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et le ta ha igs igs Ps se Pe Pgs Mags ge = he < OS Universidade Privadla de Angola CAMPUS DO LUBANGO = METODOLOGIA DE INVESTIGACAO MARGARIDA VENTURA, Ph .D LUBANGO, 2003 we dis dh te a dae Mad at hat Lait ae hat ane nd hit ean Ken da da is indice Introdugao 1A investigagdo Cientifica 1.1. © Conhecimento Cientifico 1.2. Caracteristicas do Conhecimento Cientifico 2.Breve revisio A Metodologia de Investigagzio em Ci 2.1, Estrutura da investigacdo empirica 2.2. Bscolha ¢ Definigaio do ‘Tema 2.2.1. Definigtio de um problema 2.2.2. Passos na definigdio do problema 2.2.3, Revisio bibliografica 2.3. Populagiio ¢ Amostra 2.4. Hipéteses de investigagio 2.4.1. Aceitacio ¢ rejeigao estatistica das hipdteses 2,5. Estatuto das varidveis 2.6. Design (tipo) de investigagao 2.7. Métodos ¢ instrumentos para a recolha e dados 2.8. A Matriz de dados 3. Anilises estatisticas 4.Interpretagiio dos resultados 5. Estrutura de uma investigagao empirica Bibliografia ras baa ee Fn.’ Near Wefan‘ Ls Mcrae ane Introdugio Quase sempre, uma licenciatura acaba com uma tese, um relatorio de estégio ou qualquer outro ista nessa ara. Muilas vezes a trabalho de investigagdio que comprove @ competéncia do tese é considerada como um entrave a conclustio do curso, dificil, © que faz com que muitos jo de um trabalho de estudantes nao completem as suas liceneiaturas. No entanto, a elabora pesquisa pode set um trabalho interessante ¢ que leva o investigador a0 enorme prazer de A entrar em fronteiras cada vez mais novas do conhecimento. ., porque a tese é como um porco: nela tudo se aprove uma tese ¢ como divertis Com esta pequena brochura pretendo fornecer os estudantes com as nogées basicas para uma a jomada, a da elaboragiio da tese. Pesquisar investigagfio © com isso ajudé-los na sua Ulti pode ser uma fonte de satisfagio ¢ espero contribuir deste modo para mostrar e despertar neles © gosto pela descoberta. i Investigagio Cientifien Cada profissaio acarreta hoje mais do que a sua simples execugio. Todo 0 profissional deve asear as suas atitudes, inovagdes e desempenho em bases cientificas. A investigagio cientifica ino. ocupa hoje um lugar estratégico em todas as freas. Para se aplicar um novo método de en: stigar as condigdes mais favordveis & sua pritica e as st uma nova gestao, é conveniente inv consequéncias. Para isso, fazem-se pequenas investigagdes. que vao desde a sondagem & experimentago. Comegaremos por abordar aqui o que € 0 conheeimento cientitico. oo ly bn tes tt tw sis ay Le he as ee he Le LL re & |. O Conhecimento Cientifico Falar em conhecimento cientifico ¢ falar em ciéncia. Certamente que nem todo o conhecimento que possuimos, e que diariamente utilizamos, se pode incluir dentro da classificaglio de conhecimento cientifi co. No entanto, as nossas decisdes mais pensadas, ¢ sobretudo enquanto profissionais, serfio tanto mais adequadas quanto mais validadas pelo conhecimento cientifico. Certamente que, as grandes alteragdes sociais nfo passam apenas pelos resultados das investigagées, pelo menos na sua explicagao mais préxima, contudo impossivel dissociar os avangos civilizacionias da investigagio € do aproveitamento dos seus produtos mais directos. © termo cigncia do latin sciemia, signifiea “conhecimento, doutrina, erudigao ow prética”. Progressivamente foi acrescentado 0 caricter sistemético ou organizado de tal conhecimento. Hoje podemos definir ciéncia por “conjunto organizado de conhecimentos sobre a realidade © obtidos mediante © método cientifico”. Na descrigéo deste método importa salvaguardar 0 seu cardcter empitico, diferenciando este conhecimento das especulagdes ou abstracgées puras ( Almeida e Freire, 1997) Mais recentemente, ainda, o termo ciéncia surge usado como o “conhecimento em ae como determinada maneira de produzir conhecimento. Neste tiltimo caso. ciéncia define-se por um modo de conhecimento rigoroso, metédico © sistemitico que pretende optimizar a informagao disponivel em torno de problemas de origem teéricas e/ou pratica, sendo a sua principal fanedo a compreensio, explicagio, predigdo e controlo dos fendmenos. Assim, e eada vez mais, a ciéncia apoia a tomada de decisdes e os Pprocessos de mudanga da realidade {Almeida e Freire, 1997). No caso la Psicologia, podemos afirmar que, enquanto ciéncia. procura descrever, explicar, predizer e controlar o comportamento humano, Neste sentido, podemos definir 4 tipos eke ee de investigagio: a investigagao descritiva, a investigago correlacional a investigagdo experimental, e a no experimental cujas caracteristicas serao estudadas mais a frente. 1.2. Caracteristicas do Conhecimento Cientifico ‘© nosso conhecimento sobre a realidade que nos circunda pode apresentar diferentes origens e assumir diferentes caracteristieas. Por exemplo, podemos possuir um conhecimento vulgar ou comum sobre as coisas que mais povoam o nosso quotidiano. Ao mesmo tempo, a manipulag&o que vamos fazendo sobre os objectos fisicos e 0 mundo que nos rodeia, permite- nos um conheeimento pratico sobre os mesmos. Ambos os conhecimentos so conhecimentos nento comum”, Eles faze parte do ‘espontineos ou integram o que se disigna por “conhe quotidiano e, por norma so conhecimentos pouco sisteméticos e pouco criticos. O conhecimento cientifico ¢. por ineréncia, mais organizado, mais sistemiitico e preciso na sua fundamentagaio. Assiste-the, ainda, caracteristicas de racionalidade ¢ objectividade. E um conhecimento obtido através do método cientifico, e de entre as suas caracteristicas, podemos salientar as seguintes ( Almeida e Freire, 1997): 1G) objective: desereve a reatdace come ela & ox pode ser, mesmo que Falivel ‘apenas temporariamente correcto, mas