto relacionados entre si. O ator que desempenha o “papel 1” (ator R1) © 0 ator que desempenha o “papel 2” (ator R2); — 0s tipos de papéis que esses conceitos, por definic&o, desempenham nesta relagao (0 “papel R1” € 0 “papel R2"); — As expressées (frases) que representam 0 tipo de relago em linguagem natural (a expressao “R1-R2" ea expressdo inversa "R2-R1’). Além disso, sao fornecidos um ou mais exemplos de instancias que ilustram 0 uso do tipo de relagao para expressar fatos. Observe que os tipos de objetos relacionados e 0s tipos de papéis que eles representam caracterizam 0 tipo da relagao. 3.2.1 relagéo conceito que expressa um fato ou opiniao sobre um fato, especificando as coisas que estao envolvidas no fato e os papéis que as diversas coisas envolvidas desempenham no fato NOTA Cada fato ou estado de coisas pode ser modelado como uma relagao e expresso por uma relagao (relacionamento) entre coisas relacionadas. A espécie da relagdo (também chamada de tipo da relagéo ou tipo de fato) especifica como alguma coisa se relaciona com outra. Os objetos relacionados especificam o que esta relacionado. As relagdes bindrias relacionam duas coisas. As relagdes de ordem superior relacionam mais do que duas coisas. Cada coisa relacionada possui o seu préprio papel de seu préprio tipo na relacdo. Assim, uma relacdo indica que uma série de coisas esto relacionadas umas com as outras. Se uma das coisas relacionadas for uma pluralidade, entao a relagdo implica milltiplos fatos. EXEMPLO A Torre Eiffel e Paris estdo relacionadas entre si, A relagao é do tipo . A torre Eiffel tem um papel na relago como “localizado" e Paris tem um papel na relacao como “localizador", Atividades e processos so exemplos tipicos de coisas que podem ser expressas como relagées de ordem superior. 3.22 relagao entre coisas uais relagao que relaciona uma coisa individual com outra NOTA Um fato em que coisas individuais estejam envolvidas pode ser modelado por uma relagao entre coisas individuais. O tipo de relagao especifica a forma como as coisas estdo relacionadas © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 9 ABNT NBR ISO 16354:2018 EXEMPLO 0 fato da Torre Eiffel estar localizada em Paris é um fato que pode ser expresso por uma relagao entre coisas individuais (a Torre Eiffel e Paris), considerando que a relacdo pode ser classificada por um tipo de relagdo denominado “esta localizado em’ 3.2.3 relacdo entre tipos de coisas, relago que especifica, em termos gerais, conhecimento, requisitos ou permissées sobre o que pode ser 0 caso, deve ser 0 caso, possui permisao para ser 0 caso ou, por definigao, é 0 caso NOTA Um fato sobre tipos de coisas pode ser expresso por uma relagao entre tipos de coisas. Este fato tipicamente expressa o que pode ser o caso de todas essas coisas, possivelmente dentro de um determinado contexto. Especializagdes deste tipo de relagao podem restringir o que deve ser 0 caso, pode ser, é permitido ser ou 6, por definig&o, 0 caso. EXEMPLO Todo 0 conhecimento geral, como sobre possiveis composigdes de coisas de um tipo e sobre tipos de aspectos compartilhados por todas as coisas de um tipo. 3.2.4 relagao entre uma coisa individual e um tipo de coisa relagao que relaciona uma coisa individual com um tipo de coisa individual NOTA Um tipo de relagao que especifica que uma coisa individual possui uma relagéo com um tipo de coisa ou pode ter uma relacdo com as coisas de um determinado tipo. Uma relagao de classificagao é um ‘exemplo de um subtipo desta relagao. EXEMPLO _ fato de Paris ser classificada como uma cidade e 0 fato de que 0 objeto individual V-6060 é classificado como um vaso de pressao horizontal. O fato de que o T-6000 poder ser usado para armazenar gua potavel 325 relagao binaria relago que especifica uma relagao entre duas coisas, cada uma delas desempenhando o seu préprio papel, que é tipico para o tipo da relacdo NOTA1 Os fatos podem ser expressos como uma relagdo binaria ou como uma colegdo de relagdes binarias entre as coisas, A maioria dos tipos de fatos pode ser expressa por meio de uma relagao binaria simples. Alguns fatos exigem relacées terndrias ou de ordem superior. Essas relagdes podem ser expressas utilizando multiplas relagdes bindrias elementares. NOTA2 Este tipo de relagao é 0 topo da hierarquia de especializagao de tipos de relagao binaria. Ele pode ser usado para registrar que as coisas esto relacionadas sem se saber como, mas geralmente sao utilizados tipos de relagao mais especializados. EXEMPLO _ fato da Torre Eiffel estar localizada em Paris é um fato de que pode ser expresso como uma relagao binéria entre a Torre Eiffel e Paris, considerando que a relacdo € do tipo “esta localizado em’. Uma relagao de composigao € um tipo de relaco bindria que relaciona duas coisas. Uma delas desempenha um papel como uma parte e a outra desempenha um papel como um todo. Cada tipo de relacdo binaria pode ser identificado por uma frase, como “pode ser uma parte de”. Na sequéncia inversa o mesmo tipo de relagao pode ser indicado por uma frase inversa, como “pode ser um todo para um’, As atividades sao relagdes de ordem superior que podem ser expressas por uma série de relagées binarias elementares, em que cada relagdo binaria especifica o papel de uma coisa envolvida na atividade. 40 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Exemplos de instancias: John esté relacionado com Peter forga esta relacionado com aceleragao 3.2.6 relagao de especializaco relacao entre tipos de coisas que relacionam dois conceitos em que o conceito do subtipo é um conceito mais especifico do que 0 conceito do supertipo e possui todos os aspectos que definem o conceito do supertipo ator R1: conceito ator R2: conceito Papel R1: subtipo papel R2: supertipo expresséo R1-R2: 6 uma especializagao de expresséo R2-R1: 6 uma generalizagao de uma espécie de é um tem como subtipo é um subtipo de supertipo de NOTA1 As restrigdes para as quais um conceito de supertipo é definido, so também aplicaveis aos seus conceitos de subtipo. Um conceito de subtipo distingue-se do seu supertipo e dos seus conceitos de subtipos vizinhos por ser definido por meio de restrigées adicionais. Um conceito pode ser um subtipo de mais do que um conceito de supertipo. Um aspecto (valor) por meio do qual um conceito de supertipo é definido é também um aspecto de todos os seus conceitos de subtipo (aspectos s4o “herdados"). Os aspectos de um conceito devem também ser aplicaveis s coisas individuais classificadas pelo tipo. Uma coisa individual que é classificada por um conceito (satisfazendo assim as restrigdes que a definem), é também classificada, implicitamente, pelos supertipos do conceito. © conhecimento sobre as opgées para um conceito é também © conhecimento sobre seus subtipos, a menos que o conhecimento seja ainda mais limitado pela defini¢ao do subtipo, frase “é uma especializagao de” tem como sinénimos “é um tipo de” e “é um subtipo de”. A frase inversa “é uma generalizacao de” tem como sindnimos “tem como subtipo” e "é um supertipo de” Assim, a expressdo “A é um tipo de B” significa que o conceito “A” é um subtipo do conceito “B". Por exemplo, 08 tipos de aspectos (- subtipos de aspectos) sdo: comprimento, largura, temperatura, cor etc. NOTA2 0 termo que indica 0 subtipo tem um papel a desempenhar como hipénimo. O termo que indica 0 supertipo tem um papel a desempenhar como hiperénimo, EXEMPLO —Supondo que "melo de transporte" seja definido como um objeto fisico que ¢ destinado ao transporte de carga. Além disso, especifica-se que conceitos com os nomes "carro" e "navio" sao ambas as especializagdes de “meio de transporte”. Entéo, isto implica que o carro e o navio destinam-se a transportar carga (sem a necessidade de especificar explicitamente esses fatos). Além disso, supondo que objeto individual "#12" é classificado como um “carro”, entao a relagao de especializagao implica que 0 objeto "#12" também é um “meio de transporte” © conceito “largura” é uma especializagdo de ‘distancia’. Se a distancia pode ser quantificada em uma escala métrica linear, isso implica que a largura herda da distancia a caracteristica de poder também ser quantificada em uma escala métrica linear, © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: “1 ABNT NBR ISO 16354:2018 Exemplos de instancias: carro uma especializagéo de meio de transporte meios de transporte uma generalizagao de carro navio uma especializago de meio de transporte NOTA3 Os dois primeiros exemplos anteriores s4o expressées diferentes do mesmo fato. 3.2.7 relagdo de qualificagao tipo de relagao de especializacdo que relaciona dois conceitos dos quais 0 subtipo ¢ um conceito qualitativo e 0 supertipo é uma ideia do conceito ator R1: conceito qualitative ator R2: ideia do conceito papel R1: qualificador papel R2: natureza expressdo R1-R2: 6 uma qualificagao de expressdo R2-R1: 6 a natureza de NOTA Este tipo de relacao destina-se a distinguir conceitos qualitativos de seus conceitos conceituais, ‘como por exemplo conceitos homélogos, enquanto ainda sao subtipos deles. Assim, 0 tipo de relacdo um subtipo de uma relacdo de especializacdo, No caso de um aspecto, este especifica que 0 aspecto € qualitativo ou quantitativo (também chamado de valor de aspecto, com valor de propriedade de subtipos e valor de qualidade) é definido como uma qualificagao (especializagao) de um aspecto conceitual apropriado (genético). No caso de um objeto fisico, ela especifica que o subtipo é um tipo de objeto fisico que tem varios aspectos com valores de aspecto qualitativos ou quantitativos especificados. Os conceitos qualitativos sao conceitos com um ou mais valores de aspecto fixo. EXEMPLO —_ conceito “cor” é um aspecto conceitual. O conceito “vermelho" é um aspecto qualitativo. © conceito “vermetho” tem uma relago de qualificagdo com 0 aspecto conceitual "cor" Do mesmo modo, “37°C” é um aspecto quantitative que é uma qualificacao do aspecto conceitual “temperatura” E100" 6 uma qualificagao do aspecto conceitual “ntimero” 0 conceito “parafuso galvanizado hexagonal 6 x 50 mm” é um tipo de objeto fisico (e, portanto, um conceit qualitative) que é uma qualificagao do conceito parafuso. Exemplos de instancias: vermelho 6 uma qualificagao de cor mm € uma qualificagao de escala métrica linear grau Celsius 6 uma qualificagao de escala de temperatura 37 graus Celsius 6 uma qualificagao de temperatura 100 6 uma qualificagao de numero parafuso hexagonal de 6 x 50mm € uma qualificagao de parafuso de cabeca sextavada 3.28 modelo do fabricante da relagdo de objeto fisico tipo especial de relagéo de qualificagao que relaciona dois conceitos em que 0 subtipo é um modelo de um tipo de objeto fisico de um fabricante e 0 supertipo é um conceito que é um tipo do objeto fisico 42 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 ator R1: objeto fisico ator R2: objeto fisico papel R1: modelo do fabricante ‘expressao R1-R2: 6 um modelo de expressdo R2-R1: é a natureza do modelo NOTA _ Esta relagao especifica que os modelos de objetos fisicos do fabricante so modelos (qualificag6es) de conceitos mais genéricos. Esta relago é um subtipo de uma relacdo de qualificagao onde 0 subtipo é um modelo do fabricante do conceito de supertipo. Um modelo de um fabricante também é chamado de "modelo e tamanho’. Uma relagao de modelo de objeto fisico do fabricante pode distinguir-se de uma relagdo de classificacao, porque o modelo de fabricante ainda é um tipo de coisa, enquanto uma relagdo de classificagao é destinada classificagao de coisas individuais, como um determinado item instalado, indicado pelo seu ntimero de registo de ativos EXEMPLO —_Um tipo de carro, como por exemplo, um “Audi Q7", é um modelo de um fabricante do conceito genérico “carro” Exemplos de instancias: ‘Audi Q7 6 um modelo de carro ALLWEILER modelo SNH 80 € um modelo de bomba de parafuso duplo 3.29 relago de composigao relagao entre dois tipos de coisas que especifica que algo, classificado por um conceito que desempenha © papel do todo, pode ter um ou mais componentes que sao classificados por outro conceito, de modo que desempenham o papel de parte, no qual o numero de partes pode ser limitado por restrigdes de cardinalidade ator R1: conceito ator R2: conceito papel R1: parte papel R2: todo expresso R1-R2: pode ser uma parte de um expresso R2-R1: pode ser um todo para um NOTA — Arelago especifica que as coisas de um tipo podem ser componentes de coisas de outros tipos As partes podem ser montadas na totalidade ou apenas serem conectadas ou dispostas para formar um todo. Arelagdo de composi¢ao deve distinguir-se de uma relagao de colegao. Em uma determinada relacdo de composigao, 0 objeto fisico que desempenha o papel de parte pode nao ser ‘© mesmo que objeto fisico que desempenha o papel do todo, Observa-se que este fato também é herdado dos subtipos dos objetos fisicos relacionados. EXEMPLO —_Uma “roda” pode ser uma parte de um “carro”; uma “valvula” pode fazer parte de um “sistema de tubulagdes’ e uma “estrada” pode ser parte de uma “rede rodovidria’. Devido a heranga, significa que uma roda também pode ser parte de um Volvo S40 e que uma valvula de esfera também pode ser parte de um sistema de tubulagdes (ou um de seus subtipos). Exemplo de instancia carro pode ter como parte uma roda © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 13 ABNT NBR ISO 16354:2018 3.2.10 objeto fisico - relagao do aspecto relagdo entre um tipo de objeto fisico e um tipo de aspecto que estabelece que objetos fisicos do tipo especificado podem ter ou tém, por definicéo, um aspecto do tipo especificado ator R1: objeto fisico ator R2: aspecto papel R14: possuidor papel R2: possuido expressao R1-R2: pode ter como aspecto um expressao R2-R1: pode ser um aspecto de um catalogo NOTA1 Normaimente, um tipo de objeto fisico possui um tipo de aspecto intrinseco. Se a coisa que esta relacionada com o objeto fisico parece ser um conceito que existe independentemente do objeto fisico, entéo esse aspecto nao realmente intrinseco. Isto significa que outros tipos de relagao podem ser considerados. Neste tipo de relagao 0 possuidor (player do papel R1) deve ser um objeto fisico (e pode nao ser outra coisa) e a coisa que é possuida (player do papel R2) pode ser um aspecto (e nada mais). Nesta relag&o, um objeto fisico desempenha um papel de possuidor (R1) e um aspecto desempenha o papel de possuido (R2). NOTA2 As ocorréncias podem também ter alguns aspectos, em particular os aspectos de duragao e de tempo, no entanto, essas relagdes sao geralmente consideradas irrelevantes para bibliotecas de conhecimento. Outros aspectos so, normalmente, aspectos de objetos fisicos envolvidos nas ocorréncias EXEMPLO Uma “roda pode ter como aspecto um “didmetro” Um fabricante ou fornecedor de uma bicicleta nao é um aspecto intrinseco de uma bicicleta (o fabricante existe independentemente da bicicleta) e assim eles devem estar relacionados com uma bicicleta por um outro tipo de relacao. Exemplo de instancia: roda pode ter como aspecto um diametro 3.2.11 relagdo aspecto e escala relagdo que especifica que os aspectos do tipo especificado podem ser quantificados usando um tipo de escala. ator R1: aspecto ator R2: escala papel R1: quantificavel papel R2: quantificacao expressao R1-R2: pode ser quantificado em escala _expressao R2-R1: pode ser uma escala para um NOTA Um aspecto de um tipo especifico pode ser quantificado em varias unidades de medida que sejam qualificagbes do mesmo tipo de escala e as vezes pode até ser quantificado em unidades de diferentes tipos de escalas. Portanto, este tipo de relacéo pode ser usado para especificar que os aspectos de um determinado tipo podem ser quantificados em todas as unidades de medida que so qualificagdes de um tipo de escala especifica Observe que este fato & herdado para todos os subtipos do tipo do aspecto. EXEMPLO Pode ser especificado que, por exemplo, a distancia