You are on page 1of 29

SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA

DEFORMIDADES FLEXURAIS EM POTROS: REVISÃO DE


LITERATURA

Milene Camargo Almeida

Itapeva - São Paulo - Brasil


SOCIEDADE CULTURAL EDUCACIONAL DE ITAPEVA
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA

DEFORMIDADES FLEXURAIS EM POTROS: REVISÃO DE


LITERATURA

Milene Camargo Almeida


Prof. Dr. Gustavo dos Santos Rosa

“Trabalho apresentado à Faculdade de Ciências


Sociais e Agrárias de Itapeva como parte das
obrigações para obtenção do título de Bacharel em
Medicina Veterinária”.

Dezembro/2022
Itapeva -SP
“Meu recado às mulheres: contem suas histórias. Descubram o poder de milhões de
vozes que foram caladas por séculos.”
Ryane Leão

“Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança
toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.”
Johann Goethe
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus e à Nossa Senhora Aparecida, sem eles nada


disso seria possível.
À minha família por ser base e apoio em todos os momentos, ao meu pai
Juraci, minha mãe Marli, meu irmão Jonathan e minha irmã Michelle, em especial ao
meu sobrinho João Miguel.
Ao meus avôs João Batista e Adalgiza (in memorian), suas lembranças e amor
me fizeram persistir, saudades eternas.
Aos meus professores por todo incentivo e conhecimento passado, em
especial ao meu Orientador Gustavo e a Professora Alice.
Aos meus amigos Thainara Almeida, Larissa Fernanda, Gustavo Molitor, Iala
Souza, Janaína Rocha, Lara Luisa, Larissa Peroti e Juliana Pankratz.
À minha amiga Giuliana Taise por toda ajuda, companheirismo, parceria,
amizade e por tantos ensinamentos.
Meu esforço valeu a pena, mas nada disso seria possível se não fosse por
todas as pessoas que estavam ao meu lado. Eu agradeço de coração!

OBRIGADA.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Principais estruturas encontradas na porção distal do membro equino........13


Figura 2. Potro com 5 dias de vida, com hiperflexão da articulação
metacarpofalângica....................................................................................................15
Figura 3. Deformidades flexurais adquiridas em articulação interfalângica.................18
Figura 4. Deformidade flexural adquirida em articulação metacarpofalângica............20
LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Classificação das deformidades flexurais congênitas................................14


Quadro 2. Intervenções cirúrgicas em casos não responsivos ao tratamento.............21
DEFORMIDADES FLEXURAIS EM POTROS: REVISÃO DE LITERATURA

RESUMO: O objetivo deste trabalho é realizar uma pesquisa bibliográfica para reunir
informações e formas de tratamento já estudadas para as deformidades flexurais em
potros, selecionando artigos científicos e livros, nos idiomas inglês e português, e
listados nas bases de pesquisas Google Acadêmico, SciELO e Pubmed. As
deformidades são divididas em congênitas que ainda possuem sua origem pouco
definida, entretanto com evidências relacionadas ao mau posicionamento uterino,
doenças adquiridas pela égua durante a gestação, ingestão de agentes teratogênicos,
alterações genéticas e musculares. E adquiridas que podem ser uni ou bilaterais, a
sua patogênese tem relação na maioria dos casos com a presença de dor que resulta
no posicionamento anormal da articulação. O seu diagnóstico é realizado através do
exame físico completo, palpação das articulações, avaliação em movimento e em
casos graves pode ser utilizado para auxílio o exame radiográfico. O tratamento varia
dependendo da sua origem onde podem ser utilizados fármacos, fisioterapia, uso de
bandagens, talas, gesso, ferraduras corretivas ou então quando não responsivo hà
indicação para intervenção cirúrgica. Com base nesta pesquisa foi possível observar
o protocolo terapêutico já totalmente estabelecido e a carência de pesquisas atuais
sobre esse tema.

Palavras-chaves: Malformação, equinos neonatos, hiperextensão, hiperflexão


FLEXURAL DEFORMITIES IN FOALS: LITERATURE REVIEW

ABSTRACT: The objective of this work is to carry out a bibliographical research to


gather information and forms of treatment already studied for flexural deformities in
foals, selecting scientific articles and books, in English and Portuguese, and listed in
the research databases Google Scholar, SciELO and Pubmed. The deformities are
divided into congenital ones that still have a poorly defined origin, however with
evidence related to poor uterine positioning, diseases acquired by the mare during
pregnancy, ingestion of teratogenic agents, genetic and muscle alterations. And
acquired that can be unilateral or bilateral, its pathogenesis is related in most cases to
the presence of pain that results in abnormal positioning of the joint. Its diagnosis is
carried out through a complete physical examination, palpation of the joints, evaluation
in movement and, in severe cases, the radiographic examination can be used to aid.
The treatment varies depending on its origin where drugs, physiotherapy, use of
bandages, splints, plaster, corrective horseshoes can be used or when it does not
respond to the indication for surgical intervention. Based on this research, it was
possible to observe the already fully established therapeutic protocol and the lack of
current research on this topic.

