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2.01 Apostila Da UC 10 - Irrigação
2.01 Apostila Da UC 10 - Irrigação
PRODUÇÃO DE FRUTAS
Irrigação
Formação Técnica
Irrigação
CDU 63
Capacidades Técnicas
Ao final desta Unidade, você será capaz de identificar as melhores
práticas de irrigação para o manejo dos processos de produção
de frutas, coletar amostras para análise da qualidade da água,
identificar a necessidade de uso de irrigação e drenagem, além
de verificar o funcionamento desses sistemas.
Com carga horária de 70 horas, a unidade foi organizada em dois temas e diversos
tópicos e subtópicos relevantes para a sua formação profissional.
Tópico 1: A importância da
1.1 Conceitos fundamentais
irrigação
8.1 Tipos
8.2 Válvulas automáticas –
Tópico 8: Automação reguladoras de pressão e de
vazão
8.3 Controladores de irrigação
Tópico 1: A importância da
1.1 Principais vantagens
drenagem
Além disso, para fixar seu conhecimento, você encontrará atividades que lhe permitirão
colocar em prática o que aprendeu imediatamente após passar pelos conceitos e teorias.
Ao final desta apostila, é disponibilizado um gabarito para que você verifique suas
respostas.
Bons estudos!
• água na agricultura;
• solo;
• climatologia;
• sistemas de irrigação;
• automação;
• fertirrigação.
a) Irrigação agrícola
c) Hidráulica
• irrigação;
• drenagem.
e) Hidrodinâmica
Dica
Ao aplicar o estudo da hidrodinâmica no seu dia a dia, você
deve atentar-se ao diâmetro dos tubos e à viscosidade do
líquido, pois eles influenciam muito no escoamento dos líquidos
dentro dos tubos.
Além desses elementos, é importante que você conheça alguns dos conceitos
fundamentais quando tratamos de irrigação.
Lei de Stevin
Ponto 1
Pressão = μ x g x h
Em que:
µ = massa específica;
A Lei de Stevin é bastante importante no estudo da irrigação, pois nos permite calcular
a diferença de pressão entre dois pontos no interior de um recipiente com líquido
estático.
Os pontos que se encontram a uma profundidade maior possuem uma pressão maior
do que aqueles mais próximos da superfície por terem mais fluido, ou seja, maior peso
sobre eles.
Podemos utilizar a seguinte fórmula para calcular a pressão exercida pelo peso do
fluido:
P2 – P1 = (pressão atmosférica
+ µ × g × h2) – (pressão
atmosférica + µ × g × h1)
ou
Assim, podemos dizer que a diferença de pressão entre dois pontos da massa de um
líquido em equilíbrio é igual à diferença de nível entre os pontos multiplicada pelo peso
específico do líquido.
Podemos dizer, também, que a diferença de pressão entre dois pontos de uma coluna
líquida é diretamente proporcional ao desnível. Isto é, à altura entre esses pontos.
Lei de Pascal
F1 S1 S2 F2
1 2
Glossário
Êmbolo: O êmbolo é um dispositivo que desliza num e noutro
sentido no interior de um cilindro e costuma ser utilizado em
bombas, compressores e motores.
Coeficiente de Reynolds
a) Escoamento laminar
b) Escoamento tubulento
! × $ × %
Re =
&
Em que:
v = velocidade do escoamento;
D = diâmetro da tubulação.
Ar 17,4 × 10-6
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
( ) Tem foco sobre a pressão aplicada em um fluido e afirma que a pressão aplicada
sobre um fluido estático é igualmente distribuída para todas as partes, sem perdas.
a) C – B – A.
b) B – C – A.
c) A – C – B.
d) C – A – B.
e) B – A – C.
Existe uma diversidade de fontes que podem fornecer água para a irrigação:
Atenção
Não é possível estabelecer, de um modo geral, a água mais
recomendável à irrigação, pois isso depende das substâncias
que ela carrega, dos elementos fertilizantes do solo e da
espécie cultivada.
As águas que levam materiais fertilizantes como matéria orgânica, rochas calcárias,
sais de potássio, água de drenagem, entre outros, são as mais benéficas à irrigação.
Só é necessário cuidar para que elas não estejam salitrosas, altamente alcalinas ou
ácidas, o que pode ser nocivo para as plantas, a depender da espécie.
Glossário
Água salitrosa: A água é considerada salitrosa quando possui
altas concentrações de salitre, que são sais nitrato de sódio ou
nitrato de potássio.
A água subterrânea para irrigação pode também ser avaliada de acordo com dois
critérios:
Os valores de cobrança são calculados com base nos mecanismos e valores propostos
pelo Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH) e aprovadas pelo Conselho Nacional de
Recursos Hídricos (CNRH). A Agência Nacional de Águas (ANA) somente faz a cobrança
em águas de domínio da União; em águas de domínio estadual, é feita pelos órgãos
gestores estaduais.
• o consumo efetivo;
Para refletir
Na região do Semiárido brasileiro, assim como em outras
regiões do Brasil, já se faz a cobrança pela utilização da água,
principalmente para culturas rentáveis, como é o caso da
produção de manga no município de Petrolina, em Pernambuco.
A agricultura irrigada é uma atividade humana que demanda volume de água, exigindo,
também, qualidade. Grandes projetos implicam construções de barragens para a
regularização de vazões, interferindo no regime fluvial dos rios.
Parte da água utilizada para a irrigação não retorna ao seu curso original, havendo
redução efetiva da disponibilidade do manancial. Além disso, a água que retorna aos
mananciais tem qualidade inferior à da que foi captada devido à aplicação de defensivos
agrícolas e fertilizantes e ao transporte de sedimentos.
Atenção
É fundamental usar esse recurso natural de forma racional,
respeitando as normas para retirada de acordo com a legislação
municipal, estadual ou federal vigente. Para isso, devemos
procurar os órgãos competentes da nossa região para obter tal
informação.
Atividade de aprendizagem
1. De acordo com dados da Agência Nacional de Águas, a agropecuária utiliza cerca
de 60% da água no país, no entanto também é o setor que mais a desperdiça.
Entre todos os motivos, os desperdícios de água estão relacionados a projetos de
irrigação mal executados e à falta de conhecimento acerca do volume de água que
deve ser utilizado para a cultura. Apesar da grande disponibilidade de água do
país, é importante também ter conhecimento de que a qualidade da água utilizada
na agricultura influencia diretamente na qualidade do item produzido.
O solo é a primeira camada de terra onde se desenvolvem as raízes das plantas que
são cultivadas e onde estas buscam seu sustento (água e nutrientes) e suporte.
