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Estádio e Domínios de Deformação

Autora da Apresentação: Profa. Ana Carolina da Silva Fernandes


Prof. Matheus Ciccacio Nogueira

Domínios de deformação 1
Flexão Normal Simples

Domínios de deformação 2
Flexão Normal Simples
Modos de Ruptura (ELU):
1. Alongamento excessivo das armaduras (escoamento do aço)  TRAÇÃO
2. Esmagamento do concreto  COMPRESSÃO

CONCRETO COMPRIMIDO
- Resistir à compressão devido à flexão

CONCRETO TRACIONADO ARMADURA DE TRAÇÃO


- Resistir esforços de cisalhamento - Resistir à tração devido à flexão
- Garantir a geometria da seção transversal
- Manter a armadura na posição desejada
- Transmitir esforços da armadura por aderência
- Proteger o aço contra corrosão

Domínios de deformação 3
Flexão Normal Simples
Hipóteses Básicas:
• Seções transversais permanecem planas durante a
deformação (Hipótese de Bernoulli)
• Existe perfeita aderência entre o aço e o concreto
(mesmas deformações)
• Despreza-se a resistência à tração do concreto fissurado

1 + 𝜀𝑐
𝜀𝑐

M x
d

d'
1 + 𝜀𝑠 𝜀𝑠
1
Domínios de deformação 4
Estádios
• O procedimento para se caracterizar o
desempenho de uma seção de concreto
consiste em aplicar um carregamento, que
se inicia do zero e vai até a ruptura.

Domínios de deformação 5
ESTÁDIO I
Estádios
São as diversas fases pelas
quais passa a seção de concreto
ao longo do carregamento

ESTÁDIO II
ESTÁDIO III

Domínios de deformação 6
Estádio I
• Início do carregamento: tensões normais pequenas (concreto resiste às tensões de tração).
• Diagrama linear de tensões ao longo da seção transversal (válida a lei de Hooke).

Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio I)


Domínios de deformação 7
Estádio I
• Levando-se em consideração a baixa resistência do concreto à tração,
se comparada com a resistência à compressão, percebe-se a
inviabilidade de um possível dimensionamento neste estádio.
• É no estádio I que é feito o cálculo do momento de fissuração, que
separa o estádio I do estádio II. Conhecido o momento de fissuração,
é possível calcular a armadura mínima, de modo que esta seja capaz
de absorver, com adequada segurança, as tensões causadas por um
momento fletor de mesma magnitude.
• Portanto, o estádio I termina quando a seção fissura.

Domínios de deformação 8
Estádio II
• Carregamento intermediário: concreto não resiste à tração (seção se encontra fissurada).
• A contribuição do concreto tracionado deve ser desprezada.
• A parte comprimida ainda mantém um diagrama linear de tensões (válida a lei de
Hooke).

Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio II)


Domínios de deformação 9
Estádio II
• Basicamente, o estádio II serve para a verificação da peça em serviço.
• Como exemplos, citam-se o estado limite de abertura de fissuras e o estado limite
de deformações excessivas.
• Com a evolução do carregamento, as fissuras caminham no sentido da borda
comprimida, a linha neutra também e a tensão na armadura cresce, podendo
atingir o escoamento ou não.
• O estádio II termina com o inicio da plastificação do concreto comprimido.

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Estádio III
• Final do carregamento: zona comprimida encontra-se plastificada (concreto na iminência da
ruptura).
• Diagrama de tensões da forma parabólico-retangular (diagrama parábola-retângulo).

Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio III)


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Estádio III
• Situação em que é feito o dimensionamento (“cálculo na ruptura” ou “cálculo no estádio III”).
• A NBR6118 permite um diagrama retangular equivalente resultante de compressão.
• Os braços em relação à linha neutra devem ser próximos para os dois diagramas.

0,765fcd

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Distribuição de tensões no concreto
• Diagrama parábola-retângulo, com tensão de pico 𝜎𝑐𝑑 = 0,85𝑓𝑐𝑑
• Pode ser substituído pelo retângulo de profundidade 𝑦 = λ𝑥,
onde:
• λ = 0,8  𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 MPa
• λ = 0,8 – (𝑓𝑐𝑘 – 50) / 400  𝑓𝑐𝑘 > 50 MPa

• A tensão constante atuante até a profundidade y é igual a:


• 𝛼𝑐 𝑓𝑐𝑑  se a largura da seção paralela à linha neutra não diminuir a partir
desta para a borda comprimida
• 0,9 𝛼𝑐 𝑓𝑐𝑑  caso contrário

• Concretos de classes até C50


• 𝛼𝑐 = 0,85

• Concretos de classes de C50 até C90


• 𝛼𝑐 = 0,85 . [1,0 – (𝑓𝑐𝑘 – 50) / 200]

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Para 𝑓𝑐𝑘 ≤ 50 MPa
• 0,85𝑓𝑐𝑑 : quando a largura da zona comprimida é constante ou
crescente no sentido de LN para a borda mais comprimida

LN LN LN

compressão
• 0,9 ∙ 0,85𝑓𝑐𝑑 : caso contrário
LN LN LN

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Domínios de deformação na ruína
Ruptura convencional por deformação plástica excessiva:
• reta a: tração uniforme;
• domínio 1: tração não uniforme, sem compressão;
• domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à compressão do concreto (𝜀𝑐 < 𝜀𝑐𝑢 e com o máximo
alongamento permitido).