Keywords: Malformation, neonate foals, hyperextension, hyperflexion


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................11
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................12
2.1 Anatomia.........................................................................................................12
2.2 Deformidades flexurais congênitas.................................................................13
2.3 Deformidades flexurais adquiridas..................................................................17

3. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................22
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................26
6. REFERÊNCIAS......................................................................................................27
11

1. INTRODUÇÃO

As deformidades flexurais em potros constituem um problema complexo,


recorrentemente discutido na literatura equina, e que se compreendem pela
hiperflexão ou hiperextensão de uma região articular. São definidas de acordo com
a articulação envolvida e possuem maior acometimento das articulações
interfalângica distal, metacarpo ou metatarsofalângica, região do carpo e dificilmente
na região do tarso (AUER; STICK; 2018)
Após o nascimento, os neonatos apresentam musculatura frágil, tendões
levemente frouxos e até mesmo ligamentos imaturos, o que os dá a impressão de
serem sensíveis e moderadamente flácidos. Contudo, rapidamente ganham tônus
muscular e estabilidade dos ligamentos, corrigindo seus aprumos (GREET, 2016)
As afecções do aparelho locomotor de equinos, tratam-se de um dos maiores
desafios dentro da clínica médica e cirúrgica de grandes animais. Sendo essas
alterações em suas estruturas que acarretam problemas relacionados à sustentação
e mobilidade dos animais pelo resto de suas vidas. (MOURA et al., 2017)
À medida que o potro cresce e vai ganhando massa corpórea, ocorre aumento
da pressão sobre os membros, o que pode ocasionar o aparecimento de
deformidades flexurais. Em casos leves, apenas o desenvolvimento natural do
sistema musculoesquelético é suficiente para corrigir as deformidades (WATSON,
2016).
São classificadas em congênitas, quando têm origem devido à posição uterina
durante o desenvolvimento fetal, estado nutricional da égua e o desenvolvimento
anormal do feto, ou adquiridas, quando o animal possuía conformação normal do
membro ao nascimento e desenvolve a deformidade flexural em conjunto ao
crescimento e tempo de vida, podendo ocorrer a partir de alterações posturais em
decorrência da dor no membro afetado, doenças ortopédicas que resultem em
desenvolvimento anormal, ou então secundárias a alguma lesão que leve ao desuso
do membro (ROBERT et al., 2013).
Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma pesquisa
bibliográfica para reunir informações e formas de tratamento já estudadas para as
deformidades flexurais em potros.
12

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Anatomia

A articulação interfalângica distal tem em sua constituição a falange média, que


possui tamanho reduzido, a distal, que se adequa ao tamanho do casco, e o osso
sesamoide distal (osso navicular) que possui a margem proximal reta e distal convexa,
com sua localização em contato com a falange média e distal (DYCE, 2010). Os
ligamentos colaterais mediais e laterais que estabilizam essa articulação e o osso
navicular possuem em sua posição o ligamento suspensor e dois ligamentos
sesamoides colaterais. (KAINER; FAIL, 2011; DYCE et al., 2004). Apresenta
movimentos de extensão e flexão, ligeiros movimentos laterais e rotacionais
(BUDRAS et al., 2008) (Figura 1A).
A articulação metacarpofalângica e a metatarsofalângica são formadas pela
extremidade distal do terceiro metacárpico ou társico, a extremidade proximal da
primeira falange e os ossos sesamoides proximais (KAINER; FAILS, 2011). Estão
presentes os ligamentos colaterais do boleto, ligamentos sesamoides colaterais e
oblíquos, e o ligamento anular palmar (DYCE et al., 2004). O ligamento suspensor do
boleto associado aos tendões flexores digitais profundo e superficial, são
responsáveis pelo suporte do boleto e sua estabilização durante a locomoção,
impedindo a hiperextensão do boleto quando o casco entra em contato com o solo
(KAINER; FAILS, 2011) (Figura 1AB).
A região do carpo é um conjunto de articulações compostas que compartilham
uma cápsula fibrosa em comum e separam os ossos metacarpos do rádio, para que
realize o movimento de flexão e extensão do membro (LIEBICH et al., 2011). As
estruturas ósseas envolvidas são o acessório do carpo, radial, intermediário e ulnar
do carpo, segundo, terceiro e quarto cárpico também segundo, terceiro e quarto
metacárpico. Então juntamente envolvidas as cápsulas articulares radiocárpica,
mediocárpica, carpometacárpica e as bainhas dos tendões extensor radial do carpo,
extensor digital comum, extensor digital lateral, flexor digital superficial e profundo,
bainha do tendão ulnar lateral e ligamento colateral lateral (KÖNING; LIEBICH 2016;
DYCE et al., 2010) (Figura 1A).
13

Figura 1: Principais estruturas encontradas na porção distal do membro equino. A) Membro


Torácico. B) Membro Pélvico.

A B

Fonte: Imagem adaptada de HorseSideVetGuide, 2013 (SCHAPHAUSER, 2017)

2.2. Deformidades flexurais congênitas


As deformidades denominadas congênitas possuem em sua etiologia
desconhecida, porém podem estar relacionadas com a pressão intrauterina, ou seja,
falta de espaço uterino para um potro demasiadamente grande em relação à égua, ou
ainda por alterações genéticas e o contato da égua com agentes teratogênicos
(AUER, 2016; WAGNER, 1994) Adicionalmente, as deformidades flexurais congênitas
podem também serem associadas a alterações neuromusculares, nas fibras de
elastina e na aderência das fibras de colágeno (HUNT, 2003)
Apresentam classificações em graus conforme determinada a severidade das
lesões (REED et al., 2004), conforme quadro a seguir (Quadro 1)
14

Quadro 1: Classificação das deformidades flexurais congênitas

GRAU ALTERAÇÃO MORFOLÓGICA


Pequena elevação na conformação do membro
LEVE e da pinça do casco, que consegue manter o
peso sobre o membro e as estruturas do flexor.