O solo é formado pela união de areia, silte e argila, que se juntam formando os
agregados de solo.
SOLO
A argila, plástica e pegajosa, só pode ser vista com microscópios especiais. Quanto
mais argila um solo possuir, mais pegajoso ele será. Junto com a matéria orgânica, a
argila é responsável pela retenção de água e nutrientes no solo.
Solo Ideal
Minerais
Matéria
Orgânica 45%
5%
25% 25%
Água Ar
Atenção
As partículas da fase sólida variam grandemente em tamanho,
forma e composição química, e a sua combinação nas várias
configurações possíveis forma a chamada “matriz do solo”,
responsável por sua porosidade.
A tabela a seguir mostra a relação da textura do solo com algumas de suas propriedades:
Ds = Ms/Vt
Em que:
Ms = massa de sólidos;
O volume total do solo pode ser medido de acordo com a seguinte equação (ALMEIDA
et al., 2017b):
Vt = Vs + Vp + Va
Em que:
Vs = volume de sólidos;
Vp = volume de poros;
Glossário
kPa: ou quilopascal, é uma unidade padrão de medida de
pressão.
Ms = massa de sólidos;
Vs = volume de sólido.
O espaço do solo não ocupado por sólidos e ocupado pela água e pelo ar compõe o
espaço poroso, definido como sendo a proporção entre o volume de poros e o volume
total de um solo.
Ds
Pt % = 1 − × 100
Dp
Em que:
Pt = porosidade do solo;
Dp = densidade de partículas;
Ds = densidade do solo.
Em que:
Macroporosidade = Pt - microporosidade
Em que:
Pt = porosidade do solo.
macroporo
macroporo
microporo
Glossário
Coloides: Partículas do solo de reduzido tamanho apresentando
cargas superficiais que podem reter nutrientes (íons) de forma
trocável.
A capacidade de troca de cátions (CTC) de um solo é dada pela somatória das bases
(potássio + cálcio + magnésio + sódio) com a acidez potencial (alumínio + hidrogênio).
A atividade biológica é uma denominação genérica para a ação dos organismos vivos
do solo, tanto animais como vegetais. Esses organismos têm forte influência na
gênese e na manutenção da organização dos constituintes do solo, principalmente nos
horizontes superficiais.
Camadas do solo
Solo agrícola
Subsolo
Rochas
Subsolo: é a segunda camada, abaixo do solo, que se encontra em formação para ser
um futuro solo agrícola. É terra fraca, com pouca vida, onde a planta não consegue se
desenvolver bem.
É a entrada de água através de seus poros no interior do solo. Esta pode decrescer de
acordo com o tempo e conforme a quantidade de molhadura no sentido vertical do solo
(perfil). É um valor constante.
O anel externo serve para conter o excedente de água. Depois disso, retira-se o plástico
e, com uma régua, acompanha-se a infiltração no sentido vertical no anel interno em
um mesmo intervalo de tempo. Repete-se a operação após cada medição, utilizando
como base 2 minutos de intervalo inicial.
Segundo publicação da Enciclopédia Biosfera, a partir dos dados obtidos em campo foi
possível determinar as equações da infiltração e da capacidade de infiltração (SILVA et
al., 2019):
I = C × Tn (1)
Em que:
n = declividade da reta, determinada no local para cada tipo de solo, tendo como
limites 0 < n < 1.
VI = n × C × Tn-1 (2)
VI = K × Tn-1 (3)
Em que:
n = declividade da reta, determinada no local para cada tipo de solo, tendo como
limites -1 < n < 0.
! #,##% %∕ (!,
Tvib =
∁ × ( ((!%)
Em que:
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize as atividades de aprendizagem a seguir.
Atividades de aprendizagem
1. “O Brasil possui uma grande diversidade de solos em sua extensão continental,
decorrente da ampla diversidade de pedoambientes e de fatores de formação do
solo. Nas 13 classes de solos contidas no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(SiBCS), constata-se a influência desses fatores através da grande variabilidade
das características químicas, físicas e morfológicas” (Fonte: Embrapa, 2021.
Disponível em: <https://www.embrapa.br/tema-solos-brasileiros/solos-do-
brasil>. Acesso em: 15 abr. 2021).
Tópico 4: Climatologia
A climatologia estuda os fenômenos meteorológicos, como o clima, por exemplo.
É fundamental que compreendamos a gestão de riscos decorrentes das mudanças
climáticas nos processos de planejamento.
4.2 Precipitação
4.4 Evaporação
4.7 Insolação
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividades de aprendizagem
1. “As atividades agropastoris estão fortemente sujeitas aos efeitos do tempo e das
condições climáticas. Desse modo, a produção agrícola no contexto da diversidade
climática é bastante vantajosa. Graças a ela o Brasil pode vir a produzir em
seu território inúmeras variedades de produtos agrícolas, visto que possui uma
área territorial que abrange os tipos de clima: tropical, subtropical, equatorial,
semiárido, tropical de altitude e tropical atlântico. Mesmo que o homem conquiste
avanços tecnológicos e científicos, o clima continua sendo a principal variável da
produção agrícola” (Fonte: UFSM, 2018. Disponível em: <https://www.ufsm.br/
app/uploads/sites/413/2018/11/08_climatologia_agricola.pdf>. Acesso em: 16
abr. 2021).
a) F – V – F – V.
b) F – V – V – F.
c) V – F – V – F.
d) V – F – F – V.
e) F – F – V – V.
A absorção, o transporte de água das raízes para a parte aérea e a transpiração são
processos básicos acoplados e inseparáveis do balanço hídrico da planta. A água, em
quantidade adequada, é indispensável para a atividade biológica e para o crescimento
das plantas.
Considera-se o início da fase vegetativa a germinação das sementes, que chega à sua
conclusão quando a planta produz a flor (inflorescência). Nesse processo, é possível
encontrar a planta em três estádios de desenvolvimento:
Plântula
Planta adulta
ETc = Kc × ETo
Em que:
Kc = coeficiente de cultura;
ETo = representa o consumo hídrico de referência para a região, sendo utilizado para
o cálculo da necessidade de água de todas as culturas.
Etc = Kc × ETo × Kr
Em que:
Kc = coeficiente de cultura;
Kr = GC/0,85
GC = Ac/Ap
Em que:
Geleiras - 25 x 1015 m3
Observe, agora, as duas figuras seguintes e perceba a diferença no resultado das taxas
de infiltração e escoamento e evapotranspiração, de acordo com a cobertura do solo,
durante as chuvas.