seja quantificada em escala (por um numero usando uma escala de comprimento). Este fato é ent&o herdado pelos subtipos de distancia, como 44 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 comprimento, largura, diémetro e raio. Isto implica que esses subtipos também podem ser quantificados por meio de qualquer escala de comprimento. Alem disso, é definido que, por exemplo, “mm”, "km e “polegada” sao quallficagbes de escala de comprimento (ver os exemplos de instancias de uma relagao de qualificagao). Isto implica que a distancia, bem como os seus subtipos (como comprimento), pode ser quantificada por meio de uma escala de mm, km ou polegada. Exemplos de instancias: distancia pode ser quantificada em escala _escala de comprimento comprimento pode ser quantificada em escala_ mm 3.2.12 relacao aspecto - unidade de medida relagdo que estabelece que os aspectos do tipo especificado devem ser quantificados utiizando a unidade de medida correspondente player do papel R1: aspecto player do papel R2: unidade de medida papel R1: quantificavel papel R2: quantificagao expressao R1-R2: deve ser quantificados na unidade expresso R2-R1: deve ser uma unidade para um NOTA1 Este tipo de relag&io pode ser usado para especificar que a magnitude dos aspectos de um tipo especifico deve ser quantificada utilizando uma determinada unidade de medida (que é um subtipo de escala). Este requisito € valido apenas num “contexto de validade” implicito ou explicitamente definido, como um projeto particular, uma empresa ou uma biblioteca de conhecimento NOTA2 Este fato herdado dos os subtipos do tipo de aspecto especificado, a menos que seja anulado por uma nova especificagao, EXEMPLO A relacdo aspecto-unidade de medida pode ser usada para especificar, por exemplo, que cada comprimento deve ser quantificado por meio de uma escala em “mm, um requisito que é valido apenas no contexto de validade do projeto X Exemplos de instancias: distancia deve ser quantificado na unidade km comprimento deve ser quantificado na unidade mm 3.2.13 relagdo de envolvimento relacdo entre tipos de coisas que especifica que objetos fisicos de um tipo podem desempenhar um papel numa ocorréncia de um tipo ator R1: objeto fisico ator R2: ocorréncia papel R1: envolvido papel R2: envolvedor expressdo R1-R2: pode estar envolvido em um expressao R2-R1: pode envolver um NOTA Esta relag&o especifica que um objeto fisico pode estar envolvido numa ocorréncia, mas ndo especifica como é esse envolvimento (em que tipo de papel). Isso pode ser especificado usando subtipos deste tipo de relagao, © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 15 ABNT NBR ISO 16354:2018 EXEMPLO Uma caldeira pode estar envolvida num processo de aquecimento de agua. Uma locomotiva pode estar envolvida num transporte ferroviario. Exemplo de instancias: caldeira pode estar envolvido em um — processo de aquecimento locometiva pode estar envolvido em um transporte ferroviario 3.2.14 relagao de colegao de conceitos relagao que especifica que um conceito é um elemento de uma colecdo de conceitos ator R1: conceito ator R2: colegao papel R1: coletado papel R2: coletor expressao R1-R2: 6 um elemento na colegdo de —_-expressao R2-R1: é uma colegdo de conceitos conceitos que inclui NOTA Esta relacdo apenas especifica que um tipo de coisa é elemento de uma pluralidade de tipos. Nao contém nenhum significado sobre a coisa em si, nem sobre a natureza da colecao e tampouco sobre as relagdes entre os conceitos que sao elementos na cole¢do. Uma colegao pode ter apenas significado dentro de um contexto especifico, A relagao normalmente é usada para definir listas de opgdes ou de selegao. EXEMPLO __ subtipo de objeto fisico “fechadura” pode ser definido como um elemento na colegao de conceitos de “ferragens” em um contexto particular. O “vermelho", 0 “verde” eo “azul” séo aspectos qualitativos que sao elementos na colegdo de conceitos de "cores RGB". Essa colegao é normalmente chamada de lista de valores (permitidos) e podem formar um “lista de selecao” Exemplos de instancias: fechadura um elemento na colegao de conceitos. —_ferragens vermelho um elemento na colegao de conceitos cores RGB. 3.2.15 relagdo de denominagao relacao de um termo com algo (UID) que é denotado pelo termo ator R1: termo ator R2: nada papel R1: denominador Papel R2: denominado expressao R1-R2: 6 um nome para expressao R2-R1: tem como nome NOTA __ Esta relagao define a forma como as coisas sao denominadas em um determinado idioma e comu- niidade linguistic, Uma relago de denominagao é definida no contexto de uma comunidade linguistica como 0 nome preferido nessa comunidade. Pode ser também utilizada fora dessa comunidade linguistica. Esta relagao permite o emprego de vérios nomes para as mesmas coisas, possibilitando assim sinénimos, abreviaturas, édigos e traducdes. © mesmo nome pode ser atribuido a diferentes conceitos, desde que sejam definidos em diferentes comuni- dades linguisticas. Isto permite a especificagao de homénimos. 16 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 EXEMPLO —_ 0 objeto fisico 670171 da taxonomia tem como nome “bicycle” (bicicleta) em um vocabulério especifico da lingua inglesa. O mesmo objeto tem a denominagao “fiets" na lingua holandesa. “PC” © “computador pessoal’ séo dois nomes diferentes para o mesmo conceit. Exemplo de instancias: 670171 tem como nome bicycle (Inglés do Reino Unido) 3.2.16 relagdo de descrigao relagao que especifica que uma descrigao textual é uma descrigao de algo ator R1: cadeia de caracteres ator R2: nada papel R1: desoritor Papel R2: desorito expressdo R1-R2: 6 uma descricdo de expressdo R2-R1: é descrito como NOTA Esta relagéo define que algo é descrito por um fragmento de texto em um idioma especifico, Esta relagéo permite varias desorigdes para as mesmas coisas, Uma definigao é um tipo particular de descrigao. ‘Assim uma relagao de definigéo pode ser definida como um subtipo de uma relagao de descricao. EXEMPLO _O tipo de objeto fisico 670171 € descrito utilizando-se uma determinada descrigdo (frase) em lingua inglesa (ver 0 exemplo a seguir) Exemplo de instancia: 670171 é descrito em Inglés do Reino Unido como um ciclo com duas rodas em tandem, um punho de diregéo, um banco de sela e pedais por meio dos quais ele propelido. Também pode ser propelido por um motor. 3.2.17 relacao de sinénimo relacionamento entre duas relagdes de denominagao em que um objeto, com um nome especifico em um determinado contexto, relaciona-se com 0 mesmo objeto por meio de outro nome (ou o mesmo), no contexto de outro idioma similar ator R1: relagdo de denominagao ator R2: relagao de denominagao Papel R1: sinénimo Papel R2: base ‘expressdo R1-R2: 6 um sinénimo de expressao R2-R1: 6 um sinénimo para uma abreviatura de 6 abreviado por NOTA — Estaéumarelacaobésica para vincular os elementos de varias unidades funcionais ouem diferentes bibliotecas de conhecimento, Essencialmente, é um equivalente para uma relagao de denominagao, porque se um objeto (indicado por um identificador Unico) tiver mais de um nome, esses nomes 840, por definicao, um sinénimo do outro. Para maior clareza, a frase da relagao faz distingdo entre sinénimos e abreviaturas. Formalmente uma relago de abreviagdo é um subtipo de uma relagao de sinénimo, Observe que um nome atribuido por meio de uma relacao de sinénimo é definido no contexto de um idioma e comunidade linguistica (tal como ocorre com uma relagao de denominagao). Ver também a relagao de tradugao. Um termo ou nome preferencial sé € preferido em uma determinada comunidade linguistica, enquanto em uma outra comunidade linguistica outro termo pode ser o termo preferido. Portanto, a relagao de sinénimo nao © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 7 ABNT NBR ISO 16354:2018 especifica qual o termo preferido. As preferéncias para termos devem ser abordadas pelas comunidades lingufsticas, por meio da definic&o de seus termos preferenciais EXEMPLO —_O