Dificuldade em manter os tendões flexionados,


ligamentos e do peso sobre o membro, fazendo
com que ocorra a dificuldade do potro em se
MODERADO levantar e mamar ou se faz com dificuldade e
quando em estação aumenta a deformidade.

Apresentam mais de um membro e articulações


SEVERA acometidas, em que o potro apresenta total
dificuldade em se manter em estação.
Fonte: Adaptado de Reed et al., (2004)

Quando ocorre a contração do tendão flexor digital profundo o potro apresenta


casco curto com pouco desenvolvimento e o apoio ocorre sobre a parte dorsal do
casco. Com o passar do tempo, com crescimento, a parte dorsal do casco e do talão
ficam no mesmo comprimento (AUER, 2006; HIGGINGS; SNYDER, 2006)
Quando o potro é capaz de permanecer em estação, mas o boleto se projeta
dorsalmente, a deformidade envolve a articulação metacarpofalângica e o tendão
flexor digital superficial (figura 2) e nos casos graves o potro apoiará o peso sobre a
superfície das articulações, envolvendo o tendão flexor digital superficial e profundo,
juntamente com o ligamento suspensório (HIGGINGS; SNYDER, 2006;
MCLLWRATIH, 2006).
15

Figura 2: Potro com 5 dias de vida, com hiperflexão da articulação metacarpofalângica.

Fonte: GOMES. (2019)

O diagnóstico é realizado baseado nas manifestações clínicas do animal


através do exame físico de rotina, posicionando o animal em posição quadrupedal e
observa-se a capacidade de extensão e flexão das articulações envolvidas (AUER;
STICK, 2018; PROVOST, 2006). Realiza-se juntamente a palpação dos membros
afetados com o intuito de identificar quais estruturas estão acometidas (HIGGINS;
SNYDER, 2006). Uma vez que a dificuldade na locomoção pode atrapalhar a ingestão
de colostro pelo potro, é necessário também realizar o teste de IgG, determinando se
há ou não cobertura imunológica adequada, além de avaliar o grau de desidratação e
a glicemia. (AUER; STICK, 2018; PROVOST, 2006)
A radiografia dos membros pode ser realizada como exame complementar,
porém é necessária apenas em casos de contraturas severas ou deformidade na
articulação interfalângica distal, pois pode haver risco de uma futura osteíte podal. Já
em potros nascidos prematuros, a radiografia é adequada para identificar se há ou
não ossificação incompleta dos ossos cuboides ou deformidades severas. O uso da
ultrassonografia também pode ser indicado em casos de suspeita de rupturas de
tendões ou avaliar o grau de resposta à terapia aplicada (PROVOST, 2006)
Quando o diagnóstico é feito precocemente em potros, as deformidades
flexurais podem ser revertidas com o tratamento conservativo, já que o esqueleto se
encontra na fase de crescimento, sendo passível de remodelações (GAUGHAN, 2017)
O tratamento conservativo envolve a fisioterapia com o potro deitado e o uso
16

de bandagens. A fisioterapia geralmente em descanso após a amamentação, é


realizada de forma manual para extensão do membro acometido de 10 a 15 minutos,
de 4 a 6 vezes ao dia, apresentando melhora clínica nos casos de deformidades leves.
As bandagens podem ser aplicadas nos membros para promover estabilização da
articulação em casos leves a moderados, lembrando sempre de alternar os dias.
Também pode ser associada a elásticos sobre as bandagens dorsalmente ao
membro, que realiza pressão de extensão constante (LEVINE, 2015)
Outra forma de tratamento em casos severos é o uso de talas, pois que
apresentam acelerada correção da deformidade do membro acometido, com materiais
que podem ser PVC, talas comerciais, fita adesiva. Devem ser aplicadas sobre as
bandagens e trocadas ficando 6 horas e 6 horas de folga para que não ocorram lesões
de pele por pressão. Outra opção seria o uso de gesso, que é trocado apenas a cada
24 a 48 horas, permitindo o crescimento do animal evitando assim uma lesão
isquêmica por compressão e possuem menor pressão sobre a pele. Todos os potros
com talas ou gessos devem ser monitorados intensivamente (LEVINE, 2015)
Terapias complementares como a acupuntura que pode levar a analgesia local,
regional e sistêmica e provavelmente tranquilização podem ser úteis para o tratamento
das deformidades flexurais dos membros, diminuindo então a administração
farmacêutica (GAUGHAN, 2017).
O tratamento farmacológico que possui o objetivo de relaxamento das forças
de tensão potenciais flexoras do membro, com o uso da oxitetraciclina em 250 a 500
ml de solução salina, intravenosa lento, podendo ser repetido de uma a duas vezes
na primeira semana de vida (AUER; STICK, 2018 e LEVINE, 2015)
Segundo ARNOCZKY et al, (2004) através de um estudo in vitro relatou que a
oxitetraciclina inibe a estrutura tradicional das fibrilas de colágeno por miofibroblastos
de equinos através do mecanismo de MMP-1. Devido a expressão do mRNA da MMP-
1 podem afetar o processo de remodelação e tornar o tecido que está em
desenvolvimento suscetível, essa suscetibilidade nos ligamentos e tendões explica o
relaxamento dessas estruturas.
Apenas pode ser administrada em potros normovolêmicos cuja função renal
esteja normal, pois pode levar a falha renal secundária à sua administração, é
preferível avaliar previamente a creatinina sérica. Também podem levar ao
desenvolvimento de diarreias e relaxamento de outras articulações (LEVINE, 2015)
Para redução da ansiedade do potro e secundariamente algum relaxamento do
17