Evapotranspiração
20%
Escoamento
20%
Infiltração
60%
Escoamento
80%
Infiltração
0%
P = precipitação;
E = evaporação;
T = transpiração;
G = escoamento subterrâneo;
I = infiltração;
S = armazenamento.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Evitar desperdícios na irrigação é não somente uma forma de o agricultor minimizar
custos em sua produção, como também uma importante maneira de minimizar os
impactos causados ao meio ambiente por causa da agricultura. Utilizando alguns
coeficientes e parâmetros, é possível calcular a evapotranspiração da cultura (ETc).
Por meio desses conhecimentos, calcule a ETc da cultura da videira, em sistema de
latada, conforme os dados que seguem:
Kc = 0,8
Q =V/t
Em que:
Q = vazão;
t = tempo;
Podemos determinar, também, a vazão da área da seção ou área do canal (Q), desde
que saibamos a velocidade da água (V) utilizando a seguinte equação:
V (m/s) = E / T
Em que:
A medição de vazão é utilizada para garantir que determinado volume de uma substância
seja fornecido a uma taxa adequada durante a elevação de vazão, podendo causar:
• aumento de pressão a níveis perigosos;
• temperatura excessiva;
• vazamento de fluidos.
Para escolher o medidor adequado à sua necessidade, é preciso atentar aos seguintes
critérios:
• vazão operacional;
• características do fluido;
• características da instalação;
• características da operação;
• exatidão;
• facilidade de comunicação;
• manutenção.
Placa de orifício
Rotâmetro
Força de placas de
Medidor de frequência
impacto
Diferença de
temperatura em sondas Térmico
Medidores de vazão
de resistência C
mássica
Tubo em vibração Coriolis
Leitura Complementar
Para conhecer melhor a relação entre a vazão e a pressão e
aprofundar conceitos relativos à determinação da lâmina de
irrigação, leia o conteúdo disponível na biblioteca do AVA e no
seu caderno de materiais complementares.
Nesse subtópico, você conhecerá os tipos de condutos, que são os tubos que servem
para transportar os líquidos até os locais onde serão utilizados. Veja, a seguir, os dois
tipos de condutos mais utilizados.
b) Condutos forçados
Você viu anteriormente que a vazão consiste na quantidade de fluido que passa por
unidade de tempo em um determinado local.
Caso se meça a pressão que o fluido exerce sobre as paredes de um tubo, será possível
perceber que ela varia dependendo da velocidade com que o fluido escoa.
Atenção
Não é possível converter a unidade de pressão para a de vazão,
pois são unidades que tratam de diferentes situações. Seria
como se você quisesse converter as unidades de comprimento,
como metro e centímetro, para litros ou mililitros.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Já o sistema de irrigação é a forma pela qual a água pode ser aplicada às culturas.
Eles são vários e dependem das diversas necessidades da produção. Os mais conhecidos
são:
Comentários do autor
A escolha mais adequada do método depende de diversos
fatores, como topografia do terreno, capacidade de infiltração
do solo, característica da cultura conforme sua necessidade
de irrigação, características do clima e quantidade de água
disponível para abastecimento (capacidade de vazão).
Esses métodos podem ser aplicados associados uns aos outros. A eficiência de um
sistema de irrigação refere-se à percentagem de água de fato absorvida pela planta.
Nesse método de irrigação, a água aplicada nos sulcos infiltra ao longo do seu
perímetro molhado e se movimenta vertical e lateralmente, umedecendo o perfil do
solo e abastecendo as raízes através da infiltração.
Atenção
Esse método exige investimento em mão de obra e possui
baixa eficiência, em torno de 30% a 40% no máximo.
b) Infiltração
• tratos culturais;
• para culturas com espaçamento menor que 1 m: um sulco para cada duas linhas
de plantio.
d) Declividade e vazão
A determinação da vazão máxima não erosiva a ser aplicada aos sulcos deve ser
feita, rigorosamente, por meio de ensaio no campo. Quando não houver condições
de se proceder aos ensaios, pode-se estimar empiricamente essa vazão por meio da
equação (MELLO; SILVA, 2007):
C
Q!"# = "
S
Em que:
Textura C a
Dica
Na prática, normalmente são utilizadas duas vazões durante
a irrigação por sulcos, sendo uma inicial, que é máxima não
erosiva, e uma final, que equivale a 50% da inicial.
Mão na terra
Para determinar as curvas de avanço, pode ser feito teste de
acordo com os seguintes procedimentos:
A vazão em que o sifão deriva para o sulco é determinada pela equação (MELLO;
SILVA, 2007):
Q! = Cd × A × 2 × g × H
g = 9,81 m s-2;
",$%%& × )!/#
C! =","$%* × +,)!/#
Em que:
L = comprimento do sifão, em m.
Atenção
Para se instalarem os sifões adequadamente, é necessário
determinar qual será a carga hidráulica (H) necessária para
que seja aplicada a vazão estipulada quando da determinação
do tempo de avanço e do comprimento dos sulcos.
• aspersores;
a) Aspersores
Classificação de aspersores
Difusores ou sprays
Movimento rotacional do Estacionário ou fixo
Impacto, reação,
jato Rotativo
engrenagens, entre outros
Normal Entre 25 e 35
Ângulo de inclinação do jato
Subcopa <7
Um bocal ---
Número de bocais
Múltiplos bocais (> 1) (> 1)
Superfície ---
Local de instalação
Enterrados Escamoteáveis
INTENSIDADE UNIFORMIDADE
DIÂMETRO
TIPOS DE CARACTERÍSTAS MÍNIMA CARACTERÍSTICAS DE RECOMENDAÇÕES
DO CÍRCULO
ASPERSOR GERAIS DE CHUVA DO JATO DISTRIBUIÇÃO E LIMITAÇÕES
MOLHADO
RECOMENDADA DE ÁGUA
Pequenas áreas,
Baixa pressão Molas espirais em solos com
5 -15 lb/pol2 impulsoras Pulverização fraca capacidade
6 – 15 m 10 mm/hora Regular
especiais ou e gotas grandes de infiltração
(0,35 – 1 atm.) braços de reação superior a 12
mm/hora
Todas as culturas
Pressão
e a maioria dos
intermediária Boa pulverização
solos. Adaptado
30-60 lb/pol2 1 ou 2 bocais 22 – 36 m 6 mm/hora sobre todo o Muito boa
a irrigações
círculo molhado
sobre a copa de
(2 – 4 atm.)
arbustos
Idêntico aos
aspersores
Alta pressão
Boa pulverização Boa, exceto de pressão
50-100 lh/pol2
1 ou 2 bocais 33 – 70 m 12 mm/hora sobre todo o com muito intermediária,
círculo molhado vento exceto quando
(3,5 – 7 atm.)
o vento é
excessivo
Todas as culturas
que cobrem bem
Gigante 1 bocal grande
o solo. Áreas
(canhão e 1 muito Aceitável e
Muito boa irregulares e
hidráulico) pequeno, para severamente
60 – 120 m 16 mm/hora pulverização em rápida cobertura.