nome “bicycle” na taxonomia um sinénimo do nome “bike”, como uma referéncia a um determinado tipo de objeto fisico no dicionario de Inglés. © nome “bomba” em um Modelo de Aspect é um sinénimo do nome “bomba” em um Modelo de Composigao. Exemplos de instancias: Inglés (130206) bike um sindnimo de Inglés (130206) bicycle Inglés (70620) PC E uma abreviagao de Inglés (70620) personal computer 3.2.18 relagao de tradugao relacionamento entre duas relagdes de denominagao em que um objeto, com um nome especifico em um idioma, relaciona-se com 0 mesmo objeto em um idioma distinto, por meio de um outro (ou o mesmo) nome ator R1: relagao de denominagao ator R2: relaco de denominagao papel R1: tradugao papel R2: base expressao R1-R2: é uma tradugao de expressao R2 R1: é traduzido por NOTA Esta relacao é semelhante a relagdo de sindnimo, porém neste caso, 0 contexto para a denomina- ‘go de ambos objeto so dois idiomas diferentes. EXEMPLO A tradugdo do nome “Pumpe’ como uma referéncia ao conceito 130206 em um dicionario de Alemdo-Inglés Exemplo de instancias: Inglés (130206) pump 6 uma tradugao de Deutsch (130206) Pumpe 3.2.19 relagao de classificagao relagéo de uma coisa individual com um tipo de coisa, indicando que a coisa individual é do tipo especificado, pelo fato da coisa individual possuir aspectos que estao em conformidade com a definigao do tipo ator R1: uma coisa individual ator R2: conceito papel R1: classificado papel R2: classificador expressao R1-R2: classificado como um expresso R2-R1: é um classificador de NOTA1 Embora esta Norma nao seja sobre coisas individuais, esta relagao esta incluida para suporte & aplicagao de bibliotecas de conhecimento. E uma relagao que define para as coisas individuais de qual tipo elas sao. Assim, cada aplicacdo desse relacionamento relaciona uma coisa individual a um conceito, de preferéncia um conceito em uma biblioteca de conhecimento. Relacdo de classificagao ¢ um sindnimo de relacao de semelhanca 48 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Deve-se distinguir uma relagdo de classificagao de uma relagao de colegao de coisas individuais, porque uma classificacdo é baseada em aspectos intrinsecos dos objetos classificados, enquanto uma colegao nao & NOTA2 Em termos de tecnologia da informagao @ muitas vezes usado 0 conceito de “relacdo de instanciagao”, No entanto, uma relagdo de instanciagao difere de uma relagao de classificagao porque se trata de uma relagao entre uma instancia e uma classe (sendo um tipo de coisa ou um conjunto), enquanto uma instancia pode ser uma coisa individual, mas também um tipo de coisa, Uma relagao de instanciagao aparenta-se a uma combinagéo de uma relagdo de classificagdo com uma relagéo de qualificagao relagao e uma relagao de colegao. EXEMPLO “meu carro” é classificado como um “Audi Q7"; “marte” é classificado como um “planeta’. "V-6060" ¢ classificado como um “vaso horizontal de pressao”. Exemplos de instancias: Nova lorque €classificada como uma _ (700008) cidade v-6060 &classificado como um (520121) vaso horizontal de pressao 4 Simbolos e abreviacgées cL Nivel de Conformidade DTD _Definigao de Tipo de Documento E/M/S Engenharia Elétrica, Engenharia Mecanica e de Instalagdes Sanitarias. iGBi Plataforma interativa para construcdo e ICT IFC Fundagao de Classes da Industria IFD Sistema Internacional para Dicionarios ISO Organizagao Internacional de Normalizagao TAX Taxonomia UID Identificador Unico UML —_Linguagem de Modelagem Unificada VOC Vocabulario, Lista de Termos XML —_Linguagem de Marcagao eXtensivel XSD _Definigo de Equema XML 5 Objetivos 5.1 Introdugao Nesta seco, so descritos os objetivos desta Norma. Em 5.2 6 fornecido um esbogo do escopo e precondig6es para uma possivel solugdo. Em 5.3, é apresentada uma definicdo do problema, Isto © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 19 ABNT NBR ISO 16354:2018 constitui a base para uma discussao mais aprofundada sobre o objetivo previsto em 5.4. Por fim, 5.5 € dedicado a uma discussao de como o objetivo é realizado por meio de diretrizes 5.2 Escopo, condigées e usuarios-alvo Os seguintes itens estéo no escopo desta Norma — As diretrizes visam a harmonizagao entre bibliotecas de conhecimento em termos de contetido em relagdo a estrutura e arquitetura desta. As diretrizes sao agrupadas em niveis de conformidade, Oe 1 (verAnexo A, A.1.2). O nivel de conformidade 0 vai garantir que as diferencas fundamentais entre tipos similares de bibliotecas de conhecimento sejam evitadas e que seja fornecida uma base para a troca e integragao de dados. O nivel de conformidade 1 visa fornecer as diretrizes para 0 uso cooperativo de diferentes bibliotecas de conhecimento. — _ Além do numero limitado de diretrizes, 0 escopo das bibliotecas de conhecimento é limitado. Esse escopo inclui informagao sobre conceitos como tipos de objetos fisicos, seus aspectos e papéis, tipos de ocorréncias (tipos de atividades, processos e eventos que podem ocorrer e que objetos fisicos podem estar envolvidos), colegGes, fungdes, tipos de organizagGes e objetivos. —_ Interpretagdes ou diretrizes sobre o intercambio real de dados do objeto sao excluidas deste escopo. As diretrizes so limitadas a aplicagao da harmonizagao da informagao sobre conceitos. A existéncia de dados comparaveis deve ser 0 ponto de partida para a elaboragao de acordos sobre intercambio de dados. — Para a modelagem do conhecimento, sao incluidas diretrizes sobre tipos de coisas (conceitos, classes e tipos), bem como diretrizes sobre a classificagao de coisas individuais por tipos de coisas (embora estas nao pertengam a um nivel de conformidade). As diretrizes para fatos sobre coisas individuais, que nao sejam atinentes a sua classificagdo, so excluidas deste escopo. As diretrizes desta Norma sdo estabelecidas de acordo com a seguinte condigao: Convém que as diretrizes desta Norma nao entrem em conflito com as seguintes normas, desde que essas normas nao estejam em conflito entre si a) 180 10303; b) ISO 1206-3; ©) 180 13584; d) ISO 15926. As diretrizes tém os seguintes usuarios-alvo: — Os usuarios-alvo so constituidos por: desenvolvedores de bibliotecas de conhecimento, construtores de programas de tradugdo ou interfaces entre bibliotecas de conhecimento, organismos de certificagéo e construtores de aplicativos que devem basear seu trabalho nas bibliotecas de conhecimento que foram estabelecidas. — As diretrizes nao visam uma industria especifica 20 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 5.3 Definicgdo do problema Apesar das varias iniciativas que vem sendo tomadas nesta area, 0 ntimero de bibliotecas de conhe- cimento bem sucedidas ¢ ainda limitado, Aparentemente ha problemas que impedem a realizacao do valor potencial destas. Nesta subsegao, sao descritos os problemas mais importantes, que ilustram a necessidade de diretrizes sobre bibliotecas de conhecimento Em primeiro lugar, as diversas iniciativas para o desenvolvimento de bibliotecas de conhecimento carecem de uma metodologia comum. No momento atual, muitas empresas nao estdo cientes dos desenvolvimentos em curso e até que ponto eles podem se adequar a um idioma comum. Além disso, uma biblioteca deve adquirir uma certa massa critica antes de poder receber suporte suficiente. Em muitos casos, esta massa critica ainda esta ausente. A maioria das bibliotecas de informacao existentes possui um escopo limitado e se concentra em aplicagées isoladas em vez de propiciar 0 intercAmbio e a integragao de dados. Tudo isso leva a uma fragmentacdo da informacao mantida em bibliotecas separadas. As iniciativas com bibliotecas de conhecimento devem se esforgar no processo de aprendizagem dos seus usuarios. Um segundo problema que, paradoxalmente, ha uma medida de resisténcia a migragao para grandes bibliotecas de conhecimento no mundo. Em muitos casos, as organizagées investiram substancialmente em suas préprias bibliotecas, e muitas vezes os seus grupos de usuarios j4 se