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Licenciado para - samara bisinoti mendes carvalho - 01909759112 - Protegido por Eduzz.com
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Karoliny da Veiga
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Consulta inicial
A anamnese é a base da consulta odontológica inicial, tem como objetivo colher informações para formar uma ou mais
hipóteses diagnósticas. Ao mesmo tempo, permite que o cirurgião-dentista comece a delinear o perfil do paciente
É recomendaso que o paciente seja classificado de acordo com seu estado de saúde geral ou categoria de risco médico:
ASA I
• Paciente saudável, sem anormalidade
• Pouca ou nenhuma ansiedade
• Capaz de tolerar o estresse do tratamento dentário
• Risco mínimo de complicações
• Observação: são excluídos pacientes muito jovens ou muito idosos
ASA II
• Paciente portador de doença sistêmica moderada ou de menor tolerância que o ASA I
• Maior grau de ansiedade ou medo ao tratamento odontológico
• Pode exigir certas modificações no plano de tratamento
• Risco mínimo de complicações durante o atendimento
o Paciente extremamente ansioso, com história de episódios de mal-estar ou desmaio na clínica odontológica
o Paciente com > 65 anos
o Obesidade moderada
o Primeiros dois trimestres da gestação
o Hipertensão arterial controlada com medicação
o Diabético tipo II, controlado com dieta e/ou medicamentos
o Portador de distúrbios convulsivos, controlados com medicação
o Asmático, que ocasionalmente usa broncodilatador em aerossol
o Tabagista, sem doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
o Angina estável, assintomática, exceto em extremas condições de estresse
o Paciente com história de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de 6 meses, sem apresentar sintomas
ASA III
• Paciente portador de doença sistêmica severa, que limita suas atividades
• Exige algumas modificações no plano de tratamento
• Tratamento odontológico eletivo não está contraindicado, mas este paciente represente um maior risco
durante o atendimento
o Obesidade mórbida
o Último trimestre da gestação
o Diabético tipo I (que faz uso de insulina), com a doença controlada
o Hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95-99 mmHg
o História de episódios frequentes de angina do peito, apresentando sintomas após exercícios leves
o Insuficiência cardíaca congestiva, com inchaço dos tornozelos
o Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema ou bronquite crônica)
o Episódios frequentes de convulsão ou crise asmática
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ASA IV
• Paciente acometido de doença sistêmica severa, que está sob constante risco de morte
• Quando possível, os procedimentos dentais eletivos devem ser postergados até que a condição médica do
paciente permita enquadrá-lo na categoria ASA III
• As urgências odontológicas, como dor e infecção, devem ser tratadas da maneira mais conservadora que a
situação permita. Quando houver indicação de pulpectomia ou exodontia, a intervenção deve ser efetuada em
ambiente hospitalar, que dispõe de unidade de emergência e supervisão médica adequada
o Obesidade mórbida
o Pacientes com dor no peito ou falta de ar, enquanto sentados, sem atividade
o Incapazes de andar ou subir escadas
o Pacientes que acordam durante a noite com dor no peito ou falta de ar
o Pacientes com angina que estão piorando, mesmo com a medicação
o História de infarto do miocárdio ou de acidente vascular encefálico, no período dos últimos 6 meses, com
pressão arterial > 200/100 mmHg
o Pacientes que necessitam da administração suplementar de oxigênio, de forma contínua
ASA V
• Paciente em fase terminal, quase sempre hospitalizado, cuja expectativa de vida não é maior do que 24 h
• Os procedimentos odontológicos eletivos estão contraindicados
• As urgências odontológicas podem receber tratamento paliativo, para alívio da dor
o Obesidade mórbida
o Pacientes com doença renal, hepática ou infecciosa em estágio final
o Pacientes com câncer terminal
ASA VI
• Paciente com morte cerebral declarada
Quando não for possível determinar a significância clínica de uma ou mais anormalidades, é recomendada a troca de
pois é ele quemcom
informações irá realizar
o médicoo procedimento.
que trata do paciente.
