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1-INTRODUÇÃO .....................................................................................................................3
2-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................4
4-ENSAIO DE FINURA.........................................................................................................13
5-ENSAIO DO TEMPO DE
PEGA .......................................................................................16
7-CONCLUSÕES....................................................................................................................21
8-REFERÊNCIAS...................................................................................................................22
1. INTRODUÇÃO
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Definição
O Cimento Portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou
ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, mesmo que seja novamente
submetido à ação da água, o cimento Portland não se decompõe mais.
2.2 Contextualização
O cimento é um dos principais materiais de construção utilizado no mundo,
comumente misturado com água e outros materiais de construção como areia, pedra britada,
pó de pedra, cal dentre outros. Essas misturas resultam nos concretos e argamassas,
amplamente usados nas construções de casas, pontes, edifícios e tantas outros âmbitos da
construção civil. Dito isto, para um controle da qualidade dessas argamassas e concretos deve-
se conhecer bem as propriedades físicas do cimento visto que ele é o ingrediente mais ativo
quimicamente da mistura.
2.3 Características:
Para entender melhor as características e o comportamento do cimento Portland, faz-se
necessário o estudo da sua composição e propriedades físicas. O Cimento Portland é um
aglomerante hidráulico obtido através da pulverização do clínquer constituído essencialmente
de silicatos hidráulicos de cálcio, com uma certa proporção de cálcio natural e contendo
eventualmente adições de certas substâncias que atuam para melhorias nas propriedades e
facilitam seu uso. As adições podem variar de um tipo de cimento para outro e são essas
diferenças variações que definem diferentes tipos de cimento
2.3.1 Clínquer:
O clínquer tem como matérias-primas o calcário e a argila, ambos obtidos de jazidas
em geral situadas nas proximidades das fábricas de cimento. A rocha calcária é primeiramente
britada, depois moída e em seguida misturada, em proporções adequadas, com argila moída.
A mistura formada atravessa então um forno giratório de grande diâmetro e comprimento,
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cuja temperatura interna chega a alcançar 1450oC. O intenso calor transforma a mistura em
um novo material, denominado clínquer, que se apresenta sob a forma de pelotas. Na saída do
forno o clínquer, ainda incandescente, é bruscamente resfriado para posteriormente ser
finamente moído, transformando-se em pó. O clínquer em pó tem a peculiaridade de
desenvolver uma reação química em presença de água, na qual ele, primeiramente, torna-se
pastoso e, em seguida, endurece, adquirindo elevada resistência e durabilidade. Essa
característica adquirida pelo clínquer, que faz dele um ligante hidráulico muito resistente, é
sua propriedade mais importante.
2.3.2 Adições:
As adições são outras matérias-primas que, misturadas ao clínquer na fase de moagem,
permitem a fabricação dos diversos tipos de Cimento Portland hoje disponíveis no mercado.
Essas outras matérias-primas são o gesso, as escórias de alto-forno, os materiais pozolânicos e
os materiais carbonáticos. O gesso tem como função básica controlar o tempo de pega, isto é,
o início do endurecimento do clínquer moído quando este é misturado com água. Caso não se
adicionasse o gesso à moagem do clínquer, o cimento, quando entrasse em contato com a
água, endureceria quase que instantaneamente, o que inviabilizaria seu uso nas obras. Por
isso, o gesso é uma adição presente em todos os tipos de Cimento Portland. A quantidade
adicionada é pequena: em geral, 3% de gesso para 97% de clínquer, em massa.
A reação só vai acontecer se, além da água, os materiais pozolânicos moídos em grãos
finíssimos também forem colocados em presença de mais um outro material. O clínquer é
justamente um desses materiais, pois no processo de hidratação libera hidróxido de cálcio
(cal) que reage com a pozolana.
Esse é o motivo pelo qual a adição de materiais pozolânicos ao clínquer moído com
gesso é perfeitamente viável, até um determinado limite. E, em alguns casos, é até
recomendável, pois o tipo de cimento assim obtido ainda oferece a vantagem de conferir
maior impermeabilidade, por exemplo, aos concretos e às argamassas.
Outros materiais pozolânicos têm sido estudados, tais como as cinzas resultantes da
queima de cascas de arroz e a sílica ativa, um pó finíssimo que sai das chaminés das fundições
de ferro silício e que, embora em caráter regional, já têm seu uso consagrado no Brasil, a
exemplo de outros países tecnologicamente mais avançados.