Ruptura convencional por encurtamento-limite do concreto:


• domínio 3: flexão simples (seção subarmada) ou composta com ruptura à compressão do concreto e com
escoamento do aço (𝜀𝑆 ≥ 𝜀𝑦𝑑 );
• domínio 4: flexão simples (seção superarmada) ou composta com ruptura à compressão do concreto e aço
tracionado sem escoamento (𝜀𝑆 < 𝜀𝑦𝑑 );
• domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas;
• domínio 5: compressão não uniforme, sem tração;
• reta b: compressão uniforme.

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Reta a: tração uniforme;
• Tração simples, se as áreas de armadura 𝐴𝑠 e 𝐴′𝑠 forem iguais
• Tração excêntrica se a diferença entre 𝐴𝑠 e 𝐴′𝑠 seja tal que garanta o alongamento uniforme
• Para a reta a não há pontos de deformação nula  𝑥 → −∞

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Domínio 1: tração não uniforme, sem compressão

• Tração excêntrica
• 𝜀𝑆 = 1% na armadura 𝐴𝑠
• 0 < 𝜀𝑐 < 1% na borda superior
• Posição da linha neutra −∞ < 𝑥 < 0

Domínios de deformação 17
Domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à
compressão do concreto
• Flexão simples ou flexão composta, com força normal de tração ou de compressão
• alongamento 𝜀𝑠 =1%
• compressão na borda superior 0 < 𝜀𝑐 < 𝜀𝑐𝑢
• Linha neutra se encontra dentro da seção
• Último caso em que a ruína ocorre com deformação plástica excessiva da armadura

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Domínio 3: flexão simples ou composta com ruptura à
compressão do concreto e com escoamento do aço
• 𝜀𝑐 = 𝜀𝑐𝑢 na borda comprimida (concreto encontra-se na ruptura)
• 1% > 𝜀𝑠 > 𝜀𝑦𝑑 (aço tracionado em escoamento)
• Seção é denominada subarmada
• Concreto e aço trabalham com suas resistências de cálculo  há aproveitamento máximo dos materiais
• A ruína ocorre com aviso, pois a peça apresenta deslocamentos visíveis e intensa fissuração

É o que se espera de
uma estrutura bem
dimensionada

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Domínio 4: flexão simples ou composta com ruptura à
compressão do concreto e aço tracionado sem escoamento
• 𝜀𝑐 = 𝜀𝑐𝑢 na borda comprimida (concreto encontra-se na ruptura)
• 0 < 𝜀𝑆 < 𝜀𝑦𝑑 (aço tracionado não atinge o escoamento  mal aproveitado)
• Seção é denominada superarmada
PERIGO!!!
• A ruína ocorre sem aviso, pois os deslocamentos são pequenos e há pouca fissuração

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Domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas

• Flexo-compressão
• 𝐴𝑠 e 𝐴′𝑠 estão comprimidas
• 𝜀𝑐 = 𝜀𝑐𝑢 na borda comprimida (concreto encontra-se na ruptura)
• 0 < 𝜀𝑆 < 𝜀𝑦𝑑 (compressão)
• Linha neutra  𝑑 < 𝑥 < ℎ

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Domínio 5: compressão não uniforme, sem tração
• Compressão excêntrica
• Seção inteiramente comprimida  𝑥 > ℎ
3
• 𝜀𝑐 = 0,2% na linha distante 7 ℎ da borda mais comprimida
• 0,2% < 𝜀𝑐𝑢 < 0,35% na borda mais comprimida

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Reta b: compressão uniforme
• Deformação uniforme de compressão (encurtamento 𝜀 = 0,2%)
• Para a reta b não há pontos de deformação nula  𝑥 → +∞

Domínios de deformação 23
Domínios de Deformação

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Bibliografia

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de


estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681: Ações e
segurança nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2003.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas
para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 1980.
• BASTOS, PAULO SÉRGIO DOS SANTOS - NOTAS DE AULA DO CURSO: 2133 -
ESTRUTURAS DE CONCRETO III, UNESP, Bauru, 2019
• PINHEIRO, L. M. – Fundamentos do concreto e projeto de edifícios. São Carlos, SP

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