Exame físico
INSPEÇÃO GERAL
• Expressai fisionômica
• Cor da pele
• Tamanho e desenvolvimento dos ossos da face
• Tonicidade e mobilidade da musculatura
INSPEÇÃO LOCAL
• Estruturas anatômicas relacionadas aos ossos maxilares
• Articulação temporomandibular
• Glândulas salivares
• Cadeias ganglionares
INSPEÇÃO INTRABUCAL
• Face interna do lábio, fundo de sulco, rebordo alveolar, mucosa jugal, língua, assoalho bucal, palato
• Visão da orofaringe
• Dentes e periodonto
• Análise da oclusão
Em bebês (até 1 ano de idade), é recomendada a avaliação da artéria braquial, que se situa na linha mediana da fossa
antecubital.
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
Pode ser errônea se o avaliador disser ao paciente que irá observar sua respiração, pois isso poderá induzi-lo a respirar
de forma mais lenta ou mais rápida. Portanto, solicite ao seu auxiliar que avalie a FR enquanto você avalia a FC.
Coadjuvante terapêutico à “auxilia” na ação do princípio ativo. Exemplo: epinefrina nos anestésicos locais
Coadjuvante farmacotécnico à facilita a dissolução do princípio ativo no veículo ou excipiente ou agir como agente
suspensor ou emulsificante
Estabilizantes
• Físicos: mantem a viscosidade, a cor, o odor ou o sabor do medicamento
• Químicos: impedem o desenvolvimento de reações químicas como a oxidação, a redução ou a hidrólise.
Exemplo: metabissulfito de sódio
Grande interesse para a odontologia, pois se trata de uma substância antioxidante que
é incorporada às soluções anestésicas locais que contêm epinefrina (ou outros
vasoconstritores do grupo das aminas simpatomiméticas), que se deterioram quando
expostas à luz, ao ar e às variações da temperatura ambiente.
Corretivo à corrige o produto final em relação as propriedades organolépticas (cor, odor e sabor)
Veículo e excipiente à componentes líquidos ou sólido, respectivamente que servem para dissolver-se ao princípio ativo
e demais componentes da fórmula
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Formas farmacêuticas
Sólidas Líquidas
• Empregadas por via oral são a base de pós • Podem ser administradas por via oral ou
• Conforme o grau de aglomeração, assume parenteral
formas diferentes
COMPRIMIDOS EMULSÕES
- Obtidos pela compressão de pós - Sistema químico heterogêneo com
- Podem ser dissolvidos dois líquidos imiscíveis
- Permitem precisão de dosagem - Não tem indicação na Odontologia
- São de fácil administração
- Alguns podem ser fracionados
SUSPENSÕES
- Dispersão com que a
DRÁGEAS fase externa é um líquido
- Comprimidos com um e a fase interna é um
revestimento externo sólido (insolúvel)
- Mascara o sabor e odor - Exige uma
desagradável recomendação “agite
- Minimiza os efeitos agressivos à antes de usar”
mucosa gástrica
- não podem ser fracionados
AEROSSÓIS
- Sistema coloidal com
CÁPSULAS partículas sólidas ou
- Contém no interior líquidas
substâncias sólidas, - Empregados por meio de
líquidas ou pastosas nebulizadores,
- Podem ser gelatinosas e gastrorresistentes vaporizadores ou aerossol
- Não podem ser fracionadas
- Liberam o princípio ativo mais rapidamente no
interno delgado SOLUÇÕES
- Mistura de duas ou mais substâncias
homogêneas
GRANULADOS - Podem ser por via oral, aplicadas localmente em
- Aglomerado, com um ou cavidades ou injetadas
mais princípios
- Não aderem entre si
Soluções injetáveis
• São soluções ou suspensões esterilizadas, livres de pirogênios
• Em geral isotônicas
• Acondicionadas em ampolas ou frasco-ampolas, de forma a manter essas características
Vantagens
- Absorção mais rápida e segura
- Determinação exata da dose do medicamento
- Permitem o uso de grandes volumes
- Não sofrem a ação do suco gástrico
- Não agridem a mucosa gástrica (com exceção de alguns anti-inflamatórios)
Desvantagens
- Necessidade de assepsia rigorosa
- Dor decorrente da aplicação
- Dificuldade de autoadministração
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Vias de administração
ENTERAIS
Entram em contato com qualquer segmento do trato gastrointestinal
• Exemplos: sublingual, oral, bucal, retal
PARENTERAIS
São as vias que não interagem com o trato gastrointestinal
• Podem ser acessadas por meio de injeções (submucosa, intradérmica, subcutânea, intramuscular, intravenosa)
ou por outras formas (percutânea, respiratória, endodôntica)
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Farmacocinética e farmacodinâmica
FARMACOCINÉTICA
Movimento dos fármacos pelo organismo após sua administração, abrangendo os processos de absorção, distribuição,
biotransformação (metabolismo) e eliminação (excreção).
