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O autor Frank D. Petruzella tem uma extensa pratica no campo de acionamento de motores elétricos, bern como muitos, anos de experiéncia de ensino e de publicacdo de livros na drea, Antes de se d atuoucomo aprendize eletricista de instalacdo.e manutencao. Mestre em Ciéncias pela Niagara University eBacharel em Ciencias pela State University of New York College-Bulfalo, tem formagao também em Eletrotécnica ¢ Eetronica pelo Erie County Technical institut. 3 exclusivamente ao ensino, ele Petruzella, Frank D. -Mototes elétricos e acionamentos [recurso eletronico] / Frank D. Petruzella; tradugao: José Lucimar do Nascimento revisao técnica: Antonio Pertence Kiniar. ~ Dados eletidnicos. = Porto Alegre: AMGH, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-8055-258-4 1. Engenharia elétrica, 2. Motores~ sistemas de controle, Titulo. c0U621.313.13 Catalogasao na publicacdo: Ana Paula M. Magnus ~ CRB 10/2052 FRANK D. PETRUZELLA Tradugao José Lucimardo Nascimento Engenheiro Eletronico e de Telecomunicacoes (PUC/MG) Especialista em Sistemas de Controle (UFMG) Professor e Coordenador de Ensino do CETEL Revisao técnica ‘Antonio Pertence Jinior, MSc Mestre em Engenharia (UFMG) Engenheiro Eletrénico e de Telecomunicacses (PUC/MG) P6s-graduado em Processamento de Sinais pela Ryerson University, Canad Professor da Universidade FUMEC/MG Memibro da Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo (S8MAG) Versio impressa desta obra: 2013 te Graw A olay AMGH Editora Ltda. 2013 >> capitulo 1 Seguranca no local de trabalho A seguranca é a prioridade numero um em qualquer local de trabalho. Todos os anos, acidentes elétricos causam graves ferimentos e mortes, e muitas das vitimas so jovens que acabaram de iniciar suas carreiras profissionais. Eles esto envolvidos em acidentes que resultam da falta de cuidado, das pressdes e distracées do novo emprego, ou da falta de compreensao sobre eletricidade. Este capitulo vai conscientizé-lo dos perigos associados a energia elétrica e dos riscos que podem existir no trabalho ou em centros de treinamento. Objetivos do capitulo > Apresentaros fatores elétricos que determinam a gravidade de um choque elétrico. >> Destacar 0s principios gerais da seguranca em eletricidade, incluindo o uso de Vestuério e de equipamento de protecao. > Explicaro aspecto de seguranca do aterramento na instalagdo de um motor eletrico. 2» Desciever as etapas bésicas de um procedimento de bloqueio. > Mostrar as funcoes das diferentes organizacées resoonséveis pelas normas ¢ pelos padroes do setor de energia elétrica. xt com as sets Motores elétricos e acionamentos >> Parte 1 >> Protecao contra choques elétricos Choque elétrico (© corpo humano conduz eletricidade, Mesmo baixas correntes causam graves danos a satide. 0s resultados podem ser espasmos, queimadu- 12s, paralisia muscular ou morte, dependendo da intensidade da corrente que flui através do corpo, do caminho percortido € da duracio da expos © principal fator para determinar a gravidade de um choque eléttico & a intensidade da corrente elétrica que passa através do corpo. O valor desta corrente depende da tenséo e da resisténcia do ca- minho que ela segue no corpo. A resistencia elétrica (R) & a oposigéo ao fluxo de corrente em um circuito e é medida em ohms ((2). Quanto menor for a tesisténcia do corpo, maior sero fluxo da corrente e também o risco potencial de choque elétiico.& resistencia do corpo pode ser dividida em extema (resistencia da pele) e interna (resisténcia dos tecicos e do sistema circulatétio). A pele seca ¢ um bom isolante; ja a umidade diminut a resisténcia da pele, o que explica por que a inten- sidade do choque & maior quando as maos estéo molhadas. A resisténcia interna é baixa, devido ao sale a0 teor de umidade do sangue. A resisténcia do compo apresenta um grande grau de vatiagéo. Um choque pode ser fatal para uma pessoa e, para ‘outra, causar apenas um desconforto breve. Os va- lores tipicos de resisténcia do corpo sao: « Pele seca ~ 100,000 a 600.000. # Pele umida - 1.0000 * Parte intema do corpo (da mo para o pé) ~ 4002600 # Deumaorelhaa cutra- 100.2 A pele fina ou molhada é muito menos resistente do que a pele espessa ou seca. Quando a resistén- ia da pele é baixa, a corrente pode causar pouco ‘ou nenhum dano a pele, mas queimar gravemente 619408 intemmos e tecidos. Por outro lado, uma pele ‘com resisténcia elevada pode produzir queimadu- ras graves na pele, mas impedir a corrente de en- trarno corpo, A tensao (E] € a pressdo que produz um fluxo de corrente elétrica em um circuito e é medida na unidace denominada volt (V), 0 valor de tensao ‘ue representa perigo de morte varia de um indi- Viduo para outro, devido a diferengas na resistén- cla do corpo e a doencas cardiacas. Geralmente, qualquer valor de tensao acima de 30V é conside- rado perigoso. Acorrente elétrica (I) & a taxa de fluxo de elétrons ‘em um circuito e € medida em amperes (A) ou em rmiliampeéres (mA). Um miliampere é um milésimo de ampere. O valor da corrente que flu através do corpo de uma pessoa depende da tenséo e da re- sisténcia. A corrente no corpo &calculada usando seguinte formula da lei Ohm: Tensio Corrente = = Resistencia Se vocé entrar em contato direto com 120 volts € a resisténcia do seu corpo for 100.000 12, entéo a comrente sera: ae J1200 nena 100.000 2 percepgio, demodo que gooiz Percale um fermigamento 1,2 mA (0,0012 1.000) ‘Se vocé estiver suado e descalgo, entdo a sua resis- téncia para a terra (solo) pode ser tao baixa quanto 1.000 ohms. Neste caso, a corrente sera: Este eum chaque 10v eta, capaz de LEAN = 0,12A = 120A produrk nvriacio 1,000.2 ventricular rbpides contracoes Irregulars do coragéo) ede causera morte! ‘Atensdo nao é uma indicacéo tao segura de inten- sidade de choque porque a resistencia do corpo varia tanto que é impossivel prever qual sera o va- lorda corrente resultante. O valor da corrente que passa através do corpo eo tempo de exposicao sio talvez os dois critérios mais confiaveis de intensi- dade de choque. Uma vez que a corrente elétrica entra no corpo, ela segue preferencialmente atra- vésdo sistema circulatétio, em vezda pele externa A Figura 1-1 ilustra a intensidade relativa da cor- rente elétrica € 0 seu efeito sobre 0 corpo. Nao € necessaria uma corrente muito alta para causarum_ choque doloroso ou até mesmo fatal, Uma corren- te de 1 mA (1/1000 de ampere) pode ser sentida. Uma corrente de 10 mA produziré um choque de intensidade suficiente para impedir 0 aclonamen- to voluntério dos misculos, o que explica por qué, ‘em alguns casos, a vitima de um choque elétrico 6 incapaz de desfazer 0 contato com 0 condutor enquanto a corrente esté fluindo. Uma corrente de igura 1-1. Inten: 100 mA através do corpo durante um tempo deum segundo ou mais pode ser fatal. Gerelmente, qual- ‘quer fluxo de corrente acima de 0,005 A,ou 5 mA, é considerado perigoso. Uma pitha de lanterna de 1,5 V pode fornecer uma corrente mais do que suficiente para matar um ser humano, ainda assim & segura de manusear. Isso porque a resisténcia da pele humana é elevada bastante para limitar o fluxo de cortente elétrica, Em circultos de baixa tensdo, a resisténcia restrin- ge 0 fluxo de corrente para valores muito batxos Portanto, ha pouco perigo de um choque eléttico. Por outro lado, tensdes mais altas podem forcar comtentes suficientes através da pele pata produzir um choque, O petigo de um choque prejudicial au- menta 8 medida que tenséo aumenta. Menosde 1 ampére pode cousaramortel 1 ampére (1000 mitsrperes| Acende uma lampada ge 100 wats ucimaduras graves Arespragiopara Ocoragéo deka debomnbear Opera umaescova de denteseletria (10 watts) rfculdace de espa possbldade desufocamento Choquegrave Ccontagbes musculares~ Inicio da eicubade exptetio Nive possivel se bert do choque Choque dior -rvogio de uma protegio com incerruptor de eecuto portalha tera Choque leve Limi da sensagio de