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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Doença de origem bacteriana na cultura da banana Vs Impacto na comercialização


‶ Estudo de caso Bananalândia de Boane-2020-2022

Davide Adelino Chichanga Tole, Código: 708200461

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Cadeira: Parasitologia/Filo patologia


3°ANO
Tutor: Eng◦ Nelson António Chozano

Gorongosa, Abril 2023


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Doença de origem bacteriana na cultura da banana Vs Impacto na comercialização


‶ Estudo de caso Bananalândia de Boane-2020-2022

Gorongosa, Abril de 2022

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Estrutura
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 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização 1.0
(Indicação clara do
problema)
Introdução  Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia adequada 2.0
ao objecto do trabalho
Conteúdos  Articulação e domínio 2.0
do discussão
académico (expressão
Análise discussão escrita cuidada,
coerência / coesão
textual)
 Revisão bibliográfica 2.0
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
Formatação  Paginação, tipo e 1.0
Aspectos tamanho de letra,
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª edição  Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas em citações e bibliografia citações / referencias
bibliográficas

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Recomendações de melhoria:

3
Índice

CAPÍTULO I...............................................................................................................................7
1.1. Introdução..................................................................................................................7
1.2. Justificativa da escolha do tema................................................................................8
1.3. Problematização........................................................................................................8
1.4. Hipóteses...................................................................................................................9
1.5. Objectivos..................................................................................................................9

1.5.1. Objectivo geral…………………………………………………....……………....9

1.5.2. Objectivos específicos............................................................................................9


1.6. Delimitação do tema..................................................................................................9
1.7. Relevância do tema....................................................................................................9

1.7.1. Relevância Científica…………………………………………….……………….9

1.7.2. Relevância social………………………………………………………………..10

1.7.3. Relevância Económica……………………………………….…………………10


CAPÍTULO II...........................................................................................................................11
2.1 Fundamentação Teórica...........................................................................................11
2.2 A produção da banana e seus impactos sócio econômicos......................................11
2.3 Cultivo da banana em Moçambique........................................................................11
2.4 Processo da Cadeia Produtiva da Banana................................................................11
2.5 Insumos....................................................................................................................12
2.6 Cadeia de Comercialização.....................................................................................12
2.7 Comercialização......................................................................................................13
2.8 Comercialização agrícola........................................................................................13
2.9 Margens de comercialização...................................................................................13
2.10 Mercado...................................................................................................................14
2.11 Doença de origem bacteriana na cultura da banana................................................14
2.11.1 Mal do Panamá……………………………………………….…………………14
2.11.2 Etiologia…………………………………………………………………………15
2.11.3 Controle…………………………………………….……………………………
16
2.11.4 Práticas Culturais:…………………………………………………………...…..16
CAPÍTULO III Metodologia Técnicas....................................................................................18
3.1 Descrição da área do estudo....................................................................................18
3.2 Tipo de pesquisa......................................................................................................18
3.3 População/universo de pesquisa..............................................................................18
3.4 Amostragem e amostra............................................................................................18
3.5 Instrumento de colecta de dados..............................................................................18
3.6 Observação directa..................................................................................................19
3.7 Método de pesquisa bibliográfica............................................................................19
CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................20
4.1 Caracterização dos entrevistados.............................................................................20
4.2 Cronologia...............................................................................................................21
4.3 Orçamento...............................................................................................................21
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................22
CAPÍTULO I

.1. Introdução
De acordo com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER, 2021), a
agricultura Moçambicana em particular a provincia de Maputo possui 22 empresas privadas
que se dedicam a produção de banana, nos Distritos de Namaacha, Moamba, Manhiça,
Marracuene e Boane respectivamente, sendo que, 80% da produção é exportada para a
África do Sul, Botswana e Reino de Eswatini.

A produção actual de banana nesta Província é de cerca de 249.829 toneladas, numa área de
5.141 hectares. Destes, 4.719 hectares estão a ser explorados por empresas comerciais
privadas e as restantes por pequenos produtores, maioritariamente, do sector familiar. A
produção da fruta contribui em 3.9% na produção global valorada da Agricultura, nesta
parcela do País.