membro afetado, pode ser utilizado diazepam intravenoso na dose de 0,05-0,44


mg/kg. Para facilitar e melhorar as manipulações físicas necessárias com o potro, o
uso de agentes agonistas alfa-2 pode ser necessários para sedação e algum
relaxamento musculoesquelético de curto prazo. Os fármacos de escolha podem ser
a xilazina na dose de 0,2- 1,1 mg/kg intravenoso, detomidina 0,01 – 0,02 mg/kg
intravenoso. A associação com tartarato de butorfanol pode aumentar a sedação e
fornecer alguma analgesia durante a manipulação (ORSINI; DIVERS, 2014)
O uso de anti inflamatórios não esteroidais sistêmicos para alívio da dor e
incentivo a apoiar o membro, contudo deve-se levar em conta os riscos na
administração para potros, apenas ser administrado em animais de bom estado de
hidratação e ainda sim, associado à terapia com protetores gástricos, sempre que
possível preferir os seletivos da COX-2 como Meloxicam (MORRINSON, 2005;
CASTAGNETTI; MARIELLA, 2015)
Em casos de que não se obteve sucesso com o tratamento, o procedimento
cirúrgico é recomendado. Sendo ele a tenotomia da estrutura envolvida, para que seja
possível a extensão do membro (DANEZE et al., 2015)

2.3. Deformidades flexurais adquiridas

Segundo McIlwraith (2006), as deformidades flexurais adquiridas podem ser


unilaterais ou bilaterais, que se manifestam nas articulações interfalângica distal ou
metacarpofalângica. A patogênese na maioria dos casos, possui relação com a
presença de dor, levando a um reflexo de afastamento e contração da musculatura
flexora alterando o posicionamento normal articular. Essa dor pode ser consequência
de fisite ou epifisite, osteocondrite dissecante, artrite séptica, feridas e infecções do
casco. Outras causas comuns são fatores genéticos que levam ao ao rápido
crescimento e alterações alimentares (HUNT, 2003)
As deformidades interfalângicas envolvem o tendão flexor digital profundo, os
animais podem apresentam projeção dorsal da região supra-coronária, aumento da
altura dos talões em comparação com a pinça, falta de contato dos talões com o solo,
e os cascos podem se tornar achatados na região da pinça, e a parede dorsal se tornar
plana (HUNT, 2003; STASHAK, 1994) O grau dessa deformidade é dividido em 2
estágios, o estágio I é descrito como a parede dorsal do casco sendo menor que 90°
em relação ao solo (Figura 3A) e estágio II resultando na parte dorsal da parede maior
18

que 90° também em relação ao solo (Figura 3B) (CALDWELL, 2017)

Figura 3: Deformidades flexurais adquiridas em articulação interfalâgicas. A) estágio I. B)


estágio II.

A B

Fonte: AUER; STICK (2018)

Para o diagnóstico das deformidades flexurais na articulação interfalângica


distal, primeiramente observá-los em movimento na baia e após em uma superfície
plana e firme para avaliar a gravidade da deformidade, devido ao crescimento rápido
e que podem apresentar graus variados de claudicação além da inter-relação com
fisite concomitante (CALDWELL, 2017). Após a anamnese e observação inicial, o
potro deve ser submetido ao exame físico completo, com atenção a qualquer
evidência de aumento, dor ou calor à palpação das fises que indiquem fisite se
percebida claudicação deve ser investigada para não afetar negativamente a terapia
para a deformidade flexural (O’ GRADY, 2012 e HUNT, 2012). À também a
necessidade de palpação dos tendões flexores individualmente para determinar
presença de tensão ou frouxidão (CALDWELL, 2017)
As radiografias geralmente não são necessárias, mas em casos crônicos ou
graves, o uso de projeções de sustentação de peso lateral, 45° dorsopalmar e
horizontal também dorsopalmar, que podem ter evidências significativas de rotação
da falange distal com distorção da cápsula do casco, doenças articulares
degenerativas, remodelação óssea ou desmineralização e osteíte. (CALDWELL,
2017)
19

