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O homem é um ser espiritual

Mestranda Ana Cláudia Lima Vieira Araújo


Mestranda Lúcia Maria Pereira
Professor: Dr. Aníbal Barrios Fretes

Diante da leitura do texto chegamos ao entendimento que o homem, além de ser biológico, social,
psicológico, é também um ser espiritual capaz de superar a si mesmo, transformando-se. Pois o homem
somente é ele mesmo quando ultrapassa e segui além de suas capacidades naturais, a fim, aperfeiçoá-
las ao máximo.
Esta é uma dimensão central na visão do homem, segundo Fermoso (1985), Beorlegui (2016),
García Cuadrado (2004), Ibáñez (2007). Esta característica humana da espiritualidade não deve ser
identificada com racionalidade, sociabilidade, habilidade lingüística, habilidade ou sabedoria.
A existência nos leva a compreensão de forma clara que o ser humano não é meramente uma
coisa feita, mas uma árdua tarefa de ser considerado um risco de ganhar-se ou perder-se. Pois, todos
nós, somos responsáveis pelas nossas conquistas e fracassos.
Diversas dimensões, como a biológica, a psíquica e a espiritual, são indissociáveis nesta
concepção espiritualista na filosofia da educação, na psicoterapia existencialista. García Cuadrado (2004)
afirma que a espiritualidade da cultura se manifesta nestes fatores: língua, arte, religião, instituições
sociais e jurídicas, costumes e tradições de um povo, usos sociais
Da mesma forma, a educabilidade do ser humano, como educável e perfectível, é um componente
de sua espiritualidade. Outra categoria da espiritualidade do homem, segundo Fermoso (1985), Ibáñez
(2007) e Beorlegui (2016), é a transcendência e a esperança.
A transcendência humana se deve à dimensão espiritual do homem, e é uma forma de superar a
temporalidade e o mundanismo em que está imerso por ser uma entidade corpórea.
Muitos filósofos, mesmo aqueles que eram mais antropocêntricos do que unitaristas (Descartes,
Spinoza, Kant, M. Scheler, Maritain, Schiacca) consideraram a transcendência do ser humano.
Logicamente, os cristãos, como Marcel e Jaspers, o consideram central.
Os seguidores da secularização e do consumismo não rejeitaram, em vez disso, procuram
substitutos. Beorlegui expressa sua opinião desta forma (2016, p. 47):

Pensamos, pues, que, si los múltiples y complejos avances de las diferentes


ciencias van representando retos importantes para la comprensión de nuestro
ser como humanos, estos mismos saberes científicos nos aportan suficientes
apoyaturas como para seguir defendiendo una visión humanista, y también
cristiana, del ser humano. Somos, é claro, mais uma espécie na biosfera como
um todo, mas conformados por uma natureza singular, que nos dotou de
especial inteligência, liberdade, responsabilidade, linguagem, sociabilidade e
outras qualidades específicas, com a ajuda das quais podemos ter consciência
da ação de Deus que nos chamou à existência e nos oferece gratuitamente a
sua salvação.

Com estes breves dados apresentados podemos deduzir que a dimensão pessoal do ser humano
é uma característica especificamente humana que deve ser considerada para uma gestão educacional
adequada.
Por fim, talvez seja interessante enfatizar que a nossa sociedade vivencia o mundo de forma
egoísta, materialista e esquecendo de que todos nós somos um ser espiritual, querendo ou não. Isso nos
lembra de uma frase de Heidegger:
“Nenhuma época acumulou conhecimentos tão numerosos e tão diversos
sobre o homem como a nossa. Nenhuma época conseguiu apresentar seu
saber acerca do homem sob uma forma que nos afeta tanto. Nenhuma época
conseguiu tornar esse saber tão facilmente acessível. Mas, também,
nenhuma época soube menos o que é o homem” (Heidegger 1976).

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