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Agua no solo Ks) (oains ap waod yy) ta, Infiltrémetro de Anel ‘Os eguipamentos para este método consistem em dois anéis, sendo 9 menor com 25 cmde didmetro ¢ o maior com $0 cm, ambos com 30 em de altura, Dewem ser instalados -concentricamente, na vertical, e enterrados 15 cm no solo, com auxilio de marreta. Para as bordas inferiores dos dois anéis devem ser finas e com corte em forma de bisel, para facilitar a penetragao no solo. Coloca-se Agua, ao mesmo tempo, nos dois anéis e, com uma régua graduada, acompanha-se a infiltracao vertical no cilindro interno, com intervalos de tempo idénticos ao ‘do método anterior. Quando nao se dispuser do cilindro externo, deve-se fazer uma bacia em yolta do cilindro menor ¢ manté-la cheia de gua enquanto durar a determina ‘A importincia do anel externo ou bacia & evitar que a agua do anel interno infiltre lateralmente. A altura da lamina de agua nos anéis deve ser de 5 om, permitind uma oscilaco maxima de 2 cm, Para facilitar as leituras, medem-se as distncias entre a borda superior do anel interno c a superficie da égua dentro dele, Na Tabela 1.7 sio ilustradas as determinagées. Para construir as curvas de infiltragdo acumulada e de velocidade de infiltrago, basta plotar os dados de Te VI versus 0 tempo acumulado, como ne exemple anterior. Na Tabela 1.7, 2 seguir, encontra-se um exemplo de um teste realizado com © infiltrometro de anel, ¢ nas Figuras 1.11 ¢ 1.12 apresentam-se os valores de infiltragdo. acumulada e yelocidade de infiltragdo aproximada. Observa-se que, ao longo do teste, a I aumenta com o tempo ¢ a velocidade de infiltragio diminui até atingir a estabilidade, valor este denominado VIB, que ‘no caso chega a 28 mm/hora, aproximadamente, 40 Salassier Bernardo, Antonio A. Soares ¢ Bverarde C. Mantovani Tabela 1.7 - Determinagao da infiltragio acumulada (1) ¢ da velocidade de infiltragao (VIa), pelo método de infiltrometro de anel Tempo Régua Infieragio Velocidade de Hora Intervalo ——Leitura (mm) —Diferenga (mim) cu mulada (1) (ain pea ie (min) ok 0 106) S = g 3h 5 105 5 5 6 ori 5 10 5 wo o Shs 5 ta 4 “ a8 9820 s ni7oo 3 "7 % ones 5 108 a 2b 48 9n30 5 or 3 24 6 bao w 1147100 7 31 2 ost 10 106 6 2 x6 ano to a 6 8 36 Tonio wo LiTHK00 s 48 so ono 0 106 6 u % 030 1 ne 4 56 a 10h10 10 Hisv100 5 6 x0 1onss 15 107 7 0 2% nino 8 na 6 16 wb nes 15 s208100 5 3 » Lins Is Lomt00 7 0 28 Eanss is wor a 2 2 120) | 100 8 ago neural (mm) ° <= —— — es 0 30 100, 150 200 ‘Tempo (erin) Figura 1.11 - Infiltragdo acumulada em fungio do tempo, Agua no solo 4t 0 60. Via (nm) 0 50 100 130 200 Tempo (rin) Figura 1.12 - Velocidade de infiltracdo aproximada em funcao do tempo. Infiltré6metro de Aspersdo Alves Sobrinho (1997) desenvolveu um infiltrometro de aspersio. de construsio simples e facil operacio no campo, cujas caracteristicas de precipitagao relativas a didmetro de gotas, yelocidade © energia cinética de impacto no solo das gotas produzidas sio semelhantes sda chuya natural, Tem sido mais utilizado em pesquisa, devido a infra estrutura necessétia, Equacdes Que Descrevem a Infiltragao A infiltragao acumulada de agua no solo (I) pode ser deserita por varios tipos de equacdes, sendo as duas apresentadas a seguir as mais usadas: Equacao Potencial ou de Kostiakov Fekig (1.26) em que: 1 = infiltragio acumulada, L; k= pardmetro dependente da conidigao de umidade inicial do solo; 1, = tempo de oportunidade de infiltracio, T: e a= cons inte dependente do solo, variando entre 0 ¢ | Este tipo de equagao descreve bem a infiltragio do: solo em perfodos curtos, perfodos estes comuns na aplicaedo de laminas de agua médias ¢ pequenas. Possui limitagdes em perodos longos, pois, neste caso, pela equagio, a velocidade de infiltragao tende para zero a medida que 0 tempo de infiltragdo se torna muito grande; entretanto, na realidade, 4 medida que 0 tempo aumenta, a velocidade de infiltragao tende para VIB. A velocidade de infiltragao (V1) instantinea