choque (1 mitarnpese = 1/1000 mal deampére) lade relativa e efeito da corrente elétrica sobre 0 corpo humano. capitulo 1» Seguranca no local de trabalho Motores elétricos e acionamentos © caminho através do corpo € outro fator de influéncia no efeito de um choque elétrico. Por ‘exemplo, uma corrente da mao para o pé, que passa através do coragéo ¢ parte do sistema ner- voso central, é muito mais perigosa do que um choque entre dois pontos no mesmo braco (Fi- gure 1-2), A corrente alternada (CA) na frequéncia comum de 60 Hz é de trés a cinco vezes mais perigosa que a corrente continua (CC) com os mesmos va~ lores de tenséo e corrente. A corrente continua tende a causar uma contracéo convulsiva dos miisculos, muitas vezes afastando a vitima da exposicao a corrente, Os efeitos da corrente al- ternada sobre 0 corpo dependem muito do valor da frequéncia: correntes de baixa frequéncia (SO- 60 Hz) sao geralmente mais perigosas do que correntes de alta frequéncia. A corrente alterna- da provoce espasmos musculares, muitas vezes “congelando’ a mado (a parte do corpo que mais seguidamente faz 0 contato elétrica) no circuito. A mio cerrada aperta a fonte de corrente, resul- tando em exposicéo prolongada com queimadu- ras graves. A leséo mais comurm relacionada & eletricidade é a ‘queimadura.Os tipos principais de queimaduras s& © Queimaduras elétricas, que so provenien- tes da corrente elétrica que flui através dos te- cidos ou oss0s. Aqueimadura pode ser apenas na superficie da pele ou atingir camadas mais profundas. a cabera parsope De uma mio para © péoposte eumamas paraoutra Figura 1-2 Percursos tipicos da comrente elétrica que interrompem o batimento cardiaco, * Queimaduras de arco, que resultam de uma temperatura extremamente alta (por exemplo, 19.500°C) causada por um arco elétrico bem préximo do corpo. Os arcos elétricos podem ocorrer como resultado de um contato elétrico fraco ou de falhas de isolagao. * Queimaduras térmicas de contato, que resultam do contato da pele com superficies supperaquecidas de componentes. Podem ser causadas pelo contato com partes dispersas provenientes da exploséo associada com um arco elétrico Se uma pessoa sofre um choque severo, & im- portante liberté-la da corrente elétrica de forma segura t€o rapidamente quanto possivel. Néo to- ‘que na pessoa até que a alimentacéo elétrica seja desligada. Vocé néo pode ajudar tornando-se uma segunda vitima, A vitima deve ser atendida ime- diatamente por uma pessoa treinada em RCP (res- suscitacao cardiopulmonar) Equipamentos de protecao individual Os locais de trabalho de construcao e fabricagio so, por natuteza, potencialmente petigosos. Por esta razo, a seguranga tornou-se um fator cada vez mais importante no ambiente de trabalho. Particularmente na industria elétrica, a seguran- 2 é, sem diivida, prioridade absoluta, devido & natureza perigosa da atividade. Uma operacao segura depende, em grande parte, de todo 0 pessoal estar informado e consciente dos riscos potenciais. A sinalizacéo e as etiquetas (tags) de seguranga indicam as areas ou tarefas que podem representar um perigo para 0 pessoal e/ ‘ou equipamento, e fornecem avisos especificos de perigo, assim como instrucdes de seguranca (Figura 1-3). Para realizer um trabalho com seguranga, deve ser usada uma toupa de protecao apropriada, Para cada local de trabalho e atividade, hé um vestua~ rio especifico que deve ser usado (Figura 1-4). Os seguintes pontos devem ser observados: 1. Capacetes, sapatos de seguranca e éculos de protecéo devem ser usados em dreas onde sao especificados. Além disso, os capacetes devem ser aprovados para a finalidade do tra- balho elétrico que esta sencio realizado. Capa- cetes de metal so inaceitaveis! 2. Abafadores de seguranca ou protetores de ouvido devem ser usados em ambientes com tuido. 3. A roupa deve estar ajustada (sem folgas) para evitar o perigo de embaracar em par- ‘tes moveis das maquinas. Evitar 0 uso de vestudrio de fibra sintética, como poliéster, pois esse tipo de material pode derreter ou softer ignicéo quando exposto a altas tem- peraturas, aumentando a gravidade de uma, queimadura, Para evitar isso, as vestimentas devem ser de algodao. Apenas de algoso, sem poiéster Mangas epemas —+ da calga sem folgat Sem anes nos dedos Sapato der seguranca Figura 1-4 Deve ser usado um vestudrio adequado para cada local de trabalho e para cada atividade de trabalho. Foto codida pela Capital Safety, wwwscapitalsaety.com. 4, Retire todas as joias de metal quando traba- harem citcuitos energizados; ouro e prata séo excelentes condutores de eletricidade. 5, Prenda 0 cabelo longo ou mantenha-o curto para trabalhar em torno de maquinas. Uma grande vatiedade de equipamentos de se- guranca elétrica (Figura 1-5) esté disponivel para evitar ferimentos causados pela exposiggo a circ tos elétricos vivos (energizadlos). Os profissionais, da area elétrica devem estar familiarizados com as normas de seguranca, como a NFP-70E* que diz respeito ao tipo de equipamento de protecéo necessario e & forma como deve ser cuidado. Para certificar-se de que 0 equipamento de proteséo elétrica estd em condigées de uso, conforme a sua finalidade, ele deve ser inspecionado a cada dia antes do uso e imediatamente apés qualquer inci- dente que gere uma suspeita razoavel de dano, To- dos os equipamentos de protegao eléitica devem ser listados ¢ podem incluir: Equipamento de protecao emborrachado — As luvas de borracha sao utilizadas para evitar que a pele entre em contato com cit= ye Protetot euvesde talc tensio — Conunto para aeramento Varacde manobra de chaveemlinha energizada Vestustio de protegio contra arco erica Figura 1-5 Equipamentos de sequranca em eletri- cidade. Fotos cedidas por OLab Safety Supply, Inc. Janesville Wl. = N.deT: Anorma mencionada ¢ adotada nos Estados Unidos. No Bras, a norma que trata de equipamentos de protecio éa Norma Regulementadora NP (NRE). capitulo 1» Seguranca no local de trabalho Motores elétricos e acionamentos cuitos energizados. Uma cobertura de cou- ro externa é usada para proteger a luva de borracha de pungées e outros danos. Man- tas de borracha séo utilizadas para prevenir © contato com condutores energizados ou com partes do circuito, quando se trabalha proximo a circuitos energizados expostos. Todo equipamento de protecao de borracha deve ser identificado com a tensdo adequa- dae a data da ultima inspecao. € importante que 0 valor da tenséo de isolacio de luvas e mantas de borracha tenha uma especificagao de tensdo que corresponda & do circuito ou ‘equipamento em que sao usadas. Nas luvas isolantes, deve ser feito um teste de ar junto com a Inspecao. Gire a luva rapidamente ou movimente-a para baixo de modo a inflé-la prender o ar dentro dela. Aperte a palma da mao, 05 dedos e o polegar para detectar qualquer fuga de ar. Se a luva nao passar nes- sa inspecdo, deve ser descartada. Vestuario de protecao ~ Equipamentos de protecio especial disponiveis para aplica- ‘goes de alta tensdo incluem luvas e botas de alta tenséo, capacetes de protegao, éculos e protetores de face néo condutores, mantas de quadros de distribuicdo e roupas de alta visibilidade. Vara de manobra em linha viva - As varas so ferramentas isoladas concebidas para ‘operacio manual de desconexao de chaves ‘em linhas de alta tenséo, insercdo e remogéo de fusiveis, bem como ligagao e remogao de aterramento temporério em citcuitos de alta tensdo. Uma vara de manobra em linha viva é feita de duas partes:a cabeca,ou cabegote,ea haste isolante. A cabeca pode ser de metal ou de plastico endurecido, enquanto a secéo de isolamento pode ser de madeira, pléstico ou ‘outros materiais isolantes eficazes. Sonda de curto-circuito ~ As sondas sdo usa- das em circuitos desenergizados para descar- regar qualquer capacitor carregado ou cargas estaticas acumuladas que ainda podem estar presentes quando o circuito é desenergizado. Além disso, quando se trabalha com circuitos de alta