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Instituto Superior Politécnico Católico de Benguela

ISPOCAB

Tema: Projecto Arquitetônico

Dicente: Edonil Manuel Ernesto

Curso: Engenharia de Construção Civil

Catumbela

2023
EDONIL MANUEL ERNESTO

Projecto Arquitetônico

Projecto Arquitetônico do curso de


engenharia de construção civil como
parte para obtenção do titulo de En-
genheiro de construção civil no Insti-
ituto Politecnico Superior Catolico de
Benguela.

Docente______________________________
ARQ.GILBERTO SUPESSO

Catumbela
2023

i
EDONIL MANUEL ERNESTO

MADEIRAS EM ANGOLA

Trabalho investigativo do curso de


engenharia de construção civil como
parte para obtenção do titulo de En-
genheiro de construção civil no Insti-
ituto Politecnico Superior Catolico de
Benguela.

Examinador

Celso Marques

ii
Titulação: Engenheiro

Assinatura

________________________________________

iii
Epígrafe

A floresta estava encolhendo mas as árvores continuaram votando no


machado, porque o machado era esperto e convenceu as árvores que por causa do
seu cabo ser feito de madeira ele era uma delas.

(Provérbio Turco)

iv
Resumo

Angola é um grande potencial produtor de madeira, o seu poligno florestal


ocupa 55,65% do seu território com variadissimas florestas, Angola apresenta cinco
tipo de zonas naturais, designadamente a floresta húmida e densa como a floresta
do Maiombe, que contém as mais raríssimas madeiras do mundo.

Estima-se que existam no país mais de 150 espécies florestais madeiráveis,


porém, apenas 83 espécies destas têm importância comercial significativa. O
número de espécies difere entre províncias e tipologias florestais.

O volume de madeira comercial em pé foi estimado em 191m3/ha,


perfazendo um total de 23.697.197m3 de eucaliptos e pinhos.

O Departamento Provincial do IDF dispõe de um sector de fiscalização, que,


além de possuir um reduzido número de fiscais, debate-se com o problema de fata
de transportes adequados, para actuar nas zonas de difícil acesso, onde
supostamente ocorre o maior números de crimes.

Palavras-Chaves: Madeira, exploração.

v
Abstrat

Angola is a great potential wood producer its forest polygon occupies 55.66%
of its territory with varieties of forests, Angola has five types of natural areas, namely
the humus and dense forest as the Maiombe forest that contains the very rarest
woods in the world.

It is estimated that there are more than 150 timberable forest species in the
country, but only 83 of these species have commercial importance meant the number
of species differs between provinces and forest typologies.

The volume of standing wood was estimated at 191m3/ha totalling 23.697.197


m3 of eucalyptus and pines.

Provincial Department of IDF has an inspection sector that in addition to


having a small number of inspectors, is struggling with the problem of lack of
adequate transport to act in areas of difficult access where the largest number of
crimes.

Keywords: Wood, exploration.

vi
Lista de tabelas

Quadro 1:Superfície da Floresta Natural de Angola............................................4

Quadro 2: Produção de Madeira em Toro (m3) por Províncias...........................5

Quadro 3: Principais Espécies de Madeira Comerciais Mais Exploradas em


Angola..................................................................................................................6

vii
Lista de abreviaturas e siglas

RPIFN- Resultados Preliminares do Inventario Florestal Nacional.

MINAGRIF- Ministério da Agricultura e Florestas.

CFB- Caminho de Ferro de Benguela.

