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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG

CETNRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS – CTRN


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO EXPERIMENTAL TURMA: 03
PROFESSORA: ANA MARIA GONÇALVES DUARTE MENDONÇA
ALUNOS: - FRANCISCO DE ASSIS CORREIA DINIZ FILHO (120110764)
- JOÃO PEDRO SILVEIRA SALUSTIANO (120110367)

CARACTERIZAÇÃO E ENSAIO – CIMENTO PORTLAND

CAMPINA GRANDE, 21/11/2022


SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO .....................................................................................................................3

2-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................4

3-ENSAIO MASSA ESPECÍFICA REAL DO


CIMENTO...................................................8

4-ENSAIO DE FINURA.........................................................................................................13

5-ENSAIO DO TEMPO DE
PEGA .......................................................................................16

6-ENSAIO DE DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES...................................18

7-CONCLUSÕES....................................................................................................................21

8-REFERÊNCIAS...................................................................................................................22
1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem o objetivo de descrever os procedimentos necessários para a


realização de ensaios referentes ao Cimento Portland. Dentre esses ensaios, destacam-se
aqueles necessários para a caracterização do aglomerante (Massa específica e Finura), bem
como classificar o seu comportamento mediante algumas misturas (Tempo de Pega e
Resistência a Compressão).

Foram feitos ensaios facilmente executáveis, devidamente normalizados que fornecem


medidas aproximadas do comportamento do material sob determinadas condições. Em suma,
vale ressaltar como sempre a importância da caracterização desse material que compõe boa
parte dos elementos da construção civil, assim, estuda-lo é conhecer a fundo as suas
características e propriedades afim de aumentar os benefícios para a nossa comunidade
científica.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Definição
O Cimento Portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou
ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, mesmo que seja novamente
submetido à ação da água, o cimento Portland não se decompõe mais.

2.2 Contextualização
O cimento é um dos principais materiais de construção utilizado no mundo,
comumente misturado com água e outros materiais de construção como areia, pedra britada,
pó de pedra, cal dentre outros. Essas misturas resultam nos concretos e argamassas,
amplamente usados nas construções de casas, pontes, edifícios e tantas outros âmbitos da
construção civil. Dito isto, para um controle da qualidade dessas argamassas e concretos deve-
se conhecer bem as propriedades físicas do cimento visto que ele é o ingrediente mais ativo
quimicamente da mistura.

2.3 Características:
Para entender melhor as características e o comportamento do cimento Portland, faz-se
necessário o estudo da sua composição e propriedades físicas. O Cimento Portland é um
aglomerante hidráulico obtido através da pulverização do clínquer constituído essencialmente
de silicatos hidráulicos de cálcio, com uma certa proporção de cálcio natural e contendo
eventualmente adições de certas substâncias que atuam para melhorias nas propriedades e
facilitam seu uso. As adições podem variar de um tipo de cimento para outro e são essas
diferenças variações que definem diferentes tipos de cimento

2.3.1 Clínquer:
O clínquer tem como matérias-primas o calcário e a argila, ambos obtidos de jazidas
em geral situadas nas proximidades das fábricas de cimento. A rocha calcária é primeiramente
britada, depois moída e em seguida misturada, em proporções adequadas, com argila moída.
A mistura formada atravessa então um forno giratório de grande diâmetro e comprimento,

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cuja temperatura interna chega a alcançar 1450oC. O intenso calor transforma a mistura em
um novo material, denominado clínquer, que se apresenta sob a forma de pelotas. Na saída do
forno o clínquer, ainda incandescente, é bruscamente resfriado para posteriormente ser
finamente moído, transformando-se em pó. O clínquer em pó tem a peculiaridade de
desenvolver uma reação química em presença de água, na qual ele, primeiramente, torna-se
pastoso e, em seguida, endurece, adquirindo elevada resistência e durabilidade. Essa
característica adquirida pelo clínquer, que faz dele um ligante hidráulico muito resistente, é
sua propriedade mais importante.

