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Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................Pp 0.3


1.1 Ficha Técnica ...........................................................................Pp 0.4
1.2 História do bairro......................................................................Pp 0.4
1.3 Mapa Histórico..........................................................................Pp 0.6
1.4 Fotos Históricas.........................................................................Pp 0.7
1.5 História do Parque Tiquatira.....................................................Pp 0.8

2. CARACTERISTICA URBANAS...........................................................................Pp 0.9


2.1 Terreno inserção do projeto.....................................................Pp 0.9
2.2 Característica do Lote Situação atual........................................Pp 0.9

3. CARACTERISTICA DO TERRENO....................................................................Pp 10.0


3.1 Topografia do Terreno e gabarito............................................Pp 10.0

4. ANALISES URBANAS......................................................................................Pp 11.0


4.1 Sistema Viário...........................................................................Pp 11.0
4.2 Fluxo Viário do Entorno............................................................Pp 11.0
4.3 Futura Estação de Metro Tiquatira...........................................Pp 11.0
4.4 Pontos de Referência da Região...............................................Pp 12.0
4.5 Mapa de uso e ocupação do solo.............................................Pp 12.0

5. PLANO DE MASSA..........................................................................................Pp 13.0

6. INSOLAÇÃO....................................................................................................Pp 14.0
6.1 Sombreamento..........................................................................Pp 14.0

7. LEGISLAÇÃO....................................................................................................Pp 15.0
7.1 Densidade Demográfica da Subprefeitura Penha......................Pp 16.0
7.2 Mapa de uso e Ocupação do solo (Plano Diretor) .....................Pp 16.0
7.3 Anexo XXI – Plano Regional Estratégico da Subprefeitura Penha... Pp 18 a 27
7.4 Quadro Características e Dimensionamento e Ocupação dos Lotes...... Pp 28
7.5 Índice Socioeconômico – ZEIS ...................................................Pp 28.0
7.6 Mapa de Geoprocessamento HABISP........................................Pp 28.0
7.7 Renda Média das Favelas...........................................................Pp 28.0
7.8 Índice de Vulnerabilidade Social................................................Pp 29.0
7.9 Mapa da Criminalidade............................................................. Pp 30.0
7.10 Equipamentos Sociais................................................................Pp 31.0
7.11 Quantidades de Escolas do Ensino Médio e Fundamental........Pp 31.0

8. PROBLEMAS DA REGIÃO................................................................................Pp 32.0


8.1 Pontos de Alagamento..............................................................Pp 33.0
8.2 Posto de Gasolina......................................................................Pp 34.0
8.3 Legislação dos Postos de Gasolina............................................Pp 34.0

1
8.4 Justificativa para a Retirada do Posto..........................................Pp 36.0

9. ESTUDO DE CASO.............................................................................................Pp 37.0


9.1 Biblioteca Madellin......................................................................Pp 37.0
9.2 Explicação para a escolha............................................................Pp 38.0
9.3 Biblioteca Leon de Griff...............................................................Pp 38.0
9.4 Explicação para a escolha............................................................Pp 39.0
9.5 Biblioteca Delft............................................................................Pp 39.0
9.6 Explicação para a escolha............................................................Pp 39.0

10. PROPOSTA PROJETUAL BIBLIOTECA TIQUATIRA..............................................Pp 40.0


10.1 Conceito da Proposta..................................................................Pp 40.1
10.2 Projeto Biblioteca Tiquatira Estudo Preliminar...........................Pp 41.0

11. CORTE URBANO ESQUEMÁTICO.....................................................................Pp 43.0


11.1 Corte AA......................................................................................Pp 43.0
11.2 Corte BB......................................................................................Pp 43.0

12 CONCLUSÃO.....................................................................................................Pp 44.0

13 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................Pp 45.0

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1 - Introdução
Tema Biblioteca Tiquatira - Estabelecimento público, onde estão reunidas coleções de objetos de
arte, ciência, acervo históricos, acervo de ficção, acervo didáticos entre outros. A biblioteca conta
também com uma exposição de obras de arte, fotografias e esculturas que explica e conta a
história do bairro e sua evolução.

A proposta visa uma requalificação do entorno, garantindo a melhoria dos locais publicos
sugeridos. O planejamento e requalificação urbana surgiu devido a necessidade existente, os
problemas com enchentes.

Aqui, irei apresentar toda pesquisa, histórico, levantamentos socioeconomicos e todas as


informações necessarias para elaborar o projeto.

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1.1 Ficha Técnica do bairro

O terreno está localizado no bairro da penha. Penha

• Área 11,30 km²


• População 127.820 hab. (2010)
• Densidade 11.312 hab/km²
• Renda média R$ 1011,67
• IDH 0,936 - muito elevado (15°)
• Subprefeitura - PENHA
• Área Geográfica - Zona Leste – São Paulo/ SP

1.2 – História do bairro - Origem do povoado

Lancemos um olhar retrospectivo à época da fundação do Colégio de Anchieta e talvez divisemos


a remota origem da Penha.
Os inacianos, sob a esclarecida orientação do padre Manuel da Nóbrega, havia pouco tinham
erguido a escola e a capela de taipa e algumas palhoças, no planalto de Piratininga.
A cidade nascera humildemente, a exemplo do Menino Jesus, numa manjedoura de palha, mas o
seu destino, grandioso, já estava traçado.
 
No recém-criado núcleo, se estabeleceram os descendentes de Tibiriçá e Caiubi. Todavia,
ninguém se sentia tranqüilo no nascente povoado, pois todos temiam ataques de surpresa.
Por sua vez, os moradores de Santo André da Borda do Campo vieram para São Paulo de
Piratininga, por sugestão de Nóbrega e Mem de Sá.
Os goianos, os carijós e os tamoios, coligados, ameaçavam atacar a qualquer momento a paliçada
planaltina.
Porém, os previdentes jesuítas instalaram vários aldeamentos até três léguas "por água e por
terra" em pontos estratégicos da Vila, como: Guarulhos, Ururai, Barueri, Pinheiros, Carapicuíba,
Itaquaquecetuba, Embu, Itapecerica, etc, que funcionariam como linhas de resistência.
O ataque previsto aconteceu em 9 de julho de 1562. João Ramalho, capitão defensor da Vila, seu
sogro Tibiriçá, os guaianases e os portugueses repeliram corajosamente a investida, levando os
adversários de vencida.
Sucederam, ainda, outros ataques, como o de 1593 e o último de 1596, sendo novamente os
inimigos vencidos. Entre os aldeamentos anchietanos, estava o de Ururai, datando mais ou menos
de 1560 e que nasceu como um fortim.
Os silvícolas dessa tribo, subordinados ao cacique Piquerobi, eram guaianases e pertenciam à
grande nação tupi. Eram arregimentados em aldeias. Tinham áreas primitivas. Possuíam títulos
concessionários.
Habitavam toda a margem esquerda do Rio Grande, ou seja, Tatuapé, Penha e São Miguel.
Portanto, uma das versões é de que o primitivo arraial da Penha, tenha se originado desse
aldeamento. Também é apontada a hipótese de ter sido a trilha por onde os altivos filhos de
Tibiriçá teriam acesso à Bertioga.
Outra, seria a de ter sido um pouso ameno, aprazível, de onde se descortinava toda a Vila e onde
acampavam os bandeirantes que demandavam as "Minas Gerais dos Cataguás". Por ali
alcançavam o vale do Paraíba, através da Serra da Mantiqueira, na altura de Lorena.
Seria, ainda, o carreador onde tropas de burros ou boiadas transitavam a caminho das feiras de
gado.