IDF- Instituto de Desenvolvimento Florestal.

viii
Sumário
Introdução.............................................................................................................1

Angola...................................................................................................................2

Capitulo I...............................................................................................................3

1.1 Principais fontes de produção de madeiras em Angola.................................5

1.2 Consumo de Madeira em Angola...................................................................7

Capitulo II-Exploração de Madeira em Angola.....................................................8

2.1 Processo de obtenção da madeira (Corte e secagem)..................................9

2.2 Comercialização de madeira........................................................................10

2.3 Problematica da exploração de madeira em Angola...................................10

2.4 Impacto Ambiental da Exploração da Madeira.............................................11

Conclusão...........................................................................................................12

Bibliográfia..........................................................................................................13

ix
Introdução

O presente trabalho tem como finalidade apresentar os tipos de madeiras


existentes em Angola, e os problemas existentes na sua exploração, para uma fácil
leitura e compreensão o mesmo será dividido em dois pequenos capitulos o
primeiro fará referência aos tipos de madeiras existentes em Angola e aonde podem
ser encontradas, e o segundo abordará sobre a problematica da exploração da
madeira e o processo de corte,secagem e comercialização da madeira em Angola.

A metodologia de estudo usada para elaborar o presente trabalho foi o


método cientifico investigativo, recorrendo a pesquisas através da internet, consulta
em livros, observação, questionamento, construção de hipóteses, análise das
hipóteses e conclusão.

De salientar que nenhuma definição ou conceito apresentado no trabalho é de


minha autoria, mas sim extraido de manuais e fontes viaveis.

1
Angola

A extraordinária biodiversidade vegetal de Angola é um património ainda a ser


conhecido e estudado na sua totalidade. Estima-se que a flora vascular indígena de
Angola seja constituída por 6.735 espécies diferentes, incluídas 997 espécies
endémicas.

O Clima em Angola tem duas estações: a Estação das Chuvas, período mais
quente que ocorre entre os meses de Outubro à Abril, e a Estação Seca (Cacimbo),
que corresponde o período de Maio à Setembro. O país possui uma situação
geográfica peculiar, por estar na zona inter-tropical e sub-tropical do hemisfério Sul,
ser próximo ao mar e pelas especificidades do seu relevo, que divide-se em duas
regiões climáticas distintas:

a) A Região Litoral - com humidade relativa média anual de 30% e temperatura


média superior aos 23°C;

b) A Região do Interior - sub-dividida em Zona Norte, com elevadas quedas


pluviométricas e temperaturas altas, Zona de Altitude que abrange as regiões
planálticas centrais com uma Estação Seca de temperaturas baixas e a Zona
Sudoeste, semi-árida em consequência da proximidade do deserto do Namibe,
extensão do deserto do Kalahari, sujeita a grandes massas de ar tropical continental.

As temperaturas médias do país correspondem a 27°C máxima e 17°C


mínima, sendo a diversidade climática correspondente a um potencial turístico
representado por um património natural riquíssimo em flora e fauna diversificada,
possibilitando desta forma a prática de todo tipo de actividades de lazer, hobbies e
aventuras.

Angola apresenta cinco tipos de zonas naturais, designadamente a floresta


húmida e densa como a Floresta do Maiombe, que contém as mais raríssimas
madeiras do mundo, as Savanas, normalmente associadas às matas como é o caso
das Lundas, as Savanas Secas com árvores ou arbustos, em Luanda, baixa de
Kassanje e certas áreas das Lundas.

2
Existem ainda zonas de Estepe ao longo de uma faixa que tem o início a sul
do Sumbe e, por fim, a zona desértica que ocupa uma estreita faixa costeira no
extremo sul do país, onde podemos encontrar no deserto do Namibe uma espécie
única e endêmica no mundo que tanto caracteriza este país a “Welwitchia Mirabilis”.

As principais florestas de Angola são:

 Floresta do Maiombe,em Cabinda;


 Reserva Florestal de Umpulo e a Reserva Natural Integral do Luango, no Bié;
 Reserva Florestal do Kavongue, no Huambo;
 Reserva Parcial de Luiana e a Reserva Parcial de Mavinga, no Cuando
Cubango.

Capitulo I

A identificação de madeiras é, na realidade, a identificação das árvores que


produzem essas madeiras. No entanto, é importante lembrar que o xilema é
encontrado em várias regiões dos vegetais, não só no caule, como raiz e ramos.
Ainda que toda madeira seja proveniente de tecido xilemático, sob a ótica comercial,
nem todo xilema secundário produz madeira de interesse.

