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TEORIA DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO DIGITAL

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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Equipe de Elaboração
Instituto Mineiro de Formação Continuada

Coordenação Geral
Ana Lúcia Moreira de Jesus

Gerência Administrativa
Marco Antônio Gonçalves

Professor-autor

Coordenação de Design Instrucional do Material Didático


Eliana Antonia de Marques

Diagramação e Projeto Gráfico


Cláudio Henrique Gonçalves

Revisão
Ana Lúcia Moreira de Jesus
Mateus Esteves de Oliveira

ZAYN –Instituto Mineiro de Formação


Continuada

Travessa Antônio Olinto, 33 – Centro

Carmópolis de Minas – MG

CEP: 35.534-000

TEL: (37) 3333-2233

contato@institutozayn.com.br

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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Boas-vindas

Olá!

É com grande satisfação que o ZAYN – Instituto Mineiro de Formação


Continuada agradece por escolhê-lo para realizar e/ou dar continuidade aos seus
estudos. Nós do ZAYN estamos empenhados em oferecer todas as condições para que
você alcance seus objetivos, rumo a uma formação sólida e completa, ao longo do
processo de aprendizagem por meio de uma fecunda relação entre instituição e aluno.

Prezamos por um elenco de valores que colocam o aluno no centro de nossas


atividades profissionais. Temos a convicção de que o educando é o principal agente de
sua formação e que, devido a isso, merece um material didático atual e completo, que
seja capaz de contribuir singularmente em sua formação profissional e cidadã. Some-
se a isso também, o devido respeito e agilidade de nossa parte para atender à sua
necessidade.

Cuidamos para que nosso aluno tenha condições de investir no processo de


formação continuada de modo independente e eficaz, pautado pela assiduidade e
compromisso discente.

Com isso, disponibilizamos uma plataforma moderna capaz de oferecer a você


total assistência e agilidade da condução das tarefas acadêmicas e, em consonância, a
interação com nossa equipe de trabalho. De acordo com a modalidade de cursos on-
line, você terá autonomia para formular seu próprio horário de estudo, respeitando os
prazos de entrega e observando as informações institucionais presentes no seu espaço
de aprendizagem virtual.

Por fim, ao concluir um de nossos cursos de pós-graduação, segunda


licenciatura, complementação pedagógica e capacitação profissional, esperamos que
amplie seus horizontes de oportunidades e que tenha aprimorado seu conhecimento
crítico a cerca de temas relevantes ao exercício no trabalho e na sociedade que atua.
Ademais, agradecemos por seu ingresso ao ZAYN e desejamos que você possa colher
bons frutos de todo o esforço empregado na atualização profissional, além de pleno
sucesso na sua formação ao longo da vida.

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“Educai as crianças para que não


necessário punirdes os homens.”

PITÁGORAS

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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TEORIA DE
APRENDIZAGEM E ZAYN
INCLUSÃO DIGITAL

EMENTA: CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


Na disciplina teoria de aprendizagem -Introdução teoria de aprendizagem e
inclusão digital
e inclusão digital será estudado:
1.Estágios de desenvolvimentos;
Estágios de desenvolvimentos; 2.Estrutura e aprendizagem; Zona de
desenvolvimento proximal;
Estrutura e aprendizagem; Zona de
3.Teoria de aprendizagem de
desenvolvimento proximal; teoria de Vygotsky;
4.Teoria de aprendizagem de Piaget;
aprendizagem de Vygotsky; teoria de
Inclusão digital dentro e fora da
aprendizagem de Piaget; Inclusão escola;
5.Exclusão digital;
digital dentro e fora da escola;
6.Analfabetismo digital; O que é
exclusão digital; analfabetismo digital; informática educativa;
7. Tecnologia educacional;
O que é informática educativa;
informática em escolas públicas e
tecnologia educacional; informática particulares, qual a diferença; projetos
de inclusão digital;
em escolas públicas e particulares,
8. Inclusão digital para transformar
qual a diferença; projetos de inclusão teoria em prática
-Referências.
digital; inclusão digital para
transformar teoria em prática.

Organização do conteúdo:
Prof.ª

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA
Curso:
Disciplina: TEORIA DE APRENDIZAGEM E INCLUSÃO DIGITAL

Carga Horária:

EMENTA
Na disciplina teoria de aprendizagem e inclusão digital será estudado: Estágios
de desenvolvimentos; Estrutura e aprendizagem; Zona de desenvolvimento
proximal; teoria de aprendizagem de Vygotsky; teoria de aprendizagem de
Piaget; Inclusão digital dentro e fora da escola; exclusão digital; analfabetismo
digital; O que é informática educativa; tecnologia educacional; informática em
escolas públicas e particulares, qual a diferença; projetos de inclusão digital;
inclusão digital para transformar teoria em prática.

OBJETIVOS

Conhecer as teoria de aprendizagens abordando meios de como realizar a


inclusão digital.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

-Introdução teoria de aprendizagem e inclusão digital

1.Estágios de desenvolvimentos;

2.Estrutura e aprendizagem; Zona de desenvolvimento proximal;

3.Teoria de aprendizagem de Vygotsky;

4.Teoria de aprendizagem de Piaget; Inclusão digital dentro e fora da escola;

5.Exclusão digital;

6.Analfabetismo digital; O que é informática educativa;

7. Tecnologia educacional; informática em escolas públicas e particulares, qual


a diferença; projetos de inclusão digital;

8. Inclusão digital para transformar teoria em prática

-Referências.