80-120 lb/pol2 girar o aspersor prejudicada
gotas finíssimas Limitado a
e molhar a parte pelo vento
solos com alta
(5,5 – 8,5 atm.) central
capacidade de
infiltração
Tubos
Só para culturas
perfurados Faixa
Tubos portáteis baixas e solos
retangular de Pulverização fraca
perfurados no 12 mm/hora Boa (regular) com alta
4– 20 lb/pol2 3 a 15 m e gotas grandes
terço superior capacidade
de largura
de infiltração
(0,3 – 1,4 atm.)
Alta rotação
Baixa rotação
• de turbina: quando o jato de água emitido pelo aspersor incide sobre uma turbina,
originando a rotação;
• de choque: quando o jato incide sobre um braço mecânico com uma mola, que faz
girar o aspersor de forma intermitente. O aspersor pode ser de rotação completa
ou, mediante um mecanismo especial, mover-se somente em um setor circular. São
chamados “aspersores setoriais”.
b) Tubulações
Os materiais utilizados nas tubulações para um sistema de irrigação por aspersão são
quase que totalmente em PVC rígido. Somente na linha principal do sistema pode
haver a necessidade de se utilizarem, em algum trecho da rede, tubos em aço zincado
ou aço galvanizado quando se necessitar de diâmetros superiores a 4 polegadas.
c) Motobomba
d) Acessórios
a) Sistemas fixos
Informação Extra
Até pouco tempo atrás, o motor de maior potência monofásico
se restringia a 12,5 CV. Recentemente, a empresa Eberle
lançou no mercado um motor de 50 CV monofásico, o que, por
certo, fez com que se aumentasse o uso de motores elétricos
para aspersão, por serem mais eficientes do que os movidos a
combustível.
c) Sistemas semifixos
Dependendo da categoria do aspersor, ele pode se apresentar com um, dois ou três
bocais. Os aspersores agrícolas mais comuns possuem dois bocais, sendo um deles
para longo alcance e o outro para se proceder à distribuição da água próximo do
aspersor, funcionando como espalhador do jato.
A pressão de serviço do aspersor exerce grande influência na sua operação, uma vez
que a vazão emitida é dependente do diâmetro dos bocais e da pressão de serviço.
c) Superposição
Dessa forma, é imprescindível que haja superposição dos jatos para que nenhuma área
fique sem água. O espaçamento entre aspersores é definido no catálogo do fabricante,
e a percentagem de superposição é dependente do tipo de aspersor selecionado.
Algumas modificações devem ser feitas de acordo com a intensidade do vento na área
a ser trabalhada.
d) Ventos
Q!= Cd × A × 2 × g × Ps
Em que:
!!
Ip = "# × "&
Atenção
Na seleção do aspersor, a intensidade de precipitação deve ser,
no máximo, igual à velocidade de infiltração básica do solo (Ip
≤ VIB).
Q1 = 1,1 Qn
Como consequência:
Aspersor Fórmula
Primeiro aspersor
Q1 = Cd × A × 2g × Ps!
Último aspersor
Qn = Cd × A × 2g × Ps!
Atenção
Para o dimensionamento de uma rede hidráulica, o parâmetro
principal é o diâmetro da tubulação. Como o objetivo das
equações é a determinação do diâmetro interno, é necessário
verificar se existe esse diâmetro comercialmente por meio de
uma consulta aos catálogos dos diferentes fabricantes. Nem
sempre o diâmetro nominal, que é utilizado na comercialização
do produto, coincide com a real dimensão do diâmetro interno
da tubulação.
Sobre a perda de carga (hf) nas LLs, destaca-se que, ao longo delas, a vazão é variável,
Linha principal
• determinação baseada na
perda de carga preestabelecida
entre a primeira e a última
linhas laterais;
• determinação baseada em
análise econômica.
Em que:
hr = altura de recalque, em m
! × $!"#
Pot = %& × '$%
Em que:
Pot = potência;
Q = vazão;
Dica
Assim como o gotejamento, a microaspersão se adapta
facilmente às diversas culturas e a qualquer tipo de condição
topográfica.
Fatores econômicos
O principal motivo para a automação de um sistema de irrigação é a máxima obtenção
do retorno econômico. Contudo, os impactos ambientais e sociais não podem ser
ignorados.
Na irrigação de microaspersão,
considerada em até 90% mais eficiente
que a convencional, a vazão dos
microaspersores é maior que a dos
gotejadores.
7.4 Gotejamento
Nesse método, a água é levada sob pressão por tubos gotejadores até ser aplicada ao
solo por emissores diretamente sobre a zona da raiz da planta, em alta frequência e com
baixa intensidade. Os tubos costumam ser flexíveis e possuem gotejadores espaçados
de acordo com o espaçamento entre plantas. Possui uma eficiência da ordem de 90%.
Desvantagens
Cabeça de
Motobomba controle
Linha
principal
Válvulas
Linha Linha de
lateral derivação
Gotejadores
b) Cabeçal de controle
f) Emissores
Evapotranspiração
P! × S! + P" × S"
P=
Em que:
Sf
S1 = maior espaçamento dentro dos pares de linhas laterais, que dará P1 = 100,
em função da vazão do gotejador e do tipo de solo, em m;
S2 = Sf - S1;
n × Sg × Sm
P = 100
Sf × Sc
Em que:
IRN = ETg × TR
Em que:
TR = tempo de rega.
Para se calcular a quantidade total de água a ser aplicada por irrigação, é necessário
estabelecer a eficiência da aplicação do sistema de irrigação (Ea) a ser utilizado.
Esses valores são atribuídos em função do sistema de irrigação empregado (MELLO;
SILVA, 2007).
!"#
ITN = $%
Em que:
!"# × &!
Ti = ' × (!
Em que:
!" × %!
N= !"
Em que:
TR = turno de rega;
Ti = tempo de irrigação, em h.
! × $%&
Q= & × %!
Em que:
Ti = tempo de irrigação, em h.