Este sector é dos maiores geradores de emprego directo no sector agrícola, com uma média
de 1,3 trabalhadores/ha, o que significa cerca de 6.100 empregos directos e 11.000
indirectos, totalizando cerca de 17.100 trabalhadores.

Ao se tratar da área rural da Microrregião de BOANE, as dificuldades com transporte e


locomoção, impossibilitam com que os agricultores e produtores rurais tenham a
oportunidade de desenvolver atividades regidas pela forma, fez-se necessário organizar um
questionamento que norteou a sistematização desta pesquisa, da seguinte forma: de que
maneira os pequenos e médios produtores rurais o Distrito de BOANE desenvolvem as
actividades da cadeia productiva da banana, beneficiando-os, e como estas auxiliam no
desenvolvimento da região?

O estudo justifica-se a partir da necessidade acerca das transformações local/regional, por


meio da inserção das atividades dos produtores rurais, bem como, as perspectivas no
aumento da rentabilidade como atividade geradora de renda. Outro aspecto relevante é a
expansão na produtividade do cultivo da banana, que permite a geração de empregos diretos
e indiretamente contribuindo para o desenvolvimento econômico e social, dos moradores do
Município de Boane. Para a materialização deste estudo recorreu-se a pesquisa qualitativa,
as técnicas de observação directa, entrevista e o inquérito.

A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso na Propriedade Rural Céu Azul e teve
natureza descritiva e exploratória (campo) com abordagem qualitativa, subsidiada em
pesquisa bibliográfica, apoiada nos estudos de autores como Bittencourt (2011); Cordeiro
(2000; 2003); Ferreira (2008) dentre outros que subsidiaram este estudo.
7
.2. Justificativa da escolha do tema

O sistema de comercialização agrícola representa um papel fundamental dentro da economia


ao proceder a ligação entre o sector produtivo e os consumidores finais. Este
encaminhamento organizado da produção agrícola permite que os consumidores finais
obtenham os produtos com as características desejadas.

A análise da cadeia de comercialização é importante pois possibilita compreender a


organização da comercialização nos seus aspectos externos e estruturais, visto que dá uma
visão ampla do seu funcionamento, dos pontos de estrangulamento e do grau de competição
entre os agentes da cadeia. Permite fazer um diagnóstico dos sectores, possibilitando a
identificação de alternativas favoráveis para a comercialização dos produtos (MARQUES &
AGUIAR, 1993). Perante este facto surge a necessidade de fazer uma pesquisa para avaliar
os impactos da produção de carvão vegetal na saúde respiratória naquela zona em estudo,
visto que com a avaliação dos impactos nos produtores é relevante porque pode buscar uma
série de medidas que reduzem e controlam os impactos da produção vegetal na saúde do
sistema respiratório dos produtores contribuindo assim no bem-estar da sociedade.

A doença do Panama (Foc TR4) e o virus Banana Bunchy Top virus (BBTV) causaram uma
desacelaracao da producao, leando o Governo a intruduzir variantes mais resistentes.

Segundo Paulo Cossa disse desde de inicio 2000, registado investimento significativo na
producacao de banana e actualmente na Provicia de Maputo ronda as 249.829 toneladas,
numa area de cerca de 5,140 hectares administrados por pequenos produtores,
principalmente familiares.

.3. Problematização

Hoje a produção da banana está sendo cada vez mais frequente no distrito de Boane, seja
nas Machambas, assim como nas proximidades do rio Umbeluzi, o que muita das vezes
coloca a populacao (Produtores) a morarem em zonas de risco de inudacoes, porque são
zonas de maior disponibilidade de água aos agricultores à volta do Umbeluzi resulta do
aumento da capacidade de armazenamento daquele líquido, na Barragem dos Pequenos
Libombos: Face a essa situação o autor indaga-se com a seguinte questão:

De que maneira os pequenos e médios produtores rurais do Distrito de BOANE


desenvolvem as actividades da cadeia productiva da banana, beneficiando-os, e como estas
auxiliam no desenvolvimento da região?

8
.4. Hipóteses
 Provavelmente os produtores de banana possuem um alto nível de percepção em relação
ao impacto dessa actividade para as suas vidas;

 Não transportar mudas, frutas, folhas ou qualquer parte de bananeira das regiões
afetadas e sem Certificado Fitossanitário (CFO) ou Permissão de Trânsito;

 A bananicultura tem um importante papel para a agricultura familiar, proporcionando


atividades de rentabilidade.

