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MATOS, Maria Izilda Santos de - Do Público para o Privado - Redefinindo Espaços e Atividades Femininas (1890-1930)
MATOS, Maria Izilda Santos de - Do Público para o Privado - Redefinindo Espaços e Atividades Femininas (1890-1930)
O PÚBLICO E O PRIVADO:
2 De acordo com o censo do ano de 1872, quando a cidade já sofria conseqüências do surto
cafeeiro, a população de São Paulo era de 19.347 pessoas. No censo seguinte, o de 1890, elevou-se
para 64.934 habitantes, e no início do século XX, em 1908, eram 270.000 moradores, atingindo a
cifra de 579.000 pessoas em 1920.
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3 MATOS, Maria I. S. de: Trama e Poder- Um estudo sobre as Indústrias de Sacaria para o
Café (1888-1934). São Paulo, tese de Doutorado, FFLCH-USP, 1991, mimeo.
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5 SENNET, Richard: O declínio do homem público. São Paulo, Cia. das Letras, 1988.
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6 Apesar das variações conjunturais, a oferta de mulheres e homens para prestar serviços
domésticos era grande. O rastreamento dos anúncios diários na imprensa, cruzado com as
estatísticas de imigração, permite identificar que após 1914, durante o primeiro conflito mundial, a
queda nas entradas de imigrantes levou a uma diminuição da oferta desses trabalhadores e a um
aumento da procura, gerando uma conseqüente tendência a elevação dos salários dos criados de
servir. Todavia, tem-se que ponderar que a situação de carestia entre 1917-19 reverte em parte essa
tendência, já que uma das vantagens do emprego doméstico era receber casa e comida.
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7 "O serviço de abastecimento de água à população, prestado pelo chafariz do Rosário, foi dos mais
deficientes (...) os moradores das Ruas de S. Bento, Boa Vista e Imperatriz queixam-se da falta de
água que há neste chafariz, vendo-os obrigados a mandar buscá-la longe ou comprarem aos
carroceiros..." GASPAR, Byron: Fontes e Chafarizes de São Paulo. São Paulo, Conselho Estadual
de Cultura, 1967, p.77.
"Ainda bem que se vendia água nas ruas, em pipas puxadas por pacientes burrinhos, mas era
água, além de pouca, e má, vendida a 40 réis o barril - coisa caríssima". MARQUES, Gabriel: Ruas
e Tradições de São Paulo. São Paulo, Conselho Estadual de SP, s.d., p.57.
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8 AMERICANO, Jorge: São Paulo Naquele Tempo (1895-1915). São Paulo, Saraiva, 1957,
p.146.
9 MOURA, Paulo Cursino de: São Paulo de Outrora. São Paulo/Belo Horizonte, EDUSP/Itatiaia,
1980, p. 152 e 241.
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10 BRUNO, Ernani Silva: História e Tradições da cidade de São Paulo. São Paulo, Hucitec,
1983, p. 1127.
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12 SANTOS, Martins Francisco. História de Santos. São Paulo, Empreza Gráphica da "Revista
dos Tribunaes", 1937, vol.2, p.29.
13 No setor médico-sanitarista acreditava-se que febres e epidemias (por exemplo, a febre amarela)
eram transmitidas pela roupa; assim, as lavadeiras, que em seus domicílios e nos rios misturavam as
roupas sujas, eram verdadeiramente perseguidas. Somente em 1903 é que Adolfo Lutz, do Instituto
Bacteriológico de São Paulo, provou que a transmissão desta doença era feita pelo mosquito.
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Amas-de-leite
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15 A proposta visava proteger as crianças do contágio das amas. Entre as instituições de que temos
conhecimento, uma das que foi mais eficiente, perdurando por longo período, foi a "Gota de Leite"
de Santos, criada na passagem do século, e que posteriormente foi transformada em orfanato.
16 Quanto ao exame, a discussão foi intensa. Alegava-se que o médico deixava sua humanidade
fora do consultório, sendo sua função apenas "ler o corpo da mulher...o colega poderia attestar que
não há donzella por mais púdica, nem mãe de família por mais recatada, que não possa dizer ao
médico: Lê no meu corpo como quem lê num livro aberto deixaste lá fora a tua humanidade... não
és um homem, és um médico... tu não me contemplas com os olhos da carne... confio-me a ti porque
teus lábios estão fechados...". Discursos parlamentares, In Anais da Câmara Municipal de São
Paulo, ano 1914, p.134.
17 AMERICANO, J. op.cit., p. 82.
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Abstract
24 RAGO, Margareth: Do Cabaré ao lar: A Utopia da cidade disciplinar, Brasil 1890-1930. Rio
de Janeiro, Paz e Terra, 1985. DEL PRIORI, M.(org.): A História da Criança no Brasil. São
Paulo, Contexto, 1991.
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