tensio, ou préximo a eles, as sondas de curto-circuito devem ser ligadas e permane- cercomo uma precaugéo de seguranga adicio- nal no caso de qualquer aplicagao acidental de tensdo ao circuito. Ao instalar uma sonda de curto-circuito, primeira conecte o clipe de ‘teste em um bom contato de terra (GND). Em seguida, segure a ponta de prova de curto-cir- cuito pela alga e enganche a extremidade da sonda sobrea parte ou terminala seraterrado. Ao aterrar citcuitos ou componentes, nunca toque em alguma parte de metal da sonda de curto-cireuita. Protetor facial - Os protetores faciais, ou vi- seiras, indicados devem ser usados durante todas as operacées de comutacao em que hé isco de danos aos olhos ou ao rosto devido a arcos elétricos, flashes, ou quedas de objetos resultantes de uma explosio elétrica. Tomando as devidas precaugées, nao ha razio para vocé sofrer um grave choque elétrico. Um choque eléttico é uma clara adverténcia de que as medidas adequadas de seguranca ndo foram observedas. Para manter um nivel elevado de seguranca em atividades que envolvem elettici- dade, ha uma série de precaucées que devem ser seguidas. Certamente, sua empresa deve adotar requisitos de sequranca préprios. No entanto, ha requisites essenciais: + Nunca tome um chogue elétrico de propésito. Mantenha o material ou equipamento a pelo ‘menos trés metros de distancia de linhas aére- as de alta tensa ‘* Nao feche qualquer chave a menos que vocé esteja familiarizado com o circuito que ela controla e saiba por que esté aberta. ‘= Ao trabathar em qualquer circuito, adote medidas para assegurar que a chave de acionamento nao sera acionada em sua au- séncia. As chaves devem ser trancadas com cadeado e exibir avisos de adverténcia (blo- queio/sinalizacéo). ‘¢ Sempre que possivel, evite trabathar em cir- cuitos vivos (energizados). ‘ Ao Instalar novas maquinas, certifique-se de que o quadro est aterrado de forma eficaze permanente. ‘© Sempre considere 05 circuitos “vivos” até que voc# tenha certeza de que esto "mortos" (de- senergizados). A presungao, neste momento, pode maté-lo. E uma boa prética fazer a medi- ‘¢éo antes de iniciar o trabalho em um circuito supostamente desenergizado. ‘ Evite tocaros objetos aterrados durante o tra- balho com equipamentos elétricos. ‘* Lembre-se de que, mesmo com um sistema de acionamento de 120 V, pode muito bem existir uma tens8o maior no painel. Sempre trabalhe ciente da existéncia de tenses mais elevadas. (Mesmo que vocé esteja testando um sistema de 120 V, & muito provavel que haja, na proximidade, uma alimentagéo de 240V0u 480.) * Nao se aproxime de equipamentos elétricos nto momento em que sao acionados. Isto é particularmente importante em circuitos de alta tensao. ‘© Faca conexdes elétricas seguras, mesmo em instalagdes temporarias para ensalos. As vezes precisamos fazer conexées alternativas, mas devemos fazé-las suficientemente seguras para que néo proporcionem risco elétrico. * Ao trabalhar com equipamentos energiza- dos contendo tensdes superiores a apro- ximadamente 30 V, trabalhe apenas com uma mao. Manter uma das maos distante do equipamento reduz bastante a possibili- dade de passagem de uma corrente através do t6rax. ‘* Descarregue os capacitores de forma segura antes de manuseé-los. Os capacitores conec- tados em circuitos de acionamento do motor podem armazenar uma carga letal por um tempo consideravel aps 0 desligamento das tensdes dos circuitos. Embora o artigo 460 do National Electric Code (NEC) exija uma descar- ga automética dentro de um minuto, nunca considere que @ descarga automética esteja funcionando! Sempre verifique se ndo ha ten- sio presente. 0s espacos confinades sao encontrados em qua- se todos os locais de trabalho. A Figura 1-6 ilustra exemplos tipicos de espacos confinados, Em geral, um espaco confinado é um espaco fechado, ou parcialmente fechado, que: ‘+ Em principio, nao foi essencialmente projeta- do ou destinado & ocupagéo humana. ‘© Tem uma entrada ou safda restrita por locall- zacdo, tamanho ou forma. ** Pode representar risco & satide e & seguran- a de qualquer pessoa que entre nesse local devido a seu projeto, construgéo, localiza- 40, ou atmosfera; por causa dos materiais Tanques igura 1-6 Espagos confinados. Foto cedida pela Capital Safety, wwrucapitakafety.com, >» Seguranca no local de trabalho capitulo 1 Motores elétricos e acionamentos ou substancias nele contidos; pelas ativida- des de trabalho a serem realizadas nesse es- ago; ou pelos riscos de sequranca, mecani- 03 € de processo que apresentam. Todos os riscos encontrados em um espaco de trabalho regular também estéo presentes em um ‘85pa¢0 confinado. No entanto, eles podem ser ainda mais perigosos em um espaco confinado. Entre os petigos em espacos confinados esto a ma qualidade do ar, o tisco de inc&ndio, 0 ruido, as partes méveis dos equipamentos, as tempe- raturas extremas, a pouca visibilidade e a falha de barreira que resulta em inundagao ou na libe- ragdo de escoamento livre de sélido. Um espaco confinado que requer permissao para entrada (PET — permisséo para entrada e trabalho) é um espaco confinado que tem salubridade especifi- cae riscos de seguranga associados. Esse tipo de espaco confinado requer uma avaliacdo de pro- cedimentos em conformidade com as normas da OSHA (Occupational Safety and Health Admi- istration) antes da entrada de aluém* * N.deT: No Brasil alegisacio especifica se encontra na NER 114.787 Espacos Confinades ~ Prevencao de Acidentes, Procedt -montos.e Medias do Protecao) ona HR 33 spacos Continados) Parte 1 Questdes de revisao 1. Agravidade de um choque elétrico aumenta ou dliminui em cada uma das seguintes situacoes? a. Uma diminuigéo na tensao da fonte. b. Um aumento no fluxo de corrente através do corpo. Um aumento na resisténcia do corpo. d._ Uma diminuiggo do tempo de exposigao. 2. a. Calculeo fluxo de corrente (em amperes ¢ rmiliampéres] que teoricamente passa pelo compo de uma vitima de chaque elétrico queentra em contato com uma fonte de alimentagao de 120 V. Considere uma resisténcia total de 15.000 0 (pele,corpoe contatos de terra). b. Queefeito, se houver, essaintensidade de corrente provavelmente teria sobre 0 corpo? Normalmente ¢ considerado seguro manipular a bateria de uma lanterna de 6 volts, capazde fornecer2 A de corrente. Por qué? 4. Por queuma CA na frequéncia de 60 Hz ¢ con- siderada potenciaimente mais perigosa que uma CC com os mesmos valores de tensdoe conrente? 5. Defina o equipamento de seguranca em eletri- cidade que deve ser usado para executar cada uma des tarefes: a. Uma operagdo de comutagso em que exis- te um risco de dano aos olhos ou ao rosto devidoa um arco elétrico. b. Uso de um multimetro para verificara tensdo de linha em um sistema trifasico de 480. Abertura manual de uma chave em um circuit de alta tensao. 6. Descreva. procedimento de segurancaa ser seguido para conectar sondas de curto-circui toem circuitos desenergizados. 