nunca como gostaramos que fase: empiric: sempre hasead na experi@ncia, nos fein 4x) replicvel : as mesmas condigdes. em diferentes aenis © con diferentes experimentaores. dsvem replicar ‘os resultados, ou a sua comprovagdo pode ser fita por pessoas distntasc em circunstincias diversas: ee ly le ULL] 50) sistemético: conhecimento organiza. omdenade. consisiente © eoorente nos seus elemento, os qusis nam uma toalidade eocrentee integra num sistema mais ampl 6 (i) metédico: conhecimenta obtide através de procodinn 0S © estralégias fiiveis. mediante planos melodoligicos tigorosos: 7 ii) _comunicévek: conhecimento claro € preciso na sua significea. reconhecida e aceite peta comunidad cientifica: 8 (si) analitico: procura ir além das aparéncias. procura entrar na complevidade e na globalidade dos fendmenos: a partir dos conhecimentos ciemtticos 9(ix) cumulative: conheeimento que se ensaa, consti e ests anteriores: Sempre que possivel uma ciéncia apoia os seus postulados tesricos em dados observaveis e repliciveis. Contudo, ¢ isto em qualquer ciéncia, parte da sua area de conhecimento cientifico & directa nemle observiivel. Como jd vimos. a {arefa principal de um cientista consiste cm produzir novos conhecimentos objectives sobre a rcalidade. Para isso, ele tem de cumprir trés requisitos (Dieterich, 1999): A pessoa que pesquisa um fenémeno deve utilizat o método e a ética cientifica; 2- Deve ter preparagdo metodolégica para o scu cmprego correcto; 3- Deve contar com os recursos necessirios para levar a investigagdo até ao fim. O investigador partindo das relagées entre fend menos, procura evidéneias para afirmar. descrever ou negar factos. Uma atitude correcta, ¢ a tinica do ponto de vista da “investigagtio cientifica”, procura aprofundar quais so os fenémenos © as relagdes que mantém com os factos, nomeadamente apreciando a cadeira ou tipo de relagdes, antes de se estabelecerem ilagdes. ke i ‘eR awe gg gg ge ig Fe hg ee ge Pg ge He c (1997). existem diferentes tipos de relagées. Quando as Segundo Almeida e relagdes so gerais, necessirias € constantes elas constituem-se em leis. A ciéneia procura relagdes constantes ¢ invaridveis, ou scja, leis. Na investigagdo cientifica uma lei é precedida de uma conjectura ou seja uma resposta ou explicagio proviséria de um dado problema descrito sob a forma de relages entre fendmenos. Para poder explicar e predizer os fendmenos é necessario um sistema de relagdes, contrastadas mediante dados empiricos. Tal sistema é designado por teoria, ou seja, sistema ou quadro descritivo, e se possivel explicativo, predictor ¢ controlador ( muitas vezes provisério dos fenémenos). 2. Breve revisiio 4 Metodologia de Investigagio 2.1, Estrutura da investigasio empiriea Acestrutura das investigagtics empiricas, sejam em que ambito forem. abrangem sempre os pontos de vista da organizagao, preparagao, planificagao, realizagdo ¢ avaliagao cas mesmas. Em dependéncia da profundidade dos pensamentos antecipados a mencionada estrutura investigagdes. Nela sto dadas as constitu um esquema de orientagao para a publicagao das formagdes necessarias para a compreensio analitica de todo o trabalho cientifico. Trata-se de um algoritmo no sentido mais amplo de orientagio. realizagzio, controlo e verificago duma investigago cientifica para qualquer leitor, auditor ow investigador. Este algoritmo tem pelo menos cinco questées que siio de facto 0 esqueleto da sua estrutura (Koster, 1988): 1° 0 que quis o autor? (Objectivos, aplicagao dos principios metodoligicos gerais e especificos, discussiio tedrica, derivagao das perguntas, entre outros) 2" 0 que esperava o autor? (colocagao das hipdteses) 3* O que investiga o autor? A quem? Por meio de que métodos? (populagdo, amostra, varidveis) i i hl 5 i ik die dil ie ih dik ak dedi 4 O que encontrou o autor? (resultados) 5° O que coneluiu 0 autor? (resumo, i (erpretagiio. significado ¢ conclusdes) A estrutura de um projecto de investigagdo varia em fungéio do assunto. da forma como & abordado © problema, entre outros. No entanto ha pontos que séo obrigatérios em todos os projectos. Segue-se um exemplo simples de estrutura de um projecto: 1. Introdugiio (formulagao do probl outros) Populagiio © Amostra Formulagiio de Hipéteses Varidveis Instrumentos Design de Investigagiio Definigdo de termos e conceitos Cronograma Es nativa orgamental Bibliografia 2.2, Escolha e Definigio do Tema 2.2.1, Definigav de um problema Uma investigagdio inicia-se sempre Jema, importancia tedrica ¢ pritica, objectives, entre ce ao volume de pela definigdo de um problema. F problemas e de incertezas do conhecimento cientilico na Psicologia e na educagio poderiamos ser tentados a pensar que esta definigfio se encontra f ada. Pelo contrario, tais aspectos mais complicam do que facilitam, sendo obviamente necessario um conhecimento aprofundado dos fenémenos em causa e uma anélise aturada das v wweis que hes esto associadas, tendo _ aerdiect uid Os Ls Ma Ls baie hie fi ne is in bi Lie haar La em vista a delimitagdo ¢ identificagiio do problema. Posto isto. importa definir um modelo hipotético quanto a forma como as variaveis se relacionam ou contribuem para o fendmeno em causa. As fases seguintes vio-nos permitir testar tais modelos e. no final, aceita-los ou refutié- Jos. Por outras palavra, importa identificar ¢ definir um problema, construir um modelo que nos permita uma aproximagao ao seu estudo e testar o modelo entretanto construido. A defini io de um problema € a delimitagao clara e precisa do objecto de pesquisa, realizada por meio de perguntas, leituras, trabalho manual, questionérios pilotos, entrevistas, etc (Dieterich, 1999). Delimitagao do problema, com o intuito de revelar ao investigador se 0 seu projecto de pesquisa ¢ vidvel dentro do tempo e recursos disponiveis. implica cinco pasos: ~ A delimitagao do objecto no espago fisieo-geogréfico ~ A deli itago no tempo ~ A andlise semantica (de significados) de seus principais conceitos mediante enciclopédias ¢ livros especializados - A formulagio de oragdes tépicas ~ A determinagiio dos recursos disponiveis Importa esclarecer que a oragio tépica é um enuneiado sobre o tema de pesquisa que expressa, de forma breve. qual é a intengdo de conhecimento cientifico do pesquisador com respeito ao objecto de pesquisa (Dieterich. 