adaptaram a arquitetura dessas bibliotecas. A migracdo ou mesmo a simples vinculacao de bibliotecas 6 normalmente considerada um exercicio extensivo (impraticavel). Frequentemente, as arquiteturas de bibliotecas diferem entre si, além do fato de que as definigdes de conceitos intrinsecos raramente coincidem. Por exemplo, a maneira como uma bomba é definida em uma biblioteca A pode diferir substancialmente da sua definicao na Biblioteca B. Uma terceira questao diz respeito a qualidade das bibliotecas. A configuragao da arquitetura e 0 carre- gamento destas bibliotecas requerem grandes exigéncias das competéncias das partes responsaveis. Por exemplo, a existéncia de folhas de especificacao padrao incorretas pode resultar em uma dete- rioragao consideravel da qualidade de uma biblioteca. As organizagées que trabalham com tal biblio- teca eventualmente tomam a decisdo de recorrer a métodos tradicionais e optar por desconsiderar a biblioteca. A qualidade limitada frequentemente estimulara outras partes a configurar um novo tipo de biblioteca, aumentando o problema da fragmentacao. Finalmente, os especialistas ainda nao chegaram a um consenso sobre arquitetura das bibliotecas de conhecimento. No ambito da ISO, existem atualmente varios projetos que dizem respeito a estrutura (isto 6, modelo de informagao) de bibliotecas de conhecimento. Isto significa que nao sé o contetido das bibliotecas, mas também a arquitetura desse contetido ainda esta em desenvolvimento. 5.4 Objetivo desta Norma ‘A motivagao para este esforgo pode ser deduzida a partir de 6.3, onde é discutido o valor agregado das bibliotecas de conhecimentos. A eficacia de quase todas as formas de aplicagao das bibliotecas de conhecimento aumenta com sua harmonizagao ou integracao. Uma solugao adequada para este problema é a harmonizacao das bibliotecas de conhecimento por meio do uso de um dicionario comum e taxonomia, incluindo a utilizagéo comum de tipos de relacao padrao. Vinculando-se bibliotecas de conhecimento a este dicionario comum e a taxonomia na qual © significado dos varios conceitos e tipos de relagdes sao definidos (ver Figura 1 — Integrago de bibliotecas por meio de uma biblioteca de integragao), as relagdes que expressam o conhecimento nas bibliotecas sao estabelecidas de maneira que possam ser integradas e comumente pesquisadas. Isso significa que, quando um modelo de conhecimento de um conceito for adicionado a uma biblioteca © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 21 ABNT NBR ISO 16354:2018 de conhecimento, basta referir o conceito apropriado no dicionario comum. Daqui resulta que as referéncias ao conhecimento em outras bibliotecas podem ser realizadas automaticamente por esta referéncia, desde que sejam concedidos direitos de acesso adequados. 150, 150, ibliokkca A sibiptece B plugue \aquecedor (luminagio te 10 ath friegracio 180 Biblioteca Figura 1 — Integracao de bibliotecas por meio de uma biblioteca de integragao Esta Norma fornece as diretrizes para um primeiro passo no sentido de possibilitar uma integragao, por meio do suporte a harmonizagao das estruturas de bibliotecas de conhecimento. Amedida em que uma biblioteca esta em conformidade esta Norma determina em que medida a harmonizagao pode ser alcangada com outras bibliotecas que estejam em conformidade com esta Norma © objetivo desta Norma é fornecer diretrizes e critérios de verificagao de conformidade para o armazenamento da informagao eletrénica sobre conceitos e tipos de relagao; essas diretrizes permitem a harmonizagao entre bibliotecas de conhecimento. Isto ira simplificar a integracao de bibliotecas de conhecimento e a utilizagéo comum da informagao proveniente de diferentes bibliotecas de conhecimento. Com este objetivo em mente, uma solugao para os problemas descritos em 5.3 pode ser obtida da seguinte forma: —_ Esta Norma proporciona uma base para a harmonizagao das diversas iniciativas em relagao as bibliotecas de conhecimento, Mediante a conformidade com esta Norma, a diversidade entre as bibliotecas € reduzida e o limiar para a integracao é diminuido, —_ Esta Norma respeita as bibliotecas existentes e seus usuarios. Cada proprietério de uma biblioteca de conhecimento pode gradualmente atualizar sua biblioteca para de tornd-la compativel com 22 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 esta Norma. Tendo em conta a redugdo das divergéncias mittuas, a integragao ou a vinculagao podem ser consideradas em uma fase posterior. —_ Esta Norma oferece uma possibilidade para os usuarios saberem o que pode ser esperado das bibliotecas de conhecimento que atendam a certos requisitos, e saber como eles serdo capazes de tornar mais eficiente o uso de tais bibliotecas. — Oconsenso entre os diversos especialistas foi aumentado, Esta Norma foca principalmente “o que nos conecta” em vez de “o que nos separa”, Convém que seja notado enfaticamente que esta Norma nao versa sobre a estratégia preferida para efetuar a integracéo das bibliotecas. Por exemplo, é bastante provavel que exista a necessidade de vincular bibliotecas inicialmente por meio de vinculagdes 1:1 (isto é, um para um) e, em seguida. migrar para uma aplicagéo com base em uma biblioteca de integragao, também denominada diciondrio inteligente. Com estas vinculagées 1:1 uma ponte é construida de forma que cada das bibliotecas funcionalmente diferentes possa ainda utilizar o conhecimento armazenado em outra. A desvantagem desta unidade reside no crescimento explosivo do ntimero de vinculagdes, na susceptibilidade a manutengao e na complexidade da garantia de qualidade (ver Figura 2 — Vinculando bibliotecas de conhecimento por meio de vinculagées 1:1). No entanto, por razées pragmaticas, esse pode ser um bom compromisso. Bibldtgca A KAZ so Biblioteca C Figura 2 - Vinculando bibliotecas de conhecimento por meio de links 1:1 5.5 Diretrizes como instrumento Para a consecugao do objetivo discutido anteriormente, esta Norma optou por criar diretrizes. Desde que sejam suficientemente claras, as diretrizes oferecem uma ferramenta concreta para criare carregar bibliotecas de conhecimento. Uma certa qualidade da biblioteca é alcangada mediante conformidade com essas diretrizes. Bibliotecas de conhecimento sao categorizadas nesta Norma por meio de um sistema de unidades funcionais como apresentado em 6.3. Uma unidade funcional denota 0 tipo de informagao que pode ser gerada pela biblioteca, independentemente de sua estrutura interna. As diretrizes sao fornecidas © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 23 ABNT NBR ISO 16354:2018 especificamente para cada unidade funcional. Além disso, uma série de diretrizes aplicam-se para mais de uma unidade funcional. 5.5.1 Possiveis equivocos Descobriu-se que as supostas consequéncias da aplicagao dessas diretrizes para bibliotecas de conhecimento existentes, ou bibliotecas atualmente em desenvolvimento, podem levar a equivocos. Em 5.5.1.1 2 5.5.1.4, sao discutidos quatro equivocos para de esclarecer 0 contexto das diretrizes. 