7. _ Liste trés equipamentos de protecéo indivi dual de uso necessario na maioria dos locais detrabalho. >> Parte2 >> Aterramento, bloqueio e normas Aterramento e ligagao permanente Praticas adequadas de aterramento protegem as pessoas contra os petigos de choque elétrico garantem 0 funcionamento correto dos dispositi- vos de protecéo de sobrecorrente. O aterramento intencional € necessdrio para a operagao segura de sistemas elétricos equipamentos. Jé 0 aterta- mento no intencional ou acidental considera~ do ume falha nos sistemas de instalagdes elétricas ou circuitos. Aterramento € a conexéo intencional de um con- dutor que transporta corrente para a terra. Para sistemas de instalacées elétricas CA em edificios e estruturas semelhantes, esta conexdo de terra é feita no lado da linha do equipamento de servico e ‘em uma fonte de alimentacao, tal como um trans- formador da concessionéria de energia elétrica. As principals razdes para o aterramento sao: « Limitar surtos de tenséo causados por raios, operacdes das concessionérlas de energia elétrica ou contato acidental com linhas de tenséo superior ‘© Fornecer uma referéncia de terra que es- tabilize a tenséo em condig6es normais de operacio. *# Faciltar a operagao de dispositivos de sobte~ cortente, como disjuntores, fustveise relés em condigées falhas a terra, Ligacdo permanente ¢ a unio permanente de par- tes metélicas que ndo sao destinades ao transporte de corrente durante o funcionamento normal. Essa ligagao cria um caminho condutor elétrico que pode transportar corrente com seguranga em con- digdes de falha a terra. As principais razdes para a ligagao permanente sao ‘+ Estabelecer um caminho eficaz para a corren- tede falha que facilite a operacdo de dispositi- vos de protegéo de sobrecorrente. ‘+ Minimizar o tisco de choque para as pessoas, fornecendo um caminho de balxa impedan- cia até a terta. A ligacdo permanente limita a tensio de toque quando partes metdlicas, que no transportam corrente, so inadver- tidamente energizadas por uma falha a terra. Annorma exige que todos os metais utilizados na construgdo de um sistema elétrico sejam ligados, ou conectados, ao sistema de aterramento. A inten- ‘cdo 6 fornecer um caminho de baixa impedancia de volta até o transformador da concessionaria de ‘energia elétrica para que as falhas provoquem ra- pidamente o desligamento do circuito.A Figura 1-7 ilustra o caminho da corrente de falha a terra neces- sério para garantir que os dispositivos de sobrecor- rente sejam acionedos de forma a abrir 0 circuito. ‘0 solo nao é considerado um caminho eficaz para a corrente de falha a terra. A resistencia do solo é ‘ansformado: da concessioniia de energha 2 lm frtera 7 Ocaminho através do | solo noe acetvel como 1 Camino de aterarento por mene J] eesaceciaimpecénce de 1D nD |E Pincers fornecinento gage pina deerergia Tlveceael Cneao® areramento ‘te40 Steramenta |= Fahad terrane aie Figura 1-7 Percurso da corrente em falha a terra. >» Seguranca no local de trabalho capitulo 1 Motores elétricos e acionamentos 180 alta que pouquissima corrente de falha retor- ra para a fonte de alimentagio através do solo, Por esta razo, 0 jumper" de ligacdo principal é usado para proporcionar a conexéo entre 0 condutor de servigo atertado e 0 condutor de aterramento do ‘equipamento no fornecedor de energia. Jumpers de ligagéo podem estar localizados a0 longo do fema elétrico, mas 0 jumper de ligacéo principal est localizado apenas no fomecedor de energia. 0 aterramento € realizado por meio da conexéo do circuito a um cano de agua metalico subterrineo, ‘a estrutura metalica de um edificio, a um eletrodo ‘embutido no concreto, ou a uma malha de terra Um sistema de atertamento tem duas partes dis- intas: 0 aterramento do sistema e 0 aterramento do equipamento. 0 aterramento do sistema 6 co- nexdo elétrica de um dos condutores de corente do sistema elétrico no ponto de terra. O aterramen- todo equipamento é a conexéo elétrica de todasas partes metélicas do equipamento, que nao trans- portam corrente para a terra. Entre os condutores ‘que constituem 0 sistema de aterramento, temos: Condutor de aterramento do equipamento € um condutor eléttico que proporciona um caminho de terra de baixa impedancia entre equipamentos elétricos @ caixes dentro do sistema de distribuiggo. A Figura 1-8 mostra a conexdo pare esse tipo de condutor. Os enrole- mentosde um motorelétrico normalmente s40 isolados de todas as partes metdlicas expostas que nao transportam corrente. No entanto, se 0 sistema de isolamento felhar, a carcaca do motor poderé tornar-se energizada com 2 tenséo de linha. Qualquer pessoa que entre ‘em contato com uma superficie aterrada ea carcaca energizada do motor ao mesmo tempo pode ferir-se gravemente ou morrer. Um ater- ramento eficazda carcace do motor obriga que esta tenha o mesmo potencial ze10 que a terra, impedindo um acidente grave. ©. de T= Jumper 6 um terma técrico normalmente usado na forma original em inglés que significa uma igacio mevel entre dots pontos de um circu, Disuntor ontolador Protegsocontia sobrecerga Condor de ateramente do equipsmento Figura 1-8 Condutor de aterramento do equipa- mento. Condutor aterrado é um condutor que foi in- tencionalmente conectado a terta. Condutor do eletrodo de aterramento é um condutor usado para conectar 0 condutor de aterramento do equipamento ou 0 condu- tor aterrado (no fornecimento de energia ou no sistema derivado separadamente) ao(s) eletrodo(s) de aterramento. Um sistema de derivacdo separado ¢ um sistema que forne- ce energia elétrica derivada (obtida) de uma fonte diferente daquela de fornecimento prin- cipal, tal como o secundario de um transfor- mador de distribuigéo. Uma falha & tetra é definida como uma conexéo elétrice involuntéria entre um condutor nao ater~ rado de um circuito elétrico e condutores que normalmente nao transportam corrente, caixas metélicas, eletrocalhas metélicas, equipamen- to metélico ou o solo. 0 disjuntor de falha a terra (GFC)) 6 um dispositivo que pode detectar peque- nas correntes de falha a terra, © GFCI é de acao ra- pida: a unidade desliga a corrente ou interrompe © circuito dentro de 1/40 de segundo apés 0 seu sensor detectar uma fuge to pequena quanto 5 miliampares (mA). A maiotia dos circuitos so protegidos contra sobrecorrente por fusiveis ou disjuntores de 15 ampéres ou mals. Essa protecSo 6 adequada contra curtos-circuitos e sobrecargas. As correntes de falha & terra podem ser muito me- nores do que 15 ampates e ainda setem perigosas. A Figura 1-9 mostra o cicuito simplificado de uma tomada elétrica GFCI. 0 dispositive compara a in- tensidade da corrente no condutor sem conexao 8 terta (fase) com a intensidade de corrente no con- dutor atertado (neutro). Sob condicdes normais de operacéo, as duas correntes seréo iguais em valor. Se a corrente no condutor neutro se torna menor do que a corrente no condutor fase, existe uma condigao de falha a terra. 0 valor da diferen- a de corrente retorna para a fonte pelo caminho de falha a terra, Sempre que a comrente de falha & tera excede aproximadamente 5 mA, 0 disposi- tivo automaticamente abre o circuito da tomada. 0s GFCIs séo utilizados com éxito para reduzir ris- cos elétricos em canteiros de obras. As normas de protecéo de falha & terra da OSHA foram conside- radas necessérias e adequadas para a seguransa @ satide dos empregados. Segundo a OSHA, é de responsabilidade do empregador fornecer: (1) terruptores de falha a terra em canteiros de obras para pontos de tomada em uso e que néo fazem parte da instalagdo elétrica permanente do edifi- cio ou estrutura, ou (2) um programa certificado de aterramento de equipamento em cantelros de obras abrangendo todos 05 conjuntos de cabos, tomadas que nao fazem parte da instalagao elétri- ca permanente do edificio ou estrutura e equipa- mentos conectados por cabos € plugues que esto disponiveis para uso pelos funcionarios. fampicado} eeténico > Fee Newt. Ter {avo cortente fa neste condutr sob condgbes norma deoperacio. Figura 1-9 Tomada GFCI. Foto cedida pela The Leviton manufacturing Company, wwirJeviton.com Bloqueio e sinalizagao 0 bloqueio (lockout) elétrico é 0 processo de des- ligamento da fonte de energia elétrica ¢ da insta- lagio de ume trava que impede a fonte de ser liga- da. A sinalizagdo (tagout) elétrica & 0 processo de colacagio de uma etiqueta de perigo na fonte de energia elétrica, o que indica que 0 equipamento ndo pode ser ativado até que a etiqueta de perigo (danger) seja temovida (Figura 1-10). Este proce- dimento é necessério para a seguranga do profis- sional, pois garante que nenhum acionamento inadvertido energize o equipamento durante seu trabalho. 