1999, p.76). Qualquer investigagdo € conduzida tendo em vista esclarecer uma diivid: fenémeno, testar uma teoria ou buscar solugdes para um dado problema. Toda a investigagtio fem um alvo ou um problema a analisar. Toda produgdo Cientifica inicia-se pela identificagao © clarificagdo de um problema. A definigdo do problema constitui, entio. a primeita fase na elaboragdo de um projecto ou concretizagio de uma investigagdo. Enquanto prévia a construcdo de un modelo pretensamente explicativo. a definigéo do problema € uma fase essencial ¢ ncla se inclui, designadamente, a definigao das hipéteses e a operacionalizagao das J Be LLL varidveis a considerar. A testagem de um modelo implica a observagdo/experimentagao € 0 tratamento dos dados (Almeida e Freire. 1997). 2.2.2. Passos na definigio do problema © primeiro passo numa investigagao surge quando se problematiza a resposta a uma pergunta dificuldade ou problema (escolha de uma 4rea problemitica). Se numa impressio imediata nos pode parecer facil definir um problema para estudo, a pratica tem-nos revelado que nem sempre & dada a devida atengo a esta tarefa. Algumas vezes a situago nao esta clara de ink io, podendo-se afirmar que bastante tempo e custos setiam economizados se tudo fosse a partida devidamente definido. Ao mesmo tempo, uma ma formulagdio do problema pode levar-nos a investigar falsas realidades ¢, eventualmente, a retirar ilagties que mesmo correctas em face da metodologia seguida, podertio em ultima instéincia nada ter de cicntifico, inclusive conduzir a posicionamentos comprometedores. “L; preferivel de longe uma resposta aproximada 4 pergunta certa, que por vezes é vaga, do que uma resposta exacta a pergunta errada, que pode tornar-se sempre precisa” (Almeida e Freire, 1997). Varios passos podem ser dados no sentido da definigtio do problema da investigagio. Em primeiro lugar € preciso identificé-lo, descreve-lo ¢ relaciona-lo, Nesta identificagao tomando como referéncia a experiéncia ou campo tedrico nessa rea jogam papel importante os conhecimentos, as competéncias. os interesses e as demais condigdes do investigador. A teoria orienta a investigagao sugerindo relagdes e previsées sobre 0 comportamento ow o fendmeno em estudo, A observagao directa dos comportamentos, sobretudo a verificagiio ou ndo da sua regularidade ¢ estabilidade no tempo (e no espago), € uma outra fonte decisiva para definigiio a do problema a investigar. Os resultados das investigagdes anteriores. so outra fonte de informagdo na definigaio dos problemas. Por norma, qualquer estudo ou investigagao termina sugerindo novas pistas ¢ colocando novas questdes para © prosseguimento das anilises. Os posicionamentos sobre 0 assunto assumidos por outros investigadores permitem-nos poupar tempo ¢ meios. dirigindo-se a investigago para aspectos ainda ndo devidamente esclarecidos ¢ potencialmente interessantes, O segundo passo numa investigacao traduz.a importincia de se avaliar a qualidade e a pertinéncia do problema identificado. Trata-se, aqui, de ponderar a sua prpria relevancia, ( _oproblema deve, pelo menos, er conereto ou real: Gi) oproblema deve reunie as condigdes para ser estudado e pode ser ‘operacionalizado através uma hipstesecieutfica Gil) o problema deve ser relevante para ateoria e/ou para a prética Gv) o problema deve estar formutado de uma forma suficientemente clara e perceptivel por outros investigadores Como ja referimos anteriormente. a definigio de um problema pode ser feita através de um raciocinio indutivo ou dedutive. No primeiro caso varios fendmenos singulares so observados e, a partir deles, procura-se chegar a algo que os unifica. Por exemplo numa turma os alunos com mais dificuldades de aprendizagem (A) referem ter problemas relacionais em casa (B), nessa altura poder-se-ia tentar investigar se as difieuldades escolares sio explicaveis pelos problemas familiares (B=>A), No método dedutivo, o mais recente na investigagao cientifica, o ponto de partida niio silo as observagdes singulares, mas as de “ideins gerais ¢ abstractas de modo a extrair dados teorias ji existentes. Neste caso, parte- especificos ¢ particulares”. Podemos acrescentar que ambos os métodos (indutivo ¢ dedutivo) se mantém presentemente na Psicologia, na Educago, na Economia, entre outros. No estado aetual de conhecimentos é de esperar que cada vez mais se acentue, proporcionalmente a importineia da investigacio ser dirigida por uma tcoria isto ¢, orientada por uma atitude mais dedutiva que Nt het Na lai ba Aa Ao as its as Aa Nan on at al Ll a indutiva, mesmo que esta teoria seja ainda proviséria e explique apenas parcialmente um fenémeno. “nao existe nada mais prético que uma boa teoria”(Almeida ¢ Freire, 1997). 0 terceiro passo numa investigagao consiste em se fazer a revisio bibliograifiea sobre © assunto a investigar. 223; Revisio Bibliogriifica Ap6s situar 0 problema torna-se necessirio reunir e analisar o melhor possivel o que ja se conhece sobre 0 assunto. ou seja. a informagio ex ‘stente sobre aquele problema. Varias raz6es podem ser dadas para a necessidade desta recotha, algumas vezes tida erradamente por prescindivel (Almeida e Freire. 