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FACULDADE ANHANGUERA

ODONTOLOGIA

ANA PAULA DI BERNARDO

BRUNA CRISTINA PEREIRA RODRIGUES

JOÃO DAVI ANTUNES DE OLIVEIRA

MANUELLA MELO DE CASTRO

PATRICIA ESPERANÇA

IMPORTÂNCIA DE EXAMES COMPLEMENTARES PARA A CIRURGIA

JUNDIAÍ

2022
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ANA PAULA DI BERNARDO

BRUNA CRISTINA PEREIRA RODRIGUES

JOÃO DAVI ANTUNES DE OLIVEIRA

MANUELLA MELO DE CASTRO

PATRICIA ESPERANÇA

IMPORTÂNCIA DE EXAMES COMPLEMENTARES PARA A CIRURGIA

Trabalho apresentado para avaliação na


disciplina de fundamentos para
propedêutica cirúrgica dois, do curso de
odontologia, sexto período,da
FACULDADE ANHANGUERA.

Orientador: Felipe Fernandes jacintho

JUNDIAÍ

2022
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RESUMO

O objetivo será mostrar como os Exames complementares complementam


as informações do exame físico e elucidam o diagnostico e sua importância para a
cirurgia, sua realização ou solicitação deve ser direcionada levando se em
consideração os dados que foram obtidos na anamnese e no exame clinico. Exames
complementares podem ser laboratoriais ou de imagem auxiliam o cirurgião dentista
na efetividade do diagnostico complementando assim a avaliação clinica, mas não
há substituindo.

Para se obter um bom diagnostico dependemos do exame clinico, exames


imaginologicos e exames histopatológicos, sanguíneos e citológicos. Cabe ao
cirurgião dentista ter uma boa Avaliação do caso e seguir com o tratamento correto
ao paciente.

Palavras-chave: anamnese, diagnostico, exame clinico e exame


complementar.
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ABSTRACT
The objective will be to show how the complementary exams complement the
information of the physical exam and elucidate the diagnosis and its importance for
the surgery, its accomplishment or request must be directed taking into account the
data that were obtained in the anamnesis and in the clinical exam. Complementary
exams can be laboratory or imaging help the dental surgeon in the effectiveness of
the diagnosis, thus complementing the clinical evaluation, but there is no substitute.
To obtain a good diagnosis we depend on clinical examination, imaging tests
and histopathological, blood and cytological tests. It is up to the dental surgeon to
have a good assessment of the case and follow up with the correct treatment for the
patient.

Keywords: anamnesis, diagnosis, clinical examination and complementary


examination.
5

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................6
2. IMPORTANCIA DE EXAMES COMPLEMENTARES PARA CIRURGIA..........7
2.1. Exames de imagem...........................................................................................7
2.1.1. Radiografia...................................................................................................................7

2.1.2. Radiografia periapical.................................................................................................8

2.1.3. Radiografia interproximal...........................................................................................9

2.1.4. Radiografia Oclusal.....................................................................................................9

2.1.5. Radiografia panorâmica............................................................................................10

2.1.6. Sialografia..................................................................................................................11

2.1.7. ultrassonografia........................................................................................................11

2.1.8. Tomografia computadorizada..................................................................................12

2.1.9. Ressonância nuclear magnetica..............................................................................13

2.2. Exames laboratoriais......................................................................................14


2.2.1. Hemograma................................................................................................................14

2.2.2. Eritrograma................................................................................................................15

2.2.3. Serie plaquetaria........................................................................................................15

2.2.4. Leucoderma...............................................................................................................16

2.3. Exame de urina................................................................................................16


2.4. Citologia esfoliativa........................................................................................17
2.5. Biopsia..............................................................................................................18
2.6. Exame de Congelação....................................................................................20
CONCLUSÃO........................................................................................................... 21

REFERÊNCIAS........................................................................................................ 22
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2.2.1. INTRODUÇÃO

