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IX CONGRESSO NACIONAL DA UNIAO DA SUVENTUDE COMUNISTA PROGRAMA DA UNIAO DA JUVENTUDE COMUNISTA APRESENTACAO 1, O programa da Unio da Juventude Comunista é 0 conjunto de pautas, bandeiras e objetivos que defendemos dentro das lutas econdmicas e politicas, ou seja, das condigées de vida e do poder da classe trabalhadora, no rumo de sua luta para a construgio do Poder Popular e da Revolugdo Socialista no Brasil, na América Latina e no mundo, como meios para alcangarmos a Sociedade Comunista. 2. 0 programa da Unido da Juventude Comunista, como desdobramento programatico para as lutas do setor de juventude das Resolugbes do XVI Congresso Nacional do PCB, divide-se de acordo com os setores da juventude em que desenvolvemos nossos trabalhos. 3. Ainda que voltados para o setor de juventude, essas bandeiras programAticas tocam nas lutas de outros setores, Dessa forma, compreendemos que esse Programa da UJC tem um carater de permanente construgao e de constante aprimoramento, sendo construido em fntima relagao com 0 Partido Comunista Brasileiro e scus Coletivos Partidarios: Unidade Classista, 0 Coletivo Negro Minervino de Oliveira, 0 Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro e o Coletivo LGBT Comunista. A UNIVERSIDADE POPULAR 4. Retomando as diretrizes que formatam nossa disputa pela hegemonia da classe trabalhadora, defendendo o programa da Universidade Popular no nosso cotidiano, ¢ importante destacarmos os principais eixos em torno dos quais a nossa luta por uma outra universidade gira. Sao através desses eixos que nossa militancia precisa basear sua atuagdo e compreensao da Universidade Popular. Eles sio: ) uma instituigdo nfo mercantilizada, tendo seus esforgos de ensino, pesquisa e extensio definidos a partir do conhecimento critico, e das necessidades e potencialidades da classe trabalhadora ¢ dos povos oprimidos do Brasil, do desenvolvimento do bem-estar da populagio, da edificacdo do socialismo, numa perspectiva anti-imperialista e de soberania popular cientifica e teenolégica; b) estatal, gratuita, secular, presencial, alto compromisso tecnolégico, cientifico e social de acesso universal. O sistema universitario piblico deve passar por uma franca expanso com © objetivo de universalizagio e descentralizagio do ensino superior e reformulagées estrutural e curricular, balizada, necessariamente, pelo cumprimento de sua fungao social ¢ pela garantia de politicas de assisténcia e permanéncia estudantil estruturais, que assegurem a permanéncia plena dos estudantes no Ensino Superior de forma a contemplar as necessidades econdmico-culturais, combatendo a perspectiva meritocratica e bolsificada; c) amplamente democratica, entendendo que, por ser uma instituigdo complexa, sua condugio deve ser exercida de forma colegiada, através de Conselhos Populares, estruturados desde o ambito local até nacional, ¢ paritaria entre docentes, estudantes ¢ técnicos administrativos, excluindo qualquer desproporcionalidade, listas triplices, intervengGes estaduais, com respeito a suas caracteristicas intrinsecas e contemplando todos os segmentos que estudam e trabalham no meio universitério, assim como as principais representagdes da classe trabalhadora, como sindicatos, associagées de bairro e movimentos sociais; 4) financiada exclusivamente pelo orgamento estatal, sem intervengao da iniciativa privada, seja através de fundagdes de apoio ou organizagdes sociais, garantidos os recursos para sua correta manutencao e sua franca expansio; ©) em substituigao ao modelo atual, deve ser criado o sistema nacional de universidades auténomas, sem controle ou direcionamento politico da burguesia, expressos tanto pelo Estado quanto por outras instituigGes capitalistas. A autonomia das instituiges de Ensino Superior desse sistema, controlado por um Conselho Nacional das Universidades Populares, deve trabalhar para garantir a producdo de ciéncia e tecnologia de acordo com os interesses ¢ necessidades dos trabalhadores da cidade ¢ do campo e dos setores oprimidos da sociedade capitalista. A construgo desse sistema de ensino socialista se iniciaré ainda no capitalismo, a partir da uniao das instituigdes de ensino que se encontram sob hegemonia proletaria, em um processo de enfrentamento ao Estado burgués e a classe capitalista, consolidando-se apés a tomada do poder pelo proletariado £) engajada, ter papel politico na luta pelas transformagGes sociais, contrapondo a hegemonia cultural, politica e ideolégica burguesa a partir de posicionamentos ¢ iniciativas anticapitalistas e anti-imperialistas, utilizando, por exemplo, como mediagées atuais a extensio popular, a discussio da teoria dos eurriculos e pesquisas voltadas para o interesse da classe trabalhadora, além de visar a socializagio do conhecimento cientifico e a consequente superacdo da divisdo entre trabalho manual e intelectual, além de pautada pela solidariedade internacionalista, em constante debate com sistemas universitérios de cexperiéncias socialistas; )a luta por uma universidade popular esta vinculada ao projeto de edificagéio da sociedade socialista, tendo o comunismo como horizonte, engendrada pelo e para o Poder Popular, a partir da superacdo do capitalismo e para a construgdo da nova sociedade, sustentada técnica e cientificamente por sua eapacitagio interna; 1h) um instrumento que entende o conhecimento popular como todo aqucle que ¢ produzido pela para a classe trabalhadora visando a sua autonomia, a fim de atender as suas demandas ¢ rompendo com as ideias da classe burguesa, quebrando assim a dicotomia, criada por essa sociedade, entre o conhecimento apropriado pela academia e o criado pelas pessoas & sua margem, ressaltando que esse conhecimento esté no contexto de uma sociedade em que a burguesia e suas ideias dominam e apontando para uma sociedade dominada pela classe trabalhadora, Portanto, o sentido é erigir uma instituigo que tenha 0 trabalho como principio e processo para a construgio do conhecimento. 5. importante diferenciar a luta por uma Universidade Popular dentro da universidade burguesa da luta pela construgio de uma universidade popular independente da classe trabalhadora e dos povos oprimidos do Brasil. A criacdo da Universidade Popular se divide em trés momentos: 1 - A luta pela submisso das atuais universidades burguesas ao poder paralelo do proletariado, isso é, 0 Poder Popular, num processo travado ainda dentro do capitalismo. Nesta etapa, a hegemonia da classe trabalhadora sera perspectivada através de um misto de titicas, com a luta por medidas e reformas dentro da institucionalidade atual ocorrendo em paralelo 4 construgio da auto-organizagio da classe trabalhadora e seus aliados nas comunidades universitérias. Iniciativas educacionais auto-organizadas, independentes As atuais instituig6es de ensino burguesas, também sto fundamentais nesse processo de construgio de um sistema universitario alternativo. I1--A consolidagio da hegemonia proletéria nas universidades. Nesta etapa, deverdo existir 6rgios politicos revolucionarios que dirijam de fato o processo produtivo universitério, que entrem em embate e derrotem tanto a institucionalidade burguesa quanto seus operadores politicos nas universidades. As universidades burguesas ptiblicas e privadas deverao ser ocupadas pela classe trabalhadora revolucionaria ¢ scus aliados intermedidrios, ¢ estas unidades ocupadas deverdo se unir as iniciativas educacionais autdnomas jé existentes, em uma alianga nacional. Esse processo de rebelidio s6 poderd ser vitorioso se contar com uma ruptura social mais ampla, isto é, a Revolucdo Socialista Brasileira. III - A consolidagio da Universidade Popular de fato, entendida como modalidade 18 universitéria de um novo sistema de educagio socialista, necessariamente articulada a um Estado Proletario e a uma economia socialmente planificada, sob controle operdrio. Este modelo seri desenvolvido de forma criativa, baseando-se nos melhores actimulos dos movimentos populares brasileiros assim como nos modelos educacionais das experi socialistas passadas, no Leste Europeu, América Latina, Africa e Asia. 6. Os eixos centrais do programa de Universidade Popular sio: a) Ampliagio e universalizagao do acesso e aboli¢&o do vestibular; b) Contra qualquer privatizagao e pela estatizagio das instituigies privadas; ©) Financiamento 100% piblico do Ensino, Pesquisa e Extensio e infraestrutura das universidades; 4) Indissociabilidade do tripé universitério de Ensino, Pesquisa e Extensio, visando uma formagio nao-tecnicista, critica a divisdo social do trabalho na sociedade burguesa; ©) Extensio Popular Classista, Ensino e Pesquisa a servico da emancipagio e das demandas da classe trabalhadora; ) Democracia e Autonomia Universitérias e paridade entre os segmentos e com espago para suas devidas representagdes na tomada de decisdes; ) Permanéncia Estudantil; h) Defesa dos Hospitais e clinicas Universitarios e demais campos de priticas académicas, sob gestio piiblica das universidades com ampla participagio dos trabalhadores, com servigos prestados & comunidade, com carter piblico, gratuito, de qualidade, articulado ao SUS e socialmente referenciados. 7. Na luta pela Universidade Popular, para conquistar vitérias referentes ao caréter piblico e popular da universidade, defendemos: ~ Como medida de transicZo: 1. a garantia de poder estudar e poder trabalhar & juventude trabalhadora; 2. redugio da jornada para gob; 3. fim da categoria de estigio com reconhecimento de vinculo empregaticio e manutengdo da liberagdo pelo estudo; 4 proibigio das empresas educacionais de abrir capitais na bolsa de valores, do Brasil ¢ do estrangeiro; 5. pela exigéncia de politieas de permanéncia como eritério para a concessio de incentivos fiscais, exoneragies ¢ alocagdo de recursos publicos nas Universidades Privadas. - Por uma educagio piblica, universal, 100% estatal, laica, gratuita, critica, popular e de qualidade! Em defesa do legado da reforma de Cérdoba em prol de uma universidade popular latinoamericana; - Pela revogacio da EC 95 (teto de gastos); EC 93 (Desvinculagio de Receitas da Unio); Lei Complementar n°101/2000 (Responsabilidade Fiscal) e todas as demais medidas do tripé macroecondmico neoliberal; contra a planificagio da BNC; contra o projeto FUTURE-SE! - Pela reestatizagao da Petrobras! Em defesa dos 50% dos royalties da extragao de pré-sal para a educagio publica! = Contra o corte de verbas para a educagai PIB para a educagao publica ja! ~ Pela regularizagio e volta do repasse do PNAEST as universidades estaduais! Que o PNAEST se torne Lei! = Pela extinc&io imediata da EBSERH! Por uma geréncia e administracao realizada pelos trabalhadores da satide, corpo docente e discente, técnicos administrativos, demais trabalhadores ¢ usuarios dos HUs! Na defesa de uma formagio, pesquisa ¢ prestagio de servico em satide popular! - Pela reviso da adesio do Brasil ao modelo de Bolonha! ~ Produgao de Ciéncia e Tecnologia para a classe trabalhadora brasileira! Contra a produgao de patentes pablicas a entes privados. ! Verba piiblica para a educagiio piblica! 