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Devemos salientar que, nessa época, nas estradas, havia paradas ou pousos obrigatórios, onde os
ranchos de tropas se instalavam. Os itinerantes repousavam. As cavalgaduras eram descarregadas
e saciadas. Geralmente, esses locais se situavam à beira dos córregos, para dessedentar os
tropeiros e seus animais.
Poderia, ainda, justificar a origem do núcleo penhense, a corrida do ouro, no fim do século 16, nos
arredores de Nossa Senhora da Conceição dos Guarulhos, um dos primeiros aldeamentos criados
pelos congregados de Santo Inácio de Loiola.
Muitos outros exploradores sucederam a Afonso Sardinha e seu filho, mediante Cartas de
Sesmarias e essas propriedades se estendiam até a Penha, onde, perto do riacho Ticoatira,
segundo a tradição, existiu ouro.
São hipóteses que poderiam ser aventadas no tocante à formação do povoado.
Mas, a versão rigorosamente histórica sobre a origem da Penha, é a seguinte:
Desde o Tatuapé às divisas de Guarulhos e São Miguel, estendia-se uma imensa "fazenda com
ermida e curral de gado" de propriedade do licenciado Mateus Nunes de Siqueira, adquirida dos
sucessores de Francisco Jorge.
A Casa Grande foi construída em 1650, junto ao Córrego do Tatuapé na várzea do Tietê. Constava
de um pavimento de chão socado, paredes de taipa de barro, forro de esteiras de taquara e
telhas. Rebocada e caiada. Aí se iniciou a fazenda e ao seu redor foram construídas as casas dos
colonos. É um dos raros documentos arquitetônicos da história paulistana. Autêntica relíquia do
século 17, já tombada pelo Departamento do Patrimônio Histórico e Subprefeituratístico
Nacional. Poderá ser apreciada à rua Guabijú nº 49, Tatuapé.
Consta que Mateus mandou erguer uma capela no topo da colina, no local onde hoje se situa o
Santuário de Nossa Senhora da Penha de França.
O povoado, oficialmente, teve começo na segunda metade do século 17, o que é confirmado pela
petição abaixo transcrita, que serviu de fundamento à concessão de uma sesmaria feita a 5 de
setembro de 1668, pelo capitão-mor Agostinho de Figueiredo.
"Diz o licenciado Mateus Nunes de Siqueira, morador na Vila de São Paulo, que ele suplicante tem
uma fazenda com ermida e curral de gado légua e meia desta Vila, na paragem chamada Tatuapé,
terras que houve dos herdeiros do defunto Francisco Jorge, e por quanto não tem terras para
lavrar e na testada destas terras para o Rio Grande em uma volta que faz o rio tem um pedaço de
terra, dentro do qual há algumas campinas, brejais e restingas de mato que se pode lavrar, por
isso pede a Vossa Mercê que, como procurador bastante donatário, lhe faça mercê dar por
sesmaria a terra que pede para maior aumento da capela, havendo também respeito ser o
suplicante filho e neto de povoadores e não ter até agora carta de sesmaria; a qual terra correrá
de umas Campinas que partem da banda de baixo do ribeirão do Tatuapé, correndo pelo Rio
Grande e pela volta que o mesmo faz por uma campina que chamam Itacurutiba até uma aguada
que foi o defunto João Leite. E.R.M. Cartório da Tesouraria da Fazenda de São Paulo, Livro 11 de
Sesmarias antigas."
Esse é o registro oficial, a certidão de nascimento do bairro da Penha, que dista uma légua e meia
ou 8,3 quilômetros do centro da cidade.
Contribuiu notavelmente para esse histórico acontecimento a devoção à Nossa Senhora da Penha
de França, que registrada oficialmente um ano antes, já despertara o interesse geral para o
lugarejo que se desenvolvia em torno da ermida como casas residenciais, de comércio e pouso.
(Texto retirado do site da Prefeitura de São Paulo – autor desconhecido)

 
A Padroeira da Cidade

As tradicionais festas de Nossa Senhora da Penha, sempre constituíram um dos grandes atrativos
do pitoresco bairro, tanto no passado como no presente.
Ninguém pintou com colorido tão expressivo os festejos penhenses em homenagem à Nossa
Senhora, como Jacob Penteado.

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Na Avenida Celso Garcia, havia o interminável desfile de carros de todos os tipos, que passavam
apinhados de gente rumo ao Santuário de Nossa Senhora da Penha de França.
Os caminhões enfeitados de bambus, onde estavam presas bandeirolas multicores, lanternas
venezianas e chinesas que, ao regressar dos romeiros, à noite, voltavam acesas, iluminando os
veículos.
A comemoração realizava-se no dia 8 de setembro, dia da Natividade de Nossa Senhora.
Além dos caminhões, passavam carroças e carros de boi, coberto com folhagens, colchas e
estandartes, de gente que vinha de longe, viajando dias e dias, pousando nos próprios veículos
fazendo mil sacrifícios, para não perder a festa.
Da cidade mesmo, de bairros longínquos, muitos iam a pé em cumprimento a promessas. Os
romeiros passavam cantando alegremente, tocando sanfona, viola, cavaquinho e instrumentos de
percussão.
Nos arredores da Igreja se situavam as barracas de guloseimas, desde pastéis, empadas e
sanduíches até paçoca, pipoca, espiga, batata doce assada e uma infinidade de doces caipiras. A
quermesse era bem movimentada e grande era a procura de santinhos e medalhas que, depois,
os devotos levavam para o vigário benzer.
Até hoje é revivida, anualmente, essa piedosa tradição, cessando, todavia, o lado profano,
pitoresco ou quiçá grotesco, destacando-se evidentemente o caráter religioso da festiva
efeméride. A imagem era transladada com suas jóias e alfaias, com grande acompanhamento
popular desde a Penha até a Catedral.
O velho costume português da visita de Nossa Senhora da Penha de França à Catedral da Sé foi
regularmente mantido até 1875, quando foi interrompido.
Embora Nossa Senhora da Penha de França não tenha sido oficialmente declarada pela Santa Sé,
nossa Padroeira, indiscutivelmente, pela tradição secular e pela devoção popular, é cognominada
até pelas autoridades eclesiásticas - Padroeira da Cidade de São Paulo. 
(Texto retirado do site da Prefeitura de São Paulo – autor desconhecido)
1.3 Mapa Histórico

Mapa Penha 1916 – Fonte Subprefeitura da Penha

6
1.4 Fotos Históricas

Fonte – Subprefeitura da Penha

Fonte Subprefeitura da Penha Fonte Subprefeitura da Penha

1.5 História do Parque Tiquatira

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É o nome de um córrego que serpenteia os bairros Penha, Guarulhos e São Miguel. Deságua na
margem esquerda do Tietê.
O grande Vale do Tiquatira, foi passagem obrigatória dos itinerantes com destino a São Miguel.
No início do século XIX, constou haver ouro próximo ao ribeirão.
Há até uma Provisão para faiscar ouro em terras do Tiquatira, concedida ao Capitão Bernardo
Bueno da Veiga.
O Tiquatira foi o primeiro parque linear da cidade de São Paulo, a história conta que o parque foi
criado para proteger o rio, porém o rio acabou sendo canalizado e transformado em córrego.
Hoje, o parque Tiquatira se localiza na AV. Governador Carvalho Pinto que foi inaugurada no início
dos anos 90, além de ser uma importante via de acesso para a zona leste.
No decorrer dos anos tornou-se um ponto de encontro da juventude devido a instalação de vários
bares e restaurantes, apresentação de espetáculos e mega-shows.
O parque tem pouco mais de 3 km de comprimento e sua largura chega a atingir 100 metros em
determinados locais.
O Parque Tiquatira possui 1 campo de futebol, pista para caminhada, centro esportivo, pista de
skate, equipamentos para ginástica, quiosques, sanitários, bebedouros e um Anfiteatro. Porém,
estão mal distribuídos e a manutenção é precária. Além do córrego estar aberto em toda
extensão do parque e canalizado a partir do termino do parque.

Imagem do parque nos anos 90 quando seu projeto foi executado.


Imagem do parque 2015

2.0 – Características Urbanas

8
2.1 - Terreno para Inserção da Biblioteca

Imagem retirada do Google Maps

2.2 Característica do Lote – Situação atual

Área total do lote 11.800m²

O lote escolhido para a implantação da Biblioteca está localizado na Avenida Governador Carvalho
Pinto nº 1500, na esquina da Travessa Neide com Maria Tereza assunção.

Hoje o lote encontra-se ocupado por um estacionamento e um posto de gasolina. Na frente da


rua Goiape existem algumas residências.

Rua Goiape

9
3.0 - Caracteristica do Terreno

3.1 Topografia do Terreno e Gabarito

Localização do Terreno

Topografia incluindo o Parque Tiquatira - Imagem elaborada a partir do MDC – Mapa Digital da Cidade
Topografia e Gabarito do entorno - Imagem elaborada a partir do MDC – Mapa Digital da Cidade e

Terreno

N
pesquisas de campo.

