You are on page 1of 58

Aula 11

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 138


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)

Distribuição Uniforme

Na ausência de informação, é comum a hipótese de que todos os possíveis


resultados de um experimento aleatório possuem a mesma probabilidade.
Ω⸦R
Exemplos: ?

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 139


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Gráficos da Distribuição Uniforme

FDP (Fç. Distribuição de Prob.) fdp (fç. Densidade de prob.)

P[c, d]

c d c d
Fx(c) = P(x ≤ c) P[c, d]
P(c) = 0

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 140


2.3 Distribuições Especiais (discretas)
Distribuição Triangular de v.a. Contínua

Aplicação Real (Petrobras):


Casos em que se conhece apenas a faixa de valores possíveis (mínimo = a
e máximo = b) e um eventual ponto de máxima probabilidade:
px(X) = 0 se X<a ou se X>b
px(c) = Máx px(X)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 141


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)

Distribuição Normal
ou
Gaussiana

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 142


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Distribuição Normal ou Gaussiana

Teorema do Limite Central


Sejam X1, X2, X3 … variáveis aleatórias (contínuas ou discretas, mesmo com
diferentes distribuições) independentes. Então:
Y = X1 + X2 + X3 + …
é uma v.a. Normal ou Gaussiana.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 143


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Distribuição Normal

Como vimos, se X é uma v.a. contínua com fdp dada por px, temos que:

E essa v.a. Contínua X é dita v.a. Normal ou v.a. Gaussiana quando a fdp px é
dada por:

Essa fdp depende de dois parâmetros. O parâmetro μ é relacionado com o


centro dos dados e o parâmetro σ é relacionado com a dispersão ou
espalhamento dos dados, como veremos bem mais adiante.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 144


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Distribuição Normal

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 145


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)

Teorema Fundamental do Cálculo

Se
∫[a, X]p(u)du = F(X)
então
dF(X)/dX = p(X)

Como p é a derivada de F, costumamos dizer que


F é a primitiva de p.

No nosso contexto:
fdp é a derivada da PDP
FDP é a primitiva da fdp

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 146


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Distribuição Normal

Vimos que quando X é uma v.a. contínua a probabilidade de X pertencer a um


intervalo I é a integral
Mas no caso particular de v.a. Normal ou Gaussiana essa integral não pode
ser calculada como usual, pois não existe primitiva da fdp fx, i.e., não existe
uma FDP Fx tal que sua derivada é a fdp fx, de modo que se possa calcular
P(x ∈ [a, b]) = Fx(b) – Fx(a)
com Fx = dfx/dx
Os cálculos de probabilidade nesse caso são computacionais.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 147


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Distribuição Normal Padrão ou Padronizada
μ mm = 0 e σ = 1

Fz(z) = P(Z ≤ z)

Z = N(0, 1)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 148


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Distribuição Exponencial

Se x é uma v.a. exponencial,


então
P(t ≤ a) = ∫t≤a f(t)dt
onde
f(t) = λ.e-λt para t ≥ 0
e
f(t) = 0 para t < 0.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 149


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Distribuição Exponencial

Aplicação usual:
Tempo de vida de
equipamentos.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 150


2.3 Distribuições Especiais (contínuas)
Distribuição Exponencial

Exemplo:
Um determinado estoque de equipamentos é tal que 90% duram mais que
5 anos. Qual a probabilidade deste tipo de equipamento durar menos de 2
anos?
P(t > 5) = 90%  ∫(5, ∞) λ e–λx dx  e–λ5 = 0,9  λ = [Ln 0,9] / 5 = 0,021
Portanto:
P(t ≤ 2) = 1- ∫ (2, ∞) 0,021e–0,021x dx = 1 - e–0,042 ≈ 4%
Tabelas de integrais:
https://docs.ufpr.br/~jcvb/online/Tabelas%20de%20Integrais%20Indefinidas%20(1).pdf
https://www.if.ufrgs.br/tex/fisica-4/tab-integrais.pdf

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 151


Aula 12

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 152


TEORIA DAS PROBABILIDADES
1.1 Conceitos Fundamentais: espaço amostral, eventos e probabilidade
1.2 Probabilidade: escolas clássica, frequencial e axiomática. Teoremas
1.3 Prob condicional; Teo da Prob Total; Bayes; Independência
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS
2.1 Definição e classificação;
2.2 Funções de probab de densidade e de distribuição de probabilidade
2.3 Distribuições especiais
2.4 Variáveis aleatórias condicionais. Independência
2.5 Momentos
2.6 Extensão para vetores aleatórios.
PROCESSOS ESTOCÁSTICOS
3.1 Definição e conceitos básicos
3.2 Caracterização de processos estocásticos
3.3 Estacionariedade
3-4 Processos especiais: Markov, Gaussiano, Poisson