0 bloqueio elétrico ea sinalizacéo séo uti- lizados na manutengao de equipamentos elétricos que no requerem energia para a tealizagio do ser- Vigo, como no alinhamento ou na substituigio de um motor ou de um componente de acionamento, Bloqueio significa atingir um estado zero de ener- gia enquanto o equipamento esta em manuten- ‘cdo. Apenas pressionar um botdo de parada para desligar @ maquina nao forneceré seguranga 20 profissional de manutengéo. Alguém que trabalha ra érea pode simplesmente religé-la, Mesmo um acionamento separado automatizado poderia ser ativado para substituir os acionamentos manuais. E essencial que todos os intertravamentos ou sis- ‘temas dependentes também sejam desativados. Estes poderiam alimentar, mecanica ou eletrica- Figura 1-10 Dispositivos de bloqueio/sinalizagao. Fotos cedidas pela Panduit Corporation, wivwpanduit com, >» Seguranca no local de trabalho capitulo 1 Motores elétricos e acionamentos mente, 0 sistema que esta sendo isolado, Eimpor- tante testar 0 botdo de partida antes de retomar qualquer trabalho a fim de verificar se todas as possfveisfontes de energia foram isoladas, A ctiqueta de perigo tem a mesma importancia € finalidade que uma trava e € utilizada sozinha apenas quando um bloqueio no for adequado ao melo de desconexéo. As etiquetas de perigo de- vem ser firmemente fixadas no dispositivo de des- conexéo com 0 nome do profissional, sua fungéo € © procedimento que esta sendo executado. Apresentamos a seguir os passos bésicos de um procedimento de bloquei © Prepare-se para o desligamento da maqui- nna: Registre todos os procedimentos de blo- queio na fébrica em um manual de seguranca Este manual deve estar disponivel no local de trabalho para todos os funciondtios ¢ pres- tadores de servico. A administracéo deve ter politicas e procedimentos para bloqueios de seguranga, bem como educare treinar todos 05 envolvidos no bloqueio de equipamentos elétricos ou mecanicos. identifique a locali- 2a¢0 de todas as chaves, fontes de energia, acionamentos, intertravamentos e outros dis- positivos que necessitam ser bloqueados, a fim de isolaro sistema. # Desligamento de maquinas ou equipa- mentos: Pare o funcionamento de todos os equipamentos utilizando os acionamentos situados nas méquinas ou proximos a elas. # Isolamento de maquinas ou equipamen- ‘tos: Desligue a chave (no acione a chave se ela ainda estiver sab carga). Afaste-se da caixa ‘e mova o rosto para lado contrdrio enquanto operara chave com a mo esquerda (se a cha- Ve estiver no lado direito da caixa). # Uso de bloqueio e sinalizacéo: Bloqueie a have de desligamento na posicSo OFF. Se as cchaves do painel forem do tipo disjuntor, veri fique se a barra de bloqueio atravessa o pré- prio disjuntor endo apenas a tampa do painel. Alguns paineis de disjuntores cont8m fusive que devem ser removidos como parte do pro- cesso de bloqueio. Se este for 0 caso, use um saca-fusivel para remové-los. Use uma trava inviolével com chave, que deve ser mantida com a mesma pessoa que fez 0 bloquelo. Fe- chaduras com combinago, com chave mestra com mais de uma chave nao sao recomen- dadas. Coloque uma etiqueta na trava com a assina- tura da pessoa que realiza a manutencdo também com a data ee hora da manutencéo. Pode haver varios bloqueios e etiquetas na chave desconectade se houver mais de uma pessoa trabalhando na maquina. A trava e a etiqueta do operador da maquina (e/ou do operador de manutengéo) devem ser coloca- das, assim como as do supervisor. Descarga de energia armazenada: Todas as fontes de alimentacdo que tém 2 capacidade de, inesperadamente, acionar, energizar ou liberar energia devem ser identificadas e blo- queadas ou tera eneigia liberada. Vetificacéo de isolamento: Use um medidor de tenséo para determinar a tensao presente ro lado da chave ou do disjuntor conectado 8 linha. Quando todas.as fases de saica tém ten- so nula com 0 lado da linha viva, vocé pode verificar o isolamento. Certifique-se de que 0 seu voltimetro esté funcionando corretamen- te realizando 0 teste de trés pontos antes de cade utilizacgo: primeito, teste o seu voltime- ‘to em uma fonte de tensao viva conhecida na faixa de tenséo igual a do circuito com que vocé trabelhard. Em seguida, verifique a pre- senga de tenséo no equipamento que voce bloqueou (Figura 1-11). Finalmente, para as- segurar que o voltimetro esté funcionando corretamente, teste novamente a fonte viva conhecida Remogao de bloqueio/sinalizacao: Remo- va as etiquetas @ os cadeados quando o tra- balho estiver concluido. Cada individuo deve remover o seu proprio cadeado e etiqueta. Se houver mais de um cadeado, a pessoa respon- Figura 1-11 Teste para verificacdo da existéncia de tenséo. Foto reprodusida com a permissie da Fluke, wwnwfluke.com. savel pelo trabalho é a witima a remover o seu cadeado. Antes de religar @ alimentagao, ve- Tifique se todas as protegées estdo no local e se todasas ferramentas, cadeados @ aparelhos utilizados na manutencio foram removidos. Centfique-se de que todos 0s funcionarios es- téo afestados da maquina. Normas e padrées do setor de energia elétrica Satide e seguranca ocupacional Em 1970, 0 Congreso dos Estados Unidos criou ‘a Occupational Safety and Health Adminis- tration (OSHA), a agéncia reguladora responsé~ vel por normas e padrées de satide e seguranca ‘ocupacional nos Estados Unidos*, 0 objetivo da OSHA & garantir condigdes sequras e saudaveis de trabalho para homens ¢ mulheres por meio do cumprimento dos padrées desenvolvides no Ambito da lei, incentivando e ajudando os gover nos estaduais a melhorar e ampliar sua propria © N. de T: No Brasl, a Legislagio de Seguranca do Trabalho compoe-se de Normas Regulamentadoras els complementa res, como portatlas e decretos convenes intemnacionals da Organizasio Intemacional do Trabalho raificadas pelo Brasl.A NR 10 é uma Norma Regulamentadorarelacionadsa seguranca ‘em eleticidade, seguranca ocupacional e programas de satide e foecendo pesquisas, informagdes, formacéo ¢ treinamento no campo da sade e seguranca ocupacional. Os inspetores da OSHA vistoriam as companhias para ter certeza de que esto seguindo as nor- mas de seguranca prescritas. A OSHA também inspeciona e aprova produtos de seguranca. Os padrées elétricos da OSHA foram elaborados para proteger os trabalhadores expostos a perigos como choque elétrico, eletrocussio, incéndios e explosbes. National Electrical Code (NEC) © cédigo nacional de eletricidade dos Estados Unidos, © National Electrical Code (NEC), com- preende um conjunto de regres que, quando apli- cadas adequadamente, fornecem seguranca as InstalagSes elétricas e equipamentos. Este padido minimo de seguranga elétrica é amplamente ado- tado e tem como objetivo principal ’salvaguardar as pessoas e propriedades dos perigos decorrentes da utilizagao da eletricidade’ As normas contidas no NEC quando séo incorporadas as diferentes regulamentacdes de cidades e comunidades que lidam com instalagées elétricas em residéncias, plantas industrials e ediffcios comerciais. © NEC é © cédigo mais edotado no mundo € muitas juris- digGes 0 adotam em sua totalidade, sem excecdes, alteragGes locais ou suplementos. ‘Cada Artigo do Cédigo abrange um assunto espe- cifico. Por exemplo, 0 Artigo 430 do NEC aborda os motores e todos 05 circuitos elétricos associados, protegdes de sobrecorrente e sobrecarga e assim por diante. A instalacio de centros de acionamen- to de motores (CCM) ¢ abordada no Artigo 408, € 0s equipamentos condicionadores de at, no Artigo 440. Cada regra do Cédigo ¢ chamada de Segao do Cédigo. Uma Se¢ao do Cédigo pode ser dividida ‘em subsegdes. For exemplo, a regra que estabelece que 0s dispositivos de desligamento de um motor devem estar nas proximidades do motor e da ma- uina acionada esta contida na Seco 430.102 (8). >» Seguranca no local de trabalho capitulo 1 Motores elétricos e acionamentos ‘Otermo “nas proximidades”é definido pelo Cédigo. como uma distancia visivel ndo maior do que 15 ‘mettos. (Artigo 100 - definicdes). © Artigo 430, que aborda motores, é 0 mais lon- go do Codigo, pois as caracteristicas de carga de um motor diferem muito de cargas de aque- cimento ou de iluminagio, assim, 0 método de protecéo dos condutores do ramo de circuito contra corrente excessiva é ligelramente dife- rente. Os ramos de circuitos que néo contém motores sao protegidos contra sobrecorrente, enquanto 0s ramos de circuitos de motores 80, protegidos contra condigdes de sobrecarge, bem como fathas a terra e curtos-circuitos, O diagra~ ma unifilar da Figura 1-12 ilustra parte da ter- minologia de sistemas de motores utilizada em todo o NEC e pelos fabricantes de equipamentos de acionamento de motores. 