Topografia e Gabarito - Imagem elaborada a partir do MDC – Mapa Digital da Cidade e pesquisa
de campo

10
4.0 Analises Urbanas

4.1 Sistema Viário

Imagem elaborada a partir do Google Maps


Rod. Ayrton Senna da Silva
Av. Dr. Assis Ribeiro
Av. Amador Bueno da Veiga
Av. São Miguel
Av. Gangaíba
Radial leste
Av. Aricanduva
Terreno
4.2 Fluxo
Metro Linha 3 Vermelha

Viário do Entorno

Sentido Rod. Ayrton Senna


Sentido Av. São Miguel
Mão Dupla

Terreno

Ponto de ônibus

O transporte na região é bem abastecido, porém o metro mais próximo fica a 3km de distância,
ou seja, é necessário pegar um ônibus para chegar até o metro. O tempo aproximado da viagem
até o metro é por volta de 30 minutos.

O transito em horário de pico é caótico como em toda cidade de São Paulo. Aos finais de semana
a situação ao invés de melhorar, piora, porque o Parque Tiquatira fecha a Av. Governado Carvalho
Pinto para disponibilizar o uso da via para atividades de lazer, como por exemplo a ciclovia
improvisada.

4.3 Futura Estação de Metro Tiquatira

Existe uma proposta para a inserção do metro Tiquatira que será uma extensão da linha 2 Verde
do metro. Porém, isso apenas é uma proposta e não existe uma previsão para o início da obra,
mas a única informação é que o projeto começará a ser pensado daqui há 4 anos.

11
Rod. Ayrton Senna

Início do Parque
Tiquatira

Futura Estação Tiquatira do Metro – Imagem elaborada a partir do Google Masp e site do metro
de São Paulo.

4.4– Pontos de Referencias da região

Os pontos de referencias da região são os dois hipermercados Extra, as favelas, o CEU Tiquatira e
claro Parque Tiquatira. Nessa escala existem 9 escolas estaduais e municipais.

4.5 – Mapa de Uso e Ocupação do solo

O Uso predominante da região é o residencial, nessa região não existe um centro comercial
definido, todas as áreas onde existem comercios também existem residencias.

12
5 .0 – Plano de Massa

COMERCIO

RESIDENCIAS

N
Plano de massa - Implantação

N
Plano de massa - Perspectiva

13
N

Plano de massa - Perspectiva

6.0 - Insolação

14
6.1 – Sombreamento

Sombra solstício de verão – 12:00

Sombras solstício de verão – 15:30

7.0 Legislação

Em 2 de agosto de 2002, a antiga Administração Regional, passou a ser denominada Subprefeitura Penha,
em função da Lei 13.339 de 01/18/2002 que criou as Subprefeituras no Município. A partir dessa Lei, a
Subprefeitura Penha passou a abranger apenas quatro distritos: Penha, Cangaiba, Vila Matilde e Artur Alvim.

15
7.1 Densidade Demográfica da subprefeitura da Penha

7.2 – Mapa de uso e Ocupação do solo de acordo com a nova legislação do plano diretor.

PRESERVAÇÃO
AMBIENTAL

PARQUE TIQUATIRA

16
7.3 - Anexo XXI Livro

XXI Plano Regional Estratégico da Subprefeitura Penha

Sumário Título I – Das Políticas Públicas Regionais..........................................................................16

Capítulo I – Dos Objetivos da Política de Desenvolvimento Urbano e Ambiental da Região...........17

Título II – Do Plano Urbanístico-Ambiental..................................................................................... 18

Capítulo I – Dos Elementos Estruturadores......................................................................................18

 Seção I – Rede Estrutural Hídrica Ambiental.......................................................................18


 Seção II – Rede Viária Estrutural e Coletora........................................................................20
 Seção III – Rede Estrutural de Transporte Público...............................................................20
 Seção IV – Rede Estrutural de Eixos e Pólos de Centralidade..............................................20

Capítulo II – Dos Elementos Integradores........................................................................................21

Título III – Do Uso e Ocupação do Solo.............................................................................................21

Capítulo I – Das Macrozonas............................................................................................................21

 Seção I – Macrozona de Proteção Ambiental......................................................................22


 Seção II – Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana............................................22

Capítulo II – Do Zoneamento............................................................................................................22

 Seção I – Da Zona Mista – ZM..............................................................................................22


 Seção II – Das Zonas Centralidades.....................................................................................22
 Seção III - Das Zonas Especiais.............................................................................................23
 Subseção I – Das Zonas Especiais de Preservação Cultural – ZEPEC....................................23
 Subseção II – Das Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS..............................................23

Capítulo III – Dos Instrumentos de Gestão Urbana Ambiental.........................................................24

 Seção I – Dos Instrumentos Urbanísticos............................................................................24


 Seção II - Do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios.....................................24
 Seção III – Do Direito de Preempção...................................................................................24
 Seção IV – Da Outorga Onerosa do Direito de Construir.....................................................24
 Seção V – Da Transferência do Direito de Construir Seção.................................................25
 Seção VI – Das Áreas de Intervenções Urbanas..................................................................25
 Seção VII – Das Operações Urbanas Consorciadas..............................................................26

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Título I

Das Políticas Públicas Regionais Capítulo I –

Dos Objetivos da Política de Desenvolvimento Urbano e Ambiental da Região

Art. 1º - O Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Penha estabelece objetivos e diretrizes


para o desenvolvimento urbano e ambiental com vistas à correção dos desequilíbrios sociais e
regionais, tendo por finalidade alcançar o desenvolvimento harmônico da região, cujas
prioridades e ações estão contidas nas diretrizes das novas centralidades, nas disposições de uso
e ocupação do solo e nas Áreas de Intervenções Urbanas.

I. objetivos:

a) requalificar o centro histórico da Penha e ampliá-lo como Portal da Zona Leste;


b) requalificar e revitalizar as principais ruas e centros de bairro, visando à melhoria da
qualidade paisagística, ambiental e viária;
c) promover a reestruturação dos distritos da Penha e Vila Matilde, visando à valorização e
ao resgate da tradição cultural, política e religiosa e da posição histórico-geográfica;
d) requalificar e estruturar o distrito de Artur Alvim, provendo habitações dotadas de
infraestrutura, equipamentos sociais e áreas de uso público destinadas aos moradores de
extensas áreas de favelas;
e) incluir a população do São Francisco e do Jardim Piratininga que ocupa irregularmente
áreas integrantes do Parque Ecológico Tietê, nos programas de habitação de interesse
social, visando à restituição dessas áreas às funções do parque;
f) implantar fórum de desenvolvimento distrital e regional que alie a sociedade civil ao
Poder Público, em projeto de interesse mútuo que acolha e respeite as diferenças;
g) implantar fórum urbanístico para acompanhamento da execução dos planos regionais;

II. diretrizes:

a) articular as forças sociais em torno de projeto de desenvolvimento regional que


possibilite aliar ações do Poder Público, da sociedade civil e da iniciativa privada voltados
à consolidação e à reordenação espacial das atividades econômicas e sociais;
b) incentivar e proporcionar condições para o desenvolvimento econômico e social sem
prejuízo da preservação e recuperação ambiental da Subprefeitura;
c) garantir mecanismos de ordem interna à organização da Subprefeitura, de forma a
integrar as diversas políticas setoriais com as políticas de planejamento local;
d) elaborar o plano de ação da Subprefeitura, especificando os programas, projetos e ações
contidas neste Plano Regional Estratégico. Art. 2º. São objetivos e diretrizes para o
desenvolvimento econômico da Subprefeitura da Penha:

I. objetivos:

18
a) incentivar a implantação de atividades industriais e comerciais por meio da reorganização
do sistema para garantir que garanta maior acessibilidade;
b) elaborar Plano Diretor para as COHABs no distrito de Artur Alvim para contemplar a
regularização, o desenvolvimento de atividades comerciais e de escolas
profissionalizantes, com previsão de áreas de estacionamento;
c) requalificar a centralidade da Penha por meio da implantação de pólos de entretenimento
como casas de shows, restaurantes e teatros.

II. diretrizes

a) promover a requalificação de espaços ociosos situados na região central e em pólos


comerciais mais tradicionais, mediante planos de desenvolvimento local;
b) definir áreas para a implantação de pólos de entretenimento;
c) regularizar e qualificar as pequenas unidades produtivas e comerciais por meio de
programas sociais de incentivo à economia solidária e/ou crédito popular, especialmente,
nos distritos de Cangaíba e Artur Alvim.