G M F G M F G M F G M F G M F
0,2 0,5 0,9 0,3 0,7 1,0 0,6 1,0 1,3 1,0 1,3 1,7 1,3 1,6 2,0
0,8 38 88 100 50 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
1,0 33 70 100 40 80 100 80 100 100 100 100 100 100 100 100
1,2 25 58 92 33 67 100 67 100 100 100 100 100 100 100 100
2,5 12 28 44 16 32 48 32 48 64 48 64 80 64 80 100
3,0 10 23 37 13 26 40 26 40 53 40 53 67 53 67 80
3,5 9 20 31 11 23 34 23 34 46 34 46 57 46 57 68
4,0 8 18 28 10 20 30 20 30 40 30 40 50 40 50 60
4,5 7 16 24 9 18 26 18 26 36 26 36 44 36 44 53
5,0 6 14 22 8 16 24 16 24 32 24 32 40 32 40 48
6,0 5 12 18 7 14 20 14 20 27 20 27 34 27 34 40
a) Linhas laterais
b) Linhas de derivação
São instaladas na direção da maior declividade do terreno e pode ser usado mais de
um diâmetro em seu dimensionamento.
Em que:
HS = altura de sucção, em m;
HR = altura de recalque, em m;
Atenção
A perda de carga no cabeçal de controle é especificada pelo
fabricante do equipamento. As perdas de cargas localizadas,
normalmente, são consideradas como sendo iguais a 5% da
soma das outras perdas. Assim, a equação fica: Hm = Hs + HR
+ hfs + hfCC+ hfLP + PinLD) x 1,05.
• cultura;
• velocidade do vento;
• constante R do tanque em m;
• kc;
• vazão do gotejador;
• P = 50%;
• tipo de solo;
• Ea;
• Rmb.
1) Evapotranspiração
IRN = ETg × TR
ITN = IRN / Ea
N = (TR × nh) / Ti
6) Croqui da área
linhas
laterais {
90 m
5 3 1
cabeçal de
controle
90 m
180 m
linha principal
2
90 m
6 4
linhas de
derivação
90 m 90 m 90 m 90 m 90 m 90 m
540 m
Calcula-se a vazão por aspersor considerando a perda de carga, que poderá ser de até
20% em média.
Calcula-se o diâmetro (D) da tubulação. Caso não ache diâmetro comercial, usa-se
valor maior ao encontrado.
8) Pressão no início da LL
De acordo com o croqui, cada LD terá 90 m de comprimento, com 60 LL cada uma (30
LL de cada lado).
Pin PD = Pin LL + hf LD + Δz
Dentro dos sistemas de irrigação por aspersão, existem os autopropelidos com carretel
enrolador ou barra irrigadora. São formados por um aspersor do tipo canhão, montado
sobre duas rodas (carro irrigador) e conectado a uma mangueira, que, por sua vez,
está conectada a um carretel.
Esse método ocorre por meio de uma central giratória que possui hastes com aspersores
e microjatos. O sistema consiste basicamente em uma tubulação (ou tubagem) metálica
na qual são instalados os aspersores ao longo de seu comprimento, podendo chegar
em média a até 600 metros.
Dica
Para melhor uso desse sistema, a declividade do terreno deve
ser de, no máximo, 15%, pois, quanto maior a declividade,
menor o espaçamento entre torres.
Comentários do autor
Para aperfeiçoar seu uso do sistema de pivô central, é
conveniente, além da aplicação de água, aproveitar a estrutura
hidráulica para a aplicação de fertilizantes, inseticidas e
fungicidas.
Leitura Complementar
Para entender mais sobre as características técnicas dos
variados tipos de aspersores que existe, o dimensionamento do
conjunto de motobomba e o manejo de irrigação em diversos
tipos de frutíferas, leia o conteúdo disponível na biblioteca do
AVA e no seu caderno de materiais complementares.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize as atividades de aprendizagem a seguir.
Atividades de aprendizagem
1. “O interesse pela irrigação, no Brasil, emerge nas mais variadas condições de clima,
solo, cultura e socioeconômicas. Não existe um sistema de irrigação ideal, capaz
de atender satisfatoriamente a todas essas condições e interesses envolvidos. Em
consequência, deve-se selecionar o sistema de irrigação mais adequado para uma
certa condição e para atender aos objetivos desejados. O processo de seleção
requer a análise detalhada das condições apresentadas, em função das exigências
de cada sistema de irrigação, de forma a permitir a identificação das melhores
alternativas” (Fonte: Mapa, 2001. Disponível em: <http://docsagencia.cnptia.
embrapa.br/milho/circular_14-selecao_do_sistema_de_irrigacao.pdf>. Acesso
em: 16 abr. 2021).
Conforme os conhecimentos disponíveis acerca dos sistemas de irrigação, analise as infor-
mações a seguir:
a) I e II estão corretas.
2. “Existe uma tendência natural de aumento do uso da água no futuro, seja pelo
aumento populacional, culminando numa maior necessidade por alimentos,
seja pela disponibilidade de terras com aptidão para uso na agricultura irrigada
estimadas em 470 milhões de hectares (CHRISTOFIDIS, 2002)” (Fonte: Secretaria
da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura – BA, 2005. Disponível
em: <http://www.seagri.ba.gov.br/sites/default/files/socioeconomia4_v7n1.
pdf>. Acesso em: 17 abr. 2021).
8.1 Tipos
Os sistemas de irrigação automatizados atendem a diferentes áreas:
Agrícolas: Paisagísticas:
Sensor de umidade
Sensor fotoelétrico
Arduino
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. A automação de sistemas de irrigação no Brasil apresentou maior expressividade
nos últimos anos devido à modernização na agricultura e à abertura do mercado
brasileiro às importações. Buscam-se cada vez mais a otimização dos recursos
produtivos, a competitividade de mercado, o aumento da produtividade e a
redução de custos produtivos. Acerca da automação dos sistemas de irrigação,
cite e explique as principais vantagens que podem proporcionar à agricultura.
Croqui da área.
Turno de rega.
Período de irrigação.
• Espécie cultivada.
• Altura de sucção.
• Altura de recalque.
• Potência do transformador.
• Disponibilidade de água.
• Tipo de energia.
• Sistema de transmissão.
• Tipo de solo.
Em que:
Lf = lâmina final;
Cc = capacidade de campo;
pm = ponto de murcha;
da = densidade aparente;
Os valores variam de acordo com a cultura a ser irrigada. Podemos recorrer a tabelas
para obter velocidade de infiltração, capacidade de campo, ponto de murcha da cultura
e densidade aparente de acordo com o tipo de solo do local.