10% do - Educagio no é mercadoria! Enfrentar os oligopélios financeiros da educagio, o avango das empresas juniores nas universidades ¢ as expressdes do capital privado dentro da universidade piblica! Contra o sigilo dos orgamentos referentes as universidades privadas! = Contra os cursos pagos as fundagGes privadas nas universidades piblicas! Contra as fundagdes empresariais, fundagdes publicas regidas sob direito administrativo privado e s formas de gestio do terceiro setor - OSCIP’s, OnG’s, e OS's e quaisquer formas de fins lucrativo: ‘ontra a cobranga de mensalidades na universidade publica! ‘ontra a terceirizagio e pela contratagao em regime estatutario de todos os trabalhadores dentro das universidades, com abertura de concursos piblicos para recomposigdo e expansio dos quadros técnicos e docentes, assim como a defesa de seus direitos trabalhistas! - Pela ampliagdo dos concursos piblicos para incremento no quadro de servidores téenico administrativos! - Por melhores salérios e condigdes de trabalho para professores, técnicos ¢ demais profissionais no ambito da universidade! = Por uma formagio, qualificagao, formas de ingresso piiblicos e com paridade de género em todos os espagos de trabalho no ambito dos servigos institucionais: seguranca, guarda, lazer, preservagio ambiental, ete. - Defesa dos direitos dos trabalhadores das instituigdes de ensino superior com isonomia e paridade entre as categorias técnico-administrativos, docentes e terceirizados - Pela garantia de formagio continuada e em defesa do plano de carreira dos trabalhadores da educagio! - Pelo reconhecimento de vineulo trabalhista de todos os pesquisadores graduandos e pi graduandos junto as universidades, com os devidos direitos, bem como o fortalecimento das pautas dos trabalhadores da ciéncia no pais; - Lutar pela imediata recomposigio e ampliagio de acordo com salérios estipulados pelo DIEESE dos valores das bolsas de IC e de pés-graduagio tanto de mestrado quanto de doutorado - Pela supresstio de todos os programas de incentivos fiscais ¢ exoneragées tributdrias concedidas ao setor privado, com a realocagao de todos os estudantes inseridos nesses programas para o setor pablico. = Pela anulagio das dividas do FIES! Contra taxas abusivas e pelo congelamento ¢ subsequente redugo das mensalidades nas universidades pagas! sm defesa dos estudantes do PROUNI e do FIES! Contra o endividamento dos estudantes! - Contra as politicas institucionais que nfo atendem as demandas sociais para com a educagéio (PROUNI E FIES). Defendemos a supressio de todos os programas de incentivos fiscais e desoneragées tributarias concedidas ao setor privado e a realocagio de todos os estudantes inseridos nesses programas para o setor piblico. - Pela estatizagao de todo o setor privado de educagao superior! Contra as demissdes em massa de professores ¢ contra a precarizagao da grade curricular nas Universidades Privadas! - Pela construgio de campi proprios e pelo fim da locagéo de prédios de instituigdes privadas. Contra a restrigdo do acesso da comunidade externa a universidade! Contra as catracas qualquer outro mecanismo que impega essa movimentagio! Pelo transporte gratuito intercampi ¢ dentro dos campi, para toda populagio! Pela construgao e ampliagio de ciclovias e empréstimos de bicicletas pablicas nos campi. - Defesa e luta pela ampliagio do patriménio mobilidrio e imobiliario das universidades a servigo da classe trabalhadora. Defesa da autogestdo do patriménio da universidade publica por Conselhos Proporcionais, contra a exploragao imobilidria dentro dos campi 20 ~ Defesa das Fazendas Universitérias, onde parte dos alimentos produzidos possam ser repassados para a assisténcia estudantil. - Pela criagio e ampliagio de grupos de extensio vinculados a movimentos sociais de produgio agricola ¢ familiar agroecolégica, visando a produgao desses alimentos para assisténcia estudantil. - Pela construgio de restaurantes universitérios populares e gratuitos, para a comunidade interna e externa, sob administragao piblica das universidades. ~ Contra a subordinagdo aos monopélios das tecnologias das univer da nossa soberania teenol6gica! - Contra a obrigatoriedade do ensino de religido na grade universitéria. -No contexto da luta pela permanéncia, a defesa de organizagdo de grade horaria simpatica A rotina dos estudantes trabalhadores, pela possibilidade de oferta de disciplinas noturnas. idades! Pela construgio 8, Nauta pela Universidade Popular, para conquistar vit6rias referentes ao acesso, defendemos: - Em defesa da renovagao e ampliagio da Lei de Cotas, com a inclusio de pessoas transsexuais e travestis e extensdo para a pos-graduacao! - Pelo fim do vestibular! Pelo acesso universal 4 universidade piblica! ~ Pcla ampliagao das ofertas de cursos e vagas no hordrio notuno! - Contra o modelo neoliberal e mercantilizado da educagio a distancia e do ensino hfbrido! Universalizagao do ensino presencial com a incorporagao de todos os estudantes de outras modalidades. - Ampliagio jé! Todo estudante tem o direito de ter educagio de qualidade perto da sua casa! Pela criagio c expansdo de Universidades Publicas nas arcas rurais! Educagdo em todos os niveis para as comunidades ribeirinhas, nao somente a nivel primério (na escola popular), mas também garantir que tenham acesso pleno & universidade. ~ Pelo acesso imediato dos trabalhadores das universidades as aulas por elas desenvolvidas! em defesa da renovagdo e ampliagao da Lei de Cotas, para que ineluam PCDs e populagao trans e travesti. = Pela aplicagao das cotas raciais PCDs e Trans para docentes e ingresso na Pés-graduacdo nas universidades péblicas e eri stas cotas nas demais universidades! - Pela instituigao da Lei de Cotas nas universidades estaduais, abarcando as pessoas racializadas, populagio trans e travesti e PCDs! ~ Pela aplicagdo da lei de cotas para a contratagio dos trabalhadores nas universidades piiblicas e eriagdo destas cotas nas demais universidades! 9. Na luta pela Universidade Popular, para conquistar vitéria defendemos - Pela reestruturago e universalizagio das polfticas de permanéncia e assisténcia estudantil! Pela ampliagdo dos recursos destinados assisténcia estudantil com a criagao de uma bolsa universal para o estudo, independente de desempenho académico, acompanhada da desburocratizagio e desfinanceirizagao do acesso aos programas! ~ Pclo reconhecimento da pés graduagio enquanto trabalho, com dircito trabalhistas ¢ previdenciérios. - Pela defesa de politicas de assisténcia estudantil advindas de recursos piblicos diretos! 100% das verbas do PNAES para assisténcia estudantil! Que o PNAES se torne Lei e contemple os estudantes de Pés-Graduagao! - Ampliagdo das vagas nas moradias estudantis ¢ garantia de condigSes dignas, para que se atenda de imediato toda a demanda! Pela superacio da politica de auxilios e subsidios! Pela ampliagio de politicas de moradia que acolham mies, indigenas e LGBT para sua permanéncia nas universidades! Pelo controle democritico sobre as moradias univer irias! Pelo equipamento das casas dos estudantes com itens basicos de convivio e referentes A permanéni 21 lazer (quadra, televisores, salas de estudos, sala de informatica, equipamentos de cozinha te.) - Universalizagdo e gratuidade nos restaurantes universitérios, com acesso livre e de qualidade para toda a comunidade universitaria, com a garantia das trés refeigoes: café da manhi, almogo e janta! Restaurantes com gestio piblica e pela comunidade académica, com ineorporagio da agroecologia ¢ integragio do ensino, pesquisa e extenso na produgio de alimentos de pequena agricultura e elaboragao dos cardapios! Restaurantes com opgdes alimenticias para pessoas com restricées alimentares, vegetarianos e veganos. ~ Por restaurantes universitérios, auxilio para matérias, cursos de idiomas e bolsas de pesquisa nas Universidades Privadas! ~ Passe livre ja! Defesa da estatizagdo do setor de transporte piblico! Pelo direito ao transporte gratuito intra ¢ intermunicipal, inclusive aos fins de semana, feriados ¢ férias, garantindo o acesso tanto ao estudo quanto ao acesso a cidade. ~ Pelo acesso & educaciio aos jovens das comunidades ribeirinhas, quilombolas ¢ povos originérios com transporte fluvial gratuito e seguro para os estudantes, nos casos em que se aplique! im defesa do acesso e permanéncia dos estudantes indigenas na universidade, incluindo suas pautas na estrutura ¢ no curriculo. Em defesa da cducacao na lingua originaria para povos indigenas! - Pela garantia dos direitos ¢ permanéncia de gestantes, puérperas, pais e mies na universidade! - Em defesa do pleno acesso & creche para a comunidade universitéria! Implantagio de cereches em trés tumnos nas universidades, que atendam as necessidades dos estudantes ¢ trabalhadores, as quais contem com estrutura, investimento ¢ estejam sob gestio da comunidade académic: - Pelo aumento e extensdo das bolsas-permanéncia reivindicaveis por todos os ProUnistas! Pelo fim do abuso no proceso de renovagéo das bolsas dos alunos prounistas nas IEs privadas. = Pelo direito pleno a educagiio de pessoas gordas, neuroatipicas e PCDs, com apoio direto das Universidades e transformag&o dos campi para promover acessibilidade, integragao metodolégica e curricular e capacitagao docente ¢ técnico-administrativa para essa demanda, - Pela obrigatoriedade da disciplina de Lingua Brasileira de Sinais em todos os cursos de graduagio e pés graduagao, Em defesa de uma formagio continuada para profissionais do ensino superior, com ofertas de cursos ¢ oficinas que pautam a discussio sobre anti capacitismo, educagio ¢ socializagao inclusiva, - Pelo ensino ampliado de LIBRAS e Braille para toda a comunidade académica! ~ Por ampliagio ao acesso e permanéncia na pés-graduagio, através da obrigatoriedade de ages afirmativas em todos os programas de pés graduagao bem como assisténcia estudantil e gratuidade de cursos de linguas estrangeiras para os pés-graduandos. - Pelo fim da violéncia de género e racial no acesso as bolsas de pesquisa CAPES/CNPQ ~ Criagdo ¢ defesa de uma politica de assisténcia de redugdo de danos em articulagdo a rede de atengio psicossocial e demais equipamentos de saiide e assisténcia, Apoio psicopedagégico para pais, maes e tutores membros da comunidade universitaria! Pela defesa dos servigos de terapia ocupacional gratuitos na universidade publica! - Absorvente para quem menstrua nas universidades! = Por espagos com fraldarios, com fraldas disponiveis ¢ espagos de amamentagdo nas universidades! - Por politicas afirmativa na universidade! ¢ de permanéneia estudantil para pessoas transexuais e travestis 22 = Pela defesa, retomada e ampliago das Casas do Estudante Universitario! Pelo fortalecimento do ENCE! - Pela criago do vestibular indigena em todas as universidades, e politicas de acompanhamento! tar vitorias referentes ao 10, Na luta pela Universidade Popular, para conqui defendemos: - Pela verdadeira indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensio! = Pelo resgate da meméria e obrigatoriedade do ensino de Histéria da Africa e povos indigenas nas escolas, em cumprimento e aprimoramento das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, assim como ensino da historia da e da América Latina, com um curriculo académico mais diverso, com a presenga de autores negros, indigenas ¢ quilombolas ¢ latinoamericanos, e disciplinas que tratem de questdes étnicas e raciais, de modo antirracista e anti-eurocéntrica, bem como sobre povos indigenas e educagio no campo nos cursos de universidades. Além disso, investir na formago de professores para essas disciplinas. = Ampliagio, manutengio ¢ restabelecimento de programas de fortalecimento da licenciatura, como PIBID, ¢ estagios remunerados, ¢ de pesquisas cientificas, como 0 PIBIC, e de extensio, como o PIBEX nas diversas éreas de conhecimento! Pela ampliagio e reajuste com corregaio retroativa de acordo com a inflagio das bolsas de pesquisa, extensio e docéncia, atendendo a toda a demanda e ajustando o valor para igual ou acima do salario minimo! - Pela construgio de atividades culturais, esportivas, entre outras, que permitam o uso do espaco das universidades pelas comunidades onde elas esto inseridas. Por uma maior integragio da comunidade académica através do reconhecimento do esporte como ferramenta de integragao ¢ incluso! Por politicas de incentivo ao esporte na Universidade!; Com parcerias de incentivo ao esporte, junto as escolas public = Pelo fortalecimento e apoio institucional aos cursinhos populares, sem que i comprometa sua autonomia. - Contra a privatizagio e desvinculagdo dos HUs geridos pela EBSERH ¢ OS's, Pelo fim da EBSERH! Com o SUS ¢ para além do SUS! Por um sistema piblico de satide a servigo e sob o controle da classe trabalhadora! Liberdade de cétedra, vinculada & construgio de um curriculo pautado pelos interesses da classe trabalhadora e dos estudos cientificos, respaldados no materialismo histérico- dialético, sem prejuizo ao combate as opressdes na educagiio! - Por reformas curriculares para o estudo obrigatério da realidade social e politica brasileira em todos os cursos da universidade! - Luta pela defesa da construgéo de um novo Plano Nacional da Pés-Graduagao ~ Instaurago de uma politica nacional de formagao de professores nos espagos da pés- graduagao = Por uma politica especifica formagio de profissionais originérios de comunidades tradicionais nas areas de edueagio, satide e seguridade social. - Contra a precarizagio das licenciaturas, contra a resolugio da 02/2019 e pela autonomia da Universidade frente a essas resolugGes! - Pela mudanga no carater neoliberal e produtivista dos regimentos internos das universidades pdblicas assim como para o repasse de verbas e promogio docente! = Contra a curricularizagdo precdria da extenso nas universidades publicas federais! Por ‘uma extensio verdadeiramente popular! - Pela obrigatoriedade do Ensino e Pesquisa da histéria da diversidade de género ¢ de sexualidade. ipé universitario, 0 23 = Contra a mercantilizago do conhecimento! Pelo livre acesso a todo conhecimento académico e pelo fim do mercado editorial predatério dos periddicos cientificos. - Fortalecimento das instituigdes de pesquisas cientificas (CAPES, CNPq). ~ Pela adogio prioritaria de softwares e tecnologias livres - Justiga ambiental! Por uma Universidade que combata a crise climética e 0 raci ambiental pela via anticapitalista! ~Pela manutengio e ampliagio de centros e laboratérios de pesquisas! ~Pelo fomento a construgio de um projeto de soberania e seguranca alimentar e nutricional! Pela ampliagio e manutengio de espagos coletivos de cultivo agroecolégico e do estreitamento com a rede de agroecologia local! ~ Pela defesa do estagio obrigatério remunerado para os estudantes de graduagdo! Estégio também é trabalho! ~ Ampliagio de programas de residéneia multiprofissional em satide. ~ Defesa da obrigatoriedade da Pesquisa e Extensio popular nas Univer ~ Pelo respeito a carga horaria prevista nos PPC’s. - Pelo fim da