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Table of Contents

RESUMO.....................................................................................................................................1
OBJETIVOS................................................................................................................................2
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3
1. Patologia..............................................................................................................................4
2. Divisão da patologia.............................................................................................................4
2.1. Ramos Tradicionalmente, o estudo da patologia é dividido em:...................................4
a) Patologia geral..............................................................................................................4
b) Patologia especial.........................................................................................................4
3. Áreas....................................................................................................................................5
3.1. A patologia engloba áreas diferentes como:.................................................................5
a) Etiologia.......................................................................................................................5
b) Patogenia......................................................................................................................5
4. Alterações morfológicas.......................................................................................................5
5. Fisiopatologia.......................................................................................................................5
6. Classificação das lesões........................................................................................................5
6.1. Lesão celular............................................................................................................6
6.2. Lesão celular reversível............................................................................................6
6.3. Lesão celular Irreversível.........................................................................................6
7. Alteração do interstício........................................................................................................7
7.1. Distúrbio da circulação.....................................................................................................7
a) Alteração da inervação.....................................................................................................7
b) Inflamação........................................................................................................................7
8. ODONTOLOGIA E RISCOS SISTÊMICOS DA DOENÇA...............................................7
9. DOENÇAS SISTÊMICAS E SUAS MANIFESTAÇÕES...................................................7
9.1. Escarlatina....................................................................................................................8
10. VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)...................................................8
11. A DOENÇA PERIODONTAL.........................................................................................9
12. ETIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL..............................................................10
13. RELAÇÃO DOS FUMANTES NAS DOENÇAS PERIODONTAIS............................10
14. SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADO ÀS DOENÇAS PERIODONTAIS.....11
15. RELAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM O DIABETE MELLITUS............11
15.1. O Diabetes do tipo 2...............................................................................................11
16. RISCOS SISTÊMICOS ENVOLVENDO O SISTEMA CARDIOVASCULAR...........13

1
17. SARAMPO....................................................................................................................14
18. Leucemia........................................................................................................................14
CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................................15
Referências.................................................................................................................................16
Bibliografia................................................................................................................................16

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RESUMO
Como forma de tratamento, a periodontia apresenta-se entre as áreas que a Odontologia
pode abordar. Todavia, a saúde periodontal não depende apenas dos tratamentos.
Diversas atitudes do paciente podem promover saúde periodontal ou prejuízos ao
periodonto, através da higiene oral. Pacientes, que passam por situações em que se
encontram como portadores de doenças crônicas sistêmicas, como diabetes, doenças
cardiovasculares, hábito de fumar (hábito deletério para a saúde sistêmica e oral),
obesidade, gravidez, entre outras patologias sistêmicas, apresentarão relações com as
doenças crônicas sistêmicas, interagindo com a doença periodontal. Cabe ao clínico
cirurgião-dentista entender a relação da cicatrização prejudicada nos diabéticos e
portadores da doença periodontal, do risco do infarto agudo do miocárdio nos pacientes
cardiopatas e com doença periodontal em estado de inflamação crônica sistêmica e
outras relações que existem entre as doenças sistêmicas e periodontais, assim como a
relação com o tabagismo. Esta revisão de literatura aborda sobre a interação das doenças
periodontais com as doenças crônicas sistêmicas a que o paciente provavelmente já está
submetido ao procurar tratamento odontológico.

Palavras-chave: Doenças Periodontais. Doença Crônica. Cardiopatias. Diabetes


Mellitus. Obesidade.

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OBJETIVOS
Mostrar a ligação entre as doenças sistêmicas e doenças periodontais. Descrever sobre a
ligação e evolução das doenças sistêmicas e as periodontites. Mostrar que a prevenção
da doença periodontal se baseia na higiene bucal e nos cuidados que pacientes com
doenças crônicas devem ter.