0 uso de equipamentos elétricos em locais pe ‘goss aumenta o tisco de incéndio ou explosio. Locais perigosos padem conter gés, poeira (por exemplo, de grdos, de metais, de madeira ou de carvio) ou fibras téxteis (ou de produtos de made' ra) suspensas no ar. Uma parte substancial do NEC &dedicada & discussio de locals perigosos, porque Para pane de distibuicio |-__—rimentador do metor Dispestwo de py desigamento de motor Protagio doramo de cute do motor conta falnaa tera ecune-creune fas ou iguntor) Candutores doeamo. decicuto domotor [Ba] arcuttos de acionamento do moxor "\——— cotedor do oro Protege do motor contra sobrecarge | Condutores doramo de euite do motor + notor Protegio térmica domoter Figura 1-12 Terminologia de sistemas de motores. 05 equipamentos elétricos podem se tomar fontes de ignigdo em areas voléteis. Os Artigos 500 a 504 2510 a 517 fornecem classificacdes e normas de instalacdo para o uso de equipamentos elétricos nesses locais. Exemplos de técnicas de protecio que podem ser usadas em determinados locais classificadios como de risco séo aparelhos prov de explosio, equipamentos 8 prova de ignigio equipamentos purgados e pressurizados. A Figura 1-13 mostra uma botoeira liga/desliga (start/stop) projetada para atender as exigéncias de areas de riseo, National Fire Protection Association (NFPA) Aassociacdo de combate a incéndios dos Estados Unidos, a National Fire Protection Association (NFPA), desenvalve normas que regem as praticas de construgao de edificios e operagées elétricas®. ‘A maior e mais influente organizagao de seguran- ‘@ contra incéndios no mundo, a NEPA jé publicou quase 300 cédigos e padres, incluindo o NEC, com a miso de impedira perda de vidas e de patrimd- nio. A prevencao de incéndios € uma parte muito portante de qualquer programa de seguranga. A Figura 1-13 Botoeira projetada para areas de risco. Foto cecida pela Rockwell Automation, werw.rockwellauto- ‘mationcom. * N.de T: No Brasil, temas base Legal de prevencéo de incéa- dios ditada pela Portaria3.214/78 ~ Norma Regulamentadora 23 do Ministério do Trabalho e Emprego, alm de Leis Estadvals ‘e Mancipas. Grande parte das normas utlizadas no Basil eno ‘mundo para prevencao de incéncios no tocante a equipamen 10s, sstomase trerramentos,s40.onginarias da NFPA, Figura 1-14 ilustra os tipos mais comuns de extin- tores de incéndio e suas aplicagies. Os cones en- conttados no extintor de incéndio indicam os tipos de incéndio para os quais 0s extintores devem ser usados. E importante saber onde os extintores de incéndio esto localizados e como usa-los. No caso de um incéndio no sistema eléttico, os seguintes procedi- mentos devem ser adotados: 1. Dispate o alarme de incéndio mais préximo para alertar todas as pessoas no local de tra- balho, bem como os bombeiros. 2. Se possivel, desligue a fonte de energia elétrica, 3. Utilize um extintor de incéndio de didxido de ‘carbono ou de pé seco para apagar 0 fogo. Em nenhuma circunstancia use agua, pois © fluxo de aqua pode conduzir eletricidade através de seu corpo, causendo um choque grave. 4, Certifique-se de que todas as pessoas deixem ‘ona de perigo de forma ordenada, 5, N&o retomne as instalages a menos que seja recomendado. Existem quatro classes de incéndios, categorizadas de acordo como tipo de material em chamas (veja a Figura 1-14): ‘* Classe A: incéndios alimentados por ma- terials que, quando quelmam, deixam rest- duos sob a forma de cinzas, como madeira, papel, tecido, borracha e certos plasticos. “(0/08 Figura 1-14 Tipos de extintores de incéndio e suas, aplicagées. * Classe B: incéndios que envolvem liquidos gases inflamavels, como gasolina, solvente de tinta, éleo de cozinha, propano, gas de cozi- rnha (GLP) e acetileno Classe C: incéndios que envolvem a insta- lagio elétrica energizada ou equipamentos, como motores @ caixas de painel. * Classe D: incéndios que envolvem metais combustiveis, como magnésio, ttanio, s6dio, Zitcénio e potassio. Nationally Recognized Testing Laboratory (NRTL) © Artigo 100 do NEC define os termos rotulado € listado, que estio relacionados com a avalia- Go de produtos. Rotulado ou listado indicam a parte do equipamento elétrico ou material que foi testada e avaliada para a finalidade a que se destina. Os produtos grandes o suficiente para carregar um rétulo sao normalmente rotulados, enquanto 0s produtos menores em geral so listados. Qualquer modificagéo de uma parte do equipamento elétrico no campo pode anular 0 rotulo ou a lista. De acordo com as normas de sequranca da OSHA, Iaboratério de ensaios reconhecido nacionalmen- te (Nationally Recognized Testing Laboratory - NATL), deve-se testar produtos elétricos quanto 8 conformidade com as normas nacionais e padres antes que eles possam ser listados ou rotulados. 0 maior e mals conhecido laborat6rio de ensaios nos Estados Unidos é o Underwriters’ Laboratories, identificado com 0 logotipo mostrado na Figura 1-15. 0 objetivo desse laboratorio ¢ estabelecer, manter e operar laboratérios para a investigacéo de materiais, aparelhos, produtos, construcées, ‘equipamentos, métodos e sistemas com relacéo 205 perigos que afetam a vida eo patriménio. Figura 1-15. Logotipo do Underwriters'Laboratories. >» Seguranca no local de trabalho capitulo 1 Motores elétricos e acionamentos National Electrical Manufacturers Association (NEMA) A assoclago nacional de fabricantes do setor elé- trico dos Estados Unidos, a National Electrical Ma- nufacturers Association (NEMA), define @ reco- menda padrées de seguranca para equipamentos elétticos. Os padtes estabelecidos pela NEMA au- xillam 05 usuarios na selecio adequada de equipa~ mentos de acionamento industrial. Como exemplo, 05 padrées NEMA fornecem informagdes préticas sobre avaliagao, testes, desempenho e fabricagéo de dispositivos de acionamento de motores, como. gabinetes, contatores e dispositivos de partida International Electrotechnical Commission (IEC) A comisséo intemnacionel de eletrotécnica, a Inter- national Electrotechnical Commission (IEC), & uma organizacao baseada na Europa composta por comités nacionais de mais de 60 pafses. Existem basicamente dois grandes padrdes mecanicos eleétticos para motores: NEMA, na América do Not te, € IEC, na maior parte do restante do mundo. Di- mensionalmente, os padres IEC so expressos no sistema meétrico. Embora os padres NEMA e IEC sem diferentes unidades de medidas e termos, eles so essencialmente analogos na especifica- <0, € na maioria das aplicacdes comuns, so em grande parte intercambiavels. Os padrées NEMA tendema ser mais conservadores, permitindo mais espaco para “interpretacdes de projeto’, como tem sido a pratica dos Estados Unidos. Inversamente, os padrées IEC tendem a ser mais especificos, mais categorizados ~ alguns dizem mais precisos ~ projetados com menor capacidade de sobrecarga Como exemplo, uma especificacéo NEMA de um dispositive de partida de motor serd tipicamente maiordo que a IEC. Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) Institute of Electrical and Electronics Engine- 5 (IEEE) é uma associago técnica profissional cujo principal objetivo ¢ fomentar e estabelecer desen- volvimentos técnicos e avancos nos padres eletri- cose eletibnicos. Autoridade lider em areas técni- as, com suas publicagdes técnicas, conferéncias € atividades de padronizacéo baseadas no consenso, © IEEE produz mais de 30% da literatura mundial de engenharia elétricae eletrdnica, Por exemplo,o pa- drdo IEEE 142 fornece todas as informages neces- sérias para um bom projeto de aterramento. Parte 2 1. Explique como o aterramento do quadro de lum motor pode impedir que alguém receba tum choque eléttico, 2. Compare os termos aterramento eligacéo permanente. 