.5. Objectivos

.5.1. Objectivo geral

 Analisar a cadeia de comercialização da Banana no Município de Boane e a adoção de


um sistema de previsão de doenças para os bananicultores, com a finalidade de alertá-
los para o momento mais adequado para o controle.

.5.2. Objectivos específicos


 Identificar os intervenientes da cadeia de comercialização de banana;

 Descrever a cadeia de comercialização do tomate;

 Determinar as margens de cada interveniente na cadeia de comercialização da banna;


 Comparar as margens dos intervenientes nas cadeias de comercialização de banana;

 Buscar visões de mitigação das doenças de origem bacteriana na cultura da banana.

.6. Delimitação do tema


O estudo vai decorrer no Distrito de Boane está localizado na região Sul de Moçambique, a
sudoeste da província de Maputo, nas proximidades da capital do país. Com uma
superfície4 de 815 km2, faz divisa a Norte com o Distrito de Moamba; a Sul com os
Distritos de Namaacha e Matutuine; a leste com o Distrito de Matutuine e cidade Maputo; e
a Oeste com o Distrito de Namaacha (Dinageca; 2001).

.7. Relevância do tema

.7.1. Relevância Científica


O estudo é cientificamente relevante dada a importância de perceber o nível de percepção
dos produtores em relação ao impacto economico dessa actividade na sua comunidade e as
prevencoes de doenças de origem bacteriana na cultura da banana.
9
.7.2. Relevância social
É pertinente esta pesquisa neste âmbito, pois este estudo é eficaz porque pode elencar uma
série de medidas que reduzem e controlam os impactos da produção da banana e
contribuindo assim no bem-estar da sociedade.

.7.3. Relevância Económica


Na área económica, o estudo é relevante visto que os impactos sociais, económicos e
ecológicos da produção da banana nodistrito de Boane, são preocupantes e a intervenção
desta situação é dependente do controlo e monitoria que se poder dispensar a essa
actividade. A obtenção de todas as vantagens económicas decorre directamente da vida
média e da vida produtiva do cidadão.

10
CAPÍTULO II

2.1 Fundamentação Teórica


Neste capítulo far-se-á a abordagem científica teórica da pesquisa. Em linhas gerais serão
apresentadas as considerações gerais sobre o tema.

2.2 A produção da banana e seus impactos sócio econômicos


Actualmente a bananicultura tem um importante papel para a agricultura familiar,
proporcionando actividades de rentabilidade. A base da cadeia produtiva se destaca por seu
potencial agrícola, que por sua vez constitui fonte de renda principalmente para os
pequenos e médios produtores, além de influenciar no desenvolvimento local e no
crescimento econômico por meio da fruticultura.

Nesse contexto, será abordada nos próximos tópicos uma reflexão a partir da contribuição
de alguns teóricos, no que se refere o cultivo da banana, juntamente com os fatores que
envolvem os elos da cadeia produtiva, assim como o desenvolvimento socioeconômico da
região estudada.

2.3 Cultivo da banana em Moçambique

De acordo com o levantamento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e


Alimentação (OCDE-FAO, 2015), a banana é uma das frutas mais cultivada e plantada em
todo o país, e a perspectiva é que com o crescimento do consumo pela fruta a atividade
continue aumentando como resultado nos ganhos da produtividade.

2.4 Processo da Cadeia Produtiva da Banana

Qualidade da banana, literalmente está ligada às características fundamentais da produção


tanto para fins de exportação, como para outras práticas agrícolas, desde o tratamento
fitossanitário, adubação, o manejo adequado dos frutos na colheita e no pós-colheita, são
processos indispensáveis na cadeia produtiva (EMBAPA, 2000).

A cadeia produtiva nos setores que abrange o agronegócio pode ser definida como um
conjunto de atividades que integram um sistema de produção, desde a produção de
insumos até o consumidor final (BITTENCOURT, 2011). Desse modo, a integração das
atividades, busca obter uma visão sistemática de todos os processos da produção.