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INTRODUÇÃO
Em geral, os seres humanos têm quase um bilhão de bactérias na cavidade oral. Essas
bactérias, podem vir a interagir sistemicamente. (LOCKHART et al., 2008)
Diversos procedimentos comuns do dia-a-dia podem levar essas bactérias da cavidade
oral a formarem uma bacteremia (presença de bactérias na corrente sanguínea). Dentre
os procedimentos diários, apresenta-se a escovação dental e o uso de gomas de mascar.
(LOCKHART et al., 2008) Isso acontece, primariamente, nos casos das doenças
periodontais, quando a estrutura anatômica normal do tecido periodontal é rompida.
(MILLER, 1921)

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1. Patologia
Patologia (derivado do grego pathos, afetação, doença, e logia, ciência, estudo) é um
ramo da biologia e medicina primariamente dedicado à análise e estudo de órgãos,
tecidos e fluidos corporais, com a finalidade de fazer um diagnóstico das doenças.

Por extensão, pode ser considerada além disso, em geral sob aspectos determinados,
tanto na medicina quanto em outras áreas do conhecimento como matemática,
arquitetura e engenharias, onde é conhecida como "Patologia das Edificações" e estuda
as manifestações anômalas (lesões, danos, defeitos e falhas) que podem vir a ocorrer em
uma construção.

Na medicina envolve tanto a ciência básica quanto a prática clínica, e é devotada ao


estudo das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que
estão ou podem estar sujeitos a doenças.

O termo patologia tem sido usado, erroneamente, como sinônimo de doença. Tal uso é
decorrente da tradução imprópria do inglês pathology.

2. Divisão da patologia
2.1. Ramos Tradicionalmente, o estudo da patologia é dividido em:
a) Patologia geral
Está envolvida com as reações básicas das células e tecidos a estímulos anormais
provocados pelas doenças. Por isso é denominada patologia geral, doenças relacionadas
a todos os processos patológicos, referentes às células.

b) Patologia especial
Examina as respostas específicas de órgãos especializados e tecidos a estímulos
definidos.

3. Áreas
Todas as doenças têm causa (ou causas) que age(m) por determinados mecanismos, os
quais produzem alterações morfológicas e/ou moleculares nos tecidos, que resultam em

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alterações funcionais do organismo ou parte dele, produzindo alterações
subjetivas(sintomas) ou objetivas(sinais).

3.1. A patologia engloba áreas diferentes como:


a) Etiologia
Estuda as causas gerais de todos os tipos de doenças, podendo ser determinado por
fatores intrínsecos ou adquiridos.

b) Patogenia
É o processo de eventos do estímulo inicial até a expressão morfológica da doença.

4. Alterações morfológicas
As alterações morfológicas, que são as alterações estruturais em células e tecidos
características da doença ou diagnósticas dos processos etiológicos. É o que pode ser
visualizado macro ou microscopicamente.

5. Fisiopatologia
Estuda os distúrbios funcionais e significado clínico. A natureza das alterações
morfológicas e sua distribuição nos diferentes tecidos influenciam o funcionamento
normal e determinam as características clínicas, o curso e também o prognóstico da
doença.

O estudo de sinais e sintomas das doenças é objeto da Propedêutica ou Semiologia, que


têm por finalidade fazer seu diagnóstico, a partir do qual se estabelecem o prognóstico,
a terapêutica e a profilaxia.

6. Classificação das lesões


A classificação e nomenclatura das lesões são complicadas, não havendo consenso dos
estudiosos quanto ao significado de muitas palavras utilizadas para identificar os
diferentes processos. Como o objetivo da Patologia Geral é o estudo das lesões comuns
às diferentes doenças, é necessário que tais lesões sejam classificadas e tenham uma
nomenclatura adequada.

Ao atingirem o organismo, as agressões comprometem um tecido (ou um órgão), no


qual existem:

a) células, parenquimatosas e do estroma;

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b) componentes intercelulares ou interstício;
c) circulação sangüínea e linfática;
d) inervação.

Após agressões, um ou mais desses componentes podem ser afetados, simultaneamente


ou não. Desse modo,podem surgir lesões celulares, danos ao interstício, transtornos
locais da circulação, distúrbios locais da inervação ou alterações complexas que
envolvem muitos ou todos os componentes teciduais. Por essa razão, as lesões podem
ser classificadas nesses cinco grupos, definidos de acordo com o alvo atingido,
lembrando que, dada a interdependência entre os componentes estruturais dos tecidos,
as lesões não surgem isoladamente nas doenças, sendo comum sua associação.