3. Qual ¢a quantidade minima de corrente de fuga para terra necessdria para ativar um interruptor de circuito de falha terra? 4. Apresenteas sete etapas envolvidas em um procedimento de bloqueio/sinalizacao. 5. Achavede desligamento deve ser aberta como parte de um procedimento de blogueio. Explique a maneira segura de fazer isso, Qual é 0 objetivo principal do NEC? 7. Como séo aplicadas as normas contidas no NEC? 8 Explique a diferenca entre um artigo e uma 10, Secdo de Codigo. 9. Oqueindicam os icones encontrados na 1" maloria dos extintores? 12. Situagdes de andlise de defeitos 1. Atensdo entre caixa de um motor tifasico de 208 Ve uma tubulacdo de metal aterrada medida em 120.0 queisso significa? Por 4 que? 2. Um interruptor de circuito de falha 8 terra nao fornece protecio contra sobrecarga, Por qué? 3. Uma parte listada de um equipamento elétrico nao ¢ instalada de acordo com as instrucoes que significa um dispositive elétrco rotula- do ou listado pelo UL? Liste tr8s dispositivos de acionamento de motores especificados pela NEMA. Compare os padrées NEMA ¢ IEC para motores. do fabricante, Discuta por que isso anulard a listagem. Uma vara de manobra em linha viva € usada para abrir manualmente uma chave de alta tensdo. Por que é importante certficar-se de ‘que nenhuma carga est conectada ao circuito quando chave é aberta? Tépicos para discussao e questées de raciocinio critico 1. Umtrabalhador A entra em contato.com 3 um flo vivo e recebe um choque suave. Um trabathador B entra em contato com o mesmo fio vivo e recebe um choque fatal. Discuta 4 algumas das razbes peas quais isso pode ocorrer, 2. Uma vitima fatal por eletrocussao ¢ encontra- da com punho ainda fechado firmemente 5 ‘em torno do condutor vivo com o qual entrou em contato, 0 que isso indica? Por que os passaros descansam com seguran- ¢aem linhas de alta tensao sem receber um choque? Yocé fol indicado para explicar 0 proc mento de bloquelo da empresa para novos funcionérios. Descreva a forma mais eficaz de fazer isso. Visiteo site de um dos grupos envolvidos com cédigos e padrées elétricos ¢faga um relato dos servigos ofere >» Seguranca no local de trabalho capitulo 1 >> capitulo 2 Interpretacdo de diagramas elétricos Diferentes tipos de desenhos elétricos so usados na representacdo de motores e seus circuitos de comando. A fim de facilitar a elaboracao e interpretacao de desenhos elétricos, sao utilizados certos simbolos padrao. Para interpretar desenhos de motores elétricos, é necessario conhecer tanto o significado dos simbolos quanto © funcionamento do equipamento, Este capitulo abordara o uso de simbolos em desenhos elétricos, bem como explicara a terminologia de motores ilustrando-a com aplicacées praticas. Objetivos do capitulo >> Apresentar os simbolos usaclos com frequéncia em diagramas de motores e de sistemas de acionamento. > Trabalhar com a interpretacao eo desenho de diagramas ladder (diagramas de contatos). > Trabalhar com a interpretacao dos diagramas elétrico, uniflar e em bloco, >> Mostrar as conexdes de terminals pata diferentes tipos de motores. >» Explicar as informacdes encontradas na placa de identificado do motor. >> Introduzir a terminologia utilizaca em circuitos de motores. > Desctever o funcionamento de dispositivos de partida de motores manual e magnético. xt com as sets Motores elétricos e acionamentos >> Parte 1 >? Simbolos, abreviagées e diagramas ladder Simbolos de motores Um circuito de acionamento de motor é definido como uma forma de conectar e desconectar 0 motor da fonte de alimentacao. Os simbolos usa~ dos para representar os diferentes componentes de um sistema de acionamento de motor so con- siderados um tipo de abreviacao técnica.O uso de simbolos torna 0s diagramas de circuits menos complicados e mais féceis de interpretar. Nos sistemas de acionamento de motores, os sim- bolos e as linhas relacionadas mostram como as partes de um circuito esto interconectadas. Infe~ lizmente, nem todos os simbolos elétricos e ele- ‘ténicos séo padronizados. Encontramos simbolos ligeiramente diferentes utlizados por fabricantes diferentes. Além disso, as vezes 0s simbolos nio se parecem com a coisa teal, assim, 6 aprender o que ‘05 simbolos significam. A Figura 2-1 mostra alguns dos simbolos tipicos utilizados em diagramas de ircuitos de motores. Abreviacées de termos relacionados a motores Uma abreviatura é uma forma reduzida de repre- sentar uma palavra ou frase. Letras maidisculas so usadas para a maloria das abreviaturas. A lista a seguir resume algumas das abreviaturas normal- mente utilizadas nos diagramas de circuitos de motores. cA corrente alternada ARM armadura AUTO automatico Diss com Rk 1c cc FD FLD GND HP 11, 12,13 Ls MAN MTR NEG NE NA OL Pos Por PRI PB rer ‘REV RH ssw SEC % disjuntor comum relé de acionamento transformador de cortente corrente continua frenagem dinamica ‘campo (field) direto (forward) terra (ground) horsepower linha de conexdes de alimentacéo cchave fim de curso (limit switch) manual motor dispositivo de partida de motor negativo normalmente fechado normalmente aberto relé de sobrecarga (overload) fase luz piloto positive potencia primério botoeira (push button) retificador reverso reostato chave de seguranca (safety switch) secundario monofésico solenoide hy =F |: emfusvel — fuswel— fusivel la) Chave de desconexio (6) Dijuntortipolae 1 1 I il, ob fel térmicode sobrecarga eld de sobrecarga de estadosbido Classe Classe G : : (ed) Relés de sobrecarge OL) (ef Fusives (@)Dsposve magneto deparisa demotertifésce ok Aotowta normalmenteaberta ‘decontatormomentineo ole Botocta normalmentefechada de contato momentaneo alo ee Corbina debts rexmalmente abet q a " sermalmentefechada de “ How He Litt iL $O4 CE Notortnffsico Motor menefisco (ir) Matores cA Figura 2-1 Simbolos de dispositivos de acionamento de motores. Fotos a-d,q; este material, com reproduc autorizada, tem copyrights da Schneider Electric; e-:cortesia da Cooper Bussmann, wormcbussmann.com; hy): fotos cedidas pela Rockwell Automation, vwwrockwellautomation.com;1: foto reproduzida com a permiss4o da OBeldor Electric Company, wwrwbaldorcom. Interpretagao de diagramas elétricos capitulo 2» Motores elétricos e acionamentos sw chave (switch) T1,T2,T3_— conexdes nos terminais do motor 3h trifasico 1D atraso de tempo (delay time) ‘TRANS transformador Diagramas ladder de acionamento de motores Os desenhos de circuitos de acionamento de motores fornecem informagées sobre o funciona- mento do circuito, a localizagao de dispositivos equipamentos ¢ instrucdes sobre as conexdes. Os simbolos usados para representar chaves consis- tem em pontos de né (pontos onde os dispositivos de circuitos se interconectam com outros), barras de contato e o simbolo especifico que identifica determinado tipo de chave, como ilustrado na Fi- ‘guia 2-2. Embora um dispositivo de acionamento posse ter mais de um conjunto de contatos, so- mente os contatos usados no circuito so repre~ sentados nos diagramas de acionamento. Uma vatiedade de diagramas de acionamento & desenhos é utilizada para instalacio, manutencio e andlise de defeito em sistemas de acionamento de motores. Entre eles esto os diagramas ladder (de contatos), elétricos, unifilares e em bloco. Um diagrama ladder (considerado por alguns uma forma de diagrama esquemitico) concentra-se no funcionamento do circuito elétrico, e no na localizacéo fisica dos dispositivos. Por exemplo, duas botoeiras podem estar fisicamente nas ex- ttemidades opostas de um longo transportador, mas eletricamente lado a lado no diagrama lacider. Qs diagramas ladder, como 0 mostrado na Figura 2-3, séo desenhados com duas linhas verticais e a oS tt Pontos ~kariade Tipo de chave donde contato rival) Figura 