Segundo Caldwell (2017) o tratamento terapêutico com AINES é recomendado


devido a sua causa ser secundária a condições dolorosas.O casqueamento dos talões
quando estão em contato com o solo, desbastando do quarto até o talão para abaixá-
los até o ponto em que fique apenas um pequeno espaço sob eles quando o potro
está em pé, pode ser realizado com frequência de 7 a 10 dias, dependendo da
gravidade e idade do potro e continua até que o alinhamento correto do eixo da
quartela do casco seja alcançada (CALDWELL, 2017)
Já a aplicação de ferradura em potros já desmamados tem como objetivo de
melhorar o eixo da quartela do casco, proteger a região dorsal do casco e carregar a
unidade do tendão, promovendo o alongamento, evitando assim o risco de separação
da lâmina do casco. (O’ GRADY, 2012 e WATTS, 2014). A ferradura deve ser mais
grossa na parte da pinça do casco e gradualmente afina quando progride para os
quartos, pode ser colado em potros jovens e pregados em potros mais velhos
(CALDWELL, 2017)
A intervenção cirúrgica é indicada nos casos não responsivos aos tratamentos
conservadores. A desmotomia do ligamento acessório do tendão flexor digital
profundo é realizada em casos de estágio I e a tenotomia do tendão flexor digital
profundo em casos de estágio II. No pós cirúrgico pode ocorrer uma tendinite que
pode ser evitada através de exercícios leve e massagens diárias no inchaço (AUER;
STICK, 2018)
As deformidades flexurais metacarpofalângica e metatarsofalângica são
caracterizadas pela projeção dorsal do boleto e o casco permanece em posição
correta (figura 4), o ângulo passa de 135° para 180° no animal acometido, em geral a
contratura de ambos tendões flexores (profundo e superficial) e em casos crônicos
também há comprometimento do ligamento suspensor do boleto. Essa deformidade
ocorre com mais frequência em animais de um a dois anos (MCLLWRAITH, 2006)
20

Figura 4. Deformidade flexural adquirida em articulação metacarpofalângica.

Fonte: Equine Pract. (1999)

Para o diagnóstico deve-se realizar a palpação cuidadosa dos membros


afetados, flexionando para determinar quais são as estruturas envolvidas
(MCILWRAITH, 2006; HIGGINS, 2006)
O tratamento não cirúrgico tem como objetivo imobilizar a articulação do boleto
palmar ao casco de modo que os tendões flexores sejam estimulados. O uso de
analgésico para as dores relacionadas ao alcançar a correção das deformidades. A
fisioterapia com o animal solto um membro é elevado e mantido nessa posição
enquanto outra pessoa conduz o animal a se movimentar, fazendo com que durante
a fase de apoio do membro elevado, a maior parte do peso é transmitida para quem
está segurando o membro, pode ser realizada várias vezes ao dias para alcançar o
alongamento musculotendíneo (AUER & STICK, 2018)
O ferrageamento corretivo pode ser um sucesso nas deformidades
metacarpofalângicas, elevando os talões para que ocorra o relaxamento do tendão
flexor digital profundo, enquanto aumenta a tensão do tendão flexor digital superficial,
por outro também é indicado baixar os talões para realizar um reflexo miotático
inverso. Quando diagnosticada precocemente a extensão da pinça do casco tem sido
muito eficaz. O uso de talas pode também entrar como tratamento em casos
reconhecidos precocemente, com cuidado para prevenir úlceras de pressão podem
ser posicionadas na articulação e caudalmente ao casco, fazendo com que o peso do
21

cavalo seja nos tendões flexores durante a sua sustentação (AUER & STICK, 2018)
Já a intervenção cirúrgica indicada quando não responsivos ao tratamento
conservador, com o objetivo de retornar ao ângulo para menor que 180°, diminuindo
a sobrecarga nos tendões flexores (AUER; STICK, 2018), conforme quadro a seguir
(Quadro 2)

Quadro 2: Intervenções cirúrgicas em casos não responsivos ao tratamento.


TÉCNICA CIRÚRGICA INDICAÇÃO

Desmotomia do ligamento acessório do tendão Durante a palpação o tendão flexor digital


flexor digital profundo, sendo necessário utilizar profundo está mais apertado.
uma tala de PVC no pós-cirúrgico durante 2 a 3
semanas.

Desmotomia do ligamento acessório do tendão Tendão flexor superficial está mais apertado
flexor digital superficial, também é necessário no durante a palpação.
pós operatório utilizar uma bandagem estéril
durante 2 a 3 semanas.

Desmotomia do terço medial e ramo lateral do Em casos graves ou persistentes.


ligamento suspensor.

Fonte: Adaptado de AUER; STICK (2018)


22

3. MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi realizado através de uma pesquisa bibliográfica,


selecionando artigos científicos e livros, nos idiomas inglês e português, e listados
nas bases de pesquisas Google Acadêmico, SciELO e Pubmed, no período de 1994
a 2019. A pesquisa e seleção dos artigos foi realizada de fevereiro a junho de 2021
através das palavras chaves encontrando 25 artigos e destes, 21 foram
selecionados pelo conteúdo e título relacionados a deformidades flexurais
congênitas e adquiridas em potros.
23