2.3.2 Adições:
As adições são outras matérias-primas que, misturadas ao clínquer na fase de moagem,
permitem a fabricação dos diversos tipos de Cimento Portland hoje disponíveis no mercado.
Essas outras matérias-primas são o gesso, as escórias de alto-forno, os materiais pozolânicos e
os materiais carbonáticos. O gesso tem como função básica controlar o tempo de pega, isto é,
o início do endurecimento do clínquer moído quando este é misturado com água. Caso não se
adicionasse o gesso à moagem do clínquer, o cimento, quando entrasse em contato com a
água, endureceria quase que instantaneamente, o que inviabilizaria seu uso nas obras. Por
isso, o gesso é uma adição presente em todos os tipos de Cimento Portland. A quantidade
adicionada é pequena: em geral, 3% de gesso para 97% de clínquer, em massa.

As escórias de alto-forno são obtidas durante a produção de ferro-gusa nas indústrias


siderúrgicas e se assemelham aos grãos de areia. Antigamente, as escórias de alto-forno eram
consideradas como um material sem maior utilidade, até ser descoberto que elas também
tinham a propriedade de ligante hidráulico muito resistente, ou seja, que reagem em presença
de água, desenvolvendo características aglomerantes de forma muito semelhante à do
clínquer. Essa descoberta tornou possível adicionar a escória de alto-forno à moagem do
clínquer com gesso, guardadas certas proporções, e obter como resultado um tipo de cimento
que, além de atender plenamente aos usos mais comuns, apresenta melhoria de algumas
propriedades, como maior durabilidade e maior resistência final.

Os materiais pozolânicos são rochas vulcânicas ou matérias orgânicas fossilizadas


encontradas na natureza, certos tipos de argilas queimadas em elevadas temperaturas (550oC
a 900oC) e derivados da queima de carvão mineral nas usinas termelétricas, entre outros. Da
mesma forma que no caso da escória de alto-forno, pesquisas levaram à descoberta de que os
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materiais pozolânicos, quando pulverizados em partículas muito finas, também passam a
apresentar a propriedade de ligante hidráulico, se bem que de forma distinta. Isto porque não
basta colocar os materiais pozolânicos, sob forma de pó muito fino, em presença de água, para
que passem a desenvolver as reações químicas que os tornam primeiramente pastosos e depois
endurecidos.

A reação só vai acontecer se, além da água, os materiais pozolânicos moídos em grãos
finíssimos também forem colocados em presença de mais um outro material. O clínquer é
justamente um desses materiais, pois no processo de hidratação libera hidróxido de cálcio
(cal) que reage com a pozolana.

Esse é o motivo pelo qual a adição de materiais pozolânicos ao clínquer moído com
gesso é perfeitamente viável, até um determinado limite. E, em alguns casos, é até
recomendável, pois o tipo de cimento assim obtido ainda oferece a vantagem de conferir
maior impermeabilidade, por exemplo, aos concretos e às argamassas.

Outros materiais pozolânicos têm sido estudados, tais como as cinzas resultantes da
queima de cascas de arroz e a sílica ativa, um pó finíssimo que sai das chaminés das fundições
de ferro silício e que, embora em caráter regional, já têm seu uso consagrado no Brasil, a
exemplo de outros países tecnologicamente mais avançados.

Os materiais carbonáticos são rochas moídas, que apresentam carbonato de cálcio em


sua constituição tais como o próprio calcário. Tal adição serve também para tornar os
concretos e as argamassas mais trabalháveis, porque os grãos ou partículas desses materiais
moídos têm dimensões adequadas para se alojar entre os grãos ou partículas dos demais
componentes do cimento, funcionando como um verdadeiro lubrificante. Quando presentes no
cimento são conhecidos como fíler calcário.