Lichtemberg e Lichtemberg (2011 Apud RAMBO 2015, p. 29) salientam que:

A evolução da bananicultura brasileira foi possível em virtude


dos progressos obtidos com a disponibilidade de material
genético diversificado; mudas sadias e de boa qualidade
11
genética; práticas culturais de manejo pré-colheita e pós-
colheita; técnicas fitossanitárias e técnicas de nutrição e de
irrigação e a melhoria no nível técnico e organizacional do
bananicultor brasileiro.

2.5 Insumos

O uso dos insumos desde os tratos culturais, o solo, as variedades das espécies, as mudas a
serem cultivadas, as tecnologias empregadas no cultivo, e os maquinários vem
maximizado tempo e esforços durante as etapas da produção da bananicultura. Além da
integração dos componentes da cadeia produtiva, uns dos fatores que impactam a produção
das bananeiras, são as escolhas pelas mudas.

Cordeiro (2000) alega que a qualidade das mudas, especificamente para a bananicultura,
está atrelada diretamente com o sucesso da produção, tanto pelo fato das mudas influenciar
diretamente no desenvolvimento e produção do bananal, principalmente no primeiro ciclo,
pois é fundamental a qualidade fitossanitária, quanto por minimizar os riscos de entrada
das pragas e doenças na produção.

As bananeiras não suportam encharcamento prolongado por causar asfixia no seu sistema
radicular e consequentemente a redução de sua capacidade de absorção de nutrientes
(CORDEIRO, 2000). As variedades nos métodos de irrigação existem para melhor adequar
na produção, como por exemplo: o método localizado, que abrange a microaspersão e o
gotejamento; o método por superfície que envolve a irrigação por sulcos, as bacias em
nível, a irrigação por faixas; e os métodos por aspersão, caracterizado pelo convencional
móvel (baixa média e alta pressão).

Um fator crítico nas cadeias produtivas são as perdas que acontecem no pós-colheita das
frutas, principalmente por se tratar de alimentos perecíveis, onde, na maioria das vezes
essas perdas decorrem no manuseio e no processo logístico. Segundo a FAO (1981 Apud
CENCI, 1997, p. 6) as perdas tratam-se de “alguma mudança na viabilidade,
comestibilidade, salubridade ou qualidade do alimento que o impeça de ser consumido
pelo povo”. Entende-se por perdas dos produtos, os frutos que estejam inviáveis de ser
consumido, ou até mesmo que passe uma aparência de má qualidade, acarretando assim
seu entrave no momento de ser repassado à frente para venda.

2.6 Cadeia de Comercialização

Segundo JÚNIOR (2006), cadeia de comercialização é o caminho percorrido pela


mercadoria desde o produtor até o consumidor final. É a sequência de mercados pelos
12
quais passa o produto, sob a acção de diversos intermediários, até atingir a região de
consumo. Este autor acrescenta ainda que a cadeia de comercialização mostra como os
intermediários se organizam e se agrupam para o exercício da transferência da produção ao
consumo.

A definição acima converge com a de MENDES (2007), ao definir a cadeia de


comercialização como sendo a sequência ordenada dos níveis de mercado em que o
produto passa podendo ou não sofrer alterações antes de ser comercializado para o
consumidor final.

2.7 Comercialização

De acordo com JÚNIOR (2006), a comercialização é o desempenho de todas as


actividades necessárias ao atendimento das necessidades e desejos dos mercados,
planejando a disponibilidade da produção, efectuando transferência de propriedade de
produtos, promovendo meios para a sua distribuição física e facilitando a operação de todo
o processo de mercado.

Segundo BARROS (2007), a comercialização é um processo social que envolve


interacções entre agentes económicos através de instituições apropriadas e ma importante
instituição no sistema de comercialização é o mercado, local onde ocorrem todas as
actividades comerciais.

2.8 Comercialização agrícola

Numa visão mais limitada, a comercialização agrícola pode ser pensada como um simples
acto de o agricultor que consiste na transferência de seu produto para outros agentes que
compõem a cadeia de comercialização em que ele está inserido. Esta é uma visão
tradicional da comercialização agrícola, definida pela transferência de propriedade do
produto num único acto após o processo produtivo, ainda dentro ou logo depois dos limites
da unidade de produção agrícola (MENDES, 2007).