Art. 3º - São objetivos e diretrizes para o desenvolvimento humano e de qualidade de vida da


Subprefeitura da Penha:

3 I. objetivos:

a) implantar projetos sociais, priorizando o atendimento às crianças, jovens e idosos,


inseridos nos planos de ação de cultura, esportes e desenvolvimento e assistência social;
b) implantar projetos de qualificação profissional para mulheres, desempregados,
adolescentes e pessoas acima de 40 anos;
c) implantar centros de apoio específicos voltados às questões da violência doméstica e
sexual;
d) implantar sistema de coleta seletiva, incluindo postos de entrega voluntária dos materiais
recicláveis e centrais de triagem.

II. diretrizes:

a) garantir a todos os cidadãos o acesso aos direitos básicos de habitação, educação, saúde e
emprego;
b) garantir acesso universal dos cidadãos aos equipamentos públicos e ao transporte coletivo
público;
c) melhorar a qualidade urbana e ambiental.

Título II Do Plano Urbanístico Ambiental

Art. 4º - Este Plano Regional Estratégico (PRE), observado o disposto no Capítulo I do Título III do
Plano Diretor Estratégico (PDE), estabelece diretrizes para os elementos estruturadores e
integradores como parte do processo de urbanização da Subprefeitura.

Capítulo I – Dos Elementos Estruturadores

Seção I – Rede Estrutural Hídrica Ambiental

19
Art. 5º. A Rede Estrutural Hídrica Ambiental da Subprefeitura da Penha compreende a Bacia do
Rio Tietê e as sub-bacias dos seguintes córregos:

I. Tiquatira – formado pelos Córregos Ponte Rasa e Franquinho, fazendo divisa com a
Subprefeitura de Ermelino Matarazzo;
II. Aricanduva que faz divisa com Subprefeituras da Mooca e de Aricanduva;
III. Açude, não canalizado, situado ao norte da Subprefeitura.

Art. 6º. Ficam estabelecidos por este Plano Regional Estratégico os seguintes objetivos, diretrizes
e ações estratégicas para a implantação dos Parques Lineares:

I. objetivos:

a) integrar as áreas de conservação com espaços públicos;


b) garantir a recuperação ambiental e paisagística;
c) preservar as nascentes da região;
d) ampliar áreas verdes e de lazer;
e) aumentar a permeabilidade;
f) melhorar sistema de drenagem urbana;
g) melhorar as condições ambientais;
h) urbanizar áreas sem infra-estrutura;

II. diretrizes:

a) implantar parque linear e ampliar as áreas verdes e áreas permeáveis;


b) implantar ciclovia e vias de circulação de pedestres;
c) implantar equipamentos públicos para atendimento da população moradora de áreas do
entorno a serem requalificadas;
d) implantar sistema de retenção de água;

III. ações estratégicas:

a) identificar e coibir os lançamentos de esgotos “in natura” nos cursos d’ água, onde são
propostas intervenções e melhoramentos urbanos antes de sua implantação;
b) 4 b) promover gestões junto à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo –
Sabesp, visando à instalação de rede de esgotos, coletores troncos e tratamentos adequados
em toda as bacias;
c) promover gestões junto ao Governo do Estado para estender o tratamento do Rio Tietê além
da barragem da Penha;
d) adequar e melhorar o sistema de drenagem pluvial em vários pontos de lançamento,
promovendo o desassoreamento e o alargamento da calha, onde e quando for o caso;
e) desenvolver projeto urbanístico e paisagístico do parque linear.

Art. 7º. Ficam mantidos os parques lineares definidos pelo Plano Diretor Estratégico - PDE e
criados outros, a saber:

I. Parque Linear do Córrego Ponte Rasa, divisa com a Subprefeitura Ermelino Matarazzo;

20
II. Parque Cândido de Abreu, ao norte da Subprefeitura com início no Parque Ecológico
seguindo ao longo da Rua Ribeiro de Amparo e a da Avenida Olavo Egídio de Souza
Aranha até o Córrego Ponte Rasa.

§ 1º - Aplica-se a transferência do direito de construir para implementação dos parques


mencionados nos incisos I e II deste artigo de acordo com os artigos 217 e 220 do PDE. § 2º -
Serão implantadas ciclovias nos parques lineares a serem criados ao longo das margens dos
córregos Ponte Rasa e Franquinho.

Art. 8º - Foi proposto neste Plano Regional a revitalização, ampliação do perímetro atual,
implantação de equipamentos e atividades para participação da comunidade no Parque
Municipal Águia de Haia.

Parágrafo único - Os perímetros dos parques lineares bem como o do Parque Municipal Águia de
Haia são os constantes do Quadro 01 e Mapa 01 integrantes deste Livro.

Seção II – Rede Viária Estrutural e Coletora

Art. 9º - Além da vias estruturais estabelecidas no Quadro 03 do PDE, ficam estabelecidas por
este Plano Regional, no Quadro 02 e no Mapa 02, os melhoramentos do sistema viário e
execução de novas vias que receberam classificações de acordo com suas funções e que passarão
a integrar o citado Quadro 03 do PDE.

Art. 10– Fica considerada “non aedificandi” a faixa lindeira de 5,00 m (cinco metros), no mínimo,
de cada lado das vias a alargar até atingir a largura de vias estabelecida no Quadro 01 da parte III
desta Lei, em função do nível da via.

§ 1º - Os proprietários de imóveis que doarem a área de terreno contida na faixa de que trata o
caput deste artigo para a Prefeitura ficam isentos do pagamento do Potencial Construtivo
Adicional até o Coeficiente de Aproveitamento máximo da área doada estabelecido para as vias
estruturais, podendo, inclusive, transferir o potencial construtivo da área doada para o
melhoramento viário, para o mesmo lote ou para outro imóvel, conforme art. 218 do PDE e
disposições da Parte III desta Lei, situado em qualquer uma das centralidades definidas por este
Plano Regional Estratégico.

§ 2º - Os proprietários de lote com área inferior ao lote mínimo estabelecido para a Zona de Uso
em que o imóvel se encontra, poderão solicitar a desapropriação total do lote original à
Prefeitura.

§ 3º - Os proprietários de imóveis contidos na faixa de que trata o “caput” deste artigo, que
tiveram a edificação regularizada ou anistiada, terão o direito adicional de construir até o
coeficiente máximo permitido na zona de uso em que o imóvel se encontra de forma gratuita no
próprio lote remanescente ou em outro lote situado na mesma categoria de Zona de Uso. Seção

III – Rede Estrutural de Transporte Público 5 Art. 11 –

A Rede Estrutural de Transporte Público contida no território desta Subprefeitura incorpora os


Terminais Intermodais junto às estações de Metrô Penha e Artur Alvim.

21
Art. 12 - A Rede Estrutural de Transporte Público consta do Quadro 3 e Mapa 03 integrantes
deste Livro.

Seção IV– Rede Estrutural de Eixos e Pólos Centralidades

Art. 13 –Nos termos das diretrizes estabelecidas pelo artigo 126 do PDE, neste Plano Regional
Estratégico são definidas centralidades a partir da identidade local, dos marcos de referência e
por meio da concentração de equipamentos públicos, de comércio, de serviços e de tradição
histórica e cultural, a saber: I. cinco centralidades polares a qualificar até o ano de 2006:

a) Vila Matilde, ao longo da Avenida Radial Leste, entre o viaduto da V.Matilde e Avenida
Margarida Maria;
b) Radial Leste, ao longo da Avenida Radial Leste, entre as estações Patriarca e Artur Alvim;
c) Vila Cisper, na divisa com Subprefeitura Ermelino Matarazzo a nordeste, ao longo da Avenida
Luiz Imparato.
d) ao longo de toda Avenida Amador Bueno da Veiga, começando na Avenida Aricanduva, indo
até o fim da Subprefeitura no sentido leste-oeste.
e) nova centralidade, criando eixo de expansão do inicio da operação urbana (Portal de Entrada
da Leste) em direção ao Parque Ecológico Tietê, limitado pela Marginal do Tietê e entrando
na Rua Souza Melo, retornando pela Av. Assis Ribeiro até as proximidades da Av. Aricanduva
indo até a Marginal.

Parágrafo único - Os perímetros das Centralidades são os constantes do Quadro 04A e do Mapa
04, integrantes deste Livro.