média global como critério de selegio de atividades académicas e extracurriculares! - Contra a perseguig¢ao a estudantes que entram em processos administrativos na universidade. - Por politicas de incentivo ao esporte na Universidade, com maior investimento em infraestrutura e em bolsas ATLETAS! - Por politicas de incentivo ao esporte na Universidade, com maior investimento em infraestrutura e em bolsas ATLETAS! - Pela fomentagio as produgGes artistico-culturais com a criagdo e expansio de bolsas de iniciagio artistica e pib art. - Pela consolidago da ampliagio da carga hordria de extensio nos PPC’s com acompanhamento proporcional do corpo técnit ~ Pela formagio de Projetos Politicos Pedagégicos, com énfase em curriculos de ensino que abarque processos democriticos de formacio, empreendendo as milltiplas facetas de personalidade. ~ Pela criagdo e ampliagao dos programas de internacionalizacio e intercambio estudantil! ~ Pela extingio do THE e provas de habilidade especffica nas universidades! ~ Pela incorporago dialogica nas universidades do conhecimento cientifico dos quilombolas, povos indigenas e demais povos tradicionais, rompendo com uma produgio eurocentrada e buscando um debate aprofundado de memoria e cultura popular! ~ Pela busca de convénio com universidades do continente americano e africano para os estudos das Iinguas e dos povos originrios da Africa e América! - Pelo fim do ENAD) ~ Pelo fortalecimento de projetos de alcance global de softwares livre dentro das nossas universidades, por meio de grupos de apoio, andlise/pesquisa e trabalho/desenvolvimento! ~ Pela incluso nos curriculos do debate critico acerea do tema de licengas e propriedades intelectuais em todos os cursos, apontando para a sua superacdo. O conhecimento deve ser um direito de todos! ~ Pela ampliagio dos direitos trabalhistas nas bolsas de pesquisa! lades Privadas. Na luta pela Universidade Popular, para conquistar vit6rias referentes ao controle popular e democratico, defendemo: ~ Eleigées diretas e voto universal ou paritario nas eleigdes para reitor ja! Triplic - Pela paridade ou proporcionalidade nas instincias deliberativas e consultivas das universidades! Garantia de representacio, com voz e voto, de entidades da classe Pelo fim da lista 24 trabalhadora nos Conselhos Universitdrios e agéncias ptiblicas de fomento A pesquisa e extensao. Contra a presenca de instituices privadas e representativas (como a FIESP, FIEMG, etc.) nos espacos de deliberagdes das universidades péblicas ~ Pelo direito a espagos de convivéncia! Pela autonomia dos espacos estudantis! Contra a estrutura de adoecimento psiquico coletivo dos universitarios! - Pela livre organizagio politica e em defesa dos interesses fundamentais da classe trabalhadora dentro da universidade! Por autonomia politica nas Universidades Privadas! Contra a criagio de cédigos disciplinares e/ou outros instrumentos que restrinjam a organizagio politica estudantil! ~ Pela defesa da participagao estudantil com poder de decisio ¢ formulagéo de planos, programas e projetos na politica de assisténcia estudantil. Pela reserva de assentos em defesa da equidade, diversidade e inclusio nos conselhos e érgios colegiados da Universidade, visando a defesa de grupos oprimidos no contexto universitario! - Expansio € maior transparéncia e controle universitério popular das instituigdes de fomento A pesquisa. - Pela autonomia e autodeterminagao deciséria das moradias universitarias sob controle democratico dos estudantes-moradores. - Contra a presenga da Policia nos campi ¢ pela proibigio do uso de fardamento policial e militar por estudantes nos Campi! Ditadura nunca mais! Pelo amplo de debate sobre seguranga dentro da Universidade. = Pela expulsao de integrantes da comunidade académica que manifestem qualquer apologia 2 ideologias fascistas! - Reversio da diversificagao do tipo de IES no Ensino Superior brasileiro: pelo fim dos centros universitarios e das faculdades, por uma universidade que verdadeiramente integre ensino, pesquisa e extensio - Criagao de conselhos de seguranga popular para que a comunidade universitaria delibere sobre sua seguranga e autodefesa! 12, Na luta pela Universidade Popular, para conquistar vitdrias referentes ao combate as opressées, defendemos: ~Pela construgao de espagos de discussio sobre diversidade étnico-racial nas universidades! - Pela construgio de espacos de discusso sobre diversidade sexual, de género, racismo e cespecificidades das pessoas com deficiéncia nas universidades! ~ Pela revogagiio de todas as mogées honrosas, homenagens e catedras a algozes da ditadura, figuras burguesas, colonialistas e nas escolas ¢ universidades! - Pela entrada e permanéneia da populagio trans e travesti na universidade! - Pelo direito de pessoas usarem o banheiro respectivo a sua identidade de género e por banheiros sem distingdo de género que garantam acessibilidade e seguranga a todas as pessoas. Pelo fim do trote vexatorio nas universidades! Pela criago de um processo de incluso dos calouros que integre todas as perspectivas da vida universitéria, = Contra a parceria das universidades com as instituigdes israclenses de financiamento, seguranga ou pesquisa ¢ académicas, como forma de solidariedade ao povo palestino! - Pela construgao de espagos de discussio sobre diversidade sexual, género, capacitismo, psicofobia, acessibilidade, racialidade e etnicidade nas universidades! - Pelo fim das opresses nas universidades! Pelo fim do racismo, machismo, capacitismo e LGBTfobia! Pelo fim da violéncia contra as mulheres, pessoas racializadas, indigenas, ribeirinhos, quilombolas, LGBTs, PCDs e demais grupos socialmente oprimidos na universidade. Por mais seguranga nos campi para mulheres, LGBTs, populagdes racializadas e demais pessoas e grupos oprimidos. ~ Pela construgao de espacos de acolhimento e programas de prevengio de violéncia contra mulheres, LGBTs e minorias étnicas bem como de espagos de formagio e debate sobre masculinidades ~ Pelo direito ao uso ¢ a desburocratizagio do uso do nome social na universidade! ~ Pelo fortalecimento e criag’o de ouvidorias populares voltadas ao combate das violéncias, contra a impunidade dos assediadores e dos agressores! ~Pelo fim da hierarquizagao do calouro e veterano e todas suas implicagdes! Sontra o proibicionismo, criminalizagdo e encarceramento da nossa juventude usudria de Alcool e outras drogas e pelo fortalecimento de uma politica de reducao de danos em saitde! ~ Pela abertura de concursos voltados para psicélogos e assistentes sociais especializados no atendimento a mulheres, pessoas negras, indigenas, LGBTs e neurodivergentes. ~ Pela garantia de creche, bandejio, atendimento psicologico especializado a todo ensino superior, politica de acompanhamento académico a bolsistas e estudantes trabalhadores e garantia de material necessério ao estudo. -Ter um protocolo estabelecido e piblico de punigioa casos de racismo e demais opressies, bem como reprodugao de nazifascismo, sob pena de perda da concessio pelo MEC. Contra assedio moral e exploragio de orientados, voluntarios e bolsistas! - Em defesa pelo acesso, mobilidade ¢ adaptago pedagégica para PCDs! - Servigos de acolhimento e acompanhamento interprofissional das vitimas afetadas por opressées do corpo universitario e para além dele. = Pela ampliagdo de politicas especializadas no atendimento a mulheres, pessoas negras, indigenas, LGBTs e neurodivergentes 13. Para reorganizar 0 Movimento Estudantil no sentido da Universidade Popular e do Socialismo, defendemos: a. Por um Congresso Estatutério da Unido Nacional dos Estudantes! Reformar o funcionamento da Plenéria Final do Congreso da UNE, colocando énfase nos encaminhamentos dos Grupos de Discussio. Democratizar a UNE para dar poder as bases estudantis e combater o oportunismo! b. Fortalecer a OCLAE! ¢. Pela construgio de Congressos Estudantis nas universidades piblicas e privadas! Construir Programas de Luta e democratizar o funcionamento do ME em todas as universidades! d. Por reformas democraticas nos estatutos dos DCEs, a fim de garantir o controle das bases sobre a entidade e sua participagao nas decisGes da mesma! ¢. Contra a légica de caipula dentro dos DCEs! Reunides de gestiio no podem se tornar multilaterais! Pela publicizagao de todos os debates e polémicas internas as gestdes, sem prejuizo da unidade de ago! ¢. Contra a légica de caipula dentro dos DCEs! ReuniGes de gestiio no podem se tornar multilaterais! Pela publicizagao de todos os debates e polémicas internas as gestdes, sem prejufzo da unidade de ago! £, Pela construgio de féruns de debate permanentes do Movimento Estudantil, a nivel nacional e local! Trabalhar pela retomada da cultura de debates politizados, eriticos e profundos! &. Pela aniquilacao politica do movimentismo, reformismo, economicismo, hegemonismo, conciliaggio e liberalismo no Movimento Estudantil. Trabalhar arduamente pela redugio da influéncia da direita, da social-democracia c do social-liberalismo nas massas de estudantes, ‘com constantes criticas piblicas sem prejufzo da unidade de ago! h. Pela unidade do Movimento Estudantil! Pela articulagio constante e apoio miituo entre entidades de base, entidades gerais e movimentos sociais! 26 i, Pela mudanga na metodologia de debates e organizagdo de assembleias, plendrias e CEBs, de modo a garantir a ampla participagao, discussio e votagéo das propostas de encaminhamento, nao dar margem a intriga, golpes, pequena politica e A repetigZo de falas. Devemos garantir o cardter de organizagao destes espagos, acima do carater de agitagio. Organizagao de debates prévios para encurtar o tempo das reunides. i, Pela mudanga na metodologia de debates e organizagio de assembleias, plenrias ¢ CEBs, de modo a garantir a ampla participagio, discussio e votagio das propostas de encaminhamento, ndo dar margem a intriga, golpes, pequena politica e a repeticdio de falas. Devemos garantir o cardter de organizagio destes espagos, acima do carater de agita Organizagao de debates prévios para encurtar o tempo das reunies. j. Pela construgio de aulas de autodefesa nas entidades estudantis! Fornecer aulas gratuitas ‘ou A baixo custo, com isengio para mulheres, LGBTs, negros, indigenas, imigrantes ¢ setores mais atacados pela extrema-direita, j. Pela construgio de aulas de autodefesa nas entidades estudantis! Fornecer aulas gratuitas ‘ou A baixo custo, com isengo para mulheres, LGBTs, negros, indigenas, imigrantes e setores mais atacados pela extrema-direita, k, Pela reconstrugio dos Centros Populares de Cultura, a partir da alianga entre entidades cstudantis, sindicatos e associagdes comunitarias! 1. Combater a participagiio de grupos que defendem teses supremacistas, nazistas, fa integralistas e defensoras da ditadura militarno movimento estudantil! m. Pela preservacao da experiéncia, memoria e Histéria do ME! Meios de comunicacao e sites institucionais para DCEs e DAs independente das gestdes! Arquivo pablico de atas das reunies de gestdo, assembléias, plenarias CEBs! ‘n. Contra a violéncia fisica e armas de fogo ou brancas no Movimento Estudantil! Por sangBes a individuos e organizagGes que comprovadamente se utilizarem desta em disputas politicas, exceto em casos de autodefesa ou combate a extrema-direita, a serem deliberadas por comissdes independentes do ME, com direito a ampla defesa! ©, Ocupar e resistir! Em defesa das ocupagdes estudantis e universitérias que lutam por moradia, direitos e o controle popular das universidades piiblicas e privadas. p. Combate intransigente & cultura individualista e & ideologia reacionéria ¢ liberal que permeia a vida universitéria, desde os métodos pedagogicos e curriculos, até os valores morais e éticos difundidos em suas diversas instincias. 