2.9 Margens de comercialização

Para PIZA & WELSH (1999), margem de comercialização é dada pela diferença entre o preço
pelo qual o intermediário vende uma unidade do produto e o pagamento que ele faz pela
quantidade equivalente.

MENDES (2007), alinha no mesmo pensamento ao referir que margem de comercialização


refere-se à diferença entre preços a diferentes níveis do sistema de comercialização, a margem
13
total é a diferença entre o preço pago pelo consumidor e o preço recebido pelo produtor.

Entretanto, JÚNIOR (2006), traz uma nova abordagem a cerca deste conceito, para ele,
margem de comercialização corresponde às despesas cobradas dos consumidores pela
execução de alguma função de comercialização por parte dos intermediários do sistema de
comercialização.

2.10 Mercado

Este conceito é amplamente discutido por autores, cada um com uma abordagem mais
complexa que o outro. Para HALL & LIEBERMAN (2003), uma definição concisa de
mercado é: “grupo de compradores e vendedores que têm potencial para negociar uns com os
outros”. No entanto, alguns autores abordam o conceito de mercado apenas do ponto de vista
do consumidor: “mercado corresponde à demanda por um grupo de produtos substitutos
próximos entre si” (KUPFER & HASENCLEVER, 2002).

Em geral, pode-se definir mercado como um espaço físico e geográfico onde ocorrem as
operações de troca de produto/serviço por uma outra unidade de troca.

2.11 Doença de origem bacteriana na cultura da banana

Descrição das principais doenças da bananeira: Sigatoka Amarela e Negra, Mal do Panamá
(Foc TR4) e o vírus Banana Bunchy Top Virus (BBTV), Moko e outra.

E dentre varias doenças mencionadas a cima falarei mais do Foc TR4 ou simplesmente
Panama, por ser a mais predominante em boane.

2.11.1 Mal do Panamá


Conhecida como Mal do Panamá, Fusariose e Murcha de Fusarium. Tem como agente causal o
fungo Fusarium oxysporum f.sp. cubense, sendo constatado pela primeira vez em 1904 em
Honolulu no Havaí.

Sua disseminação pelas regiões produtoras de banana do mundo, deu-se certamente através de
mudas infectadas e por material propagativo para pesquisa e exploração comercial.

A cultura Gros Michel, de grande aceitação internacional foi substituída por cultivares do
subgrupo Cavendish, como Nanição, Valery e Nanica resistentes ao patógeno.

A primeira constatação no Brasil deu-se em 1930 no município de Piracicaba (Kimati & Galli,
1980).

Actualmente, está presente em todos os Distritos da Provincia de Maputo produtores de


banana, sendo importante nas semente Maçã, acltamente suscetível, Prata, Pacovan e Prata
14
Anã moderadamente. Em Moamba, Namaacha, Manhiça e Marracuene, plantações de banana
Maçã foram disseminadas pelo Panama devido a utilização de mudas infectadas.

2.11.2 Etiologia
O Mal do Panamá é causado pelo fungo Fusarium oxysporum f.sp. cubense E.F. Smith Sn. &
Hansen, existem relatos de sua sobrevivência no solo por mais de 20 anos, na ausência do
hospedeiro (Stover 1972), talvez devido a formação de estruturas denominadas clamidósporos.

O agente causal do Mal do Panamá apresenta nível de virulência: São conhecidas 4 raças: 1-
infecta Gros Michel; 2- infecta Bluggoe; 3-infecta Helicônia spp e 4- infecta Gros Michel,
Bluggoe e subgrupo Cavendish.

Por esta razão, a técnica de grupos de compatibilidade vegetativa (GCV) vem sendo utilizada
para estudar o comportamento de isoladas desse patógeno, mas existem dificuldade no uso
desta técnica.

A penetração do fungo dá-se através das raízes secundárias ou terciárias, progredindo pelo
xilema até o rizoma e pseudocaule, podendo atingir o pecíolo. Não se tem verificado infecção
através do rizoma ou pseudocaule (Waite, 1977). Para um melhor entendimento os sintomas
provocados por F. oxysporum f.sp. cubense em bananeira são divididos em dois grupos:
externos e internos:

Sintomas externos:

Amarelecimento do limbo das folhas mais velhas, progredindo para as mais novas com o
avanço as folhas murcham, secam e quebram o pecíolo junto a inserção do pseudocaule e
ficam pendentes, conferindo um aspecto de guarda chuva fechado enquanto as folhas cartucho
e vela permanecem eretas,. Observa-se também rachaduras no pseudocaule próximo ao solo.