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 153


2.4 Vetores Aleatórios (parte 1)

Espaço Amostral
ou Espaço de Amostras
Ω

Evento
A .
Resultado
ou ponto-amostra
ω

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 154


2.4 Vetores Aleatórios (parte 2)

Espaço Amostral
ou Espaço de Amostras
R
Ω
x x(ω) = a
Evento
A .
Resultado
ou ponto-amostra
ω

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 155


2.4 Vetores Aleatórios (parte 3)

Espaço Amostral
ou Espaço de Amostras
R2
Ω
x x(ω)
Evento
A .
Resultado
ou ponto-amostra
x = (y, z)
ω

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 156


2.4 Vetores Aleatórios

Espaço Amostral
ou Espaço de Amostras
R
Ω R
y
y(ω) = a
Evento z
. z(ω) = b
A

Resultado
ou ponto-amostra
ω

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 157


2.4 FDP CONJUNTA

Em alguns momentos estamos interessados em calcular probabilidade de


ocorrência de dois eventos simultaneamente, daí decorre a probabilidade
da interseção:

P(A∩B) = probabilidade da ocorrência simultânea de A e B

No caso de v.a.´s temos o equivalente. Suponha que A = {x: x ≤ X} e


B = {y: y ≤ Y}. Então:

P(A∩B) = P({x ∈ A} ∩ {y ∈ B}) = P(x ≤ X; y ≤ Y)

Note que nesses casos o usual é representar a interseção por “;” ou


“,”. Vamos nos dedicar a esta última expressão P(x ≤ X; y ≤ Y) 

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 158


2.4 FDP CONJUNTA
Exemplo

Uma peça pode ter 6 atributos relevantes:


m = massa d = diâmetro
c = comprimento f = tempo de fabricação
r = rigidez u = tempo de uso
Selecionada uma peça ao acaso, podemos calcular probabilidades
relativas ao vetor aleatório x = (m, d, c, f, r, u) ∈ R6, como p.ex.:

P(m ≤ M, d ≤ D, c ≤ C, f ≤ F, r ≤ R, u ≤ U) = Fx(M,D,C,F,R,U)
ou
P(u > U , f ≤ F | r ≤ R, m ∈ [M1, M2]) = ?
(probabilidade condicional… veremos adiante)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 159


2.4 fdp CONJUNTA

No caso do Rn temos que x = (x1, …, xn) e portanto:

P(x ≤ X) = P(x1 ≤ X1, …, xn ≤ Xn) = Fx1…xn(X1,…,Xn) = Fx(X)

E como px = dF/dx:

No caso tridimensional:

px(X) = pyzt(Y,Z,T) = ∂3Fyzt(Y,Z,T)/∂Y∂Z∂T

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 160


2.4 fdp CONJUNTA

Propriedades: ∫(-ꝏ,a] px (X) dX = Fx(a)

∫(-ꝏ,a] ∫(-ꝏ,b] ∫(-ꝏ,c] pyzt(Y,Z,T) dYdZdT = Fyzt(a,b,c)


∫(-ꝏ, ꝏ] px (X) dX = Fx(ꝏ) = 1

∫(-ꝏ, ꝏ) ∫(-ꝏ, ꝏ) ∫(-ꝏ, ꝏ) pyzt(Y,Z,T) dYdZdT = 1

pyzt(Y,Z,T) ≥ 0 px (X) ≥ 0

Analogia com o caso


unidimensional

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 161


2.4 fdp CONJUNTA

v.a. discreta x = (y, z)∈ R2

Ωx = Ωyz = {(10,300), (10,400), (20,300), (20,400)}


Ωy = {10, 20} e Ωz = {300, 400}
px = pyz é denominada distribuição conjunta de y e z

Y = 10 Y = 20
Z = 300 0,1 = P(10, 300) 0,2 = P(20, 300)
Z = 400 0,3 = P(10, 400) 0,4 = P(20, 400)
1,0 = P(Ω)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 162


