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Trabalho de Campo 1 de Psicologia de Desenvolvimento.
Trabalho de Campo 1 de Psicologia de Desenvolvimento.
Turma: G
Teorias de Aprendizagem
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Índice
I. Introdução ............................................................................................................................ 3
1.1. Objectivos............................................................................................................................. 4
Basicamente todo o conhecimento que possuímos acerca do mundo ao nosso redor é adquirido por
meio de um processo de observação, absorção e compreensão das informações que nos sãos
apresentadas nas mais diversas situações. Ou seja, o processo de construção de nosso
conhecimento ocorre a partir da aprendizagem e aquisição dessas novas informações. Mas então,
o que vem a ser aprendizagem?
As teorias de aprendizagem têm em comum o facto de assumirem que indivíduos são agentes
ativos na busca e construção de conhecimento, dentro de um contexto significativo.
Nas próximas páginas revisaremos algumas das teorias de aprendizagem desenvolvidas durante o
século XX, a partir das contribuições de vários autores. Abordaremos o comportamentalismo, onde
aprendizagem é ligada a estímulos e resposta; a abordagem cognitivista, que estuda a aquisição de
informações na estrutura cognitiva do aprendiz; e Interaccionistas e Sócio –Interaccionistas.
Todas teorias se complementam e vários são os teóricos que testaram suas teorias em diferente
correntes desde Watson, Skinner, Piaget, Pavlov, Thorndike, Gagné, Ausubel, Paper, Bruner,
Wallon e Vygotsky.
Estruturalmente, o trabalho tem três partes a saber: primeira de introdução constituído por;
objectivos e metodologia, segunda parte da revisão da literatura (marco teórico) discussão das
questões relacionadas ao estudo da arte da área da pesquisa e última parte que traz conclusão da
pesquisa bem com as referências bibliográficas dos autores citados ao longo da pesquisa.
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1.1. Objectivos
Sendo de natureza exploratória1, esta reflexão teve uma abordagem qualitativa, a qual segundo
Silvestre e Araújo (2012), proporciona compreensão em profundidade do contexto do problema e,
é um “método indutivo por excelência para entender por que o indivíduo age como age, pensa
como pensa ou sente como sente” (p. 62).
Para a recolha de dados foram aplicadas as seguintes técnicas: a pesquisa bibliográfica, pesquisa
documental e pesquisa em sites da internet. A pesquisa bibliográfica consistiu numa leitura de
obras de diversos autores que abordam sobre o tema em estudo, a fim de recolher e confrontar
informações pertinentes relativas ao mesmo. A pesquisa documental consistiu na consulta de
documentos e brochuras relacionadas com a matéria. A pesquisa em sites da internet consistiu na
consulta de artigos digitais cuja semântica está orientada para Teorias de Aprendizagem.
1
Os estudos do tipo exploratórios têm por objectivo proceder ao reconhecimento de uma dada realidade e
levantar hipóteses para o seu entendimento (Sousa & Baptista, 2011).
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II. Fundamentação teórica
O ser humano dispõe de fartas capacidades para se desenvolver, construindo relações, modificando
a realidade, e melhorando a sua qualidade de vida. Aprender é uma característica notável, e estudo
aprofundado sobre como se dá este processo é de extrema importância para o sucesso do processo
de ensino. As teorias de aprendizagem (TA) procuram compreender a síntese do ensinar com
aprender, visando explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e o novo conhecimento.
Para começar a refletir sobre o tema, podemos pensar sobre o campo filosófico da epistemologia,
ramo que busca entender a construção de conhecimento científico. Trata-se do estudo crítico dos
princípios, das hipóteses, e dos resultados de aprendizado nas diversas ciências, com a finalidade
de determinar seus fundamentos lógicos, seu valor, e sua importância objectiva.
Podemos refletir também sobre a inteligência, um conjunto que forma todas as características
intelectuais de um indivíduo. Ou seja, a faculdade de conhecer, compreender, raciocinar, pensar e
interpretar. A inteligência, assim como a linguagem e a capacidade de imaginação, é uma das
principais distinções entre o ser humano e os outros animais. Característica que nos fazem presumir
que a humanidade é a espécie mais poderosa do planeta (Harari, 2014). Embora seja um tema
muito intrigante, o contexto que será estudado aqui é a aprendizagem do ser humano.