No cotidiano do Cirurgião Dentista observa-se que várias condições


sistêmicas interferem diretamente no planejamento cirúrgico e, a depender do
quadro do paciente, muitas vezes diagnosticado somente por meio de tais exames,
o procedimento cirúrgico é abortado, adiado ou até mesmo contraindicado.
Metodologia: uma análise detalhada da literatura dos últimos 5 anos feita através da
análise de 10 artigos científicos escolhidos em razão da temática exames
complementares na prática odontológica’ ou afins, e através das palavras-chave:
exames complementares, diagnóstico, exames laboratoriais, avaliação pré-
operatória; avaliação pré-anestésica, foram utilizados na triagem do material a ser
analisado e incluído na revisão de literatura. Resultados/Discussão: Por meio dos
dados obtidos, no grupo em que se solicitou exame laboratorial, obteve-se apenas
01caso de complicação (3,33%), o que mostra ser importante lançar mão de exames
laboratoriais na prática cirúrgica, já no grupo em que não foi solicitado exame pré-
operatório, encontramos um total de 04 complicações, sendo a mais frequente,
infecção no pós-operatório (13,3%); e um total de 10 exames com resultados
alterados (36,6%) constatados posteriormente. Assim como o profissional pode,
durante o exame físico, utilizar-se de instrumentos com o objetivo de aumentar a
capacidade de percepção dos sinais observados pelos sentidos naturais, pode
também recorrer a métodos ou exames de laboratório com a finalidade de aumentar
a segurança durante o tratamento, somando os resultados obtidos da anamnese e
exame físico apresentados pelo paciente. Tais métodos servem para avaliar a
normalidade, quer para a investigação de um estado patológico, quer para o controle
de cura de uma doença.
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2.2.2. IMPORTANCIA DE EXAMES COMPLEMENTARES PARA CIRURGIA.

2.2.3. Exames de Imagem

2.1.1. Radiografia

Figura 1 https://unieroradiologia.com.br/exames-radiograficos-na-rotina-odontologica/

As radiografias consistem em exames de imagem realizados para identificar


a presença de lesões, cáries e condições específicas na estrutura bucal. Desse
modo, é possível definir quais os procedimentos mais adequados. Com isso,
tratamentos para lesões ósseas e para o alinhamento dental, por exemplo, são
realizados com mais precisão.

Por esse motivo, é um exame muito utilizado para início e acompanhamento


de tratamentos ortodônticos e para a realização de implantes, extração dental e
cirurgias no maxilar.
Na prática, o exame realiza a captura de imagens por meio dos raios x, que
atravessam o corpo humano registrando as barreiras encontradas nesse processo,
conforme a densidade dos órgãos.
Com isso, podem avaliar condições como a presença de inflamações, cáries,
dentes em excesso ou faltantes, tumores e especificidades para produção de peças
8

usadas em tratamentos. O exame pode ser feito na totalidade da boca ou em um


espaço mais restrito da cavidade.

2.1.2. Radiografia periapical

Figura 2 https://www.saudebemestar.pt/pt/medicina/dentaria/radiografia-periapical/

È um exame que serve para visualizar radiograficamente a anatomia de um


ou mais dentes (desde a coroa até ao término da raiz), assim como as estruturas
anatómicas vizinhas, ou seja, que estão ao redor dos dentes. Esta radiografia pode
ser usada para estudar qualquer um dos dentes (molares, pré-molares, incisivos e
caninos), seja na arcada dentária superior ou na inferior.

O raio x periapical é o exame mais frequente no que diz respeito à


radiografia intraoral (radiografias do interior da boca). Abrange, habitualmente,
apenas uma determinada área, visualizando-se, normalmente, apenas 2 a 3 dentes
contíguos (juntos), permitindo desta forma avaliar a anatomia dos dentes no seu
todo de uma forma mais detalhada.

Não existe uma só radiografia periapical completa ou total, ou seja, que


consiga abranger todos os dentes numa só imagem radiográfica, como acontece
com a ortopantomografia, mas podemos, no entanto, efetuar várias radiografias de
modo a estudar uma área mais alargada.
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2.1.3. Radiografia interproximal

Figura 3 https://croimagem.com.br/portfolio-item/radiografia-interproximal/

É um exame idêntico à radiografia periapical, contudo, ainda mais restrito.