2.4 fdp CONJUNTA

v.a. discreta x = (y, z)∈ R2

Ωx = Ωyz = {(10,300), (10,400), (20,300), (20,400)}


Ωy = {10, 20} e Ωz = {300, 400}
px = pyz é denominada distribuição conjunta de y e z
py é denominada distribuição marginal de y
pz é denominada distribuição marginal de z

Y = 10 Y = 20 ↓ pz
Z = 300 0,1 = P(10, 300) 0,2 = P(20, 300) 0,3 = P(z = 300)
Z = 400 0,3 = P(10, 400) 0,4 = P(20, 400) 0,7 = P(z = 400)
py  0,4 = P(y = 10) 0,6 = P(y = 20) 1,0 = P(Ω)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 163


2.4 fdp MARGINAL

x = (y, z, t)∈ R3

Caso discreto:
∑ i = -ꝏ, ꝏ ∑ k = -ꝏ, ꝏ pyzt(Yi ,Zk ,T) = pt(T)

Caso contínuo:
∫(-ꝏ, ꝏ) ∫(-ꝏ, ꝏ) pyzt(Y,Z,T) dZdT = py(Y)
∫(-ꝏ, ꝏ) ∫(-ꝏ, ꝏ) pyzt(Y,Z,T) dYdT = pz(Z)
∫(-ꝏ, ꝏ) ∫(-ꝏ, ꝏ) pyzt(Y,Z,T) dYdZ = pt(T)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 164


2.4 FDP CONJUNTA

A função distribuição de probabilidade (FDP) de uma variável


aleatória bidimensional x é uma função Fx definida por
Fx: R2  R
X  Fx(X)
Onde
x = (y,z) é um vetor de duas variáveis aleatórias
X = (a, b) é um resultado bidimensional

E portanto:

Fx(X) = P(x ≤ X) = P(y ≤ a; z ≤ b) = Fyz(a, b)

Fyz é dita FDP conjunta das v.a.’s y e z (componentes do vetor x)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 165


Aula 13

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 166


2.4 V.A.’s Condicionais

FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO CONDICIONAL


Por definição, se P(M) > 0, a probabilidade condicional de A dado M
ou probabilidade de A condicionada a M é denotada por P(A|M) e
calculada da seguinte forma: P(A|M) = P(A,M)/P(M). Obs: neste tipo de
assunto costuma-se adotar P(A,M) em lugar de P(A∩M).

Se A = {x: x ≤ X}, como Fx(X) = P(x ≤ X), teremos a

FDP Condicional
da v.a. X, dado um evento M qualquer:

P(x ≤ X|M) = Fx|M(X) = P(x ≤ X, M)/P(M)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 167


2.4 V.A.’s Condicionais

FUNÇÃO DENSIDADE CONDICIONAL

Vimos que a FDP Condicional de x dado M é dada por


Fx|M(X) = P(x ≤ X, M) / P(M)

Como px = dF/dx, derivando-se a expressão acima, tem-se a

fdp condicional de x dado M:

dFx|M(X)/dX = px|M(X) = dP(x ≤ X , M)dX / P(M)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 168


2.4 V.A.’s Condicionais

FUNÇÃO DISTRIBUIÇÃO CONDICIONAL

Para o caso em que M = {y: y ≤ Y}, considerando que

P(x ≤ X| y ≤ Y) = P(x ≤ X , y ≤ Y) / P(y ≤ Y)

Como Fx(X) = P(x ≤ X), teremos:

FDP Condicional de x dado y:

Fx|y≤Y(X) = Fxy(X,Y) / Fy(Y)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 169


2.4 V.A.’s Condicionais

FUNÇÃO DENSIDADE CONDICIONAL

Vimos que a FDP Condicional de x dado M = {y: y ≤ Y} é dada por


Fx|y≤Y(X) = Fxy(X,Y) / Fy(Y)

Como px = dF/dx, derivando-se a expressão acima com relação a x, tem-se a

fdp condicional de x dado {y: y ≤ Y}:

px|y≤Y(X) = ∂Fxy(X,Y)/ ∂X / Fy(Y)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 170


2.4 V.A.’s Condicionais
Para o caso em que M = {y: y = Y} teremos, após alguns cálculos a:

FDP Condicional de x dado y:

Fx|y=Y(X) = ∫(-ꝏ,X) pxy(λ,Y)dλ / py(Y)