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Diante dessa revisão foi possível encontrar dados, relatos, informações de


diferentes autores sobre as deformidades flexurais em potros, portanto identificaram
os membros mais afetados, suas prováveis etiologias, sinais e melhores tratamentos.
Schramme (2013); Auer (2006); Trombe (2005) definiram as causas da
deformidades flexurais congênitas associada aos seguintes fatores mal
posicionamento uterino, malformações ósseas ou articulares, ingestão de plantas
tóxicas ou teratógenos pela égua, doenças específicas da égua durante o
desenvolvimento do potro e fatores genéticos.
Para o seu diagnóstico Molnar (2010) cita a sintomatologia, histórico e
palpação dos membros. Já em casos de maior severidade Provost (2006) mencionou
o uso do raio-x, citando as deformidades na articulação interfalângica distal em alguns
casos, e o uso do ultrassom em casos de suspeita de ruptura de tendões.
Mcilwraith (2006) O tratamento em casos de severidades, é recomendado a
utilização de talas, que podem ser feitas de canos de PVC, de diâmetro de 10 cm, que
visa a extensão do membro afetada, levando ao afrouxamento das estruturas
acometidas que possibilidade a volta ao seu posicionamento anatômico.
A analgesia é de grande importância, já que alivia a dor e assim incentivam a
apoiar o membro acometido, o uso de antiinflamatórios não esteroidais deve ser
monitorado (HIGGINS, 2006)
Para o tratamento utilizando antibiótico, do grupo das tetraciclinas, de amplo
espectro os autores Auer; Stick (2018) e Levine (2015) recomendaram o uso da
oxitetraciclina na dose de 3 g em 250 a 500 ml de solução salina. Já os autores Reed
et al (2018) recomendaram a dose de 6 a 8 mg/kg, sendo esse o artigo mais recente
utilizado para essa revisão. Ross e Dyson (2010) descrevem a dose de 2-4g. Todas
demonstrando eficácia e fazendo com que o membro afetado volte à sua conformação
correta.
Em casos de graus mais elevados, pode ser necessária a realização de
procedimento cirúrgico, realizado a tenotomia da estrutura tendínea envolvida.
(DANEZE et al., 2015)
24

Ao realizar o diagnóstico precocemente, e aplicar as medidas de tratamento,


o prognóstico é bem favorável, já que os neonatos então em processo de crescimento
e sua ossatura pode ser remodelada. (AMORIM et al., 2020).
Auer; Stick (2018) sugere a etiologia das deformidades flexurais adquiridas
com relação à presença de dor que consequentemente pode levar a um conjunto de
doenças ortopédicas do desenvolvimento incluindo deformidades angulares,
osteocondrose, fisite e mielopatias. Higgins (2006) descreve que além das alterações
associadas à dor, dietas desequilibradas e animais com crescimento rápido que
desencadeiam problemas nutricionais podem ser acometidos com essa deformidade.
Para o seu diagnóstico, Mcilwraith (2006) descreve a palpação cuidadosa dos
membros afetados, realizando apoio de peso e flexões para determinar quais são as
estruturas acometidas na deformidade flexural adquirida, tornando o exame de
importância para a escolha do tratamento. Segundo Higgins (2006), quando acometida
a articulação metacarpofalângica pode ser necessária o uso de exames
complementares com auxílio de raio-x, já na articulação interfalângica o diagnóstico é
baseado na observação e palpação do tendão flexor digital profundo, a radiografia
pode identificar angulações articulares anormais e em casos crônicos remodelações
ósseas, que interferem no seu prognóstico.
As deformidades na articulação interfalângica distal ocorrem geralmente em
potros de 6 a 8 semanas, fazendo com que o ângulo da parede dorsal do casco
aumente em relação a sola do casco, tornando os talões elevados (ADAMS;
SANTSCHI, 2000)
As deformidades na articulação metacarpofalângica têm a sua característica
por possuir um ângulo mais reto, o casco geralmente parece normal quando está em
contato com o solo porém o metacarpo se projeta para frente. (AUER; STICK, 2018)
Para o tratamento, Greet (2016); Auer; Stick (2006) relatam uma abordagem
com o desgaste dos talões do casco, combinado à medicação AINEs e repouso ou
então realizar uma extensão das pinças dos cascos com auxílio de ferraduras
ortopédicas, ou então imobilização. O manejo nutricional é de extrema importância
realizando a correção da dieta
Auer; Stick (2018) citaram que em casos de deformidades adquiridas na
articulação interfalângica em estágio I é desmotomia do ligamento acessório do
tendão flexor digital profundo e em estágio II é a tenotomia do mesmo. Para as
deformidades adquiridas na articulação metacarpo/metatarsofalângica é a
25

desmotomia do ligamento acessório do tendão flexor digital profundo em casos que o


mesmo em palpação se encontra mais restrito, e a desmotomia do ligamento
acessório do tendão flexor digital superficial, quando o mesmo está restrito durante a
palpação.
Auer (2006) cita o prognóstico bom, quando ao exame físico a articulação
acometida retorna a posição correta com facilidade, sendo a sua volta para atividades
esportivas favorável dependendo também do diagnóstico e tratamento feito de forma
rápida e com eficácia.
Segundo Santos; Nogueira (2013) em casos não responsivos à terapêutica e
que são submetidos a intervenção cirúrgica devido a demora para obtenção do
tratamento, possui o prognóstico na carreira esportiva reservado, uma vez que a
capacidade de resistência a impactos nos membros afetados torna-se diminuída
devido às alterações desde o período neonatal.
26

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se concluir que as deformidades flexurais em potros possuem diversas


alternativas terapêuticas, com resultados satisfatórios nos casos em que a intervenção
ocorre de maneira e com tempo adequado. Embora tenham sido muito estudadas e
seu tratamento estabelecido, ainda apresentam algumas lacunas para o seu completo
entendimento, sendo necessárias novas pesquisas para torná-la mais transparente à
ciência, permitindo o uso de novas técnicas de diagnósticos e tratamentos
complementares.
27

6. REFERÊNCIAS

ADAMS, Stephen B.; SANTSCHI, Elizabeth M. Management of congenital and


acquired flexural limb deformities. Proceedings Of The 46th Annual Convention Of
The American Association Of Equine Practitioners. V.47. 2000. p. 26-29.
Disponível em: https://cmapspublic3.ihmc.us/rid=1RT470PQV-
12ZM4VR1V03/Management%20of%20Flexural%20limb%20deformity.pdf. Acesso
em: 09 set. 2022.

