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SEQUÊNCIA DIDÁTICA: análise literária sobre a violência de gênero contra as mulheres e o

atemporalidade de uma cultura patriarcal

Paula Eduarda Coelho Cizini e Patrícia Vicente de Souza

1. NESTA SEQUÊNCIA, TRABALHAREMOS COM:


a) Conto A língua do P, de Clarice Lispector
b) Os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha
c) Reportagem É possível remover tatuagem do rosto? Processo é lento e pode deixar cicatriz, do
G1
d) História do Podcast Não Inviabilize, quadro Picolé de limão, temporada 2, episódio 149
(Tormenta), de Andreia Freitas

2. AO FINAL DA SEQUÊNCIA, O ESTUDANTE DEVERÁ SER CAPAZ DE:


a) Refletir de forma crítica acerca da violência contra a mulher, levando em consideração os
vários tipos de agressão realizadas por meio de uma cultura patriarcal, enraizadas não só
na sociedade brasileira, mas mundial.
b) Compreender a realidade espelhada na obra A língua do p, de Clarice Lispector, na
reportagem É possível remover tatuagem do rosto? Processo é lento e pode deixar cicatriz
e no episódio do podcast Não Inviabilize, de Andreia Freitas, de maneira em que possa
traçar uma correlação entre as mesmas.
c) Reconhecer a desvalorização da mulher no meio social, vinculando a origem da Lei Maria
da Penha e os direitos conquistados para as mulheres no Brasil.

3. QUESTIONAMENTOS INICIAIS
a) Quais os estereótipos da mulher na sociedade?
b) Por que e de onde partem a violência e a privação contra as mulheres?
c) Pode-se compreender que a sociedade violenta contra a mulher tem permanecido ou diminuído
após a implementação de leis, como a Lei Maria da Penha?

4. EM DIÁLOGO COM ESSES QUESTIONAMENTOS, CONVIDAMOS À LEITURA DO


CONTO A língua do p, de Clarice Lispector

[...] Chegou ao Rio exausta. Foi para um hotel barato. Viu logo que havia perdido o avião. No
aeroporto comprou a passagem. E andava pelas ruas de Copacabana, desgraçada ela, desgraçada
Copacabana. Pois foi na esquina da rua Figueiredo Magalhães que viu a banca de jornal. E
pendurado ali o jornal “O Dia”. Não saberia dizer por que comprou. Em manchete negra estava
escrito: “Moça currada e assassinada no trem”. Tremeu toda. Acontecera, então. E com a moça
que a despreazara. Pôs-se a chorar na rua. Jogou fora o maldito jornal. Não queria saber dos
detalhes. Pensou:- Épé. Opo despestipinopo épé impimplaplacápávelpel. O destino é implacável.

5. ROTEIRO DE AULAS:

1ª aula – 50 minutos

Serão distribuídas cópias de um trecho da reportagem É possível remover tatuagem do rosto?


Processo é lento e pode deixar cicatriz, do veículo de comunicação G1(ANEXO 1) e será
iniciada a apresentação sobre violência contra a mulher através de uma aula dialogada e
expositiva, estimulando os alunos à contribuição interativa e participativa mediante as
informações proporcionadas pela reportagem e pelo conhecimento de mundo dos alunos.
Introduzindo, assim, perguntas questionadores, como: “de que forma podemos refletir o porquê
violências físicas e psicológicas contra as mulheres acontecem?” ou “me explique, com suas
palavras, que tipo de violência está exposta na reportagem.” A aula será destinada para refletir
a respeito do conceito de patriarcado e os impactos negativos na vida das mulheres desde
sempre que, no pior dos casos, acaba em agressão ou feminicídio.

Após a discussão sobre a reportagem, será apresentado um trecho da Lei Maria da


Penha(ANEXO 2), no que consiste a agressão a mulher pela violência patrimonial, violência
sexual, violência física, violência moral e violência psicológica. Será perguntado aos alunos a
conceituação de cada tipo de violência e o professor irá mediar a discussão

6. SUGESTÕES DE PESQUISA:

Sugerir pesquisas que versem sobre o tema.

7. ANÁLISE E REFLEXÃO LINGUÍSTICA


Sugerir atividades de reflexão linguística.

8. PARA REFLEXÃO
Insira aqui alguma pergunta para reflexão.

9. FINALIZANDO
Avaliação e reflexão final.

REFERÊNCIAS
ANEXO 1

“A jovem Tayane Caldas, de 18 anos, teve o rosto tatuado à força pelo ex-namorado, Gabriel Henrique
Alves Coelho, que não aceitou o fim do relacionamento. Ela passou por uma sessão de tortura, com
agressões e ofensas. Em junho do ano passado, o Ministério Público apresentou denúncia contra Gabriel
Coelho à Justiça.

No documento, o promotor Osvaldo de Oliveira Coelho relatou que, além da violência física, as
agressões também causavam intimidação à vítima. Segundo Tayane, em outras duas vezes, o ex já havia
tatuado seu nome no seio e na virilha da jovem.

Um ano após o caso, a jovem segue tentando remover tatuagem. “Fiz seis sessões (de laser) e já clareou
bem, tem letras que já saíram, mas ainda não consegui remover por completo”, contou Tayame ao g1.”
[...]
Jovem teve rosto tatuado por ex-namorado que não aceitou fim da relação — Foto: Pedro Melo/TV Vanguarda

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