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Filosofia Jurídica - Texto 1
Filosofia Jurídica - Texto 1
Curso: Direito
Professor: Maicon Lima
UNIDADE I
A FILOSOFIA GREGA PRÉ-SOCRÁTICA
Nesse diapasão, Tales de Mileto teria dito que “todas as coisas são feitas de
água”, na verdade essa é sua afirmativa mais importante que é considerado o registro
inicial da ciência e filosofia ocidentais. A tradição grega registra Tales como um dos
Sete Sábios e reputa a ele um espírito prático uma pessoa que utilizava de sua sabedoria
para resolver problemas cotidianos ligados à Cidade e à sua vida pessoal, inclusive
permitindo-o acumular certa riqueza (RUSSELL, 2001, p. 21).
A invenção da moeda;
O logos: não é mais uma narrativa de caráter poético e mítico logos, mas
sim, a explicação fundamentada na razão. É um discurso racional;
O caráter crítico: as verdades deixam de ser apresentadas como verdades
absolutas, de forma dogmática, para serem passiveis de discussão,
reflexão, sendo discordadas e criticadas. O pensamento filosófico verifica
que as verdades absolutas precisam ser questionadas.
Nesse contexto, surge a atitude crítica em lugar da transmissão dogmática
da verdade. Os chamados “filósofos pré-socráticos” são os primeiros filósofos que
viveram antes de Sócrates, e alguns foram contemporâneos deste.
Caracteriza-se por uma visão de mundo mais abstrata, menos focada para a
busca de explicações naturais para o mundo real, introduzem o estudo da lógica e da
metafísica. Entre os filiados àquela escola destaca-se Pitágoras.
Afirma Parmênides, então, que “aquilo que é não pode não ser”, ou seja,
deve-se verificar nos processos de movimento quais são as matérias que continuam as
mesmas, independentemente das mudanças aparentes. Dessa forma ele caracteriza a
realidade como algo imutável e exclui tudo o que muda e o que se movimenta da
realidade designando-os como coisas aparentes (aparência), aquilo que mudou não é,
deixou de ser o que era, e, se está em movimento ainda não é o que deverá ser, portanto
não é nada.
Conclui-se, então, que apenas o que permanece e somente aquilo que não é
passível de mudança pode Ser (existir).
3.2.1. Os Sofistas
Inclusive, a maior crítica que se faz aos sofistas diz respeito a que os
mesmos atuavam de forma remunerada, seja ensinando sua técnica a alunos (a sofística
quer dizer “a arte de ensinar”) (OLIVEIRA, 2012, p.24), seja atuando junto a fóruns de
discussão para influenciar os resultados do debate em favor de quem os estivesse
pagando.
Noutras palavras, as coisas são como parecem ser, como são vistas e
sentidas pelos homens não sendo possível ao homem adotar outro critério para avaliar
sobre o mundo real que não a sua própria capacidade sensorial.
Em razão disso, pode-se afirmar que os sofistas como Protágoras “não eram
meros manipuladores da opinião” (MARCONDES, 2007, p.43), antes, ao contrário
disto, acreditavam não haver outra instância racional além da própria opinião para
resolver as questões da vida, “as quais deveriam ser tomadas com base na persuasão a
fim de produzir um consenso em relação às questões políticas” (MARCONDES, 2007,
p.43).
Referências Bibliográficas
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando. São
Paulo: Moderna, 2003.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Àtica, 2001.