AMORIM, M. F. C; VAGO, P. B. Deformidade flexural em Potro. Revista Ciência


animal, V. 39, n. 2, P. 09-15, Caucaia. 2020. Disponível em:
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/vti-29949. Acesso em: 08 set. 2022.

ARNOCZKY, S.P; .In vitro effects os oxytetracycline on matriz metalloproteinase-1


mRNA expression and on collagen gel contraction by cultured myofibroblasts
obtained from the accessory ligament of foals. American Journal Of Veterinary
Research, v. 65, n. 4, p. 491-496, abr. 2004. Disponível em:
10.2460/ajvr.2004.65.491. Acesso em: 30 ago. 2022.

AUER, J. A. Diagnosis and treatment of flexural deformities in foals. Clinical


Techniques In Equine Practice, v. 5, n. 4, p. 282-295, 2006. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5272219/mod_resource/content/2/Diagnosis-
and-Treatment-of-Flexural-Deformities-in-Foals.pdf Acesso em: 19 de mar. 2022.

AUER, Jorg; STICK, John. Equine surgery. 5 ed. St. Louis: Elsevier, 2018. p. 1896.

AUER, Jorg; STICK, John. Equine surgery. 5 ed. St. Louis: Elsevier, 2018. p. 1491-
1507.

Auer. JA. Deformidades flexurais dos membros. In: Auer JA, Stick JA. Equine
surgery. 3 ed. Filadélfia: Saunders; 2006. P.1150-65.

CALDWELL, Fred J. Flexural deformity of the distal interphalangeal joint. Veterinary


Clinics: Equine Practice, v. 33, n. 2, p. 315-330, aug. 2017. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.cveq.2017.03.003 . Acesso em: 29 mai. 2022

CARDOSO, I. M. Z. C.; MACHADO, V. M. V.; FERNADES, G. V; FILADELPHO, A.


L.; HATAKA, A. Descrição anatomo-ultrassonográfica do carpo equino. Veterinária e
Zootecnia, Botucatu, v. 28, jan. 2021. Disponível em:
https://rvz.emnuvens.com.br/rvz/article/view/453. Acesso em: 23 abr. 2022.

CASTAGNETTI, C; MARIELLA, J. Anti-inflammatory drugs in equine neonatal


medicine. Part i: nonsteroidal anti-inflammatory drugs. Journal Of Equine
Veterinary Science. v. 35. Jun. 2015. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.jevs.2015.02.008. Acesso em: 01 mai. 2022.
28

CORRÊA, R.P; DE ZOPPA, A.L.V. Deformidades flexurais em equinos: revisão


bibliográfica. Ensaios e Ciências. São Paulo. v. 5, n. 5, 2007. Disponível em:
https://www.researchgate.net/profile/Rodrigo-Romero-
Correa/publication/237287317_Deformidades_flexurais_em_equinos_revisao_bibliog
rafica/links/5640acff08aec448fa5ff820/Deformidades-flexurais-em-equeinos-revisao-
bibliografica.pdf. Acesso em: 24 abr. 2022.

Dams SB, Santschi EM. Management of flexural limb deformities in young horses.
Equine Pract , v. 46. p. 117-125. 1999. Disponível em:
https://www.ivis.org/sites/default/files/library/aaep/2000/117.pdf. Acesso em: 10 set.
2022.

DANEZE, Edmilson Rodrigo et al. Proteinograma de líquido sinovial e análise


histopatológica das articulações metacarpofalangeanas de muar com osteoartrite
desencadeada por deformidade flexural. Acta Veterinaria Brasilica, Jaboticabal, v.
9, n. 3, Jan. 2015. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/172845. Acesso em: 09
set. 2022.

DE AMORIM, Mychell Feitosa Castro et al. Deformidade flexural em potro. Pubvet,


v. 15, p.180, n. 11. Nov. 2021. Disponível:
https://doi.org/10.31533/pubvet.v15n11a966.1-5. Acesso em: 01 set. 2022.

DOS SANTOS AZEVEDO, Daniel Filipe. Biomecânica da parte distal do membro


anterior. Tese (Mestrado) – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar
Universidade do Porto, Porto, 2014. Disponível em: https://repositorio-
aberto.up.pt/bitstream/10216/72347/2/30554.pdf. Acesso em 23 abr. 2022.

DYCE, K. M; SACK, W.O; WENSING, C. J. G. Tratado de anatomia veterinária. 4.


ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. p. 591-610.

GAUGHAN, Earl M. Flexural limb deformities of the carpus and fetlock in


foals. Veterinary Clinics: Equine Practice, v. 33, n. 2, p. 331-342, may. 2017.
Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.cveq.2017.03.004. Acesso em: 19 de mar.
2022.