1997): (© conhecimento do estado de conhecimentos no dominio que_seleccionamos, por exemplo se o problema que se coloca ja foi inclusive solucionado ou o que estar a faltar para, @ importancia em se conhecerem as teorias existentes na drea do estudo a realizar, por exemplo quais as teorias explicativas do fenémeno em questio de modo a melhor se poder equacionar o proprio modelo de anilise a seguir: © conhecimento da metodologia da investigagiio mais. frequentemente usada num problema em causa ( procedimento, amostra, plano, instrumento) instrumento);e, (i) © conhecimento das questoes deixadas em aberto por outros investigadores, nomeadamente os erros metodologicos mais frequentes ou reducionismos em que incorreram os estudos anteriores: Para fazer a recolha bibliogrifica é necessatio saber estudar um livro adequadamente, 0 que implica possuir a habilidade basica de compreender. hierarquizar ¢ assimilar a informagdo ‘a para poder compreender © contetido da Ieitura, (Dieterich, 1999). A condigao hicrarquiza-lo (diferenciar entre © importante e © seeundério) e assimila-lo consiste em dispor de um espaco fisico de trabalho adequady, Este espago fisico deve ser tranguilo, deve ter tuma iluminago adequada. ser ventilado © agradével (as cores sio importantes para que o estudante se sinta e6modo nesse ambiente. Esse ambiente fisico deverd ter enciclopédias ¢ diciondrios para que o estudante tenha & mio onde consular sempre que tiver divides no Tespeitante a termos. Também um computador aumentaré o rendimento do seu trabalho. ‘A compreenstio © a hierarquizagio do contetido de um livro ou de um texto estto ramente ligados porque quem ndo comprcende um argumento nao pode hicrarquizé-lo e hicrarquizar os conhecimentos & importante por causa da limitagao do armazenamento da informagio no eérebro. Quando se consulta um livto e se utitizam partes desse livro num trabalho nito se pode Fazer uma eépia fiel do que se 1é ou quando se quer fazer uma citagdio, esta nto pode sor muito ina do extensa ¢ tem de ser posta entre aspas. com o nome do autor, ano de publicagso e pi livro ou revista onde se tirou a citagdo. As eitagbes, segundo Zassala (2002), so os elementos retirados dos documentos pesquisados € se revelam iteis para corroborar as ideias desenvolvidas pelo individuo que esté a pesquisar durante o seu raciocinio. Essas ideias ou citagdes devem ser transeritas para fichas de documentago, podendo ser transerigBes Titerais ou apenas uma sintese da passagem. Em qualquer dos casos necessitio citar a fonte, transpondo os dados jd presentes na ficha. A diferenga entre a citagdo e a sintese esté que na primeira pomos aspas ¢ a pagina (para além da fonte que é sempre obrigatéria) © na segunda apenas referimos o autor e 0 ano, Um trabalho deve ser enriquecido por citagdes, sinteses, ete © que no se pode fazer de forma alguma é a wanserigdo literal de uma passayem de outro aulor ou a sintese das suas ideias ou estudos sem a devida refertncia, O phigio é considerada uma das maiores fraudes académicas, Quando se faz uma sintese. a idcia do autor que vamos referir deve ser exacta. A sintese pode ser redigida como quisermos desde que traduza o sentido exacto do texto original Estas sinteses servem muitas vezes para compararmos estudos, reforgarmos nossa opiniao, contestarmos ideias, etc. Quando fazemos uma citago em que esté presente uma palavra pouco clara ou que para nés nfo esta correcta colocamos fiente a essa palavra, entre parénteses a sigla sic para chamar a atengdo para o facto que foi 0 autor que colocou assim no texto original, ‘as fontes. Nela apenas constam Todas as citagdes ou sinteses so seguidas das respect © sobrenome do autor, 0 ano de publicagao e, no caso das citagdes, a pagina. O resto da referéncia bibliografica, como o primeito nome do autor, o titulo da obra, a editora, a cidade ou pais apenas sto postas na “Bibliografia”. Quer dizer que se uma pessoa estiver interessada em conhecer a referéneia completa da obra que é referida no texto vai a bibliografia procurar 0 contra 0 resto da referencia, Na bibliogratia deve sobrenome que esté no texto como fonte ¢ er constar 0 apelido do autor ou dos autores. seguido de uma virgula, o primeiro nome do autor ou 10 seztiido de um jal em maitiscula seguida de um ponto, o ano de public: apenas a sua Ponto, o titulo da obra em itilico ou sublinhada, também seguido de um ponto e depois a cidade ou pais onde foi publicada a obra c a editora. Ainda se uma pessoa quer citar parte de uma frase, mas dispensar o restante, a parte que no interessa é substituida por (..). Muitos autores colocam 0 ano de publicagfio, néo a seguir ao nome, mas no final da referencia liograifica. > - - i 4 i a j j . j j : i j - j j 3 i T Exemplos (citagato no texto) — “A concluséo é uma reflexio sobre a falsidade ou veracidade da hipétese, com base nos dados obtidos durante a verificago desta hipdtese” (Dieterich. 1999, (bibliografia) - Dieterich, H. (1999). Novo Guia para a Pesquisa Cientifica. Blumenau: Editora da FURB. (sintese num texto) — Hoje em dia usam-se programas estatisticos especificos de computadores, ripidos e precisos. No entanto é preciso saber transformar a linguagem histérica (neste caso o portugués) usada nas respostas que obtivemos em ntimeros ou simbolos especificos, ou seja . € necessirio codificar as respostas para poderem ser trabalhadas nos computadores (Dieterich, 1999) (citagao interrompida) — “A orago tépica (...) expressa de forma breve qual é a intengdio de conhecimento cientifico do pesquisador, com respeito 20 objecto de pesquisa.” (Dieterich. 