Capítulo II – Dos Elementos Integradores

Art. 14 –Deverão ser incorporadas ao Plano de Ação de Governo as propostas feitas pela
comunidade, aprovadas em plenária, pela Subprefeitura Penha, referentes aos elementos
integradores habitação, equipamentos sociais, áreas verdes e espaços públicos.

Art. 15 – A Subprefeitura e a comunidade local deverão estabelecer, no Plano de Gestão


Ambiental e nos Planos de Bairros, as ações a serem implementadas para os diferentes tipos de
espaços de uso público, considerando as diretrizes contidas neste Plano Regional Estratégico.

§ 1º Será revitalizada a área municipal existente do Parque Águia de Haia e ampliado o perímetro
atual.

§ 2º Os espaços de uso público incluem as áreas públicas, as áreas verdes públicas e as áreas
abertas para uso público.

§ 3º Os planos de bairros deverão estabelecer diretrizes para projetos de calçadas com


acessibilidade à equipamentos e mobiliários públicos.

Título III - Do Uso e Ocupação do Solo Capítulo I – Das Macrozonas

Art. 16 –De acordo com o artigo 147 do PDE, a Subprefeitura Penha encontra-se contida em parte
na Macrozona de Proteção Ambiental e em parte na Macrozona de Estruturação e Qualificação
Urbana.

22
Seção I – Macrozona de Proteção Ambiental 6 Art. 17 –

O Parque Ecológico do Tietê fica enquadrado na Macroárea de Uso Sustentável, estando sujeito
às disposições do artigo 152 do PDE e da Lei Estadual 5.598 de 06 de Fevereiro de 1987,
regulamentada pelo Decreto Estadual 42.837 de 03 de fevereiro de 1998. Art. 18

– No território desta Subprefeitura está contida a Zona de Ocupação Especial – ZOE, inserida no
Parque Ecológico do Tietê, onde será implantado o Campus da USP Leste que deverá ser objeto
de Projeto Urbanístico Específico.

Seção II – Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana Art. 19 –

De acordo com os artigos 157 e 158 do PDE, o território da Subprefeitura Penha encontra-se nas
Macroáreas de Urbanização em Consolidação (Penha e Vila Matilde) e na Macroárea de
Urbanização e Qualificação (Arthur Alvim e Cangaíba).

Capítulo II – Do Zoneamento

Art. 20 –As Zonas de Uso contidas na Subprefeitura Penha são as constantes do Quadro 04A,
Mapa- 04 e as características de uso e ocupação do solo no Quadro 04, integrantes deste Livro.

Seção I – Das Zonas Mistas – ZM

Art. 21 - Zonas Mistas – ZM são aquelas constituídas do território da Subprefeitura Penha


excluindo se as Zonas Centralidades e a Macrozona de Proteção Ambiental.

Art. 22 - No território desta Subprefeitura estão contidos os seguintes tipos de zonas mistas,
conforme diversidade de uso e intensidade de aproveitamento do solo, apoiadas no sistema
viário segundo hierarquias e funções, considerando a topografia e o perfil natural:

I. ZM-1 - Zona de Baixa densidade;


II. ZM-2 – Zona de Média Densidade. Parágrafo único: As características de
aproveitamento, dimensionamento, e ocupação dos lotes das Zonas Mistas são as
constantes do Quadro 04, integrante deste Livro.

Seção II – Das Zonas Centralidades – ZC

Art. 23 - No território desta Subprefeitura estão contidos os seguintes tipos de zonas


centralidades, com perímetros constantes do Quadro 04A e do Mapa 04 integrantes deste Livro,
a saber:

I. Zona Centralidade Polar – ZCPa;


II. Zona Centralidade Polar – ZCPb. Parágrafo único - As características de aproveitamento,
dimensionamento, e ocupação dos lotes das zonas centralidades são as constantes do
Quadro 04, integrante deste Livro.

23
Seção III – Das Zonas Especiais Art. 24 –

As Zonas Especiais contidas na Subprefeitura Penha são aquelas que ocupam porções do
território com diferentes características ou com destinação específica e normas próprias de uso e
ocupação do solo, edilícias, situadas na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana,
compreendendo:

I- Zonas Especiais de Preservação Cultural – ZEPEC;


II- Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS.

Subseção I – Das Zonas Especiais de Preservação Cultural – ZEPEC 7 Art. 25 – Zonas Especiais
de Preservação Cultural –

ZEPEC são aquelas de interesse histórico, patrimonial, arquitetônico e urbanístico, objetivando


preservação e tratamento relevante das características históricas e de identidade local.

Art. 26 – No território desta Subprefeitura está contida uma Zona Especial de Preservação
Cultural – ZEPEC, o Centro Histórico da Igreja Nossa Senhora da Penha, contendo edificações
legalmente protegidas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio, Histórico, Arqueológico, Artístico
e Turístico do Estado de São Paulo – CONDEPHAAT e pelo Conselho Municipal de Preservação do
Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo - CONPRESP, enquadradas
como Z8-200 por lei municipal.

Parágrafo único – O perímetro da ZEPEC está definido no Quadro 04B.

Art. 27 – As unidades integrantes da ZEPEC, conforme Mapa 04 deste Livro, que vierem a ser
tombadas ou preservadas pelos órgãos Federal, Estadual e Municipal, estarão sujeitas às
disposições estabelecidas para as Zonas Especiais de Preservação Cultural – ZEPEC.

Art. 28 – Aplica-se às edificações particulares localizadas em ZEPEC a Transferência do Potencial


Construtivo conforme dispõe o parágrafo 2º do artigo 168, os artigos 217e 218, e incisos I e II do
artigo 219 do PDE.

Subseção II – Das Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS

Art. 29 – Este PRE, tendo por referência as disposições estabelecidas no artigo 171 do PDE, e em
função das necessidades de cada distrito da Subprefeitura da Penha, demarca dois tipos de
Zonas Especiais de Interesse Social, ZEIS 1 e ZEIS 2, para as quais ficam estabelecidas as
seguintes diretrizes:

I. executar obras de saneamento básico e de infraestrutura urbana em áreas críticas;


II. promover a organização e a mobilização da comunidade visando à gestão dos planos de
urbanização.

Art. 30 - Os perímetros das ZEIS 1 e ZEIS 2 são os constantes do Quadro 04B1 e do Mapa 04,
integrantes deste Livro.

24
Capítulo III – Dos Instrumentos de Gestão Urbana Ambiental

Seção I –Dos Instrumentos Urbanísticos

Art. 31 – Este Plano Regional Estratégico para o planejamento, controle, gestão e promoção do
desenvolvimento urbano ambiental do território da Subprefeitura fará uso dos instrumentos
urbanísticos estabelecidos pelo artigo 198 do PDE, e daqueles constantes da Lei Federal Nº
10.257 de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade, observadas as diretrizes contidas na
Política Nacional do Meio Ambiente.

Art. 32 – São aplicáveis na Subprefeitura Penha por este PRE os seguintes instrumentos:

I. parcelamento, edificação e utilização compulsórios;


II. direito de preempção;
III. outorga onerosa do direito de construir;
IV. transferência do direito de construir.

Seção II. Do Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios

Art. 33 –Aplica-se o parcelamento, edificação e utilização compulsórios, nos termos do artigo


201 do PDE, aos terrenos não-edificados ou subutilizados, cujos coeficientes de aproveitamento
sejam inferiores ao mínimo estabelecido para a zona de uso em que estão localizados, inclusive
àqueles ocupados por edificações e atividades irregulares.

Parágrafo único. O mapeamento dos imóveis de que trata o “caput” deste artigo deve resultar
de estudos e de Planos de Bairro, de acordo com objetivos urbanísticos.

Seção III. Do Direito de Preempção

Art. 34 – Aplica-se o direito de preempção em área situada na Av. Maria Margarida –


Gamelinha, cujo perímetro consta do Quadro 06 deste Livro.

Parágrafo único - O imóvel de que trata o “caput” deste artigo será demarcado por lei como
resultado estudos e Planos de Bairro, respeitando finalidades urbanísticas.

Seção IV. Da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 35 – Aplica-se a outorga onerosa do direito de construir:

I. às áreas que serão regularizadas na Área de Intervenção Urbana do Parque Tiquatira e


córrego de mesmo nome;
II. às áreas contidas na Operação Urbana da Avenida Amador Bueno;
III. às Zonas Mistas e de Centralidades com coeficiente de aproveitamento maior do que o
básico estabelecido para cada zona de uso;
IV. às áreas definidas no Quadro 05A e demarcadas no Mapa 05.