Conclui-se, pois que, de todas as adições, o gesso não pode, em hipótese alguma,
deixar de ser misturado ao cimento, e que as demais matérias-primas adicionadas (escória de
alto-forno, materiais pozolânicos e materiais carbonáticos) são totalmente compatíveis com o
principal componente do cimento Portland – o clínquer – acabando por conferir ao cimento
pelo menos uma qualidade a mais.
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2.4 Tipos de Cimento:
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3. ENSAIO – MASSA ESPECÍFICA REAL DO CIMENTO (LE CHÂTELIER)
3.1 Objetivos
3.2 Materiais
- Balança
- Pincéis
3.3 Métodos
Os procedimentos são baseados na norma da ABNT – NBR 16605/2017 – Ensaio de
Le Châtelier. Primeiramente, deve-se pesar o frasco de Le Châtelier, o frasco deve estar
devidamente limpo, seco e com a tampa no momento da pesagem.
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Após a pesagem, é inserida uma quantidade de querosene com a ajuda do funil de
haste longa (para que as paredes internas do frasco não fiquem úmidas e prendam o material
pulverulento) de modo que nível fique entre 0 e 1 cm³, registra-se o valor encontrado do nível
do líquido na parte interior do menisco, esse valor será o volume inicial (Vinicial).
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Figura3: Amostra do cimento CPII-F pesando 60g
Figura 4: Cimento sendo inserido em dos frascos com o funil de haste curta
Para finalizar, deve-se tampar o frasco e retirar o ar que pode ter entrado no momento
que foi inserido o cimento, após a expulsão do ar deve-se pesar novamente o frasco (agora
com querosene e cimento) e registra-se o valor encontrado na balança e o valor do nível do
líquido na parte inferior do menisco (Vfinal).
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Figura 6: Pesagem do frasco 2 com cimento e querosene após a expulsão do ar
Como mostrado nas imagens acima, este processo é feito em 2 frascos diferentes, e
então o resultado final será a média das massas específicas dos frascos 1 e 2.
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3.4 Resultados
Frasco 01 Frasco 02
Massa do Frasco Massa do Frasco
Vazio com Tampa Vazio com Tampa
Massa do Frasco + 345,3g Massa do Frasco + 314,8g
Querosene Querosene
Massa do Frasco + 405,3g Massa do Frasco + 375,1g
Querosene + Querosene +
Cimento Cimento
Massa do Cimento 60g Massa do Cimento 60g
Vinicial 0,6cm³ Vinicial 0,3
Vfinal 21,2cm³ Vfinal 21,2
VIcorrigido 0,6cm³ VIcorrigido 0,3
VFcorrigido 20,93cm³ VFcorrigido 21,01cm³
ρ 2,95g/cm³ ρ 2,90g/cm³
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4. ENSAIO DE FINURA
4.1 Objetivos
Determinar o índice de finura do cimento a partir do método normatizado pela NBR
11579/13
4.2 Materiais
- Recipiente
- Pincel
- Amostra de cimento
4.3 Métodos
A peneira deve estar devidamente limpa e seca, encaixada no fundo, após a preparação
da peneira deve-se inserir uma quantia de 50g (P) de cimento (CPII-F) e após a inserção do
cimento inicia-se o peneiramento.
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Figura 7: Peneira com fundo e com a amostra de 50g de cimento
Após o fim do peneiramento, foi verificado por meio da balança que o material retido
na peneira (R) teve sua massa medida em 0,7g
Para se obter o índice de finura (%F) temos que:
R
%F= . 100
P
Onde:
%F = Índice de finura
R = Material retido na peneira 0,075mm (g)
P = Massa inicial do cimento (g)
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4.4 Resultados
Utilizando a equação mostrada acima temos que:
0,7
%F= .100
50
%F=1,4
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5. ENSAIO DO TEMPO DE PEGA
5.1 Objetivo
Conhecer o tempo que se tem para poder preparar, transportar, aplicar e adensar as
argamassas e concretos ou outros compósitos que tenham em sua constituição o cimento.
5.2 Materiais
- Espátula;
- Copo de Becker;
- Relógio ou cronômetro;
- Aparelho de Vicat;
- Placa de vidro;
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5.3 Métodos
Inicialmente, deve-ser anotar o tempo desde o momento que a água é adicionada a
amostra de cimento (Tempo 1). Em seguida, deve-se zerar o aparelho e penetrar a amostra
com a agulha de Vicat.