Neste exame pretende-se visualizar apenas as coroas de alguns dentes superiores
e inferiores na mesma imagem. Este exame é frequentemente realizado para
deteção de cáries interproximais (cáries entre os dentes)

2.1.4. Radiografia Oclusal

Figura 4 http://www.dualclinica.com.br/exame/radiografia-oclusal/

É um tipo de radiografia intraoral em que a película radiográfica é colocada


entre os dentes dos maxilares (superior e do inferior), ou seja, como se o doente a
estivesse a “morder”. Este exame é bastante útil no despiste de raízes residuais
(restos de raízes), no caso dos dentes inclusos e dentes supranumerários (dentes
em excesso).
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2.1.5. Radiografia panorâmica

Figura 5 https://www.dviradiologia.com.br/2019/07/23/tudo-o-que-voce-precisa-saber-a-radiografia-
panoramica-odontologica/

É um exame que permite obter imagens do maxilar superior e inferior,


permitindo visualizar numa só imagem radiográfica, ambas as arcadas dentárias e
algumas estruturas anatómicas adjacentes. Este exame possui indicação na
avaliação do tratamento ortodôntico; doença periodontal, reabsorções ósseas,
lesões periapicais, tratamentos endodônticos (desvitalização de dentes); dentes
inclusos ou impactados, incluindo os dentes do siso

2.1.6. Sialografia

Figura 6 http://radiologiaetcetal.blogspot.com/2017/09/exames-contrastados-sialografia.html

O exame contrastado de Raios-X é indicado quando há necessidade de se


investigar órgãos e estruturas que não sejam visualizados pela técnica radiográfica
simples. Esses órgãos e estruturas tornam-se visíveis pela ingestão ou injeção de
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substâncias chamadas de contrastes, que são opacos à radiação. A Sialografia é


utilizada para o exame da anatomia dos ductos das glândulas salivares maiores,
com o objetivo de mapear modificações obstrutivas, inflamatórias, traumáticas e
neoplásicas. Para a visualização da área a ser examinada, é necessário o uso de
contraste iodado.

2.1.7. Ultrassonografia

Figura 7 https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/150281/001008345.pdf?sequence=1&isAllowed=y

A ultrasonografia (US) ou ecografia é um método exclusivamente


anatômico,propiciando a realização da "macroscopia patológica" in vivo através de
vibrações de alta freqüência 7-10MHz que se refletem nas interfaces de tecidos de
diferentes densidades. Nas intensidades utilizadas para fins diagnósticos não produz
alterações nos tecidos que atravessa.A ultrasonografia é utilizada principalmente
nas patologias das glândulas tireóide e paratireóide, glândulas salivares e massas
cervicais.

2.1.8. Tomografia computadorizada

Figura 8 https://www.abogoias.org.br/noticias/abo-goias-inaugura-servico-de-tomografia-
computadorizada/
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A tomografia computadorizada odontológica, também chamada de


tomografia de feixe cônico ou tomografia volumétrica, ou tomografia cone beam, é
um exame que utiliza raios-x para mostrar imagens em “fatias” do corpo humano, no
caso especificamente da região da cabeça do paciente. Esse exame pode ser feito
para mostrar áreas pequenas da boca de cada vez, com mais detalhes, ou pode
abranger uma área maior, como toda a região da arcada dentária superior: maxila,
quanto da arcada dentária inferior: mandíbula. A tomografia computadorizada
odontológica é considerada um exame avançado de imagem extrabucal, ou seja, o
filme onde será mostrada a imagem ficará fora da boca do paciente enquanto a
radiografia estiver sendo feita. A tomografia computadorizada é considerada um
exame de alta precisão diagnóstica, pois permite uma visualização volumétrica
(tridimensional -3D) de imagens da boca.
O principal objetivo de uma tomografia computadorizada odontológica é
permitir a visualização em detalhes da região na qual o exame foi realizado. Esse
exame é indicado, sobretudo,  para identificação dos processos patológicos (cistos e
tumores), avaliação de traumas faciais, fraturas, trincas na raiz, investigação de
canais dos dentes, partes de osso da articulação temporomandibular (articulação
responsável pela abertura e fechamento da boca), seios paranasais (espaços de ar
na face), visualização de dentes inclusos ( dentes que não apareceram na boca e
podem estar presos no osso) e avaliação da extensão e integridade das corticais
ósseas (osso entre os dentes), bem como o planejamento de implantes
ósseointegrados. Na implantodontia é um método auxiliar muito importante, pois
permite a avaliação exata da estrutura óssea (quantidade de osso para se colocar
um implante ou se há necessidade de fazer cirurgia para colocar mais osso no
paciente – enxertos). Ainda pode ser utilizada para gerar arquivos que podem ser
convertidos em protótipos, ou seja, reprodução em impressoras 3D para um
diagnóstico e planejamento ainda mais precisos.( C.I.R.O 2008)
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2.1.9. Ressonância nuclear magnética