Parágrafo único - Aos imóveis lindeiros às vias estruturais e coletoras contidas nas zonas de uso
referidas no inciso I e II aplicam-se as disposições do artigo 10 deste PRE.

25
Seção V. Da Transferência do Direito de Construir

Art. 36 –Aplica-se a Transferência do Direito de Construir, conforme as disposições dos artigos


217, 218 e 219 do PDE, aos terrenos particulares localizados em:

I. lotes e glebas para implantação de equipamentos urbanos e comunitários;


II. ZEIS 1 e ZEIS 2 – Zonas Especiais de Interesse social, visando à regularização fundiária e
a implantação dos planos urbanísticos;
III. áreas com pontos críticos de enchentes cujos proprietários doem o imóvel para integrar
o sistema de áreas verdes do Município;
IV. imóveis resultantes de alargamentos que estiverem abaixo das características mínimas
estabelecidas para a Zona de Uso, ou impossibilitados de construção segundo às
exigências do Código de Obras e Edificações Municipal;
V. áreas destinadas à implantação do Parque Tiquatira, compreendido entre a Av. Gabriela
Mistral até a Av. Marginal Tietê;
VI. áreas definidas no Quadro 05A e demarcadas no Mapa 05.

Parágrafo único – No caso da inviabilidade de aplicação de transferência do direito de construir,


os imóveis a que se referem os incisos I e IV do “caput” deste artigo poderão ser objeto de
desapropriação.

Seção VI. Das Áreas de Intervenção Urbana

Art. 37 –Ficam estabelecidas as seguintes Áreas de Intervenções Urbanas, na conformidade do


Quadro 05A – PE:

I. Parque linear Ponte Rasa;


II. Parque linear Cândido de Abreu;
III. extensão do Parque Tiquatira, a partir do eixo do Córrego do Franquinho;
IV. corredor Parque Tiquatira;
V. nova centralidade comercial;
VI. nas vias constantes do Quadro 05A.

§ 1º - para as áreas referidas neste artigo ficam definidas as seguintes diretrizes:

I. Realizar em até 180 dias, a contar da data da aprovação da Lei do Plano


Estratégico Regional, o levantamento cadastral planimétrico e legal de todas as
áreas remanescentes da desocupação necessária à implantação da avenida ao
longo do córrego Tiquatira e do córrego Franquinho; 9
II. Identificar no mesmo prazo estabelecido no inciso I as áreas invadidas, os
invasores e os usos existentes;
III. A Subprefeitura identificará dentro das áreas públicas remanescentes ao longo
da Avenida Tiquatira, aquelas que poderão ter concessão de uso por tempo
determinado mediante contrapartida a ser definida em lei específica;

26
IV. Incorporar ao sistema viário, como parte integrante das calçadas da avenida
Tiquatira, por ato do Executivo, as áreas que não forem disponibilizadas
conforme definido no inciso anterior;
V. Implantar canteiro arborizado nas áreas incorporadas ao sistema viário,
podendo ser criados acessos para desembarques e estacionamento, mediante
projeto específico, desde que garantida a permeabilidade do solo, sendo
necessária a aprovação pelos órgãos competentes.

§ 2º - Para a situação de que trata o inciso III do parágrafo 1º deste artigo ficam estabelecidas
duas características básicas:

I. autorizar a permissão de uso por tempo determinado para pequenos


comerciantes com características de ambulantes, desde que seja destinada
50% da área remanescente para o plantio e manutenção de espécies vegetais,
devendo os restantes 50% da área serem mantidos com solo permeável;
II. regularizar, mediante valor equivalente ao da outorga onerosa,
estabelecimentos comerciais já estabelecidos, desde que seja implantado o
equipamento social público em área de terreno da Subprefeitura, a ser
indicado pela administração local.

§ 3º - Para as Áreas de Intervenções Urbanas do Quadro 05A, demarcadas no Mapa 05,


deverão ser elaborados Projetos estratégicos de Intervenção Urbana - PEIU, atendendo
às diretrizes deste Plano Regional Estratégico.

§ 4º Os procedimentos de implantação das AIU, bem como os instrumentos


urbanísticos nelas aplicáveis, serão definidos em legislação específica.

Seção VII. Das Operações Urbanas Consorciadas Art. 38 –

Fica instituída por este Plano Regional Estratégico a Operação Urbana Amador Bueno,
que interligará a Operação Urbana Celso Garcia com a Operação Urbana Rio Verde
Jacu, para a qual ficam estabelecidas as seguintes diretrizes:

I. constituir-se num dos eixos de ligação leste-oeste para as Subprefeituras da


Penha, Ermelino Matarazzo, São Miguel Paulista e Itaim Paulista;
II. tornar-se pólo de desenvolvimento econômico da região, por meio da
implantação da malha viária;
III. aplicar os ganhos advindos da aplicação da outorga onerosa do direito de
construir e de outros instrumentos do PDE em qualquer área da Subprefeitura;
IV. ampliar o coeficiente de aproveitamento máximo nas quadras lindeiras ao eixo
Amador Bueno e estabelecer coeficientes de aproveitamento máximo
decrescentes a partir deste eixo viário.

Parágrafo único - A Operação Urbana Amador Bueno definida por este PRE, cujo
perímetro consta no Quadro 05B, deverá ser aprovada por lei específica.

27
7.4 Quadro Características e dimensionamento e ocupação dos Lotes

a) ver artigo 185 da Parte lll desta lei quanto ao recuo mínimo de frente em ZM, ZCP, ZCL, e ZEIS

b) ver artigo 186 da Parte lll desta lei quanto aos recuos mínimos laterais e de fundos para
edificações com altura superior a 6,00 metros

c) ver §1º e §2º do artigo 186 da Parte lll desta lei quanto aos recuos para atividades industriais,
serviços de armazenamento e guarda de bens móveis e oficinas.

d) (largura da via + recuo frontal ) / 1,5(10,16 + 5 ) / 1,5 = H10

e) permite-se a continuidade das indústrias regularmente instaladas e inclusive a sua expansão

7.5 Índice Socioeconômico – ZEIS

ZEIS 1
Favelas, loteamentos irregulares e conjuntos habitacionais de interesse social, nos quais podem
ser feitas intervenções de recuperação urbanística, regularização fundiária, produção e
manutenção de habitações de interesse social.

7.6 Mapa de Geoprocessamento HABISP - 2015

28
ZEIS 1 – HABITAÇÕES EXISTENTES ZEIS 1 – NOVAS HABITAÇÕES
7.7 Renda Média das Favelas
7.5 FAVELAS E INDICE SOCIOECONOMICO

FAVELAS
IMOVEIS RENDA
JAHU - GANGAIBA GANGAIBA PENHA 7,708,660 150 849,960
FAVELA DISTRITO SUB-PREFEITURA ÁREA (M²) IMOVEIS RENDA
JAU GANGAIBA PENHA 6.108,531 300 657,110
FAVELA DISTRITO SUB-PREFEITURA ÁREA (M²) IMOVEIS RENDA
BAERU PENHA PENHA 12.585,300 700 1084,340
FAVELA DISTRITO SUB-PREFEITURA ÁREA (M²) IMOVEIS RENDA
GABRIELA MISTRAL I PENHA PENHA 9.815,953 170 829,470
FAVELA DISTRITO SUB-PREFEITURA ÁREA (M²) IMOVEIS RENDA
GABRIELA MISTRAL II PENHA PENHA 1.168,010 15 829,470
FAVELA DISTRITO SUB-PREFEITURA ÁREA (M²) IMOVEIS RENDA
TIQUATIRA PENHA PENHA 49.452,921 800 536,760
Dados retirados do HABISP

7.8 Índice de Vulnerabilidade Social

BAIXA VULNERABILIDADE

MÉDIA VULNERABILIDADE

ACIMA DA MÉDIA

VULNERABILIDADE SOCIAL

ALTA VULNERABILIDADE SOCIAL

ALTISSÍMA VULNERABILIDADE SOCIAL

ÁREAS DE RISCO

ÁREAS DE ALTISSÍMO RISCO SOCIAL

29
SEM INFORMAÇÕES
Na região da Penha foi constatado que a vulnerabilidade social fica entre baixa, média e acima da
média. Ainda assim, a região é considerada carente. E a população sofre com as desigualdades
sociais, gerando insegurança e criminalidade que são grandes motivadores para uma intervenção
política e socioeconômica.