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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SUMÁRIO

Introdução: teoria de aprendizagem e inclusão digital 08


1. Estágios de desenvolvimento 08
2. Estrutura de aprendizagem 09
3. Zona de desenvolvimento proximal 09
4. Teoria de aprendizagem de Vygotsky 10
5. Teoria de aprendizagem de Piaget 11
6. Inclusão digital dentro e fora da escola 12
7. Exclusão digital 15
8. Analfabetismo digital 16
9. O que é informática educativa 17
10. Tecnologia educacional 19
11. Informática em escolas públicas e particulares. Qual a diferença. 20
12. Projetos de inclusão digital 21
13. Inclusão digital para transformar teoria em prática 23
Referências 24
Referências 25

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TEORIAS DA APRENDIZAGEM E INCLUSÃO DIGITAL

Denominam-se teorias da aprendizagem, em Psicologia e em Educação, aos


diversos modelos que visam explicar o processo de aprendizagem pelos
indivíduos.
Embora desde a Grécia antiga se hajam formulado diversas teorias sobre a
aprendizagem, as de maior destaque na educação contemporânea são a
de Jean Piaget e a de Lev Vygotsky.
De acordo com o pensamento comportamentalista, o objeto de estudo
da Psicologia deve ser a interação entre o organismo e o ambiente.
Embora o comportamentalismo (ou behaviorismo) tenha raízes nos trabalhos
pioneiros do estadunidense John B. Watson (1878-1958) e nos do russo Ivan
Petrovich Pavlov (1849-1936), o estabelecimento dos seus princípios e teoria
foi responsabilidade do psicólogo estadunidense Burrhus Frederic
Skinner (1904-1990), que se tornou o representante mais importante da
corrente comportamental. Ele lançou o conceito de "condicionamento operante"
a partir das suas experiências com ratos em laboratório, utilizando o
equipamento que ficou conhecido como Caixa de Skinner (1953). Por esse
conceito explicou que, quando um comportamento é seguido da
apresentação reforço positivo (recompensa) ou negativo (supressão de algo
desagradável - não confundir com punição), a frequência deste comportamento
aumenta ou diminui, a depender de como foi programada a
experiência/intervenção.
Esta teoria do desenvolvimento da inteligência foi desenvolvida pelo biólogo,
psicólogo e epistemólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), e consiste em parte
numa combinação das teorias filosóficas existentes à época, o apriorismo e
o empirismo. Baseado em experiências com crianças a partir do nascimento
até a adolescência, Piaget postulou que o conhecimento não é totalmente
inerente ao próprio sujeito, como postula o apriorismo, nem provém totalmente
do meio que o cerca, como postula o empirismo.
Para Piaget, o conhecimento é construído através da interação do sujeito com
seu meio, a partir de estruturas existentes. Assim sendo, a aquisição de
conhecimentos depende tanto das estruturas cognitivas do sujeito como da
relação dele, sujeito, com o objeto.
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Para Piaget, o desenvolvimento humano obedece certos estágios hierárquicos,
que decorrem do nascimento até se consolidarem por volta dos 16 anos. A
ordem destes estágios seria invariável, embora os intervalos de tempo de cada
um deles não sejam fixos, podendo variar em função do indivíduo, do ambiente
e da cultura. São eles:

 Estágio sensório-motor (do nascimento aos dois anos) - a criança


desenvolve um conjunto de "esquemas de ação" sobre o objeto, que lhe
permitem construir um conhecimento físico da realidade. Nesta etapa
desenvolve o conceito de permanência do objeto, constrói esquemas

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sensório-motores e é capaz de fazer imitações, iniciando a construir


representações mentais.
 Estágio pré-operatório (dos dois aos seis anos) - a criança inicia a
construção da relação de causa e efeito, bem como das simbolizações. É a
chamada idade dos porquês e do faz-de-conta.
 Estágio operatório-concreto (dos sete aos onze anos) - a criança começa
a construir conceitos através de estruturas lógicas, consolida a observação
de quantidade e constrói o conceito de número. Seu pensamento, apesar
de lógico, ainda está centrado nos conceitos do mundo físico, onde
abstrações lógico-matemáticas são incipientes.
 Estágio operatório-formal (dos onze aos dezesseis anos) - fase em que o
adolescente constrói o pensamento proposicional, conseguindo ter em
conta as hipóteses possíveis, os diferentes pontos de vista, e sendo capaz
de pensar cientificamente.

ESTRUTURA E APRENDIZAGEM
Na concepção piagetiana, a aprendizagem só ocorre mediante a consolidação
das estruturas de pensamento, portanto a aprendizagem sempre se dá após a
consolidação do esquema que a suporta, da mesma forma a passagem de um
estágio a outro estaria dependente da consolidação e superação do anterior.
Na perspectiva de Piaget, para que ocorra a construção de um novo
conhecimento, é preciso que se estabeleça um desequilíbrio nas estruturas
mentais, isto é, os conceitos já assimilados necessitam passar por um
processo de desorganização para que possam novamente, a partir de uma
perturbação se reorganizarem, estabelecendo um novo conhecimento. Este
mecanismo pode ser denominado de equilibração das estruturas mentais, ou
seja, a transformação de um conhecimento prévio em um novo.

Sócio-interacionismo
Os estudos de Lev Vygotsky (1896-1934) postulam uma dialética das
interações com o outro e com o meio, como desencadeador do
desenvolvimento sócio-cognitivo. Para Vygotsky e seus colaboradores, o
desenvolvimento é impulsionado pela linguagem. Eles acreditam que a
estrutura dos estágios descrita por Piaget seja correta, porém diferem na
concepção de sua dinâmica evolutiva. Enquanto Piaget defende que a
estruturação do organismo precede o desenvolvimento, para Vygotsky é o
próprio processo de aprendizagem que gera e promove o desenvolvimento das
estruturas mentais superiores.

ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL


Um ponto central da teoria de Vygotsky é o conceito de Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP), que afirma que a aprendizagem acontece no
intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial. Em outras
palavras, a ZDP é a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo
que ele tem potencialidade de aprender. Seria neste campo que a educação
atuaria, estimulando a aquisição do potencial, partindo do conhecimento da

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ZDP do aprendiz, para assim intervir. O conhecimento potencial, ao ser


alcançado, passa a ser o conhecimento real e a ZDP redefinida a partir do que
seria o novo potencial.
Interacionismo e desenvolvimento
Nessa concepção, as interações têm um papel crucial e determinante. Para
definir o conhecimento real, Vygotsky sugere que se avalie o que o sujeito é
capaz de fazer sozinho, e o potencial daquilo que ele consegue fazer com
ajuda de outro sujeito. Assim, determina-se a ZDP e o nível de riqueza e
diversidade das interações determinará o potencial atingido. Quanto mais ricas
as interações, maior e mais sofisticado será o desenvolvimento.
No campo da educação a interação, que é um dos conceitos fundamentais da
teoria de Vygotsky, encaixa-se na concepção de escola que se pretende
efetivar no sistema brasileiro de ensino. E neste caso, o professor e o aluno
passam a ter um papel essencial no processo de ensino e aprendizagem.
Dessa forma é possível desenvolver tanto os conceitos de ZDP quanto a
relação existente entre pensamento, linguagem e intervenção no âmbito da
escola, possibilitando assim um maior nível de aprendizagem.
Conectivismo
Discute-se atualmente se o conectivismo constitui-se em uma nova teoria - a
de aprendizagem em rede -, como defendido por George Siemens e Stephen
Downes. Esses autores consideram-na como uma nova "teoria de
aprendizagem para a era digital", utilizando-a para explicar o efeito que
as novas tecnologias de informação e comunicação têm sobre a forma como as
pessoas se comunicam e como aprendem.

TEORIA DE APRENDIZAGEM DE VYGOTSKY

Nas graduações e pós-graduações de Educação, são comuns a existência de


disciplinas que abordam as Teorias de Aprendizagem. Dessa forma, esse texto
visa argumentar sobre alguns pontos importantes da Teoria de Aprendizagem
segundo Vygotsky.

“Lev Semenovich Vygotsky nasceu em 1896 na cidade de Orsha, na Rússia, e


morreu em Moscou em 1934, com apenas 38 anos. Formou-se em Direito,
História e Filosofia nas Universidades de Moscou e A. L. Shanyavskii,
respectivamente. Por esses dados biográficos podemos perceber de início o
pano de fundo que influenciou decisivamente a sua formação e o seu trabalho:
a revolução russa de 1917 e o período de solidificação que se sucede.
Vygotsky é um marxista e tenta desenvolver uma Psicologia com estas
características”1.

 Segundo Vygotsky, o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por


meio da interação social, ou seja, de sua interação com outros
indivíduos e com o meio.
 Para substancialidade, no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas
ativamente trocando experiência e idéias.

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 A interação entre os indivíduos possibilita a geração de novas


experiências e conhecimento.
 A aprendizagem é uma experiência social, mediada pela utilização de
instrumentos e signos, de acordo com os conceitos utilizados pelo
próprio autor.
 Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma coisa para o
indivíduo, como a linguagem falada e a escrita.
 A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada pela
interação entre a linguagem e a ação.
 Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro
da zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que seria a distância
existente entre aquilo que o sujeito já sabe, seu conhecimento real, e
aquilo que o sujeito possui potencialidade para aprender, seu
conhecimento potencial.
 Dessa forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da ZDP, onde o
conhecimento real é aquele que o sujeito é capaz de aplicar sozinho, e o
potencial é aquele que ele necessita do auxílio de outros para aplicar.
 O professor deve mediar a aprendizagem utilizando estratégias que
levem o aluno a tornar-se independente e estimule o conhecimento
potencial, de modo a criar uma nova ZDP a todo momento.
 O professor pode fazer isso estimulando o trabalho com grupos e
utilizando técnicas para motivar, facilitar a aprendizagem e diminuir a
sensação de solidão do aluno.
 Mas este professor também deve estar atento para permitir que este
aluno construa seu conhecimento em grupo com participação ativa e a
cooperação de todos os envolvidos
 Sua orientação deve possibilitar a criação de ambientes de participação,
colaboração e constantes desafios.
 Essa teoria mostra-se adequada para atividades colaborativas e troca de
ideias, como os modelos atuais de fóruns e chats.

TEORIA DE APRENDIZAGEM DE PIAGET

Nas graduações e pós-graduações de Educação, são comuns a existência de


disciplinas que abordam as Teorias de Aprendizagem. Dessa forma, esse texto
visa argumentar sobre alguns pontos importantes da Teoria de Aprendizagem
segundo Piaget.

 De acordo com Piaget, as crianças possuem um papel ativo na


construção de seu conhecimento, de modo que o
termo construtivismo ganha muito destaque em seu trabalho.
 O desenvolvimento cognitivo, que é a base da aprendizagem, se dá
por assimilação e acomodação.
 Quando na assimilação, a mente não se modifica.
 Quando a pessoa não consegue assimilar determinada situação, podem
ocorrer dois processos: a mente desiste ou se modifica.
 Se modificar, ocorre então a acomodação, levando a construção de
novos esquemas de assimilação e resultando no processo de
desenvolvimento cognitivo.