Conclui-se, pois que, de todas as adições, o gesso não pode, em hipótese alguma,
deixar de ser misturado ao cimento, e que as demais matérias-primas adicionadas (escória de
alto-forno, materiais pozolânicos e materiais carbonáticos) são totalmente compatíveis com o
principal componente do cimento Portland – o clínquer – acabando por conferir ao cimento
pelo menos uma qualidade a mais.

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2.4 Tipos de Cimento:

O Cimento tem várias classificações de acordo com sua composição, resistência e


consequentemente melhores aplicações, como pode ser visto nas figuras a seguir:

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3. ENSAIO – MASSA ESPECÍFICA REAL DO CIMENTO (LE CHÂTELIER)

Este ensaio é normatizado e padronizado pela ABNT NBR 16605/17 e o experimento


é efeito através do frasco de Le Châtelier. O conhecimento da massa específica real do
Cimento Portland tem influência direta na quantidade deste material na composição das
pastas, argamassas e concretos, entre outros importantes comportamentos dos cimentos
quando em uso e armazenagem.

3.1 Objetivos

Determinar a massa específica do cimento Portland, por meio do frasco volumétrico


de Le Châtelier.

3.2 Materiais

- Frasco Volumétrico de Le Châtelier

- Balança

- Funil de Vidro com haste longa

- Funil de Vidro com haste curta

- Espátula com ponta fina

- Pincéis

3.3 Métodos
Os procedimentos são baseados na norma da ABNT – NBR 16605/2017 – Ensaio de
Le Châtelier. Primeiramente, deve-se pesar o frasco de Le Châtelier, o frasco deve estar
devidamente limpo, seco e com a tampa no momento da pesagem.

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Após a pesagem, é inserida uma quantidade de querosene com a ajuda do funil de
haste longa (para que as paredes internas do frasco não fiquem úmidas e prendam o material
pulverulento) de modo que nível fique entre 0 e 1 cm³, registra-se o valor encontrado do nível
do líquido na parte interior do menisco, esse valor será o volume inicial (Vinicial).

Figura 1: Frasco 1 pesando 345,3g apenas com o querosene

Figura 2: Frasco 2 pesando 314,8g apenas com querosene

Seguinte a inserção do querosene, deve-se pesar o frasco volumétrico com o


querosene. Após isso, deve-se pesar uma massa de 60g de cimento (CP II-F) o qual deve ser
tratado para retirar qualquer pelota de cimento, após pesado, essa amostra de cimento deve ser
inserida, com cuidado para que não haja perda de material, no frasco de Le Châtelier,
utilizando o funil de haste curta e espátula de ponta fina.

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Figura3: Amostra do cimento CPII-F pesando 60g

Figura 4: Cimento sendo inserido em dos frascos com o funil de haste curta

Para finalizar, deve-se tampar o frasco e retirar o ar que pode ter entrado no momento
que foi inserido o cimento, após a expulsão do ar deve-se pesar novamente o frasco (agora
com querosene e cimento) e registra-se o valor encontrado na balança e o valor do nível do
líquido na parte inferior do menisco (Vfinal).

Figura 5: Pesagem do frasco 1 com cimento e querosene após a expulsão do ar

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Figura 6: Pesagem do frasco 2 com cimento e querosene após a expulsão do ar

Para se obter a Massa Específica temos que:


M
ρ=
V Final−V Inicial
Onde:
ρ = Massa Específica
M = Massa do cimento
V Final = Volume final corrigido
V Inicial = Volume inicial corrigido

Como mostrado nas imagens acima, este processo é feito em 2 frascos diferentes, e
então o resultado final será a média das massas específicas dos frascos 1 e 2.