1999, p.250) (dois autores no texto) - O conceito de Universo diz respeito a todos os sujeitos, fendmenos ou observagbes possiveis de serem reunidas como obedecendo a determinada caracteristica (Almeida & Freire (1997) (ois autores na bibliografia) - Almeida, L. & Freire. T. (1997). Metodologia de Investigacdo em Psicologia e Educagao. Coimbra: APPORT — Associagao dos Psicdlogos Portugueses. (bibliografia, com o ano no final) ~ Bunge, Mario. La investigacién cientifica:su estrategia y su filosofia. Editorial Ariel, 1976. + iain i fala ag” aa ag ray Antigamente eram muito usadas as notas de rodapé quer para indicar a fonte de onde eram tiradas as citages. quer para inserir no trabalho con: leragdes complementares. No entanto hoje cairam em desuso, embora nao sejam consideradas erradas, 2.3. Populagiio ¢ Amostra Ao conceptualizar 0 plano, o investigador questiona de novo os aspectos de delimitaga0 do problema, 2s hipbteses ¢ as variéveis em estudo. Ao mesmo tempo, questiona 08 sujeitos ¢ as amostras a utilizar, os momentos da avaliagai ¢ de intervengio, os instrumentos © as andlises a efectuar com os dados. Um aspecto importante em qualquer investigagao. e decorrente do plano, tem a ver com as amosiras ou 08 grupos de sujeitos junto dos 4 a experiéncia ou a investigaeao se vai coneretizar (Almeida ¢ Freire, 1997). A populagao & composta pelo universo de ujcitos que podem ser ineluidos no estudo, A amostra é uma parte representativa desses sujeitos. Quando num estudo se inclui toda a populagio e ndio uma amostra representativa temos um senso (Abrantes, Tavares e Godinho, 1989), Ha varios tipos de amostras. Embora seja muito dificil encontrar ume amostra verdadeiramente alentérin, deve-se tentar que ela seja o mais aleatéria possivel para ser representativa da popula Existem varias maneiras de escolher uma amostra. Segundo Abrantes ¢ outros (1989) as amosiras podem ser “orientadas” ou “probabilisticas”. AS amostras orientadas permitem obter muitos conhecimentos iieis, mas nao sio muito wtilizada em estudos cientificos porque, com este tipo de amostra, ndo & possivel quantifi probabilidade de os resultados encontrados deverem unicamente ao acaso. Como numa amostra orientada ndo se pressupde que cada clemento da populagao do estudo tena igual probabilidade de fazer parte da amosira, nfo tem Gualquer sentido submeter os valores encontrados a proves. estatisticas Nas amostras Probabilsticas. mais utilizadas em estudos ciemtiicos, 0s elementos sfo escolhidos a0 acaso, tendo cada individuo da populagao igual probabilidade de apareeer na amostra, A amostra aleatéria simples € a forma mais simples de obter uma amosira ica. Obtém-se a partir duma listazem numerada de todos os elementos da poputacio probabil do estudo ¢ tiram-se mimeros ao acaso. numa tombola semethante a do totoloto. Outro trios (em anexo de Processo € o de se tirarem niimeros ao acaso de uma tabela le niimeros al qualquer livro de estatistica). m a sua amostra “ao acaso” utilizando um intervalo fixo. Por Alguns investigadores ti *xemplo, para obter uma amostra de linhas de um ficheiro, tram uma de dex em dex. E fo que «Seo primeito caso for escolhido aleatoriamente ¢ nto temitica se chama uma amostra houver qualquer relag2o entre 0 intervalo de tiragem ea forma como esté organizado 0 ficheiro, pode considerar-se uma amostra probabilistic, Erupos que se pretende que estejam Por vezes. existem na populagiio varios sub. “epresentados na amvostra, como por exemplo, homens e mulheres, jovens, adultos e idosos Muitas vezes, estes grupos sio relativamente homogéneos ¢ diferem uns dos outros apenas Guanto a caracteristica que quieremos observar. Nestes casos, tira-se uma amostra aleatéri: estratifieada da populagdo, ou seja, um certo nimero de elementos de cada prupo. Os ¢ desereveu elementos de cada grupo sao tirados ao acaso, de uma forma semelhante a qu Para a amostragem aleatiria simples. O nimero de elementos de cada grupo a ineluir na amosira deve ser, por um lado, proporcional ao miimero de elementos desse grupo na populagio de estudo e, por outro Indo, proporcional& variabilidade da varivel de estuo nesse subgrupo. Sea caracteristica que se quer estudar variar pouco num verto grupo, busta estudar um ndimero ‘elativamente pequeno de individuos para se ter uma boa estimativa do valor dessa caracteri Tanto as amostras aleatGrias simples como as cstratficadas exigem uma listagem de todos os elementos da populagao, o que nem sempre & possivel obter. Por exemple, seria dificil © Poueo pratico obter uma listagem da populagdo angolana para estudar a forma como os angolanos utilizam os servigos de satide. Nestes casos utilizam-se amostras aleatérias em stapas sucessivas. No exemplo dado, poder-se-ia escoller uma amostra aleatéria de Provineias do Pais dentro de cada Provincia escolher-se-ia um niimero de Municipios a0 acaso e, nestas, ‘um conjunto de familias para estudar. Pode calcular-se com exactidao 0 miimero de etementos a incluir numa amostra, Todos os livros de estatistica estabelecendo qual 0 erro que se admite para uma estimativa. apresentam as fErmulas necessérias para calcular 0 tamanho de uma amostra ou jé p tamanko de amostra em fungao da populagi, Encontram-se em muitos livros “mimeros migicos” ¢ outros métodos expedidos de caleular 4 dimensio da amostra. O valor de 10% da populagio & geralmente considerado aceitivel para uma amostra, mas no podemos recomendé-lo, pois a dimensdo de uma amostra Probabilistiea nao tem qualquer relagao com a dimensio da populagdo. Se o pari netro que queremos determinar variar pouco, bastard uma pequena amostra para o estimar, quer a Populagao tenha 200 ou 2.000.000 unidades. Outros livros sugerem 30 observagdes como o nimero minimo para cada sub- Brupo acerca do qual se quer estimar uma proporgio ou uma médi 2.4. Hipdteses de