é u derivada da infiltragao. acumulada, em relagto ao tempo, ou seja: ' dl Wege (hazy Substituindo a equacdo 1.27 em 1.28 ¢ derivando, tem-se: Viewk ot (1.28) Ou, ne ease de 1 em em ¢ t, em min, a equagao: Vi=a k (2! (em/min)ou VI= 60a k t (env) (1.29) A velocidade de infiltragio média € a divisie de I pelo tempo t,, definida na equacio 1.24. Substituindo 1.26 em 1.24 c exprimindo em centimetros, por hora, tem-se: VIM=60 k (1.30) Para determinar os coeficientes ¢ expoentes das equagdes de infiltragdo acumulada ¢ de velocidade de infiltracao, utilizam-se os procedimentos a seguir, especificados no Método de Rogressio Linear, Outra possibilidade é a utilizagio dos recursos computacionais de uma planitha eletronica, que permite a definigao da equasio de regressio linear de forma ficil e objeliva. Método de Regressao Linear Aplicando os logaritmos nos dois lados da eq 10 1.26, terse: log I= logk +-alogt, asp que nada mais & do que a equac3o de uma linha xeta do tipo Y= A+B X. em que: V= log A=logk Boa X=logt Agua no solo 43 Na regres 0 linear, sabe-se que: (1.32) (1.33) Aplicando a transformaao logaritmica nos dados de tempo acumulado e infiltragao acumulada na Tabela 1-8, tem-se, pelas equagdes 1.32 ¢ 1.33: ‘Tabela 1.8 - Transformagio logaritmica de infiltragdo e do tempo acumulado T T nine) tem ies 5 O51 “aT 10 Ls 0.196 20 zal 0.499 40 297 0.098 4s aa por oo 439 La 90 Sot 163 120 bas 1735 180 B4i 2.109) 20 wo28 2.409 300 178 2695 Somanério 2 19.055 13820 Media 1732 0.820 : = 13916 19.05320.824 i isos ao288 205 A= 0.620 «0,607 x 1,732 =- 0,431 como a=Bek =antlog A a=0,6l ek = 0,37 Segundo as equagdes 1.26 e 1.30, as equagdes de infiltracdo acumulada ¢ velocidade de infiltragdo instantanea sera 1=0371,° cm VI= 13,541," cm em que ty € 0 tempo de oportunidade, em minutos. Nota: O mesmo raciocinio pode ser usado para os métodos que determinam diretamente a velocidad de infiltrago, mas, neste caso, integra-se em vex de derivar, para se obter a equacao da infiltragao acumulada. 44 Salassier Bemardo, Antonio A. Soares ¢ Everardo C. Mantovani Equacao de Kostiakov-Lewis 1=kG+VIB1, (13a) em que: I = infiltrago acumulada, em em; k =constante que depende do solo; a= constante que depende do solo, variando entre Oe Ise VIB = velocidade de infiltragio basica, em cm/minuto A velocidade de infiltragdo instantanea (VI), em cmn/mim, se Visak e+ VIB (1.39) ea velocidade de infiltragao média (VIM), em crv/mim, sera: Vim=k 1 4+ VIB (1.36) Este tipo de equagao deve ser usado quando se pretende aplicar na irrigacao laminas de agua maiores, ou seja, irrigagdo com maiores tempos de oportunidade, durante a qual se atingird a VIB do solo, Entretanto, comparando esta equacio (1.34) com a cquagio potencial (1.26). verifica-se que cla requer uma constante a mais e, em conseqiiéneia, é mais dificil de ser ajustada aos dados de campo Referéncias ALVES SOBRINHO, 7. Desenvolvimento de um infiltrametro de aspersio portétil. Vigosa; UPV, 1997. 85 p. ‘Tese (Doutorado em Engenharia, Agricola) ~ Universidade Federal de Vigosa, Vigosa, 1997 BAVER. LD. Soil physies. N. York: John Wiley & Sons, 1966. 489 p. BEN-HUR, M.; SHAINBERG, I: MORIN, J. Variability of infiltration in 9 field with suetace-sealed soil. Soil Science Society of America Journal v.51. p.1299-1302, 1987, BERNARDO, S. Agua no solo. Vigosa: Imprensa Universitiria da UFV, 1980. 28 p, (Boletim de Extensio 1) BERNARDO, S. Determinagao da umidade do solo pelo “Método das Pesagens”. Revista Ceres, Vicosa. «. 18, 2,95, p. 74-83, 197 DOORENBOS, J.; KASSAN, A. Hf. Yield response to water. Roma: FAO, 1979. 193 p. (Imigation and Drainage Paper 33) HILLEL, D. Solo ¢ gua, Porto Alegre: Ed. Meridional "EMMA", 1970. 231 p. HOLMES, J.W. et ai, Measurement of soil water In: 1967. p. 220-243, (Agronomy monograph 1° 11). ISRAELSEN, D.W. et al, Measurement of soil moisture. In Jolin Wiley and Sons, 1967. 447 p. Intigation of agricultural lands. 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