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3.4 Resultados

Frasco 01 Frasco 02
Massa do Frasco Massa do Frasco
Vazio com Tampa Vazio com Tampa
Massa do Frasco + 345,3g Massa do Frasco + 314,8g
Querosene Querosene
Massa do Frasco + 405,3g Massa do Frasco + 375,1g
Querosene + Querosene +
Cimento Cimento
Massa do Cimento 60g Massa do Cimento 60g
Vinicial 0,6cm³ Vinicial 0,3
Vfinal 21,2cm³ Vfinal 21,2
VIcorrigido 0,6cm³ VIcorrigido 0,3
VFcorrigido 20,93cm³ VFcorrigido 21,01cm³
ρ 2,95g/cm³ ρ 2,90g/cm³

3.5 Análise dos resultados

A partir dos dados alcançados experimentalmente em laboratório e evidenciado acima,


pode-se concluir que a massa específica do cimento é igual a 2,925g/cm³ pois o resultado é
retirado a partir da média dos dois frascos. Os cimentos brasileiros costumam variar de
2,82g/cm³ a 3,12g/cm³, dito isto a amostra testada em laboratório está dentro do esperado.

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4. ENSAIO DE FINURA

O ensaio de finura do Cimento Portland é um ensaio de grande importância pois o


tamanho do grão do produto está diretamente relacionado a qualidade do mesmo e com isso
influência diretamente no uso do cimento nas pastas, argamassas e concretos. Ademais, o
tamanho do grão do cimento estará diretamente relacionado à rapidez de hidratação,
velocidade das reações químicas que devem acontecer com a água, portanto influenciando
também nas principais características físicas e químicas do cimento como por exemplo
resistências a curtos e longos prazos. Isto é, quanto maior a finura, maior resistência,
impermeabilidade, melhor trabalhabilidade e menor exsudação. Desse modo fica evidente a
importância da determinação da finura do cimento para um melhor entendimento do seu
comportamento e por conseguinte garantir boa qualidade de pastas, argamassas e concretos.

4.1 Objetivos
Determinar o índice de finura do cimento a partir do método normatizado pela NBR
11579/13

4.2 Materiais

- Peneira 200 com fundo e tampa

- Recipiente

- Balança com precisão de 10mg

- Pincel

- Amostra de cimento

4.3 Métodos
A peneira deve estar devidamente limpa e seca, encaixada no fundo, após a preparação
da peneira deve-se inserir uma quantia de 50g (P) de cimento (CPII-F) e após a inserção do
cimento inicia-se o peneiramento.

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Figura 7: Peneira com fundo e com a amostra de 50g de cimento

Após 3 minutos do início do peneiramento, o processo é interrompido para que seja


retirado o material que ficou preso na tela e nas paredes da peneira. Após a retirada desse
material o processo de peneiramento é retomado até que atinja os 10 minutos totais. Ao
chegar no final do tempo, repete-se o processo de desprendimento do material no fundo e nas
paredes e então deve-se pesar a quantidade de material retido na peneira.

Figura 8: Material retido na peneira

Após o fim do peneiramento, foi verificado por meio da balança que o material retido
na peneira (R) teve sua massa medida em 0,7g
Para se obter o índice de finura (%F) temos que:
R
%F= . 100
P
Onde:
%F = Índice de finura
R = Material retido na peneira 0,075mm (g)
P = Massa inicial do cimento (g)
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4.4 Resultados
Utilizando a equação mostrada acima temos que:
0,7
%F= .100
50

%F=1,4

Desta forma chegamos de forma experimentalmente ao Índice de finura do cimento


(CPII-F) no valor de 1,4%.

4.5 Análise dos Resultados


A partir dos processos mostrados anteriormente pode-se concluir que a finura do
cimento testado em laboratório está na porcentagem de 1,4. Isto é, um valor considerado bom
para quaisquer funções das diversas que o cimento pode exercer.

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5. ENSAIO DO TEMPO DE PEGA

Os tempos de pegas se referem às etapas do processo de endurecimento, solidificação


ou enrijecimento do cimento e, em consequência, do concreto. Também são utilizados os
termos de perda de plasticidade, perda de trabalhabilidade ou ainda cristalização para
entendimento destes tempos. Esse termo está no plural porque temos o Início de Pega e o Fim
de Pega: dois intervalos de tempo fundamentais para definirmos o tempo apropriado para se
trabalhar nessa mistura. Vale salientar que esse ensaio é padronizado pela NBR 16607:2017.