Como px = dF/dx, derivando-se com relação a x teremos a:

fdp Condicional de x dado y:

px|y=Y(X) = pxy(X,Y) / py(Y)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 171


2.4 V.A.’s Condicionais
Quadro Resumo

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 172


Aula 15

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 173


2.4 V.A.’s Independentes
Vimos que P(A|B) = P(A∩B) / P(B)
Ou, equivalentemente, que P(A∩B) = P(A|B).P(B)
E que dois eventos A e B são ditos independentes quando:
P(A∩B) = P(A).P(B)

No caso em que A = {x: x ≤ X} e B = {y: y ≤ Y} diremos que:

As v.a.´s x e y são estatisticamente independentes quando

Fxy(X,Y) = Fx(X).Fy(Y)
e, no caso em que as FDPs forem diferenciáveis:

pxy(X,Y) = px(X).py(Y)
16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 174
2.4 V.A.’s Independentes
Vimos agora que se x e y forem v.a.´s independentes:
pxy(X,Y) = px(X).py(Y) [1]

Mas vimos que, de um modo geral,


px|y=Y(X) = pxy(X,Y) / py(Y) [2]

Aplicando [1] em [2], teremos que, se x e y forem


v.a.´s independentes: px|y=Y(X) = px(X).py(Y) / py(Y)

Portanto: px|y=Y(X) = px(X)


E da mesma forma: py|x=X(Y) = py(Y)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 175


2.4 V.A.’s Independentes

Para o caso n-dimensional a extensão é direta. Se {x1, …, xn}


são n v.a.´s independentes:

Fx1…xn(X1, …, Xn) = Fx1(X1) x ... x Fxn(Xn)


E se as FDPs são diferenciáveis:

px1…xn(X1,…,Xn) = px1(X1) x ... X pxn(Xn)

Significado? Aplicação para estimativas de


máxima verossimilhança

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 176


2.4 V.A.’s Independentes
No caso de ESTIMATIVA DE MÁXIMA VEROSSIMILHANÇA,
buscamos o valor de x que é mais provável, i.e., que maximiza a fdp
conjunta px1…xn(X1, …, Xn).
Para encontrarmos o máximo de uma função, derivamos e
igualamos a zero, i.e., dp/dx = 0.
Maximizar uma função p é o mesmo que maximizar a função
composta g(p), no caso em que g é monótona crescente ou
decrescente.
Fazendo g = Log, teremos:
Log px (X) = Log px1…xn(X1, …, Xn)
= Log {px1(X1) x … x pxn(Xn)}  v.a.´s independentes
= Log px1(X1) +…+ Log pxn(Xn)
Em resumo, é mais fácil derivar soma de funções do que
derivar produto de funções.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 177


2.4 V.A.’s Independentes
Exemplo
Considere o seguinte sinal aleatório, que pode representar o
ruído em um canal de comunicação:

Os valores deste sinal nos instantes t1 e t2 são as va´s x e y,


consideradas conjuntamente gaussianas:.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 178


2.4 V.A.’s Independentes
O gráfico da fdp conjunta das va´s x e y é dado por:

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 179


2.4 V.A.’s Independentes
Temos a fdp conjunta [1]

Podemos calcular a fdp marginal de y, que é gaussiana, assim


como a fdp de x:

[2]

Mas já vimos que, de um modo geral, fdp condicional de y é


dada por:
[3]

Em [2] substituindo x por y (e vice versa), teremos a


fdp marginal px. Substituindo px e [1] em [3] teremos a:

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 180


2.4 V.A.’s Independentes
fdp condicional da va y (dado x), que também é gaussiana (ou normal):

[4]

Para fazermos aplicações numéricas, vamos supor que os


parâmetros σ e ρ da fdp conjunta são dados por: σ = 1 e ρ = 0,9.
E nesse caso, vamos calcular a probabilidade do ruído no
instante t2 (a v.a. n(t2) = y) superar determinado limiar, digamos
Y > 3. Para isso, basta integrar a fdp marginal de y [2] sobre o
intervalo (3, ꝏ):

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 181


2.4 V.A.’s Independentes
Suponhamos que no instante t1 o ruído atingiu o nível 3, i.e.
n(t1) = x = 3.

Calculemos agora a probabilidade do ruído no instante t2, i.e.,


n(t2) = y, ultrapassar este mesmo nível de ruído. Isto é,
calcularemos P(y > 3 | x = 3).