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 Somente poderá ocorrer a aprendizagem quando o esquema de


assimilação sofre acomodação.
 O que fazer então par provocar o processo de acomodação? Para
modificar os esquemas de assimilação é necessário propor atividades
desafiadoras que provoquem desequilíbrios e reequilibrações
sucessivas nos alunos.
 De acordo com Piaget, apenas a acomodação vai promover a
descoberta e posteriormente a construção do conhecimento.
 O conhecimento real e concreto é construído através de experiências.
 Aprender é uma interpretação pessoal do mundo, ou seja, é uma
atividade individualizada, um processo ativo no qual o significado é
desenvolvido com base em experiências.
 O papel do professor é então aquele de criar situações compatíveis com
o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno, em atividades que
possam desafiar os alunos.
 De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo das crianças ocorre
em quatro fases: 1° SENSÓRIO-MOTOR (até os 2 anos), 2° PRÉ-
OPERACIONAL (dos 3 aos 7 anos), 3° OPERATÓRIO CONCRETO
(dos 8 aos 11 anos) e 4° OPERATÓRIO FORMAL (a partir dos 12 anos).
 O professor deve provocar o desequilíbrio na mente do aluno para que
ele, buscando então o reequilíbrio, tenha a oportunidade de agir e
interagir.
 Quando houver situações que gere grande desequilíbrio mental, o
professor dever adotar passos intermediários para adequá-los às
estruturas mentais da fase de desenvolvimento do aluno.
 O aluno, dessa forma, exerce um papel ativo e constrói seu
conhecimento, sob orientação constante do professor.
 O professor deve propor atividades que possibilitem ao aluno a busca
pessoal de informações, a proposição de soluções, o confronto com as
de seus colegas, a defesa destas e a permanente discussão.
 O conhecimento é construído por informações advindas da interação
com o ambiente, tocando esta teoria com aquela proposta por Vygotsky,
na medida em que o conhecimento não é concebido apenas como
sendo descoberto espontaneamente, nem transmitido de forma
mecânica pelo meio exterior.

INCLUSÃO DIGITAL DENTRO E FORA DA ESCOLA

A Inclusão Digital Fora da Escola

A Inclusão Digital fora da escola é necessária, primariamente, para aqueles


que continuam excluídos da tecnologia digital apesar de já terem passado da
idade escolar. Neste caso, o processo de inclusão precisará ser feito nos
chamados tele-centros comunitários ou em alguma instituição equivalente - que
pode até mesmo ser os laboratórios de informática de escolas em seus
períodos de ociosidade (fim de semana ou à noite, no caso de escolas que não
funcionem com seus cursos regulares nesse turno).

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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Para se instalar um tele-centro (ou equivalente) são necessários os mesmos


componentes já caracterizados:

- Equipamentos (hardware, software, conexão com a Internet) capazes de


prover acesso à tecnologia digital por parte daqueles que não possuem acesso
a ela em casa ou no trabalho

- Recursos humanos e materiais (inclusive material didático) que permitam


oferecer treinamento no manejo técnico dessa tecnologia (Windows, Office,
Internet - ou softwares equivalentes)

- Recursos humanos e materiais (inclusive material didático) que permitam


oferecer capacitação na integração dessa tecnologia aos afazeres diários dos
participantes, ajudando-os, assim, a usar a tecnologia para desenvolver
competências que resultem na melhoria da qualidade de sua vida

Desses três componentes, o último certamente é o mais difícil, porque os


participantes vão fatalmente possuir interesses, talentos e qualificações
bastante diferenciados.

Os participantes em um programa de Inclusão Digital extra-escolar sem dúvida


precisam aprender a usar Word, Excel, PowerPoint e (talvez) Access -
ferramentas da Microsoft hoje utilizadas de forma generalizada no mercado
(ou, naturalmente, softwares equivalentes). Mas eles precisam também
aprender o que é que podem fazer, com Word, Excel, e PowerPoint para
construir competências que possam se traduzir na melhoria da qualidade de
sua vida.

O desafio maior não é conseguir que os participantes venham a digitar em


Word um texto que lhes é previamente fornecido pela apostila: é que, usando
Word, aprendam a escrever uma carta, a redigir um currículo, a fazer uma
proposta de trabalho.

O desafio maior não é conseguir que venham a introduzir fórmulas em Excel


que façam com que o programa some automaticamente uma coluna de
números: é que aprendam para que servem planilhas eletrônicas, como Excel
pode ser usado para planejar e controlar finanças ou estoques, para
acompanhar fluxo de caixa, para estabelecer preços.

O desafio maior não é conseguir que venham a elaborar alguns slides em


PowerPoint: é que aprendam a falar em público (pelo menos em seus
rudimentos) com a ajuda de PowerPoint.

Por aí se vê, portanto, que a Inclusão Digital, mesmo quando tem lugar fora da
escola, não pode prescindir de um forte e indispensável componente
educacional.

A Inclusão Digital Dentro da Escola

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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Numa sociedade como a brasileira, em que mais de 95%; da população em


idade escolar está, hoje, pelo que consta e em princípio, na escola, é de
esperar que a Inclusão Digital se faça predominantemente dentro da escola e
através dela - e que, portanto, com o tempo, os programas de Inclusão Digital
extra-escolares se tornem virtualmente desnecessários.