Investigacio Numa investigagao poderemos trabalhar com vitios tipos de hipdteses. Uma hipétese ¢ uma tentativa ou proposta, sugerida como explicagtio para um fenédmeno (Wittig, 1981). Claro esta que nos situamos. particularmente, nas investigagges de caricter li diel Miah i ll Nake lila Ls Naty Le dedutivo a que jé aludimos. Com efcito, algumas vezes so mencionadas investigagées sem hipéteses préviamente definidas, por exemplo, em estudos exploratorios, em estudos Preliminares ou em estudos epidemiolégicos ou meramente descritivos de uma populacio. silo frequentes. podendo mesmo questionarmos se estamos Contudo este tipo de estudos nik em face de um estudo com a total auséncia de hip6tese ou mesmo se 0 estudo em causa se Pode assumir como uma” investigaedo”. Quando se pretende ulilizar um paradigma experimental ou seja, encontradas as relages ou a causalidade de fendmenos, a investigacao Ho prescinde da formulagao prévia de uma ou mais hipdteses. Elas sio basicas e fazem @ Ponte entre a teoria e a observagio/ realidade, oriemtando toda a investizacao subsequente, ‘Vamos comegar por falar na hipotese estatistica. Chama-se hipétese estatistiea a todaa Proposicdo acerea da distribuigdo de probabilidade de uma ou vétias variéveis (por exemplo: "63, an7). Ela pode ser simples © composta. Uma hipdtese € simples se specifica ‘aso contrition (Am6 completamente a distribuigao © é composta em 1991). Por exemple, & simples a hipétese estatistica u=30, a2=4. composta a hipétese estatistica u>49, 2-6, As hipéteses estatisticas enumciam-se de duas formas: hip6tese nula (Ho) ¢ hipotese altemativa (HID. $6 ¢ chamada hip6tese mula a hipdtese que é aceite proposicionalmente como verdadeira © que é submetida a comprova ® experimental. Toda a hit6tese nula vai acompanhada de outta alternativa. Por exemplo. junto a hipstese nula ul ~ u2 0, serao hipoteses altenativas ul —u2= 5, ou ul — u2 <0, ou ainda junto da hipdtese nula 0 sero hipéteses altemativas u=45 ou u>30 (Amon, 1991), Na hipotese mula , por outras palavras. podemos atirmar que tais diferengas ou relagéies ‘mo so maiores que aquelas que poderiamos obsetvar devidas a0 aeaso. Claro esté que 0 objective do investigador sera o de rejeitar a verilicacio da hipotese nula_para viabilizar ou continuar a defender a sua hipstese experimental ou causal ana Lc ice Dect duapMacloia Cok ro ‘ee ge como 0 termo indica, ¢ uma outra explicagio alternativa para itese alternat um fenémeno (Hi). A recusa da hipdtese nula nao significa, de imediato, a verificagao da hipétese experimental, Neste sentido, importa que sejam de antemao formuladas e ponderadas ‘outras hipéteses alternativas ou paralelas explicativas do impacto da varivel independent ( Toothaker ¢ Miller, 1996) A investigagao dirigida por uma hipétese experimental apenas se pode concluir quando conseguimos incluir essas explicagdes alternativas para um determinado fendmeno. Podemos entio aceitar, com maior probabilidade de adequago e de veracidade tal hipitese. Nao podemos esquecer que uma hipdtese decorre. ou deve sempre decorrer, de uma teoria € que esta tenta ler, descrever e explicar uma realidade . A teoria nfo é essa realidade. nem a 1, ela no mais que uma tentativa probabilistica, € causalidade que testa. Pelo contra progressivamente consolidada, de explicar os Fenémenos em estudo (Almeida e Freire, 1997) A formulagiio da rela cite 4 hipdtese pode ser feita de virias formas: entéo™ - sob a forma de uma implicagio condicional * se ...entdo” ou “se... € se. nental); (exemplo de hipdtese dedutivo- exper = sob a forma de uma preposiga relacional “ as pessoas que... apresentam também (exemplo de hipdtese indutivo- correlacional), atistica das hipdteses 24,1. Aceitagao e rej Como o proprio termo deixa antever, trata-se de confirmar ou infirmar, a partir de uma certa margem de probabilidade de certcza a accitabilidade de uma hipdtese aula fixada. No entanto, € no caso da sua recusa, a probabilidade estatistica considerada permite-nos assumir um determinado grau de confianga na sua infirmagio ou recusa. Se os resultados agora observados diferem acentuadamente dos esperados face hipotese nula fixada, por exemplo com base na teoria das probabilidades. podemos afirmar que 21 heii aE ie 4 ia ss 1 aa: Nard asda bite AE Nine Las an ie in ih itar ow ndo aceitar a bipotese nula.” A as diferengas observadas so significativas e, entdo, re hipotese nula € aquela que tentamos anular. Se pudermos anuléla(rejeité-la). entao podemos coneluir que a varidvel independente ¢ eficiente. Porém se falharmos ao tentar anulé-la, podemos afirmar que a varivel independente é eficiente” Depreende-se do exposto que. no verdadeiro sentide dos termos, niio podemos provar Ho nem directamente H1; sera mais correcto dizer que apenas podemos aceitar ou recusat a Ho + Claro est que nesta decistio corre-se sempre um certo risco, apontando-se dois tipos de erros nesta decistio: © probabitidade de rejeitar a Ho quando ela é verdadeira, ou seja quando ela devetia ser aceite (Erro de Tipo Ne i) probabittnde de se aceitara HO quando el € false ow sea deveria ser rejeitadla (Eno de Vipo Wh, A probabilidade do erro de tipo I € coincidente com o nivel de significancia estatistica ue utilizamos (alpha). Essa probabilidade situa-se, no minimo, a 0.05 (no caso de alfa =0.05, ou seja temos 5% de probabilidade da HO ser rejeitada indevidamente, ou uma confianga de 95% de que tome uma decisto acertada sc a hipétese € rejeitada ao nivel de significancia de 0.05, enti a possibilidade de erro & de 0.05 ou 5%. Existe uma relagio de reciprocidade entre os dois erros apontados. Suponhames. por exemplo que a HO € de facto verdadeira. A margem de erro seré tanto maior quanto menor for © alpha utilizado para recusa de HO (por exemplo .001). Dai que, diminuindo 0 erro de tipo 1, tar a HO quando de facto € falsa) pode-se estar a incorrer no erro de tipo II (ac Outro aspecto a definir prende-se com o sentido esperado dos valores calculados. Por exemplo, quando comparamos dois grupos € aceitamos a hipétesc altemativa temos que nos ee questionar quanto ao sentide que queremos assumir em tais diferengas. Este pode set (i) unidireccional ou unilateral, por exemplo a média do grupo A é maior que a média do grupo Bs Gi) bidireccional ow bilateral por exemplo. a média do grupo A pode ser maior ou menor que a do grupo B (Almeida ¢ Freire, 1997). 