Para isso, vamos substituir em [4] X = 3 e integrarmos com


relação a Y sobre o intervalo (3, ꝏ):

----- // -----

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 182


2.4 V.A.’s Independentes
Suponhamos que no instante t1 o ruído atingiu o nível 3, i.e.
n(t1) = x = 3.

Calculemos agora a probabilidade do ruído no instante t2, i.e.,


n(t2) = y, ultrapassar este mesmo nível de ruído. Isto é,
calcularemos P(y > 3 | x = 3).

Para isso, vamos substituir em [4] X = 3 e integrarmos sobre o


intervalo (3, ꝏ):

P(y > 3 | x = 3) = 0,2451 ≠ P(y > 3) = 0,0013


 x e y não são v.a.´s independentes

----- // -----
16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 183
2.4 V.A.’s Independentes
Exemplo
Um painel controla a duração de ligações em dois postos de comunicações.
Acende uma luz:
verde quando as ligações dos postos são curtas (t < 0,5 min), dificultando a
localização dos postos, situação segura;
amarela, significando “atenção, existe risco de localização de um dos
postos”, quando um dos postos faz uma ligação longa (t ≥ 0,5 min); e
vermelha, significando “perigo, existe risco de localização dos dois postos”.

Sejam x e y (v.a.´s) as durações das ligações dos postos 1 e 2, respec.


Com base em experiências passadas, através de um método de identificação
de distribuições, tem-se que a fdp conjunta é dada por:

pxy(X,Y) = 10e-(2X + 5Y)

Quando X > 0 e Y > 0.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 184


2.4 V.A.’s Independentes
As v.a.´s x e y se referem a tempos de comunicação.
Seja uma v.a. z referente à luz que se acende:
Quando as luzes são verde, amarela ou vermelha,
a variável z assume os valores 0,1 ou 2, i.e.:

z = 0 se não existem comunicações longas (x e y < T)


 Luz verde

z = 1 se apenas uma das comunicações é longa (ou x ou y > T)


 Luz amarela

z = 2 se as duas comunicações são longas (x e y > T)


 Luz vermelha

Note que z é uma v.a. discreta função das v.a.´s contínuas x e y.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 185


2.4 V.A.’s Independentes
(i) Verifique se as v.a.´s x e y são independentes. Com isso,
saberemos se a duração de uma ligação de um posto afeta ou não a
duração do outro posto.

(ii) Determine a dp da v.a. z, que acusa quantas ligações longas


ocorrem. Com isso, teremos a probabilidade de estarmos em situação
de segurança (luz verde), atenção (luz amarela) ou perigo (luz
vermelha).

(iii) Se apenas uma chamada foi longa, qual a probabilidade de ter


sido originada no posto 1? Com isso, para agirmos, saberemos que
posto (1 ou 2?) está gerando uma situação de risco quando a luz
amarela acende.

(iv) Se as duas chamadas foram longas, qual a probabilidade da


ligação do posto 2 ter superado 1 min?

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 186


2.4 V.A.’s Independentes
Solução:

(i) Verifique se as v.a.´s x e y são independentes, i.e., se a duração


de uma ligação de um posto afeta a duração do outro posto.

As duas v.a.´s são independentes quando:


pxy(X,Y) = px(X).py(Y)

Calculando as fdp´s marginais:


px(X) = ∫(0,ꝏ) pxy(X,λ)dλ = 2e-2X (X > 0)
py(Y) = ∫(0,ꝏ) pxy(λ,Y)dλ = 5e-5Y (Y > 0)

Multiplicando essas duas expressões:


px(X).py(Y) = 2e-2X. 5e-5Y (X e Y > 0)
= 10e-(2X + 5Y) (X e Y > 0)
= pxy(X,Y)  independentes.

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 187


2.4 V.A.’s Independentes
fdp´s marginais:
px(X) = ∫(0,ꝏ) pxy(X,λ)dλ = 2e-2X (X > 0)
py(Y) = ∫(0,ꝏ) pxy(λ,Y)dλ = 5e-5Y (Y > 0)

px(X) = 2e-2X

py(Y) = 5e-5Y

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 188


2.4 V.A.’s Independentes

(ii) Determine a fdp da v.a. z, que acusa quantas ligações longas


ocorrem.

As v.a.´s x e y são contínuas. A v.a. z é discreta com Ωz = {0, 1, 2}.