Há várias vantagens em se concentrar o trabalho de Inclusão Digital na escola,


evitando que quem conclua a sua escolaridade básica seja ainda considerado
digitalmente excluído. Eis duas das principais:

- A maior parte das escolas hoje já fornece a seus alunos acesso à tecnologia
digital, pois possui computadores, softwares e acesso à Internet - o primeiro
componente da Inclusão Digital estando, portanto, atendido nelas (embora o
tempo de acesso à tecnologia pelos alunos seja terrivelmente restringido pela
razão número de alunos / número de máquinas disponíveis, que precisa
claramente ser melhorada - isto é, diminuída).

- Para crianças e adolescentes nem é preciso dar muita ênfase ao segundo


componente da Inclusão Digital, a capacitação no manejo técnico da
tecnologia, pois eles têm notória facilidade para aprender a manejar a
tecnologia sem necessidade de ensino formal, sendo, portanto, possível
concentrar a atenção no terceiro componente, muito mais importante.

Assim sendo, a escola pode concentrar seu esforço naquilo que realmente
importa na Inclusão Digital, a saber: capacitar seus alunos para integrar a
tecnologia na sua vida e nos seus afazeres, desenvolvendo, com a ajuda da
tecnologia, as competências necessárias para melhorar a qualidade de sua
vida. (Registre-se que o uso da tecnologia para melhorar a "empregabilidade"
dos alunos é apenas uma das muitas maneiras em que a tecnologia pode
ajudá-los a melhorar a qualidade de sua vida).

Mas essa já é, na verdade, a função da escola! Nela (corretamente entendida)


o principal afazer do aluno é se desenvolver como ser humano, aprendendo a
traduzir seus potenciais em competências que lhe permitam definir seu projeto
de vida e transformá-lo em realidade. Enfim, na escola o principal afazer do
aluno é aprender o que é necessário aprender para que ele "dê certo na vida",
isto é, seja capaz de viver a vida que escolher para si mesmo.

Logo, qualquer programa de Inclusão Digital através da escola deve explorar


as formas em que a tecnologia pode ajudar os alunos a aprender melhor -
aprender, no caso, sendo entendido como se tornar capaz de fazer aquilo que,
antes, não se era capaz de fazer, e pressupondo-se que, dado o tempo
relativamente exíguo que a criança e o adolescente brasileiro passam na
escola, que se dará foco aos aprenderes realmente importantes para a vida.

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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EXCLUSÃO DIGITAL

A exclusão digital é um conceito dos campos teóricos da comunicação,


sociologia, tecnologia da informação, História e outras humanidades, que diz
respeito às extensas camadas das sociedades que ficaram à margem do
fenômeno da sociedade da informação e da expansão das redes digitais.

Contraste-se este conceito, por oposição, com a inclusão digital.

No Brasil, o termo "exclusão digital" é mais usado para se referir ao problema,


indicando o lado dos excluídos, enquanto em outros idiomas os termos
equivalentes a "brecha digital" ou "fissura digital" são preferidos (como no
inglês digital divide e o francês fracture numérique). Os dois termos, porém,
não são sinônimos perfeitos, pois enquanto "exclusão digital" se refere apenas
a um dos lados da questão, "brecha digital" faz referência à própria diferença
entre excluídos e incluídos.

A exclusão digital é atualmente um tema de debates entre governos,


organizações multilaterais (ONU, OMC), e o terceiro setor (ONGs, entidades
assistencialistas). Políticas de inclusão digital incluem a criação de pontos de
acesso à internet em comunidades carentes (favelas, cortiços, ocupações,
assentamentos) e capacitação (treinamento) de usuários de ferramentas
digitais (computadores, DVDs, vídeo digital, som digital, telefonia móvel).

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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As comunidades carentes, os mais pobres e pessoas com uma posição


econômica desprivilegiada são excluídas digitalmente, pois não tem acesso à
tecnologia.

ANALFABETISMO DIGITAL

É uma expressão relativamente nova, e não se associa às letras, mas sim a


exclusão digital.

Tempos modernos exigem comportamento moderno e até mesmo o


aprendizado de novas teorias e tecnologias. A ponto de um autor do quilate de
Gilberto Dimenstein criar esta nova categoria de analfabetos funcionais, o
"analfabeto digital".

Hoje em dia, dados os avanços tecnológicos, é fundamental que todos tenham


acesso a terminais de computadores e saibam operar com alguns sistemas
básicos que permitem, com grande velocidade e eficiência, digitar textos, fazer
cálculos, trabalhar com imagens e gráficos, elaborar planilhas de contas, etc.,
etc.

Não cabe resistir ao avanço da tecnologia nesta dimensão, naturalmente.


Contudo, vivemos tempos difíceis, de crises em múltiplos planos, o que pode
fazer com que, sob a falsa argumentação de que faltam recursos, prive-se o
profissional de uma ferramenta hoje básica para que possa trabalhar e assim
deixe o empresário ou administrador de ganhar em eficiência e até em
lucratividade prática "porque precisava economizar" e economiza privando o
profissional de ferramentas de trabalho. Guardadas as devidas proporções,
fazer isso hoje é como, no início da Revolução Industrial, deixar de prover os
camponeses com pás e enxadas metálicas sob a argumentação de que
deveriam fazer como seus antepassados e utilizar os mesmo instrumentos de
madeira do tempo feudal. Naturalmente, quem assim se posicionou
frequentemente faliu diante do avanço da mecanização, da tecnologia
ascendente no ocidente.