Figura 9 http://www.rb.org.br/detalhe_aop.asp?id=3335&idioma=Portugues

Lima e Campos descrevem que a formação da imagem através desse


exame, se dá de um forte campo magnético em um sistema de emissão e recepção
de ondas de radiofrequência e um computador, onde essas ondas são captadas, e
são transformadas em imagem por um programa especialmente desenvolvido. As
imagens correspondem ao mapeamento dos prótons ou elétrons que compõem os
tecidos do organismo humano. Portanto, são imagens de alta fidelidade de definição,
que fornecem informações anatômicas e bioquímicas, obtidas em todos os planos
possíveis (axial, coronal, sagital ou oblíquo) sem risco das radiações ionizantes.
Ela possibilita estudar ATM e suas disfunções, pois é o único sistema de
imagem que mostra o menisco e os músculos dessa articulação funcionalmente.
Segundo Gusmão16, no diagnostico da ATM, a ressonância magnética vem se
juntar a outros métodos de diagnósticos, tais como: radiografias transcranianas,
tomografias, tomografias computadorizadas, artrografias, pois não apresenta clareza
de detalhes dos componentes ósseos.
Esse exame é também utilizado em doenças do complexo maxilo-
mandibular e em estudos dos seios da face, músculos da mastigação, região
parafaringeana, trajeto do nervo trigêmeo e outros.
Castillero expõe que cirurgias assistidas por computador, utilizando imagens
geradas por tomografia computadorizada e ressonância magnética, para casos de
implantes dentários, orientam de forma precisa no ato cirúrgico, diminuindo o risco
devido à exatidão de precisão e cuidados na angulação e profundidade do implante.
14

2.2.4. Exames laboratoriais

2.2.5. Hemograma

Figura 10 https://www.laboratoriomultianalises.com.br/o-que-avalia-um-hemograma-completo/

O baixo custo e a quantidade de informações são os principais diferenciais


desses exames, tornando-o um dos mais solicitados em clínicas e consultórios.
Outro fator importante a ser considerado é a facilidade de realização do
procedimento e coleta de materiais para análise.Isso porque com apenas a amostra
de sangue é possível avaliar condições diversas do organismo do paciente.Na
prática, o hemograma é composto por três análises obtidas a partir de uma mesma
amostra. Assim, conforme a solicitação do profissional, é possível realizar a
averiguação de um hemograma completo, como é conhecido o exame.Ele auxilia na
definição de tratamentos e estratégias de prevenção, principalmente em casos
cirúrgicos, além dos procedimentos de preparação do paciente para a intervenção e
cuidados no pós-operatório.