2.5. As variiveis Varidveis silo quaisquer caracteristicas ou propriedades de uma pessoa, objecto ou situago que tém a liberdade de tomar varios valores, isto é compreende um conjunto de categorias ou valores diferentes (Toothaker e Miller, 1996). ar as varidveis © a ‘Ao formular as hipéteses o investigador esti, no fundo a identi igagao. 'vo papel na inves definir as suas relagdes ou seja o respe Dois sentidos sao frequentes em torno da palavra variavel em Psicologia. Eles esto agiio na Psicologia: o directamente associados aos dois modelos tradicionais de invest experimental ¢ 0 correlacional. No primeiro. a preocupagao esta nas varidveis de ocoméncia de sua capacidade explicativa do mesmo um comportamento (meio, organismo, condi comportamento. No segundo, © objective esti sobretudo em quantificar e relacionar as dimensdes -* - psicolégicas. Ao nivel da investigagao, 0 termo variivel identifica-se como um factor -s 5 i vi A 4 determinante ou interveniente ou ainda como um factor determinado, num estudo. Na cag - = investigacZo dita correlacional, a varidvel tem sobretudo a ver com as dimensdes com o ‘comportamento avaliadas ou com os construtos subjacentes (trago ou tragos a avaliar) As varidveis podem derivar de conceilos mais amplos. os chamados construtos devidamente operacionalizados ou definidos em termos mais coneretos e observiiveis, Enquanto que construtos (entidade abstractas) ou as dimensdes latentes do Jv a realidade observaveis, sendo que na Psicologia, as varidveis comportamento, as varidive! 23 7 serene ake ohh ehh tatrrtgarettsavetsaaertcinevemaseananteensinace emt podem assumir-se como os indicadores dos construtos, Por exemplo, se inteligéncia (capacidade de aprender. de estabelecer ¢ de aplicar relagdes entre elementos informativos ou condigdes de wm problema) pode ser tida como um construto, as notas numa escala de QL podem assumir-se como varidivel (Almeida e Freire, 1997). 2.5.1. Estatuto das varidveis na investigagio Uma forma de analisar as variiveis num estudo € considerar 0 papel ou estatuto que elas ai desempenham de acordo com as hipéteses formuladas. Em fungao do papel que uma variavel tem numa investigagio ela pode ser designada, em primeito lugar. como variivel independente ou como varidvel dependente, A. variivel fica-se com a dimensio ou a caracteristica que o investigador manipula independente iden deliberadamente para conhecer o seu impacto numa outra varidvel — a variavel dependente. Ree fives uma relagio de antecedente para conseq outras palavras. © apena ‘vel experimental ou de causa para efeito. Neste sentido chama-se alguma vezes de v: tratamento, seguindo de perto a especificidade do tipo de estudo em causa. Algumas vezes a varivel independente € dita activa quando é efectivamente manipulivel ow manipulada no estudo. por exemplo, 0 método de ensino usado pelo professor, ou entiio diz-se atributiva( ou * naturais” dos sujeitos, dos grupos ou dos natural) quando considera apenas as caracteristicas ¢ social), contextos considerados( por exemplo, 0 sexo dos individuos ou a sua cla cel dependente define-se como a caracteristica que aparece ou muda quando o A va investigador aplica, suprime ou modifica a varidvel independente. Quando se assume esta idvel independente, ent&o é chamada variavel critério, varidvel como efeito da v: A par das variaveis independente ¢ dependente, podem existir na investigagio outras varidveis, o que em Psicologia Educagdo acontece por norma. Em primeiro lugar, as varidvels ditas intervenientes que, sendo alheias avs experimentos mesmo assim nao deixam de influir ei as De lten bnewtay— Sashihara Cte p HL » nos resultados podendo mesmo desvirtui-los, Tais varidveis aparecem hoje bastante nidas como variiveis: moderadoras do comportamento valorizadas, sendo frequentemente assu niigdio de mediglo. ou varidveis intermédias, pela sua ci Nos estudos experimentais algumas varidveis influenciam associadas 4 variavel independente e, embora alheias ao estudo em causa, afectam os resultados da varidvel dependente, “ contaminando-os™. Sao as chamadas variiveis estranhas ou as_variiveis parasitas. Num estudo nao experimental “expost facto” o experimentador nao manipula os valores da variavel independente como no plano experimental uma vez que @ varidvel independente & Wel dependente investigando-se apenas o seu resultado na vi seleccionada * apés 0 facto’ jo é uma tarefa facil, Lima das A inventariagdo das variaveis estranhas ou parasi fontes de informagio ¢ este respeito é a consulta da literatura na area ¢ 0 levantamento de vezes 0 cleilo de tais variivei varidveis que podem alectar a variivel dependente. Algum: apenas decorre quando se replicam os estudos, outras vezes permanecem de uma forma mais imperceptivel. Estatuto das variiveis (Almeida e Preire, 1997) venso ou caracteristica que o investigador manipula, VI Varifvel Independente deliberadamente para. conhecer o seu impacto numa outa varie 10 ou caracteristica que surge ow muda quando 0 VD. Variayet Dependente Dime investigndor aplica, suprime ou modifica a variével