Sintomas internos:

Cortes longitudinalmente de raízes infectadas mostram descoloração vascular, no início


castanho avermelhada a escura. Rizoma observa-se pontuações castanho avermelhada em todo
o cilíndro central. O corte transversal do pseudocaule, evidencia um anel inicial castanho-
avermelhado passando a escuro com o progresso da doença. O centro permanece com a
coloração branca. Em cortes transversais dos pecíolos e das bainhas observase descoloração
castanho avermelhada.

Outros sintomas externos como brotação de touceiras atacadas, apresentando aspectos de


plantas adultas não se observando broto ou muda tipo chifrão. Cachos apresentam-se raquíticos
e com maturação desuniforme e prematuro. O homem é o principal disseminador a longa

15
distância pelo transporte de mudas infectadas.

Mesmo planta resistente ao patógeno, se transferida de local levará o patógeno para outra área.

Destruir a planta doente para eliminar fonte de inóculo que se disseminará através do vento,
implementos agrícolas e ferramentas, ou pelo homem dentro da plantação, ou fora dela. A água
e irrigação são agentes disseminadores.

Nematóides e a Broca do rizoma são agentes pouco eficientes na disseminação da doença, sedo
que os nematóides são importantes pois facilitam a penetração do patógeno nas raízes.

O Mal do Panamá pode ter alta severidade tanto em regiões de clima temperado como tropical
e é favorecido por condições de alta umidade e temperatura, fertilidade desequilibrada, solos
arenosos, ferimentos nas raízes e cultivares suscetíveis.

2.11.3 Controle
 Se possível sua erradicação;

 Controle químico, rotação de cultura, e inundação da área, não são eficientes;

 A medida mais eficiente é evitar a introdução acidental do patógeno numa área ou


região;

 Obter mudas somente por cultura de tecidos que são isentas de fungos, bactérias,
nematóides e outras pragas;

2.11.4 Práticas Culturais:


1) Instalar novos plantios em áreas onde não se tenha registro anterior de ocorrência da
doença;

2) Utilizar material de plantio sadio, obtido de produtores credenciados, ou de bananais sadios,


novos e com bom desenvolvimento vegetativo, as mudas oriundas de cultura de tecido são
recomendadas para implantação de novas áreas;

3) Proceder o descorticamento e limpeza do rizoma, descartando todo aquele com sintomas de


doença;

4) Efetuar a análise e correção do solo de acordo com a recomendação técnica para a cultura;

5) Manter um esquema de adubação equilibrada com base nos resultados das análises foliar e
de fertilidade do solo;

6) Instalar os plantios em solos bem drenados e com bons níveis de fertilidade natural e ricos
em matéria orgânica;
16
7) Irrigar por infiltração ou aspersão abaixo das folhas sempre que necessário, para que as
bananeiras não sofram por falta de água;

8) Controlar os nematóides e a broca-do-rizoma, tendo em vista que eles podem predispor a


bananeira à infecção por F. oxysporum f. sp. cubense;

9) Inspecionar, periodicamente, o plantio e erradicar todas as plantas com sintoma da doença,


através do uso de herbicidas à base de 2-4D (Tordon) ou 2-4-5-T (Banvel), depois de secas, as
plantas deverão ser queimadas no próprio local;

10) Fazer o controle das plantas daninhas com herbicidas ou através roçagem do mato, no caso
de detecção de focos. O desbaste deverá ser evitado nas proximidades dos focos.

