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A História Da Educação - Da Pré-História À Ead
A História Da Educação - Da Pré-História À Ead
Joelsom Leandro¹
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Danieli Aparecida From
RESUMO
Este artigo tem como objetivo refletir sobre o conceito de educação e seu
desenvolvimento ao longo dos tempos, para tanto, neste estudo, será explanado de
modo sucinto, o caminho a qual a educação foi desenvolvendo-se nos diferentes
povos que de algum modo influenciaram na cultura ocidental da contemporaneidade
e consequentemente, será destacada a importância da Educação a Distância nos
dias atuais, nos quais se vive a denominada era digital. Com a pesquisa conclui-se
que a educação é uma das peças fundamentais no desenvolvimento de um povo e
que sem valorizá-la esse desenvolvimento estará comprometido, para isso é
necessário adequa-la às novas ferramentas que vão sendo descobertas sem medo
de que ferramentas antigas e eficazes possam ser substituídas, como por exemplo,
a figura do professor em detrimento de novas tecnologias. Nesse sentido, é
necessário olhar a Educação a Distância como uma eficaz ferramenta para a
educação, pois ela adapta as ferramentas tecnológicas mais atualizadas às
necessidades atuais sem deixar de lado a essência da educação que é a
transmissão do conhecimento.
ABSTRACT
This article aims to reflect on the concept of education and its development over
time, therefore, this study will be explained succinctly, the way to which education
has been developing in different people that somehow influenced the culture Western
contemporary and consequently will highlight the importance of distance education
today, in which we live the so-called digital age. Through research it was concluded
that education is one of the key pieces in the development of a people and not
appreciate it this development will be compromised, it's necessary to suit it to the
new tools that are discovered without fear of old tools effective and can be replaced,
for example, the teacher figure at the expense of new technologies. Therefore, it is
necessary to look at the Distance Education as an effective tool for education
because it adapts the most current technological tools to current needs without
ignoring the essence of education is the transmission of knowledge.
1 INTRODUÇÃO
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Sabe-se, de acordo com Burg, Fronza e Silva (2013), que o que diferencia a
Pré-História da História é o desenvolvimento da escrita; inicialmente com os
desenhos de seres humanos e animais pintados em cavernas e sobre as rochas,
passando pela escrita cuneiforme, a escrita mais antiga que se tem conhecimento,
até chegarmos ao primeiro alfabeto fonético, precursor do alfabeto que utilizamos
hoje. Assim, nas culturas ágrafas da Pré-História a educação dos jovens ocorria por
meio da imitação, a família era o centro da educação das crianças, o único meio de
transmissão de conhecimento aos descendentes. Como não havia escrita, esses
ensinamentos ocorriam por tradição oral.
A Idade Antiga, conforme Burg, Fronza e Silva (2013), é determinada pelo
surgimento da escrita (por volta de 4000 a.C.) e vai até a queda do Império Romano
do Ocidente (476 d.C.). Os estudos dos povos da antiguidade são divididos em
Antiguidade Oriental (mesopotâmicos, egípcios, hebreus, fenícios e persas) e
Antiguidade Ocidental (Grécia e Roma).
A Mesopotâmia compreende as regiões em que surgiram as primeiras
civilizações e que ficaram conhecidas como Crescente Fértil (hoje parcial ou
totalmente Egito, Israel, Líbano, Jordânia, Síria, Turquia e Iraque). Os povos que a
habitaram dominaram técnicas como a domesticação dos animais, a agricultura,
metalúrgica, escultura e a escrita cuneiforme (talhada em argila por um estilete e
depois cozida para endurecer). A escrita cuneiforme surgiu ligada às necessidades
de contabilidade pelos escribas, sua escrita era ideográfica, ou seja, expressava
uma ideia. Mais tarde, os sacerdotes e escribas começaram a utilizar a escrita
fonética, que não tinha nenhuma relação com o objeto representado e cada sinal
representava um som (BURG, FRONZA E SILVA, 2013).