independent. Voriével alheia ao estudo que pode influcnciar os VM _Variivel Moderadora resultados, podendo actuar de forma interactiva, VP Varidivel Parasita Variivel associade & variivel independente que afecta 0s resultados da variavel dependente, “contaminando-os sa) ii EN y — Ceo rm, " D < Teleco. ™ io ve 2.6, Design (tipo) de Investigagio 0 termo ciéncia, do latim scientia, significa “ conhecimento, doutrina, erudigdo ou pritica”, Progressivamente foi acrescentado 0 caréeter sistemétieo ou organizado de tal conhecimento. Hoje podemos definir cigneia por “ conjunio organizado de conhecimentos sobre a realidad ¢ obtidos mediante © método cientifico”. Na deseri¢ao deste método importa salvaguardar o seu carécter empirico, diferenciando este conhecimento das especulayces ou abstracgdes puras. Mais recentemente, ainda, o termo ciéncia surge usado 0 “conhecimento em si” ¢ como, determinada maneira de produzir conhecimento. Neste iitimo caso, ciéneia define-se por um odo de conhecimento rigoroso, metédico e sistemtdtico que pretende optimizar a informagio disponivel em tomo de problemas de origem te6rica e/ou pratica, sendo a sua principal funga0 0, explicagao, predigdo c eontrolo dos fendmenos. ‘a compreen: Plano (design) pode definir-se como o conjunto de procedimentos ¢ oricntagées « que uma investigago deve obedecer tendo em vista 0 rigor € 0 valor pritico da informayao recolhida. ‘Um plano procura ter as respostas para todas estas questées ¢. geralmente, tem-no de ‘uma forma orientadora para o proprio investigador. Deprede-se, enldo. ser um plano anterior a0 inicio da intervengiofinvestigagio, seja esta de indole experimental scja de indole correlacional. No caso da Psicologia. podemos afirmar que. enquanto ciéncia, procura descre' explicar, predizer ¢ controlar 0 comportamento humano. Neste sentido, podemos definir 4 Jo descritiva, a investigagio correlacional e, ainda a, a tipos de investigagaio: a investiga 26 td lt dott 1 fi 7 en i 7 isl 4 Arto investigago experimental, ¢ a nfio experimental, cujas caracteristicas podem ser vis no quadro que se segue (quadro 1): Quadro 1 - Tipos de investigagio Deseritive Correlacional Experimental Quase Experimental EX post facto) Procurarrelagdes causais _Investigar relagdes entre Deserever um fendmeno variaveis, Predizer e controlar Nao manipaladas pelo fendmenos. Diferenciar grupos Estabelecer leis Identificar varidveis Apreciar interacgoes As variagdes corer naturalmente e precedem ocstado Inventariar facto Os planos “ expost facto” permitem a comparagio entre grupos mas nao permitem determinar relagdes de causalidade. podendo apenas estabelecer-se até que ponto as variiveis cestudadas tendem a associar-se. nental importa que os Em termos priticos. em qualquer investigacao de cariz. expel resultados sejam atribuidos as condigdes experimentais e nao a condicionalismos das amostras ‘ou grupos utilizados, salvo se as caracteristicas dos grupos sdo assumidas como as varidiveis independentes no estudo. Na investigagao correlacional poder-se~A ter jd estudos em que se procura manter as condigdes de observagio para apreciar diferengas entre grupos definidos. Refira-se que, mesmo aqui. tais grupos acabam por ser como a varidvel independente do estudo. Outro aspecto a considerar sio os momentos em que ocotre a investigago. Os momentos em que decorrem as medidas das variaveis ou a manipulagdo da variavel a. li To Ldanotlaaedlinad 7 ba El! C = i a i io independente so, por vezes, decisivos dos resultados recolhidos. Por exemplo, se o estudo da satisfagdo dos trabathadores numa empresa coincide com um momento critico ou de greve. dever-se-d aceitar uma interferéncia desse momento nos resultados obtidos. No final sera dificil \cidente com o interpretar os valores observados sem uma referéncia ao contexto laboral estudo. inalmente. dever-se-4 falar dos procedimentos a usar na recolha dos resultados. Uma pergunta feita através de um inquérito auto - aplicado ou através de uma entrevista ou contacto pessoal do sujeito com o avaliador poderd nao proporcionar os mesmos resultados. 2.6.1, Validade interna e externa Nem qualquer plano serve aos objectivos da investigagio. Eles variam no grau de adequado ¢ adequabilidade. de rigor © de validade. Em primeiro lugar, um plano deve ja, assegurar que 05 procedimentos se ailegtiem & natureza do problema e aos Figoroso, ou s objectivos do estudo. Assim, importa apreciar o rigor ¢ a pertinéncia das hipéteses formuladas, decorrer as observagdes, os procedimentos de recolha e de anilise planeada dos dados ou o papel que vai desempenhar 0 experimentador, entre outros ANEXO IIE TAILLE OE TAILLE DE TAILLE DE gh, TAILLE DE LA POPULATION L'ECHANTILLON LA POPULATION L'ECHANTILLON 10 10 3 100 354 20 19 3 200 356 2s 24 3 300 357 q 30 28 3 400 358 40 36 3 500 359 50 45 3 600 360 7 60 52 3-700 361 70 60 3 800 362 is 63 3 900 363 80 5 67 4 000 364 90 B 4 100 365 100 80 4 200 - 365 150 109 4 300 366 200 134 4 400 367 250 154 4 500 367 300 m1 4 600 368° 350 187 4 700 369 x 400 200 4 800 369 450 212 4 900 370 500 222 5 000 370 550 232 5 soo 373 600 240 6 wo 35 650 248 e 6 500 377 700 255 7 000 379 750 261 7 500 380 800 267 8 000 3eL 850 272 8 500 382 300 277 9 900 383 950 281 9 500 384 1 900 286 19 900 385 1 100 293 15 900 390 1 200 300 20 000 392 1 300 306 25 000 398 1 400 an 30 000 395 1 500 316 35 000 395, 1 600 320 40 000 396 1 700 326 45 000 396 1 800 327 50 000 397 1 900 330 60 000 397 2 000 334 70 000 398 80-000 398 2 100 336 90 000 398 2 200 : 338 100 000 398 2 300 341 2 400 343 200 000 399 2 500 345 300 000 399 2 600 347 400 000 399 2 700 348 500 000 2 800 350 & Lrineini 400 Src ae ; Son onan ME SNE

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