As teorias de aprendizagem (TA) são um corpo teórico fundamentado por diversos estudiosos,
psicólogos, médicos, educadores, cientistas diversos, que investiga a natureza do aprender
humano. Embora haja ainda muito a ser decifrado sobre este tema, as teorias de aprendizagem
possuem diversas implicações no ambiente educacional.
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A aprendizagem é um processo e, em suas unidades mais primárias ou básicas, ocorre
quando a pessoa, em virtude de determinadas experiências, que incluem necessáriamente
inter-relações com o contexto, produz novas respostas, modifica as existentes (...) ou
quando o indivíduo estabelece novas relações entre sua actividade e o ambiente do qual faz
parte (p.9).
Olhando os conceitos dos autores acimas percebo que aprendizagem e uma construção pessoal,
resultante de um processo experiencial, interior a pessoa e que traduz numa modificação de
comportamento relativamente estável.
Para Queiroz (2009) comportamentalismo, em inglês “behaviorismo”, é uma teoria objectiva que
estuda o comportamento como fruto de necessidades e impulsos específicos. Vê o homem como
um organismo governado por estímulos externos (p.16). Assim, a partir de um ponto de vista
molecular, propõe-se a análisar as leis que relacionam os estímulos às suas respostas e às suas
consequências.
Segundo essa corrente, o aprendiz responde a estímulos fornecidos pelo ambiente externo.
Limita- se ao estudo de comportamentos manifestos e mensuráveis que podem ser
controlados por suas consequências (modelo cientificista do positivismo). Não leva em
consideração o que ocorre dentro da mente do indivíduo durante o processo de
aprendizagem, pois o que importa é o resultado: o comportamento desejado (p.25).
Ao nível do ensino, explicam as aquisições dos alunos a partir dos acontecimentos externos, como
os métodos de ensino e as características estimuladoras do ambiente escolar e familiar. Colocam
ainda a ênfase no reforço como determinante da aprendizagem.
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2.2.1. Principais teóricos nesta corrente
De acordo com os autores Piletti e Rossato (2012) os principais teóricos que falam acerca de
aprendizagem são; John Watson, Skinner, Ivan Pavlov, Thorndike e Gagné” (p.40).
Segundo os autores Bock, Furtado e Teixeira (2008), John Watson (1878-1958) foi considerado o
“pai do behaviorismo metodológico, ao publicar, em 1913, o artigo Psicologia vista por um
Behaviorista, que declarava a psicologia como um ramo objectivo e experimental das ciências
naturais, que tinha como finalidade prever e controlar o comportamento de todo e qualquer
indivíduo” (p.38).
Pavlov descobriu que os cães não salivavam apenas ao ver comida, mas também quando
associavam algum som ou gesto à “chegada de comida” - ver a clássica experiência do cachorro
de Pavlov. A este fenômeno de associação ele denominou de condicionamento clássico.
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frequência da resposta que foi, recentemente, associada com um reforçador sob condições
explicitas.
Neste sentido, em termos de teorias do ensino, Gagné parece situar-se entre o behaviorismo e o
cognitivismo, pois fala em estímulo e resposta, mas também processos internos de aprendizagem.
Conforme Moreira e Massoni (2016) “um exemplo da aplicação do reforço positivo é quando o
professor elogia o seu aluno por ter feito os deveres de casa (TPC)” (p.108). Dada a gratificação
do incentivo social recebido, é muito provável que nas aulas seguintes a criança apresente sempre,
ao professor, o TPC realizado e de forma correcta.
O comportamento pode também ser reforçado negativamente (reforço ou estímulo negativo), para
que ocorra conforme o desejado. Basta para isso retirar o estímulo que impede que tal
comportamento seja apresentado satisfatoriamente.
Qualquer factor que impede que o aluno aprenda o esperado é um estímulo negativo. Quando
retirado, a aprendizagem volta a ocorrer normalmente e, talvez, melhor.
“O afecto do professor, a boa definição dos objectivos de ensino, a correcta selecção dos conteúdos
de ensino e muitas outras situações de sala de aula bem elaboradas, constituem reforços positivos
para o comportamento de aprender” (Piletti & Rossato, 2012, p.59).
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Para assegurar o reforço da aprendizagem através do sucesso, os conteúdos da aprendizagem
devem ser preparados de forma que permitam ao aluno a experiência de sucesso.
De acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2008) dizem que Skinner descreve as seguintes regras
para atingir este objectivo:
Neste contexto, percebo que o aluno é um ser passivo e moldável, dependendo do professor que
ensina, assim aluno é relegado para segundo plano e o professor planifica o processo de
aprendizagem de e acordo com as necessidades formativas do aluno de modo a que se operem
transformações.