ABSORÇÃO
• Transferência do fármaco desde seu local de aplicação até alcançar a corrente circulatória
Pela via intravenosa, não depende da absorção, pois o medicamento é injetado diretamente na corrente sanguínea
Biodisponibilidade à quantidade e a velocidade na qual o princípio ativo de um fármaco é absorvido a partir da forma
farmacêutica, tornando-se disponível no local de ação
É decrescente conforme o fármaco se apresente nas seguintes formas farmacêuticas: solução > emulsão > suspensão >
cápsula > comprimido > drágea
A água é a melhor parceira para um medicamento ser ingerido, pois o leite, chá ou
suco contêm substâncias que podem reagir com determinados fármacos e formar
compostos que o organismo não consegue absorver
No caso dos antibióticos, é preferível que sejam tomados 1 h antes ou 2 h após as grandes refeições.
Meia-vida (t ½) à tempo gasto para que a concentração plasmática original de um fármaco no organismo se reduza à
metade, após sua administração
• A cada intervalo de tempo correspondente a uma meia-vida, a concentração decresce em 50% do valor que tinha
no início do período
• Não são eliminados na sua totalidade, mas para fins didáticos o processo se completa após quatro meias-vidas
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Concentração plasmática máxima à é a maior concentração sanguínea alcançada pelo fármaco após a administração
oral
Conceitos importantes
EQUIVALENTES FARMACÊUTICOS: medicamentos com a mesma substância ativa, na mesma quantidade e forma
farmacêutica
DISTRIBUIÇÃO
• Os fármacos distribuem-se aos diferentes tecidos do organismo, onde irão exercer suas ações farmacológicas
• Rapidez depende da ligação às proteínas plasmáticas e tecidual
• A fração do fármaco ligada às proteínas não apresentam ação farmacológica
BIOTRANSFORMAÇÃO
• Também chamada de metabolização
• Principal local: fígado (em menores proporções na mucosa intestinal, nos pulmões, na
pele, na placenta e no próprio plasma sanguíneo)
Metabolismo de primeira passagem ou metabolismo pré-sistêmico à Alguns fármacos são eliminados com tanta eficácia
pelo fígado ou pela parede intestinal que a quantidade que chega à circulação sistêmica é consideravelmente menor do
que a absorvida (exemplo: lidocaína e ácido acetilsalicílico)
ELIMINAÇÃO
• Os fármacos são eliminados para o meio externo, em geral através dos rins,
podendo também ser excretados pelos pulmões, pela bile, pelas fezes, pelo suor,
pelas lágrimas, pela saliva e pelo leite materno
• Fatores que influenciam: idade do paciente (idosos)
FARMACOdinamica
Estuda os mecanismos de ação dos fármacos e seus efeitos no organismo.
AÇÃO E EFEITO
• A ação de um fármaco nada mais é do que o local onde ele age
• O efeito é o resultado dessa ação
RELAÇÃO DOSE-EFEITO
• A intensidade do efeito produzido será diretamente proporcional à sua concentração no local de ação
Uma das formas de se estabelecer a segurança clínica de um medicamento é dividir o valor de sua dose letal mediana pelo
valor de sua dose eficaz mediana.