4g. Pelo compromisso com a integracdo e ampla participagio de estudantes periféricos ¢ marginalizados no movimento estudantil, alterando sua légica elitista stas, AESCOLA POPULAR 14. Retomando as diretrizes que formatam nossa luta pela hegemonia proletéria, defendendo o programa da Escola Popular no nosso cotidiano, 6 importante destacarmos os principais eixos de atuago da nossa linha politiea em torno dos quais a nossa luta por uma outra educagao basica gira. Sao através desses eixos que nossa militancia precisa basear sua atuagdo ¢ compreensio da Escola Popular. Eles sao: ) uma instituigio no mereantilizada, tendo seus esforgos de ensino e desenvolvimento comunitério e produtivo pautados pelas necessidades da classe trabalhadora e do pleno desenvolvimento humano; b) plenamente financiada por orgamento estatal, gratuita, auténoma, laica, alto ‘compromisso politéenico, cientifico, cultural ¢ social de acesso universal. O sistema escolar piiblico deve atingir a universalizagao, por meio da expansio das vagas, desde a educacao infantil, acompanhada pela devida expansao da estrutura ¢ a abertura de concursos de carter efetivo para professoras e professores, além da construgdo de escolas proximas aos Jocais de moradia da populagao e com educagao voltada as suas territorialidades; 27 ©) amplamente democratica, entendendo que, por ser uma instituiggo complexa, sua condugdo deve ser exercida de forma colegiada e paritaria, com respeito a suas caracteristicas intrinsecas e contemplando todos os seus segmentos, inclusive a comunidade escolar (familiares ¢ moradores do entorno), assim como as principais representagdes da classe trabalhadora; ©) em substituigio a0 modelo atual, deve ser eriado um sistema nacional de controle, gestio e planejamento orgamentirio e curricular feito por trabalhadores da educagao e estudantes; f) engajada, ter papel politico na luta pelas transformagées sociais, contrapondo a hegemonia cultural, politica e ideolégica burguesa a partir de posicionamentos ¢ iniciativas anticapitalistas e anti-imperialistas, com didlogo e estudo das experiéncias de construgao da educagio bisica nos patses socialistas; g) a luta por uma escola popular est vinculada ao projeto de edificagdo da sociedade socialista, tendo o comunismo como horizonte, engendrada pelo e para o Poder Popular, a partir da superagio do capitalismo e para a construgio da nova sociedade, sustentada tecnolégica e cientificamente por sua capacitagio interna; h) um instrumento que busca construir os conhecimentos com as novas geragdes de trabalhadores a partir do conhecimento cientifico acumulado durante toda a historia da humanidade, combatendo a fragmentagao tecnolégica c a exelusio arbitraria de contctdos dos curriculos ¢ articulando esses contetidos num todo (omnilateralidade), bem como vinculando a escola 4 produgio social da riqueza na nossa sociedade, ou seja, compreendendo-a nao como um momento anterior ao mundo do trabalho, mas como parte dele (politecnia), compreendendo a escola como ambiente de acolhimento da comunidade, que apresenta, inclui c forma os filhos da classe trabalhadora para a sociedade. Educando no sentido de conhecer os debates cientificos e as demandas soeiais, 4) A escola popular deve ser um centro vivo dos bairros proletarios, com espagos decisérios onde os trabalhadores do bairro onde a mesma esta instalada possam discutir e decidir sobre os rumos desta escola, A escola também deve servir como aparelho cultural e de reunio para os trabalhadores que vivem nas imediagGes. . Os eixos centrais do programa de Escola Popular si a) Educagao 100% publica, financiada exclusivamente pelo Estado, gratuita, laica, universal e inclusiva; b) Gestdo popular e comunit c) Educagio omnilateral; d) Educagio politéenica; ©) Educagio integral; ) Politica de permanéncia estudantil; ) Contra a militarizagdo das escolas; h) Valorizagao dos profissionais da educagio; i) Trabalho multiprofissional; 3) Educagio inclusiva e combate As opressies. hh) Por uma educagao que siga uma linha pedagogica marxista! 3) Contra qualquer incorporagio do trabalho terceirizado e a favor do funcionamento iiblico nas instituigGes de ensino. ria das escolas e dos curriculos escolares; 16, Na luta pela Escola Popular, para conquistar vit6rias referentes ao carater piblico e popular das escolas ¢ ao modelo educacional ¢ aspectos curriculares, defendemos: - Por uma educacao publica, 100% estatal, laica, gratuita, critica, popular e de qualidade! ~ Pela revogagio da EC 95, do Programa de Ensino Integral (PED), contra a Reforma do Ensino Médio, do Programa de Fomento a Implementagio de Escolas de Tempo Integral e todos os retrocessos operados pelos governos burgueses! - Contra o corte de verbas para a educagao! Verba piblica para a educagio piblica! 10% do PIB para a educacao piblica j4! Pela ampliacio do FUNDEB na perspectiva de sua superagio por um programa de financiamento capaz de consolidar as condigoes necessirias para a escola popular desemparelhada dos aparatos ideolégicos da burguesia! - Por uma reforma educacional, pela reelaboracdo e reestruturacdo da Lei de Diretrizes e Bases da Educagdo Nacional (LDB) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), debatida e deliberada pelas comunidades escolares (pais, alunos, professores e comunidade), visando aatender as demandas da classe trabalhadora. = Educagio no ¢ mercadoria! Enfrentar os oligopélios financeiros da educagio ¢ as cexpressies do capital privado dentro da eseola pablica!! - Por um currfculo omnilateral que inclua e desenvolva as disciplinas de filosofia, sociologia, metodologia cientifica, educagio fisica e misica, a partir da integragio dessas praticas em toda a comunidade escolar, - Edueagio em tempo integral em toda a escola bisica, compreendendo, arte, cultura, esporte c lazer como espagos de desenvolvimento intelectual e social. - Pela criag&o de Editoras publicas para a elaboragio dos livros didaticos. - Pelo transporte escolar piblico, amplo, gratuito, com acessibilidade e de qualidade; ~ Pela supressao de todos os programas de gestdo privada de escolas piiblicas ou de convénios para absorgiio de vagas, com a realocagio de todos os estudantes inseridos nessas instituigdes para o setor piiblico. ~ Pela erradicagao do analfabetismo! - Pela estatizago de escolas privadas! - Contra a militarizago ¢ pela desmilitarizagao das escolas! Pelo fim das escolas civico- ‘militares! ~ Pela universalizagiio e priorizagao do ensino presencial, respeitando as limitagdes de satide do estudante que porventura necessita de educagio a distincia e/ou hibrida, garantido a qualidade, laicidade, criticidade e cardter popular e emancipador do ensino, = Contra o ensino domiciliar e contra a PL 1388/2022! ~ Pela superagiio das escolas especiais! Por um ensino piblico integrado com acessibilidade! - Por um EJA gratuito, popular, amplo e de qualidade! Contando com assisténcia e permanéncia estudantil para jovens adultos, adultos e terceira idade, principalmente PCDs, jal = Contra o fim do ENCCEJA! Pela ampliagdo da educagiio de jovens e adultos! - Pela ampliagao das creches ¢ implantagdo de trés turnos nas escolas, que atendam as necessidades dos estudantes ¢ trabalhadores, as quais contem com estrutura, investimento c-estejam sob gestio da comunidade académica! - Contra a extingio das escolas puiblicas estaduais sob a alegagao de “municipalizagao” das escolas estaduais. - Pelo fim da progressdo continuada. ~ Contra a terceirizacdo dentro das escolas! Pela abertura de concursos piblicos ¢ efetivacio dos funcionarios terceirizados! ~ Pela abertura de concursos com estabilidade ¢ plano de carreira, incluindo formagao continuada ¢ jornada de 30 horas semanais, para professores e todos os demais funcionarios! - Pelo fim da terceirizacao de intérpretes e outros profissionais da area da educagao voltada ‘a pessoas com deficiéncia! = Contra a insergdo do setor privado na educagao ¢ do programa Jovem Aprendiz, ¢ a realocagio desses adolescentes em programas de assisténcia estudantil, projetos de ensino, pesquisa e extensio, com remuneragao equivalente ou superior ao salrio minimo. = Incentivo a iniciagdo cientifica, ampliagao do PIBIC Jr e das bolsas e espacos para atletas do Ensino Médio! 29 ~ Bolsa de estudos para todos os niveis de educagao; - Em defesa de todos os ambientes educacionais piblicos! Pela ampliagio de bibliotecas, museus, observatérios espaciais, gindsios pablicos e etc. = Por uma escola com estrutura para colocar em pritica todos os conhecimentos apresentados! Pelo acesso a laboratérios, gindsios, bibliotecas e equipamento teenolégico educacional de qualidade para todos os alunos e escolas e criagio de programas de iniciago cientifica jémior! = Por politicas de incentivo ao esporte nas escolas, com maior investimento em infraestrutura e em bolsas atleta! - Pela construgio de atividades culturais, esportivas, entre outras, que permitam o uso do espago das escolas pelas comunidades onde elas esto inseridas. = Pelo resgate da meméria ¢ obrigatoriedade do ensino de Histéria da Africa ¢ povos indfgenas nas escolas, em cumprimento das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, além da luta pela insergio curricular de Historia da América Latina, Asia e dos povos origindrios, a partir da perspectiva da luta de classes, e de autores negros, indigenas e quilombolas nos materiais didaticos e paradidaticos. = Pelo resgate da meméria ¢ obrigatoriedade do ensino de Histéria da Africa e povos indigenas nas escolas, em cumprimento ¢ aprimoramento das leis 10.639/2003 ¢ 11.645/2008, além da luta pela insergio curricular de Historia da América Latina, Asia e dos povos originarios, a partir da perspectiva da uta de classes, e de autores negros, indigenas e quilombolas e do Sul Global nos materiais didaticos e paradidaticos. - Pela obrigatoriedade do ensino da lingua espanhola! - Pela incorporagdo da pauta agroccolégica na dindmica das escolas. Por uma escola ecologicamente comprometida! = Trazer o fim das matérias tecnicistas ¢ ultraliberais que visam construir uma mentalidade de empreendedores, como a educago financeira e projeto de vida! - Pela obrigatoriedade do ensino de filosofia e sociologia nas escolas, em cumprimento da lei 11.684/2008, - Pela formagao de Projetos Politicos Pedagégicos, com énfase em curriculos de ensino que abarque processos democriticos de formagio e métodos avaliativos onde o estudante tenha participaco ativa na construgao do aprendizado. Contra o tecnicismo nas escolas!. - Pela revogagio de programas como PROERD e implementagio de programas de redugio de danos fundamentado em evidéncias cientificas com profissionais de satide mental. - Pela garantia da educagao quilombola, ribeirinha, indigena do campo! Pela ampliagao do néimero de escolas nos quilombos ¢ comunidades ribeirinhas e indigenas, respeitando sua cultura, lingua e tradigdes! Pela garantia do ciclo basico completo dentro das proprias comunidades tradicionais e de pleno acesso a universidade! - Pela construgéo de espagos de discussio sobre educagao sexual e reprodutiva, diversidade sexual e de género, prevengao ao abuso sexual infantil e direito a infancia nas escolas! - Em defesa da extensio popular: por uma escola publica voltada a populagio, junto a periferia, quilombos, indigenas e movimentos do campo! = Criagdo de atividades extracurriculares de contato entre aluno ea natureza. - Inclusto nos curriculos escolares o estudo da historia da regio, estado, e muniefpio onde a unidade esta localizada, a fim de criar um vineulo entre estudante e terra - Oferta de linguas indigenas como segunda lingua; 17. Naluta pela Escola Popular, para conquistar vitorias referentes ao acesso, defendemos: = Passe livre ja ¢ transporte escolar gratuito! Pelo direito ao transporte gratuito intra e intermunicipal, inclusive aos fins de semana, feriados e férias, garantindo o acesso tanto ao estudo quanto ao direito & cidade. 30 ~ Pelo acesso & educagio aos jovens das comunidades ribeirinhas com transporte fluvial gratuito e seguro para os estudantes! Em defesa da renovagio da Lei de Cotas e pela ampliagio para a populagio 1 ~ Pela ampliagio das ofertas de cursos ¢ vagas no hordrio noturno, com 0 auxilio pré= noturno! - Pelo fim de qualquer processo seletivo para escolas estudantil! Livre acesso jét - Pela ampliago de programas de alfabetizacio de adultos, oferecendo o programa em todos ‘0s turnos e espaco especializado a esse ensino! - Ampliagio do mimero de vagas das creches nas escolas para as mies estudantes! = Por uma educagiio inclusiva, que garanta o acesso amplo e a permanéncia de PCDs e neurodivergentes em universidades, de forma qualitativa e que contemple as particularidades de cada estudante.! = Pela garantia plena de educagio e assisténcia a drffios com garantia de acesso pleno a moradia e trabalho na maioridade! = Pelo acesso a educagiio aos jovens imigrantes e refugiados! - Pela abertura de mais salas de aula com a diminuigao do nimero de estudantes por turma! - Desburocratizagdo e acesso inegavel a incluso de criangas ¢ adultos imigrantes na escola! 18, Na luta pela Escola Popular, para conquistar vitérias referentes a permanéncia, defendemos - Pela garantia dos direitos e permanéncia de gestantes, puérperas, pais e mies nas escolas! ~ Assisténcia estudantil para o ensino basico ja! Pela criagdo de um PNAES para a Educagio Basica e Técnica! ~ Pela ampliagao de espagos de acolhimento para adolescentes gravides como casas de amamentacdo e creches! = Atengio especializada para estudantes do turno da noite! Rede de apoio psicoldgico, seguranga e garantia de transporte e volta para casa. - Pela insergio urgente de assistentes sociais e psicdlogos na educagio bésica, em cumprimento da Lei 13.935/2019, por meio de concursos publicos para equipes multiprofissionais. - Pela permanéncia a pessoas trans, travestis e ndo bindrias na escola! ~ Por uma licenga/auxilio maternidade amplo e justo no Ambito escolar. - Pela abertura de coneursos voltados para psicdlogos e assistentes sociais preparados para atender a comunidade académica em todas as suas especificidades. ~ Por politicas em psicologia e assisténcia social com atuagao integrada ao SUS, SUAS e para além deles, construindo-se possibilidades de saiide, assisténcia e desenvolvimento junto & comunidade académica interna e externa. ~ Por espagos de acolhimento psicolégico, dentincia de abusos e de orientag&o sobre IST 's Cinfecgdes sexualmente transmissiveis). - Pelo acolhimento de estudantes vitimas de qualquer forma de violéncia! - Em defesa dos CAPSin e demais equipamentos voltados para criancas e adolescentes em situagio de vulnerabilidade ~ Pela claboragao de restaurantes estudantis, com acesso livre e de qualidade para toda a comunidade escolar! Fornecimento gratuito de trés refeigdes didrias! Restaurantes com gestio publica e pela comunidade académica, com incorporagio da agroecologia, assim como 0 incentivo a autonomia alimentar da comunidade na claboragao dos cardapios, contando com o auxilio de nutricionista. ~ Pclo fim da restrigdo A meia entrada! - Fornecimento gratuito de materiais didaticos e paradidaticos e uniformes escolares para toda a educagao bisica! ~ garantia de exames oftalmolégicos periddicos assim como a distribuigao gratuita de éculos para os estudantes que neces 31 - garantia de atendimento fonoaudiolégico para toda a educagao basica! ~ acesso gratuito a itens necessdrios para pessoas com deficiéncia! 