A classificação de uma árvore, matéria-prima para a produção de madeira


serrada ou beneficiada, é realizada considerando-se principalmente as partes
reprodutivas da planta (ex.: flores e frutos), como também outras características
morfológicas do vegetal (casca, folhas, etc.). A identificação botânica correta de uma
árvore depende, portanto, do conhecimento dessas características. Contudo, na
maior parte das vezes, ocorre que, na prática, durante o processo de extração e de
transformação da árvore em madeira beneficiada, essas características do vegetal,
sobretudo, as partes reprodutivas e morfológicas necessárias para sua identificação
botânica, são eliminadas ou praticamente desconsideradas.

Com uma superficie de 1.246.700 km2, Angola é o segundo país na região


Austral, depois da Republica Democrática do Congo, potencialmente rico em
florestas naturais, estimadas em 69,3 milhões de hectares correspondentes a 55,6%

3
do territorio nacional (Resultados Preliminares do Inventario Florestal Nacional), com
um volume total de madeira estimado em mais de 57 milhões de metros cúbicos.

Quadro 1:Superfície da Floresta Natural de Angola

Provincia Floresta Natural


Superficie(há) Superficie(%)
Bengo 835.869 0,67
Benguela 597.644 0,48
Bié 2.339.915 2,68
Cabinda 465.765 0,37
Cuando Cubango 15.466.831 12,49
Cuanza Norte 1.500.385 1,2
Cuanza Sul 2.138.846 1,72
Cunene 4.463.100 3,45
Huambo 2.138.846 2,08
Huila 5.136.016 3,12
Luanda 0 0
Lunda Norte 5.580.149 4.55
Lunda Sul 2.114.056 1,7
Malanje 5.055.149 4,05
Moxico 17.207.794 13,88
Namibe 581.370 0,47
Uige 2.581.082 2,07
Zaire 829.356 0,67
Total 69.382.687 55,65
Fonte:RP IFN

Estima-se que o volume de madeira comercial em Angola seja 48,8m3/ha na


floresta folhosa verde e 4,6m3/ha na floresta folhosa decídua e semi-decidua ou
seja, floresta aberta de miombo.

Até aproximadamente 1978, Angola possuía 148.000 hectares plantados com


espécies exóticas de Eucaliptus sp, Cupressos Lusitânica, Calitriss Calcarata, Pinus
patula, Grevilha robusta e Cassuarina equisetifolia. Estas plantações florestais

4
dispersas um pouco por todo país e consideradas, na altura, uma das maiores da
Africa Austral, depois da Africa do Sul, Eswatini e Malawi, localizam-se
maioritariamente nas províncias de Benguela, Huambo e Bié ao longo do percurso
do Caminho de Ferro de Benguela (CFB), Huila e Malanje.

O volume de madeira comercial em pé foi estimado em 191m3/ha,


perfazendo um total de 23.697.197m° de eucaliptos e pinhos. A combinação deste
potencial de florestas plantadas com o das florestas naturais, totalizava uma reserva
nacional de madeira avaliada em mais de 81 milhões de metros cúbicos em
condições de ser explorada.

1.1 Principais fontes de produção de madeiras em Angola

As principais fontes (árvores) utilizadas como materia-prima para produção de

madeiras em Angola são nomeadamente:

1. Eucaliptus ssp,

2. Cupressos Lusitânica,

3. Calitriss Calcarata,

4. Pinus patula,

5. Grevilha robusta

6. Cassuarina equisetifolia

Seguindo os princípios da sustentabilidade, a reserva de madeira da floresta


natural pode permitir uma capacidade de corte anual de aproximadamente
500.000m3, sem colocar em risco a sua capacidade regenerativa. Como
anteriormente referido, as principais formações florestais para a exploração de
madeira comercial encontram-se nas províncias do Bengo, Cabinda, Cuando
Cubango, Cuanza-Norte, Lunda Norte, Moxico, Zaire e Uige.