Segundo Moreira (2012) a aprendizagem é “vista como mudança de conhecimentos e não apenas
uma mudança no comportamento. Mudanças de comportamento servem apenas como indicadores
para as mudanças mentais” (p.80).
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desenvolvimento cognitivo foi traduzida por Papert (1980) no sistema logo, modelo da
aprendizagem pela descoberta. O aluno programa o computador em vez de ser programada
por ele. São ambientes de aprendizagem pouco estruturados. A abordagem cognitivista
considera (p.101).
Segundo Targino (2013) os “principais expoentes da corrente cognitivista são Piaget, Ausubel,
Paper e Bruner” (p.15).
Para Ostermann e Cavalcanti (2010), Piaget “distingue quatro períodos gerais do desenvolvimento
cognitivo, que se subdividem, por sua vez, em estágios ou níveis: Sensório-motor (do nascimento
até cerca de 2 anos de idade); Pré-operacional (2 a 6-7 anos) Operacional-concreto (6-7 a 11-12
anos) Operacional-formal (da pré-adolescência até a idade adulta) ” (p.19).
Nesta óptica, a aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova informação
relaciona se, de maneira substantiva (não literal) e não arbitrária, a um aspecto relevante da
estrutura de conhecimento do indivíduo.
Moreira (2012) afirma que na visão de Bruner que acredita que o desenvolvimento da
aprendizagem deve manter seu princípio na cultura, ou seja, aquilo que se aprende é transmitido.
Sua concepção se assemelha a de Piaget, com exceção do princípio cultural que é por ele citado
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como sendo muito importante” (p.131). O aluno deve ser motivado ao aprendizado e que a mente
do aluno precisa dar á informação que ele recebe algum significado, caso contrário, será apenas
mais uma informação. Desta forma Moreira (2012) diz que teoria de Bruner tem “quatro princípios
fundamentais: motivação, estrutura, sequência e reforçamento” (p.110).
Para Ostermann e Cavalcanti (2010) o aluno tem um papel “activo no processo de aprendizagem,
tentando entender e relacionar a informação recebida aos conhecimentos que já possui” (p.79).
Por outro lado, a tradição cognitivista, como o nome indica, releva mais o aspeto cognitivo do
indivíduo. Existem processos cognitivos comuns a todos nós mas o modo como processamos,
relacionamos e interligamos a informação e os estímulos varia entre indivíduos. Não somos
computadores, mas o nosso cérebro é mais complexo que o mais complexo dos computadores.
Assim, o importante é realmente tentar perceber as complexas relações no decorre da
aprendizagem. Deste modo, o aluno já não é uma tábua rasa mas vem inundado de conhecimentos
prévios. No fundo, pretende-se que através de uma aprendizagem pela descoberta, organizada
sequencialmente e com crescente complexificação, dando bastante ênfase à autoaprendizagem, se
consiga fazer a transferência de aprendizagens anteriores para novas situações.
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As várias teorias complementam-se porque, na verdade, a mente humana é tão complexa que o
processamento da informação recorre a uma infinidade de processos decorrentes de aspetos
fundamentais defendidos por várias teorias. Trata-se de um misto de indivíduo, memória,
processamento interno e externo, reflexo, resposta, meio social e cultural, etc.
Através de suas pesquisas, Moreira (2012) enfatiza o papel da escola em observar e compreender
quais os métodos que a criança cria para resolver os problemas apresentados a ela, utilizando essas
descobertas para facilitar a construção de seu conhecimento, e não força la a seguir unicamente
determinados procedimentos que podem interferir e, até mesmo, suprimir o raciocínio lógico
desenvolvido pela criança.
Isso permite que os alunos desenvolvam sua capacidade reflexiva e tenham uma maior confiança
em suas habilidades para construir e compreender os conceitos matemáticos sob os quais ele está
trabalhando. O professor passa a enxergar melhor como a matemática construída no cotidiano da
criança pode auxiliar no processo de aprendizagem dos conceitos abstratos mais complexos
inerentes da matemática formal.
