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ALUNO: WENDERSON JOSÉ DE OLIVEIRA VELOSO

MATRICULA: 14113150190
POLO: NOVA FRIBURGO
CURSO: TECNÓLOGO EM SEGURANÇA PÚBLICA

DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA NO BRASIL

No Brasil, as Polícias Militares estaduais são as forças


de segurança pública que têm por função o policiamento ostensivo e a manutenção da
ordem pública, no âmbito dos estados e do Distrito Federal. São subordinadas
administrativamente aos governadores de estado e para fins de organização, são forças
auxiliares e reserva do Exército Brasileiro, integram o sistema de segurança pública e
defesa social do Brasil, ficando subordinadas às Secretarias de Estado da Segurança em
nível operacional. São mantidas e custeadas por cada estado e no caso do Distrito
Federal, pela União.

Em tempo de guerra, além das anteriores missões, a


polícia militar também pode se encarregar da defesa imediata de infraestruturas
estratégicas, da proteção de altas individualidades militares e civis, da administração
dos prisioneiros de guerra, da regulação do tráfego rodoviário e da segurança
pública nas regiões sujeitas à administração militar.

Seus integrantes são denominados militares


estaduais, sendo, dessa forma subordinados, quando em serviço, à Justiça
Militar estadual.

As polícias militares estão estruturadas operacionalmente


de maneia similar ao Exército, possuem, em regra, a mesma classificação hierárquica do
Exército Brasileiro, com modelos diferenciados de insígnias, são organizadas em
comandos intermediários, batalhões, companhias e pelotões. Os batalhões são baseados
nos grandes centros urbanos, e suas companhias e pelotões são distribuídos de acordo
com a densidade populacional nas cidades circunvizinhas. Normalmente os pelotões são
também subdivididos em destacamentos ou postos de policiamento. A polícia montada
está organizada em regimentos, divididos em esquadrõese pelotões.

Com o fim do Governo Militar na década de oitenta, as


polícias militares voltaram-se para o objetivo de recompor suas próprias identidades,
fortemente marcadas pela imagem da repressão dos dois longos períodos de regime de
exceção (de 1930 a 1945, e de 1964 a 1988). Passou-se a investir numa reaproximação
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com a sociedade; tentando-se recuperar antigas modalidades de policiamentos, e


desenvolver outras novas.

Segundo Túlio Vianna, Professor de Direito Penal da


Faculdade de Direito da UFMG, Doutor (UFPR) e Mestre (UFMG) em Direito, o País
possui um modelo de polícia sem equivalentes em nenhum país da Europa ou da
América. As polícias do Brasil, diferente da maioria absoluta das polícias do mundo,
são divididas em duas polícias de ciclo parcial: uma militar, responsável pelo
policiamento ostensivo e outra civil, que somente investiga. O que segundo o escritor é
algo anormal, fora do comum.
O autor cita que em vários países da Europa as policias
possuem treinamento e estrutura militar, mas fora esta característica comum, elas em
nada se assemelham à polícia militar brasileira. Elas possuem atribuições tanto de
policiamento ostensivo quanto investigativo e sua atuação restringe-se, na maioria das
vezes, ao policiamento de zonas rurais e pequenos centros urbanos. Nas grandes cidades
européias o policiamento é realizado por corporações exclusivamente civis. Em outras
grandes potências mundiais simplesmente não existe uma polícia militar. Nos EUA e na
Inglaterra, por exemplo, as polícias são cem por cento civis e o treinamento militar é
restrito às forças armadas.
Ainda de acordo com o escritor o treinamento militar, o
qual os policiais militares são submetidos, são baseados em uma série de rituais de
violência física e simbólica que procuram disciplinar os recrutas a obedecerem a seus
superirores hierárquicos a todo custo. O foco do treinamento militar é incutir nos
policias em formação como valor primordial o respeito à autoridade dos superiores
hierárquicos, quando o foco de qualquer treinamento policial democrático deveria ser a
introjeção do respeito à autoridade da lei e do Poder Judiciário. Há quem defenda a
militarização como um instrumento necessário ao controle da corrupção policial, em
virtude do maior controle hierárquico. Nada mais ingênuo. Na prática, o que se vê é que
a militarização não impede a corrupção, mas apenas a concentra nas mãos de alguns
oficiais, já que seus subordinados dificilmente têm condições reais de denunciá-la sem
sofrerem graves prejuízos. A militarização da polícia brasileira já deu provas cabais de
sua impotência no combate à corrupção. É preciso que a sociedade brasileira
conscientize-se da importância da unificação e da desmilitarização das polícias
estaduais brasileiras.
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O militarismo nas corporações policiais é um grave


equívoco, pois concebe a polícia como uma espécie de exército adaptado para garantir a
segurança interna. A disciplina militar nas polícias é desnecessária e excessiva, criando
nos policiais uma cultura de rigidez e violência inadequadas a um regime democrático.

Segundo Felipe Lazzari da Silveira, Graduado em Direito


pela UNISINOS, especializado em Direito Penal e Direito Processual pela UNIRITTER
e Mestrando em ciências Criminais pela PUC/RS, a desmilitarização das forças
policiais, não significa desarmar ou desequipar a polícia, mas sim transformá-la em
uma instituição capaz de cumprir suas funções de forma respeitosa em relação aos
direitos e as garantias fundamentais dos cidadãos. Que segundo ainda o autor a
desmilitarização compreende em extinguir as policias militares estaduais e a
conseqüente criação de um novo modelo de policia unificado, que sendo adequado aos
princípios democráticos, seria mais eficaz e menos violento.

Outro que se posiciona a favor da desmilitarização da


policia e o professor Marcos Luiz Bretas, que defende a idéia da desmilitarização
alicerçado na formação da policia moderna, sugerindo uma unidade de práticas de
resultados no campo da manutenção da ordem pública.

Segundo o Deputado Estadual Marcelo Freixo, a


desmilitarização da polícia e necessário a fim de se acabar com o treinamento cruel e
humilhante, a qual os policiais são submetidos durante o curso de formação. Que
segundo a explanação do citado Deputado e de que como ira se comportar um policial
durante o patrulhamento das ruas, na pacificação das comunidades e no atendimento ao
cidadão, após ter sido submetido a treinamentos rigorosos, humilhantes e desumanos.

REFERÊNCIAS:

www.tulioviana.org.br.

www1.folha.uol.com.br/opiniao/2013/12/1390874-e-preciso-desmilitarizar-a-policia-
militar-sim.shtml

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