Figura 9: Ilustração gráfica do tempo de pega

5.1 Objetivo
Conhecer o tempo que se tem para poder preparar, transportar, aplicar e adensar as
argamassas e concretos ou outros compósitos que tenham em sua constituição o cimento.

5.2 Materiais

- Balança com precisão de 0,01g;

- Espátula;

- Copo de Becker;

- Relógio ou cronômetro;

- Amostra de cimento (em torno de 500g);

- Aparelho de Vicat;

- Placa de vidro;
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5.3 Métodos
Inicialmente, deve-ser anotar o tempo desde o momento que a água é adicionada a
amostra de cimento (Tempo 1). Em seguida, deve-se zerar o aparelho e penetrar a amostra
com a agulha de Vicat.
O início de pega é aferido quando a agulha estacionar a 6 ± 2mm do fundo do molde,
registrando assim o tempo 2. Após a constatação do início de pega, faz-se leituras a intervalos
regulares de 10min.
Assim, quando a agulha penetrar menos de 0,5mm, tem-se o tempo 2 final, ou o fim de
pega.

5.4 Resultados

Para obtenção dos resultados, faz-se necessário observar as seguintes relações:

Início de pega: IP=t 2−t 1


Onde, t1 é o momento em que a água foi adicionada ao cimento e t2 é o tempo
decorrido até a agulha estacionar a 1mm do fundo do molde.

Fim de pega: FP=t 2 f −t 1


Onde, t2f é o tempo para a agulha estacionar a 0,5mm da superfície.

5.5 Análise dos Resultados

Esse ensaio foi visto por nós apenas em sala de aula, no laboratório não foi possível
executá-lo devido à falta de tempo para conferir os intervalos necessários para a sua
conclusão. Assim ficou sendo apenas tratado nessa seção a fim de possibilitar um melhor
entendimento do assunto e exposição do conteúdo.

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6. ENSAIO DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES

Este ensaio visa determinar a resistência à compressão de corpos-de-prova cilíndricos


normalizados. Estes corpos-de-prova são elaborados com argamassa composta de uma parte
de cimento e três de areia homogeneizados com o fator água/cimento de 0,48. Vale salientar
que esse ensaio é normatizado pela NBR 7215:1996.

Em suma, a partir desse ensaio consegue-se verificar tecnicamente a resistência da


argamassa e, a partir disso, concluir se é um material adequado para se utilizar no canteiro de
obras.

6.1 Objetivos
Determinar a resistência à compressão da argamassa composta por Cimento Portland.

6.2 Materiais

- Balança;

- Peneiras;

- Espátula;

- Moldes (d = 50 ± 0,1mm e h = 100 ± 0,2mm);

- Soquete;

- Máquina de ensaio à compressão (normalmente trata-se de uma prensa hidráulica).

6.3 Métodos
Primeiramente, deve-se determinar a quantidade de material exata a ser utilizada com
a proporção de 1:3 (cimento e areia), considerando o fator água/cimento de 0,48. Dessa
forma, com um material de 500g, ficou determinado que 125g seriam de cimento, 375g de
areia devidamente normatizada e uniforme de acordo com sua granulometria e 60ml de água
considerando a quantidade de cimento já observada.
Em seguida, foi misturado manualmente todo esse material de forma se assemelhar o
processo de mistura mecânica. A pasta foi sendo previamente homogeneizada e a água foi
sendo adicionada lentamente a fim de atingir toda a massa. Após a massa estar totalmente

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homogeneizada, com o auxílio da espátula, retira-se parte da pasta e vai moldando os corpos-
de-prova.