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Dentre os vários legados deixados pelos povos mesopotâmicos, vale destacar
as contribuições dos hebreus. Ainda segundo Burg, Fronza e Silva (2013), para
manter a sua identidade, os hebreus aprendiam a ler, escrever e tinham noções de
aritmética. O povo hebreu destacou-se no direito, na literatura e na filosofia. O
Código Deuteronômio era a base do direito judaico e pregava uma sociedade mais
democrática e igualitária. Na literatura, os hebreus nos deixaram a maior parte dos
chamados livros apócrifos contidos no Velho Testamento. Os fundamentos religiosos
advindos dos hebraicos serviram de base para muitas teorias tanto políticas e
étnicas, quanto religiosas ao longo dos tempos, sobretudo para o cristianismo, que
herdou desse povo muitas das ideias difundidas até hoje.
Pode-se afirmar que a Grécia Antiga é o berço da civilização ocidental.
Segundo Palma Filho (2010) o mundo grego foi rico em questões educacionais, os
ensinamentos de Sócrates, Platão e Aristóteles prevaleceram sobre os demais
pensadores daquela época. Duas cidades-estados rivalizavam-se na Grécia Antiga:
Esparta e Atenas e elas tinham concepções de educação diferenciadas. Esparta,
uma sociedade guerreira, defendia uma educação militar e cívica repressiva, em que
todos os interesses eram subordinados à razão do Estado. Atenas, uma cidade-
estado democrática, usava o processo educativo como um meio para que o
indivíduo alcançasse o conhecimento da verdade. Sócrates inventou um método
pedagógico envolvendo a ironia e a maiêutica distanciando-se tanto de Esparta,
onde a educação atendia aos interesses do Estado, quanto dos sofistas, com a sua
educação voltada apenas para o sucesso individual. Sócrates foi pioneiro em
reconhecer o valor da personalidade humana.
Já a educação na Roma Antiga, conforme Burg, Fronza e Silva (2013),
valorizava as virtudes do cidadão e do soldado, sempre respeitando a lei, a
memorização e os castigos físicos faziam parte da rotina educacional. A educação
ocorre em três diferentes períodos. A primeira, educação latina - fundamentalmente
patriarcal, a fundamentação da educação era a família, principal fonte de construção
de virtudes. A segunda, educação de influencia helenística – Roma cria a ideia de
império adotando uma cultura universalizada dando o direito de cidadania romana
aos povos conquistados em troca de impostos e a educação se volta à formação do
homem virtuoso, como ser moral, político e literário. A terceira, a educação greco-
romana – fusão das culturas grega e helenística, onde Roma cria um conjunto de
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políticas escolares inovadoras, surgiram as primeiras bibliotecas romanas com obras
gregas e a fusão das duas culturas fez o povo trocar velhas tradições e passar a
utilizar os dois idiomas (grego e latim).
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Não se pode deixar de reforçar que a educação na contemporaneidade sofreu
uma grande influencia da Revolução Industrial, que, como mostra Burg, Fronza e
Silva (2013), deixou como consequência transformações extremamente radicais, um
mundo rural e relativamente pacato, passou a ser majoritariamente urbano. Este
mundo urbano passou a ser vetor de escolarização em massa, pois proporcionou
diversas profissões liberais, exigindo assim escolarização. Ofícios tradicionais como
os de médicos e advogados se juntaram aos de engenheiros, jornalistas e tantos
outros que surgiram com a diversificação da especialização do trabalho.