7.9 Mapa da Criminalidade

30
7.10 Equipamentos sociais na região da Penha – área onde existe o maior número de
equipamentos.

7.11 – Quantidade de Escolas do ensino médio e Fundamental =qtos 24

Teatro Martins Penna, possui uma pequena biblioteca

31
8.0 – Problemas da Região

É notável a falta de equipamentos públicos, os índices de criminalidade e a alta vulnerabilidade


social. Contudo, a região da Penha sofre também com alagamentos devido a condição hídrica do
bairro e a falta de participação do governo e projetos para resolução desses problemas.

Segue abaixo o mapa Hidrográfico da região.

Córrego do Tiquatira

32
A bacia do Rio Tiquatira que hoje tornou-se um córrego desagua no rio Tietê, ou seja, a nascente
do Rio Tiquatira.

8.1 Pontos de Alagamento

Hoje o córrego encontra-se impermeabilizado, mas aberto, o que aumenta a probabilidade de


alagamentos, porque a água não tem para onde escorrer quando chove. O único lugar para a água
sair é para cima. Acredito que esse motivo seja equivalente a 50% dos alagamentos da região.

33
8.2 Posto de Gasolina

No terreno escolhido para a inserção da biblioteca, hoje possui um posto de gasolina, que usa
apenas 1/3 do terreno. O motivo da escolha, além de acreditar que o terreno está subutilizado, foi
devido sua centralidade. O terreno fica próximo a inúmeros bairros, além daqueles inseridos
dentro da subprefeitura da Penha.

Seriam eles: Ermelino Matarazzo, Vila Cisper, Ponte Rasa, Gangaíba, Jd. Danfer, Jd. Veronia, Vila
Santana, Chácara Cruzeiro do Sul, Vila São Geraldo, Vila Ruy Barboza, Vila São Henrique, Vila Lais,
Penha, Vila Matilde e Artur Alvim.

A centralidade do terreno proporciona um fácil acesso a todos esses bairros.

Contudo, existe um problema, o Posto de Gasolina. Mas, no estudo abaixo revelou a quantidade
de posto de gasolina existentes na região. Imagem abaixo:

Mapa elaborado a partir do Google Maps.

Todos os pontinhos vermelhos são postos de Gasolina, em destaque existem os postos


considerados mais antigos e famosos da região.

8.3 Legislação dos postos de Gasolina

O órgão nacional que estabelece as diretrizes para a construção, instalação, ampliação,


modificação, operação, fiscalização e licenças é o CONAMA. O CONAMA junto com as normas
Técnicas- ABNT estabelecem a resolução pelo órgão ambiental competente pelo Estado, que no
caso é a CETESB. Contudo, toda a diretriz é estabelecida pela CONAMA e fiscalizada pela CETESB.

Segue Abaixo a Legislação que define os parâmetros:

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA

RESOLUÇÃO CONAMA nº 273, de 29 de novembro de 2000 Publicada no DOU no 5, de 8 de


janeiro de 2001, Seção 1, páginas 20-23

34
Art. 1o A localização, construção, instalação, modificação, ampliação e operação de postos
revendedores, postos de abastecimento, instalações de sistemas retalhistas e postos flutuantes
de combustíveis dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem
prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

§ 1o Todos os projetos de construção, modificação e ampliação dos empreendimentos previstos


neste artigo deverão, obrigatoriamente, ser realizados, segundo normas técnicas expedidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT e, por diretrizes estabelecidas nesta Resolução ou
pelo órgão ambiental competente.

§ 2o No caso de desativação, os estabelecimentos ficam obrigados a apresentar um plano de


encerramento de atividades a ser aprovado pelo órgão ambiental competente.

§ 3o Qualquer alteração na titularidade dos empreendimentos citados no caput deste artigo, ou


em seus equipamentos e sistemas, deverá ser comunicada ao órgão ambiental competente, com
vistas à atualização, dessa informação, na licença ambiental.

Art. 4o O órgão ambiental competente exigirá as seguintes licenças ambientais:

I - Licença Prévia-LP: concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento


aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os
requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;
II - Licença de Instalação-LI: autoriza a instalação do empreendimento com as especificações
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo medidas de controle ambiental
e demais condicionantes da qual constituem motivo determinante;

III - Licença de Operação-LO: autoriza a operação da atividade, após a verificação do efetivo


cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e
condicionantes determinados para a operação.

§ 1o As licenças Prévia e de Instalação poderão ser expedidas concomitantemente, a critério do


órgão ambiental competente.

§ 2o Os estabelecimentos definidos no art. 2o que estiverem em operação na data de publicação


desta Resolução, ficam também obrigados à obtenção da licença de operação.

Art. 5o O órgão ambiental competente exigirá para o licenciamento ambiental dos


estabelecimentos contemplados nesta Resolução, no mínimo, os seguintes documentos:

I - Para emissão das Licenças Prévia e de Instalação:

a) projeto básico que deverá especificar equipamentos e sistemas de monitoramento, proteção,


sistema de detecção de vazamento, sistemas de drenagem, tanques de armazenamento de
derivados de petróleo e de outros combustíveis para fins automotivos e LICENCIAMENTO
AMBIENTAL – Por atividade RESOLUÇÃO CONAMA nº 273 de 2000 802 RESOLUÇÕES DO CONAMA
RESOLUÇÕES DO CONAMA sistemas acessórios de acordo com as Normas ABNT e, por diretrizes
definidas pelo órgão ambiental competente;

35
b) declaração da prefeitura municipal ou do governo do Distrito Federal de que o local e o tipo de
empreendimento ou atividade estão em conformidade com o Plano Diretor ou similar.

c) croqui de localização do empreendimento, indicando a situação do terreno em relação ao


corpo receptor e cursos d’água e identificando o ponto de lançamento do efluente das águas
domésticas e residuárias após tratamento, tipos de vegetação existente no local e seu entorno,
bem como contemplando a caracterização das edificações existentes num raio de 100 m com
destaque para a existência de clínicas médicas, hospitais, sistema viário, habitações
multifamiliares, escolas, indústrias ou estabelecimentos comerciais;

8.4. Justificativa para a retirada do Posto de Gasolina.

De acordo com a legislação ambiental a distância exigida entre um posto e lugares públicos é de
um raio de 100m. Contudo, alguns postos não estão dentro da legalidade e o posto do meu
terreno é um deles.

Outro fato, é a distância entre postos de gasolinas e rios, que devido à importância também conta
como um raio de 100m, porque a proximidade entre eles pode causar a contaminação do rio.

Levando em consideração as quantidades de postos que ali existem e as quantidades de


equipamentos públicos necessários, a retirada do posto se faz possível.

Conquanto, o único impedimento seria a contaminação do solo, mas de acordo com o relatório de
áreas contaminadas no município de São Paulo – 2015; o único posto da Av. Governador Carvalho
Pinto que foi contaminado, já passou pelo processo de descontaminação e hoje encontra-se
dentro da legalidade. Segue abaixo demonstrativo do posto.

Posto contaminado em 2012, hoje não consta como área contaminada no Relatório de Áreas
Contaminadas no Município de São Paulo – 2015.

36
9.0 Estudo de Caso – Projetos Referencias

9.1 Biblioteca Madellin – Ficha técnica

• Arquitetos: Giancarlo Mazzanti
• Localização: Santo Domingo, Antioquia, Colômbia
• Arquiteto: Giancarlo Mazzanti
• Contribuintes: Andrés Sarmiento, Juan Manuel Gil, Freddy Pantoja, Camilo Mora, Pedro Saa,
Alejandro Pina, Ivan Ucros, Gustavo Vasquez
• Área: 5500,0 m2
• Projeto Ano: 2007

Imagem retirada do Arqday

37
Imagem retirada do Googles Maps

River Park em Medellín - Projeto

Imagem retirada do Arqday

9.2 Explicação para a escolha:

A biblioteca de Medellín está inserida em uma região carente, a proposta visa a melhoria de
vida da comunidade que ali reside e também o incentivo a novas propostas de melhoria urbana. O
projeto foi um grande sucesso e repercutiu o mundo inteiro, o arquiteto Giancarlo Mazzanti
trabalhou a inserção do projeto de acordo com a declividade do terreno e levou em consideração
todos os problemas sociais que ali existem.