Figura 10: Moldes dos corpos-de-prova


Para a moldagem dos corpos-de-prova, é necessário untar previamente os moldes com
óleo a fim de que a pasta não grude nas paredes do molde. Após isso, vai colocando a massa
disposta em 4 camadas uniformes que são adensadas por um soquete com uma energia
disposta a partir de 30 golpes. Os corpos-de-prova após passarem por esse processo são
dispostos ao seu tempo de cura ao ar livre, inicialmente, e depois levados a um tanque de água
não corrente de forma a alcançar a cura desejada.
Por fim, após o período de cura – 7, 14 e 28 dias estabelecidos por norma – os corpos-
de-prova são rompidos. Entretanto, a fim de obtermos os resultados para a elaboração deste
relatório, os corpos foram rompidos após uma semana a sua confecção.

6.4 Resultados
Analisando os vídeos e gráficos fornecidos pelo técnico de laboratório responsável por
nos orientar nas atividades práticas e a professora responsável da disciplina, podemos retirar
as seguintes informações:
- Para o CP1 (corpo-de-prova 1) foi necessária uma força de aproximadamente 146,5N
e um deslocamento (deformação) de aproximadamente 5,83mm, como visto na imagem
abaixo, dessa forma, tendo uma resistência de aproximadamente 16Mpa.

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Figura 11: Ruptura do CP1

- Para o CP2 (corpo-de-prova 2), os resultados foram bem próximos, tendo uma
resistência de 15Mpa.
Desta forma, observou-se que a resistência média será a média aritmética dos dois
corpos-de-prova trabalhados, sendo igual a 15,5Mpa. Calculando também o desvio relativo
máximo, observou-se um resultado de 3,2% para as amostras em destaque.

6.5 Análise dos Resultados

Percebe-se, através desse ensaio, que a argamassa que foi produzida em laboratório
corresponde a características mecânicas bem próximas ao convencional e que é observado nos
canteiros de obras e na indústria da Construção Civil. Além, disso, o desvio relativo foi
inferior ao que é observado por norma. Logo, pode-se observar que os resultados do ensaio
foram satisfatórios e, portanto, não é necessário refazê-lo.

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7. CONCLUSÕES

A partir de tudo o que foi tratado nesse trabalho até o presente podemos concluir
alguns tópicos a seguir:
- Os ensaios de caracterização são fundamentais para observarmos as características
mais íntimas relacionadas ao material e que fazem com que ele seja classificado da seguinte
forma. Por exemplo, o ensaio de massa específica, apresentando uma média próxima ao ideal
de 2,89, e o ensaio de finura, confirmando a definição de material pulverulento e de
aglomerante, são fundamentais para classificar o cimento como um material fino e que, a
partir disso, possui alta susceptibilidade a reações químicas tornando a sua natureza
aglomerante e que é responsável pela união dos agregados dentro da construção.
- O ensaio de tempo de pega foi fundamental para observarmos o intervalo de tempo
que é necessário e suficiente para garantir plasticidade e trabalhabilidade dentro do
laboratório, da obra, ou em outro ambiente que for necessário esse material, garantindo assim
menores perdas e um controle de qualidade resultante dessa observação mais aguçada.
- Já o ensaio de resistência à compressão garante que uma das funções que procuramos
dentro dos elementos sejam testadas e aprovadas. Com isso, foi observado que o ensaio supriu
as expectativas dos alunos e foi bem visto e avaliado por mostrar a praticidade e pelos
resultados serem expressos de maneira gráfica e também pelo desgaste da peça ao sofrer
compressão e esforço, provocando tais esforços solicitantes internos de compressão.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT NBR 11579/1991. Cimento Portland – determinação da finura por meio da


peneira 75. Rio de Janeiro, 1991.

ABNT NBR 16605/2017. Cimento Portland e outros materiais em pó –


Determinação da massa específica. Rio de Janeiro, 2017.

ABNT NBR 7215/1996. Cimento Portland – determinação de resistência a


compressão. Rio de Janeiro, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Guia Básico de


utilização de cimento Portland. São Paulo, 2002.

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