19. Na luta pela Escola Popular, para conquistar vitérias referentes ao controle popular democratico, defendemos: leigdes diretas e voto universal nas eleigdes para diretor e conselho de escola ja! ~ Em defesa da livre organizagio dos grémios estudantis em escolas pitblicas e privadas! Em defesa da escola enquanto um espaco democratico! Contra a Escola sem Partido! ~ Pelo fim da presenga das Instituigdes Armadas nas escolas! Pelo fim da Policia Militar! - Contra as intervengGes do Estado nas reitorias dos IFs! Pela autonomia dos IFs! ~ Pela livre organizagao dos terceirizados existentes nas escolas com representagdo nos espagos deliberativos! ~ Pela revogacdo de todas as mogies honrosas, homenagens e catedras a algozes da ditadura, bandeirantes € genocidas da populagio preta e indigena, nas escolas! Pela criagio de espacos de meméria as vitimas da ditadura militar nas escolas e universidades! 20. Na luta pela Escola Popular, para conquistar vit6rias referentes ao combate as opressdes, defendemos: ~ Pelo fim da violéneia contra as mulheres, negros, LGBTs, indigenas, ribeirinhos, quilombolas, e PCDs na escola! - Pelo direito ao uso do nome social na escola! - Pelo direito e desburocratizagéo do uso do nome social na escola! - Pelo direito da populagdo T usar o banheiro respectivo & sua identidade de géncro. Por banheiros sem distingdo de género que garantam acessibilidade ¢ seguranca a todas as pessoas! Pelo fim da perseguigdo de estudantes LGBTs, mulheres, ribeirinhos, quilombolas, PCDs ¢ indigenas nas escolas! - Ensino de LIBRAS e Braille para todos os estudantes; - Em defesa de uma formagao continuada para profissionais da educagao bésica, com ofertas de cursos e oficinas que pautam a discussio sobre anti-capacitismo, educagao e socializagio inclusiva; - Por uma estrutura fisica e curricular de qualidade, que seja acessivel para pessoas gordas PC's! ~ Por uma educagao inclusiva, anticapacitista. - Pela educagio de qualidade & comunidade surda e uma escola bilingue! - Pela adaptagio das escolas para comportar pessoas com deficiéncias - Pelo fim das opressées nas escolas! Pelo fim do racismo, machismo, capacitismo e LGBTfobia! - Pela criagdo de cotas raciais para professores em todas as escolas! - Pela plena inseredo de estudantes imigrantes na educacdo basica com direito A educacdo bilingue. - Pclo fim da intoleriincia religiosa nas escolas! - Pelo fortalecimento e criagio de ouvidorias voltadas ao combate as violéncias, contra a impunidade dos assediadores e dos agressores! - Contra o capacitismo! Pela melhoria da estrutura fisica e pedagogica das escolas para PCDs! Pela criagao de contetidos acessiveis com descrigao de imagens e intérprete de libras! Pela defesa dos servigos de terapia ocupacional gratuitos na escola piblica! Pela adaptagao pedagégica do curriculo as miltiplas especificidades! 21. Para reorganizar 0 Movimento Estudantil no sentido da Escola Popular e do Socialismo, defendemos: 32 a. Por um Congresso Estatutario da Unido Brasileira dos Estudantes Secundaristas! Reformar o funcionamento da Plenéria Final do Congresso da UBES, colocando énfase nos encaminhamentos dos Grupos de Discussio. Democratizar a UBES para dar poder ds bases estudantis e combater o oportunismo! b. Pela construgo de Congressos Estudantis nas escolas publicas e privadas! Construir Programas de Luta e democratizar 0 funcionamento do ME em todas as escolas! . Pela reconstrugio dos Centros de Cultura, bem como a popularizagio e ampliagdo do CIRCUS da UBES a partir da alianga entre entidades estudantis, sindicatos e associagées comunitérias! d. d. Proibir a participagio de grupos que defendem teses supremacistas, nazistas, fascistas, integralistas e defensoras da ditadura militar nas eleigdes das entidades estudantis! ¢. Garantir 0 controle das bases e a transparéncia dos recursos financeiros das entidades! Punig&io para organizagdes e individuos que comprovadamente desviam dinheiro das entidades estudantis, com a garantia de amplo direito de defesa frente As comissdes independentes do ME. £ Ocupar e resistir! Em defesa das ocupagées estudantis e escolares que Jutam por moradia, direitos e o controle popular das escolas ptiblicas e privadas. JOVENS TRABALHADORES, 22. Retomando as diretrizes que formatam nossa disputa pela hegemonia da classe trabalhadora e defendendo 0 movimento dos jovens jé inseridos no mundo do trabalho no nosso cotidiano, importante destacarmos os principais cixos nos quais nossa militancia precisa bascar sua atuagao ¢ compreensao do movimento de jovens trabalhadores. Sao eles: a) Defesa e melhoria das condigies de trabalho especificas da juventude trabalhadora; ) Lutas gerais da juventude trabalhadora em conjunto com a classe trabalhadora; ©) Combate as opressdes contra setores da juventude trabalhadora; 4) Lutas espeefficas da juventude trabalhadora do campo e das juventudes indigena ribeirinhas e quilombolas; ©) Lutas especificas da juventude e da cla proletirios e populares. se trabalhadora nos bairros e territérios 23. Naluta para conquistar vit6rias referentes as condigdes de trabalho da juventude trabalhadora, defendemos: - Contra o trabalho infantil! ~ Reformulagao geral do regime de estigio ¢ de Jovens Aprendizes, no rumo do fim da Lei de Estagios e da regulamentacio total sob regime regular de trabalho da CLT! Proibigdo de estigios no remunerados! Pela sindicalizagio e direito a greve dos estagidrios! Por um estigio que priorize o aspecto formativo na area do estudante e nao sua exploragio rebaixamento dos salarios! ~ Reformulagao geral do regime de estégio ¢ de Jovens Aprendizes, no rumo do fim da Lei de Estagios ¢ da regulamentacao digna do trabalho de estagidrio! Proibigao de estagios nao remunerados! Pela sindicalizagio e direito A greve dos estagidrios! Por um estigio que priorize o aspecto formativo na area do estudante e nao sua exploragio e rebaixamento dos salarios! ~Garantia de Insergao do Jovem Trabalhador dentro da sua Area de Formagao apés cumprir 0 seu periodo escolar obrigatério. = Fisealizacao acerca do trabalho dos estagidrios e se estes tem seus direitos respeitados segundo a lei do estagio n° 11.788/2008. ~ Dentincia condigSes de trabalho precéria dos estagidrios, rumo ao fim da Lei de Estigios, com a contratagio dos estagidrios pelo regime CL’ 33 - Pelo retorno do 6° més do seguro-desemprego. Pela estatizagao do Sistema S ¢ insergao plena de jovens no mercado de trabalho; - luta pelo fortalecimento e ampliagio do servigo piblico, garantir o plano de carreira e estabilidade de emprego, no sentido de fomentar maior insergao da juventude no funcionalismo piblicos Pela criagdo de uma politica nacional de geragio de emprego para jovens trabalhadores! - garantir que a intermediagao, formagio e a contratagio dos jovens e menores aprendizes sejam realizadas por um organismo estatal, com formagao sobre a sindicalizagao; = ampliagio imediata dos direitos trabalhistas para as categorias de trabalhadores auténomos, estagidrios ¢ jovens aprendizes. ~a liberagiio do trabalho para atividades estudantis! pela jornada de trabalho reduzida aos estudantes-trabalhadores. ~ programas de capacitagéio continuada e insergio no mundo do trabalho voltada para estudantes e professores de escolas piblicas, estaduais e municipais; - Programas de capacitago de jovens em privagao de liberdade. - Garantia de vagas em CMEIs e Creches para criangas filhas de pais e mies da classe trabalhadora Em defesa do passe livre universal! ~ Inclustio do tempo de estigio, pés-graduagio, residéncia e trabalho reprodutivo como tempo de servigo para fins previdenciarios; - pela ampliagio de espagos de socializac&o para jovens trabalhadores; 24, Nas lutas gerais da juventude trabalhadora em conjunto com toda a classe trabalhadora, defendemos: - Jornada de trabalho maxima de 30 horas semanais, com a garantia do vinculo empregaticio sem redugio de saldrio e sem banco de horas; ~ horario e locais para descanso e para o bem estar do trabalhador; - férias remuneradas de no minimo 30 dias, sem imposigio individual ou coletiva, isto que esteja de acordo com as demandas e necessidades dos proprios trabalhadores - piso salarial referenciado pelo salario minimo do DIEESE, que inclua os estagiadrios. icenga saiide; ~ revogagdo da contrreforma da previdéncia e implementagio da previdéncia piblica e integral para todos os trabalhadores; - adicional de insalubridade ¢ periculosidade; - revogagio da contrarreforma trabalhista, fim da uberizago e pejotizagio do trabalho ¢ todas as formas de precarizagao do trabalho! - reestatizagio total e fortalecimento de todas as empresas pblicas, sob controle dos trabalhadores; ~o fim de qualquer forma de terceirizagao do trabalho = Pleno Emprego ~ Revogagio imediata do teto de gastos (EC 95), da Lei de Responsabilidade Fis: parceiras pablico-privadas, contra a Reforma Administrativa; - Organizagdo livre dos sindicatos e da classe trabalhadora da cidade e do Estado burgués, a burguesia nacional e internacional e aos latifundidrios. = Aumento de 100% ao ano do salario minimo até atingir o patamar estabelecido pelo DIEESE, ~ Pclo estabelecimento de Frentes de Trabalho para a Reforma Urbana! Desapropriagio ¢ garantia do uso social de propriedades abandonadas nas cidades para a construgio de moradias populares sob controle da classe trabalhadora ¢ universalizagio do acesso ao saneamento bisico! e das po frente ao 34 -licenga maternidade e paternidade, bem como a ampliagao desta tiltima; remunerada de 1 ano e estabilidade de mais 1 ano. ~ contra as diversas formas precarizagio do trabalho e pela regularizagio dos trabalhadores informais - Reconhecimento do vinculo trabalhista formal dos trabalhadores de aplicativos e outros regimes plataformizados e de teletrabalho, com obrigatoriedade de pagamento de seguros c outros beneficios ligados a periculosidade e insalubridade.; iagio de uma empresa publica sob controle popular para realocagao de trabalhadores de aplicativos, com garantia de vinculo empregaticio CLT e nenhum gasto do trabalhador com meios de trabalho; - Pelo fim das comunidades terapéuticas! Fortalecimento dos dispositivos de base comunitéria da RAPS! - Pela manutengio e expansio do SUS piblico CONFORME os princfpios e os valores defendidos pelo mov. de reforma sanitiria, Pelo fortalecimento da ateng&o priméria articulados aos niveis secundarios e tercidrios: por uma rede de atengo satide 100% publica! - Pela ampliagao e fortalecimento do SUAS: por uma politica de assisténcia social como dircito da classe trabalhadora! - Por uma politica de Seguranga Alimentar: por restaurantes populares de qualidade, fortalecimento da agricultura familiar e promogio da satide nutricional. - Socializagao do trabalho doméstico ja! Pela construg’o e funcionamento massivo de Restaurantes Populares e universalizagio das creches ¢ lavandeiras populares gratuitas! ~ Passe livre ja! Estatizagaio das empresas de transporte coletivo sob controle da classe trabalhadora! - garantia de plano de carreira e remuneragao de acordo com o estudo para todas as profissdes; - regulamentagiio de todos os trabalhadores pelo regime CLT com mais direitos trabalhistas previstos compensagio monetaria do empregador em casos de danos fisicos e/ou morais, estabilidade empregaticia, direito a descanso sem convocagies extraoficiais, limentagio, fisioterapia funcional e exereicio laboral nos ambientes de trabalho, locais para deseanso nos ambientes de trabalho, - Por uma politica de banco de horas consoante com as necessidades dos trabalhadores. - Pelo fim da imposigdo da venda de férias por parte das instituigdes empregadoras: pela autonomia e direito dos trabalhadores de decisio. - Por uma politica de afastamento e licenga do ofieio do labor para pessoa que menstrua - Pela garantia de equipamentos de protegio individual e coletiva, sob fiscalizagao sindical, respectivo conselho de categoria e ministério do trabalho; - Pela defesa de estabilidade de emprego por 12 meses para recém mies € todos os trabalhadores afastados pelo INSS, incluindo aqueles afastados por auxilio doenga comum ~Garantia da aplicagdo da Lei n° 8.213/91, referente a contratagao de PCDs. - Pela incorporagio de toda a previdéncia paga & previdéncia piblica! reparo previdenciario a todos os trabalhadores prejudicados pelas contrarreformas neoliberais! Pela implementagio de uma previdéncia pablica, integral e universal, sob controle total da classe trabalhadora! Por uma politica de seguridade social que atenda a demanda universal, incluindo trabalhadores sem vinculo formal. calizagao efetiva e rigorosa dos trabalhadores expostos a condigées de periculosidade e anges severas as empresas que violem as Leis de Seguranga do Trabalho! = Criagdo de politicas que coloquem o Estado como garantidor do primeiro emprego a todo trabalhador recém formado nos ensinos técnico e superior. O Estado deve ser o garantidor, em iiltima instancia, da empregabilidade de todo trabalhador. 