Hoje, mesmo que abstraiamos a questão da lucratividade ou da


competitividade, cerne da mentalidade capitalista, burguesa, temos de ceder
aos avanços tecnológicos em nome da pura e simples eficiência. A
internacionalização das decisões em informática descentraliza e faz com que

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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todos os países do mundo estejam inseridos no contexto. As exceções, que


sempre existem, são muito poucas. Mais óbvios os casos de Cuba e Iraque,
ambas nações há anos sofrendo alguma espécie de bloqueio - provisório por
definição que quando o bloqueio acabar ambas as nações serão também
inseridas no contexto.

Mapa da exclusão digital (fonte: Fundação Getúlio Vargas)

Os gráficos acima mostram a proporção da população que tem acesso a computador em


função da região de origem e da cor (fonte: Mapa da exclusão digital / FGV)

O QUE É INFORMÁTICA EDUCATIVA?

O termo "Informática na Educação" tem assumido diversos significados


dependendo da visão educacional e da condição pedagógica em que o
computador é utilizado.

Vive-se um período em que se faz necessário ter ao menos um domínio


mínimo das informações. Os benefícios trazidos pelas novas tecnologias são
incontáveis, e é indiscutível a proporção de seus reflexos sociais e
comportamentais. O símbolo maior dessas inovações da tecnologia é o
computador que hoje é acessível à boa parte da população e com isso vem
ganhando seu devido valor. Com tantas mudanças, a educação vem se
sentindo pressionada a incorporar o computador nos processos pedagógicos,
facilitando tanto o ensino como a aprendizagem. A essa interferência
tecnológica no ensino dá-se o nome de informática educativa.

As vantagens do uso da internet são inúmeras. Uma delas é a criação de salas


de aula virtuais, passando de um caráter passivo para um caráter dinâmico,

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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sendo estimulados a desenvolver suas qualidades intelectuais. A internet


funciona como uma imensa biblioteca onde as informações estão disponíveis
para o pesquisador que será encorajado a desenvolver suas habilidades. Outra
vantagem é a possibilidade de interagir com outras pessoas, através de e-
mails, chats, videoconferências. Essa aprendizagem cooperativa permite que o
aluno aumente sua capacidade de desenvolvimento.É óbvio que para poder
usufruir desses benefícios é necessário ao menos uma noção de como usar a
internet.

Porém, apesar de vários benefícios que a internet pode promover para a


educação, ainda existem vários empecilhos para sua implantação. Um deles é
a recusa, principalmente dos pais, na adoção da informática educativa. Isso
acontece porque eles ainda não tiveram contato com a tecnologia e não
conseguem enxergar a internet como uma benfeitora. Outro obstáculo é o fato
da maioria das páginas é softwares serem em inglês e também o fato de
alguns alunos usarem a internet para fins banais. Quanto ao primeiro caso, a
inabilidade com o inglês não é bem um problema, através do contato com
essas situações é possível aprender por dedução ou até mesmo se sentir
estimulado a estudar inglês pela necessidade de se comunicar. Quanto ao
segundo caso, é preciso a elaboração de projetos pedagógicos e roteiros de
trabalho que incluam tempo para os estudantes saciarem sua curiosidade para
depois se concentrarem nas demais atividades.

Em linhas gerais, a Informática na Educação significa a inserção do


computador no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos curriculares
de todos os níveis e modalidades da educação. Os assuntos de uma
determinada disciplina da grade curricular são desenvolvidos por intermédio do
computador.

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TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Desde o princípio da educação sistematizada, são utilizadas diversas


tecnologias educacionais, de acordo com cada época histórica. Ainda hoje se
usa a tecnologia do giz e da lousa, que antigamente eram feitas de pedra -
ardósia; usa-se a tecnologia do livros didático e, atualmente, os diversos
estados mundiais debruçam-se sobre quais os currículos escolares mais
adequados para o tipo de sociedade pretendida. No mundo ocidental, um dos
grandes desafios é adaptar a educação à tecnologia moderna e aos meios de
comunicação atuais, como a televisão, o rádio, os suportes informáticos e
outros que funcionam também como meios educativos, a um nível informal.

Nas décadas de 1950 e 1960, a tecnologia educacional apresentava-se como


um meio gerador de aprendizagem. Na década de 70 , passou a fazer parte do
ensino como processo tecnológico. Em meados de 90, caracterizou-se pela
busca de novos modos de trabalhar no campo educacional.

A tecnologia educacional reflete sobre a aplicação de técnicas para a solução


de problemas educativos. Ela procura controlar o sistema de ensino-
aprendizagem como aspecto central e a garantia de qualidade, preocupando-
se com as técnicas e sua adequação às necessidades e à realidade dos
educandos.

No início do século XXI as tecnologias começam a ser vistas e usadas numa


outra perspectiva no processo educativo. Deixam de ser encaradas como
meras ferramentas que tornam mais eficientes e eficazes modelos de
educação já sedimentados, passando a ser consideradas como elementos
estruturantes de "novas" educações (no plural), com o objetivo de expressar a
diversidade das culturas e dos processos pedagógicos. Nesse sentido, a TV, o
vídeo, o Rádio_(comunicação), a Internet, o material impresso possibilitam
articularem-se novas linguagens e novas racionalidades na escola. Mais e mais
escolas e centros de educação estão usando ferramentas on-line e
colaborativas para aprendizado e busca de informações. As principais
ferramentas usadas e conhecidas são agregação e distribuição de conteúdo
(RSS, ATOM), Ambientes de aprendizagem como Weblogs (BLOGs),
WebQuests e Wikis e objetos educacionais.

É importante identificar as ferramentas que realmente podem ser utilizadas


como instrumentos educacionais e avaliar sua aplicação de modo a promover a
aprendizagem significativa, crítica e eficaz.