6.1. Lesão celular


Microscópio eletrônico da Siemens, 1973. Musée des Arts et Métiers , Paris

As lesões celulares pode ser consideradas em dois grupos:

6.2. Lesão celular reversível


São aquelas compatíveis com a regulação do estado de normalidade após cessada a
agressão; a letalidade ou não está freqüentemente ligada à qualidade, à intensidade e à
duração da agressão, bem como ao estado funcional ou tipo de célula atingida. As
agressões podem modificar o metabolismo celular, induzindo o acúmulo de substâncias
intracelulares (degeneração|degenerações), ou podem alterar os mecanismos que
regulam o crescimento e a diferenciação celular originando hipotrofias, hipertrofias,
hiperplasias, hipoplasias, metaplasias, displasias, e neoplasias). Outras vezes,acumulam-
se nas células pigmentos endógenos ou exógenos, constituindo pigmentações.

6.3. Lesão celular Irreversível


São representadas pela necrose (morte celular seguida de autólise) e pela apoptose
(morte celular não seguida de autólise).

7. Alteração do interstício
Englobam as modificações da substância fundamental amorfa e das fibras elásticas,
colágenas e fibras reticulares, que podem sofrer alterações estruturais e depósitos de
substância formadas in situ ou originadas da circulação.

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7.1. Distúrbio da circulação
Incluem aumento, diminuição, cessação do fluxo sangüíneo para os tecidos (hiperemia,
oligoemia e isquemia), coagulação sanguínea no leito vascular (trombose),
aparecimento na circulação de substâncias que não se misturam ao sangue e causam
oclusão vascular (embolia), saída de sangue do leito vascular (hemorragia) e alterações
das trocas de líquidos entre o plasma e o interstício (edema).

a) Alteração da inervação
Alterações locais dessas estruturas são pouco conhecidas.

b) Inflamação
A lesão mais complexa que envolve todos os componentes teciduais.

8. ODONTOLOGIA E RISCOS SISTÊMICOS DA DOENÇA


As substâncias que serão geradas ao final da glicação e da oxidação não enzimática das
proteínas e também dos lipídeos, as glicacações avançadas (AGEs) serão substâncias
primordiais no processo de formação da doença periodontal, cuja atuação principal será
a diminuição da eficácia das células do sistema de defesa: neutrófilos. Com isso, as
células do osso alveolar, do tecido conjuntivo e do tecido vascular serão destruídas com
mais facilidade; além de ocorrer maior produção de mediadores inflamatórios. (ALVES,
C. 2007)

9. DOENÇAS SISTÊMICAS E SUAS MANIFESTAÇÕES


Uma doença sistêmica é, simplesmente, uma doença que afeta todo o corpo humano, ao
invés de apenas um órgão ou região, como nos demais casos. Um excelente exemplo é a
gripe, que causa efeitos variados, como problemas de respiração, dores musculares e de
cabeça entre outros.

Do mesmo modo, existem também os distúrbios sistêmicos, como a hipertensão e as


infecções sistêmicas, como as que estão presentes na corrente sanguínea.

Em muitos casos de doenças sistêmicas, a boca se torna o primeiro lugar a manifestar


sintomas, dando sinais de que um processo generalizado está a caminho. No livro
Patologia Estrutural e Funcional, Stanley L. Robbins, um dos mais renomados
patologistas de todos os tempos, lista uma série de doenças sistêmicas e suas alterações
orais.

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Acompanhe com a gente algumas delas:

9.1. Escarlatina

A escarlatina é uma doença infectocontagiosa aguda (de transmissão rápida e fácil) que
costuma atingir crianças, provocando sintomas como febre, erupção cutânea,
descamação e faringotonsilite, ou seja, dores de garganta e ouvido.

Tal transmissão ocorre por meio do ar, por gotículas de saliva da pessoa infectada ou
pelo contato com alimentos e objetos contaminados.