35 ~ Luta pela industrializagao e geragdo de empregos nos estados mais desindustrializados do pais. - Direito & moradia préxima ao local de trabalho; = Pelo Despejo zero! ! Pelo concurso ptblico como forma de contratagéo para do publica. - Pela efetivagdo de todos os contratos temporarios no setor piblico ~Pelo fim imediato do regime de Micro Empreendedor Individual (MED para trabalhos que apresentem claramente vinculo empregaticio (relagio de trabalho nao eventual); ~ Pelo salario base por categoria profissional; ~ 0 fim da guerra as drogas! revogagao da Lei 11.343/2006, Lei de Drogas! a criago de uma politica piblica de drogas baseada em principios de saiide coletiva e redugao de danos! - 0 direito ao aborto pablico, livre, gratuito e seguro e a ampliacdo do direito a contracepeaio com oferecimento de programas de planejamento familiar pelo SUS, em especial aos métodos contraceptivos reversiveis de longo prazo; - Um programa de dignidade menstrual nas escolas, unidades basicas de saide, universidades e presidios, incluindo acesso a absorventes em diversos tipos, analgésicos ¢ demais itens de higiene intima; - A ampliagio da distribuigio de preservativos e programas de testagens para ISTs nas escolas, universidades, unidades basicas de satide e presidios; ~ A integragao do Programa Nacional de Imunizagao nas escolas, universidades, presidios e locais de trabalho; - A ampliagdo do Programa de Saiide do Trabalhador nos locais de trabalho ¢ UBSs, com a ampliagio do horario de funcionamento para o perfodo noturno; - Aampliagao e fortalecimento dos Consultérios na Rua, CAPS AD e demais equipamentos, com énfase nos programas de saiide mental e reabilitagdo de dependentes quimicos. Pela ampliagio do debate, através de iniciativas de comunicagio popular, espacos de didlogo e intervengGes culturais, sobre 0 uso e abuso de alcool e outras drogas pela juventude do territério promovendo taticas de redugo de danos; Jcenga remunerada para graduago e/ou qualificago profi - A tomada dos meios de produgio pelos trabalhadores; - Reestatizagao total de todas as empresas publicas, sob controle dos trabalhadores; - Pelo fim dos periodos de crunch impostos aos trabalhadores da tecnologia, em especial aos trabalhadores home office; ~ Garantia de custeio de todos os gastos dos trabalhadores em regime de home office; - Criagio ou incluso de trabalhadores home office, particularmente intermitentes ¢ informais, em sindicatos de sua devida categoria, sional; 25, No combate as opressdes sofridas por setores da juventude trabalhadora, defendemos: ~ Contra todas as formas de opressdes no mundo do trabalho: na contratago, no exercicio da fungi e fis pela garantia c ampliagao das cotas nos servigos puiblicos; - por espagos de trabalho com infraestrutura em um desenho universal, garantindo acessibilidade a todos/as trabalhadores/as. Pela insergio de pessoas com deficiéncia no mundo do trabalho: melhor estruturagao dos direitos trabalhistas as pessoas PCD e melhor insergao e adaptacdo no ambiente de trabalho das pessoas PCD. = politicas de empregabilidade para jovens mulheres, LGBT, negros, indigenas, quilombolas, imigrantes e maes; social ¢ psicolégica a pessoas vitimas de exploragio sexual! - Garantia de assisténcia social e psicolégica a pessoas vitimas de exploragao sexual pela rede de atengio psicossocial. 36 ~ Pelo fim da disparidade de salario entre géneros e outras formas de opressio; -Pelo acolhimento de pessoas vindas do trabalho sexual com projeto com insereo delas no mercado de trabalho e capacitagao; ~ obrigatoriedade de cotas nas contratagdes de empresas de médio e grande porte instituiges piiblicas para contratagdo de jovens trans e transgéneros, mulheres, pessoas com deficiéneia, negros e indigenas, com politica de permanéneia destas classes nos empregos; ~ estimulo a reinser¢io e ressocializagdo de trabalhadores privados de liberdade. Contra as privatizagGes nos sistemas prisionais! Suspensio de verbas para a construgio de novas unidades prisionais ou de internagio! Pelo fim da superlotagio carcerdria com a redugao massiva do sistema prisional. Pelo fim do encarceramento de crimes patrimoniais e pela ampliago da justi iagdo de mecanismos coletivos de resolugio de conflitos e do fim das violéncias produzidas pela priséo! Limitagées legislativas a aplicacéo de prises preventivas e ampliagio das garantias da Lei de Execugdo Penal. Abertura do carcere e criagdo de mecanismos de controle popular sobre o carcere e as policias. ~ Fim da Guerra as Drogas! Deseriminalizagio do uso e do coméreio de drogas! = Pela criagao de casas de acolhimento para pessoas LGBT! ~ Pela criagdo de centros de acolhimento as mulheres! ~o fim do genocidio da juventude negra nas periferi ~ contra o feminicidio e a violéncia doméstica; ~ 0 fim das revistas vexatérias em presidios e instituigées de jovens em cumprimento de medidas socioedueativas;; -a construcio da ressocializagao da juventude criminalizada; ~a luta pelo Direito de Migrar, pois enquanto internacionalistas, toda terra pertence ao Proletariado e por isso, nenhum individuo deve ser lido como ilegal ou clandestino; - defender a autodeterminagio dos povos minoritérios e origindrios de todo o mundo; ~lutar pelo fim das estruturas de fronteiras, assim como o fim do encarceramento em massa de Migrantes e Refugiados nos postos de fronteira; - pelo fim da burocratizagio e por uma maior e verdadeira acessibilidade a Carteira de Registro Nacional Migratério (CRNM), Carteira de Trabalho e Previdéncia Social (CTPS) e Cadastro de Pessoa Fisica (CPF) entendendo a necessidade inclusive imposta para obter esses documentos, para que o Migrante consiga se estabelecer em nosso Pais. ~ Pela progressiva aboligo do circere enquanto forma punitiva correcional especifica da sociedade burguesa! Pela construgao de formas alternativas de resolugao de problemas, germinando no curso do poder popular! 26. Nas lutas especfficas da juventude trabalhadora do campo e das juventudes indigenas, ribeirinhas e quilombolas, defendemos: ~ Reforma agraria, com a coletivizagdo de terras nao produtivas, promogdo de formas coletivas ¢ estatais de propriedade, capacitagao ¢ assessoria técnica, linha de crédito especial e politica de compras estatais para agroccologia ¢ produgio alimentar! Autonomia dos povos ¢ soberania alimentar! Solidariedade c apoio a todos os povos do campo que sofrem perseguigdes e assassinatos pelo Estado burgués, pistoleiros, garimpeiros quaisquer agentes A servigo da burguesia e do imperialismo! - Ampliagdo das politicas de atengo aos jovens trabalhadores do campo, especialmente as mulheres, com a criagao de condigdes de acesso a satide, educagao, seguranga e emprego, visando como horizonte a permanéncia dos jovens que desejam ficar na sua terra de origem. - garantia de direitos trabalhistas para jovens trabalhadores do campo (salario digno, décimo terceiro, férias remuneradas, jornada de 30 horas semanais, repouso semanal, seguro desemprego, fundo de garantia por tempo de servigo ¢ normas reguladoras de adicional de insalubridade e periculosidade); 37 ~ Controle e fiscalizagio do uso de recursos naturais. ~ Pela ampliagdo e manutengao de espacos de cultivo agroecolégicos e o estreitamento das relagbes com as redes de agroecologia locais, com politicas de recuperagio da fauna e da flora e criagio de agroflorestas! - Contra o Marco Temporal e em defesa da demarcagéo das terras indigenas! ~ Demarcagio de terras indigenas e reforma agréria como politica de enfrentamento da crise climética. = Pelo fim do exterminio e pela autodeterminagdo dos povos origindrios e as comunidades indigenas! - Em defesa dos quilombos, comunidades originarias e espagos de religides com matriz africana 27. Nas lutas especfficas da juventude e da classe trabalhadora nos bairros e territérios proletarios € populares, defendemos: ~ Politica habitacional que leve em considerago aspectos regionais, como técnicas construtivas, organizagio do espaco, entre outros, com a desburocratizagio do usucapiao. ~ Acesso a satide de qualidade pela juventude trabalhadora; - farmacias populares (estatais) nos bairros; ~o direito a limpeza urbana e public ~ 0 direito a infraestrutura: iluminagio, telefonia, encostas, internet; = Pela garantia de saneamento basico e eletricidade gratuita a todos os bairros e pela reestatizagio de todas as empresas ligadas a sanemaento basico e eletricidade! ~ Pela criagdo de conselhos de bairros com poder dcliberativo efetivo! - Pela ampliacao de politicas pablicas para inclusdo digital! ~ Programa de produgio da habitagio nas mios de coopera associacées; ~ Programa nacional de coletivizagao de imévei mapear, fiscali da habitag&o; - zeladoria comunitaria e popular; ~Pela criago de aparelhos piblicos voltados ao lazer, cultura, esporte, satide e educagio em regides de grande concentracio de trabalhadore ~ Moradia e terra para o povo! Pela reforma urbana e agraria popular ja! ~a desapropriagao de iméveis abandonados para fins de moradia popular; - Construgio de moradias populares nos centros urbanos, sob a gestio de movimentos populares de moradia, de forma a derrubar gastos com aluguel e deslocamentos em transporte Pelo fim da logica policialesca de seguranga e a criagio de um aparelho de seguranga comunitirio. as, movimentos populares ¢ subutilizados obrigando municipios a 1 e promover politicas habitacionais com recursos federais para promogio MOVIMENTO DE CULTURA. 28, Retomando as diretrizes que formatam nossa disputa pela hegemonia da classe trabalhadora e defendendo a meméria, produgio, desenvolvimento de uma cultura proletaria e fortalecimento de uma cultura popular. defendemos: ~ Garantia do ensino de arte nas escolas; ~ Gratuidade em eventos culturais e artisticos. ~ Regulariza¢o profissional dos trabalhadores da cultura e fortalecimento das pautas dos mesmos. = Ampliagdo ao acesso de lazer ampliagio e diversificagao dos espagos de cultura que incentivem a cultura popular; 38 ~ Por uma cultura popular e anticapitalista - Fortalecimento da descentralizagao e democratizagio geogrética dos espagos culturais do centro para as periferias e éreas rurais Ampliagao do investimento piblico em cultura, enquanto necessidade essencial da classe trabalhadora e enquanto espaco de convivéncia e troca da populagao. - 0 fim da influéneia de empresas privadas na cultura - A superagio das leis de fomento via reniincia fiscal, a exemplo da Lei Rouanet, em perspectiva do fim da influéncia de empresas privadas na cultura = Em defesa das manifestagdes culturais nos territérios populares, em especial nos territérios periféricos e majoritariamente pretos. Estabelecimento de espagos publicos e gratuitos para encontros culturais e esportivos localizados em bairros de grande populagio de todas as cidades do Brasil. - Contra a criminalizagao e desqualificagio das culturas do hip hop/rap/funk/bregafunk promovidos pelo Estado e pelas mfdias burguesas. - Contra a criminalizagdo e desqualificagio das culturas do hip hop/rap/funk/bregafunk marginalizadas promovidos pelo Estado e pelas midias burguesas. Fiscalizagio e regularizagdo de todas as salas de cinema do Brasil, garantindo que filmes nacionais c independentes tenham paridade com filmes internacionais de grandes estidios, evitando estratégias injustas de exibigdo focados no luero. - Estabelecimento da lei do ingresso popular, onde 70% de todos os ingressos para eventos esportivos, exposigdes de arte, eventos musicais, pecas de teatro, cinemas e parques de diversdes estejam a um valor de prego popular. - Maior incentivo ao futebol de varzea. = Fim da repressdo contra torcidas organizadas e da higienizacdo dos estadios! Pela liberdade de torcer! - Por politicas piiblicas de incentivo ao acesso & cultura pela elasse trabalhadora. Reserva de 70% de todos os ingressos para eventos culturais a prego popular - Manutengao da Lei Aldir Blane! Aprovagio da Lei Paulo Gustavo 2! Pela extingao das Leis de Incentivo a Cultura e a criacdo de um plano nacional de investimento publico cultura. - 0 fomento de atividades culturais e esportivas gratuitas. - Ampliagdo do fomento de atividades culturais e esportivas gratuitas, em especial em periferias e areas rurais. ~ Pela plena liberdade religiosa e combate a criminalizagio e repressio das culturas de matriz afro-indigena - Pela autodeterminagio da cultura popular, com a criagio de articulagées regionais ¢ nacional da classe trabalhadora da cultura e de grupos e comunidades fazedores da cultura popular = Lutar pela criagio de centros culturais na perspectiva de garantia de formagio de profissional qualificada (incluindo estgios) de ramo de carreira, ¢ espagos ¢ instrumentos de trabalho para todos os trabalhadores. ~ Perspectiva de disputa dos conselhos de cultu ~ Pclo fomento ao cineclubismo - Lutar pela criagio de centros culturais na perspectiva de garantia de formagio de profissional qualificada (incluindo estigios) de ramo de carreira, e espagos ¢ instrumentos de trabalho para todos os trabalhadores. 