You are on page 1of 2

História da literatura portuguesa a partir do século XVI:

Século XVI: Renascimento


Neste período, destaca-se a inspiração na cultura clássica greco-latina. Além disso, surgiram
novos gêneros, como a literatura de viagens, a poesia épica e os romances de cavalaria.

Os principais representantes foram: Luís de Camões (Os Lusíadas), Sá de Miranda (Poesia e


Teatro) e Fernão Mendes Pinto (Peregrinação).

Século XVII: Barroco


Período marcado pela utilização de linguagem rebuscada, permeada por figuras de linguagem,
além do tom melancólico e conflituoso, demarcando a luta interna entre os prazeres
mundanos e a devoção religiosa. Em termos históricos, retrata a passagem definitiva da Idade
Média, marcada pelo teocentrismo (Deus no centro), para a Idade Moderna, marcada pelo
antropocentrismo (homem no centro). Desse modo, os séculos que abrangem o barroco foram
marcados pelas lutas entre classes sociais e pelas crises religiosas.

Os principais representantes foram: António José da Silva (Anfitrião), Frei Luís de Souza (Os
Anais de D. João III) e o Padre António Vieira (Sermões).

Século XVIII: Arcadismo ou Neoclassicismo


Período caracterizado pela revalorização dos ideais artísticos greco-romanos (Grécia e Roma) e
a influência da corrente de pensamento iluminista. Além disso, destaca-se o ideal da vida
bucólica, que prega a fuga das cidades e posterior adoção da vida pastoril no campo,
preferencialmente, ao lado da mulher amada.

Os principais representantes foram: Curvo Semedo (Fábulas), José Agostinho de Macedo


(Newton: Poema) e Manuel Maria Barbosa du Bocage (Sonetos), que se afastaram dos
exageros do período barroco, restabelecendo, desse modo, o equilíbrio na literatura.

Primeira Metade do Século XIX: Romantismo


O Romantismo demarcou o fim do Arcadismo/Neoclassicismo, apresentando como principais
temas o amor, a nostalgia, a melancolia, o subjetivismo e o resgate do passado histórico
medieval, reelaborado de forma mítica. Essa abertura temática proporcionou a combinação de
diversos gêneros literários, indo da poesia ao romance.

O tema costumava girar em torno de amores proibidos, no qual os heróis rebeldes disputavam
o coração de donzelas frágeis e desamparadas.

Os principais representantes foram: Almeida Garrett (Folhas Caídas), Alexandre Herculano


(Eurico, o Presbítero), Camilo Castelo Branco (Memórias do Cárcere) e Júlio Dinis (Uma Família
Inglesa).
Segunda Metade do Século XIX: Realismo e Naturalismo
Neste período, observa-se a quebra dos padrões românticos, entre eles, a negação do
subjetivismo e do idealismo tão presentes na estética romântica, tornando a escrita mais
simples e direta e o conteúdo mais focado nas questões do cotidiano.

O Naturalismo, ou “Ultrarrealismo”, representou o aprofundamento dessas tendências, com


base nas teorias científicas e evolucionistas que se encontravam em alta na época.

Os principais representantes foram: Antero de Quental (Liga Patriótica do Norte), Cesário


Verde (Cântico do Realismo) e Eça de Queirós (O Primo Basílio).

Fins do Século XIX: Simbolismo


Movimento que se opôs aos padrões do Realismo, tendo sido inaugurado com a publicação do
livro Oaristos, de Eugênio de Castro.

Nessa corrente, destacam-se, entre outros atributos, um vocabulário mais rebuscado, a


profusão de temas místicos e religiosos, além da idealização da infância e do campo.

Os principais representantes foram: António Nobre (Despedidas) e Camilo Pessanha


(Clepsidra).

Início do Século XX: Modernismo


O Modernismo português, caracteriza-se pela aproximação aos movimentos de vanguarda da
época, rompendo com antigos padrões estéticos por meio de uma linguagem literária
inovadora.

Os principais representantes foram: Fernando Pessoa (Mar Português, Obras Completas de


Alberto Caero, Álvaro de Campos, Ricardo Reis) e Mário de Sá-Carneiro (Loucura),
idealizadores da revista Orpheu, que pretendia divulgar os ideais modernistas.

Literatura Contemporânea
Destaca-se pelo equilíbrio entre o experimentalismo e o realismo.

Entre os principais representantes, destaca-se, principalmente, o Prémio Nobel José Saramago.


Uma de obras mais conhecidas, Ensaio sobre a Cegueira.

Além dele, destacam-se também os romancistas: António Lobo Antunes (As Naus) e José
Cardoso Pires (O Delfim).

You might also like