5.5.1.1. Estrutura interna das bibliotecas de conhecimento O primeiro equivoco diz respeito a estrutura interna de sistemas de bibliotecas (existente). Pode © proprietario de uma biblioteca adaptar a estrutura da sua biblioteca para cumprir as diretrizes? Aresposta é: nao, desde que o proprietario seja capaz de fornecer dados de acordo com as unidades funcionais definidas em conformidade com a norma. As diretrizes, portanto, nao fornecem comentarios sobre a propria biblioteca, mas apenas sobre a arquitetura de unidades funcionais. Uma diretriz nesta Norma nao fornece nenhum comentario sobre a forma como a estrutura interna de bibliotecas de conhecimento pode ser definida (o modelo de informagao subjacente) nem indica quais dados devem ser registrados; a diretriz fornece apenas a informagao sobre a estrutura da unidade funcional e a seméntica que podem ser geradas na base de um modelo de informagao, e os dados disponiveis em um banco de dados. Esta importante observagao é ilustrada com mais detalhes na Figura 3 - Relagao entre bibliotecas de conhecimento e unidades funcionais: Modelo de | Instrugdes para mapeamento informagao @ conversdo Unidades funcionais de acordo com as diretrizes da ISO oF @x] Publicagdo 8 180 15926-2 180 10303 1SO 12006-3 Dicionério gaze | gy nn IMapeamenig Por ex: Classificagéo de produtos UNETO-VNI te Aspecto STABU-LexiCon Dicionério Plib IEC c a Dicionario Gellish English - Taxonomia oe empoaieso Biblioteca de objetos da CEE Figura 3 — Relagao entre bibliotecas de conhecimento e unidades funcionais 24 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 © lado esquerdo da Figura 3 mostra uma biblioteca de conhecimento (existente). Esta biblioteca foi carregada com conceitos usando um determinado metamodelo ou o modelo de informagao 1 ‘fim de promover o intercambio e a integragao com outras bibliotecas, 0 proprietario dessa biblioteca pode decidir que para ela seja atribuido o nivel de conformidade padrao. Para este efeito, deve ser investigado se a informagao pode ser gerada de acordo com quais unidades funcionais (os “recipientes” da direita na Figura 3) e se a informacao gerada pode atender as diretrizes que se aplicam aquelas unidades funcionais, A partir deste “confronto” um certo numero de conclusées podem ser obtidas. — A informagao pode ser gerada de acordo com uma ou mais unidades funcionais mediante mapeamento, diretamente a partir do modelo de informagao. Este mapeamento é documentado por meio de instrugoes. — Aiinformagao pode ser realizada de acordo com determinadas unidades funcionais, desde que certas conversées sejam realizadas. Essas conversées também so estabelecidas por meio de instrugées adicionais. — Aiinformagao pode nao ser gerada de acordo com certas unidades funcionais, pois 0 modelo de informagao nao disponibiliza a informagao que é necesséria para esta finalidade e, portanto, esta ausente da biblioteca. Muitas bibliotecas de conhecimento existentes oferecem apenas uma funcionalidade limitada. — A informagao pode nao ser gerada de acordo com certas unidades funcionais, porque a biblioteca de conhecimento nao esta em conformidade com as diretrizes. Pode ocorrer também que a biblioteca de conhecimento (e 0 modelo de informagao correspondente) fornega uma determinada funcionalidade, mas que ela tenha fornecida de um modo fundamentalmente diferente, impossibilitando a conversao. Nesse caso, pode ser considerada uma atualizacao da biblioteca para que isso se torne possivel no futuro. — Certas informagées na biblioteca podem nao ser mapeadas, uma vez que nao existe nenhuma unidade funcional adequada prevista na outra biblioteca Apés a realizagao da andlise e, possivelmente, a inclusdo de modificages, a biblioteca, juntamente com as respectivas instrugées, podera ser submetido ao organismo de inspegdo para ensaios € possivelmente para obter o selo de qualidade. Isso é, discutido mais detalhadamente na Segao 7. 5.5.1.2 Sobreposigdo da informagao Um segundo equivoco frequentemente observado diz respeito @ uniformidade da informagao nas varias unidades funcionais. ‘As unidades funcionais podem se sobrepor em relagao ao contetido da informagao; cada unidade funcional cumpre uma determinada fungao e algumas fungées utilizam a mesma informacao. E muito tentador abstrair das unidades funcionais e suas diretrizes um modelo basico tinico e genérico para bibliotecas de conhecimento, Se ocorrer um caso desse tipo, a pergunta que surge é: por que motivo, por exemplo, as mesmas palavras que foram definidas na unidade funcional “dicionério” também sao encontradas na unidade funcional ‘taxonomia”. Elas podem realmente ocorrer duas vezes? Por que razo uma delas inclui aspectos nos Modelos de Aspecto de unidade funcional, enquanto eles podem ser deduzidos a partir de aspectos que sao definidos na unidade taxonomia? 1 Na maioria dos casos 0 metamodelo € descrito por meio de modelo de informagao especificado, por exemplo, em EXPRESS, Essas diretrizes se aplicam apenas as instancias deste modelo. © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 25 ABNT NBR ISO 16354:2018 No entanto, estas questées so irrelevantes, porque as diretrizes nao foram criadas para delinear um modelo de informagao preferencial para bibliotecas de conhecimento. As entidades do modelo de informagao subjacente a uma biblioteca de conhecimento sao casos usados para gerar muiltiplas unidades funcionais. Por exemplo, é muito provavel que um sistema de bibliotecas orientado para taxonomia, no qual os diversos conceitos possuem aspectos atribuidos, é capaz de gerar dados de acordo com as unidades funcionais Diciondrio, Taxonomia e Modelos de Aspecto. Na representagao simbélica da Figura 3, a soma dos “recipientes’ direita contém, desta forma, dados duplicados 2. 5.5.1.3 Qualidade da informagao Um terceiro equivoco diz respeito a qualidade da informagao produzida de acordo com as unidades funcionais. Se uma biblioteca de conhecimento A apresenta os seus dados de acordo com uma determinada unidade funcional e a biblioteca de conhecimento B faz o mesmo, convém acreditar que o mesmo nivel de qualidade se aplica a ambas? Como posso saber com certeza se o significado subjacente é idéntico ao da unidade funcional de Ae B? As unidades funcionais geradas a partir de diferentes bibliotecas de conhecimento sao mutuamente comparaveis se elas apresentarem formalmente os seus dados em unidades funcionais, em conformidade com as diretrizes desta Norma. Esta observacao implica que a elaboracao de instrugdes para a geragao de unidades funcionais ‘em conformidade com a norma, em conformidade com o préprio julgamento, nao é suficiente. Pode verificar por meio de uma central de testes interna ou externa se as diretrizes séo verdadeiramente respeitadas. No futuro, um organismo oficial de inspeg4o pode desempenhar um papel importante. O selo de qualidade que é finalmente adjudicado pode garantir que a biblioteca de conhecimento A vai reconhecer o valor de uma unidade funcional gerada pela biblioteca de conhecimento B. O selo de qualidade é discutido mais detalhadamente no Anexo C. A Figura 4 ilustra duas bibliotecas de conhecimento em conformidade com esta Norma 2 Os leitores criticos argumentariam que as varias diretrizes e os objetos identificados nas varias unidades funcionais podem ser estabelecidos sob a forma de um modelo de informagao (EXPRESS). Isto em si é uma suposigo correta. No entanto, ele deve ser considerado como o modelo de referéncia das varias unidades funcionais em vez do modelo de informacao da biblioteca de objetos (subjacent). Este modelo de referéncia esta ilustrado no Anexo D. 26 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Instrugées para Modelo de mapeamento © Instrugées ceriicadas | Modelo de informagao x conversa a 1S Informagéo Y Unidades funciona’s de acardo ‘com as diretizes da ISO Geragao do |_| mapeamento| Geragao do mapeamento ‘Tudo com a garantia desta norma se quaidade ISO Figura 4 — Ilustragao de duas bibliotecas de conhecimento em conformidade com esta Norma 5.5.1.4 Harmonizagao do contetido Finalmente, existe um quarto possivel equivoco. Isso diz respeito as semelhangas e diferencas no que se refere ao contetido das unidades funcionais derivadas de varias bibliotecas de conhecimento. As normas de diretrizes nao propiciam uma harmonizagao intrinseca dos objetos estabelecidos nas diversas bibliotecas; apenas a estrutura, ordem e as restrigdes podem ser comparados. Se uma bomba for definida em uma biblioteca de conhecimento A com base em varios aspectos 0 mesmo for feito na biblioteca de conhecimento B, pode ser que os aspectos desta bomba em ambas as bibliotecas de conhecimento difiram completamente uns dos outros. A Unica coisa que vai ser definitivamente semelhante é a forma como estes aspectos foram definidos ou descritos na unidade funcional correspondente. Este é um importante passo a frente por meio do qual uma série de objetivos importantes pode ser realizada (ver também 5.4). Por exemplo, oferece um ponto de partida muito melhor para a migracao para uma definig&o comum de “bomba’, Se tanto a descricéo como a estrutura forem completamente diferentes, na maioria dos casos a lacuna é demasiadamente grande para a construgdo de uma ponte. 