Seus sintomas orais incluem:

a) Coloração roxa na língua;

b) Papilas em relevo;

c) Linha central da língua esbranquiçada.

10.VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)


O HIV, como também é conhecido o vírus da imunodeficiência humana, é um vírus que
afeta o sistema imunológico, responsável pelas defesas do organismo. Assim que ocorre
esse enfraquecimento, surge a doença relacionada, chamada de síndrome da
imunodeficiência adquirida ou AIDS.

Quando se manifesta no corpo humano, o HIV causa alguns sintomas claros na boca,
como:

a) Predisposição a herpes;

b) Lesões orais;

c) Leucoplasia pilosa (lesões brancas por toda a língua).

11.A DOENÇA PERIODONTAL


Na doença periodontal, nota-se a instalação de um processo inflamatório do periodonto
de proteção do paciente – a gengiva. Isso se deverá a uma resposta corporal aos
antígenos das bactérias presentes na placa dentária do paciente, que será formada nos
limites

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anatômicos da margem gengival (HERRING et al., 2006).
Em meio à constituição dessa placa acumulada, há bactérias, proteínas que banham a
saliva, e ainda, a presença de células epiteliais que se apresentarão descamadas
(HERRING et al., 2006). Inicialmente, a doença periodontal, será chamada de
gengivite, cujas características principais serão a hiperemia, o edema, além da recessão
gengival e sangramento gengival. (ALVES C., 2007).

12.ETIOLOGIA DA DOENÇA PERIODONTAL


Quanto à etiologia da doença periodontal, sendo multifatorial, ocorrem as alterações
sistêmicas ou as doenças podem agir de forma direta no hospedeiro, comprometendo a
resposta imunológica. Da mesma forma, a doença periodontal poderá causar alterações
sistêmicas, como cardiopatias, alterações pulmonares crônicas, entre outras.

A relação da doença periodontal com o diabetes está bem documentada na literatura,


quando se comprovou que a doença é agravada pelo diabetes, havendo mudanças na
resposta do hospedeiro ao tratamento periodontal.
Um paciente diabético apresenta aumento no sangramento gengival, maior perda de
inserção clínica, mobilidade dentária acentuada e tendência à formação de abscessos.

13.RELAÇÃO DOS FUMANTES NAS DOENÇAS


PERIODONTAIS
O tabagismo pode ser considerado o principal fator que mais gera danos aos tecidos
periodontais. Mesmo com diversos outros causadores da doença periodontal, o
tabagismo, será sempre o n° 1. (BERGSTRÖM, J. 2004).

O cigarro aparece como o principal fator de risco comum às duas doenças (doença
periodontal e doença cardiovascular), o tabagismo é conhecido não só como fator de
risco comum, mas como variável que pode confundir alguns estudos, visto que o cigarro
e a pobreza socioeconômica têm ligação, além de que, o consumo de cigarro tem
propriedades patogênicas tanto na doença periodontal quanto na aterosclerose. Do ponto
de vista biológico, o cigarro pode induzir, assim como as infecções periféricas, a uma
irritação endotelial através de agentes nocivos, efeitos antigênicos ou a estimulação de
citocinas pró-inflamatórias (AMAR E HAN, et al 2002)

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O fumo é o inimigo número um da saúde periodontal. A fumaça do cigarro resultante da
combustão incompleta do tabaco é constituída por uma mistura heterogênea, da qual
fazem.

14.SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADO ÀS DOENÇAS


PERIODONTAIS
Os pacientes em unidade de cuidado intensivo têm higiene bucal deficiente, levando a
um aumento do índice da placa bacteriana na cavidade bucal e da orofaríngea. A
colonização da orofaringe por bactérias Gram-negativas entéricas pode estar associada a
infecções como pneumonia adquirida na comunidade. A frequência da periodontite
grave generalizada apresenta certa afinidade com estas doenças pulmonares, quando
avaliada nos parâmetros de extensão e gravidade. (SABA, et al 2007).
Apesar dos resultados dos estudos longitudinais apontarem associação entre doença
periodontal e doença pulmonar, não há evidências de que esta relação é causal. O estado
periodontal pode ser indicador de risco e as duas doenças podem compartilhar um fato
de suscetibilidade do hospedeiro comum, relacionado à resposta subjacente. A natureza
desta associação deve ser pesquisada e analisada em estudos futuros para ser confirmada
como fator de risco. (SANTOS PEREIRA SA. Et al 2007)