Depois que a biblioteca já estava funcionando, surgiu um concurso, Concurso Internacional


Público do Preliminary River Park em Medellín para uma proposta de requalificação do parque
linear Medellín, que assim como o parque Tiquatira também tem um rio que precisava ser
tratado. O projeto vencedor do concurso foi a da Oficina Latitude para Arquitetura e Cidade. O
objetivo é integrar a cidade com o rio, a área de intervenção é definida com base no espaço de
capitais públicos disponíveis ao longo das principais estradas.

9.3 Biblioteca Leon de Griff – Ficha Técnica

• Arquitetos: Giancarlo Mazzanti
• Localização: La Ladera, Madellín, Antioquia, Colômbia
• Arquiteto: Giancarlo Mazzanti
• Contribuintes: Andrés Sarmiento, Juan Manuel Gil, Freddy Pantoja, Camilo Mora, Pedro
Saa, Alejandro Pina, Ivan Ucros, Gustavo Vasquez
• Área: 4191,0 m2
• Terreno: 37.546,76
• Projeto Ano: 2007

38
9.4 – Explicação Foto
paraSergio Gomes– Leon de Griff
a escolha

A biblioteca Leon de Griff também está inserida em uma região carente e o seu projeto embora
pareça simples é surpreendente e foi ganhador de diversos prêmios. O foco do projeto é o
atendimento a função social, o incentivo a educação e a cultura.

9.5 - Biblioteca Delft - Ficha Técnica

• Escritório: Mecanoo
• Localização: Schoemakerstraat/ Van der Waalsweg
• Área 15000m²
• Projeto 1995
• Realização 1997

9.6 Explicação para a escolha – Biblioteca Delft

No meu conceito o projeto dessa biblioteca é o mais interessante entre todas, a estrutura e as
plantas foram revolucionário para a época. O teto verde como proposta de área de convivência é
simplesmente maravilhoso. O acervo é extremamente vasto e contém inúmeras obras raras. Essa
biblioteca é o modelo de biblioteca Universitária mais bem inserido de todos os tempos.

39
10.0 Proposta Projetual - Biblioteca Tiquatira

A necessidade de equipamentos públicos em toda região é assustadora. De acordo com os


estudos levantados, não existe nenhuma biblioteca em toda a área estudada. As bibliotecas que
existem ficam dentro do CEU e outra dentro do Teatro Martins Penna, porém, elas não contêm
um acervo significativo. Ou seja, não podemos considerar essas bibliotecas como uma “biblioteca”
ou um lugar voltado ao estudo como deveria ser.

10.1 Conceito da Proposta

É o atendimento à função social, respeitando os vínculos, à identidade social e a noção de


pertencimento da população residente. Respeitando o que está estabelecido e transformando o
que é necessário.
O princípio básico da proposta é a requalificação do entorno, propondo uma descontaminação do
rio Tiquatira, aumentando a área permeável e criando um sistema de drenagem nas calçadas,
para assim solucionar a problemática dos alagamentos.

Devido a legislação o gabarito de altura é de no máximo 10h, consideravelmente baixo,


impossibilitando a construção de altos prédios, contudo o terreno escolhido tem 11,800m²,
considerado grande, possibilitando a inserção de todo o programa necessário para a proposta.

A ideia é fazer ligações e criar passagens para os pedestres, facilitando a transposição do lote, já
que o mesmo é grande e o simples caminhar fica inviável na maneira como o terreno está inserido
hoje.

O projeto vai unir duas tipologias de bibliotecas, a biblioteca escolar e a biblioteca universitária;

Biblioteca Escolar; tem por objetivo atender os interesses de leitura e informação da sua
comunidade e trabalha em consonância com o projeto pedagógico definido pela Secretária da
Educação.

Biblioteca Universitária; tem por objetivo apoiar as atividades de ensino, pesquisa e extensão por
meio de seu acervo e dos seus serviços. Atende alunos, professores, pesquisadores e a
comunidade acadêmica em geral. É vinculada a uma unidade de ensino superior, podendo ser
uma instituição pública ou privada.

Além das tipologias escolhidas, a biblioteca também terá um acervo fictício, ambientes de lazer,
restaurantes, salas multimídia, laboratórios, área para exposições, salas de informáticas e um
Studio de música. O Studio foi escolhido como diferencial, porque os frequentadores do parque
Tiquatira na sua maioria são músicos, artistas e pessoas afins. A intenção é que funcione como um
atrativo para levar a comunidade para a biblioteca.

O tema da exposição fixa que terá na biblioteca será a História do bairro da Penha, essa história
será contada a partir de fotografias históricas, esculturas, obras de arte e grafite.

“O ensino deve ser oferecido com igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola ” – Art. 206 da Constituição Federal. Fonte: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10650554/artigo-206-da-
constituicao-federal-de-1988

40
10.2 – Projeto Biblioteca Tiquatira – Estudo Preliminar

TRANSPOSIÇÃO
PEDESTRES

ACESSO VEICULO
ACESSO PEDESTRES

ESPAÇO PARA EXPOSIÇÃO DE GRAFFITE

Implantação – Imagem meramente ilustrativa

41
ADM

Térreo

Piso Superior

Cobertura - Treliçada
42
11.0 Corte Urbano – Esquemático

11.1 Corte AA

BIBLIOTECA

11.2 Corte BB

BIBLIOTECA

43
12.0 - Conclusão:

A proposta visa estimular a educação, cultura, lazer e entretenimento. O local foi escolhido
devido as condições sócio econômica da região. A zona leste é uma região extremamente
populosa e carente de equipamentos públicos. A população residente pertence as classes sociais
B, C e D sendo que a grande maioria pertence à classe D.

Na região abordada, não existe nenhuma biblioteca o único equipamento público é o CEU
TIQUATIRA, que por sua vez não atende à demanda populacional das subprefeituras da Penha e
Ermelino Matarazzo e suas Atividades são voltadas para o esporte.

A proposta para o entorno urbano é a requalificação do Parque Tiquatira com o tratamento do


rio, que hoje é um córrego.

A região também sofre com alagamentos, a proposta é solucionar a questão através de um


sistema de drenagem nas calçadas e retirar as barragens do rio tiquatira, que impede a água de
escorrer para o solo. O sistema de Drenagem nas calçadas foi desenvolvido na Holanda e chegou
no Brasil através de uma construtora que implantou em seu projeto, conhecido como Jardim das
Perdizes.

O programa da biblioteca está relacionado com as necessidades do bairro e terá alguns


itens como diferencial. As pessoas que frequentam o parque Tiquatira, praticam esportes, dança,
desenhos, Grafite, entre outras atividades. A ideia é criar espaços que atendam essas
necessidades, através de; studios, ambiente para exposições, salas multifuncionais, centro
comunitário, lanchonete, auditório, salas multimídia e salas de informática.

A área definida para a implantação do projeto está situada na Avenida Governador Carvalho
Pinto, n° 1500, no bairro da Penha.

A área possui 11.800m² e está inserida em ZM2 (zona mista de média densidade), com coeficiente
de aproveitamento máximo de 2, portanto com potencial construtivo de até 23,600m², gabarito
máximo de 10m de altura e taxa de ocupação de 0,5 (50%) que possibilita área de 5.900m² de
ocupação do lote em projeção, o que torna a área própria para a implantação da biblioteca
levando em consideração a paisagem urbana do entorno.

“É só quando você coloca o lápis no papel que a idéia se torna realidade, este é o segundo passo
indispensável em fazer arquitetura. ”
- Alvar Aalto 1925 - Alvar Aalto 1925

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13.0 - Bibliografia

Coleção Folha grandes arquitetos – Vol. 16

Site Alvar Aalto - http://www.alvaraalto.fi/index_en.htm

Site da Prefeitura de São Paulo

Legislação – CONAMA – Resolução nº 273, de 29 de novembro Publicado no DOU, Seção 1.

Legislação - XXI Plano Regional Estratégico da Subprefeitura Penha

Arquivos cedidos pelas SubPrefeitura da Penha

Site Habisp

Site CETESB

Site do Governo do Estado

GoogleMaps

Site Arqday

Site Rede nossa São Paulo

Livro – A Leste do Centro – Territórios do Urbanismo

Mapas – MDC – Mapa Digital da Cidade

Secretaria da Segurança Publica – SSP

Site Infocidade

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