6 Tipos de bibliotecas de conhecimento 6.1. Introdugao O universo das bibliotecas de conhecimento esta longe de ser uniforme e sem ambiguidades. Além do fato de as bibliotecas de conhecimento poderem diferir umas das outras, a imagem que as pessoas © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 27 ABNT NBR ISO 16354:2018 tém destas bibliotecas também é, muitas vezes, bem diferente. Nesta se¢do, é discutido mais deta- Ihadamente o conceito de bibliotecas de conhecimento. Em 6.2 é apresentada uma série de exemplos de bibliotecas de conhecimento. Em 6.3 é discutido o valor agregado dessas bibliotecas., Finalmente, na Secdo 7, é apresentada uma estrutura em que as varias fungdes s4o explicitamente descritas. 6.2 Definicgées e tipos de bibliotecas de conhecimento Uma biblioteca de conhecimento (no contexto desta Norma) & uma colegao de modelos de conhe- cimento e/ou modelos de requisitos, que expressam o conhecimento (podendo incluir definigdes) e/ou requisitos sobre tipos de coisas (conceitos). As expresses de conhecimento e os requisitos so armazenados e recuperados como informagao eletrénica (como modelos de informagao). Este conhecimento destina-se a ser utilizado para a criacdo, categorizacdo ou verificagdo da informacéo ‘sobre coisas individuais.? Os conceitos definidos destinam-se a serem utilizados como pontos de ancoragem para o conhecimento e os requisitos (possivelmente expressos em documentos) sobre esses conceitos. Com base nesta definigao, varios tipos de bibliotecas de conhecimento podem ser distinguidas de modo a diferirem claramente sob o ponto de vista funcional e de contetido, Por esta razao, é utilizada uma definicdo relativamente ampla para bibliotecas de conhecimento. Um biblioteca de objetos é uma colegao de modelos de conhecimento (eventualmente incluindo também definigées e requisitos) sobre tipos de objetos fisicos. No universo das bibliotecas de objetos, quase tudo pode ser considerado um objeto. Portanto, é requerida uma clara delimitagao. Em primeiro lugar, gostariamos de fazer distingdo entre coisas individuais (também chamadas de instancias individuais) e tipos de coisas, também chamados conceitos ou classes. Exemplos de coisas individuais sAo: minha cadeira, computador #32131, bomba #12 em um determinado local, a Terra e a Torre Eiffel. Exemplos de conceitos so: cadeira, computador, bomba, planeta e torre, mas também fazer inspegao, comprimento, forma e relagao: em suma, coisas que vocé normalmente encontraré em um diciondrio, Esta Norma trata de conceitos (classes). Ela também fornece algumas orientagdes para 0 uso desses conceitos por meio de diretrizes para a classificagdo de coisas individuais. A diferenca essencial entre um conceito (classe) e uma coisa individual é que um conceito abarca caracteristicas ‘comuns a uma série de coisas individuais que podem ser usadas para denotar a natureza das mesmas. Por exemplo, 0 conceito “cadeira” denota o que todas as cadeiras individuais tem em comum. Um conceito também pode ser um tipo ou modelo de que muitas coisas individuais sao feitas. Por exemplo, um “Audi Q7” é um conceito que representa um tipo ou modelo de um carro, Vocé nunca pode apontar para um conceito ou uma classe, ou chuta-lo, enquanto que vocé pode apontar ou chutar muitas coisas individuais. NOTA — A nogao de “classe” como frequentemente utilizada no universo da Tecnologia da Informaga\ diferente da nogéo de conceito (classe) conforme descrito anteriormente. Porque em TI uma “classé consiste de um conceito (muitas vezes denominado “tipo de entidade’), incluindo uma colegao particular de ‘tributos” e possivelmente um “comportamento’. Isto implica que os diferentes modelos de dados podem conter diferentes “classes” para o mesmo conceito, cada uma com os seus préprios atributos. Nesta Norma, um conceito se distingue dos fatos sobre 0 conceito, enquanto que o “atributo” ou “comportamento” em um modelo de dados é representada por um fato que relaciona este conceito com um outro. 3 Esta definicdo é claramente de natureza mais ampla do que a definigao utilizada no PAIS - Action Plan in the Construction and Infrastructure Sector (Plano de Agao no Setor da Construgdo e da Infraestrutura [Holandés: * Plan van Aanpak PAIS in de bouw en infra”). Os autores deste relatério se com antecedéncia a definir e/ou expor bibliotecas contendo a informacao sobre objetos fisicos, 28 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Na pratica, as pessoas muitas vezes ndo estdo conscientes da distingao entre coisas individuais tipos de coisas. Por exemplo, quando as pessoas dizem que esto falando sobre a descrigao de “um avido”, eles podem estar se referindo a descrigo de um avido em particular ou podem estar se referindo a descrigao (conceito) de “avido” (0 que torna qualquer avido um avido) As bibliotecas de conhecimento sao baseadas nesta distingao. Elas sé lidam apenas com tipos de coisas. Outra caracteristica das bibliotecas de conhecimento é a de que 0 conhecimento é expresso por meio de modelos. Isto significa que a informacao ou conhecimento é expressa sob a forma de uma estrutura de dados (também denominada modelo de dados ou modelo de conhecimento). Esta estrutura de dados pode ser visualizada como uma rede de coisas relacionadas. Os nés na rede representam conceitos, os vértices representam relacionamentos (ou relagdes) entre esses conceitos (as coisas individuais raramente aparecem em modelos de conhecimento). Uma relagdo com esses conceitos relacionados em conjunto forma a expressao de um nico fato (atémico), sendo uma pequena fatia do conhecimento. Os fatos séo usualmente agrupadas em colegGes de fatos sobre tipos especificos de coisas (objetos). Esta colecdo de expressées de fatos em conjunto forma um modelo que expressa 0 conhecimento sobre 0 tipo de coisa. Isso ¢ ilustrado na Figura 5 é cassifoado estrada RET medio de nem mformacio| | conhecimento =u sobre uma estrada temome | | conectada || Pode er como) (pode ter jode ter como: csi spe | [ieee et) Gera) | Fete) yin ae ear autcestrada] [rotunda Jocateade ao lado rato de uma, aor] ‘subtn0 (acto estrada con) ‘quatro faixas do rolamento Figura 5 - Exemplo de um modelo de conhecimento sobre uma estrada AFigura 5 mostra que existe uma distingao entre um conceito (estrada) e um modelo de conhecimento ‘sobre esse conceito (um modelo de estrada). Além disso, ilustra também que o modelo de conhecimento & uma colegao de fatos que é composto por uma série de fatos atémicos, como o fato de que uma faixa de rolamento pode ser parte de uma estrada. Cada um desses fatos é expresso por uma relacao de um tipo particular. As diferengas entre as varias bibliotecas de conhecimento sao devido ao fato de que esses tipos de relacdo nao sao muitas vezes explicitados e que ha pouca padronizagao destes tipos de relagao. Esta é a razao pela qual esta Norma contém definigdes de tipos de relagao padrao. Se os conceitos so organizados em uma hierarquia de conceitos de subtipo ou supertipo, entéo isso é denominado uma taxonomia. As bibliotecas de conhecimento podem ir mais além do que uma taxonomia, quando elas também definem conceitos por meio de inclusao de conhecimento modelado sobre esses conceitos. Isto implica que uma biblioteca de conhecimento inclui relagdes entre conceitos, © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 29 ABNT NBR ISO 16354:2018 enquanto que cada uma dessas relagdes expressa um fato sobre os conceitos relacionados e, desta forma, expressa algum conhecimento, Uma série de tais relagdes com 0 mesmo conceito em conjunto formam uma rede, que expressa o conhecimento sobre 0 conceito sendo denominada modelo de conhecimento sobre 0 conceito. E por este motivo que se define uma biblioteca de conhecimento ‘como uma biblioteca de modelos de conhecimento. Para atender as diferengas de funcionalidade entre diferentes bibliotecas de conhecimento, esta Norma define uma série de “unidades funcionais” cada uma das quais abrangendo um determinado alcance de funcionalidade. © escopo de uma biblioteca de conhecimento pode abranger uma ou mais unidades funcionais e a sua conformidade com esta norma 6 entéo comparada com as diretrizes estabelecidas somente para essas unidades funcionais. Em 6.2.1, é apresentado um resumo de varios exemplos de tipos de bibliotecas de conhecimento. Os exemplos nao sao exaustivos, mas s4o bastante utilizados para fins ilustrativos. 