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Isabel - Terrorismo Transnacional
Isabel - Terrorismo Transnacional
Código: 21210334
3o ano
1. Introdução..................................................................................................................1
1.1. Contextualização....................................................................................................1
1.2. Objectivos...............................................................................................................1
1.3. Metodologia............................................................................................................1
3. Considerações finais...................................................................................................4
Referências Bibliográficas.................................................................................................5
1. Introdução
1.1. Contextualização
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivo Geral
Compreender a forma como o terrorismo se torna uma ameaça transnacional
1.2.2. Objectivos específicos
Conceptualizar o terrorismo;
Identificar as principais causas do terrorismo transnacional;
Analisar a natureza da ameaça do terrorismo transnacional.
1.3. Metodologia
1
2. O terrorismo como uma ameaça transnacional
Mesmo que tenha havido muitas tentativas, ainda não se chegou a um consenso sobre o
que se pode caracterizar de ação terrorista. Uma das primeiras tentativas em se definir
tais ataques terroristas ocorreu na então Liga das Nações, na primeira Convenção de
Genebra de 19371, que previa em seu artigo 1º: “Na presente Convenção, a expressão
‘actos terroristas’ quer dizer factos criminosos dirigidos contra um Estado, e cujo
objectivo ou natureza é de provocar o terror em pessoas determinadas, em grupos de
pessoas, ou no público”.
De acordo com NOGUEIRA (2004) o termo terrorismo, de acordo com uma abordagem
mais ampla, e de forma a abranger o maior número de acções, tanto de organizações
clandestinas como de Estados, ou mesmo de pessoas isoladas, pressupõe o uso de meios
coercitivos que se voltam contra o território de um Estado e a população civil, a fim de
atingir seus objectivos, sejam políticos, religiosos, culturais, étnicos ou outros, por meio
da dispersão de um clima de terror. Ou seja, como se entende hoje, o terrorismo é
considerado um instrumento de violência com a finalidade de atingir seus objectivos
estratégicos. Destarte trata-se do uso de violência contra indivíduos, liberdades,
propriedade, segurança comum, tranquilidade e poderes públicos, com o propósito de
pressionar um determinado governo ou sociedade para intimidar e persuadir as
comunidades nacional e internacional.
Assim, de acordo com Findley, Nelson e Sharman (2014) citados por REIS (2016) a
designação terrorismo transnacional corresponde ao crescente consenso de que o
terrorismo raramente foi puramente interno, as ligações além-fronteiras tendem a ser
fundamentais para potenciar este tipo de ameaça, desde logo em termos de
financiamento e fornecimento de armamento. Mesmo movimentos terroristas
profundamente nacionalistas e que, portanto tendem a focar a sua acção num
determinado território tendem a ser fortemente financiados por diásporas globais –
como foi o caso paradigmático do terrorismo nacionalista irlandês.
1
Disponível em: <www.unodc.org/unodc/en/terrorism.html>. Acesso em: 20 de
Maio de 2023.
2
mundo. O terrorismo transnacional é uma das faces mais importantes da globalização
também das ameaças e da violência.
De acordo com Garcia (2006:351) citado por CALLÉJA (2021), as fontes de adesão a
estes grupos terroristas estão frequentemente relacionadas com a raiva associada a
questões sociais e culturais específicas, injustiças, e a fraqueza das instituições
democráticas. A ideia de uma coação ocidental global contra a religião islâmica e a
comunidade muçulmana difundida por grupos como a al-Qaeda, o Estado islâmico ou
Boko Haram, expandiu-se e motivou numerosos ataques terroristas em todo o mundo.
De acordo com Mateus (2001) citado por CALLÉJA (2021) mais do que para fins de
recrutamento, as redes terroristas utilizam tecnologias para organização interna,
coordenação de acções, comunicação e financiamento. Através de ferramentas de chat,
aplicações encriptadas, websites de adultos, comunicam os seus planos de ação, alvos,
fotografias e instruções para realizar operações.
Outro aspecto central das estratégias dos grupos terroristas é o local escolhido para a
realização de ataques. O objectivo é gerar terror e difundir uma mensagem específica. O
ataque de Nice em 2016 (França) na celebração do Dia da Bastilha, o bombardeamento
da Arena de Manchester (Reino Unido) em 2017 após o concerto de Ariana Grande, ou
o ataque de 2017 em La Rambla, em Barcelona, por uma carrinha que matou vários
peões, demonstraram a importância de atacar locais com muita gente para maximizar o
número de potenciais testemunhas. O carácter simbólico dos locais escolhidos também
parece ser importante nas estratégias dos grupos terroristas. De facto, locais religiosos
como sinagogas, igrejas ou mesquitas são frequentemente alvo de tiroteios e atentados
suicidas. Paralelamente, ataques em cidades como Paris ou Bruxelas, representando
locais globalizados e turísticos, aumentam o sentimento de terror entre pessoas de todo
o mundo (Brown 2017 citado por CALLÉJA 2021).
3
Um ponto adicional importante é que as redes terroristas transnacionais estão
frequentemente ligadas a outras ameaças transnacionais, tais como as organizações
criminosas organizadas, especialmente para o tráfico de armas, dinheiro e drogas
(Brown, 2017).
3. Considerações finais
4
Referências Bibliográficas