2-2 Simbolos de chaves e suas partes. LU paruta (P22 de a Pe emergénela Paz Lina t linha 2 Linas Una Figura 2-3. Diagrama ladder tipico. um niimero qualquer de linas horizontais. As li rnhas verticais (denominadas trilhos) conectam-se a fonte de energia e sao identificadas como linha 1 (LI) linha 2 (12). As linhas horizontais (denomi- nadas degraus) sio ligadas entre L1 e L2 e contém © cireuito de acionamento. Os diagramas ladder so projetados para serem “lidos* como um livro, comegando no canto superior esquerdo e lendo da esquerda pare a direita e de cima para baixo. Como os diagramas ladder so féceis de interpre- tar, eles sao frequentemente usados na andlise do funcionamento de um circuito. A maioria dos controladores légicos programavels (CLPs) usa 0 conceito do diagrama ladder como base para lin- guagem de sua programagio. ‘Amaioria dos diagramas ladder ilustra apenas os clreuitos de acionamento monofasicos conecta- dosa.L1 e12, endo mostra o circuito de poténcia ttifésico de alimentagao do motor. A Figura 2-4 mostra tanto 0 diagrama de poténcia quanto 0 de acionamento. Nos diagramas que incluem 0 circuito de acionamento e de potencia podemos ver as linhas dos condutores que transportam cortentes baixas e altas. As linhas grossas so utilizadas para os circuitos de poténcia que tém mator corrente, e as inhas finas, para os circuitos de acionamento, que séo de correntes menores. Os condutores que se cruzam mas ndo possuem contato eléttico sdo representados por linhas {que se cruzam sem um ponto no cruzamento. Os cruzamentos de condutores que possuem con- Greta de acionamente have timica 4 Fustel—s20y u a raneformador _ ave “ (=) s———_4 ‘Gréukodepotenas 2 Figura 2-4 Diagrama do circuito de poténcia e de scionamente deum moto. tato elétrico so representados por um ponto na jungao. Na maioria dos casos, a tensdo de a mento ¢ obtida diretamente do citcuito de po- t8ncia ou a partir de um transformador abaixe- dor conectado ao circuito de poténcia. O uso de um transformador permite uma tenséo menor (120 V CA) para o circuito de acionamento, en- quanto o citcuito de poténcia do motor tem uma alimentagao trifésica de tensio maior (480 CA) para um funcionamento mais eficiente do motor. na- Um diagrama ladder fornece informacdes necessa- rigs que faclitam o acompanhamento da sequén- cia de operacdo do citcuito. Essa caracteristica é importante na andlise de defeito, uma vez que mostra, de forma simples, o efeito que a abertura ou 0 fechamento de varios contatos tem nos ou- ‘0s dispositivos do circuito, Todas as chaves e con- tatos de relés séo classificados como normalmente aberto (NA) ou normalmente fechado (NF)*. As po- sigdes desses contatos desenhadas nos diagramas so caracterlsticas elétricas de cada dispositive e representam a posigio do contato sem o dispo- sitivo estar conectado ao circuito. Esse estado as vezes é denominado desenergizado. € importante entender isso porque € 0 estado desenergizado © N.deT: 0 leltor encontrara também as denominacies em Inglés NO (norma apen) e NC (normal close) que equivalents: pectivamente,@NA ENF. que é representado no circuito. A posigao desener- gizada tefere-se a posicéo do componente quando ‘o-circuito estd desenergizado, ou sem alimenta¢ao. Este ponto de referéncia & muitas vezes utilizado como ponto de partida na analise do funciona- mento do circuito. Um método comum utilizado para identificar a bobine do relé e os contatos acionados por ela é colocar uma ou mais letras em um circulo que re- presenta a bobina (Figura 2-5). Cada contato que € acionado por essa bobina tera a(s) letra(s) da bobina escritals) préximo ao simbolo do contato. Algumas vezes, quando existem varios contatos acionados por uma bobina, é adicionado um nd- mero a letra para indicar 0 néimero do contato. Embora existam significados padrio dessas letras (em geral, do nome do dispositivo), a maioria dos diagramas fornece uma lista mestra para mostrar seu significado. Uma carga 6 um componente de circuito que tem resisténcia e consome energia elétrica fornecida de LI para L2. Bobinas de acionamento, solenoi- des, buzinas e lampadas-piloto séo exemplos de cargas, Pelo menos um dispositive de carga deve ser inserido em cada linha do diagrama ladder. Sem um dispositivo de carga, 0s dispositivos de ‘acionamento setiam comutados de um estado de Circuito aberto para um curto-circuito entre LI e ‘GR Rela de scionamento. Ni ~Dispontva de parka WD M1 Depostive.de pata NSTI ~Dispasiva de partes NPS Figura 2-5 Identificagao de bobinas e contatos associados. Interpretagao de diagramas elétricos capitulo 2» Motores elétricos e acionamentos 2. Os contatos dos dispositivos de acionamento, como chaves, botoeiras e relés,tém resistencia elé- trica nula no estado ligado. A conexéo de contatos em paralelo com uma carga também pode resultar ‘em um curto-citculto quando 0 contato fechar. A corrente do circuito percorrers o caminho de me- nor resisténcia através do contato fechado, curto- -circuitando a carga energizada. Normalmente, as cargas 80 colocadas no lado diteito do diagrama ladder, proximas a L2, e os contatos no lado esquerdo, préximos, a L1. Uma excegdo a essa regra é a colocacao dos contatos, normalmente fechados controlados pelo dispo- sitivo de protecdo de sobrecarga do motor. Esses contatos sao desenhados no lado direito da bobina do dispositive de partida do motor, como mostra a Figura 2-6, Quando é necessério que duas ou mais cargas sejam energizadas simultaneamente, elas devem ser conectadas em paralelo. Isso gerenti ré que toda a tensdo de linha a partir de LI e L2 apareceré em cada carga. Se as cargas fossem co- nectadas em série, nenhuma delas receberia toda a tensdo de linha necesséria para o funcionamento adequado, Lembre-se de que, em uma conexdo de cargas em série, a tenséo aplicada € dividida entre cada uma das cargas. Em uma conexéo de cargas em paralelo a tensao em cada carga éa mesma eo valoré igual 20 da tensdo aplicada. 05 dispositivos de acionamento, como chaves, bo- toeiras, chaves fim de curso @ chaves de presséo, acionam cargas. Os dispositivos de partida de uma u a Cangas paral Mi tuzpioro de120¥ Figura 2-6 As cargas so colocedas a direita eos, contatos 8 esquerda, carga sé0 normalmente conectados em paralelo, enquanto 0s dispositivos que param uma carga so conectados em série. Por exemplo, quando existe mais de um botéo de partida controlando a mesma bobina do dispositivo de partida do motor, estes so conectados em paralelo, enquanto os botées de parada s4o conectados em série (Figu- ra 2-7), Todos 0s dispositivos de acionamento so Identificados com uma nomenclatura apropriada para o dispositivo, por exemplo, parada (stop) ¢ partida (start). Da mesma forma, todas as cargas necessitam de abreviaturas para indicar 0 tipo de carga (por exemplo, M para a bobina do dispositive de partida). Muitas vezes é usado um sufixo numé- rico adicional para diferenciar varios dispositivos do mesmo tipo. Por exemplo, um circuito de acio- namento com dois dispositivos de partida de mo- tor pode identificar as bobinas como Mi (contatos 1-MT, 2-MI1, etc.) € M2 (contatos 1-M2, 2-M2, ete.) A medida que a complexidade do circuito de acio- namento aumenta, seu diagrama ladder aumenta de tamanho, sendo mais dificil de ler e localizar, quais contatos sao controlados e por qual bobina. Anumeracao de linhas ¢ utiizada para auxiliar na leitura e compreensdo de diagramas ladder maio- res. Cada linha do diagrama ladder ¢ identificada (linha 1, 2, 3, ete), da mais alta para a mais baixa. Uma linha é definida como um caminho completo de L1 a L2 que contém uma carga. A Figura 2-8ilus- tra a identificacéo de cade linha, em um diagrama com trés linhas distintas: Dispositvos de pata em pacllo ania u B Dspetnosde ale paradaer site Pertida ae my Figura 2-7 Dispositivos de parada conectadios em sé- rie e dispositivos de partida conectados em paralelo.

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