2.2.6. Eritrograma ou séries vermelhas

Essa análise consiste na avaliação sobre as condições relacionadas


aos glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias. É o elemento mais
abundante no sangue periférico, usado para a avaliação da saúde do paciente,
sendo que a hemoglobina é o principal componente desse material.Na prática, as
hemácias tem como função levar o oxigênio, gás carbônico e diversos nutrientes
para os tecidos corporais. Sua análise é feita para identificar fatores relacionados à
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morfologia, falha medular e anemias/policitemia.  Por conta disso, é preciso


uma análise precisa do sangue coletado, identificado as quantidades ideais dos
materiais.Desse modo, é possível avaliar os possíveis impactos que os tratamentos
e intervenções cirúrgicas trarão para o corpo do paciente, como fatores relacionados
às alterações na cicatrização e hematológicas. Isso se torna ainda mais essencial
em procedimentos mais invasivos, como extrações dentárias, procedimentos
periodontais e o implante.Assim, no caso de procedimentos como o implante
dentario, é possível prever o comportamento do organismo na aceitação da prótese
e cicatrização, bem como adequar os processos pré-operatórios.

2.2.7. Série plaquetária

As plaquetas são produzidas na medula óssea e podem ser usadas para


avaliar possibilidades de hemorragias, presença de processos trombóticos,
doenças autoimunes que podem impactar nos tratamentos e o funcionamento da
própria medula.Isso significa que no exame a quantidade de plaquetas vai auxiliar no
entendimento do processo de coagulação do paciente, o que é determinante nos
tratamentos invasivos. Ele também auxilia na definição dos cuidados que devem ser
tomados em tratamentos que, mesmo mais superficiais, serão realizados em
pacientes com problemas já pré existentes, como é o caso da diabetes.Cabe
ressaltar que por conta do ciclo circadiano, em caso de haver a necessidade de
refazer o exame para avaliação de alguma irregularidade, o mais indicado é que a
coleta seja feita no mesmo horário. Caso haja a confirmação da condição de
trombocitopenia (quando as plaquetas estão abaixo do normal) pode haver o risco
de processos hemorrágicos mesmo em cirurgias simples.Nesses casos, o mais
indicado é que a condição seja controlada e o tratamento adiado.Já em caso de
doenças que já afetam esse aspecto, durante o tratamento é necessário um
acompanhamento cuidadoso, de modo a iniciar intervenções ou realizar medicações
antes/durante o procedimento.

2.2.8. Leucograma ou séries brancas


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O leucograma avalia a quantidade e qualidade dos glóbulos brancos


presentes no sangue, elemento determinante para a defesa do organismo.Para a
avaliação, há a contagem absoluta e relativa do material presente, contribuindo para
a identificação de processos infecciosos, sejam eles originados de vírus, bactérias
ou parasitas. Também é possível identificar doenças no sangue e os processos
alérgicos do paciente.Assim, quando a quantidade de glóbulos está em alta
quantidade (leucocitose) pode indicar infecções. Já o número reduzido de material
(leucopenia) pode sinalizar depressão na medula. Com relação a identificação de
infecções, sejam bacterianas ou por vírus, o número pode determinar se já há uma
infecção ou se o paciente está mais sensível às complicações.Assim, conforme o
resultado, a indicação é recorrer ao atendimento de um clínico para realizar o
tratamento adequado, de modo a reduzir o risco de infecção no pós-operatório.
O atendimento multiprofissional também é recomendado nesse contexto, garantindo
o acompanhamento adequado das condições de saúde do paciente e a segurança
durante os tratamentos.Nesse sentido, sempre que houver a necessidade de novas
intervenções ou o surgimento de alguma condição que pode afetar o trabalho dos
profissionais, o histórico médico precisará ser atualizado.Cabe ressaltar ainda que
além dos exames laboratoriais de análise biológica, muitos procedimentos são
realizados de modo a identificar os aspectos relacionados ao próprio tratamento
dental e as condições dessa estrutura.Para isso os exames de imagem se
destacam, contribuindo com a identificação de quais os tratamentos mais adequados
e qual o planejamento a ser adotado em cada caso.

