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O CONTROLO DA LEGALIDADE

CONTROLO DA LEGALIDADE
São todos os mecanismos de defesa destinados a assegurar a não violação
de uma lei, e concretiza-se através da tutela pública e privada.

LEGALIDADE E DIREITOS FUNDAMENTAIS


Tutela administrativa
-Exercida pela Administração pública;
-Visa a prossecução do interesse público, no respeito pelos direitos e
interesses legalmente protegidos dos cidadãos, não podendo atuar de forma
arbitraria uma vez que está sujeita a determinadas regras e princípios.
Tutela judiciária
-Exercida pelos Tribunais;
-É o processo normal de tutela dos interesses dos particulares e exerce-se
não só nas relações entre os próprios particulares, mas também nos relações
entre estes e o Estado.

MECANISMOS DE DEFESA
-Meios criados pela ordem jurídica com a finalidade de evitar ou sancionar
as violações do direito objetivo, as ofensas dos direitos subjetivos ou
interesses legítimos dos particulares, ou o demérito da ação administrativa,
por parte da Administração Pública.
-As garantias de que os particulares podem lançar mão para reagir contra
atos da administração que considerem lesivos dos seus direitos, desdobram-
se em:
Garantias políticas: são efetivadas pelos órgãos do poder político, sendo
que toda a organização democrática do Estado consagrada na
Constituição, traduz em si mesma uma garantia para os particulares.
Garantias administrativas: são asseguradas pela própria Administração
Pública e que se traduzem nos meios ou mecanismos de defesa da
legalidade e dos direitos individuais que existem no seio da
Administração e controlam a sua própria atividade.
Garantias contenciosas: consistem na possibilidade dos particulares
recorrerem, para os tribunais, dos atos administrativos definitivos e
executórios que considerem lesivos dos seus direitos e interesses
juridicamente protegidos.

DIREITOS E DEVERES JURÍDICOS

RELAÇÃO JURÍDICA
-Toda a relação da vida social regulada pelo direito;
Pode ser dividida em:
Relação jurídica em sentido amplo: toda e qualquer relação da vida social
disciplinada pelo Direito, isto é, juridicamente relevante.
Relação jurídica em sentido restrito: Toda a relação da vida social
disciplinada pelo Direito, mediante atribuição a um sujeito de um Direito
subjetivo e a imposição a outro de um dever jurídico ou de uma sujeição.
ESTRUTURA DA RELAÇÃO JURÍDICA
A estrutura da relação jurídica é o seu conteúdo e integra um Direito
subjetivo e um dever jurídico ou uma sujeição.

Direito subjetivo: poder atribuído pela ordem jurídica a uma pessoa de


livremente exigir ou pretender de outra certo comportamento positivo (ação)
ou negativo (omissão), ou de por um ato de livre vontade, só de per si ou
integrado por um ato de uma autoridade pública, produzir determinados
efeitos jurídicos inevitáveis na esfera jurídica alheia.
Direito potestativo: poder jurídico pertencente ao titular ativo da relação
jurídica de, por um ato de livre vontade, só de per si ou integrado por uma
decisão judicial, produzir determinados efeitos jurídicos inevitáveis na esfera
jurídica alheia.

ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA


-Sujeitos;
-Objeto;
-Facto jurídico;
-Garantia

Personalidade jurídica: aptidão para se ser titular de relações jurídicas, ou


seja, de direitos e vinculações;
Capacidade jurídica que é dividida em:
Capacidade jurídica de exercício é a medida de direitos e obrigações que
uma pessoa pode exercer e cumprir por si, pessoal e livremente;
Capacidade jurídica de gozo é a aptidão para se ser titular de um circulo
maior ou menor de relações jurídicas.

INCAPACIDADES DE EXERCÍCIO
-Menoridade: é menor quem não tiver completado 18 anos de idade. No
entanto, o menor emancipado tem plena capacidade de exercício de
direitos. ​
-Interdição: é todo aquele que, por anomalia psíquica, ​
surdez-mudez ou cegueira se mostre incapaz de ​
governar a sua pessoa e bens.​
Inabilitação: é todo aquele que padece de anomalia psíquica, surdez-mudez
ou cegueira, mas não de modo a justificar a sua interdição, bem como aquele
que pela sua prodigalidade, abuso de bebidas alcoólicas ou de
estupefacientes, se mostre incapaz de reger o seu património. ​
Incapacidade acidental: a declaração negocial de quem, por qualquer causa,
está acidentalmente incapacitado de entender o sentido dessa declaração
ou não dispõe do livre exercício da sua vontade, sendo essa situação
conhecida do declaratário.
CLASSIFICAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
-Negócios jurídicos unilaterais: quando há só uma declaração de vontade ou
várias declarações, mas paralelas, formando um só grupo. (testamento)
-Negócios jurídicos bilaterais ou plurilaterais ou contratos​: quando há duas
ou mais declarações de vontade, com conteúdos diversos e até opostos, mas
que se harmonizam com vista à produção de um resultado jurídico unitário.​

GARANTIAS ESPECIAIS
-Garantia pessoal: São aquelas em que, para além do devedor, outras pessoas
podem ficar responsáveis, com os seus patrimónios, pelo cumprimento da
obrigação.​Destacando-se a:
Fiança: consiste no facto de um terceiro assegurar com o seu património
o cumprimento de obrigação alheia, ficando pessoalmente obrigado
perante o respetivo credor.
-Garantias reais: caracterizam-se por recair sobre bens certos e determinados
do próprio devedor ou de terceiro. Podem ser:
Penhor: consiste na entrega ao credor, por parte do devedor ou do
terceiro, de um objeto móvel, para garantir o cumprimento de uma
obrigação a que o devedor está adstrito. Se não cumprir essa obrigação,
será retirado o bem ao devedor, ou ao terceiro;
Hipoteca: incide sobre determinados bens imóveis ou bens móveis
equiparados e que confere ao credor o direito de ser pago com prioridade
face a outros credores.

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