Quadro 2: Produção de Madeira em Toro (m3) por Províncias

Provincia 2016 2017 2018 2019

Bengo 17 830 0 4 972 0

5
Benguela 5 038 0 0 0
Bié 0 0 0 0
Cabinda 30 276 0 31 979 15 750
Cuando 27 309 0 0 0
Cubango
Cuanza Norte 13 927 0 935 2 071
Cuanza Sul 377 0 865 0
Cunene 245 0 0 1 638
Huambo 4 402 0 0 0
Huila 1 410 0 0 0
Luanda 0 0 0 0
Lunda Norte 0 0 0 0
Lunda Sul 13 750 0 0 0
Malanje 504 0 0 0
Moxico 28 310 0 0 12 230
Namibe 0 0 0 0
Uige 26 449 0 13 427 0
Zaire 488 0 500 498
Total 170.315 0 52 677 32 187
Fonte: IDF-Relatorio de Balanço Anual 2016, 2018,2019

De acordo como o Ministério da Agricultura e Florestas (MINAGRIF) Cabinda


é ate aos dias de hoje o maior produtor de madeira em Toro no País. Estima-se que
existam no país mais de 150 espécies florestais madeiráveis, porém, apenas 83
espécies destas têm importância comercial significativa. O número de espécies
difere entre províncias e tipologias florestais. Em Cabinda existem cerca de 29
espécies comerciais, no Bengo 16, no Moxico 14, Uige 11, Cuanza Norte e Zaire em
9 e no Cuando Cubango são exploradas apenas 5 espécies.

Quadro 3: Principais Espécies de Madeira Comerciais Mais Exploradas em Angola

Moreira (Iroko) Muanza


Kibaba (Acajou) Takula (Padouk)
Munguba (Sapelli) Mussivi
Kitiba Girassonde
6
Xinga-xinga Kungulo
Undianunus Mukusso
Tola Branca Musese
Tola Vermelha Mutete
Longhi Sipo
Fonte: IDF-Relatorio de Balanço Anual

1.2 Consumo de Madeira em Angola

O consumo interno de produtos madeireiros está basicamente concentrado


em madeira em toro, madeira serrada e madeira processada, incluindo a produção
da lenha e do carvão vegetal.

O processamento primário da madeira em toro origina uma série de produtos


diferenciados que, em função do mercado e das demandas, podem ser:

 Bloco - toro serrado em bloco quadrado, sem costaneiras;


 Pranchas e tábuas;
 Barrotes, caibras, ripas;

O segundo processamento gera outra linha de produtos tais como:

 Pallets;
 Portas, mesas, cadeiras, móveis em geral;
 Outros produtos finalizados e refinados;
 Painel laminado macico fingerjoint (em projeto ainda).

No caso de madeira de eucalipto, os principais produtos são:

 Postes;
 Portas, janelas, carteiras escolares;
 Placas tipo fingerjoint;
 Placas para soalhos;
 Folhados;
 Contraplacados.

7
Os principais consumidores da madeira em toro e serrada são as serrações, a
indústria de carpintaria, de mobiliário e de artesanato, enquanto os da madeira
processada são o sector de construção civil e o sector de mobiliário. A estimativa do
consumo de madeira processada é baseada nos dados de importação de produtos
de madeira e a parte da produção nacional não exportada.

Capitulo II-Exploração de Madeira em Angola

Desde a crise de 2014 que a madeira é considerada um complemento ao


petróleo enquanto fonte de obtencão de divisas. Assim, assiste-se nos últimos
tempos ao surgimento de várias empresas nacionais associadas ou não a
estrangeiros e também empresas estrangeiras envolvidas no negócio.

A sua participação nas exportações, conheceu incrementos substanciais em


2016 com a madeira em toro, e 2018 com a madeira serrada. Este cenário levou a
compreensão generalizada de que o sector florestal pode ser considerado como
mais uma fonte de obtenção de divisas.