39 RESOLUCOES POLITICAS E ORGANIZATIVAS POLITICA 1 A UJC continuara construindo diversos niveis de mediagées taticas dentro dos movimentos da juventude, tendo como horizonte e sua expresso politica nacional, a Frente Anticapitalista e Anti Imperialista. Nossos aliados principais sGo a juventude proletéria da cidade e do campo, os povos originarios e as camadas trabalhadoras intermediérias em geral. A UJC construird tais mediagdes taticas com a militincia de outras organizagées politicas, estabelecendo acordos programaticos com os dirigentes destas e compromissos praticos com suas bases, sempre que isso favorecer a auto- organizagio da classe trabalhadora e a luta contra as medidas da burguesia de ataque aos trabalhadores. Nenhuma alianga comprometeré nossa independéncia politica e agitagio e propaganda, e todos os esforgos deverdio ser tema de balangos que devem ser realizados de forma constante e cientifica nacionais, regionais e locais, Para construir a Frente Anticapitalista e Anti-imperialista, é evidente que outras classes poderdo se somar & mesma, porém é preciso ter claro que isso se dara apenas de forma contingente, circunstancial, conjuntural. Ou scja, os Partidos representantes das classes vacilantes, como a pequena-burguesia, ndo devem ser buscados prioritariamente; pelo contrério, devem ser atraidos por meio da coergio e constrangimento politicos, especialmente nossa constante agitagio propaganda. 3. Enecessdria a compreensao da possibilidade de que, diante da organizagio dos sctores mais, reacionarios das forcas burguesas na conjuntura, considerando a atual consciéncia e organizagio da classe trabalhadora, a UJC poderé posicionar-se por uma construgio tatica unitaria de forma mais, ampla, ainda que ndo devemos abrir mao de defender publicamente o programa revolucionario proletirio em nome da unidade contra o fascismo ou contra a extrema-direita em geral. 4. Sao diversos tipos de situacdo que podem nos levar a compromissos como o descrito acima. A UJC avaliaré em cada situagéo especifica se 0 compromisso contribui para a clevagio da consciéneia de classe e do nivel de organizagao da juventude trabalhadora. Sao situagdes como: estruturagio da luta de uma categoria sem tradigdo politica ou com elevado grau de criminalizagéo da sua organizagio; enfrentamento & extrema-direita organizada no seio de determinada categoria; defesa contra ataques da ofensiva burguesa; ¢ lutas ofensivas em que, porventura, coincidam os interesses dos partidos referidos anteriormente. 5. AUJC buscard compromissos com as forgas politicas nas situagGes citadas acima baseando- se no prinefpio de uma unidade de ago em torno de pautas espeefficas. A formago de um campo politico s6 se dé através de um programa de comum acordo e deliberado entre as forgas e que se fortalece através das lutas do cotidiano, mas que nao se constitui através delas. 6 ‘A nossa tética frente ao fortalecimento da extrema-dircita e do fascismo deve ser o fortalecimento do campo socialista revolucionario, por meio da construgdo do Bloco Histérieo do Proletariado, e ndo apontar como saida o fortalecimento de visdes social-democratas ou sociais- liberais como safda etapista do acirramento da luta de classes na conjuntura, 7 A politica de aliangas da UJC deve sempre ter em vista a independéncia da organizagao do proletariado, a construgo da hegemonia proletiria, a clevagao da consciéneia de classe ea busca pelos objetivos revoluciondrios da organizagao, levando em conta e respeitando o cenario e o projeto nacional, regional ¢ local da UJC. As aliancas devem ser pensadas com o maximo grau de responsabilidade: é inaceitavel rebaixar nossa politica, identidade jiciativa politica 4 de outras 40 forgas, bem como a “unidade de ago” sem a demarcagio da organizagdo proletaria e a possibilidade de critica as organizagdes que compée conjuntamente. Em todas as unidades, e na mais ampla em especial, mantém-se o dever da critica as demais organizagdes, sem incorrer no oportunismo, no esquerdismo ou no sectarismo. 8. Todas essas unidades devem preceder um acompanhamento dos organi cabiveis que, munidas de maior aciimulo acerca de nossa relago a niveis regionais e nacionais dentro do complexo partidério, melhor podem nos nortear nos debates que antecedem a construgio das Tutas. mos superiores 9 A UJC desenvolver sua atuagio através da agitagio e propaganda nos setores estratégicos da juventude, visando a insergio e integragio orginica com as massas em suas mobilizagdes, elevando-as organizativa e politicamente. Essa atuagdo deve se orientar 4 construcao e insercdo, quando cabivel, nas formas de organizagio e mobilizagio desses setores, como frentes de massa, entidades estudantis, associagdes de moradores, comités populares, conselhos populares, etc. As particularidades locais, como nivel de consolidagao do nosso trabalho e do movimento de massas devem ser consideradas para a definigao de nossas mediagGes titicas. 10, Devemos combater nas nossas fileiras as tendéncias: 1) ao basismo, ou seja, de se colocar na posigio de mera ouvinte da juventude de nosso local de atuago recolhendo reivindicagao e lutando por elas; 2) ao vanguardismo, colocando nossa organizagio na posigao de desnecessidade de didlogo com a juventude em geral para ter conhecimento das reivindicagées latentes, levando nossa organizagao ao estranhamento ou ao reboque de nossa classe. 11, As prioridades de insergiio no movimento de massas para a UJC no proximo periodo serao: © movimento secundarista em geral e, vinculado a cle 0 movimento de estudantes do Ensino Profissional Técnico (EPT); a insergo no movimento de jovens trabalhadores e a insergo nas universidades privadas de massas 12. A UJC dard continuidade a construgo do Movimento por uma Universidade Popular e do Movimento por uma Escola Popular, em articulag3o com a UC e o PCB, em conformidade com as diretrizes estabelecidas no XI Congresso Nacional da UJC e fruto da experiéncia desenvolvida nos ‘iltimos anos. Realizaremos espagos nacionais e regionais para debater politica e organizativamente como avanear nesse construcio. ORGANIZACAO, A UJC devera empenhar-se no recrutamento de estudantes do Ensino Técnico ¢ Profissionalizante que, serdo inseridos em um niicleo que compreenda o local da escola até que haja a possibilidade da formagao de um niicleo secundarista proprio da escola, considerada a necessidade de avangar para além do ensino integrado. Essa organizagio deve partir da compreensao do vinculo do trabalho nesses espagos com nossa atuagio nos movimentos populares, de bairro, cultura ¢ jovens trabalhadores, assim como pensando a superagéo da organizagio por instituigdes de ensino tendo em vista suas limitagdes politicas e de trabalho de médio e longo prazo. A UJC deverd levar em consideragdo a necessidade de recrutamento em areas diversas dentro do movimento estudantil, observando as demandas de um perfil de estudantes diferente do Movimento Estudantil de universidades pablicas, das instituigdes de ensino privadas ¢ comunitérias, bem como como no caso dos cursos técnicos subsequentes, das Universidades Privadas e da Educago de Jovens e Adultos, do ensino médio regular noturno e das populagdes campesinas. a 14. _Osnticleos de Jovens Trabalhadores e bairros (por local de trabalho ou moradia, no campo ow na cidade) devem organizar sua vida interna segundo as demandas cotidianas desse setor da juventude e suas respectivas necessidades territoriais. Estes nécleos devem possuir objetivos de curto, médio e longo prazo e assim que houver militantes de mais de uma categoria em um niicleo de jovens trabalhadores, o Seeretariado de Organizago do nicleo, em diélogo com a CR, deve desenvolver um plano de recrutamento e divisio do micleo para que se evite a situaga 1agio de um ntieleo “balaio de gato” e a atuagao politica possa se desenvolver a partir de um campo mais definido. Para que isso seja possivel um relatério de balango sobre o trabalho e as falhas dos nicleos de jovens trabalhadores criados desde o iiltimo congresso deverd ser entregue as diregdes competentes de forma a mitigar os problemas que acarretaram a inoperdncia ou o fechamento de alguns destes niicleos no éltimo periodo. 15. Todos os organismos de direcdo (CN, CRs) elaborario relatérios de assisténcias sobre os organismos assistidos por eles, que serio documentados e arquivados pelo organismo correspondente e solicitada pelo organismo superior, se necessério, 16, __Visando uma ampliagZo da nossa democracia interna, a proxima CN deverd formular, com periodicidade mensal, boletins informativos sobre nosso trabalho - com o esforgo de sintese politica ser disponibilizado a toda militancia, que tera a prerrogativa de discutir, esse documento, elaborar cexitica a respeito de qualquer esfera do nosso trabalho e apresentar propostas. O método de compartilhamento sera definido pela préxima CN, em contato com a CC. 17. ACN também deverd criar mecanismos para que todos os militantes possam publicar contribuigdes para toda a UJC, de modo a formular ativamente a politica da organizacao, 18. As Coordenagdes Regionais mapeariio dentro dos estados e Distrito Federal as cidades estratégicas para organizagao da UJC em torno do giro operdrio-popular, buscando a construgao nos setores estratégicos e de massas. Esse mapeamento e deliberagio deve considerar o ntimero de habitantes, tendo como objetivo a insergdo em centros urbanos com mais de cem mil habitantes, a participagdo da industria no PIB do muniefpio, o némero, as caracteristicas das instituigdes de Ensino Técnico Profissionalizante e a importéncia regional do municipio, realizando giros de militantes para as cidades estratégicas com preferéncia de camaradas que residem na regiao e com apoio dos micleos os quais dizem respeito & regi 19. Todo militante da UJC tem direito e é incentivado a tirar férias anuais de 2 semanas a um més a fim de cuidar da sua satide, relacionamentos pessoais ¢ familiares ¢ descansar. O pedido de férias deverd ser encaminhado aos respectivos organismos. 20. Os organismos de direg&o devem produzir boletins informativos bimestralmente a respeito da atuagdo nas entidades gerais internacionais, nacionais ¢ estaduais. Esses documentos devem conter balango da atuagio nessas entidades ¢ seus calendirios de atividades. Esses boletins devem ser enviados & respectiva base. 21. Todos os organismos da UJC devem observar e zelar pela satide fisica e mental dos camaradas do respectivo organismo. A UJC orientara aos seus militantes em processo de formacao e praxis a importincia do zelo e cuidado para com a satide individual e coletiva, Visando a pratica de atividades que objetivem a melhora da saiide fisica e mental dos militantes como estimulo &mudanga de habito e redugio de danos no ambito da satide individual e coletiva. Os nuicleos devem ineentivar ¢, sempre que possivel, organizar a pratica de atividades fisicas na militancia, com possibilidade de praticas e eventos abertos com aproximados. 42 22, O processo de recrutamento deve ser realizado combinando a formagio politica e a dclegagao de tarefas praticas ¢ organizativas aos aproximados. Também faz. parte do processo de convencimento e formagio politica do aproximado o exemplo militante da/o camarada responsavel pelo seu recrutamento. Cabe aos mticleos e organismos de dirego o desenvolvimento de politica de atualizagdo e controle dos contatos interessados na organizacdo feitos pelas redes sociais. 23. As Coordenagies Regionais deverdo constituir uma Comisséo de Recrutamentos. 24, As CRs deveriio organizar, em torno de niicleos de ME universitario, grupos ou comissdes de militantes de cidades do interior que ainda no tem niicleo organizado, a fim de facilitar os processos de aproximagiio e recrutamento. 25. Todo nticleo deverd ter um planejamento com objetivos a curto, médio e longo prazo, com todos os métodos e mediagées taticas para realizagao dos objetivos. Tais objetivos devem estar alinhados com nossas politicas a nivel regional e nacional, devem conter metas objetivas e realistas. ACNUJC organizara um modelo de planejamento para novos niicleos. As CRs, em consonfncia com aassisténcia nacional, deverdo criar um planejamento regional. 