Calcularemos a dp da v.a. z:

P(z = 0) = P(x < 0,5, y < 0,5) = ∫∫(0, 0.5) pxy(X,Y) dXdY = 0,58

P(z = 2) = P(x > 0,5, y > 0,5) = ∫∫(0.5, ꝏ) pxy(X,Y) dXdY = 0,03

P(z = 1) = 1 – (0,58 + 0,03) = 0,39

fdp da v.a. discreta (ou dp) pz: {(0; 0,58), (1; 0,39), (2; 0,03)}

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 189


2.4 V.A.’s Independentes
A distribuição de probabilidade (dp) da v.a. discreta z e dada por:

pz(Z) = 0,58 se Z = 0
0,39 se Z = 1
0,03 se Z = 2

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 190


2.4 V.A.’s Independentes

Se a fdp (ou fd ou dp) da v.a. discreta z e dada por:

pz(Z) = 0,58 se Z = 0
0,39 se Z = 1
0,03 se Z = 2

Então sua FDP (ou FDA) é dada por:

Fz(Z) = 0 se Z ∈ (-ꝏ,0)
0,58 se Z ∈ [0, 1)
0,58 + 0,39 = 0,97 se Z ∈ [1,2)
0,58 + 0,39 + 0,03 = 1 se Z ∈ [2,ꝏ)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 191


2.4 V.A.’s Independentes
FDP (ou FDA) da v.a. z é dada por:

Fz(Z) = 0 se Z ∈ (-ꝏ,0)
0,58 se Z ∈ [0, 1)
0,58 + 0,39 = 0,97 se Z ∈ [1,2)
0,58 + 0,39 + 0,03 = 1 se Z ∈ [2,ꝏ)

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 192


2.4 V.A.’s Independentes

(iii) Se apenas uma chamada foi longa, qual a probabilidade de ter


sido originada no posto 1?

O que se deseja calcular é:


P(x > 0,5 | z = 1). Mas como?

P(x > 0,5 | z = 1) = P(x > 0,5; z = 1) / P(z = 1)


= P(x > 0,5; y < 0,5) / 0,39
= ∫(0.5, ꝏ)∫(0, 0.5) pxy(X,Y) dXdY / 0,39
= ∫(0.5, ꝏ)∫(0, 0.5) 10e-(2X + 5Y)dXdY / 0,39
= 0,87
Sem fazer cálculos:
P(x > 0,5 | z = 1) é maior ou menor que P(y > 0,5 | z = 1)? Porque?

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 193


2.4 V.A.’s Independentes
(iv) Se as duas chamadas foram longas, qual a probabilidade da
ligação do posto 2 ter superado 1 min?
Em termos de probabilidade, o que se deseja calcular?
P(y > 1 | z = 2) =
= P(y > 1, z = 2) / P(z = 2)
= P(y > 1, x > 0,5, y > 0,5) / 0,03
= P(y > 1, x > 0,5) / 0,03
= ∫(0.5, ꝏ) ∫(1, ꝏ) pxy(X,Y) dXdY / 0,03
= 0,37
===== // =====

16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 194


2.4 Vetores de v.a.´s: FDP e fdp
Intercessão: A = {x: x ≤ a} e B = {y: y ≤ b}  P(A∩B) = P(x ≤ a; y ≤ b)

FDP conjunta: Fx(c) = P(x ≤ c) = P(y ≤ a; z ≤ b) = Fyz(a, b)

FDP e fdp: px(X) = pyzt(Y,Z,T) = ∂3Fyzt(Y,Z,T)/∂Y∂Z∂T

Marginal: ∫(-ꝏ, ꝏ) ∫(-ꝏ, ꝏ) pyzt(Y,Z,T) dZdT = py(Y)

FDP condicional: Fx|M(a) = P(x ≤ a|M) = P(x ≤ a, M)/P(M)

fdp condicional: px|M(X) = dFx|M(X)/dX = dP(x ≤ X , M)dX / P(M)

FDP condicional: Fx|y≤b(a) = = P(x ≤ a , y ≤ b) / P(y ≤ b) = Fxy(a,b) / Fy(b)

fdp condicional: px|y≤Y(X) = ∂Fxy(X,Y)/ ∂X / Fy(Y)

FDP condicional: Fx|y=b(X) = ∫(-ꝏ,X) pxy(λ,b)dλ / py(b)

fdp condicional: px|y=b(a) = pxy(a,b) / py(b)


16:44 prof.helios.ufrj@gmail.com 195

You might also like