Todos os estágios a qual a educação ou a produção de conhecimento
passou, na qual aqui os principais foram evidenciados, poderiam ser explanados
também sob outro olhar. Alvin Toffler (1995), cientista norte-americano, citado por
Kampff (2009), mostra que é possível dividir a sociedade em três ondas civilizatórias
ao longo da história. A primeira é a onda agrícola – vai do surgimento do homem até
o século XVII, neste período predominavam grupos que viviam isolados e que
produziam e consumiam apenas o necessário para sua sobrevivência, as
informações geralmente eram propagadas de geração em geração. A segunda é a
onda industrial – uma nova escala econômica surge, produz-se em excesso para
trocar por moeda corrente, que por sua vez será trocada por outros produtos
necessários à sobrevivência, detém o poder quem tiver o maior capital financeiro,
multiplicam-se as escolas para atender às necessidades da sociedade industrial. E a
terceira é a onda digital – surge com as redes de computadores entre 1960 e 1970
proporcionando uma ampliação nunca antes vista de acesso à divulgação de
informações e com o grande número de informações, não basta apenas aprender a
acessá-las, é preciso estabelecer relações entre elas, aprofundá-las, daí a
necessidade de uma modernização na educação. Em relação à educação a
segunda onda ainda é predominante, porém diversas iniciativas e discussões
pretendem transformar a educação com um objetivo de formar cidadãos capazes de
exercer plenamente seus direitos com consciência de seus deveres, formando uma
sociedade em que o maior valor é o conhecimento.
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curiosidade, a imaginação e a criatividade (MORAN 2007, p. 167
apud MARASTONI, 2014, p. 87).
Porém, é preciso deixar claro que a figura do professor em sala de aula não
pode ser substituída por esse sistema tecnológico, a tecnologia deve sim
complementar o seu trabalho. O professor continua a ser essencial na educação
moderna.
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comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo
atividades educativas em lugares ou tempos diversos (BRASIL,
2005, p. 1).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Refletir sobre educação pode muitas vezes levar a um paradoxo: a educação
pode ditar os rumos de uma sociedade, ou são os rumos que uma sociedade toma
que ditam sua educação? Não há duvidas de que a educação tem um papel
fundamental na construção de uma sociedade e que influencia diretamente na sua
cultura. Ela pode ser a principal ferramenta de libertação de um povo, mas pode
também ser utilizada como uma eficaz ferramenta para sua alienação.
A educação se adapta às ferramentas existentes em cada tempo, como nas
pinturas rupestres da Pré-História ou nas redes de computadores dos dias atuais. A
educação pode ser usada para a libertação e produção do conhecimento, como na
filosofia clássica da Grécia antiga ou ainda no Renascimento e Iluminismo que
marcaram a modernidade, ou pode ainda ser instrumento de alienação como na
Idade Média, onde a Igreja privava o povo do saber para assim permanecer como
figura central daquela sociedade, ocasionando assim uma dezena de séculos com
certa estabilidade sociopolítica e sem grandes descobertas científicas.
Porém, o que fica claro é que a educação tem de ser uma das peças
fundamentais no desenvolvimento de um povo e que, sem valorizá-la, certamente
esse desenvolvimento estará comprometido. Para tanto é necessário adequa-la às
novas ferramentas que vão sendo descobertas, até por consequência do
investimento na própria educação, sem medo de que ferramentas antigas e eficazes
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possam ser substituídas, como por exemplo, a figura do professor em detrimento de
novas tecnologias.
Nesse sentido, é necessário olhar a EAD como uma eficaz ferramenta para a
educação, pois ela adéqua, dentre outras coisas, as ferramentas tecnológicas mais
atualizadas à necessidade de mobilidade e também à otimização do tempo,
questões tão preciosas na contemporaneidade, sem deixar de lado a essência da
educação que é a transmissão do conhecimento.
REFERÊNCIAS
BURG, Silvana Montibeller; FRONZA, Silvio Luiz; SILVA, Thiago Rodrigo da.
História da Educação: Caderno de estudos. Indaial: UNIASSELVI, 2013.
CORTELLA, MÁRIO SERGIO. Pensar nos faz bem!: 1. Filosofia, religião, ciência e
educação. 5ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.
PALMA FILHO, João Cardozo. A Educação Através Dos Tempos. Disponível em:
<http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/unesp/337931/1/caderno-formacao-
pedagogia_3.pdf>. Acesso em 24 jul. 2016.