Lf
LB =
E
• tensiômetros;
(TR) = Lf / Et
Em que:
Lf = lâmina final;
Et = evapotranspiração.
Para determinar o número de dias que se gastarão para irrigar uma área, você
pode usar a seguinte equação:
Pi = TR – NDP
Em que:
TR = turno de rega;
Aspersores
Deve ser escolhido de acordo com a cultura a ser irrigada. Para isso, veja a
indicação conforme espaçamento, tamanho da área irrigada, pressão de serviço
da bomba e vazão.
Definir TD e TP
Definir turno de horas que irá trabalhar o conjunto (TD) e o número de horas pelo
qual cada aspersor irá operar (TP).
TP= Lb / IA
Em que:
Lb = lâmina bruta;
IA = intensidade de aplicação.
á"#$ &'&$( #) )!
NA = *" × *! × ,-× ,.
Em que:
!"#$%&#'()" +, -,)'%,-
(NAL) = '.$,ç,#'()" +' ,.$'%."%'.
TL = NA / NAL
Em que:
NA = número de aspersores;
QL = QA × NAL em funcionamento
Em que:
QA = vazão do aspersor;
!,# % &'()
JA = *
Em que:
JA × 100 / L2
Em que:
Qj = NL x QL
!" × %&'(
(Pot) =
)*+ × ,-//++
Em que:
QT = vazão (m3/h);
EB = eficiência da bomba.
Consumo de energia
!" × %&'(
(kWh) =
)*+,- ×.//1**
Em que:
QT = vazão (m3/h);
EB = eficiência da bomba.
KVA = kWh/0,85
Em que:
Confira, a seguir, outras equações importantes para calcular uma irrigação eficiente:
25,0
Lâmina de irrigação infiltrada (mm)
20,0
15,0
10,0
Grau de adequação = 70,2%
5,0
0,0
0,000 0,200 0,400 0,600 0,800 1,000
Dica
Você pode contar com o auxílio do catálogo do fabricante para
escolher o tipo de bomba ideal para a sua necessidade.
A localização da bomba com relação ao nível da água pode apresentar três situações
distintas:
Curvas características
As curvas dos gráficos, por sua vez, apresentam informações necessárias à seleção
adequada da motobomba para cada projeto de irrigação.
• com uma vazão maior inicial, terá de ser maior a potência necessária para acionar
o conjunto motobomba;
A expressão “Net Positive Suction Head” (NPSH) significa a energia (carga) necessária
no sistema para a motobomba conseguir realizar a sucção da água quando estiver
trabalhando em regime de sucção positiva. Para evitar uma redução na sucção da
bomba, é necessário que se escolha um modelo com o NPSH maior do que o requerido,
evitando que, em uma redução na sua sucção, ocorra a cavitação.
Segundo Faria e Vieira (1986), o NPSH disponível pode ser calculado pela seguinte
expressão:
Em que:
Tabela de seleção
Ø Reclaque (pol)
Ø Sucção (pol)
No de estágios
Potência (CV)
Ø Rotor (m m)
Sucção(m.c.a)
Pressão Máx.
Altura Máx.
Modelo
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Vazão em m /h 2
ECM-100M/T 1,0 2 1 3/4 104 35 8 7,6 7,0 6,2 5,2 4,0 2,5
ECM-150M/T 1,5 3 1 3/4 104 52 8 8,1 7,7 7,2 6,0 6,3 5,5 4,4 4,0 3,3 1,5
ECM-200M/T 2,0 4 1 3/4 104 70 8 8,5 8,0 7,7 7,4 7,0 6,7 6,1 6,7 5,3 4,5 3,9 3,0 1,8
ECM-300M/T 3,0 6 1 3/4 104 103 8 8,7 8,4 8,4 8,0 8,0 7,7 7,3 7,1 7,0 6,5 6,3 5,9 5,7 5,3
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
a)
Vazamentos raramente acontecem nas tubulações de sistemas de irrigação, por
isso elas não precisam passar por verificações constantes.
d) A utilização de um filtro de torneira não retém a sujeira que possa estar presente na
água e que venha a ocasionar algum problema ao sistema de irrigação.
e) As válvulas de irrigação não devem ser limpas para que não ocorram danos aos
sistemas de irrigação.
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tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Presente em todas as regiões brasileiras, a agricultura irrigada é uma realidade
e vem sendo cada vez mais aprimorada para que auxilie no desenvolvimento da
produção, possibilitando maximizá-la. Desse modo, grandes volumes de água
são utilizados e é preciso estar atento à captação e ao armazenamento para que
sejam minimizadas as perdas. Acerca do conhecimento adquirido sobre irrigação,
descreva a finalidade de se construir um reservatório de água para a irrigação da
lavoura e suas características.
O fertilizante chega mais rápido às raízes das plantas, pois ele se encontra solubilizado
na água, proporcionando seu uso racional, e se infiltra no solo.
Atenção
Devido à alta uniformidade de distribuição e à grande eficiência
de aplicação, na fertirrigação há redução da percolação e da
lixiviação dos nutrientes.
11.1 Equipamentos
Pode-se fazer a injeção de fertilizantes usando diversos equipamentos, destacando-se
entre eles a bomba injetora hidráulica, o injetor elétrico de fertilizantes e o injetor tipo
Venturi.
1. Diferencial de pressão
3. Pressão negativa
Antes de iniciar a aplicação, deve-se agitar a solução injetora para que ela se homogeneíze
e evite que o equipamento de injeção de fertilizante aspire as impurezas do fundo do
reservatório, permanecendo o processo de agitação durante toda a aplicação.
Dica
Sempre que possível, deve-se adotar a mesma frequência de
irrigação. Para culturas perenes, com irrigação diária, pode-se
adotar a frequência semanal.
a) Fertilizantes nitrogenados
b) Fertilizantes fosfatados
c) Fertilizantes potássicos
Dica
Podemos aplicá-los como quelatos, que são facilmente solúveis
e causam poucos problemas de precipitação e entupimento.
Deve-se ter cuidados na utilização junto com fosfato de amônio
e nitrato de cálcio.