15.RELAÇÃO DA DOENÇA PERIODONTAL COM O DIABETE


MELLITUS
15.1. O Diabetes do tipo 2 é um problema de saúde em nível mundial, sua
prevalência no globo terrestre caminha entre os 10% datados de 2008.
(DANAEI, et al., 2011). Contudo, até 2030 a OMS preconiza que esse índice
pode ir ao dobro (ZHANG et al., 2009).
Esses pacientes portadores do diabetes apresentarão riscos aumentados em duas ou até
três vezes maior de desenvolver doença periodontal crônica (TAYLOR et al. 1996).
Através de exames laboratoriais, isso se torna evidente, pois a Hemoglobina A1c
(HbA1c) sérica, em níveis aumentados, oferece maiores riscos de formação da
periodontite crônica (SEPPALA et al. 1993, TSAI et al. 2002, DEMMER et al. 2012).
A Hemoglobina A1c (HbA1c) fornece informações de nível glicêmico em um período
de 120 dias do glóbulo vermelho desse paciente, conseguindo assim indicar, se a glicose

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está alta ou baixa, em um tempo maior de análise (YALE et al. 2001, HUNDAL et al.
2002, KNOWLER et al. 2002, SELVIN et al. 2004).

Diversos fatores associados ao diabetes mellitus podem influenciar a progressão e


agressividade da doença periodontal: tipo de diabetes (mais extensa em diabetes
mellitus tipo 1), idade do paciente (aumento do risco durante e após a puberdade), maior
duração da doença e controle metabólico inadequado (KAWAMURA JY, et al., 2002).
A diabetes mellitus apresenta os componentes da microbiota do tecido periodontal
semelhantes ao tecido dos pacientes que não sofrem a doença periodontal. As bactérias
gram- negativas anaeróbias, como – Actinobacillus Bacteróides e Porphyromonas
também terão a presença de outros fatores que influenciarão na geração de diabetes
mais complicada, entre eles, a hiperglicemia e a maneira como o sistema imunológico
do paciente responde às infecções da cavidade oral (HERRING, et al., 2006).

A diabetes melittus é uma patologia que pode gerar predisposição ao desenvolvimento


da doença periodontal. Em meio a essa problemática, as alterações bioquímicas, a
produção dos AGEs (glicação avançada), a hiperglicemia intracelular, alterações na
saliva, além dos distúrbios imunológicos, a produção aumentada de citocinas e dos
mediadores inflamatórios, e até as alterações genéticas, podem aumentar as chances de
o paciente desenvolver a doença periodontal. Unido ao aumento da prevalência das
lesões teciduais, também podem gerar aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos
e formar uma membrana basal capilar (ALVES C. et al., 2007).

Entre a agressividade e a progressão da diabetes mellitus, há fatores que podem ser


influentes na progressão da doença periodontal: o tipo de diabetes vai gerar maior
progressão, quando o paciente tem diabete mellitus tipo 1. Quando o paciente está
próximo da puberdade, há menor risco, mas na fase adulta, vê-se que o risco da doença
periodontal, será maior. Nesses casos, a doença apresenta longo tempo de duração,
principalmente quando o controle metabólico é realizado de maneira incorreta. (MARIN
et al., 2002)