O início de pega é aferido quando a agulha estacionar a 6 ± 2mm do fundo do molde,
registrando assim o tempo 2. Após a constatação do início de pega, faz-se leituras a intervalos
regulares de 10min.
Assim, quando a agulha penetrar menos de 0,5mm, tem-se o tempo 2 final, ou o fim de
pega.
5.4 Resultados
Esse ensaio foi visto por nós apenas em sala de aula, no laboratório não foi possível
executá-lo devido à falta de tempo para conferir os intervalos necessários para a sua
conclusão. Assim ficou sendo apenas tratado nessa seção a fim de possibilitar um melhor
entendimento do assunto e exposição do conteúdo.
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6. ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES
6.1 Objetivos
Determinar a resistência à compressão da argamassa composta por Cimento Portland.
6.2 Materiais
- Balança;
- Peneiras;
- Espátula;
- Soquete;
6.3 Métodos
Primeiramente, deve-se determinar a quantidade de material exata a ser utilizada com
a proporção de 1:3 (cimento e areia), considerando o fator água/cimento de 0,48. Dessa
forma, com um material de 500g, ficou determinado que 125g seriam de cimento, 375g de
areia devidamente normatizada e uniforme de acordo com sua granulometria e 60ml de água
considerando a quantidade de cimento já observada.
Em seguida, foi misturado manualmente todo esse material de forma se assemelhar o
processo de mistura mecânica. A pasta foi sendo previamente homogeneizada e a água foi
sendo adicionada lentamente a fim de atingir toda a massa. Após a massa estar totalmente
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homogeneizada, com o auxílio da espátula, retira-se parte da pasta e vai moldando os corpos-
de-prova.
6.4 Resultados
Analisando os vídeos e gráficos fornecidos pelo técnico de laboratório responsável por
nos orientar nas atividades práticas e a professora responsável da disciplina, podemos retirar
as seguintes informações:
- Para o CP1 (corpo-de-prova 1) foi necessária uma força de aproximadamente 146,5N
e um deslocamento (deformação) de aproximadamente 5,83mm, como visto na imagem
abaixo, dessa forma, tendo uma resistência de aproximadamente 16Mpa.
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Figura 11: Ruptura do CP1
- Para o CP2 (corpo-de-prova 2), os resultados foram bem próximos, tendo uma
resistência de 15Mpa.
Desta forma, observou-se que a resistência média será a média aritmética dos dois
corpos-de-prova trabalhados, sendo igual a 15,5Mpa. Calculando também o desvio relativo
máximo, observou-se um resultado de 3,2% para as amostras em destaque.
Percebe-se, através desse ensaio, que a argamassa que foi produzida em laboratório
corresponde a características mecânicas bem próximas ao convencional e que é observado nos
canteiros de obras e na indústria da Construção Civil. Além, disso, o desvio relativo foi
inferior ao que é observado por norma. Logo, pode-se observar que os resultados do ensaio
foram satisfatórios e, portanto, não é necessário refazê-lo.
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7. CONCLUSÕES
A partir de tudo o que foi tratado nesse trabalho até o presente podemos concluir
alguns tópicos a seguir:
- Os ensaios de caracterização são fundamentais para observarmos as características
mais íntimas relacionadas ao material e que fazem com que ele seja classificado da seguinte
forma. Por exemplo, o ensaio de massa específica, apresentando uma média próxima ao ideal
de 2,89, e o ensaio de finura, confirmando a definição de material pulverulento e de
aglomerante, são fundamentais para classificar o cimento como um material fino e que, a
partir disso, possui alta susceptibilidade a reações químicas tornando a sua natureza
aglomerante e que é responsável pela união dos agregados dentro da construção.
- O ensaio de tempo de pega foi fundamental para observarmos o intervalo de tempo
que é necessário e suficiente para garantir plasticidade e trabalhabilidade dentro do
laboratório, da obra, ou em outro ambiente que for necessário esse material, garantindo assim
menores perdas e um controle de qualidade resultante dessa observação mais aguçada.
- Já o ensaio de resistência à compressão garante que uma das funções que procuramos
dentro dos elementos sejam testadas e aprovadas. Com isso, foi observado que o ensaio supriu
as expectativas dos alunos e foi bem visto e avaliado por mostrar a praticidade e pelos
resultados serem expressos de maneira gráfica e também pelo desgaste da peça ao sofrer
compressão e esforço, provocando tais esforços solicitantes internos de compressão.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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