GREET, T. Angular and flexural limb deformities in foals and yearlings. Part 2:
Flexural limb deformities. Veterinary Nursing Journal, v. 31, n. 7, p. 210-212, jul.
2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1080/17415349.2016.1181535. Acesso em:
19 mar. 2022.

HIGGINS, Andrew. J.; SNYDER, Jack. R. The Equine Manual. 2 ed. St Louis:
Elsevier, 2006, p. 1332.

KÖNIG, Horst Erich; LIEBICH, Hans-Georg. Anatomia dos animais domésticos:


texto e atlas colorido. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. Cap. 3. p. 555-560.

LEVINE, David G. The normal and abnormal equine neonatal musculoskeletal


system. Veterinary Clinics: Equine Practice, v. 31, n. 3, p. 601-613, 2015.
Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.cveq.2015.09.003. Acesso em: 30 abr. 2022.
29

MARINHO, R. M. P. Aspectos clínico-imaginológicos da osteoartrite


interfalangeana distal em um equino: relato de caso. TCC (Graduação)- Curso
de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Paraíba, Areia, 2018. Disponível
em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/12547. Acesso em: 23 abr.
2022.

MCLLWRATH, C.W. Doenças das articulações, Tendões, ligamentos e estruturas


relacionadas. In: STASHAK, ted. Claudicação em equinos segundo Adams. 5. ed.
São Paulo: Roca, 2006. p.551-569.

MOLNAR, Bruna Favieri Pellin de. Deformidades flexurais congênitas e


adquiridas em potros.36p. TCC (Graduação) - Curso de Medicina Veterinária,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/38720/000791618.pdf?sequence=
1&isAllowed=y. Acesso em: 19 de mar. 2022.

MORRISON, S. E. Lameness in foals. In: ROBINSON, S. Current therapy in equine


medicine. 7 ed, USA: Elsevier. 2015. p. 772- 774.

MOURA, Raiany Resende et al. DEFORMIDADES FLEXORAS DOS MEMBROS


PÉLVICOS EM POTRO: RELATO DE CASO. In: SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO
ACADÊMICA, 9, 2017, Viçosa. ANAIS...IX SIMPAC. Viçosa: UniviÇosa, 2017. v. 9,
p. 741-746. Disponível em:
https://academico.univicosa.com.br/revista/index.php/RevistaSimpac/article/view/86.
Acesso em: 20 ago. 2022.

ORSINI J. A, DIVERS T.J. Equine Emergency Drugs. In: ORSINI J. A, DIVERS T. J.


Equine emergencies. 4 ed. St Louis: Elsevier, 2014. p. 835–860.

PROVOST, Patricia. Noninfectious Musculoskeletal Problemas. In: Paradise, Mary.


Equine Neonatal Medicine. 1 ed. Philadephia: Elsevier, 2006. p. 157-164.

REED, Stephen M.; BAYLY, Warwick M., SELLON, Debra C. Equine Internal
Medicine. 2 ed. St Louis: Elsevier, 2004, p. 1659.

REED, Stephen M.; BAYLY, Warwick M., SELLON, Debra C. Equine Internal
Medicine. 4. ed. St. Louis: Elsevier, 2018. p. 1423.

ROBERT, C; VALETTE. J. P; DENOIX, J.M. Desenvolvimento longitudinal da


conformação do membro anterior de equinos desde o nascimento até o desmame
em três diferentes raças de cavalos. The Veterinary Journal. V. 198. p 75-80. Dez.
2013. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.tvjl.2013.09.037. Acesso em: 30 ago.
2022.

ROSS, Mike W.; DYSON, Sue J. Diagnosis and management of lameness in the
horse. 2 ed. St. Louis: Elsevier, 2010. p. 646.

SANTOS, FCC; NOGUEIRA, CEW. Estudo de casos sobre deformidade flexural


congênita em potros. A Hora Veterinária, n. 195, 2013.
30

SANTOS, Larissa Tavares dos. Doença ortopédica do desenvolvimento em


equinos. 23 p. TCC (Graduação) – Curso de Medicina Veterinária, Universidade
Estadual Paulista, Botucatu, 2022. Disponível em:
http://hdl.handle.net/11449/216968. Acesso em: 15 mai. 2022.

SCHAPHAUSER, Pedro Esber et al. Instrumentação utilizando fibra ótica para


análise de andadura equina. Tese (Mestrado) – Universidade Tecnológica Federal
do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em:
http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2894. Acesso em: 30 ago. 2022.

Schramme MC, Labens R. Diseases of the foot and distal limbs. In: Mair TS, Love S,
Schumacher J, et al. (Ed.) Medicine, surgery and equine reproduction. 2. ed. St
Louis: Saunders Elsevier, 2013. pg. 329-68.

Trombe TN. Orthopedic disorders in neonatal foals. Vet Clin North Am Equine
Pract, Philadelphia, v. 21, ago. 2005. Disponível em: 10.1016/j.cveq.2005.04.008.
Acesso em: 08 set. 2022.

WATSON, Rebecca. An overview of limb deformities in foals. Equine health, v.


2016, n. 29, p. 30-33, may. 2016. Disponível em:
https://doi.org/10.12968/eqhe.2016.29.30. Acesso em: 19 mar. 2022.

You might also like