6.2.1 Catdlogos de produtos Os catalogos de produtos sao bibliotecas de objetos criadas para aplicagdes especificas em uma area especifica. Exemplos de aplicagdes séo: vendas, compras, engenharia, desenho e manutengo, Exemplos de dominios so: construgdo, instalacdo, construgao de maquinas, industria de proceso e a construgao naval. Até agora, a maioria dos catélogos sao usados para apoiar a selegao e compra de itens, Por este motivo, estas bibliotecas de objetos séo chamadas de catélogos de produtos normaimente contendo, para uma disciplina espectfica, milhares de itens de um ou mais fornecedores, de tal forma que um departamento de compras pode selecionar e emitir uma ordem de compra No caso de uma lampada, por exemplo, seria possivel verificar quais os fornecedores que podem fornecer e também quais os pregos e os prazos de entrega correspondentes. Os modelos que sao utilizados em catdlogos de produtos geralmente incluem apenas a informacdo que é necessaria para a selecdo e a compra de produtos. Geralmente, esses modelos nao incluem, por exemplo, estruturas de montagem. NOTA — Exemplos de biblioteca de objetos de catélogos de produtos sao UNETO-VNI relacionado com a disciplina, e 0 catélogo MESC para a especificacéio de compra da Shell 6.2.2 Bibliotecas de requisitos de dados do produto Para preencher corretamente um catalogo de produtos, ¢ necessario especificar os requisitos da informagao para todos os tipos de produtos ou itens que serdo incluidos no catalogo. Isso pode ser feito criando-se uma biblioteca de objetos de modelos de requisitos. Estes modelos de requisitos podem ser apresentados em formuldrios-padrao e, portanto, so muitas vezes referidos como folhas de especificacao padrao, também denominadas folhas de dados ou modelos de folhas (‘templates’). Para continuar usando o exemplo anterior, um modelo de requisitos (em uma folha de especificagées padrao) de uma lampada contém precisamente quais aspectos que podem ou devem ser ‘preenchidos” por um fornecedor. Portanto, uma biblioteca de modelos de requisitos efetivamente substitui a base para o preenchimento de uma biblioteca de partes relacionadas com a disciplina ou catélogo de produtos (ver Figura 6 ). 30 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: ABNT NBR ISO 16354:2018 Plug area: Gamma \cor Branca }orameni: Se Brand colour Grounded Boitoca do requistes de dads relacionados isto Cato de prosios retadonados & dscina Figura 6 — Relaco entre uma biblioteca de requisitos de dados relacionados com uma disciplina e o catdlogo de produtos correspondente Portanto, uma colegao de varios modelos de requisitos para os tipos de produtos em si compée uma biblioteca de templates (modelo). Na pratica, s4o também utilizados os termos classes de itens ou classes de produtos para estes modelos de requisitos. Exemplos de bibliotecas de requisitos de dados sao a biblioteca de templates MESC (denominados “formatos’) e a biblioteca de classes de itens UNETO-VNI na qual cerca de 3 500 templates foram definidos. Os catdlogos de produtos MESC e UNETO-VNI mencionados anteriormente sdéo preenchidos de acordo com os seus respectivos templates. 6.2.3 Bibliotecas de projetos Sob 0 ponto de vista arquitetdnico, as bibliotecas de projetos so muito semelhantes aos catdlogos de produtos. A principal diferenca é mais de natureza funcional, na medida em que uma biblioteca de projeto se concentra em modelos de produtos que incluem a estrutura de composicao dos produtos e € principalmente aplicada em fases onde sao criadas as coisas individuais sobre a base de conhecimentos a respeito de diversas alternativas de projeto. Uma biblioteca de projeto é, portanto, preenchida com conhecimentos sobre tipos de objetos dos quais a organizagdo em questdo deseja criar partes — a assim chamada “criar” partes. Estas partes criadas podem, por sua vez, constituir uma montagem “partes para compra” que foram especificadas em um catalogo de produtos descrito anteriormente. Consequentemente, o foco de uma biblioteca de projeto esta na fase de criagao e, portanto, também sobre a informagao que é necessaria para a montagem do produto (0 assim chamado conhecimento do projeto). Um exemplo desse tipo de biblioteca é a biblioteca de pecas VNI. 6.2.4 jondrios iteligentes © quarto tipo de biblioteca, diciondrios inteligentes, so bibliotecas de integrago, principalmente utilizadas para fornecer uma terminologia e linguagem comum para diversos sistemas e, portanto, conter definigdes comuns e ter um propésito explicativo. Essas bibliotecas se concentram principalmente em uma descrig4o inequivoca do “significado” dos objetos. Eles consistem de modelos que incluem definicdes, aspectos de definicao e relagdes (de especializagao) entre os objets, de tal modo que os tipos de objetos utilizados sao definidos inequivocamente. A fungao de integragao acontece quando essas biblioteca séo comumente usadas pelas bibliotecas das disciplinas mencionadas anteriormente (ver Figura 7). Essas bibliotecas de integracao podem ser distinguidas em diciondrios orientados a © 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados: 31 ABNT NBR ISO 16354:2018 texto e nos dicionarios baseados em modelos explicitos, onde até mesmo as definigdes so expressas como modelos. Exemplos de diciondrios inteligentes sao encontrados no LexiCon, Gellish English Dictionary-Taxonomy e IFD Library Group. © Dicionario Inteligente | a gM *Monodisciplinar Catalogo de prgdutos Catalogo de prgdutos a Biblioteca® do Projeto > Biblioteca Biblioteca do Projeto do Projeto Discipiina A. isciplina B Disciplina C Figura 7 — Relagao entre bibliotecas de disciplinas e dicionario inteligente 6.2.5 Sistemas de classificagao Os sistemas de classificacdo tém sido criados visando a harmonizagao da terminologia e a descrigao do contexto. Eles sao caracterizados pela colecao de objetos com base em um aspecto particular em camadas de aspectos miltiplas e, as vezes, heterogéneas, De um modo geral esses sistemas nao 0 bibliotecas de objetos. Normalmente este tipo de camada vai aplicar uma hierarquia de nao mais do que trés ou quatro niveis de profundidade. A adigao de “contexto" para essas bibliotecas considera-se principalmente ao fato de que esses sistemas desempenham um papel de apoio. Eles sao direcionados para a classificagao ou colegao de tipos de objetos para uma aplicagao especifica, Exemplos de sistemas de classificacao incluem: ICS, UBIM91, Elem91, SfB, Omniclass e DIN 6779-2. 6.3 Valor agregado das bibliotecas de conhecimento 6.3.1. Introdugao Para alguns isto pode parecer uma questao trivial, mas por que tem bibliotecas de conhecimento? O principal objetivo desta subsecdo é apresentar uma série de exemplos notaveis de bibliotecas de conhecimento, 6.3.2. Integragao em uma coluna comercial Um dos exemplos mais evidentes é a integragéo em uma coluna comercial, também chamada de cadeia de fornecimento. A colecdo da informagao sobre itens nos varios fornecedores, em uma nica biblioteca, pode resultar em beneficios consideraveis para as varias partes envolvidas. Deve 32 @ 180 2013 - @ABNT 2018 - Todos 08 direitos reservados:

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