26. A UJC deverd ampliar o diélogo entre néicleos que tocam as mesmas tarefas para a sua melhor distribuigio local, aprimorar os trabalhados com bases nos errs ¢ acertos, e manter todos os militantes atualizados sobre os avangos e retrocessos politicos das diferentes localidades de atuagio. 27. Todos os militantes em organismos da UJC em seus textos piblicos e internos farao o esforgo de nao usar demarcagio de género sempre que fizer sentido e o for possivel. 28. Todo(a) secretério(a) politico deverd receber da sua assisténcia quando inicia na tarefa alguns documentos basicos: Resolugdes do Congresso, Documento Basico do Congresso, relatérios politicos produzidos anteriormente, contendo situagio organizativa e politica do niicleo, articulagdo com entidades e outras organizagées e, actimulo de experiéncias priticas e tedricas da secretaria. 29. A pasta de Organizagdo abrange tarefas operativas, como controle de organicidade, estruturagio de atividades e documentagio, mas também cabe a cla: a) articulagdo entre os organismos na UJC. © contato continuo com membros do organismo onde cumpre a tarefa, visando tanto estimular a organicidade (identificando mais facilmente questées ligadas a falta dela, por exemplo) quanto ampliar as formulagées da diregao da qual faz parte; 4) garantia da coesio daquele organismo no que diz respeito A vida interna e aos trabalhos desenvolvidos, algo que deve ser orquestrado junto a Secretaria Politica e ao Secretariado; ¢) contato proficuo com os organismos superiores correspondentes; £ claboragao tebrico-politica acerea da pasta e da nossa linha como um todo; 8) posicionar os quadros no trabalho de massas c nas tarefas de organizagio interna. 30. _As tarefas operativas dos micleos, tais como confecgio de atas, aferigdo de presenga em atividades ete., ndo devem ser exclusividade das Secretarias de Organizacio, e sim distribuidas no organismo na medida do possivel, mesmo em nicleos pequenos. 31. A UJC trabalharé para construir de forma sélida as CRs, evitando a constante destruigao e reconstrugio que acontecem em estados onde a presenga desta, historicamente, nio se consolidou. 43 32. AUJC contribuird para a construgdo de frag6es regionais, para que scus militantes possam trocar aetimulo teérico, realizar anélises de conjuntura e experiéneia de organizagao. 33. A USC trabalhard para a construgio do I Encontro dos jovens comunistas da Amaz6nia. visando também o primeiro encontro internacional dos jovens comunistas da Amazonia. 34. A UJC deve buscar priorizar o recrutamento ¢ desenvolvimento de quadros de mulheres, visto que essas tém duplas e até triplas jornadas de trabalho, dificultando, muitas vezes, a disponibilidade para se desenvolverem na militancia. Desse modo, quadros mulheres devem ser incentivados e construfdos coletivamente de modo prioritario. FINANGAS 35. A UJC, no préximo perfodo, se centraré na formulago e consolidagio de uma politica financeira consequente que possua como norte a sua independéncia financeira e, como objetivos prioritérios, a profissionalizagio de sua estrutura e especializagio dos militantes, a adocdo de campanhas financeiras recorrentes e/ou permanentes, a especializagao do circulismo, e a liberagio de quadros. 36. A UJC deve planejar, viabilizar ¢ executar o planejamento para a criagio de empresas rentaveis para atividades financeiras e logisticas, no sentido de arrecadar dinheiro, superar a mera contribuigdo dos micleos, custear integralmente as tarefas desempenhadas pelos militantes, liberar miilitantes, avangar na nossa independéncia financeira ec politica e, quando posstvel, buscar superar o trabalho alienado e as formas burguesas de gesto e produgao. 0 planejamento financeiro da UJC deve ser construfdo conjuntamente ao complexo partidério ¢ direcionado pelo partido, atrelado especialmente a estrutura de agitago e propaganda. 37. Seri tarefa de todas as organismos no préximo periodo a elaboragao de um planejamento financeiro anual com a realizagéo de um relatério financeiro de seis em seis meses, semestral (nGeleo) e anual (CE) que deverd ser enviado para a organismo superior a fim de documentagio, sistematizacio e formulago para novas politicas de finangas e enviado para organismos inferiores visando um desenvolvimento nacional, regional e de niicleos. 0 modelo desse relatorio seré claborado pela CN e enviado para todos os micleos através das suas assisténcias, de modo a possibilitar o planejamento cientifico das atividades de financas. A medida que houverem mudangas, na pasta de finangas nos néieleos , no havendo acesso cle, deverd solicitar via assisténcia. f responsabilidade de todo 0 organismo a disciplina revolucionaria necessdria na execugio dessa tarefa como forma de sistematizagio das informagées acerca da pasta. Sendo assim, ser tarefa da Coordenago Nacional elaborar um planejamento financeiro nacional como modelo base para cada organismo desenvolver politica de finangas. 38. balango financeiro deve contemplar a sistematizagio dos actimulos ¢ experiéncias implementadas, em especial as exitosas, seguido da socializagao deste junto a todos os organismos. A UJC deverd aprofundar o debate entre todos os militantes sobre experiéncias com as formas de politicas de finangas adotadas em nivel nacional, para que novas sinteses possam servir como modelo para uma construgao mais homogénea, ainda que com particularidades locais. 39. Mensalmente, é tarefa da scerctaria de finangas dar um repasse sobre a atual situagao financeira do organismo em que atua, para garantir um acimulo coletivo constante em torno da pauta. A cada seis meses, deve ser feito um relatério com balango a partir do planejamento anterior € que sirva para balizar o planejamento seguinte. 44 40. A fim de profissionalizar e sistematizar todo 0 nosso controle financeiro, os organismos deverdo utilizar exclusivamente a planilha de finangas que sera disponibilizada pela Coordenacao Nacional a fim de ter o controle de caixa. Os camaradas que possuirem contribuigio sobre a planilha podem e devem encaminhilas para a Coordenagdo Nacional via assisténcia. A planilha de Finangas e Patriménio, para constar inventario do organismo, fieard sob responsabilidade da secretaria de finangas, sendo dever do seerctirio de finangas manté-la em seguranga. Serd disponil curso gratuito de manipulagao de planilhas aos camaradas que no possuem o dominio técnico na Area, devendo ser fornecidas formagées de planejamento financeiro relacionadas as caracteristicas, reas de atuagio ¢ prioridade do dltimo planejamento do nticleo e compreendendo ser responsabilidade coletiva a formagdo dos camaradas e a profissionalizagao da pasta, sendo de inteira responsabilidade individual a realizagio do mesmo. 41. Toda seeretaria de finangas deverd receber do organismo superior no momento em que inicia na tarefa alguns documentos basicos: Resoluges do Congresso, Documento Basico do Congresso, Manual de Finangas, Planilha Financeira, Relatério Financeiro Semestral 42, AUJC manterd sua politica de cotizagdes com o valor minimo e recomendavel de R$5,00 para os micleos, ¢ R$10,00 para as organismos de diregdo (CEs/CD, CNUJC), ndo cumulativos. 43. Militantes que nfo conseguirem fazer a sua contribuigio individual na construgio da politica de financas devem apresentar suas justificativas a seu organismo ou, quando necessario, dialogar com a secretaria de finangas da sua organismo a fim de se achar um denominador comum para o cumprimento da tarefa. 44. __& imprescindivel tarefa dos organismos a formagio da juventude no ambito das finangas, pensando em formagGes e oficinas que contribuam para o avango da disciplina financeira dos millitantes e seus nécleos. Coletivizando a tarefa coma secretaria de finangas, que deverd dar sentido politico e organizativo as questdes financeiras, para que nao seja mais uma tarefa mecanizada, mas que esteja no rumo a um amadurecimento das politicas de finangas e da profissionalizagao efetiva da nossa militaneia em todos os ambitos da organizagio, 45. Tendo em vista a importancia da seguranga fiscal frente aos drgios reguladores do governo, a UIC terd como tarefa a construgio e consolidagao de aparelhos juridicos proprios (CNPJ), visando a possibilidade de estruturagdo de movimentagies politico-financeiras de maior complexidade, Com a criagio do CNPJ nacional é tarefa da CN orientar CRs nas possiveis formas de utilizagio desses aparelhos juridicos nos Estados. 46. _ Os repasses financeiros se dardo da seguinte maneira: micleos deverdo enviar 33% a 50% de seu lucro para a CR, a depender de sua situagao organizativa e financeira, sendo prerrogativa das CRs decidir o percentual de cada miicleo, em didlogo com cles; as CRs deverdo enviar 33% do lucro total para a Coordenagdo Nacional. Os lucros serdo as receitas totais de um periodo diminuidas dos gastos totais. 47. O Manual de Finangas (ABC das finangas) deve ser utilizado e atualizado pela CN conforme necessidade, no intuito de ser um documento instrutivo e formativo para a UJC. RELACOES INTERNACIONAIS E SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL 48. Compreendendo o cardter amplo da FMJD, com distintas leituras sobre o movimento anti- imperialist, mas compreendendo a necessidade de vincular estreitamente a luta anti-imperialista & luta anticapitalista, com 0 objetivo socialista, a UJC trabalhard para o fortalecimento de um bloco maraista-leninista no movimento juvenil comunista ¢ anti-imperialista, com destaque para as organizacées de juventude cujos Partidos compéem a Iniciativa Comunista Europeia e a Revista Comunista Internacional, sem comprometer nossa independéncia politica e disponibilidade de didlogo com outras organizagbes. 49. Naperspectiva da luta ideoldgica, pautaremos a) o imperialismo como um desenvolvimento do capitalismo, sendo um fendmeno politico, econdmico e social; b) a subordinagdo das burguesias locais burguesia internacional, em maior ou menor grau, demonstrando a importancia da luta anti- imperialista em conexo com a luta nacional contra a social-demoeracia; ¢) a centralidade da luta pela construgio da alternativa socialista nos diversos paises, desvencilhando-se de uma luta meramente defensiva. A UIC trabalhar4 para transformar a FMJD em um instrumento de amplificagdo das lutas imperialistas e anticapitalistas, no sentido de ampliar nossas e superar fronteiras e plenamente internacionalizar a juventude trabalhadora, estando presente no cotidiano das massas em seu esforco pela construco do Poder Popular. A nossa tarefa enquanto UJC seré de enraizar a FMJD nas utas cotidianas da juventude trabalhadora, a partir da vinculagao do cardter internacional destas Tutas com a nossa luta internacional anticapitalista ¢ anti-imperialista; de constantes repasses ¢ formulagdes sobre a luta de classes no Brasil para as outras juventudes; da incorporagéo de mobilizagdes da classe trabalhadora brasileira nos calendarios de luta da FMJD e da construgio de campanhas internacionais que versam sobre os interesses da juventude trabalhadora brasileira e internacional. 51. A Comissio de Relagdes Internacionais (CARD) deve, sempre que possivel, descer contribuigGes ¢ relatorios sobre nossa atuagio na FMJD e sobre a relagao com as outras juventudes comunistas, socializando o conhecimento com toda a militdncia. 52. Considerando a importincia de nosso pafs na estruturagao econdmica, politica e social da América Latina, a UJC trabalharé para tornar-se a juventude propulsionadora da FMJD na Regional da América Latina e Caribe (LAME), assim como a juventude responsivel por capitanear a construgio das lutas antiimperialistas ¢ anticapitalistas na regio em conjunto com as outras organizagdes que compdem a FMJD, com prioridades nas organizagbes marxista-leninistas. Para 0, poderemos construir campanhas de solidariedade e internacionalismo proletério regionalizadas, iniciativas que englobem todos os paises, como a Revista da FMJD e levar aos movimentos populares de nosso pafs a earacterizago regional do capitalismo latino-americano ea conexiio das lutas da juventude trabalhadora brasileira com as lutas das juventudes trabalhadores da América Latina e no mundo. 53. AUJCampliard sua participagdo na organizagio e na mobilizagio de militantes e jovens em geral no Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE). 54. A USC, através da Comissiio de Assuntos sobre Relagdes Internacionais (CARD, deve profissionalizar militantes especificos de todo o pafs para as tarefas de Relagies Internacionais. 55. AUJC trabalharé no interior da FMJD, para a construgdo de um Dia Internacional de Luta da Juventude, elencando como mote pautas coneretas, tais quais, a defesa do pleno emprego, a redugdo da jornada de trabalho, ¢ a defesa do combate a fome. 56. _Anivel titico de nossa atuagdo na FMJD a nivel internacional, trabalharemos para aleangar um dos lugares no Conselho Geral da FMJD. A ocupagao deste espago deverd ter como objetivo: a) maior influéncia nas decisdes cotidianas da FMJD e na estrutura organizativa e deciséria de maneira 46

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