11) Fazer uma aplicação de calcário no local das plantas erradicadas e, de preferência, plantar
uma cultura de interesse para a propriedade como, por exemplo, a cana-de-açúcar, que além de
evitar a invasão de plantas daninhas provoca o revolvimento freqüente do solo, exercem um
efeito supressivo na população do patógeno

17
CAPÍTULO III Metodologia Técnicas

3.1 Descrição da área do estudo


a) Localização geográfica

O Município de Boane localiza-se na sede da vila do distrito de Boane e encontra-se situado


na margem esquerda do rio Umbelúzi. Em geral o distrito situa-se a Sul da Província de
Maputo, a 30 Km da cidade de Maputo, entre a latitude de 26º02’36˝ Sul e Longitude de
32º19’36˝ Este. É limitado, a Norte pelo Distrito de Moamba, a Sul pelo Distrito de
Namaacha, a Este pela Cidade da Matola e Distrito de Matutuine, e a Oeste pelo Distrito de
Namaacha (MAE, 2005 e INE, 2017).

Com uma superfície de 804 Km2 segundo as projecções do INE (2017), o Distrito possuía
até a data de 2012 um total de 134 006 Habitantes, o equivalente a 9% da população da
Província e uma densidade populacional de 166.6 hab/km2.

3.2 Tipo de pesquisa


A pesquisa é do tipo exploratória qualitativa descritiva, que visa descrever os elementos que
permitiram avaliar o nível de percepção dos produtores de carvão vegetal na zona de
Cerâmica em relação ao impacto dessa actividade na saúde do sistema respiratório.

3.3 População/universo de pesquisa


A população para essa pesquisa foi constituída por grupo de produtores de banana, que são
um número de 87 produtores que produzem e comercializam.

3.4 Amostragem e amostra


Para a selecção da Amostra dos produtores o autor vai usar o critério da amostragem
intencional porque os produtores estavam prontamente disponíveis no local, desta feita
serão escolhidos 30. Desta maneira 10 produtores que serão submetidos a um inquérito que
procura avaliar o nível de percepção em relação ao impacto dessa actividade, 20
produtores serão submetidos a uma entrevista de modo a buscar nos produtores visões de
mitigação dos impactos de doença de origem bacteriana na cultura da banana.

3.5 Instrumento de colecta de dados


O autor vai usar esta técnica, desta feita serão inqueridos 10 produtores de modo a avaliar
nível de percepção que tem em relação ao impacto socio economica dessa actividade, com
18
o objectivo de confirmar ou não as suposições do autor.
3.6 Observação directa
Esta técnica consiste em observar as condições do trabalho no local, auxilia o pesquisador
na identificação e a obtenção de provas a respeito de objectivos traçados principalmente se
os produtores usam os algum medicamento de prevenção, não só observar os cuidados que
eles têm durante a cultivo da banana; mais também as condições da exposição aos
produtores assim como a forma de manuseio.

3.7 Método de pesquisa bibliográfica


Este método será útil para pesquisa na medida em que permite a leitura de diversas obras
científicas entre dissertação teses monografias e livros cujos conteúdos se relacionam com
a temática em estudo.

19
CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Caracterização dos entrevistados

Segundo os dados apontados pelo Serviço Distrital de Actividades Económicas de Distrito de


Boane, o Município de Boane conta com 87 produtores de Banana entre individuais e colectivos.
Neste universo, foram entrevistados 30 produtores correspondentes a 19% do total, dos quais, 5
individuais, 15 membros da Cooperativa 25 de Setembro e 10 membros da colectividade
Umbelúzi Investimentos.

 Cooperativa 25 de Setembro
A Cooperativa possui um universo de 15 produtores de banana dos quais foram entrevistados
8 agricultores, 3 mulheres e 5 homens. Exploram, cada produtor, uma área de 5 hectares dois
dos quais para produção de banana.
Segundo os entrevistados a produção média por hectare chega até 34 toneladas no inverno e
pode cair até 5 toneladas por hectare no período quente. Após a colheita, os produtores
reúnem-se para se discutir e fixar o preço de venda dos produtos, neste caso, a banana é
vendido por um preço de 250,00MT/cacho no período quente e 200 a 300,00MT/cacho no
período frio. Contudo, para o cálculo das margens usou-se o preço de 250,00MT/cacho por
ter sido este que vigorava no mercado produtor na altura da realização deste trabalho.