Historicamente o uso das tecnologias na educação apoiou-se em 3 eixos


sociais; a comunicação, a psicologia da aprendizagem e a teoria sistêmica.
Podemos dizer que a didática (construir, ampliar e revisar o processo) foi
deixada de lado. Já a ciência e a técnica, se separaram, provocando algumas
arbitrariedades em suas relações.

O uso do recurso da linguagem jornalística como um meio de divulgar as várias


possibilidades de integração das novas tecnologias em ambientes
educacionais, está sendo usado no Folhetim Religa.

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


20

INFORMÁTICA EM ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES. QUAL A


DIFERENCA?

Quando se pensa em escolas do futuro associamos logo que o Word estará no


lugar dos cadernos e a caneta será substituída pelo teclado, e computadores
por todos os lados… Mas, voltemos para a realidade.

Em grande parte das escolas públicas, a situação dos laboratórios de


informática é uma lástima, além de as aulas serem muito superficiais. Isso
acontece pela má administração (porque a verba é disponibilizada pelo
Governo) e pela falta de envolvimento de todos. Porém, alguns lugares do
Brasil a informática nas escolas públicas dá certo. Um exemplo disso é o
Projeto UCA (Um Computador por Aluno). Ele prevê mudanças no processo
pedagógico. Desde 2005, investiga a possibilidade de adoção de laptops
infantis educacionais como um meio de elevar a qualidade da educação pública
brasileira.Propõe a Inclusão Digital pelo uso do computador também pela
família do aluno em casa.

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


21

O governo brasileiro pretende instalar laboratórios de informática em todas as


130 mil instituições de ensino público do país, projeto avaliado em R$ 650
milhões. As primeiras escolas serão as do ensino médio. Todas vão ter pelo
menos um laboratório de informática. A informatização das escolas públicas é
uma das metas previstas no Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação
(PDE).

Nas escolas particulares a situação é um pouco diferente. Existe mais


compromisso das pessoas envolvidas e menos burocracia para investimentos
materiais. Porém, não é raro encontrar laboratórios de informática de escolas
públicas melhores que os de escolas particulares. Isso acontece pelo fato de
na rede públicas as verbas são maiores e exigência de profissionais mais
capacitados também.

PROJETOS DE INCLUSÃO DIGITAL

O Governo Federal executa e apóia ações de inclusão digital por meio de


diversos programas e órgãos.

Programa Casa Brasil

Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia, Instituto Nacional de TI,


Mininstério do Planejamento, Ministério das Comunicações, Ministério da
Cultura, Ministério da Educação, Secom, Petrobras, Eletrobrás/Eletronorte,
Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal - Implantação de espaços
multifuncionais de conhecimento e cidadania em comunidades de baixo IDH,
por meio de parcerias com instituições locais. Cada unidade de Casa Brasil
abrigará um telecentro, com uso de software livre, e pelo menos mais dois
outros módulos, que podem ser uma biblioteca popular, um auditório, um
estúdio multimídia, uma oficina de produção de rádio, um laboratório de
popularização da ciência ou uma oficina de manutenção de equipamentos de
informática, e um espaço para atividades comunitárias, além de um módulo de
inclusão bancária nas localidades onde for possível. Atualmente são 74
unidades em funcionamento, atendendo em média 20 mil pessoas/mês. Já
foram capacitadas mais de 1.000 pessoas nas 37 oficinas livres oferecidas a
partir da plataforma de educação à distância construída pelo projeto. No total
86 unidades, selecionadas por meio de edital, serão implantas nas maiores
cidades das cinco macro-regiões.

Mais informações: Site Oficial Casa Brasil

Centros de Inclusão Digital

Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) - A implantação de Centros


de Inclusão Digital é uma ação que compõe o Programa de Inclusão Digital do
MCT. O Programa constitui-se em um instrumento de promoção da inclusão
social, cuja responsabilidade é da Secretaria de Ciência e Tecnologia para
Inclusão Social (SECIS) e tem como objetivo proporcionar à população menos

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


22

favorecida o acesso às tecnologias de informação, capacitando-a na prática


das técnicas computacionais, voltadas tanto para o aperfeiçoamento da
qualidade profissional quanto para a melhoria do ensino.

Mais informações: Ministério da Ciência e Tecnologia

Computador para Todos

Em ação: Presidência da República, Ministério do Desenvolvimento, Ministério


da Ciência e Tecnologia e Serpro - Voltado para a classe C, permite à indústria
e ao varejo a oferta de computador e acesso à Internet a preços subsidiados, e
com linha de financiamento específica, além da isenção de impostos
PIS/COFINS. PCs de até R$ 1.200 que obedeçam à configuração mínima
podem ser parcelados em prestações de R$ 50. O equipamento deve utilizar
obrigatoriamente software livre e contar com um processador de 1,4 GHz, disco
rígido de 40 GB, memória RAM de 256 MB, monitor de 15 polegadas, unidade
de disco flexível, unidade de CD-ROM (RW)/DVD-ROM (combo), modem de
56 K, placas de vídeo, áudio e rede on-board, mouse, teclado e porta USB e 26
programas. Notebooks de até R$ 1.800, que atendam a configurações mínimas
descritas no portal do programa, também possuem isenção de impostos e têm
financiamento facilitado.