Qualquer sistema que se eleja para injetar o fertilizante nas tubulações de irrigação
requer um reservatório de qualidade adequada para conter produtos químicos e um
sistema de agitação para eles. Também deve resistir à pressão e à corrosão causada
pelos fertilizantes e ter capacidade de 50 a 1.000 litros. O volume mínimo do reservatório
deve ser suficiente para a fertirrigação de uma subunidade sem que se requeira o
reabastecimento. O volume do reservatório se calcula da seguinte forma:
Em que:
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Adubos e fertilizantes são substâncias utilizadas para fornecer macro e
micronutrientes para as plantas. Podem ser aplicados diretamente no solo ou pela
sua introdução na água, o que chamamos de “fertirrigação”. São considerados
macronutrientes: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio
(Mg) e enxofre (S); e micronutrientes: manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu),
ferro (Fe), molibdênio (Mo), boro (B) e cloro (Cl). A respeito da fertirrigação e dos
nutrientes, relacione os fertilizantes a suas características.
A – Fertilizantes nitrogenados
B – Fertilizantes fosfatados
C – Fertilizantes potássicos
D – Fertilizantes com micronutrientes
( ) Podem ser aplicados como quelatos, os quais são facilmente solúveis e apresentam
poucos problemas de precipitação e entupimento.
a) A – B – D – C.
b) D – B – A – C.
c) C – D – B – A.
d) A – B – C – D.
e) D – B – C – A.
Encerramento do tema
Neste tema, você aprendeu sobre a importância da irrigação para o êxito de um
processo de produção de frutas. Aprendeu, também, como o clima e o solo afetam
diretamente na irrigação e sobre os principais conceitos que devem ser aplicados na
sua implementação. Você igualmente conheceu os principais sistemas de irrigação
disponíveis e sua montagem. Por fim, compreendeu os benefícios que a fertirrigação
pode oferecer para a produção de frutas.
• princípios da hidrologia;
• necessidades de drenagem;
• sistemas de drenagem;
• água subterrânea;
• salinização do solo;
Com a eliminação dessa água acumulada, a depender do tipo de solo, poderá ocorrer
aumento de salinidade graças à grande concentração de sais. Esse excesso afeta
diretamente o desenvolvimento de várias plantas, o que costuma ocorrer em regiões
áridas e úmidas.
Dica
A drenagem subterrânea é uma boa forma de evitar ou diminuir
a ocorrência dessa salinidade no solo.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. “A drenagem agrícola é de reconhecida importância na conservação ou recuperação
do potencial de produção agrícola, principalmente em regiões áridas e semiáridas
sob irrigação. [...] O planejamento de solução a um problema de drenagem para
uma área de produção agrícola implica a definição dos requerimentos de drenagem
das culturas, aspecto que ainda destaca-se pela exiguidade de estudos para
condições e variedades locais” (Fonte: Embrapa, 1988. Disponível em: <https://
www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/133634/drenagem-
agricola-relacoes-na-producao-e-procedimentos-de-diagnostico>. Acesso em: 16
abr. 2021).
I. O controle de sais minerais é uma das vantagens da retirada de água que cobre
a superfície do solo por meio da drenagem, evitando assim a salinidade, que pode
afetar as plantas.
II. Por permitir uma melhor infiltração de água e ajudar a manter os níveis do
lençol freático, a drenagem aprimora a estrutura do solo.
Também pode ser definida como a ciência que estuda as variações dos recursos hídricos
naturais da Terra em razão das diferentes fases do ciclo hidrológico.
Transporte
Deposição
Precipitação
Condensação
Degelo
Escoamento Transpiração
superficial
Percolação
Descarga do rio
Evaporação
Infiltração
CICLO HIDROLÓGICO
Fonte: Getty Images.
Muitos rios possuem seções dos três tipos, dependendo da variação da estrutura
geológica ao longo de seu curso, o que torna difícil sua catalogação. A maioria dos
grandes rios é perene, enquanto os definidos como efêmeros são normalmente
bastante pequenos (VILLELA; MATTOS, 1975).
Rocha
impermeável
Rio Z
Rio X
Rio Y
Existem vários índices utilizados para determinar a forma das bacias procurando
relacioná-las com formas geométricas conhecidas. Assim, o coeficiente de compacidade
a relaciona com um círculo, e o fator de forma, com um retângulo.
A
A= πr ! 𝑒𝑒 𝑅𝑅 = (1)
W
"
Kc = (2)
!#
!
Kc = 0,28 !
"
Em que:
P = perímetro em km;
"#,%&
K!= 0,28 ! = 1,51
%&,'%
A largura média (L MED) é obtida quando se divide a área da bacia pelo seu comprimento
(VILLELA; MATTOS, 1975). Logo, temos a seguinte fórmula:
!
Kf = "!
Em que:
A= área da bacia;
L = comprimento da bacia.
∑"
Dd=
#
A = área da bacia.
Para avaliar a Dd, deve-se marcar em fotografias aéreas toda a rede de drenagem,
inclusive os cursos efêmeros, e depois medi-la com o curvímetro.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
Atividade de aprendizagem
1. Da água recebida por um terreno, parte é retida nos poros capilares (capacidade
de campo), e o excesso, pelo efeito da gravidade, passa os poros não capilares e
penetra nas camadas inferiores. Encontrando a água de percolação, uma camada
de solo impermeável ou de permeabilidade muito pequena, ela cessa ou diminui
sua descida e ocupa também os poros não capilares logo acima, eliminando o ar e
saturando o solo.
Comentários do autor
De um modo geral, é preferível ter declividades um pouco
mais fortes para que não haja depósito de material arrastado,
sem, contudo, chegar a um excesso que produza corrosão e
desmoronamento das paredes dos drenos.
Determinação da seção
!
U = c × R × I (Fórmula 1)
Em que:
c = coeficiente de velocidade;
!
87× R
c = (Fórmula 2)
Y+R
Em que:
Y = coeficiente que depende da natureza das paredes, dado pela tabela de valores do
coeficiente de Bazin.
O coeficiente de velocidade pode ser calculado pela fórmula 2 ou pode ser encontrado
na tabela Valores do coeficiente e de velocidade de Bazin (DAKER, 1976).
É considerado como lençol subterrâneo o caso mais comum de solo ou rocha com
os poros saturados de água, diferindo dos aquíferos encontrados nos espaços livres
das rochas, como nas calcárias, onde a água pode se mover livremente nas fendas,
cavernas etc. As águas superficiais, às vezes com grandes vazões, podem passar
bruscamente por essas formações, formando verdadeiros rios subterrâneos.
a) Lençóis freáticos
São os que descansam sobre uma camada impermeável e que não estão submetidos
à pressão.
A água, estando submetida à pressão, sobe no poço aberto até o nível da linha
piezométrica. Se passar acima do terreno, jorrará, dando origem ao poço artesiano.