A relação DL50/DE50 é denominada índice terapêutico
à Há uma segurança relativa quando apresenta valores superiores a 10
à São exemplos de fármacos com baixo índice terapêutico: digoxina, fenitoína, carbamazepina, teofilina,
carbonato de lítio, ciclosporina e varfarina sódica
Toda intervenção cirúrgica odontológica provoca destruição tecidual, gerando respostas inflamatórias agudas. Essas
reações se caracterizam pela presença de dor, que pode ser acompanhada por edema (inchaço) e limitação da função
mastigatória.
Procedimento pouco invasivo (exodontias não complicadas ou pequenas cirurgias de tecido mole): resposta
inflamatória é mínima, geralmente, autolimitada à prescrição de um analgésico de ação periférica
Alodinia = os nociceptores podem se tornar sensíveis ao receber um estímulo que normalmente não provoca dor
1) Toda vez que ocorre lesão tecidual, o organismo dá início à resposta inflamatória
2) Com isso, há a ativação da enzima fosfolipase A2, que irá liberar o ácido araquidônico
3) O ácido araquidônico sofre ação de dois sistemas enzimáticos (cicloxigenase e 5-lipoxigenase), produzindo
autacoides
COX-1 COX-2
• Encontrada nas plaquetas, nos rins e na mucosa • Encontrada em pequenas quantidades
gástrica (grande quantidade) • Sua concentração aumenta após estímulo
• É uma enzima constitutiva (sempre presente) inflamatório
• Pela ação dessa enzima, as prostaglandinas são • Chamada de cicloxigenase pró-inflamatória
geradas de forma lenta e estão envolvidas com
processos fisiológicos (proteção da mucosa
gástrica, a regulação da função renal e a agrega-
ção plaquetária)
• Condições de normalidade e não precisa de
estímulos inflamatórios
VIA 5-LIPOXIGENASE
o Produz os leucotrienos.
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Os autacoides, como prostaglandinas e leucotrienos, fazem parte do processo inflamatório. As prostaglandinas irão
promover aumento na permeabilidade vascular, gerando edema. Além disso, potencializam os efeitos de outros
autacoides, como a histamina e a bradicinina.
Regimes analgésicos
ANALGESIA PREEMPTIVA Início antes do estímulo nocivo, ou seja, previamente ao trauma tecidual
Início imediatamente após a lesão tecidual, porém antes do início da sensação dolorosa
ANALGESIA PREVENTIVA à exemplo: primeira dose do fármaco é administrada ao final do procedimento, com o
paciente ainda sob os efeitos da anestesia local, seguida pelas doses de manutenção no
pós-operatório
Crianças: o ibuprofeno é o único AINE aprovado para uso em crianças, de acordo com as recomendações do FDA
Paracetamol
• Classificado como um inibidor da cicloxigenase, apesar de quase não apresentar atividade anti-inflamatória (é
um fraco inibidor da COX-1 e da COX-2)
• Indicado para analgesia em procedimentos odontológicos com expectativa de dor de intensidade leve a
moderada
São mais seguros para serem empregados em gestantes ou lactantes, bem como em
pacientes hipertensões, diabéticos, nefropatas ou hepatopatas, com a doença controlada
São contraindicações absolutas ao uso dos corticosteroides: pacientes portadores de doenças fúngicas sistêmicas,
herpes simples ocular, doenças psicóticas, tuberculose ativa ou os que apresentam história de alergia aos fármacos
deste grupo.
Além da dipirona, do paracetamol e do ibuprofeno, o cirurgião-dentista pode ainda optar pelos analgésicos de ação
predominantemente central, chamados de opioides fracos.
No Brasil, estão disponíveis para uso clínico a codeína (comercializada em associação com o
paracetamol) e o tramadol, ambos indicados no tratamento de dores moderadas a intensas, que
não respondem ao tratamento com outros analgésicos.
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Antibióticos
Os aantibióticos são substâncias químicas, obtidas de microrganismos vivos ou de processos semissintéticos, que têm
a propriedade de inibir o crescimento de microrganismos patogênicos ou destrui-los.
Classificação
Podem ser classificados conforme a ação biológica, o espectro de ação e o mecanismo de ação.