2.2.9. Exame de urina

Figura 11 https://blog.labcac.com.br/afinal-para-que-serve-o-exame-de-urina/
17

O exame de urina é responsável por possibilitar a identificação de doenças


sistêmicas no organismo da pessoa.Essas doenças sistêmicas, por sua vez,
também podem contar com manifestações orais e serem as causadoras da
reclamação do paciente junto ao dentista.Em um exame de urina, são analisados
elementos como: densidade, pH, hematúria, volume, glicosúria, cor, aspecto,
acetonúria, piúria e bile.(Ricardo Vicentin)

2.2.10. Citologia esfoliativa

Figura 12 http://sgcd.foa.unesp.br/home/departamentos/dppc/estomatologia/aula-biopsia.pdf

É um método laboratorial que consiste basicamente na análise de células


que descamam fisiologicamente da superfície. Não é um método recente e sua
utilização é anterior à metadedo século XIX. Deve-se a Papanicolaou & Traut, em
1943, com a apresentação e valorizaçãodos achados citológicos em colpocitologia, a
aceitação universal do método no diagnóstico docâncer da genitália feminina. Em
1951, Muller e col. utilizaram a citologia na mucosa bucal.Folson e col., em 1972,
justificaram bem a razão do método útil e válido:
sob condições normais, existe uma forte aderência entre as camadas mais
profundas doepitélio, o que dificulta a sua remoção.nas lesões malignas e em alguns
processos benignos, essa aderência ou coesão celular ébastante frágil, o que
permite facilmente sua remoção. nos processos malignos, as células apresentam
alterações características especiais que as diferenciam das células normais, tais
como: núcleos irregulares e grandes, bordas nucleares irregulares e proeminentes,
hipercromatismo celular, perda da relação núcleo-citoplasma, nucléolos
18

proeminentes e múltiplos, discrepância de maturação em conjunto decélulas,


mitoses anormais e pleomorfismo celular.
cerca de 90% dos tumores malignos de boca são de origem epitelial, o que
vem favorecer ouso de citologia esfoliativa.A fidelidade da citologia esfoliativa na
detecção do câncer bucal foi demonstrada emdiversos trabalhos. Entre eles, ressalta
o resultado de um estudo citológico e histopatológicorealizado com 118.194
indivíduos no programa "Oral Exfoliative Cytology VeteranisAdministration
Cooperative Study, Washington, D.C." publicados por Sandler em 1963. Em592
lesões encontradas na amostra, os resultados citológicos e histopatológicos
foramsemelhantes em 577 casos, o que conferiu à citologia uma fidelidade de
97%.Valor de citologia esfoliativa no diagnóstico de lesões benignas de boca, é
revelado porsua aplicação na confirmação de diagnóstico de outras entidades como
pênfigos, herpes,paracoccidioidomicose, candidose, lesões císticas por aspiração do
conteúdo líquido e esfregaço do material obtido.O exame fundamenta-se na
raspagem das células superficiais de uma determinada lesão,confecção do
esfregaço sobre a lâmina de vidro, fixação, coloração e exame microscópico.
Oresultado da citologia esfoliativa é fornecido de acordo com o código de
classificação deesfregaço apresentado por Papanicolaou & Traut e modificado por
Folson e col.
19

2.2.11. Biopsia

Figura 13 https://www.odontoup.com.br/biopsia/

Biópsia é um procedimento, na maior parte, cirúrgico no qual se colhe


células ou pequenos fragmentos de tecido orgânico para, posteriormente, serem
submetidos a um exame histopatológico em laboratório, visando determinar a
natureza e o grau da lesão estudada
A biópsia é um método complementar, extremamente importante, onde
juntamente com a avaliação clínica e anamnese, auxilia no correto diagnóstico de
patologias bucais. Para a execução dessa técnica e com intenção de um correto
encaminhamento da peça coletada, o cirurgião deve saber os tipos físicos de lesões
que pode encontrar e suas características. Portanto, além de uma anamnese
detalhada, o exame clínico e características da lesão necessitam ser criteriosos,
tendo que conter informações mais relevantes da mesma. Qualquer alteração
persistente, onde o exame clínico não possibilita o diagnóstico, deve ser
imediatamente biopsiada, porém o cirurgião-dentista deve apresentar uma hipótese
diagnóstica, para a orientação histopatológica. Assim sendo, existem alguns tipos de
técnicas diferentes para a execução de uma biopsia, sendo elas: Citologia Oral ou
Esfoliativa, a qual consiste na raspagem da lesão, fixando esse material sobre uma
lâmina de vidro para posterior análise microscópica; Punção Aspirativa por Agulha
Fina, na qual é realizada a coleta do material por aspiração, através de uma agulha
fina, em lesões que apresentam no seu interior, substância mole ou fluida e,
posteriormente, esse liquido será analisado. Biópsia incisional que consiste na
remoção parcial ou uma amostra com volume adequado do tecido da lesão, sendo a
incisão feita em forma de cunha, mais profundas do que extensas, abrangendo tanto
20

