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História das Mulheres

O poder público está dividido entre várias instituições, o poder régio dependia face à
formação dos próprios reis. O poder condal é um poder regional, que essa fação servia em
função do rei. A nível local temos os infanções (ver in José Mattoso). A D. Teresa de Leão esteve
ligada ao poder condal.
A Galiza romana vinha até ao Douro e era muito mais ampla do que aquilo que
conhecemos hoje. Na Idade Média vai crescendo cada vez mais pelo território, a Galiza chegou
a ser reino, nomeadamente 1065, pelo rei Garcia. Portugal estava dentro da Galiza praticamente.
O Afonso VI em 1085 conquista Toledo, mas no ano seguinte, a península é invadida pelos
almorávidas e instalam-se os reinos de taifa. Regressa em 1090 e reconquista estes reinos de
taifa e ameaça os reinos cristão. Afonso VI vai atuar sobretudo na parte mais afastada do reino
de Castela e Leão, no ano de 1090/1091, casa a sua filha D. Urraca com D. Raimundo. No
entanto, anos depois em 1093, os almorávidas chegam ao tejo e conquistam as povoações.
D. Afonso VI demarca um novo futuro para D. Urraca assim que D. Raimundo morre,
casa então a sua filha com D. Afonso I de Aragão. O condado português estava dependente da
Galiza. O reino de D. Urraca em Castela vai-se prolongar até 1108. Nos inícios do governo
nunca se houve falar de D. Teresa pois está dependente de D. Fernando, esta cuida internamente
do território, faz doações à nobreza. Estamos numa altura em os clérigos se vão organizando
internamente. Pelo menos até 1117, D. Teresa não vai dando nas vistas.
Há dois problemas em relação ao “pacto” entre D. Urraca e D. Teresa. Normalmente os
pactos dão-nos uma ideia das forças políticas. Neste pacto vemos as duas irmãs, a rainha de
Castela e a Condessa – apesar de ser filha do rei, era um tópico problemático, só existe um
documento em que lhe dão este título. D. Teresa estava casada com D. Henrique e D. Urraca
com D. Fernando, sendo que este é datado de 1108, é uma datação estranha e era quase
impossível os documentos terem sido apenas por elas, tendo em conta que os maridos ainda
estavam vivos. O segundo problema do documento é uma problemática, será que este
documento funcionou e o pacto esteve ativo, não sabemos bem porque este documento parece
uma minuta por parte de D. Urraca à sua irmã. Normalmente quando temos um pacto, ele tem a
parte das duas pessoas, sendo uma espécie de diálogo (o texto reproduzido).
No ano de 1114, o reino de Castela e Leão, ficou sem herdeiros porque o seu casamento
foi dissolvido e não tinham filhos do mesmo. Apenas os filhos do primeiro casamento. Afonso
Raimundes começa a aparecer a apoiar o governo de D. Urraca preparando-se assim para a
sucessão, e desligava-se da Galiza onde reinava. D. Teresa sendo filha de D. Afonso VI também
se propõe ao trono e é este o seu combate no ano de 116. D. Teresa precisava de apoio de
algumas figuras da igreja e da nobreza galega, precisava de aparecer mais na Galiza, ter mais
pontos de apoio. A partir de 1117 até 1128, o contexto peninsular é os almorávidas, ou seja,
defesa contra estes, a única estratégica de expansão seria uma espécie de união que fizesse que o
Condado Portucalense chegasse ao domínio da Galiza.
Depois da batalha de S. Mamede com o seu filho D. Afonso Henriques (ligado aos
infanções), começa-se a ver um movimento de algumas linhagens importantes de infanções que
se afastam da corte. Em 1128 acaba este sonho que era um sonho para o Condado Portucalense,
D. Afonso Henriques começa a reinar e, D. Teresa afasta-se e morre em 1130. D. Afonso
Henriques nos anos 30, constrói um castelo no sul da Galiza, próxima da fronteira portuguesa.
Em meados da década de 30, constrói outro castelo, o famoso castelo de Leiria. D. Afonso VII
não dá grandes hipóteses há expansão de D. Afonso Henriques, os almorávidas, subiram a
Santarém e rapidamente o castelo de Leiria foi tomado.
Na década de 40, o Sul começa a ser preocupação por parte dos condes portucalenses,
vai ser a partir daí que a expansão territorial se vai efetivar. Só a partir daqui é D. Afonso
Henriques define uma nova estratégia para o condado, esquecendo o que D. Teresa tinha
tentando conseguir numa conjetura diferente. D. Afonso Henriques só se começa a intitular de
rei em 1140/1141 porque definiu uma nova estratégia.

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