Mais informações: Programa Computador para Todos

Programa Estação Digital

Em ação: Fundação Banco do Brasil - Sempre com o apoio de um parceiro


local, sendo a maioria organizações não governamental, a iniciativa busca
aproximar o computador da vida de estudantes, donas-de-casa, trabalhadores,
populações tradicionais e cooperativas, economizando tempo e dinheiro,
criando novas perspectivas e melhorando a qualidade de vida da população.
Desde 2004 estão em funcionamento 202 unidades pelo Brasil, 41 em
processo de instalação e mais 20 unidades aprovadas para implantação até o
final de 2008. Cerca de 56% das unidades estão localizadas na região
Nordeste, 16% no Centro-Oeste, 15% no sudeste, 11% no norte e 2% no sul,
com a capacidade para atender de 500 a 1.000 pessoas por mês, e integradas
a arranjos produtivos locais.

Mais informações: Fundação Banco do Brasil

Observatório Nacional de Inclusão Digital

Em ação: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e parceiros -


Aglutina informações sobre todos os programas de inclusão digital do governo

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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federal no portal http://www.inclusaodigital.gov.br, com notícias, links, eventos e


materiais de referência. Telecentros de todo o país - espaços sem fins
lucrativos com conexão à internet, acesso livre à comunidade e capacitação -
estão sendo cadastrados. Estima-se um total de 5.000 unidades de telecentros
em funcionamento no Brasil, articuladas no âmbito federal, estadual e
municipal. O ONID também trabalha na seleção de materiais de referência, tais
como diretrizes, documentos, manuais, estudos e experiências de sucesso,
para compartilhar melhores práticas entre os interessados no tema. No
site http://www.onid.org.br são feitos o pré-cadastro e o mapeamento dos
telecentros.

Mais informações: Site do Projeto

ProInfo - Programa Nacional de Informática na Educação

Em ação: Ministério da Educação – O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria


de Educação a Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-Estrutura
Tecnológica (DITEC), em parceria com as Secretarias de Educação Estaduais
e Municipais. O programa funciona de forma descentralizada, sendo que em
cada Unidade da Federação existe uma Coordenação Estadual do ProInfo,
cuja atribuição principal é a de introduzir o uso das tecnologias de informação e
comunicação nas escolas da rede pública, além de articular as atividades
desenvolvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de
Tecnologia Educacional (NTEs).

Mais informações: Portal do MEC

INCLUSÃO DIGITAL: PARA TRANSFORMAR TEORIA EM PRÁTICA

"Inclusão digital" é um conceito nobre, mas que ainda está distante da


realidade brasileira. Pois duas instituições gaúchas estão trabalhando para
reduzir a distância entre a teoria e a prática desse conceito.

"Inclusão digital" é um conceito nobre, mas que ainda está distante da


realidade brasileira. Pois duas instituições gaúchas estão trabalhando para
reduzir a distância entre a teoria e a prática desse conceito. O Laboratório de
Estudos Cognitivos da Ufrgs e a Fundação Pensamento Digital - que promove
projetos educacionais com o uso de novas tecnologias -estão aplicando um
projeto piloto para revolucionar a qualidade do ensino na Escola Estadual de
Ensino Fundamental Luciana de Abreu, em Porto Alegre. A missão é aplicar
modelos pedagógicos que utilizem os laptops XO, elaborados pela
Organização OLPC (One Laptop per Child), colaborando com a melhoria do
ensino. O laptop XO se diferencia dos demais porque foi criado especialmente
para a educação, não para uso doméstico. O preço do equipamento, que não
tem capacidade para executar todas as funções de um PC convencional, é de

Teoria de aprendizagem e inclusão digital


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US$ 170, bem abaixo da média dos computadores. Até o momento, quatro
turmas – duas de 4ª série e duas de 6ª – já trabalham com os equipamentos.
Mas outros estudantes passarão a contar com a tecnologia a partir da próxima
semana. "A evolução é visível. A mudança na postura dos alunos em relação à
busca pelo conhecimento é perceptível", destaca a Marta Voelcker,
superintendente executiva da Fundação Pensamento Digital. O modelo está
sendo testado, também, em São Paulo.

Apenas no ano passado, a Fundação Pensamento Digital distribuiu 540


computadores para 148 organizações e formou 355 educadores sociais – que
passaram seus conhecimentos para 20.440 alunos. Além do laptop XO, outras
máquinas também estão sendo avaliadas pelo governo federal, que deve
adquirir mais de 200 mil unidades para o programa "Um Computador por
Aluno" neste ano.

REFERÊNCIAS
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tecnológica, em um mundo de interdependências crescentes e parciais. In
TEDESCO, Juan Carlos (org.). Educação e novas tecnologias. São Paulo:
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TEDESCO, Juan Carlos (org), 2004, Educação e novas tecnologias.
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Paz e Terra.

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São Paulo: Cortez, 1997.
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CITELLI, Adilson (org.). Outras linguagens na escola.São Paulo, Cortez, 2000.
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GRINSPUN, Miriam P. S. Z. (Org.), 1999, Educação tecnológica; desafios e


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PASSARELLI, Brasilina, 2004, Construindo Comunidades Virtuais de


Aprendizagem: TôLigado – O Jornal Interativo da sua Escola.Disponível on-line
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PORTO, Tânia Maria Esperon, 1998, Educação para a mídia/ pedagogia da


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POSTMAN, Neil, 1994, Tecnopólio: a rendição da cultura à tecnologia. São


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RAMAL, Andrea Cecília, 2002, Educação na cibercultura: hipertextualidade,


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Grande Do Sul – Instituto de Física, 2010 PDF. -acesso em Jul. 2014

PIAGET, JEAN. Seis Estudos de Psicologia RJ, Forense-Universitária, 1999

SKINER, B. F. Ciência e Comportamento Humano. SP, Martins Fontes, 1994

VIGOTSKY, LEV S. Teoria e método em psicologia. SP, Martins Fontes, 2004


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