AÇÃO BIOLÓGICA
• Bactericidas à capazes de causar a morte dos microrganismos sensíveis
• Bacteriostáticos à capazes de inibir o crescimento e a multiplicação dos microrganismos sensíveis
ESPECTRO DE AÇÃO
MECANISMO DE AÇÃO
O antibiótico ideal seria aquele com máxima toxicidade seletiva, isto é, que exerceria sua ação atingindo apenas o
microrganismo invasor, sem causar dano ao hospedeiro. No entanto, tal antibiótico não existe.
De acordo com o mecanismo de ação, os antibióticos de uso odontológico podem ser divididos em três grupos: os que
atuam na parede celular, na síntese de proteínas ou na síntese de ácidos nucleicos.
• Esses medicamentos não destroem a parede celular já existente, apenas bloqueiam uma nova síntese
• Por isso, esses antibióticos são mais eficazes nas infecções agudas
Os antibióticos desse grupo são considerados bacteriostáticos nas doses usuais, ou seja, impedem o crescimento e a
reprodução bacteriana, sem que necessariamente haja morte da célula.
Resistência bacteriana
Capacidade das bactérias sobreviverem em concentrações superiores às atingidas no sangue ou tecidos.
Um dos princípios: pressão seletiva à as mudanças do ambiente forcam as bactérias a se adaptarem para sobreviverem.
O uso indiscriminado e errôneo dos antibióticos é considerado um dos maiores agentes da pressão seletiva
Cefalosporinas
• São bactericinas
• Espectro a ação mais aumentado que as penicilinas
• Exemplos: cefadroxil, cefalexina, cefalotina, cefazolina, cefaclor, cefuroxima, cefoxitina,
ceftriaxona, ceftazidima, cefepima e cefpiroma
Macrolídeos
• São bacteriostáticos com espectro de ação semelhante as penicilinas
• Exemplo: eritromicina, espiramicina, claritromicina e roxitromicina
Clindamicina
• Faz parte das lincosaminas
• É bacteriostática
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Tetraciclinas
• São bacteriostáticas
• Espectro de ação mais amplo que as penicilinas e macrolídeos
• Podem selecionar fungos, bactérias e leveduras
Metronidazol
• É bactericida
• Espectro direcionado aos bacilos anaeróbios G-
• Efeitos adversos: gosto metálico e neuropatia periférica (uso prolongado)
Quinolonas
• São indicadas para o tratamento de infecções do trato urinário e afecções respiratórias
• Exemplos: ciprofloxacina e levofloxacina
Carbapenêmicos
• São antibióticos empregados como último recurso para infecções bacterianas causadas pela Escherichia coli e
pela Klebsiella pneumoniae
Algumas infecções bacterianas bucais podem perdurar por mais tempo, tornando-se crônicas, pela dificuldade de
acesso aos sítios infecciosos, como é o caso de determinadas doenças periodontais ou infecções de origem
endodônticas.
Quando a descontaminação do local, por si só, não surte o efeito desejado, e há sinais e sintomas que indicam a
disseminação da infecção, o uso de antibióticos é recomendado, visando reduzir a população bacteriana. Dessa forma,
auxiliar os sistemas de defesa do hospedeiro
O metronidazol é extremamente eficaz contra os bacilos anaeróbios gram-negativos, sendo de muita utilidade no
tratamento de infecções bacterianas agudas como as pericoronarites, os abscessos periapicais e a gengivite ulcerativa
necrosante, sendo geralmente associado às penicilinas ou cefalosporinas.
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É o caso de pacientes com determinadas cardiopatias que podem predispor à endocardite infecciosa.
Outros candidatos potenciais à profilaxia antibiótica são os portadores de próteses ortopédicas recentemente
implantadas e os pacientes imunossuprimidos ou que apresentam alterações metabólicas importantes, como o diabetes
(não controlado) e a insuficiência renal.
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Antissépticos
O controle de infecções no consultório odontológico é feito por meio de barreiras, esterilização, desinfecção e antissepsia.