Segundo fontes oficiais, as receitas relacionadas com a exportação de


madeiras em 2016 e 2018, cifraram-se, respectivamente, em 67,2 milhões e 34,8
milhões de Kwanzas. Em termos de cambiais, em 2019 entraram no País, 12,9
milhões de Dólares dos Estados Unidos da América e 9,2 milhões de Euros (IDF
Relatórios anuais).

Em Angola existem 31 indústrias de transformação de madeira, sendo oito no


Uíge e Cabinda, sete no Bengo, cinco no Huambo e três no Cuanza Norte. A
capacidade instalada de produção ronda os 1210 metros cúbicos por dia, sendo a
província do Uíge a maior produtora com 370 metros cúbicos por dia.

A exploração de madeira começa com prospeção que consiste numa


pesquisa preliminar do terreno e que depois é seguido da exploração (corte,
concentração e transporte), na serração começa a primeira transformação em que o
toro é transformado em tábuas, barrotes e ripas.

Normalmente o resultado da primeira transformação é que exportado depois


da secagem seguido do processo de fitossanitário (por uma empresa certificada pelo
ministério da agricultura). Na segunda transformação ao sair da serração, os

8
produtos vão à carpintaria ou a marcenaria que é normalmente realizado por uma
outra empresa.

Em geral quase toda a cadeia de valor é realizada por uma única empresa, e
no caso de angola são 15 empresas que estão envolvidas até ao processo de
carpintaria, que são as de grande porte. As empresas que estão na comercialização,
cerca de 17, que são de médio porte, compram os produtos da serração.

Quanto ao emprego, o sector da madeira emprega 3mil trabalhadores que


estão envolvidos na exploração, 2mil na serração e 1500 na comercialização,
perfazendo um total de 6500 trabalhadores em todo o país.

O volume de produção média anual dos últimos 5 anos, de acordo com o IDF,
é de 326 mil m3 e em 2016 85% da produção é que foi exportada. Em termos de
valor, em 2016 a exportação total de madeira foi de USD 34 milhões

Quanto ao destino das exportações, os países que mais compram a madeira


de Angola são: China, Estados Unidos de América, Dinamarca, Vietnam, Portugal,
Emirados Árabes Unidos, Turquia entre outros 7. Como se pode ver, os países da
região Austral na constam da lista dos principais países que compram a madeira de
Angola, o que mostra uma oportunidade de se expandir o mercado nesta zona. Para
tal a diplomacia económica deve funcionar no sentido de se publicitar as
potencialidades e os pontos fortes da madeira que é explorada em Angola.

2.1 Processo de obtenção da madeira (Corte e secagem)

O processo tem início com a entrega da matéria prima em bruto na zona de


recolha e armazenamento da serração. Os troncos são então transportados para
uma área de análise e seleção automática das espécies de árvore e de corte inicial.
Em função da classificação, os troncos são então separados e empilhados para
posterior uso.

Da zona de separação os troncos são conduzidos para as instalações de


serração propriamente ditas, onde são retiradas a casca e as inserções de galhos.de
seguida os troncos são introduzidos numa primeira máquina de corte longitudinal
que dá origem aos elementos de madeira, que são mais uma vez separados e
9
ordenados para operações posteriores. Tanto nesta como nas restantes fases, todos
os subprodutos, como aparas de madeira e cascas são conduzidas para outras
zonas da fábrica, onde são sujeitos a reciclagem.

Depois do corte os elementos de madeira são transportados para os fornos


de secagem, que permitem acelerar a estabilização das condições de humidade.

Após a secagem, são conduzidos para uma zona de aplainamento, onde lhes
é dado um acabamento superficial final.

Depois do corte transversal de acordo com as especificações do cliente, os


elementos finalizados são embalados e levados para a zona de armazenagem e
distribuição, de onde partem para o seu destino final.

2.2 Comercialização de madeira

A comercialização de madeira em Angola é concentrada na madeira


processada e os principais consumidores são os sectores de construção civil e o
mobiliário.