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De acordo com Targino (2013), a combinação destes dois saberes, o formal e o experimental,
demonstra ser a melhor forma de desenvolver o pensamento lógico-matemático do aluno,
auxiliando sua percepção dos conceitos trabalhados em sala de aula e sua inerente relação com
situações por ele vivenciadas. Ou seja, esta combinação funciona como ferramenta para o professor
transformar estas situações em questões interessantes de serem trabalhadas pelos alunos sob ponto
de vista matemático dentro da sala de aula, facilitando sua aprendizagem e potencializando suas
capacidades cognitivas através da valorização de suas experiências.
Para Moreira (2012) os principais pensadores desta teoria são Piaget, Vygotsky e Wallon” (p.101).
Segundo Unisul (2008 Cit. em Braço, s/d) um dos principais defensores é o psicólogo Bielo-Russo
Lev Semionovitc Vygotsky que afirma que “as características singulares humanas, os processos
psicológicos, são produzidos a partir das relações sociais, isto é, do convívio com os outros
indivíduos da espécie humanas, capazes de elaborar cultura e fazer história” (p.38).
Sob essa visão, a aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de instrumento
e signos. Um signo, de acordo com a teoria de Vygotsky, é algo que significa alguma coisa, como
a linguagem falada e a escrita.
Desta forma, a aprendizagem é uma experiência social de interação pela linguagem e pela ação.
Sendo a interação social a origem e motor da aprendizagem e do desenvolvimento intelectual. Por
exemplo, o ato de indicar um objecto, para uma criança pode não ter nenhum significado, mas
quando a criança aponta para um objeto no intuito de alcançá-lo, e alguém pega para dar à criança
(interação), o acto de apontar começa a ter significado. Ela começar a pegar o significado
socialmente compartilhado de apontar para um objecto.
Ostermann e Cavalcanti (2010) avaliando a teoria de Vygotsky e a obra de outros autores define a
zona de desenvolvimento próxima como “distância entre o nível de desenvolvimento atual,
determinado pela solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
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determinado pela solução de problemas sob orientação de adultos ou em colaboração com pares
mais capazes” (Ostermann & Cavalcanti 2010, p.85).
Targino (2013) analisando a teoria criada pelo autor Vygotsky, diz que a aprendizagem na sala de
aula é resultado de atividades que proporcionam interação, cooperação social, atividades
instrumentais e práticas. Queiroz (2009) enfoca que as actividades em sala de aula devam ser
colaborativas, possibilitando que o aluno vá além do que seria capaz sozinho.
Nesse sentido, o professor deve mediar à aprendizagem utilizando estratégias que levem o aluno a
tornar-se independente, preparando-os para um espaço de diálogo e interação. Essa teoria permite
trabalhar com grupos e técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a sensação de
solidão do aluno.
Quadro 1: Resumo
Teoria Sócio-interacionista
Métodos Interação social mediada por instrumentos e signos
Por meio da interação social e intercambio de significado dentro da
Aprendizagem zona desenvolvimento proximal;
Participação em grupo e compartilhamento de significados social
Mediador;
Papel do professor
Parceiro.
Papel do aluno Activo
Permite trabalhar com grupos e técnicas para motivar, facilitar a
aprendizagem e diminuir a sensação de solidão do aluno;
Permite construir o conhecimento em grupo com participação ativa e
a cooperação de todos os envolvidos;
Aplicações da teoria Oferece oportunidades para discussão e reflexão e o encorajamento
para arriscar e descobrir em grupo.
Possibilita criar ambientes de participação, colaboração e desafiador.
Considera o aluno inserido em uma sociedade e facilita a interação dos
indivíduos.
Fonte: Autora (2022)
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III. Conclusão
Partindo dos objectivos traçados no início do presente trabalho conclui-se que:
As chamadas teorias de aprendizagem reúnem elementos teóricos suficientes para que qualquer
educador possa melhorar a aprendizagem dos seus alunos. Teoria cientifica é um conjunto e
preposições que indicam a crença sobre determinada área de investigação;
Na teoria interacionista vem se que aprendizagem é bilateral, isto é, o professor assim como o
aluno aprendem um com o outro ao contrario dos comportamentalista quem o aluno como tabua
rasa;
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IV. Referências Bibliográficas
Bock, A. M. B., Furtado, O. & Teixeira, M. L. T. (2008). Psicologias: Uma introdução ao estudo
da psicologia. (14ª ed.). São Paulo: Saraiva.
Harari, N.Y. (2014). Uma breve história da humanidade: Sapiens. São paulo: Lepm Editora.
Silvestre, H. C. & Araújo, J. F. (2012). Metodologia para a investigação social. Lisboa: Escolar
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