ANTISSEPSIA à pode reduzir o número de microrganismos presentes na cavidade bucal, na proporção de 75 a 99,9%,
além de diminuir a contaminação pelo aerossol proveniente das turbinas de alta rotação
Clorexidina
• Age contra bactérias aeróbias facultitivas e anaeróbias, gram-positivas e negativas, fungos e leveduras
• A concentração mínima eficaz é de 0,12%
Na forma de gel e na concentração de 2%, é empregado em endodontia, como auxiliar na instrumentação e desinfecção
do sistema de canais radiculares, apresentando maior substantividade e baixa tensão superficial em relação ao
hipoclorito de sódio.
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Sedação mínima
O quadro de ansiedade pode ser identificado pela inquietude do paciente e pela avaliação ou reconhecimento de alguns
sinais físicos:
• Dilatação das pupilas
• Palidez da pele
• Transpiração excessiva
• Aumento da frequência respiratória
• Palpitação cardíaca
• Sensação de formigamento ou tremores das extremidades
A situação do tratamento odontológico pode ser potencialmente ansiogênica não somente para o paciente, mas para todos
os envolvidos.
Quando os métodos não farmacológicos não são suficientes para controlar a ansiedade e o medo do paciente, deve-se
lançar mão de métodos farmacológicos, desde a sedação mínima até a anestesia geral.
A ADA define a sedação mínima como “[...] uma discreta depressão do nível de consciência, produzida por
método farmacológico, que não afeta a habilidade do paciente de respirar de forma automática e
independente e de responder de maneira apropriada à estimulação física e ao comando verbal”.
INDICAÇÕES
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EFEITOS COLATERAIS
• Há baixa incidência, particularmente, quando empregados em dose única ou por tempo restrito
• Sonolência é o mais comum à midazolam e triazolam
• Amnésia anterógrada: esquecimento dos fatos que se seguiram a um evento tomado como ponto de referência
à midazolam e lorazepam
CONTRAINDICAÇÃO
A duração dos procedimentos odontológicos, em média, não ultrapassa 60 minutos, o midazolam é o fármaco de escolha
para jovens e adultos, pelo rápido início de ação (30 min) e menor duração do efeito ansiolítico (1-2 h).
Por apresentar menor incidência de efeitos paradoxais ou amnésia anterógrada, o alprazolam se constitui numa boa
alternativa ao midazolam.
O ideal para a sedação de pacientes geriátricos seria o triazolam (rápido início de ação e duração curta), porém este
ansiolítico não está disponível comercialmente no Brasil. Assim, a escolha recai no lorazepam, cuja meia-vida plasmática
é intermediária entre o triazolam e o diazepam.
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O candidato à sedação mínima com benzodiazepínicos deve ser orientado a comparecer às consultas acompanhado por
um adulto.
Caso já tenha tomado a medicação em ambiente domiciliar ou de trabalho, não poderá dirigir veículos automotores.
Após o atendimento, deverá ser alertado a não executar tarefas delicadas, operar máquinas potencialmente perigosas ou
ingerir bebidas alcoólicas no dia do tratamento.
PRESCRIÇÃO
As prescrições de benzodiazepínicos (em receita comum) devem vir acompanhadas da notificação de receita do tipo B (de
cor azul).
Suas principais vantagens em relação à sedação mínima com benzodiazepínicos, por via oral, são:
1. Tempo curto (~ 5 min) para se atingir os níveis adequados de sedação e para a recuperação do paciente
2. Os gases podem ser administrados pela técnica incremental, ou seja, pode-se individualizar a quantidade e a
concentração de N2O/O2 para cada paciente
3. A duração e a intensidade da sedação são controladas pelo profissional em qualquer momento do atendimento
4. Administração constante de uma quantidade mínima de 30% de O2 durante o atendimento (equivalente a cerca de
1½ vez a quantidade de O2 contido no ar atmosférico)
Por outro lado, como desvantagens, esta técnica implica um considerável investimento inicial, pela necessidade de
aquisição do equipamento e de acessórios, além do custo do curso teórico-prático de habilitação.
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Como evitar?