3.4 Salinização
Atenção
O domínio de plantas tolerantes aos sais, como bredos
(Amaranthus sp.), sobre outras plantas daninhas é outro
indicativo de solos salinizados.
Os solos salinos e/ou sódicos podem ser diagnosticados com base em determinações
(análises) feitas em amostras de solo por laboratório especializado.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
( ) A declividade dos drenos deve ser inversamente proporcional à inclinação natural
do terreno.
( ) Geralmente, opta-se por declividades mais fortes para que não ocorra deposição
de material, mas também evitando corrosão das paredes dos drenos.
a) F – F – V – V.
b) V – F – V – V.
c) F – V – V – V.
d) V – V – F – F.
e) V – F – F – V.
A drenagem superficial no meio rural é a mais usada devido à eliminação das águas dos
fortes aguaceiros em solos pesados, de baixa capacidade de infiltração e de drenagem
interna.
• o recipiente de descarga;
Para a eliminação das águas das chuvas, recorremos ao cálculo da vazão máxima.
V=∝×A×H
V
Q=
T
Em que:
• H = precipitação máxima entre 24 a 48 horas, em m;
b) Intermitente
Esse tipo de desaguamento pode ser por gravidade ou com o auxílio de elevação
mecânica.
• canal de cintura ou periférico para separação das águas altas, que têm saída por
gravidade, das águas baixas, que precisam de bombeamento;
• É de fácil correção.
Vantagens
Tipos:
• condutos de pedra;
c) Poços de drenagem
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
d) Os drenos laterais devem ser construídos acima dos coletores, e a união deve ser
feita em um ângulo agudo.
a) Natural
Deve ser usado na área onde existam depressões que não possam ser aterradas.
Consiste em ligar as depressões por meio de um único sistema de drenos rasos, que
conduzam a água para uma saída por gravidade ou para uma determinada depressão
por elevação mecânica.
a) Natural
* ** * **
Usado em terrenos secos e com * * * * **
depressões.
acompanhar
O dreno principal deve
a maior depressão,
* * *
recebendo drenos secundários que
partem das pequenas e isoladas áreas
Rio
* * **
úmidas.
* *
Fonte: Adaptado de Mello (2008).
b) Interseção
ad o
el rren
o
no
Usado em áreas planas e úmidas, cuja r re o
te aix
ev
te
nos coletores. go
ó rre
c
c) Espinha de peixe
e) Agrupamento
Mão na terra
Pense no caso de uma área de 400 x 200 m (8 ha) mais ou
menos plana, com uma ligeira declividade para o canto esquerdo
inferior. Nesse terreno, o tipo de solo é tal, que requer os drenos
laterais espaçados de 15 m. Nesse caso, a drenagem poderia
ser feita com sistema espinha de peixe, em sistema de grade,
em que o coletor estivesse disposto a 7,5 m da cerca maior, e
em sistema de grade, em que o coletor acompanhasse a menor
dimensão do terreno e também ficasse a 7,5 m da cerca. A
drenagem mais aconselhável seria a última, pois utiliza um
menor número de juntas e menos área drenada.
Leitura Complementar
Para saber melhor a quantidade de água a ser eliminada em um
projeto de drenagem, leia o conteúdo disponível na biblioteca
do AVA e no seu caderno de materiais complementares.
Antes de continuar seus estudos, que tal fixar os conhecimentos desenvolvidos neste
tópico? Realize a atividade de aprendizagem a seguir.
c) Solos salinos são bons para o desenvolvimento das raízes de todas as culturas.
d) Irrigação excessiva e pouco eficiente e drenagem insuficiente fazem com que sais
se concentrem no solo.
• Sucção
Grandes
• Corte dos taludes
• Limpeza
Cobertos
• Aprofundamento das valetas e nivelamento
• Dragas flutuantes
de sucção ou de
caçamba
• Pás de arrasto
• Cortadoras e
segadoras rotativas
• Arados ou
• Arados ou sulcadores sulcadores
• Escavadoras
• Arados
Encerramento do tema
Neste tema, você aprendeu sobre a importância da drenagem para o êxito de um
processo de produção de frutas, assim como conheceu os princípios básicos de
hidrologia e também aprendeu a identificar os principais sistemas de drenagem, sua
implantação e manutenção.
Nesta Unidade Curricular, você aprendeu a importância que a irrigação tem para o
bom desenvolvimento da produção de frutas. Igualmente, aprendeu a identificar os
principais sistemas de irrigação, como são construídos e operacionalizados e quando
cada um deve ser utilizado.
Referências
ALBUQUERQUE, P. E. P. Estratégias de manejo de irrigação: exemplos de cálculo.
Circular Técnica 136. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sete
Lagoas, MG, 2010. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/
item/25532/1/Circ-136.pdf>. Acesso em: 17 abr. 2021.
BERNARDO, S. et al. Manual de irrigação. 8. ed. atual. e ampl. Viçosa: UFV, 2006. 625
p.
MELLO, J. L. P.; SILVA, L. D. B. da. Irrigação: apostila. Rio de Janeiro: UFRRJ, 2009.
126 p.
OLIVEIRA, Anízio de. Guia prático de irrigação por aspersão. 2. ed. São Paulo: Ícone,
1991. 69 p.
Tópico 2
Tópico 3
• aquecimento rápido;
• baixa CTC;
• mais lixiviável;
• maior erosão;
Tópico 4
Tópico 5
Tópico 6
Tópico 7
Irrigação por aspersão: nesse caso, a água é distribuída para a superfície do solo
através da aspersão, o que se assemelha a uma chuva devido ao fracionamento do
jato de água em gotas.
Tópico 8
Tópico 9
Tópico 10
Tema 2: Drenagem
Tópico 1
O solo com uma maior capacidade de infiltração também ajuda a diminuir a perda
de nutrientes por meio da erosão hídrica. Isso também minimiza o assoreamento
dos rios e lagos, causado pelo excesso de materiais carregados pelas enxurradas e
depositados nos leitos dos mananciais.
Tópico 2
1) A área de drenagem de uma bacia é a área plana (projeção horizontal) inclusa entre
seus divisores topográficos. A área de uma bacia é o elemento básico para o cálculo
das outras características físicas. Ela é normalmente determinada por planimetria
em mapas. A declividade do terreno é importante para que não haja depósito de
material arrastado, ou para não haver corrosão e desmoronamento das paredes dos
drenos.
Tópico 3
Tópico 4
Tópico 5
1) A, D, E
ETEC.SENAR.ORG.BR
SENAR.ORG.BR