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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Processo n°…

PAULO LUCAS, devidamente qualificado nos presentes autos desta ação que move
em face de INCORPORADORA X, através de seu advogado signatário, vem
respeitosamente e tempestivamente à presença de Vossa Excelência, interpor o
presente

RECURSO ESPECIAL

com fulcro no art. 1029 do CPC, visando a anulação do respeitável acórdão


proferido nestes autos, conforme razões de fato e de direito expostas doravante.

Outrossim, requer que seja o recorrido intimado para, querendo, oferecer


contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos acompanhados das razões anexas,
remetidos ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça.

Termos que,

Pede deferimento.
Local… Data…

Advogado… OAB/UF …

RAZÕES RECURSAIS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR


TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Processo n°…

Recorrente: PAULO LUCAS

Recorrido: INCORPORADORA X

Origem: Processo n°…, Vara Cível, Comarca/RJ

Colenda turma,

Nobres julgadores.
I – BREVE HISTÓRICO PROCESSUAL

O recorrente promoveu a ação visando à condenação do recorrido ao pagamento de


quantias indenizatórias a título de lucros cessantes em razão da demora exacerbada
na entrega da unidade imobiliária e danos morais.

O recorrido, por sua vez, suscitou preliminar de ilegitimidade passiva, indicando


como devedora de eventual indenização a Sociedade Construtora Y, contratada,
para execução da obra.

O juízo de primeira instância acolheu a preliminar de ilegitimidade passiva. O


recorrente, por sua vez, interpôs o recurso de Apelação, mas o acórdão do r.
Tribunal de Justiça manteve a decisão por seus próprios fundamentos, sem motivar
específica e casuisticamente a decisão.

Para sanar a omissão, o recorrente opôs embargos declaratórios, que foram


negados pelo Tribunal, além de ter sido aplicada multa por ser considerado
meramente protelatório.

Todavia, conforme restará comprovado, não merece prosperar a decisão roferida,


devendo ser anulado o respeitável acórdão, pelas razões abaixo indicadas.

II – DO CABIMENTO

O presente recurso visa à anulação do acórdão, portanto, em conformidade com o


art. 105, III, a, da Constituição Federal, bem como se configura tempestivo nos
termos do art. 1003, § 5°, do Código de Processo Civil, com guias judiciais
devidamente preparadas.

III – DAS RAZÕES DO PEDIDO DE ANULAÇÃO

A priori, há de se observar que, no referido caso, houve uma afronto ao disposto do


art. 489, § 1°, do CPC, uma vez que o acórdão não fora fundamentado, devendo ser
anulado. Ademais, caso essa Nobre Corte entenda que a invalidação seja
excessivamente prejudicial ao recorrente, requer-se a reforma integral do julgado,
com fulcro no art. 282, § 2°, do CPC.

Diante da omissão do acórdão, o recorrente utilizou-se dos embargos declaratórios


com o intuito de prequestionar violação a norma federal aplicável ao caso em tela.
Entretanto, o r. Tribunal inadmitiu-o, bem como aplicou multa por considerá-lo
meramente protelatório.

Nesse caso, houve violação ao disposto no art. 1025 do CPC, uma vez que
deveriam ser incluídos no acórdão os elementos suscitados pelo recorrente, ainda
que os embargos sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o Tribunal Superior
considere presente o erro, omissão, contradição ou obscuridade.

Assim, contatou-se que a aplicação da multa ocorreu de forma indevida, uma vez
que os embargos declaratórios possuem a finalidade de prequestionamento, o que
resulta na inaplicabilidade do art. 1026, § 2°, do CPC. A própria Súmula 98 do STJ
destaca que os embargos com notório propósito de prequestionamento não tem
caráter protelatório.
A INCORPORADA X é responsável solidária pelos danos causados, conforme
explicita o art. 942 do CC, uma vez que quando houver mais de um autor
responsável pela ofensa ou violação do direito de terceiros, todos responderão
solidariamente.

Ocorreu também a prática de ilícito contratual, tendo em vista que o imóvel não fora
entregue tempestivamente, conforme previa o contrato, havendo uma demora
exacerbada para a entrega da unidade imobiliária. Assim, inclina-se para quem
sejam reconhecidos os lucros cessantes e os danos morais causados ao recorrente.

Em síntese, o acórdão proferido pelo r. Tribunal deverá ser anulado.

IV – DO PEDIDO DE ANULAÇÃO E NOVA DECISÃO

Ante ao exposto, requer-se a Vossa Excelência que o presente RECURSO


ESPECIAL seja CONHECIDO e TOTALMENTE PROVIDO no sentido de que ANULE
o r. acórdão proferido pelo r. Tribunal local, conforme fundamentação alegada e,
eventualmente, que seja reformada a decisão recorrida, bem como afastada a
aplicação da multa.

Temos que,

Pede deferimento.

Local… Data…

Advogado… OAB… n°…

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