1. Por meio da anamnese, identificar as drogas ou medicamentos de que atualmente o paciente faz uso contínuo
2. Documentar no prontuário clínico que o paciente foi esclarecido sobre os riscos da interação
3. Na técnica infiltrativa, aplicar pequenos volumes das soluções anestésicas contendo epinefrina 1:100.000 ou
1:200.000, respeitando o limite de 2-4 tubetes, respectivamente
4. Nos bloqueios regionais, empregar solução com felipressina (associada à prilocaína 3%)
5. Seja qual for a técnica ou solução empregada, a injeção deve ser lenta (razão de 1 mL/min), após aspiração
negativa
COM ANSIOLÍTICOS
Depressores do SNC à hipnóticos, hipnoanalgésicos (analgésicos de ação central), neurolépticos e anticonvulsivantes
• Possibilidade de potenciação do efeito depressor do SNC e um possível risco de depressão respiratória
COM ANALGÉSICOS
Paracetamol + varfarina
• Pode provocar um aumento do efeito anticoagulante da varfarina, predispondo o paciente a hemorragias
Dipirona
• Pode potencializar a ação do álcool etílico, não devendo ser administrada simultaneamente com bebidas alcoólicas
• Também pode reduzir a ação da ciclosporina (imunossupressor empregado em pacientes transplantados ou
portadores de doenças autoimunes)
• Pode potencializar as reações adversas provocadas pela clorpromazina (antipsicótico), especialmente a
hipotermia
COM AINES
Anticoagulantes à varfarina
• Os AINEs competem com a varfarina, deslocando-a e potencializando seus efeitos (aumento do risco de
hemorragia durante e após um procedimento cirúrgico
Hipoglicemiantes orais
• Pode ocorrer um episodio de hipoglicemia
COM ANTIBIÓTICOS
Álcool etílico (etanol)
• Pode cortar o efeito do antibiótico pela interferência negativa na absorção
• Consequências: efeito dissulfiram, hepatotoxicidade, aumento da diurese
Contraceptivos orais
• As penicilinas, tetraciclinas, cefalosporinas, eritromicina e metronidazol podem comprometer a eficácia
• Com exceção da rifampicina, nenhum estudo tem demonstrado níveis alterados de etinilestradiol (principal
constituinte dos CO) ou aumento no risco de concepção, em mulheres que fazem uso de antibióticos comumente
prescritos em odontologia
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Questões
Ano: 2022 Banca: UFMT Órgão: PM-MT Prova: UFMT - 2022 - PM-MT - 2º Tenente - Cirurgião Dentista
1- A respeito de medicamentos anti-inflamatórios, analise as afirmativas.
I- Anti-inflamatórios esteroidais são também chamados de corticosteroides e inibem a ação da enzima fosfolipase A2,
o que resulta em redução da expressão de prostaglandinas e proteínas ligadas ao processo inflamatório.
II- Anti-inflamatórios não esteroidais inibem a enzima ciclo-oxigenase relacionada à formação de prostaglandina e
tromboxanos, substâncias com papel essencial no processo inflamatório e da dor.
III- Os anti-inflamatórios não esteroidais são contraindicados na insuficiência cardíaca grave, uma vez que podem afetar
a função renal, provocando retenção de água e sal.
Ano: 2021 Banca: VUNESP Órgão: EsPCEx Prova: VUNESP - 2021 - EsFCEx - Dentista - Periodontia
2- Assinale a alternativa que contenha apenas vias enterais de administração de fármacos.
a) endodôntica, intravenosa e intradérmica.
b) Oral, submucosa e percutânea.
c) Sublingual, bucal e retal.
d) Bucal, oral e inalatória.
e) Retal, oral e subcutânea.
Ano: 2018 Banca: Marinha Órgão: CSM Provas: Marinha - 2018 - CSM - Primeiro Tenente - Radiologia
3- De acordo com Andrade (2014), os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) podem ser classificados com base
na seletividade sobre a cicloxigenase-2 (COX-2). Sendo assim, assinale a opção que apresenta o fármaco
considerado inibidor seletivo para a COX-2.
a) Ibuprofeno.
b) Cetroprofeno.
c) Piroxicam.
d) Diclofenaco.
e) Nimesulida.