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16.RISCOS SISTÊMICOS ENVOLVENDO O SISTEMA
CARDIOVASCULAR
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares
escleróticas (ASCVD) são, nos dias atuais, a maior causa de morte no globo terrestre
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014). A American Heart Association (AHA)
preconizou que a cada 40 segundos, uma pessoa no mundo sofre de infarto do
miocárdio agudo (IAM), cujas manifestações são assintomáticas previamente ao
acontecimento, ou seja, silenciosas (BENJAMIN, 2017).
Os níveis bacterianos que podem cair na corrente circulatória, nos pacientes que sofrem
doença periodontal ativa, aumentarão a incidência das doenças cardíacas coronarianas.
(MUSTAPHA et al., 2007).
As mortes, no globo terrestre, são associadas a doenças cardiovasculares (DCV), ao
todo irão perfazer doenças cardíacas que podem acarretar a angina e o infarto do
miocárdio. Por ano, 17,1 milhões de vidas são perdidas por meio desses acometimentos
cardíacos (NABEL. 2003); (JAMISON et al., 2006).

A inflamação crônica sistêmica também pode causar avanço na aterosclerose (LIBBY,


et al., 2009). Neste caso, as placas ateromatosas serão rompidas, produzindo agentes
geradores de trombose, que podem estimular o IAM. Então, fica evidente que a
presença da inflamação, será fator determinante para a piora sistêmica desse paciente.
(LOCKHART et al., 2012) Segundo HUMPHREY et al., (2008), de acordo com os
diferentes graus da doença periodontal, o paciente sofrerá riscos mais elevados da
doença cardíaca coronária com até 35% de chances maiores de acometimento.

O infarto agudo do miocárdio apresenta risco maior nos pacientes cuja espessura íntima
e média da artéria carótida (CIMT) é aumentada. A doença periodontal foi relacionada
por ARIC, nesse aumento da CIMT, gerando maiores níveis de ocorrência do IAM. Isso
será mais presente, nos pacientes que sofrem perdas de inserções clínicas periodontais
de moderadas a mais severas. Com perdas de 10 a 30% da inserção clínica além dos 3
mm (BECKEL atl., 2001)

A prevenção da endocardite infecciosa é importante, particularmente em indivíduos de


alto risco como os doentes cardíacos reumáticos, portadores de próteses valvares, shunts
ou condutos sistêmico-pulmonares, que tenham passado por endocardite e cardiopatia

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congênita cianótica complexa. É importante ressaltar a visita regular ao cirurgião-
dentista, manter a escovação, bem como usar fio dental e estar atento aos sintomas
(MALLET BARROS et al., 2012)

17. SARAMPO
O sarampo é uma doença infecciosa causada por um vírus da família paramyxoviridae,
do gênero Morbillivirus, e que costuma atingir principalmente crianças. Suas principais
características são manchas vermelhas na pele, febre e fraqueza.

Entre suas manifestações na região oral, estão:

a) Enantemas irregulares (pequenas erupções cutâneas);

b) Úlceras na mucosa bucal.

18.Leucemia
A leucemia nada mais é do que o câncer do tecido hematopoiético (uma espécie de
tecido conjuntivo, responsável pela produção de linfa e células sanguíneas) e da medula
óssea. Sua classificação depende da taxa de crescimento e das células afetadas, podendo
ser crônica ou aguda.

Quando se manifesta de forma oral, tende a apresentar:

a) Gengivite;

b) Faringite;

c) Amigdalite.

19. Gestação e doenças periodontais

Existe robusta evidência da interelação entre nascimentos prematuros, infecções bacterianas


intra-uterinas e doenças periodontais. George L.Mendz; Nadeem O.Kaakoush e Julie
A.Quinlivan (2013) conduziram uma revisão sistemática englobando 13 estudos que se
enquadraram nos critérios de inclusão. Quanto a identificação de espécies bacterianas; um
estudo analisou o microbioma intrauterino de 349 mulheres com infecção intra-uterina ( de
um total de 761 mulheres).

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As maiores frequências de filos medidas foram Firmicutes e Fusobacterias. As maiores
frequências de géneros foram Mycoplasmatales e Lactobacilos. (GeorgeL.Mendz,
NadeemO.Kaakoush, & JulieA.Quinlivan, 2013) É sugerido que várias bactérias do
ambiente orofaríngeo têm papel relevante em infecções intra-uterinas, apesar de usualmente
a proveniência destas bactérias ser o ambiente vaginal.Destaque para Fusobacterium
nucleatum, Rothia dentocariosa, Streptococcus oralis, Streptococcus pneumoniae e
Capnocytophaga spp. Todas estas espécies são reportadas em diferentes estudos como
agentes etiológicos de infecções intra-uterinas com potencial indutor de nascimento precoce
e complicações fetais.