o tecido de aparência normal quanto o anormal, e posteriormente encaminhar para


avaliação histopatológica desta peça; por fim, a biópsia excisional na qual a lesão é
completamente removida, podendo ser ao mesmo tempo uma forma de tratamento,
conforme o resultado histopatológico ( Rodrigo Bianchini - 2016)

2.2.12. Exame de Congelação

É realizado durante o ato cirúrgico quando houver a necessidade de se


definir a natureza da lesão (benigna ou maligna) ou para avaliar se as margens de
ressecção cirúrgicaestão livres ou comprometidas pela neoplasia. É realizado
através do congelamento dofragmento a ser analisado, que é cortado e corado em
uma lâmina de vidro que será estudadapelo patologista para obter as informações
necessárias. Este é um procedimento preliminarcom indicações precisas uma vez
que apresenta restrições devido a limitações próprias dométodo.
21

CONCLUSÃO

Concluímos que neste presente trabalho, os exames complementares são


muito importantes para um bom diagnostico dando assim um direcionamento para
um tratamento correto e adequado ao paciente. Também podemos ressaltar a
importância da anamnese e exame físico, sabendo exatamente o que se pretende
obter e conhecendo corretamente o valor e limitações do exame solicitado. Os
exames biológicos e de imagens são ferramentas complementares aos processos
odontológicos, permitindo o diagnóstico e acompanhamento adequado do
paciente.Isso porque auxiliam no planejamento de tratamentos, criação de medidas
preventivas e de intervenção, além de possibilitar a identificação de alternativas
terapêuticas. Contudo, para isso, é preciso uma leitura correta dos materiais
coletados.Em relação aos exames de sangue que podem ser realizados, sua
importância se destaca pela possibilidade de avaliar riscos cirúrgicos, de modo a
prevenir complicações no tratamento.Além disso, consegue-se prevenir
infecções secundárias e processos hemorrágicos, dentre outras complicações, ao
identificar fatores como má cicatrização e predisposições hematológicas.Já
as radiografias contribuem para a identificação de diversos problemas
odontológicos, direcionando os procedimentos que podem ser realizados de acordo
com as especificidades encontradas.Por esse motivo, mesmo que o cirurgião não
tenha conhecimento das patologias e condições sistêmicas do paciente, é possível
obter tais informações e proporcionar um tratamento seguro e eficaz.

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REFERÊNCIAS

ALYNNE NOGUEIRA OLIVEIRA, C. H. D. DE S. A.; FREITAS, G. B. DE. A


importância do conhecimento e interpretações de exames complementares nos
procedimentos cirúrgicos odontológicos: revisão de literatura. ARCHIVES OF
HEALTH INVESTIGATION, v. 7, 2018.

UNIERO Radiologia Odontológica | São Paulo Zona Leste, Santos, São Vicente,
Praia Grande e Guarujá. Disponível em: <https://unieroradiologia.com.br/exames-
radiograficos-na-rotina-odontologica/>. Acesso em: 8 maio. 2022.

NETO, E. N. et al. A Influência do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário


Sobre as Notificações de LER/ DORT no INSS. Journal of Health Sciences, v. 16,
n. 3, 2014.

Exames Laboratoriais e sua importância na Odontologia. (2020, November 15).


Magscan. https://magscan.com.br/blog/exames-laboratoriais-na-odontologia/

Venticinque, R. (2019, April 9). Exames Complementares na Odontologia Auxiliam


no Diagnóstico. Simpatio. https://simpatio.com.br/exames-complementares/

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