 Umbelúzi Investimentos
Esta associação possui 10 produtores dos quais foram entrevistados 5 à indicação do
secretário, com 3 de sexo feminino e 2 de sexo masculino. Explora-se uma área 10 hectares.
A produção média por hectare nesta associação é de 35 toneladas na estação fria e 8 toneladas
no período quente. Tal como na cooperativa 25 de Setembro, aqui também a estratégia de
marcação de preços não altera. Após a produção os membros da associação fixam um preço
de venda dos produtos.
Segundo os mesmos, o preço da banana é de 350,00MT/cacho mas no período fresco pode
baixar até 100,00MT/cacho. No período da realização do presente trabalho tomate custava
550,00MT/caixa por isso usou-se este preço que para o cálculo das margens.

 Produtores individuais
Os produtores individuais entrevistados são os três maiores produtores de banana a nível do
distrito de Boane. Eles exploram, cada produtor uma área de 7 hectares para produção de
onde a produção média por hectare é de 40 toneladas. O preço médio por cacho é de
350,00MT na estação quente e 200,00MT na estação fria.
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Como pode-se verificar, a formação dos preços no mercado produtor varia segundo as épocas
nomeadamente a época quente e fria, e é deliberado tendo em conta os custos de produção do
tomate e o número de intervenientes na cadeia.

4.2 Cronologia
Nr Actividades/Período Maio Junho Julho Agosto Setembro

1. Elaboração do projecto

2. Colecta de dados

3. Tratamento dos dados

4. Montagem do Projecto

5. Revisão do projecto

6. Entrega do trabalho

4.3 Orçamento
Previsão de cursos da actividade
Ord. Material/actividade Quant. Preço
1 Computador pessoal (PC) 1 32.000,00mt
2 Telefonia móvel 1 18.000,
3 HDD externo para Cópia de segurança 1T 6.500,00mt
7 Material Bibliográfico - 7.000,00mt
TOTAL 63.500,00mt

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BARROS, Geraldo S. de Camargo. Economia de comercialização agrícola. 2007.


 CASTILHO, A. Pereira; BORGES N. R. Martins & PEREIRA, V. Tanús. Manual de
Metodologia Científica. 2011.
 CORDEIRO, Zilton José Maciel. Banana. Produção: aspectos técnicos. Organizador;
 CORDEIRO, Z.J.M.; SHEPEHRD, K.; SOARES FILHO, W. dos S.; DANTAS,J.L.L.
Reação de cultivares e clones de banana ao Mal-do-Panamá. Revista Brasileira de
Fruticultura, v.13,n.4,p.197-203,1991.
 CUMBE, G. banana: Produção e Comercialização no distrito de Chókwè. 2004
 GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas S.A. 7. 2008.
 GOMES, Julieta Francisco. Impacto Sócio-Económico da Produção e Comercialização de
Banana na Localidade Sede do Posto Administrativo de Mapinhane, Distrito de Vilankulo
nas Campanhas agrícolas (2009/2014). 2015.
 HALL, Robert Ernest & LIEBERMAN, Max. Microeconomia: princípios e aplicações.
São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
 HOFFMANN, R. Análise Econométrica da Margem de Comercialização de Ovos. São
Paulo: Atlas. 2001.
 LAKATOS, M. E & MARCONI, M. ATécnicas de Pesquisa. Planeamento e execução de
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração e interpretação de dados.6ª
edição, São Paulo: Atlas. . 2006.
 IEA. O papel da logística na cadeia de produção dos hostifrutis. 2005.
 INE. Censo Agro-pecuario. Maputo. 2011.

 JUNIOR, João B. Padilha. Comercialização de produtos agrícolas. Curitiba. 2006.

 RAMBO, José Roberto; et al. Análise financeira e custo de produção de banana maçã:
um estudo de caso em Tangará da Serra, Estado do Mato Grosso. Revista:
Informações Econômicas, SP, v. 45, n. 5,P. 29 -39, 2015.

 MAE, Perfil do distrito de Boane província de Maputo. 2005;

 Beneficiamento de banana em Moamba, disponivel em:


https://profile.co.mz/inaugurada-unidade-de-producao-e-beneficiamento-de-banana-
em-moamba/, acessado aos 15.04.2023

 Produtores de banana à volta do rio Umbeluzi melhoram: disponivel em:


https://cartamz.com/index.php/empresas-marcas-e-pessoas/item/2256-produtores-de-
banana-a-volta-do-rio-umbeluzi-melhoram-expectativas-de-producao, acessado aos
15.04.2023
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