Outro estudo reportado envolveu 812 mulheres grávidas que exprimiam doenças
periodontais pré-parto. Permitiu estabelecer uma forte associação entre esta patologia e
nascimentos prematuros e suportar a noção de que bactérias patológicas presentes no
ambiente oral podem se disseminar a nível sistémico, incluindo a infecção intra-uterina.

20. Farmacoterapia

Prevenção em relação ao estabelecimento de doenças periodontais deve ser aplicada em


grupos de alto risco, tais como fumadores, pacientes diabéticos ou indivíduos que
expressem níveis de disrupção nos mecanismos de trânsito de neutrófilos. (Hajishengallis,
Toshiharu, Tomoki, Hajishengallis, & D.Lambris, 2013) Analisando literatura existente,
parecem existir duas linhas emergentes em relação a terapia de doenças periodontais.

O controlo ou supressão da inflamação como principal abordagem terapêutica, como


descrito por P.Mark Bartold and Thomas E.Van Dyke (2013), ou o controlo da infecção
propriamente dita, especificamente de microorganismos patogénicos específicos, descrito
por George Hajishengallis, Richard P.Darveau, e Michael A. Curtis (2013). Aliando estes
conceitos, uma via eficaz poderia ser também a regulação das dinâmicas da resposta do
hospedeiro, nomeadamente do sistema complemento – especificamente interacções C5aR-
TLR2 . (Hajishengallis & D.Lambris, 2013).

Estes autores reportam que a injecção local de um antagonista de C5aR em ratos inibe
completamente a perda óssea induzida por P.gingivalis (por mecanismos previamente
descritos), mesmo quando administrada duas semanas após o estabelecimento do estado de
periodontite. É sugerido por Hajishengallis (2010) que uma intervenção a este nível teria
que ser incrivelmente específica (inibição da via implicada no processo de patogénese, e
não em todo o complemento, do que poderia advir complicações a nível do combate

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sistémico a outras infecções) e que intervenções tópicas representariam um baixo nível de
risco.

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CONCLUSÃOS
Na presente revisão de literatura, os estudos e dados levantados constatam que a doença
periodontal tem relação com as doenças sistêmicas. A doença periodontal acomete
grande parte da população brasileira, tanto pessoas saudáveis quanto pessoas que já
sofrem alguma doença sistêmica. Há evidências de que as alterações periodontais em
pacientes com doenças sistêmicas fazem com que a doença periodontal se manifeste de
forma mais severa, como a periodontite agressiva. Portanto, é importante reforçar a
necessidade dos cuidados odontológicos que visam a prevenir e a controlar a doença
periodontal, reduzindo perdas dentárias e infecções, o que também pode contribuir para
a manutenção da saúde sistêmica.

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Referências
↑ MANDAL, Ananya. What is Pathology? News-Medical.Net acesso 12 de julho de
2016↑ DÓREA, S. C. L. et al. Avaliação patológica da estrutura de concreto armado e
dos componentes de uma edificação construída em 1914 SCIENTIA PLENA VOL. 6,
NUM. 12, 2010, www.scientiaplena.org.br

↑ «PATOLOGIA COMO SINÔNIMO DE DOENÇA». www.jmrezende.com.br.


Consultado em 23 de setembro de 2015

Bibliografia
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; FAUSTO, Nelson. Robbins & Cotran Patologia
humana. Es, Elsevier Google livros 2011

MONTENEGRO, Mario R.; FRANCO, Marcelo. Patologia, processos gerais. Atheneu;


4º edição; 2004.

Robbins, Stanley L.; Cotran, Ramzi S.; Kumar, Vinay. Fundamentos de Robbins.
Patologia estrutural e funcional. RJ, Guanabara Koogan, 1991

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