Um homem de 30 anos vai ao consultório de um clínico
geral queixando-se de perda de força progressiva nos membros inferiores e superiores. Começou a notar há cerca de seis meses dificuldades em tarefas como trocar marchas do carro, levantar pesos moderados com as mãos. A perda tem caráter mais distal, mais notável no membro superior. O médico que o examinou percebe que há perda de força simétrica ao solicitar que aperte as mãos, perda volumétrica da musculatura interóssea e fasciculações na musculatura do membro superior e no tórax. Os demais dados do exame físico são inalterados. O paciente é filho adotivo e na história familiar há um relato que a mãe biológica faleceu jovem (30 anos) após ter ficado acamada por um ano. Não há hábitos de vida relacionados à alteração e não há comorbidades. Foi encaminhado ao neurologista que solicitou ressonância magnética do crânio, da coluna cervical e eletroneuromiografia. A ressonância magnética do crânio mostrou alteração de sinal no ramo posterior da cápsula interna, simétrico, que estendia-se pelo tracto corticoespinal até o córtex motor. A ressonância da coluna cervical não mostrou alterações significativas. A eletroneuromiografia mostrou ondas F e fasciculações, compatíveis com doença do neurônio motor. Diante de todos os dados o diagnóstico sindrômico foi de doença do neurônio motor, com provável etiologia degenerativa (esclerose lateral amiotrófica). Tendo em vista o diagnóstico e o prognóstico, qual seria a melhor abordagem para a comunicação da notícia?