Ano: 2018 Banca: Marinha Órgão: CSM Provas: Marinha - 2018 - CSM - Primeiro Tenente - Radiologia
4- De acordo com Yagiela et al. (2011), as interações medicamentosas podem ser classificadas em cinco
categorias. Quando há uma combinação de dois fármacos que não possuem as mesmas atividades
farmacológicas e disso resulta um efeito maior de um fármaco do que o esperado, essa interação refere-se a
que categoria?
a) Somação.
b) Sinergismo.
c) Potencialização.
d) Efeito inesperado do fármaco.
e) Antagonismo.
Ano: 2018 Banca: Exército Órgão: EsSEx Provas: Exército - 2018 - EsSEx - Conhecimentos Gerais - Odontologia
5- Segundo ANDRADE (2014), nos quadros de dor já instalada, o emprego de fármacos que deprimem diretamente
a atividade dos nociceptores pode ser conveniente, pois conseguem diminuir o estado de hiperalgesia
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persistente. Isso é conseguido por meio do bloqueio da entrada de cálcio e da diminuição dos níveis de AMPc
nos nociceptores. Qual é a substância-padrão desse grupo?
a) Paracetamol.
b) Tramadol.
c) Dipirona.
d) Codeína.
Ano: 2017 Banca: IDECAN Órgão: CBM-DF Prova: IDECAN - 2017 - CBM-DF - 2º Tenente - Cirurgião-Dentista
Periodontia
6- Algumas vezes, a resposta do organismo a um fármaco é diferente daquela desejável. Como se chama a reação
qualitativamente diferente da esperada, na maioria dos indivíduos, com mecanismo ainda não bem
compreendido, que talvez possa estar relacionada com características genéticas?
a) Idiossincrasia.
b) Superdosagem.
c) Efeito paradoxal.
d) Hipersensibilidade.
Ano: 2016 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: FADESP - 2016 - PM-PA - 2º Tenente - Cirurgião Dentista - Clínico Geral
7- Diante de um paciente que apresenta válvula cardíaca protética e, portanto, alto risco para as endocardites
bacterianas, o antibiótico que deve ser escolhido para ser administrado profilaticamente é o(a)
a) neomicina.
b) eritromicina.
c) amoxilina.
d) gentamicina.
Ano: 2016 Banca: Marinha Órgão: CSM Provas: Marinha - 2016 - CSM - Primeiro Tenente - Endodontia
8- Segundo Andrade (2014), o que significa Dose Eficaz Mediana?
a) É a dose de um fármaco necessária para produzir um efeito desejado em 50% dos indivíduos.
b) É a dose capaz de matar 50% dos animais de um determinado experimento.
c) É o tempo gasto para que a concentração plasmática original de um fármaco no organismo se
reduza à metade, após sua administração.
d) É a maior concentração sanguínea alcançada pelo fármaco após a administração oral.
e) É quando a velocidade de entrada do fármaco na circulação é excedida pela velocidade de
eliminação e distribuição.
Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Aeronáutica - 2015 - CIAAR - Primeio Tenente - Odontologia de
Necessidades Especiais
9- A utilização simultânea de drogas distintas é prática comum na terapêutica, e a interação medicamentosa pode
ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre o outro. A poliquimioterapia pode apresentar
efeitos benéficos, como a melhora do efeito terapêutico, mas também pode causar o aparecimento de reações
adversas graves. A interação medicamentosa entre benzodiazepínicos e anticoagulantes orais pode induzir
a) efeitos reduzidos dos benzodiazepínicos.
b) efeitos reforçados dos benzodiazepínicos.
c) efeitos reforçados dos anticoagulantes orais.
d) redução da velocidade de eliminação de ambos os medicamentos.
Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PM-GO Prova: UEG - 2013 - PM-GO - 2° Tenente - Odontologia Endodontia - Reaplicação
10- O antibiótico indicado para um paciente alérgico à penicilina e à cefalosporina é:
a) Tetraciclina
b) Amoxacilina
c) Clindamicina
d) gentamicina
@dentologa – Karoliny da Veiga
Gabarito
1- D
2- C
4- C
5- C
7- C
10- C
6- A
8- A
9- A
3- E
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Este material foi criado baseado nas aulas da disciplina de
Farmacologia e no livro: Terapêutica Medicamentosa em
Odontologia (Eduardo Dias de Andrade)
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Karoliny da Veiga
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