O mercado interno é alimentado pelas importações e pela produção nacional


não exportada, No sector do mobiliário os carpinteiros e marceneiros tradicionais
são que fabricam móveis que são comercializados nos principais mercados
informais no país.

As empresas formais de carpintaria e marcenaria, de acordo com o ministério


da industria, são mais de 30 (incluindo as empresas exploradoras de madeiras e que
têm também unidades de carpintaria e marcenaria) o número chega nos 63
empresas que empregam cerca de 800 trabalhadores. Os dados da produção
mobiliária não estão disponíveis. Mas nos mercados informais encontra-se uma boa
quantidade de mobílias de fabrico local.

2.3 Problematica da exploração de madeira em Angola

Os principais problemas que estão na base da dificuldade da exploração de


madeira em Angola são:

10
 Alto nível de burocracia por parte do Ministério da Agricultura e no
processo de exportação.
 Falta de Equipamentos de exploração e de corte.
 Dificuldade de acesso às zonas de exploração (falta de estrada e
picadas).
 Não existência de uma rede de distribuição estruturada.
 Falta de energia eléctrica e custo alto do combustível.
 Custo de tratamento fitossanitário elevado.
 Produtividade baixa (25 m3/hectare).
 Pouco tempo de exploração permitido por lei (apenas 6 meses Maio-
Outubro).
 Dificuldades de acesso ao financiamento (altas taxa de juros acima
25%).
 Altos custo de fazer negócios no país.
 Carga fiscal alta (de acordo com os empresas).

2.4 Impacto Ambiental da Exploração da Madeira

Por um outro lado um estudo do Governo Angolano aponta a redução dos


polígonos florestais na região central do país, na origem estão a desflorestação,e
dependência do carvão.

São diversas as consequências da desflorestação dentre elas, podemos citar,


perda da biodiversidade com a destruição das florestas, o habitat natural de muitas
espécies torna-se escasso ou inexistente, contribuindo para a morte de muitos
animais e até mesmo a extinção de espécies que encontramos em locais muito
restritos.

Sabendo que os principais causadores da desflorestação são as obras


públicas que necessitam da madeira, a eletrificação do país, isto para os postos,
principalmente nas zonas rurais e os fornos de algumas industrias.

A madeira é um recurso natural e renovável, porém a extração indevida deste


recurso pode acarretar sua extinção e destruição do meio ambiente.

11
12
Conclusão

Podemos assim concluir que actuar de forma segura e rentável, com


responsabilidade social e ambiental no crescimento do setor florestal, promovendo a
participação de pessoas singulares e coletivas privadas de direito angolano e
investidores estrangeiros residentes ou não em Angola, nas atividades de
exploração e processamento de produtos florestais,de florestação e reflorestação
para o estabelecimento e restabelecimento de plantações florestais com espécies
nativas e exóticas (Eucaliptos e outras espécies exóticas) com fins
industriais e comerciais e uma responsabilidade de todos angolanos.

Devido as suas vastas florestas Angola é uma grande produtor de madeira


cabe ao estado Angolano cria politicas que facilitam a sua exploração, Ao utilizar
madeira o usuário deve especificar e verificar na inspeção de recebimento os
seguintes itens que podem afetar o bom desempenho da madeira em um
determinado uso: espécie de madeira, dimensões, teor de umidade e defeitos
naturais e de processamento.

Portanto, na escolha da madeira correta para um determinado uso, deve se


considerar quais são as propriedades e os respectivos níveis requeridos para que a
madeira possa ter um desempenho satisfatório.

13
Bibliográfia

Ministério da Agricultura (1983) Classificação das espécies florestais naturais


produtoras de madeira e lenha. Despacho nº 99/83.

Html//: www.JornalAngola.ao acessado aos 10/01/2013

Empresa Pública Florestal Madeiras de Angola Relatorio de gestão e contas relativo


ao exercício economico de 2019.

Madeira na Construção Civil Biólogo Geraldo José Zenid.

Lei de bases de florestas e fauna selvagem( Lei nº6/17 de 24 de Janeiro)

14

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